4
Cinecom - Cinema para todos - 3 de junho de 2012 - Nº 01 Ano 01 Cinecom traz a Viçosa o melhor do cinema É com muita alegria que lança- mos esta primeira edição do jor- nal Cinecom, no mesmo dia em que realizamos a primeira sessão do Cinema para Todos. Nós, que ide- alizamos e de- senvolvemos o projeto Cine- com, gostamos muito de filmes – na TV, no com- putador e prin- cipalmente na tela de cinema. Sabemos que um filme emociona, impacta, comove, faz pensar... Que- remos oferecer à cidade uma opção de lazer e entretenimento cultural cheia de magia, luz e cena. Até o final deste ano, a cada mês, o morador de Viçosa vai ser presenteado com um bom filme exibido ao ar livre, na entrada da UFV, no gramado das 4 pilastras. A cada sessão, uma edição do jornal Cinecom, produzido por alunos de Jornalismo da UFV, vai trazer informações sobre o filme da noite, entrevistas e cobertura fotográfica das sessões anteriores, histórias e curiosidades sobre o Cinema. Esta edição traz uma reporta- gem especial sobre o Cine Brasil, um dos importantes cinemas de Viçosa na década de 50, uma ma- téria sobre o Clássico Casablanca (o filme da nossa primeira sessão), e uma entrevista com o diretor do Sicoob UFVCre- di, a coopera- tiva que nos deu crédito e viabi- lizou nosso pro- jeto. Precisamos agradecer e muito – ao de- partamento de Comunicação Social da UFV, ao Sicoob UFVCre- di, à Procura- doria Jurídica da UFV, aos di- retores e produ- tores brasileiros que têm liberado a exibição dos seus filmes e a tan- tas palavras de incentivo que têm ajudado nosso grupo a perseverar na realização do Cinecom – um ir- resistível projeto. Laene Mucci Gramado da UFV receberá as sessões do Cinecom CAMILA CALIXTO O FILME CADÊ O CINEMA QUE ESTAVA AQUI? Conheça as curiosidades do clássico Casablanca. As antigas sala de cinema de Viçosa foram fechadas. PÁGS. 2 e 3 PÁG. 4 CAMILA CALIXTO

Informativo CineCom Nº01 - Casablanca

Embed Size (px)

DESCRIPTION

CineCom é um projeto desenvolvido pelos professores e estudantes do curso de Comunicação Social (Jornalismo) da Universidade Federal de Viçosa em parceria com o Departamento de Comunicação e apoio Cultural do Sicoob UFVCredi.

Citation preview

Page 1: Informativo CineCom Nº01 - Casablanca

Cinecom - Cinema para todos - 3 de junho de 2012 - Nº 01 Ano 01

Cinecom traz a Viçosa o melhor do cinema

É com muita alegria que lança-mos esta primeira edição do jor-nal Cinecom, no mesmo dia em que realizamos a primeira sessão do Cinema para Todos.

Nós, que ide-alizamos e de-senvolvemos o projeto Cine-com, gostamos muito de filmes – na TV, no com-putador e prin-cipalmente na tela de cinema. Sabemos que um filme emociona, impacta, comove, faz pensar... Que-remos oferecer à cidade uma opção de lazer e entretenimento cultural cheia de magia, luz e cena. Até o final deste ano, a cada mês, o morador de Viçosa vai ser presenteado com um bom filme exibido ao ar livre,

na entrada da UFV, no gramado das 4 pilastras.

A cada sessão, uma edição do jornal Cinecom, produzido por alunos de Jornalismo da UFV, vai

trazer informações sobre o filme da noite, entrevistas e cobertura fotográfica das sessões anteriores, histórias e curiosidades sobre o Cinema.

Esta edição traz uma reporta-

gem especial sobre o Cine Brasil, um dos importantes cinemas de Viçosa na década de 50, uma ma-téria sobre o Clássico Casablanca (o filme da nossa primeira sessão),

e uma entrevista com o diretor do Sicoob UFVCre-di, a coopera-tiva que nos deu crédito e viabi-lizou nosso pro-jeto.

P r e c i s a m o s agradecer – e muito – ao de-partamento de C o m u n i c a ç ã o Social da UFV, ao Sicoob UFVCre-di, à Procura-doria Jurídica da UFV, aos di-retores e produ-

tores brasileiros que têm liberado a exibição dos seus filmes e a tan-tas palavras de incentivo que têm ajudado nosso grupo a perseverar na realização do Cinecom – um ir-resistível projeto.

Laene Mucci

Gramado da UFV receberá as sessões do Cinecom

CA

MILA

CA

LIXTO

O FILME CADÊ O CINEMA QUE ESTAVA AQUI?Conheça as curiosidades do

clássico Casablanca. As antigas sala de cinema de Viçosa foram fechadas.PÁGS. 2 e 3

PÁG. 4

CA

MIL

A C

ALI

XTO

Page 2: Informativo CineCom Nº01 - Casablanca

A partir da sua próxima sessão, o Cinecom exibirá, antes de cada filme escolhido, um curta-metragem sele-cionado pela equipe do projeto de ex-tensão. Muitos já assistiram ou ouviram falar dessa “categoria” do audiovisual, mas nem todos sabem exatamente o que ela é. Você sabe o que é um curta-metragem?

Ainda que hoje em dia os curtas sejam, muitas vezes, relegados a um segundo plano, foram eles que mar-caram o nascimento do Cinema no fim do século XIX. As primeiras experiên-cias cinematográficas eram filmes de pequena duração, apesar de ainda não serem chamados de curtas até então.

Mesmo depois de batizados com esse nome, os curtas-metragens não possuem um consenso total quanto a sua duração. Hoje, a maioria dos festi-vais de cinema considera curtas aque-les filmes com até 40 minutos. Mesmo limite de duração aceito pelo Oscar.

A ideia do Cinecom é exibir curtas com até 15 minutos para, logo em seguida, passar o filme do mês. Con-tamos com a presença de todos na nossa próxima sessão!

“Cinema para todos”

Este jornal faz parte do projeto de Ex-tensão produzido por alunos do curso de Jornalismo, do Departamento de Comu-nicação Social da Universidade Federal de Viçosa, re-gistrado na Pro-Reitoria de Extensão, sob o número PRJ 223/2011.

CoordenaçãoProfa. Laene Mucci Daniel

Equipe do ProjetoAna Luísa Nunes, Betânia Pontelo, Cami-la Calixto, Profa. Giovana Santana Carlos, Giuliano Sales, Laene Mucci, Laís Colleta, Laura Gomes, Marcela Corcino, Marden Chaves, Mariana Bellozi, Michael Maia, Patrícia Meireles e Thalita Fernandes.

Realização

Apoio Cultural

Cinecom, 3 de junho de 2012 - Nª01 Ano 01

RedaçãoAna Luísa Nunes, Camila Calixto, Gi-uliano Sales, Laene Mucci, Marcela Cor-cino e Marden Chaves

EdiçãoLaene Mucci e Marden Chaves

Diagramação e ArteGiuliano Sales e Camila Calixto

PesquisaLaura Gomes e Ana Luísa NunesRedes SociaisMariana Bellozi e Michael Maia

Assessoria de Imprensa

Profa. Kátia Fraga e Patrícia Meireles

Agradecimentos especiais

Prof. Carlos Antônio Moreira Leite, Prof. Ângelo Antônio Ferreira, Edson de Araú-jo, José Antônio Brilhante de São José, Antônio Jésus de Campos Mata, Gilson Faria Potsch Magalhães, Valter Ladeira de Freitas, Tatiana Malvina Dornelas Barbo-sa, André Simonini Rocha Gomes, Eliane Caffé, Laís Bodansky, Selma Melo, Érika Nosawa, Prof. Joaquim Lannes, Dr. Guto Malta, Prof. Carlos D’Andréa, Jones Ne-ves, Priscila Oliveira

2 Cinecom - Cinema para todos O CURTA E O FILME

Cinecom terá exibição de curtas-metragens Clássico Casablanca completa 70 anosMarden Chaves

Page 3: Informativo CineCom Nº01 - Casablanca

O que faz de uma obra um clássico? Um questionamen-to com diversas respostas possíveis, mas que, se buscar-mos um ponto em comum, acabam convergindo na ideia de algo com qualidade indis-cutível e que persiste ao teste do tempo. Alguns livros são assim, algumas músicas e al-guns filmes. Casablanca, com seus recém-comemorados 70 anos e dirigido por Michael Curtiz, é um dos que mais bem exemplificam o clássico cinematográfico.

O ano era 1942 e a II Guerra Mundial estava no auge. As plateias não espera-vam assistir nos cinemas um romance cujo pano de fundo fosse a dura realidade que viviam, mas a história do amargurado e cínico Richard Blaine (Humphrey Bogart) e de seu antigo amor Ilsa Lund (Ingrid Bergman) se reencontrando na cidade de Casablanca, no Marrocos, conseguiu emocionar e se mostrar relevante ao abordar um tema tão atual à época.

O sucesso do filme e seu inquestionável status de clás-sico podem ser atribuídos

a inúmeros fatores. As pre-senças estelares e marcantes de Bogart e Bergman como o casal principal se revela, ainda hoje, uma escolha per-feita de elenco. Os atores se-cundários também estão afi-nados, como Paul Henreid, que interpreta Victor Laszlo e Conrad Veidt, como Major Strasser.

Igualmente afinado é o roteiro, baseado na peça Everybody Comes to Rick’s (Todo mundo vem para o café do Rick), de Murray Burnett e Joan Alison. Mas apesar de escrita, a peça nunca foi encenada. Junto ao bom roteiro, a direção de Mi-chael Curtiz se mostra segura e emocional, dando enfoque especial para os sentimentos e o destino dos personagens.

Ainda assim, não se pode falar de Casablanca sem

destacar a sua canção-tema “As Time Goes By”. A músi-ca, composta por Herman Hupfeld e tocada por Dooley Wilson no filme, se tornou um símbolo do romantismo no cinema. Na verdade, toda a trilha sonora composta por Max Steiner é bastante evoc-ativa do clima romântico da obra. Vale citar também a bela fotografia preto-e-bran-co, que procura acentuar tons claros e escuros.

O resultado final foi con-vertido em aclamação do público e da crítica, além de vários prêmios. Na cerimônia do Oscar de 1944, o filme re-cebeu três estatuetas: melhor filme, diretor e roteiro adap-tado. Aos 70 anos de idade, o marco do cinema de ro-mance continua belo, intenso e fundamental para qualquer um que aprecie a sétima arte.

O FILME 3Cinecom - Cinema para todos

Clássico Casablanca completa 70 anosMarden Chaves

CURIOSIDADES• Quando o roteiro da peça que daria origem ao filme chegou às mãos do especialista em análise literária do

estúdio Warner Bros. , ele chamou a história de uma “loucura sofisticada” e deu o aval para a sua produção.• A frase “Toque de novo, Sam” se tornou famosa, mas nunca é dita no filme.• O diretor Michael Curtiz fez com que os atores principais ignorassem o final do filme para captar um romantismo ainda

mais convincente.• O trio principal – formado por Bogart, Bergman e Henreid – não era a primeira opção do estúdio. A ideia original era

contratar Ronald Reagan (ele mesmo, o ex-presidente dos EUA!), Ann Sheridan e Dennis Morgan.

Page 4: Informativo CineCom Nº01 - Casablanca

CADÊ O CINEMA QUE ESTAVA AQUI? 4Cinecom - Cinema para todos

Conheça a história do CineBrasil

Quem passa pelo Sacolão em frente à Praça do Rosário, não ima-gina que aquele local já abrigou um dos antigos e principais cinemas da cidade: o Cine Brasil. Inaugu-rado em 1956, ele contava com es-trutura grandiosa para época, ten-do capacidade de receber mais de 600 pessoas, tornando- se um dos maiores cinemas de Minas Gerais.

A primeira sessão apresentou o filme “Papai Pernilongo”, um musi-cal romântico de 1955, estrelando Fred Astaire e Leslie Caron. A pro-gramação também dava espaço

para a exibição de seriados, mas a principal atração ainda eram os filmes de faroeste, os d r a m a l h õ e s , os bíblicos e os romances, que atendiam a um variado público da cidade. Fil-mes nacionais de sucesso tam-bém eram exibidos, as comédias com Oscarito e Mazzaropi garan-tiam sessões lotadas.

Para chegar a Viçosa os filmes tinham que enfrentar um longo caminho: as películas eram trazidas de trem e percorriam as cidades que integravam o Circuito de Cinemas Brasil. Os rolos dos fil-mes passavam por Ubá, Visconde do Rio Branco e São Geraldo antes de chegarem à cidade.

Além de exibir filmes, o Cine Brasil abria suas portas para outros eventos. Suas instalações contavam com um palco para apresentação de peças teatrais, realização de for-maturas e shows. Cantores como Jerry Adriane e João Bosco fizeram apresentações nos palcos do antigo cinema.

O Cine Brasil encerrou oficial-mente suas atividades em fevereiro de 1985, e um dos fatores para sua decadência foi a chegada da tele-visão na década de 70.

Imagens retiradas do site: http://cinememoria.com.br/

Ana Luísa NunesMarcela Corcino

O Projeto Cinecom conta com o apoio de professores, estudantes, servidores e, certamente, muitos órgãos da Universidade Federal de Viçosa. No entanto, o seu apoio principal é o do Sicoob UFVCredi - cooperativa de crédito mútuo na UFV com quase 15 anos de exis-tência.

A parceria começou quando a professora e coordenadora, Laene Mucci Daniel, apresentou o projeto ao professor Carlos Leite, primeiro diretor da cooperativa, que sugeriu que a ideia fosse levada à diretoria

do Sicoob UFVCredi. A cooperativa abraçou o projeto, entendendo sua importância para a cultura e o en-tretenimento na cidade de Viçosa.

Essa instituição, que já passou do subsolo do prédio Arthur Ber-nardes, em seu início, à sua sede atual, sempre se preocupou com iniciativas de âmbito social e prin-cipalmente com a comunidade na qual está inserida. Segundo o Di-retor Presidente, Edson de Araújo, o Sicoob UFVCredi presenteia os Viçosenses com o Cinecom para trazer cinema e cultura não apenas aos associados da cooperativa, mas a toda a população.

A COOPERATIVA QUE DEU CRÉDITO AO CINECOM PRÓXIMA SESSÃO!!Gostou do Cinecom? Então não perca

nossa próxima sessão com Mazzaropi.Camila Calixto

4 pilatras da UFV