CONVERSA PÚBLICA

EM ALVORADA A EDUCAÇÃO É PRIORIDADE

Bolsa Permanência: Incentivo para manter jovens na escola

“Igualdade”: Prefeitura entrega novos uniformes escolares

Cinema: A história do Clube das 5

ALVORADA, OUTUBRO DE 2015INFORMATIVO DA PREFEITURA DE ALVORADA

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A 15ª Feira do Livro de Alvorada se consolidou como uma das maiores do Rio Grande do Sul. O evento, que ocorreu de 14 a 18 de ou-

tubro, movimentou milhares de visitantes de todas

as idades que aproveitaram as bancas de livreiros, acompanharam as sessões de autógrafos, apresen-tações de músicas e peças de teatro, além de salas que ofereciam contação de histórias. A edição deste

ano teve como patrono o poeta e criador da Coope-rativa Cultural da Periferia (Cooperifa), Sérgio Vaz. A cidade homenageada foi Viamão e teve Artur Madru-ga como professor homenageado.

Lucas Alves, que está no 8º ano da Escola Municipal Antonio de Godoy feliz com a possibilidade de comprar o livro de sua preferência. Foram distribuídos 16.900 vales para alunos e 5.300 para professores e funcionários da rede pública municipal.

A educação é capaz de desenvolver nos indivíduos suas potencialidades, as fer-ramentas cognitivas e culturais neces-sárias ao exercício da cidadania. Além

disso, é fator de desenvolvimento pessoal, econômi-co, social, cultural e ambiental. Ela é pré-requisito à igualdade de oportunidades e pressuposto para a conquista e garantia de direitos, sejam eles civis, sociais, econômicos, culturais ou ambientais. Mais que isto, é potência para o acesso a bens sociais, à participação política, à emancipação individual, tan-to quanto para a transformação social. Ela garante a possibilidade do pensar de modo diferente para produzir as condições diferentes de existência. Ela é a condição para que o funcionamento da sociedade seja consoante à dignidade humana.

Esta é a perspectiva que tem orientado o trabalho da Secretaria Municipal de Educação. Mais do que seu sentido semântico, as palavras que qualificam a ESCOLA CIDADÃ, quais sejam incluir, aprender e transformar ganham vida nas ações e conquistas que estamos construindo aqui em Alvorada neste período recente.

A Secretaria Municipal de Educação tem como metas a alfabetização das crianças na idade certa e a garantia da presença de todos os jovens e crian-ças nas escolas, com aprendizagem e com sucesso na sua trajetória escolar. Ou seja, o esforço é para que cada um dos alunos que estão matriculados nas escolas da rede municipal tenha acesso a uma edu-cação de qualidade.

Desta forma, as ações da Secretaria de Educação, em parceria com as Escolas Municipais, são con-cebidas levando-se em conta a promoção do bem estar social. Através das Reuniões Pedagógicas o espaço do diálogo foi estabelecido. Semanalmente, a assessoria pedagógica, junto com as equipes dire-tivas, equipes de apoio à aprendizagem, professores e funcionários discutem, problematizam, planejam, na perspectiva de formular, acompanhar e avaliar as ações, os desafios e os avanços da escola.

Como ações inclusivas, destacamos a oferta de material escolar para todos os alunos. Foram en-tregues mochila, estojo, cadernos, lápis, borrachas, canetas, lápis de cor, canetas hidrocor, réguas, colas, cadernos de desenho, giz de cera, em quantidade suficiente para as necessidades de um ano letivo.

CONVERSA PÚBLICA 02

A Educação é prioridade

Além dos alunos, as escolas recebem material de consumo, para ser utilizado pelos professores. Fo-ram distribuídos uniformes escolares possibilitando a identificação e maior segurança para os alunos.

Atendemos com Passe Livre Estudantil aos alu-nos que residem a mais de 2km da escola onde estão matriculados, sendo que os alunos até 12 anos tem direito a um acompanhante. Nos bairros que não são atendidos pela linha de ônibus municipal, oferece-mos o transporte escolar com veículos próprios da Secretaria de Educação. E oferecemos uma bolsa--auxilio permanência para os alunos do 9º ano, que tenham estudado em escolas municipais desde o 6º ano, para que permaneçam na escola e desta forma concluam o Ensino Fundamental na idade certa.

Para o atendimento da Educação Infantil, neste ano, criamos mais 100 vagas de pré-escola, e somos conveniados com 15 Creches Comunitárias, repas-sando recursos para qualificação e manutenção dos espaços, além da merenda escolar e assessoria e for-mação pedagógica.

Regulamentamos a Hora-Atividade para todos os professores dos anos iniciais e dos anos finais. Cada professor dispõe de 07 (sete) horas por semana, sendo que 04 (quatro) horas podem ser cumpridas em local de livre escolha, possibilitando que os mes-mos, qualifiquem seu planejamento e por, consequ-ência, sua intervenção pedagógica junto aos alunos. Para garantir a Hora-Atividade foram nomeados mais de 150 novos professores. Unificamos o conceito de docência, que estabelece a todo professor que exer-cer atividade docente, seja em sala de aula, ou nas equipes diretivas e equipes de apoio à aprendizagem, o direito à aposentadoria especial.

Criamos o Centro Municipal de Atendimento Edu-cacional Especializado – CEMAEE Rubem Alves que atende os alunos deficientes ou com dificuldades de aprendizagem, matriculados nas Escolas Municipais ou Creches Comunitárias. Dentre os objetivos do Centro estão o acompanhamento e atendimento aos alunos e professores, assessorando a construção dos currículos adaptados e a formação dos estagi-ários de inclusão e Salas de Recursos Multifuncio-nais. Contamos com 100 estagiários (estudantes de Licenciaturas ou Pedagogia e Magistério) que auxi-liam os professores no atendimento aos alunos nas Escolas e Creches Comunitárias conveniadas e sete (07) Salas de Recursos Multifuncionais.

Para atender aos Jovens e Adultos que ainda não concluíram o Ensino Fundamental, reestruturamos a oferta da Educação de Jovens e Adultos, apresen-tando à cidade uma proposta de profissionalização

concomitante aos estudos. Atualmente, temos 14 cursos, e os alunos estão distribuídos em 23 turmas. As aulas acontecem no Centro de Educação Profis-sional Prof. Florestan Fernandes. Para possibilitar a participação nas aulas, o aluno recebe o passe-livre estudantil e uma bolsa-auxilio permanência. Os cur-sos são ministrados por professores da rede muni-cipal, e através de convênios com o Instituto Federal de Educação – Campus Alvorada, Instituto Calábria e Escola Técnica Mesquita.

Contamos com o Centro Municipal de Educação Ambiental – Sala Verde, responsável pelas políticas de Educação Ambiental. Este Centro tem proporcio-nado formações e assessoria às escolas, buscando a construção de novos olhares sobre a questão am-biental na cidade. Através do Centro, os alunos da Educação de jovens e Adultos participaram do curso de Jardinagem e Paisagismo.

Na perspectiva de uma cidade leitora, retoma-mos a Feira do Livro e criamos o vale-livro para os alunos, professores e funcionários. Trouxemos a Bi-blioteca Pública para a Avenida, de forma e atender melhor a comunidade. Através da Biblioteca Pública, as professoras das Salas de Leitura das escolas tem a possibilidade de potencializar suas intervenções e qualificar seus projetos. Em encontros mensais for-mou-se um grupo de “Incentivadores da Leitura” que partilham suas experiências exitosas e participam de momentos de formação. A Biblioteca foi responsável pelo curso de contadores de história, oferecido aos alunos da Educação de Jovens e Adultos.

Neste ano, elaboramos, em conjunto com a ci-dade, o Plano Municipal de Educação. Com a parti-cipação e o compromisso de todos, queremos uma educação centrada no sujeito coletivo que reconhece a importância do outro, a existência de processos conjuntos de construção do saber e a relevância de criarmos ambientes de aprendizagens que favoreçam o desenvolvimento do conhecimento interdisciplinar e da criatividade. São metas e estratégias que bus-cam consolidar os passos necessários ao desafio de mudar a educação, e desta forma, transformar a sociedade!

Escola Cidadã: incluir, aprender, transformar!!!

Nair RibeiroSecretária Municipal de Educação

Sergio Bertoldi Prefeito Municipal

27 Escolas Municipais

313 Salas de Aula

1600 Professores

678 Turmas

17.500 alunos Ensino Fundamental e Educação Jovens e Adultos

15 Creches Conveniadas

1015 crianças atendidas na Educação Infantil

27% é o percentual do Orçamento Municipal em Educação

Educação em números

editorial

Primeiros Passos PROGRAMAS PARA EDUCAçÃO INFANTIL

Aumento de repasse para creches ajuda na contratação de professores e melhorias para alunos

Há anos, logo de manhã, a Rua Vereda Tro-pical do Bairro Salomé vê a mesma roti-na: pais deixando seus filhos na creche

Tia Neninha I, antes de seguir para o trabalho. O local faz parte da vida da comunidade. Também há anos, a creche comunitária sofria com dificuldade para se manter sem auxílio. “Nossa maior dificul-dade era articular o trabalho, poder estruturar o espaço em que as crianças ficavam”, conta Kellen Muniz de Oronha, diretora da escola há 12 anos. “A gente sabia o que tinha de fazer, mas não tinha recursos. A Vigilância Sanitária vinha, falava que precisávamos adequar piso, banheiro, forro, mas a gente não tinha recursos para fazer. A gente mal conseguia pagar a pessoa que trabalhava”.

O aumento do repasse de recursos liberado pela Secretaria de Educação veio em boa hora. Assim como a Tia Neninha, outras creches pas-saram a receber o auxílio da prefeitura. Enquanto Alvorada ainda encaminha a construção de suas primeiras Escolas Municipais de Educação Infan-til (EMEIs), as creches dentro das comunidades da cidade são o único apoio da educação infantil.

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O convênio entre o governo municipal e a creche garante que 35% das vagas sejam gratuitas, re-passe trimestral de recursos, fornecimento de me-renda igual a oferecida nas escolas municipais e assessoria pedagógica de uma equipe da SMED.

Pequenos contentes, todos contentes

No caso da creche dirigida por Kellen, o di-nheiro a mais possibilitou a contratação de outras duas professoras, carteira assinada para todas os funcionários e melhora nos salários, reparos na infra-estrutura do prédio da escola e aquisição de materiais pedagógicos para as crianças. Além disso, todas as professoras que trabalham no lo-cal agora tem formação em Pedagogia. Atualmen-te, a Tia Neninha I atende 80 crianças, com idades entre um ano e meio e 6 anos. A creche possui 6 professoras e 8 funcionários em sua equipe. “Eles estão muito contentes. As crianças estão conten-tes, os pais estão contentes por trazer os filhos numa escola que eles sabem que melhorou muito. A comunidade toda sente”, conta a diretora Kellen.

Recursos paraa Educação

A prioridade da educação está também nos números. São 1600 professores que diariamente desenvolvem atividades com mais de 17.500 alunos. Alvorada investe o equivalente a 27% de tudo que arrecada em educação, porque aquilo que a gente aprende, ninguém nos tira.

Num espaço colorido, cheio de de-senhos, lápis de cor e livros, alu-nos das escolas municipais viajam dentro de histórias. São as Salas de Leitura, o lugar dentro das es-colas municipais reservados para

todo tipo de atividade envolvendo literatura. Na Escola Municipal de Ensino Fundamental Padre Léo também é assim. Os alunos têm reservada

Salas de Leitura: Espaços criam vínculos entre alunos e a literatura sem sair das escolas

uma hora por semana para as atividades na Sala. Os trabalhos desenvolvidos ali sempre estão li-gados ao que é tratado em sala de aula. Os Pro-fessores da Sala de Leitura também participam de formação em grupo desenvolvida na Biblio-teca Municipal, onde podem trocar experiências. Filha de um operário gráfico, a professora Sir-gried sempre foi apaixonada por livros e alfabe-tizar. Como encarregada da Sala de Leitura da

Padre Léo ela encontrou o que mais gosta de fazer. “Agora a gente tem mais material, mais acessibilidade de conseguir as coisas. Cada vez vai avançando mais”, comemora. Depois de receber novos materiais da Secretaria de Educação, Sirgried conta que viu o interesse dos alunos aumentar: “Estão retirando mais livros do que antes. Aumentou o interesse de-les pela leitura. Eles ficam até mais calmos”.

“Escola com igualdade social”: Prefeitura entrega novos uniformes escolares para rede municipal

Victor já está acostumado: assim que chega da escola tira o uniforme e o colo-ca em um local especial no seu quarto. A mãe, Loiva Terezinha Oliveira, conta que é as-sim desde que ele recebeu o novo kit escolar. Para alegria dos dois, feito nas co-

res preferidas deles: verde e laranja. Loiva acredita que a adoção dos uniformes em toda a rede é um marco importante para toda a comunidade. “Uniforme é uma escola com igualda-de social. Mesmo que as crianças tenham condições diferentes, ali eles são iguais”, afirma. Desde o final de agosto, Alvorada está repleta de “laranjinhas”. Os alunos da rede municipal enchem as ruas da cidade com os novos uniformes distribuídos pela Secretaria de Educação. Ao todo, até o final de agosto, foram entregues 144 mil peças de roupas e 17.500 calçados para os estudantes das 27 escolas do município. O kit contém sete peças de roupas: bermuda, calça, regata, jaqueta, camisetas de manga curta e manga longa, par de meias e tênis. Para a SMED, além de ajudar os pais a economizarem em roupas, o novo uniforme também ajuda

a garantir mais segurança já que é fácil de reconhecer as crianças da rede e acompanhar se estão fora da escola.

Mãe e filho estão contentes com novo uniforme

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Bolsa Permanência: Incentivo ajuda a manter jovens na escola e adultos a retomar estudos

Uma das maiores iniciativas da atual pre-feitura de Alvorada é um projeto inédito no Rio Grande do Sul: o Bolsa Perma-nência. Através dele, alunos que estive-

rem concluindo o 9º ano - tanto no Ensino Fun-damental regular, quanto na Educação de Jovens e Adultos (EJA) - recebem R$ 90 por mês como auxílio para seguir os estudos. O valor é pago no final de cada semestre, somando os meses que o aluno teve pelo menos 75% de frequência.

O programa foi criado para combater a evasão escolar no município, que até 2013, registrava cerca de 47% da população sem ensino funda-mental completo. Agora, estes números parecem estar mudando. Há dois anos, Alvorada tinha 300 alunos matriculados no Ensino de Jovens e Adultos (EJA). Agora, já são 1.200, quatro vezes mais em apenas dois anos. “Começamos a dis-cutir o que fazer para manter o aluno na escola. Os resultados a gente vai poder ver a longo pra-zo”, diz Vera Cunha, assessora da Secretaria de Educação.

De fato, muitos estudantes acabavam aban-donando a escola porque precisavam trabalhar e ajudar a sustentar a casa. Com a Bolsa, não pre-cisam mais escolher entre um e outro. Cacilda Andreia da Cunha, de 43 anos, sabe bem como é

isso. Depois de estudar até a 4ª série, ela largou a escola. Tentou voltar anos depois, já mãe de dois filhos, mas novamente não conseguiu con-ciliar horários. Agora, Cacilda está terminando o 5º ano na EJA, concluiu um curso de costura e frequenta aulas de Informática para melhorar sua formação. Tudo gratuitamente no Centro Flores-tan Fernandes. “Estou muito feliz, me realizou. Antes eu tinha de pagar para fazer um cursinho,

outro auxílio oferecido pela prefeitura desde 2015, que ajudou Cacilda na volta os estudos

foi o Passe Livre. Graças ao benefício ela conta que pode frequentar os cursos no Centro Flores-tan sem o peso econômico que teria o transporte em seu orçamento.

Disponibilizado desde janeiro deste ano, o Passe Livre permite que estudantes da rede mu-nicipal, de 5 anos até o EJA, residindo a mais de

Transporte Escolar: Projeto garante ir e vir com segurança da escola para crianças, jovens e adultos

então não me animava a fazer nada. Mas agora, tendo curso junto com os estudos, para mim foi uma evolução”.

Cacilda conta que os filhos estão orgulho-sos e que pretende estudar para ser gessária em hospitais. “Meu foco é esse, mas todas as opor-tunidades que aparecerem vou fazendo. A meta é não parar. Não olhar para trás, olhar só para frente”.

Além de fazer EJA, Cacilda também começou curso de informática

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2km de distância de suas escolas, possam utilizar a rede de transporte público gratuitamente. Além do Passe Livre, a Prefeitura fornece transporte escolar para 120 crianças atraves de 4 ônibus sendo um adaptado para pessoas com deficiên-cia. As crianças até os 12 anos tem direito a viajar com um acompanhante, também gratuitamente. Cerca de 1.100 alunos já são beneficiados pela medida.

Incentivo àleitura éPrioridade

Cada vez mais incentivar a leitura é garantir cidadania. Por isso, a Prefeitura tem investido: Em realização da Feira do Livro, da criação do Vale-Livro para alunos, professores e funcionários, aquisição de livros de literatura atualizados, qualifica-ção do espaço da Biblioteca Pública Municipal, promoção da convivência de alunos e professores com autores de livros e grupos culturais que fomentam a literatura.

i nclusão na educação significa acesso a todos. Foi pensando nisso que a Secreta-ria Municipal de Educação tem investido e melhorado nos atendimentos do Centro

Municipal de Atendimento Educacional Espe-cializado – CEMAEE Ruben Alves, o CEMAEE. É através do Centro que crianças e adoles-centes com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e superdotação/altas ha-bilidades, que integram a rede municipal de ensino, creches conveniadas e egressos da APAE, recebem atendimento qualificado.

No CEMAEE, alunos tem acesso a aten-dimento semanal onde podem desenvolver atividades pedagógicas e/ou especializadas, de acordo com suas necessidades. Além da atenção com professores especializados em

CEMAEE: Centro para atendimento de educação especial garante inclusão de todos na educação

educação especial, eles têm ainda a opor-tunidade de desenvolver trabalhos em arte-terapia, musicoterapia e psicomotricidade. Normalmente, eles são atendidos em turmas de até 5 pessoas, para auxiliar também na so-cialização.

Ao todo, a equipe atual do CEMAEE conta com 10 professores com formação em Peda-gogia, com ênfase em Educação Especial. O Centro é responsável por atender cerca de 250 alunos, todas as semanas. Como a de-manda é grande, há planos para expandir o atendimento. “Já estamos em processo para ampliar nossa equipe. Estamos em processo de contratação de mais professores, para que possamos ampliar nosso atendimento”, afir-ma a vice-diretora, Ângela.

o programa de educação especial para inclu-são, da SMED, conta também com o traba-lho de estagiários de inclusão. Durante o

tempo em que os alunos estão nas escolas, são eles quem prestam auxílio dentro da sala de aula. A equipe já conta com 90 estagiários trabalhando na rede municipal. A estudante de Letras Mônica Cabreira Kobieslki, de 19 anos, é uma das esta-giárias.

Há um ano e meio, Mônica trabalha diaria-

Estagiários de Inclusão

CONVERSA PÚBLICA 06

mente auxiliando estudantes na Escola Munici-pal Aparício Borges. Ela conta que no começo ficou nervosa, mas com o tempo foi desenvol-vendo um afeto pelos seus alunos e já reconhe-ce que a experiência mudou sua vida. “Depois de ficar aqui, apesar de eu ser de Letras, não de séries iniciais, vi que quero trabalhar em esco-las. Educação especial está num todo, todos os professores deveriam passar por esse experiên-cia”, afirma a jovem.

Mônica auxilia estudantes especiais na Escola Municipal Aparicio Saraiva

Sala Verde: Espaço de educação ambiental desenvolve trabalhos sobre Rio Gravataí

No ano passado, o Centro de Educação Ambiental Sala Verde ganhou sua sede própria em Alvorada. Iniciativa conjun-ta entre os Ministérios da Educação e

do Meio Ambiente, o projeto está presente em todo o país. “A ideia é criar espaços de educa-ção ambiental onde sejam divulgadas informa-ções, onde a população tenha acesso a estas informações”, explica a professora Fabiane de Assis, coordenadora do Centro na cidade. Aqui, o trabalho desenvolvido no projeto é especial-mente vinculado com o planejamento das esco-las municipais.

Para marcar a comemoração dos 50 anos de Alvorada, o projeto desenvolveu um roteiro ambiental destacando os pontos de maior rele-vância ecológica no município. O Projeto Rio Limpo também está desenvolvendo em parceria com a Sala, atividade de formação de professo-res sobre a bacia do Rio Gravataí. Duas escolas

Hora atividade: Conquista dos professores municipais, mais qualidade em sala de aula

Uma antiga reivindicação dos professores mu-nicipais se tornou conquista durante a gestão

atual. A chamada Hora Atividade foi formalizada e passou a permitir que professores da rede mu-nicipal tenham um dia reservado para se dedicar ao planejamento semanal e formação. Durante um dia da semana, professores são liberados da sala de aula e um substituto é encarregado de desen-volver atividades lúdicas com os alunos, como a Hora do Conto ou aulas de educação artística.

Além disso, para garantir o foco dos professo-res, agora, é permitido que a hora-atividade, seja cumprida a distância. “É muito mais tranquilo a gente fazer planejamento em casa, onde a gente têm acesso ao nosso computador, às nossas pas-tas, aos nossos livros. Às vezes precisava mate-rial que estava em casa e algumas coisas ficavam pendentes”, explica a professora de anos iniciais Graziela Bohrer, da Escola Municipal Aparício Borges. Ela conta que muitas vezes, ainda que o professor estivesse com o dia reservado para preparação de atividades, era comum ter de co-brir um colega que havia faltado ou auxiliar em outras atividades da escola. O trabalho acabava se acumulando para ser feito em casa. “É mais qualidade de vida e também mais qualidade para o trabalho”, diz.

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sorteadas - Escolas Municipais Alfredo José Justo e João C Villagran Cabrita - terão acesso a seminários especiais e visitas guiadas de alu-nos e professores pelo Rio Gravataí, analisando todos os efeitos das ações do homem no rio. “Em breve um catamarã adquirido pelo projeto também estará disponível para ser utilizado du-

rante as visitas”, diz Fabiane. Apesar de ter como foco a formação de alu-

nos e professores das escolas municipais, o Sala Verde também está aberto ao público em geral, de segunda a sexta. O Centro oferece es-paço de pesquisa virtual e biblioteca para quem se interessar.

Com hora-atividade, Graziela pode preparar melhor aulas

Os filmes produzidos pelos integrantes do Clu-be já levaram o nome de Alvorada para vários lugares. Produções dos estudantes participa-

ram de festivais no Rio de Janeiro, Porto Alegre, e Gramado. “O crítico de cinema Rubens Ewald Filho estava lá assistindo aos filmes deles também. Foi uma experiência bem interessante. Eles adoraram a viagem, foi a primeira vez muitos deles fizeram”, conta André. Na capital, três dos filmes feitos pelos estudantes de Alvorada foram premiados e eles ainda ganharam um computador para ajudar com edição das próximas produções.

A cada passo que percorrem, os estudantes do Clube das 5 levam o trabalho e o nome da cidade junto, e esse ano tiveram a oportunidade de expandir para fora do Brasil. Um dos filmes realizado por eles, “Coração em Oferta”, foi selecionado para um festival internacional de cinema em Montevidéu, capital do Uruguai. Onde participaram e competiram com fil-mes feitos por estudantes na Inglaterra, Espanha e Coreia do Sul.

O cinema mostrando que educação sempre abre portas. “Muito além da questão profissional, o cine-ma cria um laço entre os alunos que acaba valendo mais do que o que está sendo ensinado”, diz André. Segundo ele, alguns grupos viram famílias. “Às ve-zes eles estão chateados com alguma coisa de ado-lescente, e o clube funciona como uma refúgio. Vale mais do que os prêmios essa interação.”

Ideias na cabeça, câmeras na mão: o clube que ensina cinema aos estudantes das escolas municipais

ClUbe das 5

08CONVERSA PÚBLICA

A 15ª Feira do Livro de Alvorada se consoli-dou como uma das maiores do Rio Gran-de do Sul. O evento, que ocorreu de 14 a 18 de outubro, movimentou milhares de

visitantes de todas as idades que aproveitaram as bancas de livreiros, acompanharam as sessões de autógrafos, apresentações de músicas e peças de teatro, além de salas que ofereciam contação de histórias.

O patrono deste ano é o poeta e criador da Co-operativa Cultural da Periferia (Cooperifa), Sérgio Vaz. A cidade homenageada foi Viamão, e o profes-sor, Artur Madruga. Escritores, arte-educadores, ilustradores, artistas, entre outros convidados in-tegraram a programação, que teve a participação de Marô Barbieri, Dilan Camargo, Cacá Melo, Beto Herrmann, Patrícia Langlois e do patrono, o poeta Sérgio Vaz.

Desde 2013, ano em que foi retomada a Feira do Livro de Alvorada, a Secretaria Municipal de Edu-

cação realiza a distribuição de vale-livros. Na 15ª edição foram distribuídos 16.900 vales para alunos, e 5.300 para professores e funcionários. Os vales representados em cédulas de um, cinco e dez Cru-zeiros Alvoradenses foram a novidade, e facilitaram o troco para a compra de livros nas bancas da feira. O nome da cédula faz alusão a moeda brasileira ofi-cial em 1965, data de emancipação do município.

O último dia de Feira do Livro contou com a apresentação das peças de teatro “Orquestra de Brinquedos”, “Mas bah! Como é grande meu Rio Grande”, e “Quem não dança balança a criança”, que ocorreram no palco Carlos Urbim e movimentaram a praça João Goulart. Assim como, as sessões de autógrafos com as escritoras Marô Barbieri, e Cacá Melo, a escritora e contadora de história Rosane de Castro, e a arte-educadora Patrícia Langlois. A peça de teatro “Adolescer” da companhia Dejá-vu encerrou com chave de ouro a 15ª Feira do Livro de Alvorada.

15º Feira do Livro de Alvorada