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INFORMATIVO DA RECEITA ESTADUAL 1 Ano III – Edição n.º 10 Março/2009 “O comportamento das organizações é a soma do comportamento das pessoas que ali trabalham; sendo, portanto, um comportamento humano.” Bernet Entschev, em entrevista no Telejornal Bom Dia Paraná. “Não somos proprietários do planeta, somos seres compartilhantes.” Mário Sérgio Cortela, durante palestra por ele proferida. “A tarefa do poder é servir. O poder que se serve é um poder que não serve.” Mário Sérgio Cortela, durante palestra por ele proferida. ESPAÇO PARA REFLEXÃO (Esat) Foto: Escultura O Pensador Escultor francês Auguste Rodin No último dia 17 de fevereiro, o Sistema PAF completou dezesseis anos de operação. Desde o início até os dias de hoje, foram lavrados mais de setecentos mil autos de infração, tendo sido lançados vários bilhões de reais decorrentes de impostos devidos ao Erário, além de penalidades pecuniárias. Do universo dos lançamentos de ofício efetuados pelo Fisco Estadual, atualmente tramitam aproximadamente dezesseis mil e quinhentos autos de infração, sendo que mais do que um terço dessa quantidade encontra-se no CCRF - Conselho de Contribuintes e Recursos Fiscais –, à espera da decisão administrativa final. Em termos monetários, os PAFs que estão no CCRF representam um montante de R$ 4,3 bilhões. Já o valor total atualizado de todos os AIs ainda não encerrados, incluindo os lançamentos em tramitação no âmbito da CRE, importa em R$ 6,2 bilhões. Esses números possuem caráter dinâmico, uma vez que a cada minuto novos autos são gerados e outros são encerrados. Além disso, as dívidas ativas originárias de autos de infração continuamente tornam-se objeto de cobrança administrativa ou judicial. O Sistema PAF da Receita Estadual do Paraná foi pioneiro no Brasil e serviu de modelo e inspiração para vários outros sistemas estaduais. Para que o Sistema PAF prestasse esses dezesseis anos de bons serviços ao Estado, foram necessários dois longos e prévios anos de muita dedicação, estudo e trabalho árduos, realizados por uma competente equipe especialmente designada para esse fim. Essa equipe, além de idealizar o Sistema, planejou, gerenciou e executou todas as tarefas necessárias à realização do projeto. Na impossibilidade de agradecer a todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para o êxito do Sistema PAF, até os dias de hoje, gostaria de homenagear os Auditores Fiscais que integraram a equipe original. No âmbito da CRE, são eles: ElisaBETE Maria Rusche (aposentada), JOÃO RAMOS da Silva (atualmente na AGRH), João Carlos PARRA (atualmente na IGT/SALT). Pela Celepar, fazem parte dessa história de sucesso o Analista JANDERSON Estevam Vicente (aposentado) e VILMAR Roberto Furbringer (naquela época Programador e ainda hoje Analista do Sistema PAF). Parabéns e muito obrigado a todos! ANIVERSÁRIO DO SISTEMA PAF ( Paulo Roberto Koslosky, Setor de PAF da IGT)

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Ano III – Edição n.º 10 Março/2009

“O comportamento das organizações é a soma do comportamento das pessoas que ali trabalham; sendo, portanto, um comportamento humano.”

Bernet Entschev, em entrevista no Telejornal Bom Dia Paraná.

“Não somos proprietários do planeta, somos seres compartilhantes.”

Mário Sérgio Cortela, durante palestra por ele proferida.

“A tarefa do poder é servir. O poder que se serve é um poder que não serve.”

Mário Sérgio Cortela, durante palestra por ele proferida.

ESPAÇO PARA REFLEXÃO (Esat)

Foto: Escultura O Pensador

Escultor francês Auguste Rodin

No último dia 17 de fevereiro, o Sistema PAF completou dezesseis anos de operação.Desde o início até os dias de hoje, foram lavrados mais de setecentos mil autos de infração, tendo sido

lançados vários bilhões de reais decorrentes de impostos devidos ao Erário, além de penalidades pecuniárias.Do universo dos lançamentos de ofício efetuados pelo Fisco Estadual, atualmente tramitam

aproximadamente dezesseis mil e quinhentos autos de infração, sendo que mais do que um terço dessa quantidade encontra-se no CCRF - Conselho de Contribuintes e Recursos Fiscais –, à espera da decisão administrativa final.

Em termos monetários, os PAFs que estão no CCRF representam um montante de R$ 4,3 bilhões. Já o valor total atualizado de todos os AIs ainda não encerrados, incluindo os lançamentos em tramitação no âmbito da CRE, importa em R$ 6,2 bilhões.

Esses números possuem caráter dinâmico, uma vez que a cada minuto novos autos são gerados e outros são encerrados. Além disso, as dívidas ativas originárias de autos de infração continuamente tornam-se objeto de cobrança administrativa ou judicial.

O Sistema PAF da Receita Estadual do Paraná foi pioneiro no Brasil e serviu de modelo e inspiração para vários outros sistemas estaduais.

Para que o Sistema PAF prestasse esses dezesseis anos de bons serviços ao Estado, foram necessários dois longos e prévios anos de muita dedicação, estudo e trabalho árduos, realizados por uma competente equipe especialmente designada para esse fim. Essa equipe, além de idealizar o Sistema, planejou, gerenciou e executou todas as tarefas necessárias à realização do projeto.

Na impossibilidade de agradecer a todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para o êxito do Sistema PAF, até os dias de hoje, gostaria de homenagear os Auditores Fiscais que integraram a equipe original. No âmbito da CRE, são eles: ElisaBETE Maria Rusche (aposentada), JOÃO RAMOS da Silva (atualmente na AGRH), João Carlos PARRA (atualmente na IGT/SALT). Pela Celepar, fazem parte dessa história de sucesso o Analista JANDERSON Estevam Vicente (aposentado) e VILMAR Roberto Furbringer (naquela época Programador e ainda hoje Analista do Sistema PAF).Parabéns e muito obrigado a todos!

ANIVERSÁRIO DO SISTEMA PAF( Paulo Roberto Koslosky, Setor de PAF da IGT)

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ESCOVANDO BIT (Cláudio Marcos de Souza Quaresma, AGTI)

Sim, economizar energia vale a pena!

Segundo um artigo da InfoWorld, alguns mitos podem estar nos impedindo de adotar medidas simples visando a economia de energia no uso dos micros.

Veja alguns MITOS bem populares que são derrubados no artigo, ou seja, as afirmativas abaixo são falsas.

1 - O surto de energia que ocorre ao ligar o micro elimina a vantagem de deixá-lo desligado de um dia para outro.2 - O protetor de tela economiza energia.3 - Ligar e desligar o computador pode reduzir sua vida útil.

Leia mais (em inglês) em: http://weblog.infoworld.com/sustainableit/archives/2008/12/pc_power_manage_1.html

A RNP - Rede Nacional de Ensino e Pesquisa - promoveu recentemente o Dia Internacional de Segurança em Informática. Como parte deste evento, publicou uma página com dicas de segurança, das quais destacamos as seguintes:1 - Mude sua senha nos sistemas.2 - Limpe seu computador e as áreas ao redor dele.3 - Faça cópias de segurança de seus da- dos (depois de ter certeza de que os dados estão livres de vírus).4 - Apague arquivos desnecessários.5 - Registre e pague por todo programa comercial que é usado em seu computador.

6 - Instale todas as atualizações relacionadas à segurança no sistema operacional de seu computador.7 - Proteja todas as cabines de computadores de líquidos ou materiais que possam cair sobre eles.8 - Atualize seu antivírus, firewall pessoal e antispyware.9 - Não utilize software pirata.10 - Não envie nem responda e-mails de SPAM e phishing.

Leia mais em: www.rnp.br/eventos/disi/2008/comoparticipar.html

O que você pode fazer pela sua segurança em informática?

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CRITÉRIOS PARA A SOLUÇÃO DAS ANTINOMIAS (Luiz Carlos Gallo, 9.ª DRR – Maringá)

Dá-se a antinomia jurídica quando numa determinada situação duas ou mais normas (ou princípios) têm conteúdo prescritivo incompatível, numa mesma ordem jurídica (e âmbito de validade jurídica).1

A antinomia significa o encontro de duas proposições incompatíveis, sendo que não podem ser ambas verdadeiras.

Com referência a um sistema normativo, a antinomia significa o encontro de duas normas incompatíveis, sendo que  não podem ser ambas aplicadas. A eliminação do inconveniente não poderá consistir em outra coisa senão na eliminação de uma das duas normas, ou,  se forem normas contrárias, na eliminação das duas.2

O direito positivo brasileiro não discipli- nou o concurso de leis de forma sistemática e genérica. A única manifestação legislativa nesse sentido é a constante do anteprojeto de Código Penal de 1963, de autoria de Nelson Hungria: “Art. 5° Quando a um mesmo fato podem ser aplicadas duas ou mais normas penais, atende-se ao seguinte, a fim de que só uma pena seja imposta: a) a norma especial exclui a geral; b) a norma relativa a crime que passa a ser elemento constitutivo ou qualificativo de outro é excluída pela norma atinente a este; c) a norma incriminadora de um fato que é meio necessário ou normal, fase de preparação ou execução de outro crime, é excluída pela norma a este relativa.”.3

No curso de sua secular obra de interpretação das leis, a jurisprudência elaborou algumas regras para a solução das antinomias, que são comumente aceitas. Por outro lado, é necessário acrescentar logo que essas regras não servem para resolver todos os casos possíveis de antinomia. Há antinomias solúveis e antinomias insolúveis:

1 – há casos de antinomias nos quais não se pode aplicar nenhuma das regras pen- sadas para sua solução;

2 – há casos em que se podem aplicar ao mesmo tempo duas ou mais regras em conflito entre si.

As regras fundamentais para a solução das antinomias são três:a - o critério cronológico;b - o critério hierárquico;c - o critério da especialidade. O critério cronológico, chamado também de lex posterior, é aquele com base no qual, entre duas normas incompatíveis, prevalece a norma posterior: lex posterior derogat priori (A lei posterior derroga a anterior).

O critério hierárquico, chamado de lex superior, é aquele pelo qual, entre duas normas incompatíveis, prevalece a hierarquicamente superior: lex superior derogat inferiori (A lei superior derroga a inferior).

O critério da especialidade, dito justamente da lex specialis, é aquele pelo qual, de duas normas incompatíveis, uma geral e uma especial (ou excepcional), prevalece a segunda: lex specialis derogat general (A lei especial derroga a lei geral)4.

1 PRADO, Luiz Regis. Curso de direito penal brasileiro, parte geral: arts. 1° a 120. 8ª ed. Ver., atual. E ampl. – São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008, p. 212/213.

2 BOBBIO, Norberto. Teoria do ordenamento jurídico. Trad. Maria Celeste C. J. Santos; ver. Téc. Claudio De Cicco; apres. Tércio SampaioFerrz Júnior – Brasília: Universidade de Brasília, 10ª ed. 1999. P. 91.

3 PRADO, Luiz Regis. Idem, p. 213.

4 BOBBIO, Norberto. Idem p. 62 a 96.

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CAIXINHA DE LEMBRANÇAS

Nesta edição, apresentamos o talento e a sensibilidade do colega Tito Sales Goulart, Auditor Fiscal que atua no Setor de ITCMD da IRA da 1.ª DRR.

Cuidadoso, criativo e detalhista, Tito é “marceneiro de mão cheia”. Em sua casa, onde mora com a esposa e dois filhos, há vários móveis concebidos e construídos por ele. Seguramente, isso é para poucos.

O texto recebeu o título “Caixinha de Lembranças”, uma vez que o Tito tem guardado até hoje seu primeiro trabalho, pelo qual demonstra especial sentimento. Mas vamos deixar que o próprio criador fale sobre sua obra.

“Possivelmente essas habilidades manuais decorram das restrições orçamentárias da infância e da adolescência, bem como do fato de eu ser muito curioso. Fiz minha primeira caixinha para guardar meus compactos simples e duplos. Pintei-a com esmalte de unha das minhas irmãs. Apesar de rústica e do péssimo acabamento, ainda a conservo com os mesmos discos, pois ela me reporta a uma época de felicidade, quando ainda eram vivos meu pai e minha irmã mais moça.Porque passei a gostar cada vez mais da marcenaria, comecei a adquirir ferramentas para a confecção de armá- rios, sempre de forma amadora. Estes móveis são produto da persistência em fazer algo de qualidade já que sempre fui exigente.Recentemente fiz um curso de marcenaria no Senai, o que permitiu aprimoramento da parte técnica. O tabuleiro de xadrez foi feito lá.Trata-se de um hobby que, além de combater o stress, trás consigo uma grande ponta de prazer e orgulho. Construir objetos úteis, saber que meu trabalho alivia o orçamento doméstico, presentear amigos com peças feitas por mim traz-me muita satisfação e são bons motivos para continuar. “

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Os predicados determinados pela nossa legislação para a redação da acusação fiscal a constar dos autos de infração lavrados pela Receita Estadual são: clareza e precisão.

A esses atributos do texto a ser inserido no campo sete da peça básica poderíamos acrescentar os seguintes:objetividade - o mais indicado é concentrar o foco na caracterização da infração cometida pelo sujeito passivo. Note-se que a descrição dos detalhes dos procedimentos de fiscalização, do seu contexto e da relação fisco-contribuinte podem ser descritos pormenorizadamente no relatório da fiscalização, a ser anexado aos autos.suficiência - deve ser descrito o necessário para que qualquer pessoa que leia o texto saiba qual a irregulari- dade que foi cometida pelo sujeito passivo, ainda que não esteja familiarizada com os meandros do imposto objeto do lançamento ou demonstre conveniente má vontade para entender a acusação fiscal.adequação - a linguagem deve ser adequada a um documento oficial emitido por profissional gabaritado e que poderá ser manuseado por inúmeros outros profissionais, tanto da esfera administrativa quanto da esfera judi- cial, além do próprio sujeito passivo e seus prepostos.

Como as penalidades constantes da Lei 11.580/96 possuem vários núcleos infracionais dentro do mesmo dispositivo legal, o Sistema PAF possui a funcionalidade que se convencionou chamar de “texto de unicidade”, que nada mais é do que um texto padrão utilizado na lavratura de auto de infração, cujo tamanho varia entre uma e três linhas.

O principal objetivo do texto de unicidade é a individualização dos tipos penais utilizados, dentro do uni- verso dos autos lavrados para uma mesma penalidade, além de possibilitar a identificação, com prontidão, da motivação do lançamento de ofício em análise.

Para que não haja descontinuidade entre o texto redigido pelo autuante e o texto de unicidade escolhi- do, o Sistema PAF permite a edição da última linha desse último, de forma a dar sequência lógica ao texto, por exemplo, por meio do uso de vírgulas. (continua)

O AUTO DE INFRAÇÃO E A IMPORTÂNCIA DA DESCRIÇÃO DA INFRAÇÃO (parte 5) (Paulo Roberto Koslosky, Setor de PAF da IGT )

NOTA FISCAL ELETRÔNICA

Prática muito importante do Fisco é a orientação aos contribuintes.Com o advento da NF-e, algumas delegacias regionais organizaram eventos, reunindo contadores e

contribuintes, a fim de prestar esclarecimentos, dirimir dúvidas, nivelar conhecimentos.Na próxima página, são noticiadas ações desenvolvidas pelas Delegacias de Ponta Grossa e Londrina.

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A 3.ª DRR – Ponta Grossapromoveu em 10/2/2009 palestra sobre Nota Fiscal Eletrônica na Associação Comercial de Ponta Grossa. Participaram do Evento aproximadamente 75 pessoas, entre contribuintes e contadores, bem como 10 auditores fiscais.

A abertura foi efetuada pelo Delegado da 3.ª DRR, Auditor Fiscal Arlindo Zanella, e a palestra foi conduzida pelo Auditor Fiscal José Carlos Gomes Diniz, acompanhado dos Auditores Fiscais Ozir Rech e Gilson Henrique Simionato, da equipe de NF-e da Regional.

A 8.ª DRR – Londrina realizou três palestras sobre Nota Fiscal Eletrônica: em Apucarana (17/2/2009), em Rolândia (18/2/2009) e em Londrina (19/2/2009). Ao todo estiveram presentes aproximadamente 350 pessoas, entre contadores e empresários.

As palestras foram conduzidas pelos Auditores Fiscais Eli Júnior Lombardi, Ricardo Tadashi Sakuma e Edson Zandonadi de Freitas.

O Delegado Regional, Sr. Newton Modesto D'Ávila, fez a aber- abertura das palestras e na oportunidade aproveitou para apresentar dados estatísticos que mostram a importância da região na arrecada- ção dos impostos estaduais.

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FALANDO DE EDUCAÇÃO FISCAL

A Educação Fiscal continua em destaque no Estado do Paraná. Abaixo, segue matéria publicada pela Agência Paranaense de Notícias em setembro/2008, encaminhada à Esat pela Auditora Fiscal Rosa Fátima dos Santos, da 9.ª DRR - Maringá.

“Paraná em Ação atrai atenção das crianças em Maringá

Uma brincadeira de compra e venda de produtos fictícios mostra às crianças a importância de se pedir nota fiscal depois das compras, em um trabalho de educação fiscal e cidadania. Esta é uma das atrações do 52ª edição do Programa Paraná em Ação em Maringá. A feira de serviços gratuitos acontece na Universidade Estadual (UEM) até domingo (28), com atendimentos de 9h às 17h.

A idéia é da Receita Estadual, que criou a Vendinha do Fisco, uma oficina pedagógica onde as crianças aprendem a importância da nota fiscal e do pagamento dos impostos. 'A nota fiscal é uma forma de cobrar o imposto no comércio e o imposto é importante para que o Estado possa prestar serviços públicos com qualidade', ensinou a estudante Ionara Jesus Mantovani, 14 anos.

De acordo com Rosa Fátima dos Santos, coordenadora da atividade, as crianças passam a se conscientizar dos direitos e deveres que terão quando adultos. 'O dever de pagar os impostos e o direito de fiscalizar para que os serviços públicos sejam feitos com qualidade'. Ao final, a criança recebe um kit com cd, materiais para colégio e gibi, ilustrado por Ziraldo.”

COMEMORAÇÕES DE FIM DE ANO

Seguramente foram realizadas várias comemorações de fim de ano nas diversas unidades da CRE.São oportunidades muito importantes de encontro fora do ambiente de trabalho, quando funcionários e

familiares reúnem-se em ambientes festivos. São momentos em que estreitamos laços e temos a oportunidade de olhar para nosso colega de forma diferente, vendo a pessoa que existe por trás do funcionário.

Aliás, o humano e o profissional são indissociáveis, sendo fundamental lembrarmos desse fato sempre.Na página seguinte estão retratadas as confraternizações realizadas pelos funcionários da 9.ª DRR –

Maringá e pelo pessoal do Complexo da Vista Alegre de Curitiba.

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MARINGÁ(Márcia C. Laureano, Secretária da Affismar)

Em 6/12/2008, na sede campestre da Affismar, foi realizada a festa de fim de ano dos funcionários da 9.ª DRR – Maringá.

Compareceram aproximadamente 270 pessoas entre funcionários e familiares.

Além da boa comida e bebida,havia um freezer cheinho de sorvete, que foi a alegria da garotada ( e dos grandinhos também!).

Brincadeiras na piscina e no toboágua amenizaram o calor. Para os pequenos, havia ainda cama elástica e piscina de bolinhas.

Completando a alegria, ao final da festa “rolou” uma roda de violão.

COMPLEXO DA VISTA ALEGRE, CURITIBA

Em 11/12/2008, a colega Nilce (Esat) e seu marido, Zama, abriram seus braços e as portas de sua casa para receber os funcionários que atuam no Complexo da Vista Alegre (parte da IGF, SDF, Amloxarifado e Esat), bem como as pessoas que trabalham nas áreas de manu- tenção e segurança.

Muito papo, mesa farta, descontração, dança e cantoria.

Aliás, falando em cantoria,naquele dia foi formada uma dupla de artistas que promete: Maria Helena (vocal) e Crisionardo (vocal e violão). Tamanho foi o sucesso, que a dupla foi imediatamente batizada pelo colega Renato Thadeo - de forma muito criativa, diga-se - : Denúncia Espontânea e Rito Sumário.

Ao final, todo mundo já cantava junto e soltava seus “gorjeios”.

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VIDA PLENA

FIB ou PIB, eis a questão!(Maria Helena de Souza, 1.ª DRR)

O século XX foi decisivo para a globalização que, iniciada no século XVI com a colonização da América, chega ao século XX interligando toda a humanidade. Já não importa se somos ocidentais ou orientais, se vivemos no hemisfério norte ou sul. Enfim, todos somos seres planetários.

Mas é esta mesma globalização que, considerando apenas o aspecto econômico, fragmenta o planeta.O século XX dos grandes avanços tecnológicos também é o século das grandes ameaças.

Independentemente de possuir a maior ou a menor economia do planeta, todas as nações enfrentam a ameaça das guerras nucleares, as ameaças ecológicas, a degradação da vida, o desencadeamento de nacionalismos acentuados pelas religiões, fatores que podem levar todos os seres humanos à construção de um destino comum: a destruição em massa.

Ao mesmo tempo, numa exigência capitalista, todas as nações buscam aumentar seu PIB – Produto Interno Bruto –, um dos principais indicadores do potencial da economia de um país. Mas o PIB, cuja variação é influen- ciada pelo consumo, não faz distinções de natureza qualitativa. O PIB não mede se a riqueza de um país foi gera- da por meios lícitos ou ilícitos e até mesmo imorais. Não importa se foi gerada ao custo de excesso de horas de trabalho de uns e do desemprego de outros, ou mesmo se é produto do tráfico de drogas, da prostituição e até mesmo da meditação, que leva uma multidão de fiéis a construir um império de único dono. Importa tão-somente mensurar, por meio de transações monetárias, o que foi produzido e consumido por uma nação. Também não importa avaliar quantos planetas seriam necessários para que todas as nações pudessem chegar aos índices de consumo das economias centrais.

Nações do mundo inteiro buscam melhorar seu PIB sem se perguntar se isso torna a humanidade mais feliz. Ao contrário, o que se observa é que nações de PIB mais elevado apresentam uma população mais deprimida, com maior número de suicídios entre adolescentes, maior número de crimes violentos e uma maior degradação do ambiente.

Pesquisas apontam que padrão econômico e obtenção da felicidade não são diretamente proporcionais. O grau de felicidade pode acompanhar a melhoria do padrão econômico até certo ponto. Porém, quando este se eleva demais, há um declínio no grau de felicidade. Criamos no mundo uma infelicidade tamanha, que até parece que nos aproximamos de uma situação limite. Com isso partimos para a busca de alternativas que nos salvem dessa infelicidade. Assim, uma vez alcançado certo nível de riqueza, as pessoas passam a buscar “serviços pós-materiais que transcendem os bens”. Esses “serviços” têm muito a ver com família, amigos, segurança, redes sociais, liberdade, criatividade, enfim, coisas que trazem significado para a vida.

É no seio de qualquer crise que se instalam os germens de novas posturas. É assim que entendemos o envolvimento de movimentos sociais, de organizações não-governamentais (e algumas vezes também as governa- mentais) que buscam, no meio dessa infelicidade, civilizar a terra, desenvolvendo a ética da solidariedade humana.

Nesse contexto situa-se um índice criado para medir o grau de felicidade de um povo: FIB – Felicidade Interna Bruta.

Trata-se de um conceito cujo berço é uma pequena nação asiática,o Butão, que até os anos 70 concentrava os mais altos índices de pobreza, analfabetismo e mortalidade infantil do planeta.

Numa atitude inédita, senão revolucionária, o quarto rei do Butão, afirmando que o propósito de governança deveria ser a felicidade, tomou a decisão de canalizar o PIB nessa direção.

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Esse país, que buscou encontrar os pontos-chave para a felicidade, hoje chama atenção de observadores do mundo inteiro, que buscam compreender o “jeito butanês de levar a vida”. E os pontos-chave que constituem o indi- cador FIB são:* bom padrão de vida econômica,* boa governança,* educação de qualidade,* saúde,* expectativa de vida e longevidade comunitária,* proteção ambiental,* acesso à cultura,* gerenciamento equilibrado do tempo,* bem-estar psicológico.

Vale destacar que o FIB não ignora o PIB, já que o primeiro dos nove indicadores se refere a questões financeiras, porém considera o chamado “triple bottom line”1 (tão em moda!!!):* economicamente viável, * socialmente justo,* ecologicamente correto.

O Brasil também “está de olho” no FIB, tendo promovido em outubro último, em São Paulo, a I Conferência Nacional do FIB, da qual participaram três governantes do Butão e o canadense Michael Pennock, que falou sobre o tema Felicidade Interna Bruta como um índice de desenvolvimento integral do ser humano.

Vejo o ser humano como um ser integral e não apenas como um ser econômico. Eu sou gente e, tomando emprestadas as palavras de Paulo Freire, “gosto de ser homem, de ser gente, porque sei que a minha passagem pelo mundo não é predeterminada, preestabelecida. Que o meu 'destino' não é um dado mas algo que precisa ser feito e de cuja responsabilidade não posso me eximir.” (Freire, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.)

Daí me pergunto, como gente que sou: que contribuição posso dar na construção de uma economia mundial solidária?

1 - Triple bottom line é um modelo de gestão empresarial que visa a conciliar as três necessidades básicas da sustentabilidade: a viabilidade econômica, a consciência ambiental e a responsabilidade social. Trata-se do tripé conceitual que sustenta todas as práticas de desenvolvi- mento sustentável. Com ele, a organização passa a trabalhar com um enfoque de crescimento sistêmico, reconhecendo que a sociedade depende da economia, que a economia depende do ecossistema global e que o ecossistema depende da sociedade. (www.amanha.com.br/NoticiaDetalhe.aspx?NoticiaID=c2ca4509-748d-471c-a1cf-9ec69887bceb)

FÉRIAS: SOSSEGO, LAZER E TAMBÉM CULTURA

Férias e cultura podem estar intimamente ligadas.Vejamos o relato e as fotos encaminhadas pela colega Rosa, de Maringá.

PATAGÔNIA ARGENTINA(Rosa Fátima dos Santos, 9.ª DRR - Maringá)

A Patagônia é um lugar de contrastes. Estepes, bosques, lagos, vales e montanhas milenares formam um belo cenário, revelando sua face colorida e selvagem. Ocupando cerca de um quarto do território argentino, é formada pelas províncias de Neuquem, Rio Negro, Chubut, Santa Cruz e Terra do Fogo, numa área aproximada de 600 mil km². A densidade populacional média é  baixa, cerca de 2 habitantes por km². As cidades mais conhecidas são: Bariloche, San Martin de Los Andes, El Calafate e Vila El Chocón. Esta última destaca-se por possuir um museu que abriga o fóssil do maior dinossauro carnívoro já encontrado (Gigantosaurus Carolini), de 105 milhões de anos.

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A Patagônia foi batizada em 1520 pelo explorador português Fernão de Magalhães. Recebeu esse nome devido a uma característica especial do povo que a habitava: eram indígenas muito altos, que enrolavam os pés em peles de animais selvagens, para protegê-los nas caminhadas. Como esses sapatos primitivos deixavam grandes pegadas, Fernão de Magalhães apelidou aquelas pessoas de patagones, palavra espanhola que significa pés grandes. Mais informações em www.patagonia.com.br

Foto do "Gigantosaurus Carolini", achado em 25 julho de 1993 na cidade de de El Chocón, na Argentina. É o maior dinossauro carnívoro conhecido no mundo. Mais de 80% do esqueleto estavam preservados quando o acharam. De acordo com paleontólogos, o “menino” quando vivo media 14 metros de comprimento, 4,60 metros de altura e pesava 10.000 quilos.

Aqui estão dois ovos de dinossauro fossilizados. Foram achados na cidade de Trelew e têm mais de 100 milhões de anos. O processo de fossili- zação fez com que se transformassem em uma espécie de quartzo.

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ÁGUA: FONTE DE VIDA E DE PREOCUPAÇÃO(Carlos Dell' Agnelo, Esat)

Na última edição do Informativo, o colega Crisionardo (IGF) apresentou-nos uma matéria interessantíssima sobre ÁGUA.

A partir dela, tornamo-nos cientes de muitos dados importantes e até mesmo inquietantes.Além do conhecimento, faz-se necessário implementar ações, alterar hábitos, pensar coletivamente, a

fim de minimizar e até evitar o problema da escassez de água no planeta.O site da Sanepar www.sanepar.pr.gov.br traz várias dicas de como economizar água. São atitudes muito

simples que podemos – e devemos – tomar diariamente. Isso fará toda a diferença.Eis alguns erros que cometemos e dicas para economizarmos água (fonte: www.sanepar.pr.gov.br).

Para escovar os dentes é necessário apenas um copo de água, mas as pessoas que não fecham a torneira durante a escovação gastam 10 litros.

Enquanto faz a barba, com a torneira aberta, um homem gasta 65 litros de água. Feche a torneira enquanto faz a barba, e só volte a usar água para enxaguar. Com a torneira fechada o consumo será inferior a um litro.

A válvula de descarga é um grande vilão no consumo de água. Sozinho o vaso sanitário pode ser responsável por 50% do que se gasta em uma residência.

Ao divulgarmos o site da Sanepar e colocarmos em prática o que aprendemos, damos dois grandes passos: ensinamos pela informação e pelo exemplo.Mãos à obra!

Procure usar a capacidade máxima da máquina de lavar roupas. Não lave roupas todos os dias. Espere acumular. Você vai economizar água e energia.

A água que fez o último enxágüe das roupas, no tanque ou na máquina, pode perfeitamente ser usada para ensaboar tapetes, tênis e cobertores. Também serve para molhar plantas, lavar carro, pisos e calçadas.

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Ano III – Edição n.º 10 Março/2009

EU INDICO

A leitura descortina diante de nossos olhos um universo de muitas possibilidades.Nesta coluna, estão listados vários livros indicados por colegas.É uma boa oportunidade de conhecermos um pouco mais o nosso grupo por intermédio das obras que

seus componentes apreciam.Se você deseja indicar um livro (ficção, não-ficção, técnico, infantil, etc), basta encaminhar um e-mail

para a Esat ([email protected]), informando nome do livro e autor, bem como, se desejar, algum comentário sobre a obra, o porquê de tê-la apreciado.

Indique quantos livros quiser, sua colaboração será muito bem-vinda.

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Ano III – Edição n.º 10 Março/2009

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

História do Dia Internacional da Mulher

Em 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve, reivindicando melhores condições de trabalho, tais como: redução de carga horária de 16 para 10 horas diárias; salário igual ao dos homens, pois executavam o mesmo trabalho e recebiam 1/3 do valor pago a eles; tratamento digno no ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida violentamente. As mulheres foram trancadas na fábrica, que foi incendiada.Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas.

Datas marcantes

1788 - O político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres.

1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos.

1859 - Surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres.

1862 - Durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.

1865 - Na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.

1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas.

1869 - É criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres.

1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina.

1874 - Criada no Japão a primeira escola normal para moças.

1878 - Criada na Rússia uma Universidade Feminina.

1901 - O deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres.

1910 - Durante conferência na Dinamarca, 8 de março foi instituído como o dia internacional da mulher.

1932 - Em 24 de fevereiro, foi instituído o voto feminino no Brasil.

Fonte: mensagem veiculada, via Expresso, pelo Sindifaz/CRE/PR – Sindicato dos Servidores da Secretaria de Estado da Fazenda e Coordenação da Receita do Estado do Paraná.

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Ano III – Edição n.º 10 Março/2009

DICAS DE PORTUGA Carlos Dell' Agnelo, Esat.

BALZAQUIANAS BRASILEIRAS

Lembram-se das Sereias Tupiniquins? Elas passearam pelo Informativo n.º 7, de julho/2008.Pois é, suas primas, as Balzaquianas Brasileiras, morreram de ciúme, rasgaram-se de inveja,

descabelaram-se e, aos gritos e safanões, exigiram estar presentes no Informativo. Seu pedido é uma ordem. Obedecemos.Primeiramente, vale esclarecer que, de acordo com o dicionário, o termo balzaquiana pode referir-se a

mulheres com 30 anos, pouco mais ou pouco menos. É uma referência à obra a Mulher de Trinta Anos, do escritor francês Honoré de Balzac. Tudo Normal. Tudo certo.

A verdade é que, na língua do povo, por vezes ferina, esse termo adquiriu um significado depreciativo: quer dizer velho, ultrapassado, fora de moda. Ao aproveitar esse sentido é que surgiu o título.

Por quê?Porque ainda hoje, tão modernos que somos, portadores de todas as tecnologias disponíveis - celular que

joga búzios e prevê o futuro; MP387 que reproduz músicas em línguas extintas -, ainda usamos algumas expressões do tempo em que o Mar Morto não estava nem doente (essa também é muito antiga!).

Normalmente esses chavões ocupam a correspondência oficial. Ao usá-los, temos a (falsa) impressão de que tornamos nosso texto mais sério, respeitável.

Não é bem assim.Para enriquecer esta coluna, aproveitamos os dizeres de Adalberto J. Kaspary, em sua obra Redação

Oficial – Normas e Modelos.“A introdução e o fecho são as partes do ofício que mais profundas marcas conservam da tradição de nosso estilo administrativo. Palavras, expressões e frases desnecessá- rias, redundantes, contraditórias, desconexas ou arcaicas... E quem ainda lê tais fechos? … Por que não atualizar certas fórmulas e modos de dizer de nossa redação oficial, embora sempre com a necessária moderação e sobriedade, …?”

Modernamente, prevalece a idéia da simplificação, da objetividade, da clareza. Neste contexto, algumas formas de escrita não têm vez. Não devemos, no entanto, confundir objetividade com rispidez e deselegância.

Vamos à prática.

Em vez de usar: Vamos usar:Vimos, por intermédio do presente, levar ao conhecimento... Comunicamos...

Subscrevemo-nos com protestos de apreço, elevada estima Atenciosamente, respeitosamente.e distinta consideração.

Também é muito frequente o uso das palavras honra, prazer, satisfação nas correspondências oficiais. Elas são completamente dispensáveis, até porque muitas vezes são utilizadas sem o seu real significado.

Também dispensáveis são os seguintes fechos: Sem mais para o momento; Sendo o que tínhamos a informar.

É isso aí: vamos simplificar.Até a próxima.ConsulteiRedação Oficial, Normas e ModelosAdalberto J. Kaspary