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INFORMATIVO DA FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO E SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL - ANO XIV - Nº 219 - JUNHO/2010 PÁGINAS 6 e 7 PÁGINA 3 Divulgação Divulgação Vacinação contra brucelose mais barata para o produtor PÁGINA 11 Novo Sisbov reduz custos da pecuária PÁGINA 9 Nova técnica aumenta produção cafeeira Burros e mulas que valem ouro Os agentes vacinadores já circulam por todo o Espírito Santo procedendo à vacinação nas propriedades. O valor da vacina é reduzido para o criador, que deve procurar o sindicato rural mais próximo. Sindicato Rural, o braço forte do produtor. Divulgação

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InformatIvo da federação da agrIcultura e PecuárIa do estado do esPírIto santo e servIço nacIonal de aPrendIzagem rural - ano XIv - nº 219 - junho/2010

Páginas 6 e 7

Página 3

Divulgação Divulgação

Vacinação contra brucelose mais barata para o produtor

Página 11

Novo Sisbov reduz custos da pecuária

Página 9

Nova técnica aumenta produção cafeeira

Burros e mulas que valem ouro

Os agentes vacinadores já circulam por todo o Espírito Santo procedendo à vacinação nas propriedades. O valor da vacina é reduzido para o criador, que deve procurar o sindicato rural mais próximo.

Sindicato Rural, o braço forte do produtor.

Divulgação

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EDITORIAL

Oportunidades

faes: dIretores: Júlio da Silva Rocha Júnior (Presidente), João Calmon Soeiro (1º Vice-presidente), Rodrigo José Gonçalves Monteiro (2º Vice-presidente), Abdo Gomes (3º Vice-presidente), José Garcia (4º Vice-presidente), Wilson Tótola (5º Vice-presidente), Acácio Franco (6º Vice-presidente), Luiz Carlos da Silva (1º Secretário), Altanôr Lôbo Diniz (2º Secretário), Neuzedino Alves Victor de Assis (1º Tesoureiro), Carlos Roberto Aboumrad (2º Tesoureiro). suPlentes da dIretorIa: Armando Luiz Fernandes, Antônio Roberte Bourguignon, Jairo Bastianello, Nilton Falcão, Fábio Gomes e Gama, Luiz Malavasi, Valdeir Borges da Hora, Antônio José Baratela, José Pedro da Silva, José de Assis Alves, Francisco Tristão Neto. conselho fIscal: efetivos: Leomar Bartels, Jacintho Pereira das Posses, José Manoel Monteiro de Castro – suplentes: Gilda Domingues, Luciano Henriques, Nelson Broetto. conselho rePresentatIvo da cna: Júlio da Silva Rocha Júnior e João Calmon Soeiro.Endereço: Av. Nossa Senhora da Penha, nº 1495 - Torre A - 10º e 11º andares - Bairro Santa Lúcia - Vitória/ES - Tel: (27) 3185-9200 - Fax: (27) 3185-9201 - e-mail: [email protected] | [email protected]

Produzido por: Iá! Comunicação (27) 3314-5909 - ([email protected]) - jornalista responsável: Eustáquio Palhares ([email protected]) - edição: Priscila Norbim - textos: Priscila Norbim, Marcelle Desteffani e Caroline Csaszar - colaboradores: Fabrício Gobbo, Liliane Fundão, Ivanete Freitas, Tereza Zaggo, Nilton Falcão, Abdo Gomes, Márcia Capucho e Luciane Barros. fotos: Comunicação Faes e Senar - editoração: Interativa Marketing e Comunicação (27)

3222-2908.

O Jornal Esta Terra é uma publicação mensal da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo (FAES) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Adminis-tração Regional do Estado do Espírito Santo (SENAR-AR/ES).

eXPe

dIen

teCAmpO LEgAL

DECLARAÇÃO pARA ApOSENTADORIASEgURADO ESpECIALSegundo censo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), após o censo do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que se mostrou inconsistente em vários aspectos, o Brasil tem 5.030.000 de propriedades rurais, envolvendo a seguinte estratificação e respectivas participações no Valor Bruto da Produção (VBP), do setor:

Pequenas Propriedades - Agricultura social, ou Agricultura Familiar, 3.700.000, sendo:

3.145.000 com 1,4% do VBP555.000 com 2,6% do VBPSubtotal 4,0% do VBPMédias Propriedades 900.000 com 25,0% do VBPSubtotal 25,0% do VBPGrandes Propriedades 430.000, sendo:407.000 com 20,0% do VBP23.000 com 51,0% do VBPSubtotal 71,0%Quanto ao número de propriedades com até 4 módulos rurais e respectivas

participações no valor bruto da produção, temos o seguinte quadro, fruto de infor-mações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e da Fundação Getúlio Vargas, este mais recente e exato:

IBGE FGVN.º de propriedades 84,0% 64,4%Participação no VBP 38,0% 22,9%Os presentes dados demonstram a gravíssima situação da pobreza rural,

indicando a imperiosa necessidade de se estabelecer uma Política Agrícola que promova sua mudança, proporcionando a que esta esmagadora maioria dos produtores, alijados de apoio e de oportunidades, tenha resgatada sua renda, sua auto-estima e sua dignidade.

Não podemos aceitar que 70,6% de todas as nossas propriedades (3.145.000 com 1,4% do VBP); e (407.000 com 20,0% do VBP), produzindo, portanto apenas 21,4% do VBP, continuem como estão.

Ou implementamos uma Política Agrícola competente, ou assistiremos o fluxo das nossas 1.478.000 propriedades que produzem 78,6% do VBP, fluir para o lugar de infortúnio das outras, já que atuam enfrentando toda a sorte de adversidades, na maioria das ocasiões sequer recuperando seus respectivos custos de produção.

Sem considerar nosso potencial de expansão da fronteira agrícola, já dispo-mos, como demonstram os dados de um singular e extraordinário potencial para produzirmos muito mais, desde que tenhamos o necessário apoio, que se reco-nheça o mérito e a condição estratégica que podemos alcançar como provedores de alimentos para o mundo.

júlio da silva rocha júniorPresidente da Faes

Poderá ser aceita a declaração fornecida pelo SINDICATO RURAL PATRONAL somente quando o proprietário do imóvel rural estiver enquadrado no certificado do INCRA como Empregador Rural II-B ou II-C, sem assalariados, desde que o exercício da atividade rural seja individual ou em regime de economia familiar, sem utilização de em-pregados, podendo esta situação ser confirmada por meio de outros documentos, e ainda, ser corroborado por meio de verificação junto ao CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais).Produtor rural II-B, é o proprietário ou não, que, em regime de econo-mia familiar, explora o imóvel. Produtor rural II-C é o produtor rural que possui mais de um imóvel, cuja soma das áreas é igual ou maior que dois módulos rurais. Para tanto, é necessário que o sindicato solicite ao interessado a guia de contribuição sindical e a certidão do Incra para confirmar o enquadramento sindical do segurado especial.Além da aposentadoria por idade, a declaração será aceita para a con-cessão de aposentadoria por invalidez, auxílio-doença, auxílio-reclusão, pensão ou salário-maternidade.A comprovação do exercício da atividade rural do segurado especial, bem como de seu respectivo grupo familiar, será feita mediante documentos que comprovem o alegado.Selecionamos abaixo, alguns documentos que comprovam o efetivo exercício da atividade rural do Segurado Especial, que deverá comprovar sua atividade dos últimos 15 anos:

• Escritura do terreno em nome do requerente ou cônjuge; ou se par-ceiro (a) escritura do proprietário junto com o Contrato de Parceria; de arrendamento, ou comodato rural;• Comprovante de cadastro do Incra;• Bloco de Notas de Produtor Rural;• CCIR, ITR, CTPS, CPF, Certidão de Casamento;• Declaração de sindicato de trabalhadores rurais, de sindicato dos pescadores ou de colônia de pescadores, legalmente constituídos, homologada pelo INSS;• Comprovante de pagamento da CSR;• Certidão de enquadramento sindical, expedida pelo Incra;• Notas fiscais de compra e venda;• Ficha de atendimento médico ou odontológico;• Título de eleitor antigo;• Recibo de compra de insumos agrícolas; • Ficha de associado em cooperativa, associação.

valdirene ornela da silva BarrosAssessora Jurídica Coordenadora - FAES

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Burros e mulas que valem ouroAlém de excelentes animais para trabalho, muares se mostram cada vez mais valiosos

no mercado comercial e de campeonatos.

Ao contrár io do que se pensa, os muares (mulas e burros) não são animais

bravos, arredios e ruins para mon-taria. Docilidade e versatilidade são as principais características desses bichos, que resultam do cruzamento entre éguas e jumentos.

Outro equívoco é achar que esse tipo de animal é predomi-nantemente utilizado nas pro-

priedades rurais para o trabalho. Hoje, grande parte dos muares é usada em cavalgadas, concursos e campeonatos de marcha.

Resultado do cruzamento entre jumentos Pêga e éguas (Manga Larga Machador ou Man-ga Larga Paulista), os muares estão despontando para a cria-ção no Espírito Santo. O maior criador do Estado, Antônio José Sanglard, mais conhecido como

Toninho Leal, conta que está investindo na d i v u l g a ç ã o d a c r i a ç ã o de muar, que já apresenta mercado ren-tável em Esta-dos como São Paulo, Rio de Janeiro e Mi-nas Gerais.

“O Espírito

Santo ainda está começando na criação de muares. Investir nessa área, por enquanto, só é lucrativo para quem tem interesse em ven-der para fora. Se mais produtores começarem, vamos conseguir consolidar um mercado também aqui”, comenta Toninho.

Segundo Toninho Leal, os va-lores de comercialização variam muito de acordo com o animal e podem chegar a custar entre R$ 5 mil e R$ 50 mil. Os filhotes, com menos de seis meses, valem cerca de R$ 3 mil. Toninho conta que já vendeu um bom burro por R$ 80 mil.

dIcas Para uma Boa crIação

A propriedade rural de Toninho Leal, localizada em Domingos Martins, conta com 15 jumen-tas, dois jumentos e 15 éguas. Segundo o criador de muares,

para ter bons animais é preciso possuir um excelente jumento da raça Pêga, além de grandes éguas, ambos com porte físico adequado.

O jumento tem de ser marcha-dor, dócil, comprido, com mus-culaturas no dorso e lombo bem definidas, além de bons aprumos. Também tem de ter a capacidade de transmitir essas características aos seus filhos. Devem ser esco-lhidas éguas bem conformadas, desenvolvidas e com bom apru-mo. Os animais precisam ser bem alimentados para que produzam descendentes sadios.

“A seleção bem feita de ju-mentos e éguas é fundamental para a produção de crias. Quando compro esses animais procuro ranchos idôneos e escolho a matriz e o garanhão com bastante cuidado, porque só assim terei bons muares”, relata Toninho Leal.

Animais vocacionados para o trabalhoUm muar (burro ou mula) pode

fazer tudo o que um equino faz, e em alguns aspectos até melhor, principalmente por ser mais resis-tente. Os cavalos mestiços bretão têm maior força de tração, maior velocidade e potência média. São fecundos, ou seja, capazes de se reproduzir e podem ser utilizados em outros serviços.

Quanto aos muares, têm maior resistência física, maior período de vida, são menos exigentes quanto à alimentação e mais cuidadosos, evitando os perigos encontrados nos terrenos por onde passam. Eles também apresentam marcha mais cômoda.

Toninho Leal utiliza seus mua-res para longas cavalgadas e conta que obtém bons resultados. “Fiz um percurso de 14 dias para a Bahia com um muar, andando durante todo o dia e descansando à noite. O resultado é melhor porque os

muares são cerca de 50% mais resistentes do que os equinos”, afirma.

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A lida com o gado e a tração de carroças são as atividades em que o muares são mais empregados. No Espírito Santo, muitos criadores fazem até um cruzamento especí-fico entre o cavalo Quarto de Milha e a jumenta, para produzir bons animais para a lida com o gado.

“Os criadores de muares estão voltando à atividade no Espírito Santo. Em todas as regiões pode-mos encontrar pessoas investindo nesses animais, especialmente por conta da proximidade com Minas Gerais, que é referência nesse setor”, comenta o instrutor de equideocultura do Senar/ES, Altamiro Oliveira Júnior.

Pedro Canário, Nova Venécia,

São Mateus e Colatina são al-guns dos municípios que possuem criadores de muares e realizam a comercialização de seus animais.

curIosIdades

Os muares demonstram grande sensibilidade auditiva, assimilan-do com facilidade e rapidez os comandos vocais no processo da doma de sela e nos serviços de atrelagem. O tato é outro sentido muito desenvolvi-do, principalmen-te através dos cascos. É raro um muar pisar em terreno des-conhecido com algum grau de perigo.

Durante a noite é quando os muares estão mais atentos, eles demonstram mais firmeza e mo-bilidade ao pisar sobre o que seus olhos não conseguem enxergar. Por isso, os muares são eficientes na locomoção ao longo de trilhas estreitas, sinuosas, pedregosas, acidentadas e íngremes em regiões montanhosas.

Divulgação

Em relação aos cavalos, os muares são mais resistentes, apresentam marcha mais cômoda e vivem mais.

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Uma pesquisa encomendada pela CNA ao Ibope revelou dados alarmantes sobre a

educação rural brasileira. Cerca de 70% das escolas rurais não têm biblioteca, 92% delas não possuem internet e somente 32% têm banhei-ros adequados.

Em 66% das escolas não existe computador; 74% não dispõem de máquina fotocopiadora e 56% não possuem televisão, videocassete ou aparelho de DVD.

O cenário de descuido vai além das condições físicas. O emprego nas escolas do campo garante para 66% dos professores, no máximo, dois salários mínimos mensais. Em 50% das escolas não há diretor presente e em 48% dos casos não há coordenador, supervisor ou orientador pedagógico.

Durante a pesquisa, foi aplicada a Prova Brasil em 50 Escolas dos estados de Minas Gerais, Paraná, Distrito Federal, Tocantins, Bahia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Pará e Pernambuco.

As notas das escolas rurais ficaram 10 pontos abaixo da média nacional em Língua Portuguesa e 34 pontos em Matemática. O que significa que alunos de escolas rurais do país apresentam de-sempenho em matemática 18% inferior à média nacional. Já o de português é 6% abaixo da média brasileira.

“Temos um cenário de pobreza e esquecimento que consolida uma forte inércia, sem perspectiva de

Educação no campo é precária, diz IbopeUma pesquisa do Ibope revelou que grande parte das escolas rurais brasileiras não possui infraestrutura adequada e

não oferece remuneração justa aos professores

futuro ou de desenvolvimento para quem estuda no campo. Realidade que não está longe de nós. Não é difícil encontrar no Espírito Santo cenários como os indicados pela pesquisa, que é nacional”, co-menta o presidente da Faes, Júlio Rocha.

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O Espírito Santo não entrou na pesquisa realizada pelo Ibope, mas a situação capixaba assemelha-se muito à realidade nacional. Escolas com infraestrutura inadequada, professores com baixa remunera-ção e alunos com rendimento infe-rior ao esperado são ocorrências constantes no Estado.

Em Mimoso do Sul, por exem-

plo, a questão do transporte é o que mais preocupa o presidente do sindicato rural, Luiz Carlos da Silva. Os estudantes são transportados do campo para a cidade todos os dias em veículos precários. Há também poucos investimentos em qualificação dos profissionais do ensino. “Essa situação implica em despesas para as famílias. O professor é quem deveria sair da cidade e vir para a roça ensinar”.

No município de Pinheiros a situação é bastante parecida. Há cerca de 10 anos, 20 escolas rurais foram desativadas e, desde então, todos os estudantes pre-cisam se deslocar para a cidade diariamente.

“A infraestrutura de nossas escolas não é ruim. Temos uma escola no interior e outras boas na sede de Pinheiros. Mas ain-da assim o interior perde muito. Quem estuda na cidade não volta para trabalhar no campo”, conta o presidente do Sindicato Rural de Pinheiros, Wilson Tótola.

A situação se agrava pela “tra-dição” da baixa escolaridade no campo. Quase 70% dos pais brasileiros não completaram a 8ª série. Somado a isso, a falta de uma educação de qualidade reduz as esperanças e perspectivas de

mobilidade social no setor rural.

InvestImentos

Frente à realidade preocupante das escolas rurais brasileiras, a CNA e o Senar estão lançando dois projetos, o Escola Viva e o Senar Rondon, que primeiramente vão atingir os estados da pesquisa e posteriormente serão dissemina-dos para todo o Brasil.

O programa Escola Viva conterá uma ampla proposta de ações com o objetivo de sanar as deficiências do ensino rural, incluir os estudan-tes do meio rural nas discussões do mundo contemporâneo e estimular o crescimento pessoal e a mobili-dade social.

Acompanhamento do rendi-mento escolar por professores, realização de cursos livres e profis-sionalizantes, formação continuada de professores e transformação da unidade escolar são propostas do programa Escola Viva.

Já o projeto Senar Rondon, prevê a realização de trabalhos em escolas públicas rurais com o ob-jetivo de melhorar as condições de desempenho dos alunos, promo-vendo o acesso ao conhecimento e a interação, com envolvimento dos pais e da comunidade.

Dados do abandono

58% das escolas convivem com esgoto inexistente ou ina-dequado92% das escolas não têm internet82% das escolas não têm telefone74% das escolas não têm máquina fotocopiadora70% das escolas não têm biblioteca66% das escolas não têm computador49% dos alunos já reprovaram de ano30% das crianças trabalham, a maioria ajudando os pais na roça

Fonte: Ibope

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A pesquisa do Ibope revelou que muitas escolas da zona rural não têm infraestrutura básica para funcionamento

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A grande preocupação do século gira em torno das questões ambientais. Es-

pecialistas de diversas partes do mundo tentam encontrar al-ternativas para preservar o meio ambiente de atos degradantes já incorporadas culturalmente pelas populações locais, sejam elas da cidade ou do campo.

Pensando nisso, a CNA e a Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária lan-çaram o Projeto Biomas, que realizará estudos específicos dos biomas brasileiros (Ama-zônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal), de modo a conciliar produção agropecuária à preservação da natureza.

O Espírito Santo será o pri-meiro Estado do país a receber o projeto. Os experimentos serão feitos em uma propriedade de 15 hectares, localizada em Linha-res. Os estudos já começaram e a previsão é que até o final do ano sejam plantadas espécies

arbóreas no local para dar início efetivo às pesquisas.

Os proprietários da fazenda estão animados em fazer par-te da iniciativa. “Acreditamos que integrar um projeto como esse será altamente benéfico para o nosso trabalho e para o meio ambiente”, declara Zaldino Ceolin Neto, um dos donos da fazenda.

Para o presidente do Sindi-cato Rural de Linhares, Antônio Roberte Bourguignon, a econo-mia do município também sairá ganhando. ”O Projeto Biomas vai criar viabilidade econômica dentro de uma floresta susten-tável. Isso será ótimo para o desenvolvimento da economia local e para a projeção de Li-nhares”, ressalta.

como vaI funcIonar

O projeto Biomas vai iden-tificar os diferentes potenciais de uso da terra, considerando as fragi l idades ambientais e estabelecendo parâmetros para

o desenvolvimento da agropecuár ia sustentável.

O projeto pre-v ê o e s t u d o e determinação de áreas estrutural-mente frágeis com posterior criação de seis unidades d e m o n s t r a t i v a s de 500 hectares em cada um dos b iomas bras i le i -ros : amazônico, caat inga, cer ra -do, mata atlântica, pampa e pantanal. Essas áreas servi-rão como padrões para a produção

ES terá produção ambientalmente sustentável

CNA e Embrapa vão realizar estudos específicos dos biomas brasileiros, de modo a conciliar agropecuária à preservação da natureza. O ES é o primeiro do país a receber os experimentos do projeto.

sustentável.De acordo com o pesquisador

da Embrapa, Gustavo Curcio, o projeto trabalha com duas ver-tentes. “Queremos dar subsídio para que o produtor rural apren-da a manejar os componentes arbóreos na propriedade, assim como atender à legislação para execução das atividades rurais”, afirma.

etaPas de ações

O projeto está dividido em cinco etapas: gestão; seleção, caracterização e interpretação de potencialidades e fragilida-des das paisagens rurais; prote-ção e uso sustentável de Áreas de Preservação Permanente (APPs); rede de experimentação extensiva; e transferência de tecnologia – capacitação de mul-tiplicadores e agentes locais.

Em termos prát icos, será possível verificar, por exemplo, qual será a faixa de cobertura dos cursos d’água, se o que está definido hoje está adequado, e como fazer o uso dessas áreas de preservação permanente de

No ES o bioma Mata Atlântica será estudado de forma a conciliar produção agropecuária à preservação.

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forma sustentável. Além disso, obter dados sobre organismos de solo e sobre as interações entre as diversas espécies, sem contar com informações sobre ciclo de carbono e hidrogênio, entre outros.

InvestImentos e metas

Alcançar novos mercados está entre as metas do projeto, já que a preservação ambiental será essencial para garantir novos compradores dos pro-dutos oriundos do agronegócio brasileiro.

A idéia é futuramente criar um selo do alimento saudável do Brasil, e desta forma asso-ciar o alimento brasileiro a um alimento saudável, já que teve produção embasada em técni-cas científicas e ambientalmente sustentáveis.

Para viabilizar o projeto, a CNA vai investir R$ 20 milhões em estudos nos próximos nove anos. A realização contará com o apoio de aproximadamente 240 pesquisadores da Embrapa e de universidades parceiras.

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Vacina contra brucelose mais barata e fácil para o produtorCriadores já contam com o trabalho de agentes de saúde animal e com valores reduzidos para vacinar o gado contra a doença

A part i r de junho , c r ia -d o r e s d e b o v i n o s e b u b a l i n o s ( b ú f a l o s )

que atuam no Espír i to Santo p o d e m v a c i n a r s e u s r e b a -nhos contra a Brucelose de forma mais barata, rápida e sem precisar recorrer a agen-t e s v a c i n a d o r e s d e o u t r o s municíp ios.

A F a e s , o S e n a r / E S , a Seag - através do Incaper e Idaf - , a OCB e a Super inten-dência Federal da Agricultura - SFA , l ança ram o P ro j e to Brucelose - Sanidade Animal, e assumiram o desaf io de er-radicar a enfermidade do re-banho capixaba, fornecendo aos pecuar is tas fac i l idades para a vacinação do gado.

Com o projeto será possí-vel que os cr iadores recebam os agentes em sua proprieda-de, pagando R$4 por animal vacinado, já inc luso o valor de deslocamento do agente vacinador. O preço está abai-xo do prat icado no mercado, que a tua lmente var ia en t re R$8 e R$12.

P a r a r e c e b e r o a g e n t e e proceder a vac inação, os p e c u a r i s t a s d e v e m p r o c u -rar o s indicato rural de sua r e g i ã o e s o l i c i t a r a v i s i t a .

O P r o j e t o B r u c e l o s e disponibi l izou 50 motos adesivadas com o nome do programa para a lo-comoção dos agen tes nos municíp ios.

A divulgação da in i -c i a t i v a t e m s i d o f e i t a por me io de fo lde rs e ca r tazes exp l i ca t i vos , q u e o r i e n t a m q u a n t o à i m p o r t â n c i a d a v a -c i n a ç ã o c o n t r a a d o -e n ç a . C o m o s l o g a n “Não f ique no prejuízo, vacine seu rebanho”, a intenção é a ler tar para as perdas causadas no

rebanho.

meta

A meta do pro jeto é a in-da este ano at ing i r 65% de vacinação nos campos capi-xabas. Atualmente, segundo dados do Ida f , o índ ice de vacinação contra a brucelose não ul t rapassa 58% no Espí-r i to Santo.

O o b j e t i v o é r e d u z i r a prevalênc ia e inc idência de novos f ocos da b ruce lose , alcançando 85% de cobertura vacinal no Estado até 2014.

O p ro je to p re tende tam-bém ampliar o número de pro-pr iedades cert i f icadas como l ivres ou moni toradas para a doença, bem como melhorar o padrão sanitário dos produ-tos de or igem animal .

o que é?É um projeto para faci-

l i tar a vacinação contra a brucelose no Espírito Santo com o objetivo de erradicar a doença do rebanho capi-xaba.

como funcionaAgentes de saúde animal

farão visitas às proprieda-

des para real izar a vacina-ção.

como participarO pecuarista deve procurar o

Sindicato Rural de seu municí-pio e solicitar a vacinação.

valores da vacinaCom o projeto, o cr iador

paga R$4,00 por animal vacina-

do, valor abaixo do praticado no mercado e já com o deslo-camento do agente incluso.

BruceloseÉ uma doença infecciosa

que causa prejuízos à pe-cuária, como diminuição na produção de carne e leite, morte de bezerros e baixo índice reprodutivo.

pROJETO BRUCELOSE Não fique no prejuízo. Vacine seu rebanho.

Os sindicatos rurais receberam as motos do projeto Brucelose e a partir de junho já podem proceder a vacinação.

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Vacina contra brucelose mais barata e fácil para o produtorCriadores já contam com o trabalho de agentes de saúde animal e com valores reduzidos para vacinar o gado contra a doença

Lançamento e entrega oficial das motos

O l a n ç a m e n t o o f i c i a l d o p r o j e t o B r u c e -l o s e a c o n t e c e u n o

d ia 31 de ma io , em Vi tó r ia . N a o c a s i ã o o s s i n d i c a t o s ru ra i s receberam as motos e ass inaram o convên io que p e r m i t i r á a v a c i n a ç ã o e m todo o Es tado .

O p r e s i d e n t e d a F a e s , J ú l i o d a S i l v a R o c h a J u -n io r, a f i rmou que o p ro je to ve io no momento opor tuno . “A pecuá r i a exe rce f unção sóc io-econômica fundamen-ta l pa ra o desenvo lv imen to d o E s t a d o . O l a n ç a m e n t o d o p r o j e t o é í m p a r , p o i s v i sa faze r a a t i v idade c res -ce r a inda ma is , a pa r t i r da e r rad icação de uma doença que afeta a produt iv idade do rebanho” , dec la rou .

A c e r i m ô n i a d e l a n ç a -men to do p ro je to reun iu os p res iden tes dos s ind i ca tos ru ra i s e rep resen tan tes de en t idades cap ixabas , en t re e les o v i ce -governador, R i -ca rdo Fer raço ; o sec re tá r io d e E s t a d o d a A g r i c u l t u r a , En io Bergo l i ; e o p res iden te d o I d a f , A l a d i m F e r n a n d o C e r q u e i r a . E l e s d e c l a r a -r a m s u a s a t i s f a ç ã o c o m a e fe t i vação do P ro je to B ru -ce lose .

“Ho je es tamos dando um passo impor tan te para e r ra -d i ca r a b ruce lose e desen-vo lver a pecuár ia no Estado. E não é somente a en t rega das motos e dos recu rsos a serem ut i l izados que se des-t a c a m n e s s a e m p r e i t a d a ,

mas, também, a qual i f icação de agentes por meio de t re i -namentos e o envo lv imen to dos p rodu to res na e fe t i va -ção do p ro je to . Esse ges to não é comum no Bras i l , mas fo i comum no Esp í r i t o San-to ” , a f i rmou o sec re tá r io de Es tado da Agr i cu l tu ra , En io Bergo l i .

Prejuízos

A saúde do rebanho é o p r i n c i p a l f a t o r p a r a q u e o p e c u a r i s t a p o s s a r e a l i z a r s u a a t i v i d a d e c o m ê x i t o . Um an ima l , se doente , pode t r a n s m i t i r a e n f e r m i d a d e a t o d o r e b a n h o e c a u s a r grandes pre ju ízos ao produ-to r ru ra l . É o que acon tece q u a n d o h á i n c i d ê n c i a d a Bruce lose .

Segundo o sec re tá r io da Agr icu l tura, no Espír i to San-to a oco r rênc ia da mo lés t ia faz com que os p rodu to res de ixem de ganhar ce rca de R$30 m i lhões anua lmen te .

a doença

A Bruce lose é uma doen-ça in fecc iosa grave causada por bactér ias do gênero Bru-ce l l a , que aca r re ta p re j u í -zos à pecuár ia nac iona l . O pr inc ipa l s in toma da doença é o abo r to , p r i nc ipa lmen te na p r ime i ra ges tação , mu i -tas vezes não se repe t indo nas dema is . Há vacas que não abor tam, no en tan to os b e z e r r o s n a s c e m f r a c o s e

d e b i l i t a d o s . O u t r o s s i n t o -m a s s ã o : i n f l a m a ç ã o d a s a r t i c u l a ç õ e s e p e q u e n a s f e r i das na pe le do an ima l , r e t e n ç ã o d a p l a c e n t a e es te r i l i dade ; e no caso de a n i m a i s m a c h o s , i n f l a m a -ções nos tes t í cu los .

A vac ina B19 é a me lho r mane i ra de p revenção con-t ra a b ruce lose . Também é impor tan te ado ta r p ique tes

Políticos e representantes de várias instituições prestigiaram o lançamento do projeto.

d e p a r i ç ã o n a p r o p r i e d a -d e , i s o l a n d o a f ê m e a d o s d e m a i s a n i m a i s n o p r é e pós -par to .

Para ev i ta r a b ruce lose , t o d a s a s b e z e r r a s d e b o -v inos e buba l inos de 3 a 8 meses devem ser vac inadas con t ra a doença . A dose é ún ica , devendo ser ap l icada apenas uma vez du ran te o c i c lo de v ida do an ima l .

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Sindicato de Nova Venécia cada vez mais próximo do produtor rural

Com 43 anos de histó-ria, o Sindicato Rural de Nova Venécia está

se fortalecendo. Segundo o presidente Judas Tadeu Co-lombi, seu foco são as ações para aproximação do produtor rural. Além disso, a entidade está providenciando toda a documentação para estender sua base à Vila Pavão e po-der atender também os pro-dutores daquele município.

Já são 216 associados ati-vos, mas o sindicato não quer parar por aí. ”Queremos for-talecer a classe. Quanto mais associados, mais ações. As-sim todos saem ganhando”, comenta o presidente Judas Tadeu.

No leilão realizado em abril o sindicato conseguiu arreca-dar R$ 17 mil. Quantia que vai ajudar a cobrir os gastos da entidade, além de formar reserva e trabalhar com mais qualidade.

Somente este ano foram realizadas dez capacitações do Senar/ES em Nova Ve-nécia, que atenderam cerca de 150 pessoas. ”Até o fim de 2010, com certeza vamos captar mais treinamentos e estendê-los à Vila Pavão”, destaca o presidente do sin-dicato.

À frente do Sindicato Rural de Nova Venécia desde outu-bro de 2009, Judas Tadeu Co-lombi garante que não faltam ideias para atender cada vez melhor ao produtor. “Estamos na batalha, f izemos leilão, todo mês participamos da reunião da federação, quere-mos buscar novos treinamen-tos do Senar e trabalharmos parcerias, tudo para crescer e beneficiar nossos associa-dos”.

orIentação aos cafeIcultores

O sindicato de Nova Vené-cia está orientando os produ-tores de seu município a lega-lizarem todos os apanhadores de café, a fim de atender às normas trabalhistas. Para isso, emite contratos de safra e presta assessoria jurídica e contábil aos cafeicultores.

Através da formalização, os produtores garantem mais qualidade de trabalho. Des-sa forma, o safrista tem sua carteira de trabalho assinada e seu transporte e alojamen-to são realizados de maneira adequada.

Os produtores fazem o recrutamento dos safristas diretamente, não uti l izando

O sindicato investe em ações e parcerias para levar mais qualidade de vida às famílias rurais da região

A meta do Sindicato Rural de Nova Venécia é trabalhar duro para fortalecer a entidade e beneficiar os produtores

rurais, conta o presidente Judas Tadeu Colombi.

os “empreiteiros” ou “gatos”, por ser essa prática proibida pela lei trabalhista.

nova venécIa

As atividades minerais e agroin-dustriais em Nova Venécia têm ganha-do destaque nos úl-timos anos. Porém, o café continua sendo o principal produto da econo-mia do município. São 20 mil hectares de Conilon que pro-duzem aproximada-mente 500 mil sacas do produto por ano.

A pecuária, de corte e de leite, é outra ativi-dade econômica importante, reunindo 3.607 propriedades rurais com rebanho estimado em 100 mil cabeças. A agricul-tura do município é bastante diversificada, com destaque para o cultivo de pimenta-do-reino, banana e seringueira.

sindicato rural de nova vénéciaRua Salvador Cardoso, 113 - Centro

Telefone: (27) 3752 2184E-mail: [email protected]

SR N

ova

Vené

cia

Festa da Uva em Alfredo

ChavesPara divulgar a atividade da

vitivinicultura, o Sindicato Rural de Alfredo Chaves promoveu a 46ª Festa da Uva e do Vinho de São Bento de Ucrânia. A ativi-dade é uma tradição dos colo-nizadores da região. O evento atraiu inúmeras pessoas que participaram de palestras, de-gustações de vinho, desfiles e shows com bandas locais. Sindicatos fortes

A Faes participou no dia 17 de junho de uma reunião para a montagem do Progra-ma “Sindicato Forte”, que tem o objetivo de fortalecer o setor sindical em todo o país. Durante o evento, foram re-alizadas várias modificações

e inserções no projeto que se-gue a linha de trabalho já de-senvolvido no Espírito Santo, com algumas melhorias.

“Conforta-nos a certeza de que, mesmo diante de nossas dificuldades, estamos entre as melhores federações, em ma-

téria de apoio, orientação, capacitação e organização sindical. Alcançamos um pa-tamar 80% dos nossos sindi-catos regularizados, o que é um diferencial nacional”, co-menta o secretário executivo da Faes, Altanôr Lôbo.

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Nova técnica deve aumentar produção cafeeira em 20%A técnica será ensinada no treinamento de Poda e Desbrota de Café, oferecido pelo

Sindicato Rural de Jaguaré e Senar/ES, em julho

No início do primeiro dia, será feita uma explicação teórica do assunto. O restante do tempo, cerca de 70%, será destinado às aulas práticas. Os alunos vão para a lavoura, onde serão acompanhados individualmente pelo instrutor para aprenderem o passo-a-passo da técnica de poda e desbrota.

IMPORTâNCIA DA PODA

“A poda é uma das técnicas mais importantes para o café co-nilon. É ela que mantém a produ-tividade das lavouras. Se houver apenas irrigação das lavouras e não houver a poda, não há reno-vação e a produção do café cai”, afirma o instrutor do Senar/ES, Luiz Alberto Nunes.

As lavouras do café Conilon são compostas por hastes ver-ticais e horizontais, que com o passar do tempo, e após várias colheitas, ficam envelhecidas e pouco produtivas. A poda serve justamente para renovar esses ramos e aumentar a produtivida-de cafeeira.

Nos dias 08 e 09 de ju-lho, Jaguaré vai receber o treinamento de Poda

e Desbrota de Café, fornecen-do aos produtores da região as técnicas necessárias para aumentar a longevidade e pro-dutividade de suas lavouras. A capacitação será promovida pelo Serviço Nacional de Apren-dizagem Rural – Senar/ES, em parceria com o Sindicato Rural de Jaguaré.

Durante as aulas, os pro-dutores vão aprender sobre a Poda Programada do Ciclo de Café Conilon, que é uma técni-ca de renovação da lavoura que pode aumentar a produção em pelo menos 20%, possibilitando maior lucro ao cafeicultor.

Os participantes da capacita-ção também vão adquirir apren-dizado sobre as vantagens e benefícios da poda e desbrota, o custo de produção e de mão de obra, os tipos e a época ideal para a poda, os equipamentos utilizados e técnicas para au-mentar a segurança no trabalho necessárias para a finalidade.

Senar/ES bate recordes em treinamentosO Senar/ES fechou seu rela-

tório quadrimestral e divulgou a avaliação das metas estabelecidas no seu Plano Anual de Trabalho – PAT para 2010. Os resultados fo-ram positivos para a entidade que já alcançou 29,6% de sua média anual em Formação Profissional Rural (FPR) e 41% em Promoção Social (PS).

Até o final do ano estão pro-gramados 1.136 treinamentos para serem realizados em todo o Espí-rito Santo. Desses, 361 já aconte-ceram, beneficiando 6.010 pesso-

as. “A situação é confortável em relação aos anos anteriores. Cerca de 30% de nossas metas já foram alcançadas”, comenta o superin-tendente do Senar/ES, Neuzedino de Assis.

Dentre as ações de FPR, des-taque para o desempenho dos seguintes treinamentos: Cafeicul-tura, com a realização de 40 ações (57,1% do previsto); Trabalhadores na Aplicação de Agrotóxicos, com 35 ações (58,3% do previsto); Me-lhoria da Qualidade do Leite, com 13 ações (65% do previsto); e Pro-

ação/atividadePoda e Desbrota de Café

Qualidade do LeiteMerendeirasArtesanato em Fibra de BananeiraPintura em TecidoAplicação de AgrotóxicosAssociativismoPiscicultura

Inseminação Artificial de BovinosProdução de Conservas VegetaisTratorista AgrícolaProdução de Derivados do LeiteEletricistaTratorista Agrícola

Início município08/07 Jaguaré09/07 Castelo09/07 Cachoeiro de Itapemirim10/07 Iconha12/07 Santa Leopoldina12/07 Itarana14/07 Pedro Canário14/07 Presidente Kennedy15/07 São Gabriel da Palha22/07 São Gabriel da Palha19/07 Linhares19/07 Cachoeiro de Itapemirim19/07 Pedro Canário20/07 Montanha24/07 Cachoeiro de Itapemirim26/07 Jaguaré

agenda de treinamentos de julho

* A agenda de treinamentos do Senar/ES pode sofrer alterações durante o mês.

Comunicação/Seag

A nova técnica para poda e desbrota do café pode aumentar a produção em pelo menos 20%.

dução de Conservas Vegetais, com 20 ações (50% do previsto).

Já nas ações de PS, o melhor desempenho foi para os treina-mentos de Produção de Pães e Biscoitos com 22 atividades (73,3% do previsto), de Administração de Recursos da Família com nove ati-vidades (60% do previsto) e de Pri-meiros Socorros com 11 atividades realizadas (55% do previsto).

PREVISõES

As ações de Desenvolvimento

de Recursos Humanos e os Pro-gramas Especiais estão previstos para ocorrer a partir do 2º quadri-mestre de 2010. O Agrinho, que é a ação de maior representatividade em número de pessoas e municí-pios abrangidos, deve começar no mês de julho.

As ações destinadas ao Desen-volvimento de Recursos Humanos dos funcionários, mobilizadores e instrutores, são sempre implemen-tadas no 3º quadrimestre, mas, este ano, o Senar/ES pretende co-meçar até agosto.

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plano Safra não chega ao produtor O plano, que deveria facilitar a produção rural, apresenta problemas estruturais

que dificultam a aplicação dos recursos previstos

O Plano Safra deve estabe-lecer o volume de recur-sos, as taxas de juros,

os programas e as condições de contratação dos recursos do crédito rural. Ele tem como foco central o incentivo ao médio pro-dutor rural.

Porém, na prática, apesar dos investimentos previstos, não fa-vorece ao produtor. As alterações do Plano Agrícola e Pecuário – PAP, safra 2010/2011, divulgadas pelo Banco Central no dia 07 de junho, apontam para problemas estruturais que dificultam a apli-cação dos recursos previstos.

De acordo com a Faes é pre-ciso definir um novo modelo de financiamento para o setor rural,

CNA entrega proposta do setor aos candidatos à presidência

A CNA reuniu várias enti-dades do país e, em conjunto, elaborou uma proposta para o futuro da agropecuária.

O material foi entregue em maio aos candidatos à presi-dência da república com o ob-jetivo de revelar “o que o setor rural espera do próximo presi-dente” e despertar neles a im-portância do fortalecimento do setor agrícola.

A proposta entregue está alicerçada nos seguintes ei-xos: política agrícola, meio ambiente, insegurança jurídi-ca, logística, tecnologia e pro-dução rural e responsabilidade social. Ela foi definida depois da realização de uma série de seminários que reuniram pro-dutores rurais, representantes sindicais e outras instituições ligadas ao campo, em discus-sões sobre a realidade e as necessidades do setor agrope-

cuário nacional.

PartIcIPação do es

O Espírito Santo esteve en-tre dos estados mais represen-tativos. Com o apoio da Faes, 24 pessoas participaram e leva-ram as idéias e reivindicações dos produtores capixabas para os debates. José Manoel Mon-teiro de Castro, presidente do Sindicato Rural de Iconha, in-dicou alguns tópicos e teve su-gestões acolhidas.

Ele contribuiu para o eixo de Meio Ambiente, levantan-do questões sobre a Reserva Legal, apreciada no Código Florestal, que impõe aos produ-tores a obrigação de recompor em 20% a vegetação nativa da propriedade, acarretando per-das de produção.

Na proposta enviada, os pro-dutores pedem a alteração do

Código Florestal, requerendo que sejam legalizadas as áreas de exploração e estabelecidos os percentuais de preservação para as áreas ainda não explo-radas.

“Essas propostas são muito importantes para o setor rural. Se o presidente realmente levar a sério e realizar mudanças, as atividades agrícolas terão um desempenho muito melhor”, destaca José Manoel.

dIscussões

Para chegar ao conteúdo fi-nal da proposta, foram realiza-dos cinco seminários regionais, que reuniram representantes na Bahia, Tocantins, Minas Gerais, Mato Grosso e Paraná, e um Se-minário Nacional, em São Pau-lo, que agrupou as sugestões regionais e as utilizou para ela-borar o documento levado aos

candidatos à presidência. Esses eventos reuniram entidades de representação do setor produ-tivo, Federações de Agricultura e Sindicatos Rurais, produtores rurais, entidades de pesquisa e universidades, lideranças do setor e parlamentares.

o Que esPeramos do PrÓXImo governador

Depois de ajudar a elaborar o documento “O que esperamos do próximo presidente”, a Faes está fazendo o mesmo a nível estadual. O segmento rural se reuniu no final de junho para discutir melhorias para a agro-pecuária capixaba. A partir das indicações do segmento será feita uma carta com propostas aos candidatos ao Governo Es-tadual nas eleições de 2010 e aos presidentes dos Partidos Políticos.

de modo a reduzir os riscos das operações de crédito e elevar a disponibilidade de recursos.

O anúncio do Governo Fe-deral aponta para um volume de investimentos de R$75,6 bilhões destinado ao custeio do setor agrícola, o que corresponde a apenas 49,74% do valor neces-sário para o financiamento das lavouras brasileiras, que pre-cisariam de um total de R$152 bilhões. Além do baixo volume de crédito, o setor também en-frenta dificuldade para adquirir o financiamento.

nÚmeros

O índice de efetivo repassado

é muito baixo. Na safra ante-rior, por exemplo, dos R$66,2 bi lhões anunciados, apenas R$49,8 bilhões foram aplica-dos.

O acesso restrito aos recur-sos acontece em função da existência de uma estrutura de crédito pulverizada e da partici-pação de instituições bancárias e não bancárias no financia-mento dos produtores sem a existência de uma central de risco, o que torna o custo de crédito muito alto, reduzin-do o acesso a ele.

“O modelo vigente não reconhece as diferenças existentes entre as regi-ões, nem leva em conside-

ração os recursos tecnológicos utilizados pelos produtores ru-rais. Essa realidade precisa ser revista, porque não atende aos anseios da classe produtora”, declara Júlio da Silva Rocha, presidente da Faes.

Divulgação

Várias entidades do país se reuniram para elaborar a proposta e ajudar a definir o futuro da agropecuária

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Novo sistema de rastreamento vai reduzir custos da pecuária

Os produtores rurais bra-sileiros estão comemorando o lançamento da nova estrutura operacional para o Serviço de Rastreabilidade da Cadeia Pro-dutiva de Bovinos e Bubalinos – Sisbov. O novo sistema está em fase de teste e é de adesão voluntár ia, permanecendo a obrigatoriedade nos casos de comercialização para mercados que exijam a rastreabilidade.

A CNA e Ministério da Agri-c u l t u r a d e s e n v o l v e r a m u m s is tema de computador que vai conter todos os dados das propriedades rurais brasileiras que atuam com rastreabilidade. O programa atende as novas regras do Sisbov e possibilitará a integração das informações dec la radas pe lo p rodutor e pelo Idaf.

A Base Nacional de Dados vai hospedar as informações sobre as propriedades brasilei-ras e seu rebanho, que poderão ser acessadas pela comunidade internacional.

Dentro de alguns meses o novo Sisbov chegará às mãos do produtor rural. “Antes, para vende r seus an ima is a um frigorífico, o criador precisava identificar número por número e apresen ta r a cer t idão de nascimento de cada animal. Tudo isso mudará e se tornará mais fácil e rápido com o novo

A proposta é unificar as informações de todas as propriedades rurais brasileiras em um único banco de dados. O sistema está em fase de testes

Sisbov”, comenta o superinten-dente do Senar/ES, Neuzedino de Assis.

funcIonamento

Segundo Neuzedino, o sis-tema va i desburocra t i za r a identificação dos animais, que será feita de forma única, por propriedade. Somente quando o bovino ou bubalino servir para a exportação é que precisará ser identificado separadamente.

O reg is t ro não dependerá mais de uma certificadora. O próprio produtor é quem vai cadas t ra r seus dados pe lo computador, através de uma senha. “Além de ser mais fácil, haverá redução de custos e um controle maior da trajetória dos animais”, enfatiza Neuzedino.

Através do novo Sisbov, a propriedade fica certificada de que tem qualidade para expor-tação e toda a cadeia produtiva poderá ter acesso mais rápido e prático ao sistema, para even-tuais consultas.

A últ ima versão de funcio-namento do sistema foi apre-sentada pelo coordenador de Sistemas de Rastreabilidade do Ministério da Agricultura, Naor Luna, durante a II Conferência Nacional sobre Defesa Agro-pecuária, real izada entre os dias 26 e 29 de maio, em Belo

As mudanças do programa Sisbov estiveram em pauta na Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária

metas para Defesa Agropecuária

Durante a I I Conferência Nacional sobre Defesa Agro-pecuária foram determinadas algumas ações a serem desen-volvidas nos próximos anos. Dentre elas estão:

• Todos os Estados terão um servidor para acompanhar pro-jetos de defesa agropecuária junto ao MAPA;

• Criação de uma socieda-de científica para debater o assunto;

• Priorizar estudos de análise de risco como subsídio para o

estabelecimento de políticas de defesa agropecuária;

• Criação de um observatório tecnológico de demandas e ofertas de tecnologias;

• Lançamento de um livro so-bre o histórico da defesa agro-pecuária e visão de futuro.

Aos interessados em saber mais sobre o tema, todas as palestras da II Conferência Nacional sobre Defesa Agrope-cuária estão disponíveis no site www.inovadefesa.ning.com.

DivulgaçãoDi

vulga

ção

Horizonte, Minas Gerais.O engenheiro agrônomo, Mu-

rilo Pedroni, e o superintenden-te do Senar/ES, Neuzedino de Assis, foram os representantes capixabas no evento. Segundo Murilo, o novo funcionamento do Sisbov vai ajudar bastante a vida do produtor capixaba. “O sistema foi simplificado e com isso, se aproximou da realidade do setor rural”, comenta.

o evento

A II Conferência Nacional so-

bre Defesa Agropecuária contou com palestras, debates, mesas redondas, painéis, workshops e mostra tecnológica. Represen-tantes das diversas entidades agropecuárias e universidades nacionais estiveram presentes no evento para debater sobre o tema “Se queremos ser o nú-mero 1 em agronegócios, temos que ser também o número 1 em defesa agropecuária”.

“As apresentações foram de alto nível e a participação dos presentes foi bastante positiva”, comenta, Murilo Pedroni.

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Av. Nossa Senhora da Penha, nº 1495 - torre A - 10º e 11º andares - Bairro Santa Lúcia - Vitória/ES - CEP: 29056-243

MAIS

Senar/ES na Feira Sabores

da TerraDe 10 a 13 de junho, o Senar/

ES e a Faes participaram da I Feira Estadual de Agroturismo Sabores da Terra, na Praça do Papa. O evento funcionou como um grande espaço de exposição e venda de produtos da agricultura no Estado. Com um estande montado logo na entrada da feira, o Senar/ES aproveitou para expor o trabalho artesanal desenvolvido pelos alunos durante as capacitações da entidade e também para mos-trar aos visitantes as atividades que oferece à população rural ao longo de todo o ano.

Aprovadas as contas da FAES

07/0707/0708/07 09/07

13/0715/0720/0722/0725/0726/0727/0727/0727/0729/07 30/07

Antonio Roberte BourguignonLuzia Lira Herzog

Andréa Cristina Viana Tavares Trigo Juracema Batista de FreitasErmides Lorenzoni TótolaInês Altoé Francoângela Maria Querino KuboyamaJacqueline Joseph El Hireche GomesJosé Pedro da SilvaLuiz MalavasiFrida Jacobsen BartelsJosé Guilherme Ferreira dos SantosLuciano de Paulo TrigoFabíola Carla da Silva SossaiAdelaide Cavalcanti de Assis

Presidente do SR LinharesEsposa do Presidente SR de Santa Leopoldina Esposa do Presidente SR de GuaçuíEsposa do Presidente SR EcoporangaEsposa do Presidente SR de Pinheiros Esposa do Presidente SR de MarilândiaEsposa do Presidente SR de SooretamaEsposa do Presidente SR de VianaPresidente SR de Afonso CláudioPresidente SR de Rio BananalMãe do Diretor Leomar BartelsPresidente SR de Vila VelhaPresidente SR de GuaçuíEsposa Presidente Sindicato JaguaréEsposa Diretor Neuzedino Victor de Assis

ANIVERSARIANTES DE JULHO

SR Pedro Canário

Nova diretoria em São mateusO Sindicato Rural de São

Mateus empossou no dia 14 de junho nova diretoria, que contará com a presidência de Edivaldo Permanhane. Também fazem parte da nova gestão Arnóbio Bonomo, Cláudia Mara Alves Vasconcelos, Edis Bo-nomo, Rosário Lima e Walmir Bolsanello. A meta principal do presidente novato é a conscien-tização dos produtores rurais

Simplificação dos licenciamentos

ambientaisPara proporcionar melhorias

ao exercício da atividade rural, a Faes entregou dois ofícios à Se-cretaria de Estado da Agricultura – Seag, solicitando alterações nas legislações ambiental e florestal vigentes no Estado.

Um dos ofícios dispõe sobre o Decreto nº 1.777, que diz res-peito ao sistema de licenciamento ambiental. Nele, a Faes solicita a inclusão de um disposi t ivo legal que possibil ite ao órgão responsável pelo licenciamento ambiental autonomia para adoção de processos simplificados, com intuito de proporcionar aos pe-quenos produtores, que executam atividades sem prejuízos ao meio ambiente, a regularização de suas tarefas.

No outro ofício, a Federação pede revisão da Legislação Flo-restal, sob o Decreto 2.271, e ade-quação conforme a realidade do Espírito Santo. Entre as solicita-ções estão ainda a compensação da reserva legal, a elaboração de uma planta georreferenciada para fins de demarcação da reserva legal, a renegeração natural e a emissão de licenças ambientais mediante comprovação de aver-bação de reserva legal.

mais de 40 treinamentos em pedro Canário

O Sindicato Rural de Pedro Canário, em parceria com o Senar/ES, real izou mais de 40 treinamentos neste ano. Somente em junho foram sete capacitações, entre elas as de conservas vegetais, tratorista agrícola, equideocultura rédea, primeiros socorros, motosserris-ta, associativismo e comandos da elétrica. Os treinamentos visam ampliar o ramo de atu-ação da população rural do município.

da necessidade de participarem mais dos debates que envolvem a classe. Além disso, Edivaldo quer promover uma ampla cam-panha de filiação.

No dia 31 de maio o Conselho de Representantes da Faes aprovou por unanimidade o parecer do Conselho Fiscal, tendo atendido as normas contábeis e demais legislações a que a entidade está sujeita.

A prestação de contas é com-posta de balanço patrimonial e financeiro, comparativo entre a receita arrecadada e a receita or-çada, e entre a receita orçada e a realizada.