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I N F O R M E Aumenta a procura pelo Prise e Prosel Entre os títulos está o romance “Primeira Manhã” do escritor paraense Dalcídio Jurandir. Pós-graduação Capes aprova Mestrado em Biologia Parasitária na Amazônia. O edital do curso do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), está previsto para 2010. Poderão participar da seleção graduados nas áreas de saúde e biologia. Pág 2 Ensino Alunos participam de ações de assistência à população carente nos bairros de Belém. O atendimento faz parte de uma parceria entre instituições e vários órgãos do estado. Pág 4 Novos espaços e equipamentos Pág. 8 Investimento Obras de expressão amazônica são relançadas Eventos Entrevista Ex-alunos do curso de design são aprovados em bolsa de estudos na Itália. Pág 6 Pág. 7 A universidade do estado está entre as IES mais procuradas da região norte do Brasil. Pág 3 ARQUIVO ASCOM MÁCIO FERREIRA Este ano mais de 60 mil candidatos estão inscritos nas provas, com isso mais uma vez a UEPA se destaca como a instituição de ensino superior mais procurada da região norte Jornal da Universidade do Estado do Pará. Ano 1. Nº 01. Dezembro de 2009. Campi da capital e interior recebem espaços e novos equipamentos.

Informativo da Uepa - Dezembro 2009

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Informativo da Universidade do Estado do Pará, mês de Dezembro de 2009 - versão online

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IN F O R M E

Aumenta a procura pelo Prise e Prosel

Entre os títulos está o romance “Primeira Manhã” do escritor paraense Dalcídio Jurandir.

Pós-graduaçãoCapes aprova Mestrado em Biologia Parasitária na

Amazônia. O edital do curso do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), está previsto para 2010. Poderão participar da seleção graduados nas áreas de saúde e biologia. Pág 2

EnsinoAlunos participam de ações de assistência

à população carente nos bairros de Belém. O atendimento faz parte de uma parceria entre instituições e vários órgãos do estado. Pág 4

Novos espaços e equipamentos

Pág. 8

Investimento

Obras de expressão amazônica são relançadas

Eventos

EntrevistaEx-alunos do curso de design são aprovados em

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Este ano mais de 60 mil candidatos estão inscritos nas provas, com isso mais uma vez a UEPA se destaca como a instituição de ensino superior mais procurada da região norte

Jornal da Universidade do Estado do Pará. Ano 1. Nº 01. Dezembro de 2009.

Campi da capital e interior recebem espaços e novos equipamentos.

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edie

nte Universidade do Estado do Pará

Reitora: Marília Brasil Xavier; Vice-Reitora: Maria das Graças da Silva; Pró-Reitor de Gestão e Planejamento: Manoel Maximiano Junior; Pró-Reitora de Extensão: Mariane Cordeiro Alves Franco; Pró-Reitor de Graduação: Ruy Guilherme Castro de Almeida; Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-graduação: Jofre Jacob da Silva Freitas.

Informativo trimestral da UEPA

Assessoria de Comunicação (ASCOM), rua do Una, 156, Telégrafo. CEP: 66050-540.Jornalista responsável: Ericka Gonçalves Pinto. Equipe: Leandro Lage, Marcela Conde e Vanessa Monteiro (Jornalismo); Mácio Ferreira (Fotografia); Amália Paes, Paulo Gomes e Renata Carneiro (Produção); Greison Dias (Webdesign/diagramação).Tiragem: 3.000 exemplares. Envie suas sugestões e divulgue suas atividades. Contatos: (91) 3244-5201 ou [email protected] / Site: www.uepa.br

2 SUPERIOR

O ano de 2009 che-ga ao fim. Um ano marcado por um processo eleitoral

onde a comunidade acadêmica da UEPA escolheu seus gestores máximos, reitor e vice-reitor, e sobretudo a plataforma que nortearia a gestão superior por mais quatro anos. Tudo isso dentro de um cenário de crise econômica mundial, que tam-bém afetou nosso Estado.

No âmbito da gestão, dentre tantos desafios, conseguimos re-alizar planejamento estratégico e operacional, fortalecer setores estruturantes, fortalecer política de gestão de pessoas, investir em infra-estrutura finalizando obras e reformas e iniciando obras fundamentais para o futuro de nossa instituição, tais como, res-taurante universitário, Núcleo de Educação á Distância (Cas-telinho) e novo bloco do CCSE, reformas e início do novo prédio do CCNT, construção do cam-pus de Igarapé-Açu e Salvaterra, além da aquisição e reforma do campus de Castanhal. Santarém recebe, ainda este ano, a cessão da URES pela SESPA, garantindo aos alunos um espaço próprio de ambulatórios para ensino, pesquisa e extensão na saúde. Ainda neste fim de ano, também procedeu-se licitações para re-formas do planetário e laborató-rios de engenharia ambiental em Paragominas e Marabá.

Neste intenso ano de proces-sos democráticos e de debates, a comunidade do interior do Es-tado elegeu seus representan-tes coordenadores do interior, tendo o momento da posse dos eleitos constituído um marco de fortalecimento da interioriza-ção, pois no momento da pos-se, realizada em cada campus,

Espaço da Reitora Maria Brasil [email protected]

promoveu-se também o diálogo da gestão superior com a co-munidade acadêmica e demais representantes da comunidade sobre o redimensionamento da UEPA nas regiões de integração e outras demandas locais, opor-tunizando e devolvendo o legíti-mo direito de debater sobre seus desafios e suas possibilidades.

Podemos afirmar, sem sombra de dúvidas, que também avança-mos na política universitária sé-ria, interna e externamente, com articulações sólidas no cenário de quem está tomando decisões vitais e necessárias ao desen-volvimento de nossa Região. O diálogo com a categoria polí-tica foi feito com a bancada do Pará em Brasília, assim como na sessão especial na Assembléia Legislativa do Estado. Certamen-te um ano coroado de intensas participações da nossa UEPA em audiências públicas, conselhos, eventos que decidem agendas prioritárias em educação, saúde e tecnologia, resgatando seu pa-pel de vanguarda, como IES e sendo reconhecida por isso. Tal reconhecimento só foi possível pela história de compromisso dos servidores, docentes e téc-nico-administrativos. O mesmo compromisso que nos levou a aceitar o desafio de formar pro-fessores no ousado resgate da melhoria da educação básica , através do Plano articulado de formação de professores (PAR-FOR), cadastrados na Plataforma Paulo Freire, e no qual fomos a universidade mais demandada. Os docentes de nossa instituição, destacadamente do CCSE, já co-meçaram seus esforços hercúle-os para essa gigante empreitada.

No âmbito das ações finalís-ticas, destacamos o acesso ao portal CAPES, fortalecimento

da pesquisa e inauguração de novos espaços e laboratórios com tecnologias de ponta no CCBS, com recursos do tesouro e de captação externa e a apro-vação do mestrado em Biológia Parasitária na Amazônia, segun-da pós-graduação stricto senso da UEPA aprovada pela CAPES. Tal conquista soma-se no âmbi-to da qualificação séria de nos-sos professores com os demais cursos de pós-graduações inte-rinstitucionais implementadas pela gestão, como Dinter em enfermagem e matemática, pois não se fará graduação de qua-lidade, apoiada em pesquisa e extensão, sem a qualificação de nossos docentes.

Ao longo deste informa-tivo, observamos o quanto produzimos para o nosso Es-tado, cumprindo nosso papel de formadores, extensionistas e pesquisadores. Certamente nos emocionamos ao ler uma entrevista de jovens alçando vôos para outros continentes, jovens integrados em ações de cidadania, projetos que levam filosofia para escolas. Em bre-ve, iremos ampliar essa divul-gação do que somos e fazemos , através do momento universi-tário da UEPA na TV cultura, já em fase de elaboração.

Só construiremos a universi-dade que sonhamos e queremos com investimentos em recursos humanos, fixação docente no in-terior do Estado, fortalecimento da administração e participação local, além de investimentos em infraestrutura para possibilitar o desenvolvimento do ensino, pesquisa e extensão em todos os campi da UEPA.

A captação de recursos do tesouro e outras fontes, e a me-lhoria de fluxos administrativos

que possibilitam as ações fina-lísticas, só serão possíveis com o empenho, dedicação e boa vontade de todos para trabalhar em cooperação. A tão sonhada e discutida construção coletiva da universidade será sempre uma falácia se não houver despreen-dimento dos objetivos pessoais e em direção ao diálogo e atitu-des que priorizam o coletivo. No ambiente acadêmico, o mérito se evidencia nas conquistas dos grupos que conseguem se forta-lecer pelo trabalho conjunto.

Sabemos, como cidadãos, dos nossos desafios e vulnerabilida-des, e somos conscientes que vá-rios estrangulamentos na gestão universitária são como sinais e sintomas de doenças crônicas, que paliativos não resolverão e a cura só virá através da mudan-

ça de paradigmas. Acreditamos, porém, que estamos na direção certa, coerentes com propos-ta de universidade pública que discutimos na plataforma que nos levou à legitimação nas ur-nas, compartilhada e construída a todo momento com todos que se dedicam a construção de uma universidade pública de qualida-de para nossos cidadãos.

Neste Natal cristão que se aproxima, renovamos os votos de que tenhamos atitudes base-adas na fé, no amor ao planeta e a todas as formas de vida que nele habitam, fortalecendo a ética do humano, dos homens de boa vontade, capazes de transformar sonhos em realida-de para que possamos construir uma civilização humana mais justa e mais feliz.

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3SUPERIOR

Mais de 67 mil candidatos es-tão inscritos nos Processos

Seletivos 2010 da Universidade do Estado do Pará. São quase sete mil a mais em relação a 2009, quando a instituição contabilizou 60.363 inscritos. Os números apontam mais uma vez a grande procura pelos cursos da UEPA, permane-cendo entre as instituições de en-sino superior mais concorridas da região norte do país.

Este ano, a instituição está ofer-tando 2.536 vagas, distribuídas en-tre os 19 cursos de graduação, nos cinco campi da capital e nos 15 nú-cleos do interior, nas áreas de edu-cação, saúde e tecnologia.

A novidade está na oferta dos cursos de licenciatura em Filosofia, Geografia e Letras com habilitação em Língua Estrangeira, além do recém-adquirido campus de Casta-nhal, que terá os cursos de Enge-nharia de Produção e licenciatura

em Ciências Naturais. O novo cam-pus, localizado na Região de Inte-gração do Guamá, dará apoio aos demais campi da universidade.

COnCORRênCIA

O curso de Fisioterapia é o mais procurado, com 1.750 inscritos no Processo Seletivo (PROSEL), e uma média de 87,50 candidatos por vaga (20 vagas). Enquanto no Programa Ingresso Seriado (PRISE), a concorrência ficou em 10,20 can-didatos/vaga (20 vagas), com um total de 204 inscritos.

No Prosel, os cursos de En-genharia Ambiental e Design ficaram em segundo e terceiro lugar na concorrência, com uma média de 69,30 e 46,10 candi-datos por vaga, respectivamen-te. No Prise, o segundo mais concorrido foi também o curso de Engenharia Ambiental, com

8,55 candidatos; e Tecnologia Agroindustrial com habilitação em Alimento ficou em terceiro com 8,50 candidatos por vaga.

Mas os cursos tradicionais como Medicina, ainda continuam sendo bastante procurados nas duas modalidades de seleção da UEPA. Para este curso são oferta-das 50 vagas no Prosel, com 3.217 inscritos e uma concorrência de 64,34 candidatos/vaga; e 50 vagas para o Prise, com 317 inscritos e média de 6,34 candidatos/vaga.

PROVAS

As provas da primeira e segun-da etapas estão marcadas para os dias 29 e 30 de novembro. A ter-ceira e última etapa será no dia 20 de dezembro. Os candidatos que optaram pelo curso de Música realizaram o exame habilitatório nos dias 8 e 9 de novembro.

Aumenta a procura pelos Processos Seletivos 2010

Prise e Prosel

A primeira etapa dos Proces-sos Seletivos consiste em uma prova com 56 questões objeti-vas nas áreas de química, ma-temática, física, biologia, língua portuguesa, literatura brasileira e portuguesa, história e geogra-fia, referente à primeira série do ensino médio. A segunda prova terá 60 questões objetivas de conhecimentos gerais das mes-mas disciplinas da primeira eta-pa e mais questões de língua es-

trangeira. O conteúdo da prova é referente à segunda série do ensino médio.

Na terceira e última etapa, o candidato fará uma prova com 54 questões objetivas de conhe-cimentos gerais, incluindo língua estrangeira, e a redação. O con-teúdo da prova será referente à terceira série do ensino médio. Para todas as etapas, cada ques-tão objetiva valerá um ponto. A redação vale 30 pontos.

COntEúdO

Educação a distância amplia a oferta de cursos da UEPA no Pará

Para consolidar a presença da universidade no Estado e atender a demanda em municípios onde não há núcleo da instituição, este ano foram ofertados cursos de licenciatura na modalidade pre-sencial e a distância. A ampliação de vagas é resultado da participa-ção da UEPA no programa federal da Universidade Aberta do Brasil e do Planejamento Territorial Par-ticipativa do governo do estado.

Os Processos Seletivos Espe-ciais para o preenchimento de 1.650 vagas, 1.210 pela UAB e 640 pelo PTP, foram realizados em ou-tubro. Para as coordenações dos processos, os mais de 7 mil candi-datos inscritos reafirmam a UEPA como uma das instituições mais procuradas no estado.

Os candidatos aprovados es-tão em fase de efetivação da ma-trícula. A participação da univer-sidade no programa federal da UAB garantiu a possibilidade de oferta dos cursos de letras, mate-mática, pedagogia e ciências na-

turais a distância que vão atender a 12 municípios - pólos: Altami-ra, Barcarena, Belém, Bragança, Cachoeira do Arari, Igarapé Miri, Itaituba, Jacundá, Marabá, Pacajá, Ponta de Pedras e São Sebastião da Boa Vista.

Do total de vagas para a UAB, 60% são destinadas a professores que já trabalham em escolas esta-duais e municipais e que não pos-suem formação superior. As demais vagas serão destinadas a candida-tos sem vínculo com o ensino pú-blico e sem formação superior.

A UAB, criada em 2005 pelo Ministério da Educação, tem como prioridade formar professores para atuar na educação básica e, por meio da educação a distância, pro-mover o acesso ao ensino superior para camadas da população exclu-ídas do processo educacional.

Já o incremento de vagas para atender as demandas do Plane-jamento Territorial Participativo (PTP), criado pelo Governo do Estado, consolida a presença da

PtP-UAb

UEPA nas diversas regiões de in-tegração do Pará, em municípios onde não há campus da univer-sidade. O PTP atenderá os muni-cípios de Acará, Anapu, Curuçá, Mãe do Rio, Novo Repartimen-to, Ponta de Pedras, Rondon do

Pará, Santa Bárbara e Xinguara. Os cursos funcionarão em regi-me presencial, nos meses de ja-neiro, fevereiro e julho.

Cerca de mil e novecentos can-didatos se inscreveram para os cursos do PTP. Segundo o coorde-

nador do processo sele-tivo, Osvando dos San-

tos Alves, a procura

pelos cursos contribuiu para o nú-mero recorde de inscrições nos processos seletivos da história da UEPA. “Mais que satisfatório, po-demos dizer que a realização do processo seletivo para o PTP foi um sucesso. As provas transcor-reram de forma tranqüila nos mu-nicípios e não tivemos nenhuma questão anulada”, observa.

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4 SUPERIOR

Estudantes da UEPA participam de ação de cidadania

Campus de Santarém completa 10 anos de atividades

Oferecer gratuitamente serviços como emissão

de documentos, atendimen-to de saúde, orientações jurídicas, entre outros, é o objetivo do Mutirão da Cida-dania, ação conjunta do go-verno do estado com vários órgãos que prestam serviço à população. A Universida-

Garantir a formação de futu-ros profissionais na área da

saúde e proporcionar qualidade de vida à população do oeste do Pará estão entre os diferenciais do campus da Universidade do Estado do Pará (UEPA) em Santa-rém, que este ano, completou 10 anos de atividade.

Entre as principais colabora-ções na formação do ensino su-perior na região, a universidade está presente com os cursos de Medicina, Fisioterapia, Educação Física, Enfermagem e Música. Na saúde, o campus de Santarém desenvolve diversas atividades voltadas para o ensino, pesquisa e extensão – o que reforça a pro-posta da instituição como grande formadora na área da saúde.

Para garantir toda a infraes-trutura e qualidade das ações desenvolvidas, a universidade

de do Estado do Pará, através da Pró Reitoria de Extensão participa da programação que acontece uma vez por mês em um bairro diferente da região metropolitana de Belém.

O principal foco de ativida-de da UEPA nos mutirões é o atendimento na área da saú-de, que acontece através de

investiu na construção de blocos das salas de aulas para o curso de medicina, que contemplam também o curso de fisioterapia, que ganhou ainda uma piscina coberta para tratamento hidro-terápico. O curso de educação física também recebeu duas pis-cinas e um complexo poliespor-tivo totalmente reformado e am-pliado para práticas de esportes e aulas de artes marciais.

No ensino, o investimento na fixação de professores por meio de concurso público, trouxe ao campus uma oportunidade para o desenvolvimento da produção científica de qualidade e eficiente, pautada nas principais demandas da população, com profissionais fixos e qualificados na região.

Pioneira na oferta do curso de medicina, a UEPA é a única insti-tuição na região Norte a oferecer

consultas e avaliação física e nutricional, seguidos de orien-tações personalizadas para cada caso, inclusive chamando atenção para o risco de desen-volvimento de doenças ligadas aos hábitos alimentares, como é o caso do diabetes e da hi-pertensão. Durante as con-sultas os pacientes também são conscientizados sobre a importância da prática de ati-vidades físicas. Os atendimen-tos são feitos pelos próprios alunos da UEPA, sempre sob orientação de um professor que acompanha e monitora cada atendimento.

Através dessa prática os alu-nos podem aplicar os conheci-mentos obtidos na universida-de diretamente na prestação de serviços à comunidade. “Faz parte do compromisso social da universidade oferecer esse retorno do investimento que a população faz na formação

Ensino

Campus de Santarém é referência na formação de profissionais para a área da saúde

desses alunos. Além de ser uma ótima oportunidade de viven-ciar na prática a teoria apren-dida em sala de aula”, observa Anderson Maia, Coordenador de Extensão da UEPA.

Já para a professora Mariane Franco, Pró Reitora de Exten-são da universidade, “a parti-cipação dos alunos nesse tipo de atividade é de fundamental importância para que eles te-nham contato com as verda-deiras demandas da sociedade, saindo um pouco do ambiente acadêmico, onde as demandas são controladas. É aqui que eles percebem as verdadeiras carências da população e po-dem desenvolver o lado da hu-manização da saúde”.

A comunidade recebe os mutirões sempre com mui-ta expectativa, pois é uma oportunidade de receber vá-rios serviços e solucionar vá-rios problemas de uma só vez

através dos atendimentos feitos por órgãos e insti-tuições das mais variadas áreas de atuação. Sobre o atendimento da UEPA, a dona de casa, Ana Luiza Al-meida, diz que “foi nota 10. Normalmente é muito difícil conseguir atendimento de saúde e poder chegar aqui e ser bem atendido é gra-tificante. Minhas dúvidas foram todas esclarecidas e ainda recebi informações além das que esperava con-seguir”, comemora.

A governadora do Esta-do, Ana Julia Carepa, co-menta sobre os mutirões: “Essas ações de cidadania proporcionam à população o acesso aos serviços pú-blicos. É importante que as pessoas conheçam os ser-viços que o Estado oferece e essa é uma oportunidade excelente para isso”.

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Alunos vivenciam as carências da população e colocam em prática o que aprenderam

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COmEmOrAçãO

INtEgrAçãO

a graduação em uma cidade inte-riorana – foi implantado em 2006 e conta com um currículo pedagó-gico integrado baseado em proble-matização, ou na metodologia PBL e ABP. O novo desenho curricular já rendeu ao curso de Santarém, na última avaliação do Exame Nacio-nal de Desempenho de Estudantes (ENADE), em 2007, o conceito “A” (“excelente”). O curso de medicina que funciona em Belém desde 1971 começa também a adotar as novas diretrizes nos próximos anos.

“As habilidades de comunica-ção correspondem a um módu-lo que faz todo o diferencial no aprendizado do aluno, pois a re-lação médico-paciente é exaus-tivamente trabalhada nesse novo modelo. Também a entra-da do aluno na Estratégia Saú-de da Família desde o primeiro ano, faz com que essa relação

seja fortalecida ao longo do cur-so”, acrescenta a professora do curso e Pró-Reitora de Extensão, Mariane Franco.

Na pesquisa e extensão, a saú-de também é fundamental. Nos cursos de enfermagem e medici-na são desenvolvidos estudos nas comunidades para o diagnóstico e tratamento de doenças infec-ciosas e parasitárias, saneamento

básico, saúde do idoso, saúde da criança e adolescente, saúde da mulher, além de ações de preven-ção de doenças transmissíveis e gravidez na adolescência.

“O campus da UEPA faz parte da vida da comunidade santarena pela realização dos anseios de le-var os cursos de nível superior para a população tão carente e distante da capital”, destaca a Pró-Reitora.

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5SUPERIOR

Laboratório será referência na pesquisa de infecção vertical

Sífilis, AIDS, Hepatite B e HPV. Doenças sexualmente trans-

missíveis, e as grandes respon-sáveis pelos elevados índices de infecção vertical, doenças trans-mitidas da gestante para o filho. De acordo com o Ministério da Saúde, só a taxa de transmissão vertical do HIV pode chegar a 20%, ou seja, a cada 100 crian-ças nascidas de mães infectadas, 20 podem tornar-se HIV Posi-tivo. Com ações de prevenção, no entanto, a transmissão pode reduzir-se para menos de 1%. Já a sífilis pode ser completamente evitada. Um levantamento reali-zado pelo do Ministério no pe-ríodo de 2004 a 2006, em cinco capitais brasileiras, constatou que o índice de gestantes que apresentavam algum tipo de in-fecção chegava a 42%.

No Pará, não há registros cien-tíficos que possam identificar o perfil das ocorrências das doen-ças no Estado, o que dificulta as

ações e a atuação dos órgãos de saúde responsáveis por esse atendimento. Com o objetivo de desenvolver pesquisas na área e subsidiar condições que possam melhorar essa atuação, a Universidade do estado do Pará (UEPA) firmou uma parceria com a Secretaria Executiva de Saúde Pública (SESPA), através da sua Coordenação Estadual de DST/Aids, para a criação de um ambulatório de assistência e referência na saúde do binômio mãe e filho, sob o enfoque nas doenças de transmissão congê-nita ou perinatais.

“O objetivo do ambulatório não é apenas oferecer o atendi-mento para a comunidade, atra-vés do diagnóstico, tratamento e acompanhamento, mas pro-duzir pesquisa para a universi-dade”, diz Carina Guilhom, mé-dica pediatra e responsável pelo projeto do ambulatório.

O espaço será instalado no

Assistência

Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), e abrangerá uma equipe multidisciplinar e interdisciplinar, com a atuação de várias especialidades dentro da área médica, além de outras

profissões, como terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e psicólogos. A previsão é que o ambulatório já esteja estrutura-do a partir do mês de março de 2010. Com o espaço, também

será possível contemplar alu-nos de outros municípios, atra-vés do sistema de Tele-Saúde e Tele-medicina implantado na universidade por meio de vídeo-conferência.

Na unidade do bairro do Marco a equipe de saúde sensibiliza as gestantes para a importância do pré-natal

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SAúdE

Em países desenvolvidos, 40% das mortes de bebês recém-nas-cidos são ocasionadas por infec-ções bacterianas. Uma das mais comuns, porém menos conhe-cida, é causada pelas colônias de estreptococos do grupo B, bactérias que podem compro-meter a bolsa amniótica, o en-dométrio, a parede abdominal, ou manifestar-se como infecção generalizada e meningite. Essas bactérias podem ser transmiti-das à criança na hora do parto.

Com o objetivo de verificar a prevalência das colônias de es-treptococos em mulheres grávi-das, os alunos Rodolfo Lobato, Marcella Mesquita e Thais Fischer, do curso de Medicina da Univer-sidade do Estado do Pará (UEPA), iniciaram a pesquisa “Colonização por estreptococo do grupo B em gestantes internadas em materni-dade pública na cidade de Belém/PA: Um estudo sobre prevalência e fatores de risco”, sob orientação

da professora Irna Carneiro.Para levantar os dados, os

bolsistas analisam os prontuá-rios das pacientes que chegam a Santa Casa de Misericórdia. Atu-almente, não há um estudo que avalie a incidência de colônias de estreptococos em gestantes atendidas em hospitais de Belém e que estabeleça uma relação da prevalência da bactéria com fatores de risco, como a entrada prematura em trabalho de parto, a ruptura da bolsa amniótica e a febre durante o parto.

Os alunos já avaliaram os prontuários de mais de 160 pa-cientes. As conclusões prelimina-res apontam para uma prevalên-cia de colônias de estreptococos em 5% a 10% das pacientes. “To-das as gestantes que vêm do in-terior em trabalho de parto pre-maturo passam pela profilaxia e, em seguida, pelos exames para detectar ou não a prevalência de colônias de estreptococos”, ex-

plica Marcella Mesquita. A profi-laxia é a ação sobre os agentes causadores de uma doença.

Quando chegam à Santa Casa, as mães passam por três exames antes do parto: pelo SWAB vagi-nal, pelo SWAB retal e pelo exa-me detalhado da urina. “O SWAB é um exame no qual usa-se um cotonete para coleta de secreção. Normalmente, a própria equipe de triagem do setor obstétrico da Santa Casa é que realiza o exa-me”, explica a bolsista Thais Fis-cher. Somente com os resultados desses exames é possível avaliar a prevalência das bactérias.

“Tendo conhecimento sobre a proporção de contaminação é possível fazer a profilaxia e estu-dar os fatores de risco”, detalha a professora Irna Carneiro. Para evitar a contaminação do bebê por estreptococos do grupo B, as gestantes com fatores de risco são orientadas a tomar antibióti-cos antes do parto. “Como o bebê

Pesquisa verifica presença de bactérias em gestantesainda não tem tanta re-sistência, ele fica su-jeito a desenvolver doenças graves nos primeiros dias de vida se for contaminado”, diz Thais Fischer.

A pesquisa é fi-nanciada pela Fun-dação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará (Fapespa). O relatório conclu-sivo do estudo será entregue até janeiro de 2010. O grupo de alunos espera exa-minar pelo menos 200 pacientes e estabelecer o protocolo de prevenção da do-ença estreptocócica em outras unidades de saúde.

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6 SUPERIOR

A especialização em Master design na Itália é um dos maiores centros de pesqui-sa e desenvolvimento des-te setor no mundo. de que forma o curso vem contri-buir para a formação pro-fissional de vocês? Clara Amorim: A especiali-zação na COSMOB irá nos co-locar em contato com o que há de melhor no mundo em termos de design de móveis, visto que este centro tecno-lógico é referência em design de mobiliário e ecodesign na Itália, e a Itália é referência em Design no mundo todo. Lina Harada: O fato de entrar em contato com a cultura de um país diferente, sendo ain-da um país de referência na área, já será muito enriquece-dor. Espero aprender ao má-ximo os conceitos de design e as técnicas lá aplicadas para incorporá-los da melhor forma possível ao meu trabalho.

num estado de grandes diversidades como o Pará, quais os diferenciais dos produtos regionais utiliza-dos para os de outros esta-dos ou países? Clara Amorim: Nós sabemos das limitações produtivas que enfrentamos em quase todas as áreas de design em nosso estado, contudo as limitações tornam-se muitas vezes um dos alimentos da criatividade, e isso nós temos de sobra. Também te-mos uma ampla gama de maté-rias naturais, muitas delas explo-radas há anos com intimidade por nossos artesãos, como é o caso da madeira, e outros deles ainda em fase de experimento e de expansão de uso, como os compostos de fibras naturais.

Lina Harada: O diferencial está

Entrevista

Contribuir para o desenvolvimento da cadeia produtiva do setor de madeira e móveis no Estado. Este é o desafio das designers Clara Amorim e Lina Harada, ex-alunas do curso de Bacharelado em Design da UEPA, aprovadas no curso de Especialização em Master Design, no Centro Tecnológico de Mobiliário em Madeira (Cosmob), em Pesaro, na Itália. O Cosmob é um dos maiores centros de

pesquisa e desenvolvimento deste segmento no mundo. As bolsas serão financiadas pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará (Fapespa) e pelo Sebrae. Na contrapartida, o curso servirá como uma consultoria feita pelos beneficiados para as micros e pequenas empresas indicadas pelo Sebrae/PA para a produção de projetos do setor mobiliário. Em entrevista ao Informe UEPA, as designers falam da expectativa do curso de especialização na Itália, do mercado de trabalho e da formação profissional.

É necessário que nos qua-lifiquemos para garantir um diferen-cial para o design en-quanto pro-fissão...”

na diversidade natural, que pos-sibilita, sem dúvida, uma enorme aplicação dos materiais. Além disso, temos a cultura local que, impressa nas músicas e no ar-tesanato, representa a marcante identidade regional, facilmente reconhecida, acredito, em qual-quer lugar do mundo.

Qual a avaliação do merca-do de trabalho voltado para o design de produto? Clara Amorim: No Pará, o De-sign ainda está em fase de con-solidação, e quando se fala de design de produto percebemos isso mais ainda, pois existe uma falta de consciência, principal-mente por parte dos empresá-rios, em saber o que fazemos e a importância de se incorporar o projeto de produto no planeja-mento da empresa. Apesar dis-so, as melhorias também podem ser percebidas, como um cresci-mento qualitativo do curso e

de uma tomada de consciência de que o profissional de design em parceria com os setores pro-dutivos gera desenvolvimento, além do surgimento de opor-tunidades como esta, que eu espero ser a primeira de muitas. Lina Harada: Acredito que ini-ciativas como esta contribuirão muito para a ampliação deste mercado. Pelo menos para mim que atuo na linha de mobiliário, o mercado está saturado, com profissionais de áreas diferentes exercendo as mesmas funções. É necessário que nos qualifique-mos para garantir um diferencial para o Design enquanto profis-são, e assim conquistar espaço nas empresas.

Como esse conhecimen-to pode ser aplicado como forma de contribuir para o crescimento da produção do setor no estado? Clara Amorim: Como eu disse, entraremos em contato com o que é referencia de excelên-cia em design de mobiliário no mundo, tanto em termos produtivos como em termos metodológicos e de pesquisa. Todo esse conhecimento assi-milado por nós deverá ser apli-cado a realidade das empresas locais, gerando um salto qua-litativo e, consequentemente, o desenvolvimento do setor. Lina Harada: Penso que o De-sign aliado à Ergonomia pode ser um diferencial forte. Espero poder contribuir em projetos voltados ao mercado externo, difundindo nossa cultura e ma-teriais, mas também com proje-tos voltados ao mercado inter-no, com produtos destinados à antropometria local.

O Pará, atualmente, possui uma grande carência de

pessoal especializado para atender às demandas das empresas. Iniciativas como estas são os caminhos para o crescimento do setor no estado? Clara Amorim: Realmente, em algumas áreas ligadas ao desen-volvimento econômico existe carência de pessoas especiali-zadas, contudo, também existe um certo desconhecimento de parte do empresariado sobre a importância e as vantagens de segmentos como o design. É claro que iniciativas como esta, além de gerarem desenvolvi-mento, se mostram como uma oportunidade de expansão da área e podem servir de exemplo para a criação de novos projetos que possam gerar bons frutos

para a economia do Estado. Lina Harada: Sim, é necessá-rio que além da graduação, os profissionais busquem a qua-lificação e que o Estado torne possível essa qualificação. Sem dúvida, é uma forma de valori-zar e qualificar a mão de obra, preparando-a para atuar e, con-seqüentemente, contribuir no desenvolvimento do setor.

O curso de design de pro-dutos da UEPA é inovador no estado e é voltado para o desenvolvimento da região, a partir da produção de produtos regionais. Como vocês avaliam o curso para a formação profissional? Clara Amorim: Ainda existem algumas deficiências em relação a alguns pontos, como laborató-rios, grade curricular e coisas do tipo. Mas na minha opinião é um curso em desenvolvimento, onde se percebe a cada ano uma evolu-ção desde a própria estrutura do curso se comparada com alguns anos atrás, até os alunos que in-gressam com conhecimento pré-vio do que é design. Com isso, percebemos que a qualidade do que tem se produzido na acade-mia tem crescido e, desta forma, a Universidade tem formado profis-sionais cada vez mais capacitados. Lina Harada: O curso estimula a produção de produtos com tec-nologia local, o que nos permite um conhecimento amplo dos materiais regionais. Oferece ainda uma boa base profissional, com professores atuantes na área que nos mostraram exemplos do dia a dia, como as dificuldades e a re-alidade da profissão. Entretanto, cada um deve buscar o conhe-cimento na área escolhida e, du-rante a graduação, buscar bons estágios afins com a área em que se pretende atuar.

a qualidade do que tem se produzido na academia tem cresci-do e, desta forma, a Universidade tem formado

profissionais cada vez mais capacitados”.

Clara Amorim

Lina Haradam

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Josebel Akel Faresprofessor A

Priprioca – Um recurso aromático da AmazôniaEste livro é resultado de pes-quisas científicas do MPEG, da UEPA, em parceria com a UFRA e a Embrapa Amazônia Oriental a respeito da priprioca, enfocando diversos aspectos – taxonômi-cos, químicos, farmacológicos e cadeia produtiva. Trata-se de um estudo completo, direcionado a pesquisadores, professores, estudantes e interessados no conhecimento da flora amazônica. Priprioca – Um recurso aromático da Amazônia. Raimunda Potiguara e Maria das Graças Zohbi (organizadoras). 204 páginas. R$: 25,00

A Bronca e a Aula nas Relações docentesEste livro revela com clareza e consistência um aspecto importante de um problema a ser enfrentado pelos gestores de educação, a de definição de um modelo democrático de escola, para além das meras formalida-des e aparências, que verdadei-ramente pense a escola como prática de liberdade e espaço do desenvolvimento de capacidade individuais e coletivas.A Bronca e a Aula nas Relações Docentes. Nilda de Oliveira Ben-tes, Editora da UEPA. 83 páginas. R$: 25,00

tecnologia e Inclusão Social da Pessoa Defi-cienteEste livro apresenta a produção científica de diversos pesquisa-dores do Brasil, mostrando as diversas tecnologias aplicadas para apoiar e favorecer a quali-dade de vida das pessoas com deficiência.Tecnologia e Inclusão Social da Pessoa Deficiente. Ana Irene Al-ves de Oliveira, Juliana Maciel de Queiroz Lourenço, Marta Genu Aragão (Og). Editora da UEPA. 174 páginas. R$: 25,00

Dicas de Leitura

Eduepa – Editora da UEPA.Trav. Dom Pedro I, 519 - Umarizal - Belém / PaHorário de Funcionamento: 08:00 às 18:00Site: http://www2.uepa.br/eduepa/

Desconto promocional de 20% a estudantes que apresentarem comprovante de matrícula e profissionais da Uepa, mediante apresentação de contracheque.

Agenda

Eduepa lança obras de expressão amazônica

José Veríssimo e Eneida de Moraes serão os próximos

nomes a compor a linha edito-rial Memórias Reeditadas, da Editora da UEPA, uma iniciativa que compreende o resgate de obras de autores paraenses do século XIX e do período moder-nista. São escritores que se des-tacam na literatura de expressão amazônica. A primeira obra ree-ditada pela Eduepa foi Primeira Manhã, de Dalcídio Jurandir. O lançamento, realizado no dia 29 de setembro, marcou ainda as homenagens ao centenário de nascimento do autor.

“A repercussão entre profes-sores, alunos e pesquisadores foi a melhor possível. Agora pre-cisamos da voz da crítica e de fo-mentar um trabalho direcionado ao ensino médio, entre outros segmentos”, comenta a diretora da Eduepa, Josebel Fares.

A próxima obra a ser reedita-

Eventos

da, segundo Josebel Fares, será Cenas da vida amazônica (1ª ed. 1886), de José Veríssimo, com previsão de lançamento para 2010. Já as obras de Eneida de Moraes ainda estão sem defi-nição de título a ser reedita-do. “Na verdade, neste caso, o desejo e a necessidade é da publica-ção das obras completas da autora. Nossa intenção é conseguirmos captar recursos para lançá-las em 2011, quando faz 40 anos do faleci-mento da autora”, diz.

MEMóRIAS

O romance Primeira Manhã, de Dalcídio Jurandir, inaugurou a linha editorial Memórias Reedi-tadas, voltada para a publicação de obras literárias ou científicas

esgotadas referentes à Amazô-nia, de relevância acadêmica e fora de catálogo. A proposta da

Eduepa é de contribuir para a rein-

serção de obras nas e s t a n t e s

de livrarias n a c i o n a i s , como forma

de resgate da memória de autores.

“Por este motivo, a escolha do título é sempre muito difí-cil. Estudamos disponibilidades, discutimos na equipe de traba-lho, ouvimos pessoas, e usamos também nossa sensibilidade e experiência de docente nas lite-raturas de expressão amazônica e de militante da área cultu-ral”, enfatiza Josebel Fares, que completa, “além da obra em si, o leitor encontrará sempre es-

tudos críticos e outras informa-ções que impulsione a leitura do título lançado”.

OBRA

Primeira Manhã é o sexto livro do ciclo Extremo Norte, de Dalcí-dio Jurandir, e encabeça a lista dos romances de uma única edição. Através da ficção, o autor abre a discussão sobre práticas educativas no Brasil-Amazônia. Alfredo, pro-tagonista, vivencia os desencantos com a escola, as percepções sobre as mazelas humanas e a saga do personagem por uma vida melhor.

“Mergulhando na obra de Dal-cídio se tem uma compreensão melhor sobre a Amazônia e seus saberes culturais. São textos so-bre o Marajó e a cidade de Belém, com toda sua cultura, suas ma-nifestações, sua sociedade, refle-xões sobre educação e diferentes aspectos regionais”, observa.

DEZEMBROSemana

O núcleo de Salvaterra realiza até o dia 05, a III Semana

Científico-Cultural, com o tema A UEPA no Marajó: Expe-

riências e Desafios.. Será na EETEPA/Pousada dos Guarás,

em Salvaterra. Informações: (91) 3765-1566.

Religião

Nos dias 03 e 04 acontecem o I Seminário Norte-Nor-

deste sobre expressões do sagrado na literatura e III Con-

gresso Regional de Ciências da Religião. A organização é do

Curso de Licenciatura em Ciências da Religião. O evento

será no Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE), na

Av. Djalma Dutra, S/N – Telégrafo. Informações no site

http://expressoesdosagradonaliteratura.blogspot.com/

Planetário

No dia 09, às 16h, o Planetário do Pará realizará a pales-

tra “Introdução a Astronomia”. Também haverá cursos sobre

Educação Ambiental e Astronomia voltados para professores do

ensino fundamental e médio. Informações: (91) 3232-1177.

Recital

No dia 10 acontece mais um recital em homenagem a com-

positores como To Teixeira, Clemente Ferreira, Paulino Chaves

e Altino Pimenta. O evento faz parte do “Projeto Composi-

tores Paraenses e sua Historia”, do Núcleo de Artes e Cultura

da UEPA. Será na sala de Recitais do CCSE, na TV. Djalma

Dutra, a partir das 18h. Entrada franca.

Concerto

O Madrigal da UEPA apresentará concerto de Natal no dia

10, às 20h, na Igreja de Santo Alexandre. No dia 15, às

20h30, será na Catedral Metropolitana de Belém. O reper-

tório terá Gloria de Vivaldi e Canções Natalinas tradicionais.

Planetário II

No dia 18 acontece o Natal do Planetário, com a participação de

100 crianças carentes na sessão de cúpula e programação cultural.

Natal

Será realizado no dia 22, o Auto de Natal da UEPA. O even-

to vai reunir os servidores da instituição em uma confra-

ternização que contará com culto ecumênico, apresentações

musicais, poesias e coquetel. A programação terá início às 17

horas, no Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS).

Solidário

A campanha “TROQUE SUA SUSPENSÃO POR UMA BOA

AÇÃO 3”, da Biblioteca Paulo Freire do CCSE, segue até o dia

22. O objetivo é reaver os exemplares em atraso. O usuário

além de regularizar suas pendências na biblioteca, poderá fazer

doações de alimentos não perecíveis ou itens para curativos aos

moradores da Casa Andreia, que acolhe ex-hansenianos.

Clara Amorim

Page 8: Informativo da Uepa - Dezembro 2009

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Campi da capital e interior recebem novos espaços e equipamentos

Estão em fase de conclusão as obras de reforma do Casteli-

nho, no Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE), e de construção do núcleo da Universidade do Esta-do do Pará (UEPA) em Igarapé-Açu. Elas foram iniciadas em setembro e serão entregues no início de 2010. Para atender as demandas da co-munidade acadêmica por ambientes de pesquisa e laboratórios, o CCSE também ganhará um novo bloco, além das salas onde funcionam as centrais acadêmicas e do Restauran-te Universitário, já concluídos. O RU

Investimento

só depende da chegada dos equipa-mentos para entrar em atividade.

O custo construção do Bloco VI e da reforma do Castelinho, no CCSE, é de R$ 1,4 milhão. Os equipamentos para os novos espaços serão adquiri-dos com recursos do Governo do Es-tado e verbas da Universidade Aber-ta do Brasil (UAB). “O CCSE é o centro que abriga maior número de alunos e de cursos, funcionando intensamen-te nos três turnos”, ressalta a reitora da UEPA, Marília Brasil Xavier. “Sua capacidade física está extrapolada. O novo bloco e a reforma do Castelinho

potencializarão as atividades de ensi-no, pesquisa e pós-graduação, além de proporcionar espaços adequados para a educação a distância”.

No interior, as construções dos campi universitários de Igarapé-Açu e Salvaterra, previstas no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), estão em fase de conclusão. Em Iga-rapé-Açu, o prédio só depende do acabamento para ficar apto a receber alunos. Atualmente, esses núcleos funcionam em prédios cedidos. Mas, a partir de 2010, alunos, professores e servidores da UEPA trabalharão em um espaço próprio da instituição. Cada núcleo terá três salas de aula, além dos espaços administrativos.

“Essa é a concretização de um an-tigo sonho de trabalhar em espaços próprios no interior”, diz o pró-reitor de Gestão e Planejamento, Manoel Maximiano Júnior. Para 2010, se-gundo Maximiano, está prevista a construção de bibliotecas e labora-tórios nos novos prédios da UEPA em Igarapé-Açu e Salvaterra. Em Tucuruí, foi iniciada a primeira etapa da construção do ginásio poliespor-tivo. A obra está orçada em R$ 750 mil e atenderá, principalmente, os alunos do curso de Educação Física e de atividades de extensão.Reforma no prédio do Castelinho irá garantir melhor adequação dos espaços no CCSE

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ESPAçOS

Centro de biológicas conquista laboratórios de ensino e pesquisaO Centro de Ciências

Biológicas e da Saúde está com novos espaços. A reito-ra Marília Brasil Xavier e o diretor do centro, Emanuel de Sousa, participaram da cerimônia de entrega das reformas do Laboratório de Anatomia e do Ambulató-rio de dermatologia, além da inauguração da sala de telessaúde, do núcleo de Pesquisa Epidemiológica e Clínica e do Laboratório de Biologia Molecular e diag-nóstico Sorológico.

As reformas dos espa-ços iniciaram em março de 2009. Foram investidos mais de R$ 350 mil. “Grande par-

te dos recursos foi adquirida com verbas do tesouro, que fo-mos atrás para conseguir, mas também com investimento em projetos, com recursos dos cur-sos do CCBS, num exercício de diálogo entre a gestão superior com a gestão local”, declarou a reitora. “O desafio de formar profissionais éticos e qualifica-dos na área da saúde, produzir ciência que atendam as deman-das sociais só será respondido com a vontafde e empenho de seus professores, servidores e alunos deste centro”.

Os espaços do Laborató-rio de Anatomia vão facilitar a aprendizagem dos estudantes e do desenvolvimento de pesqui-

sas. no Ambulatório de derma-tologia, foram reformados os consultórios e a sala de mini-cirurgias, o que dará melhores condições para o atendimento da população, que é feito gra-tuitamente. A sala de teles-saúde foi equipada com video-conferência, o que permitirá o contato em tempo real com ou-tros campi da UEPA na capital e no interior, além de centros de pesquisa de outros estados.

O Laboratório de Biologia Molecular e diagnóstico Soro-lógico, incentivará a pesquisa e facilitará a realização de exa-mes laboratoriais para diagnós-ticos. Já o núcleo de Pesquisa Epidemiológica e Clínica reúne,

No núcleo de Conceição do Araguaia, foi iniciada a construção da piscina semi-olímpica. Em Cas-tanhal, onde funcionará o novo núcleo da UEPA em 2010, todo o prédio adquirido pela universidade será revitalizado, com nova pintu-ra, manutenção elétrica, hidráulica e do telhado. Ao todo, a instituição investirá R$ 380 mil. A obra deve ficar pronta em quatro meses. Em Paragominas e Marabá, serão cons-truídos laboratórios para o curso de Engenharia Ambiental. Os espaços devem ficar prontos até fevereiro.

CAPItAL

Em Belém, foram comprados equi-pamentos de diagnóstico por imagem para complexo de serviços de saúde do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) e o Bloco D ganhará uma piscina hidroterápica para traba-lhos de pesquisa e extensão do curso de Fisioterapia. Até janeiro de 2010, também será concluída a construção da Unidade de Atendimento Infantil do Centro Saúde Escola (CSE). Tam-bém está sendo elaborado o projeto para a construção de um ambulatório de clínicas para atendimento básico e especializado no CCBS.

A ampliação do CCBS, segundo Marília Brasil Xavier, facilitará a in-tegração entre ensino e assistência, com ensino em saúde de qualidade, voltado para as novas políticas dos ministérios da Educação e da Saúde. “A suplementação do orçamento do final de 2008 possibilitou a aquisição de equipamentos específicos e exclu-sivos, com maior facilidade de com-pra por inexigibilidade e adesão a re-gistro de preços, o que não poderia ser feito para equipamentos em ge-ral. Foi uma maneira de potencializar o ensino, a assistência e a pesquisa em saúde”, diz a reitora. A aquisição de novos equipamentos para o CCBS será feita com verba do SUS.

No Centro de Ciências Naturais e Tecnologia (CCNT), o Bloco I passa-rá por reformas e serão construídos novos laboratórios até o fim do ano. O custo da obra, cujo objetivo é me-lhorar os espaços de pesquisa do CCNT, é de R$ 150 mil. “As reformas e a construção de um novo bloco trarão a oportunidade que os do-centes, alunos e servidores técnicos administrativos sonham para forta-lecer e ampliar a área de tecnologia na UEPA, tão necessária para o de-senvolvimento do Estado do Pará”, afirma Marília Brasil Xavier.

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Professores Emanuel Souza, Marília Xavier e Regina Carneiro

atualmente, oito pesquisadores doutores, que desenvolvem es-tudos no campo da epidemiolo-

gia clínica em parceria com o Instituto Evandro Chagas (IEC) e outras instituições.

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Educadores desenvolvem método de ensino da filosofia

Filosofia voltou ao currículo do ensino médio em 2008. A dis-

ciplina é, por natureza, um desafio para qualquer professor. Por isso, pesquisadores do Núcleo de Edu-cação Popular da Universidade do Estado do Pará (UEPA) desenvolve-ram métodos para ensinar filosofia aos meninos e meninas que cursam da 1ª a 9ª séries. Em vez de minis-trar aulas cansativas, os educado-res elaboraram um livro ilustrado e contextualizado à realidade das crianças e adotaram uma meto-dologia chamada “Círculo cultural dialógico e problematizador”.

O método é simples. Com o sistema, o professor conduz um diálogo com os alunos usando somente perguntas. Dessa forma, os estudantes são instigados a refletir sobre o assunto que es-tão discutindo, sem precisar ouvir uma definição única, um conceito pré-determinado. “O professor não afirma. Ele vai perguntando até que os alunos cheguem a uma conclusão”, explica a professora Ivanilde Apoluceno de Oliveira, pesquisadora do NEP. “Ao longo da conversa, eles definem, com-param, trazem exemplos e dizem

Educação

o que vivenciam”, detalha.Os professores seguem os eixos

temáticos de sala de aula, partem de questões-problema (como a morte, a pobreza, a família) e man-tém o foco da conversa em as-suntos filosóficos. O objetivo dos pesquisadores é romper com o ensino tradicional e despertar nas crianças a capacidade de estabele-cer relações de causa e efeito en-tre os assuntos. “É necessário que

a criança desperte a curiosidade que ela tem. No ensino tradicional, ela não fala, não se expressa, não dialoga. Só ouve”, critica Ivanilde Apoluceno de Oliveira.

A outra estratégia é a utiliza-ção do livro de história infantil “Uma conversa com Sócrates”, escrito e editado pelos próprios pesquisadores do NEP. A propos-ta é ensinar filosofia por meio de uma história contextualiza-

da ao cotidiano dos estudantes. “Na história do livro, começamos com personagens da comunida-de onde trabalhamos. Dois es-tudantes do centro comunitário se conhecem e descobrem que gostam de filosofia. Eles conver-sam sobre Sócrates, sentam sob uma árvore, acabam dormindo e sonhando que conversam com o filósofo”, narra a professora.

Para tornar o livro mais interes-

sante para as crianças, os pesqui-sadores se preocuparam em ade-quar a linguagem do livro à faixa etária dos alunos e inserir figuras para ilustrar a história e facilitar a compreensão do texto. “Percebe-mos a necessidade de trabalhar com imagens quando utilizamos o livro Os Princípios da Filosofia, de Descartes, para ensinar filo-sofia. Passamos as ideias do livro para uma apresentação do Power Point, aplicamos e tivemos um re-sultado muito satisfatório”, conta Ivanilde Apoluceno de Oliveira.

Os novos métodos de ensino de filosofia foram criados a par-tir de uma pesquisa de iniciação científica desenvolvida por Afon-so Araújo Amador, ex-aluno do curso de Pedagogia da UEPA e pesquisador do NEP, intitulada “Filosofia com crianças e ado-lescentes em práticas educati-vas populares: uma abordagem freireana”. O núcleo, atualmente, trabalha em duas escolas, uma em Ananindeua e outra em Be-lém. Mas, a intenção dos pesqui-sadores é obter financiamento para publicar o livro e, assim, po-der aplicá-lo em outras escolas.

Ivanilde Apoluceno e outros pesquisadores do NEP tentam romper com o ensino tradicional de filosofia através de um novo método

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QUALIFICAçãO

Promover a formação de profes-sores das redes estadual e municipal, que já exercem a docência, mas não possuem nível superior na sua área de atuação, é a principal meta do Pla-no de Formação Docente do Estado do Pará, cuja aula magna foi realizada no dia 14 de novembro, no auditório do Centro de Educação da UEPA.

A UEPA ofertou 282 vagas, nos cursos de licenciatura em Matemáti-ca, Pedagogia, Ciências Naturais, Ci-ências da Religião, Música, Educação Física e Letras (com habilitação em Língua Portuguesa). As atividades de ensino acontecerão em encontros aos sábados, no período regular e também no período de férias.

Na ocasião foi assinado o documen-to de criação do Fórum Estadual Perma-nente de Apoio à Formação Docente,

conforme estabelece o Decreto presi-dencial nº 6.755/2009. De acordo com o Secretário Chefe da Casa Civil, Cláudio Puty, o objetivo do Fórum é “resolver a questão da falta de políticas permanen-tes para a educação”, que segundo ele é um dos “gargalos” que entravam o de-senvolvimento da região amazônica.

Para a reitora da UEPA, Marília Brasil Xavier, “os cenários se conju-gam para que possamos enfim cons-truir uma terra onde haja inclusão. E não há inclusão sem educação”, co-mentou sobre a criação do Fórum e a implantação do Plano de Formação Docente do Estado do Pará. Para ela, a questão do apoio e das parcerias institucionais são fundamentais para o sucesso desse tipo de projeto.

A Secretária de Estado de Edu-cação, Socorro Coelho, aproveitou

a oportunidade para falar da im-portância de oferecer educação de qualidade para a mudança do perfil educacional existente hoje. “É neces-sário reconhecer as peculiaridades do sujeito em formação e das comuni-dades beneficiadas e desenvolver um projeto pedagógico adaptado, que aproveite as experiências de cada um no processo de formação”.

Os beneficiados pelo projeto esti-veram presentes para a primeira aula e comemoraram a oportunidade de se qualificarem para o exercício pro-fissional. “Estaremos ganhando co-nhecimento e nos qualificando para assim poder oferecer um ensino de qualidade e ampliar nossos horizon-tes”, afirma Rosicléia Barata, profes-sora do ensino fundamental no mu-nicípio de Santo Antônio do Tauá.

Aula magna dá início ao Plano de Formação docente no ParáEstiveram presentes os alunos que

farão parte das primeiras turmas de gra-duação, representantes das instituições que compõem o fórum, como o Mi-nistério da Educação, SEDUC, Conselho Estadual de Educação, União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação, Confederação Nacional dos Trabalha-dores da Educação, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Fó-rum das Licenciaturas das Instituições de Educação Superior Públicas, e reitores das universidades Públicas do Pará.

PLAnO

O Plano de Formação Docente é uma iniciativa do governo federal, após a identificação pelo MEC de que mais de 600 mil professores de todo o país estão em exercício na rede

pública sem ter graduação ou ainda exercem a docência em áreas diferen-tes das suas licenciaturas. De acordo com o MEC 13,1% dos professores têm formação inadequada: 0,8% tem apenas o ensino fundamental; 5,5% só o ensino médio e 6,8% têm nível superior, mas não têm licenciatura.

No Pará, a parceria acontece entre a Secretaria de Estado de Educação (SEDUC), Universidade do Estado do Pará (UEPA), Instituto Federal de Edu-cação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), Universidade Federal do Pará (UFPA) e Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Com o Pla-no, serão atendidos cerca de 41 mil professores que ainda não possuem graduação no estado. De 2009 a 2011 serão ofertadas pela UEPA mais de 3 mil vagas para professores.

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Programa de assistência beneficia estudantes

A Universidade do Estado do Pará, através do Centro Saúde Escola (CSE) do bairro do Mar-co, oferece à comunidade os serviços do Ambulatório de Cardiologia. Lá os pacientes podem realizar consultas e exa-mes cardiológicos sob acom-panhamento de profissionais especialistas no assunto. Hoje são feitos cerca de 40 atendi-mentos diários, os pacientes são oriundos do próprio CSE ou encaminhados pelo SUS. Atualmente, o ambulatório re-aliza exames de eletrocardio-grama e teste ergométrico, até o final do ano passarão a ser oferecidos também ecocardio-grama, holter e MAPA.

Pesquisa – O ambulatório desenvolve um trabalho de pesquisa que busca fazer o levantamento do perfil de ris-

Extensão

Ambulatório de cardiologia traça perfil de pacientes atendidos

Com o intuito de apoiar os universitários de baixa ren-

da e evitar a evasão estudantil, a Universidade do Estado do Pará (UEPA) deu início às ati-vidades do projeto “Ação para Assistência Estudantil da Uni-versidade do Estado do Pará: contribuindo para a construção da Política de Assistência Estu-dantil da UEPA”. Cerca de 286 alunos foram inseridos no pro-grama e desenvolverão ações nas áreas da educação, saúde e tecnologia realizadas na capital e interior do estado.

O projeto, lançado em junho de 2009, é uma iniciativa da UEPA em parceria com a Casa Civil do Governo do Estado. A seleção foi feita em agosto, tra-çou o perfil dos universitários, além de servir como base para a construção da futura política de assistência estudantil.

Para o projeto foram investi-dos R$ 720 mil reais e disponibi-lizou 297 vagas para estudantes da UEPA dos campi da capital e

do interior. O valor corresponde a R$ 100 mil de contrapartida da universidade e a R$ 620 mil do programa “Pará Território da Juventude”, do Governo do Estado. Os alunos selecionados recebem, de agosto de 2009 a janeiro de 2010, bolsas no valor de R$ 325.

Durante esse período, os alu-nos são acompanhados por uma equipe técnica multiprofissional, responsável por avaliar e incenti-var o desempenho e a participa-ção dos acadêmicos bolsistas no projeto. Do total, 60% das bol-sas foram destinadas aos campi da UEPA no interior do estado e 40% para estudantes da capital.

O projeto visa também incen-tivar a produção científica aca-dêmica, disponibilizando uma ajuda de custo no valor de R$ 650 para os alunos bolsistas que tiverem trabalhos aprovados e selecionados em eventos cien-tíficos regionais e nacionais. O benefício será concedido a cada aluno uma única vez, dentro do

prazo de vigência do projeto.Para a reitora Marília Bra-

sil Xavier, o projeto é articula-do com um modelo de gestão

Professora Mariani Franco apresentando as linhas de pesquisa aos bolsistas do programa de Assistência Estudantil

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Profissionais da Uepa acompanham pacientes em exames cardiológicos

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SErvIçOS

SERVIçO:

O ambulatório de car-diologia funciona no Centro Saúde Escola lo-calizado na travessa Pe-rebebuí, 2623 no bairro do Marco.

O atendimento é feito de segunda a sexta, das 8h às 12h e das 14h às 18h

comprometido com a realidade da região. “O grande desafio não é só possibilitar o acesso ao ensino superior, mas tam-

bém a permanencia do aluno, realizando a inclusão social no contexto da realidade do nosso Estado”, explica.

co dos pacientes atendidos. Até hoje já foram cadastrados cerca de vinte mil prontuários com informações detalhadas sobre cada indivíduo, seus há-bitos e fatores relevantes para o levantamento do perfil. Esses prontuários são usados como um grande banco de dados para várias pesquisas e para a realização de vários trabalhos. Estima-se em mais de cem o número de trabalhos apresen-tados em congressos regionais, nacionais e internacionais que tiveram como fonte de infor-mação os formulários apurados pelo grupo do ambulatório.

“Através desse trabalho, po-demos desenvolver a pesquisa, que juntamente com o ensino e a extensão constitui o tripé fundamental da universidade”, diz o professor Moacyr Magno,

coordenador do ambulatório. Os alunos da UEPA participam das atividades de atendimento fazendo acompanhamento dos professores e recebendo orien-tações sobre cada caso clínico.

Page 11: Informativo da Uepa - Dezembro 2009

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Ações garantem ensino-assistência

UEPA discute orçamento com secretários

A reitora Marília Brasil Xavier visi-tou a Santa Casa de Misericór-

dia em outubro para discutir a revi-são do convênio que contemplará ações de graduação, residências médicas, tele-saúde e pesquisas clínicas, além de conhecer os espa-ços onde serão instalados os novos equipamentos de diagnóstico do hospital. Os aparelhos atenderão as demandas da Santa Casa e, ao mesmo tempo, facilitarão o apren-dizado dos estudantes da universi-dade que realizam pesquisas, está-gios e residência.

A reunião fez parte da agenda de visitas da gestão superior a insti-tuições hospitalares e ambulatoriais de vários municípios do Estado. O objetivo desses encontros, segun-do a reitora, é discutir o redimen-sionamento do papel da UEPA nas perspectivas de desenvolvimento

A reitora da UEPA, Marília Brasil Xavier, esteve reunida com a secre-tária de Estado de Educação, Socorro Coelho, o secretário de Planejamento e Finanças, José Júlio Lima, o secretá-rio de Governo, Edilson de Sousa, e o secretário adjunto da Fazenda, José Carlos Damasceno, em outubro, no gabinete da Seduc. A pauta da reu-nião foi a necessidade de um acom-panhamento mais efetivo da Univer-sidade do Estado do Pará (UEPA) em relação ao percentual do ICMS desti-nado à educação superior.

Durante o encontro, Marília Brasil Xavier também solicitou ao secretário de Governo, Edilson de Sousa, a revi-são da lei que vincula a UEPA à Seduc. O estudo é feito, atualmente, pela assessoria jurídica da governadora. O secretário assumiu o compromisso de verificar o andamento do processo para revisão da lei junto à Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa).

Para tratar do controle orça-mentário e financeiro, será marca-da uma nova reunião entre as di-retorias de Planejamento da Seduc e da UEPA com representantes da

brinquedoteca

Confintea

Premiação

Pós-graduação

A Brinquedoteca da UEPA formou mais uma turma de brinquedis-tas voluntários. As vagas são abertas todo semestre para alunos de vários cursos, interessados em participar das atividades do espaço. Como voluntários, os brinquedistas atuam no desenvolvimento das potencialidades de crianças, jovens e adultos através do lazer. As inscrições para nova turma estão abertas e devem ser feitas na própria Brinquedoteca. Informações pelo e-mail: [email protected]

Proporcionar um diálogo sobre políticas e aprendizagem de adultos e educação não formal em âmbito nacional foi um dos objetivos da 6ª edição da Conferência de Educação de Adultos (Confintea) que aconteceu de 1 a 4 de dezembro, em Belém, no Hangar. A UEPA foi a instituição responsável pelo treinamento dos monitores bilíngües, por meio do programa de capacitação que envolveu cerca de 190 jovens. O programa é uma iniciativa da Pró-Reitoria de Extensão (PROEX) com o apoio do Departamento de Língua e Literatura (DLLT) da universidade.

Pela segunda vez consecutiva, o curso de Secretariado Trilingue da UEPA conquistou quatro estrelas no Prêmio Melhores Univer-sidades, promovido pela revista Guia do Estudante. A premia-ção faz uma avaliação de mais de 1.500 instituições de ensino superior em todo país e visa ajudar os vestibulandos a conhecer melhor a estrutura oferecida pelas universidades brasileiras e premiar as instituições que se destacam no cenário nacional.

A Escola de Enfermagem Magalhães Barata da UEPA está com ins-crições abertas para quatro cursos de especialização. Os cursos são: Atenção Básica; Enfermagem em Urgência e Emergência; Enferma-gem Obstétrica; e Epidemiologia e Controle de Infecção em Serviços de Saúde. Os candidatos devem ter formação na área da saúde. Os interessados obtém informações sobre o processo de seleção no NU-PEP/UEPA – CAMPUS IV, ou pelos telefones 3259-0193 / 3229-1131.

Gestão

do Pará e na relação com as políti-cas públicas de saúde. “Essas ações de integração com os demais ór-gãos do Governo do Estado, atuan-tes na saúde, e as parcerias com as prefeituras são indispensáveis para a melhoria do ensino de graduação e pós-graduação na área da saú-de e para o avanço da assistência à saúde às populações do estado”, afirmou a professora Marília Brasil Xavier, reitora da UEPA.

InVEStIMEntOS

Para fortalecer as ações de ensino-asistência, a UEPA investiu na aquisição de equipamentos de diagnóstico por imagem para pro-cedimentos de baixa e média com-plexidade. Os aparelhos (esteira er-gométrica, aparelho de ultrassom, ecocardiograma, holter, mamógrafo

Secretaria de Planejamento, Orça-mento e Finanças e da Secretaria de Estado da Fazenda.

Como encaminhamento da reunião, ficou acertado uma reu-nião de trabalho entre a Direto-ria de planejamento e Diretoria financeira dos órgãos envolvidos (SEDUC e UEPA) com SEPOF e SEFA a fim de viabilizar melhor o controle orçamentário e finan-ceiro. O pro-reitor de gestão Prof. Manoel Maximiano também este-ve presente na reunião.

Gestão superior reúne com se-cretários de Estado para discutir vinculação da UEPA á SEDUC e acompanhamento orçamentário e financeiro da UEPA

Na última quinta-feira, dia 08, estiveram reunidos no Gabinete da SEDUC os secretários de Estado de planejamento e Finanças José Julio....., o secretário de Governo Edilson....., a secretária de Estado Socorro Coelho, o secretário adjun-to da SEFA, José Carlos.... e a reitora da UEPA profa. Marília.... A pauta da reunião de trabalho envolveu

e raio-x) serão instalados no comple-xo de serviços do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS). Estes equipamentos estarão disponíveis aos pacientes atendidos no Centro Saúde Escola do Marco, Unidade Materno-Infantil e pela Unidade de Ensino Assistência de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (UEFTO).

A UEPA estendeu estas aqui-sições para as ações voltadas ao ensino-assistência no nível terciá-rio, na Santa Casa de Misericórdia, para contribuir com o aprendizado de alunos da graduação e residên-cia. Serão instalados no hospital um equipamento de ressonância mag-nética e um de tomografia compu-tadorizada. O Governo do Estado, por meio da UEPA, investiu R$ 5,6 milhões nos aparelhos que, antes, só estavam disponíveis à população no Hospital Ophir Loyola.

a necessidade de um acompanha-mento mais efetivo da UEPA em relação ao percentual destinado da arrecadação do ICMS do Estado à Educação superior. Também foi so-licitado pela reitora a revisão da lei que vincula a UEPA à SEDUC. A rei-tora informou ao secretário de go-verno, que já encaminhou ofício ao chefe da casa civil e no momento tal estudo encontra-se na assesso-ria jurídica da governadora. Como encaminhamento da reunião, ficou acertado uma reunião de trabalho entre a Diretoria de planejamento e Diretoria financeira dos órgãos envolvidos (SEDUC e UEPA) com SEPOF e SEFA a fim de viabilizar melhor o controle orçamentário e financeiro. O pro-reitor de gestão Prof. Manoel Maximiano também esteve presente na reunião.

Quanto ao estudo da modifi-cação da lei que vincula a UEPA á SEDUC, o secretário de governo assumiu o compromisso de ve-rificar juntamente com a reitora o encaminhamento para revisão junto à ALEPA

Empreendedorismo

A Incubadora de Empresas (RITU) da UEPA está desenvolvendo até o final deste ano, um conjunto de atividades que envolvem sessões informativas sobre empreendedorismo, cursos de capacitação e assessorias especializadas para auxiliar o empreendedor a elaborar projetos. As pessoas interessadas em abrir seu próprio negócio. Mais informações sobre a programação, no site www2.uepa.br/empreenda.

Formação

A Universidade do Estado deu início às atividades do Plano de Formação Docente no Pará, que pretende qualificar cerca de 41 mil professores que atuam sem formação adequada. O projeto é de-senvolvido em parceria com a UFPA, UFRA, IFPA e SEDUC. Durante o lançamento do Plano, realizado em novembro, as instituições assinaram o documento de criação do Fórum Permanente de Apoio à Formação Docente, que objetiva trabalhar na criação de políticas permanentes de capacitação de docentes no estado.

PLANEjAmENtO

CONvêNIO

Page 12: Informativo da Uepa - Dezembro 2009

12 SUPERIOR

tomaram posse, em novembro, os coordena-dores dos 11 campi da Universidade do Estado do Pará no interior. Esta foi a primeira vez que a comunidade acadêmica foi às urnas para eleger os novos coordenadores. Com a realização do pleito para os campi do interior, a UEPA ampliou o pro-cesso de democratização na escolha de seus repre-sentantes, já que, antes, a nova coordenação era designada pela adminis-tração superior.

O processo para a esco-lha do novo coordenador consta no Regimento Elei-toral, que disciplina a re-alização das Eleições para o biênio 2009/2010, apro-vado no dia 19 de agosto de 2009, pelo Conselho Universitário (COnSUn). Para os outros três cam-pi do interior, as eleições ocorrerão em 2010.

Segundo a presidente da Comissão Eleitoral Central, Ana Conceição Oliveira, todos os 20 candidatos tiveram a ins-crição homologada. O campus mais concorrido foi o de Para-gominas, com três candidatos ao cargo de coordenador.

As eleições para os 14 cam-pi da UEPA foram coordenadas pelas sub-comissões (compos-ta de três representantes, elei-tos por seus pares), vinculadas à Comissão Eleitoral Central, na capital. A votação foi uni-versal e uninominal.

IntERIORIzAçãO

A UEPA iniciou seu pro-cesso de interiorização em 1990, com a criação do pri-meiro campus em Concei-ção do Araguaia. A partir de 2002, houve intensa expan-são, principalmente com as licenciaturas, em função de atender e formar professores no Estado.

Atualmente, novos desafios

são propostos para o interior. “A iniciativa de dar posse em cada campus, convidando toda a comunidade acadêmica e os membros de instituições, gestores, classe política local, se deu, sobretudo, pelo res-peito desta gestão para com a comunidade local, visto que 70% da população do Pará vive no interior”, destacou a reitora Marília Brasil Xavier, que completa, “somente com a apropriação de desafios e pos-sibilidades pela própria comu-nidade, poderemos avançar na educação superior e produção do conhecimento no Estado”.

Após a cerimônia de posse, foram realizadas reuniões com a participação da reitora, pró-reitores, alunos, funcionários, gestores e representantes da comunidade local. A pauta de discussão envolveu os desa-fios, as demandas e a estraté-gia de redimensionamento da UEPA, com estruturas de polos em áreas de formação e outros assuntos, tais como concurso

Tecnologia

Coordenadores dos campi no interior tomam posse

Universidade recebe equipamentos de videoconferência

A reitora da Universidade do Es-tado do Pará (UEPA) inaugurou,

em outubro, os equipamentos de videoconferência do Centro de Ci-ências Biológicas e da Saúde (CCBS). Por meio de áudio e vídeo, Marília Brasil Xavier conversou com alunos e professores dos cursos na área da saúde dos campi de Santarém e Altamira. Os kits também foram instalados nos campi de Marabá e Tucuruí, assim como no Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE) e no Centro de Ciências Naturais e Tecnologia (CCNT).

Os equipamentos de videocon-ferência foram adquiridos no final do ano passado, com o objetivo de fortalecer as ações da UEPA no in-terior. “Sabemos que a interioriza-ção é um desafio. E essas estraté-

gias tecnológicas contribuem para enfrentarmos as dificuldades. Esta-remos mais próximos de vocês, não apenas com aulas de videoconfe-rência, mas também com o forta-lecimento dos grupos de pesquisa, orientações de trabalhos acadêmi-cos e outras atividades”, declarou Marília Brasil Xavier, aos alunos de Santarém e Altamira.

No CCBS, será definida a pro-gramação de aulas de telemedicina e telesaúde para as próximas sema-nas, de acordo com as demandas dos cursos da UEPA no interior. “É fundamental essa possibilidade de integração com o interior”, diz o professor Marcus Vinícius Brito, coordenador do Laboratório de Te-lemedicina e Telesaúde, onde ficam os equipamentos no CCBS. “A pri-

meira vantagem é a população que se atinge ao mesmo tempo. A ou-tra é a economia que isso gera para a instituição, pois reduz os gastos com viagens de professores”, co-menta.

Os equipamentos de videoconfe-rência permitem, por meio de câme-ras, aparelhos de vídeo, microfones e caixas de som, o contato visual e sonoro entre professores e alunos, mesmo que estejam em lugares di-ferentes. “E, além da conexão interna na universidade, podemos entrar em contato com centros de pesquisa mais especializados para comparti-lhar informações. Portanto, a video-conferência também contribuirá para os cursos de pós-graduação”, ressalta Robson Domingues, coordenador do mestrado em Vigilância em Saúde.

para professores fixos.nos dias 09 e 10, será rea-

lizado, em Belém, o planeja-mento estratégico e opera-cional para coordenadores do interior, assistentes adminis-

trativos e assessores peda-gógicos. na oportunidade, haverá um mini-curso de gestão universitária promo-vido pela diretoria de Plane-jamento Estratégico (dIPE).

Marília Xavier e Marcus Brito apresentam a nova sala de tele-saúde aos alunos

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