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BANCÁRIO
www.bancarios-es.com.br
INFORMATIVO DO SINDICATO DOS
BANCÁRIOS DO ESFILIADO À CUT
Nº 925
28/07/2014 A
18/08/2014
30º Conecef aprovaminuta dos bancários da Caixa
BANCÁRIOminuta dos bancários da CaixaDurante o 30° Congresso Nacional
dos Empregados da Caixa Econô-mica Federal (Conecef), realizado
de 6 a 8 de junho, em São Paulo, bancá-rios e bancárias discutiram e aprovaram a minuta de reivindicações específicas da categoria. A pauta será negociada com a direção do banco na Campanha Nacional dos Bancários 2014 e na mesa de negociações permanentes.
Durante o evento, os delegados reafirmaram a estratégia de campanha nacional unificada dos trabalhadores dos bancos públicos e privados. Como eixos de reivindicações específicas estão a defesa das seis horas para todos; mais contratações; melhoras na logística; fim do assédio moral; ATS e licensa prêmio para todos; fim da discriminção do Reg/Replan não saldado; tíquete para ativos e aposentados; valorização do piso; Saúde Caixa e recomposição do poder de com-
ESPECIAL CAIXA
“Trinta anos de unidade e mobi-lização. Muitas conquistas e novos de-safios”, esse foi o tema do 30º Conecef, que representou um marco histórico na organização dos bancários da Caixa e do movimento sindical bancário.
BANCÁRIOS E BANCÁRIAS DA CAIXA VOTAM MINUTA DE REIVINDICAÇÕES
pra dos salários.Os problemas de condições de tra-
balho como falta de empregados, metas, assédio moral, desrespeito à jornada de 6 horas e a necessidade de ampliação das Reret’s foram o centro dos debates. Contudo, na avaliação da diretora do Sin-
dicato/ES, Lizandre Borges, discussões importantes ficaram de fora da pauta. “A forma de condução dos debates no Conecef é muitas vezes autoritária, as vo-tações são apressadas e cada vez mais o Congresso fica sem fazer as discussões de fundo da categoria”, enfatiza.
eleições 2014 — Em função das elei-ções, o Congresso aprovou uma plataforma de reivindicações dos trabalhadores para todos os candidatos. O momento, porém, foi de forte divergência quando a corren-te majoritária do Congresso, a Articulação Bancária (Artban), propôs que a plenária aprovasse como prioritário o apoio a Dilma Roussef. Em repúdio à decisão, as forças políticas de oposição, Intersindical, Conlu-tas e Bancários Podem Mais, se recusaram a votar e se retiraram do Congresso.
“O apoio a uma candidatura prio-ritária compromete a autonomia do movi-mento sindical do Congresso. A atitude da Artban é inadmissível”, ressalta Rita Lima.
30º Conecef resgata história de luta dos bancários da CaixaNa abertura do evento, em home-
nagem aos 30 anos do Conecef, foi apre-sentado um vídeo sobre as principais conquistas desse período. Além disso, militantes representativos do movimento sindical bancário na Caixa participaram de uma mesa de debates, que contou com a participação da diretora do Sindi-bancários/ES, Rita Lima.
“O Conecef agrega e organiza a vontade coletiva, a ousadia e os sonhos de vários militantes, significando para nós uma experiência individual e coletiva. Foi assim que o Conecef se constituiu como es-paço que organiza o movimento dos ban-cários e bancárias da Caixa”, disse Rita.
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Jornada de seis horas
Na luta contra a precarização do trabalho na Caixa, os bancários e ban-cárias aprovaram durante o Congresso o cumprimento da jornada de seis ho-ras para todas as funções, sem redu-ção de salário. Para garantir a jornada de 6 horas, os bancários defendem a implantação imediata do acesso úni-co nas estações financeiras, que ainda não contam com esse sistema. “Não ter o acesso único nos caixas gera uma fragilidade grande, permitindo que os gerentes liberem o sistema para que os bancários continuem trabalhando além da jornada”, explica a diretora do Sindicato/ES, Renata Garcia. Além disso, os empregados também reivin-dicam o desenvolvimento e a implan-tação do login único para dificultar a burla no registro de ponto.
isonomia
O debate sobre a isonomia de direitos voltou à tona no 30° Conecef.
Neste ano, os bancários avançaram e aprovaram a realização do Encon-tro Nacional de Isonomia, marcado para o dia 30 de agosto. Esse será um importante espaço para mobili-zação dos empregados Pós 98 e de defesa da igualdade de direitos en-tre o funcionalismo do banco.
“Aprovar a realização do en-contro foi uma recuperação, pois no ano passado não houve esse espa-ço para a organização dos pós 98. Na luta pela isonomia, temos que garantir a licença prêmio, o ATS e a normatização das nossas conquis-tas. No Espírito Santo, vamos orga-nizar um Encontro Estadual em pre-paração para o Nacional”, destaca o delegado de base, Vinícius Moreira da Silva, bancário desde 2005.
reret’s
O aumento do número de empregados das Reret’s, uma das principais reivindicações da cate-
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Veja as principais propostas aprovadas pelo Conecefgoria, também foi aprovado pelo Congresso. Um dos pontos da tese da Intersindical, defendida pela delegação do Espírito Santo, o re-dimensionamento das Reret’s deve começar pelo aumento de contra-tações, uma vez que o número de funcionários é insuficiente para a necessidade de empregados gera-da pela expansão da rede e vagas abertas pelas demissões incentiva-das.
desempenho individual
A aprovação do fim da gestão por desempenho como eixo de Cam-panha foi um dos avanços do 30° Conecef. “Esse é um dos instrumen-tos de assédio moral praticado pelo banco. Esse modelo, baseado na cobrança de metas, não condiz com uma política de gestão responsável e transparente a ser adotada por um banco público, como a Caixa”, enfatiza a diretora do Sindibancá-rios/ES, Rita Lima.
Outras propostas da minuta de reivindicações 2014saúde do trabalhador, condições de trabalho e saúde caixal Fim do assédio moral.
l Realização do PCMSO e PRO no mu-nicípio de moradia do empregado.
l Cobertura pelo Saúde Caixa de fi-sioterapia, RPG, acupuntura e psi-coterapia, sem limite de sessões e sem exigência de autorização da auditoria ou da Gipes.
l Pagamento de Adicional de Periculo-sidade aos empregados que traba-lhem em locais considerados áreas de risco de assaltos e sequestros.
FunceF, prevhab e aposentadosl Fim do voto de minerva nas instân-
cias da Funcef.
l Fim da discriminação e direito
do pessoal do REG/Replan migrar para o PCS 2008 e PFG 2010.
l Recuperação e utilização do superá-vit para melhorar os benefícios REG/Replan, a exemplo do saldamento.
l Estudo e análise sobre o aperfeiçoa-mento das eleições na Funcef, para quem sejam apreciados no Conecef do próximo ano, com constituição de GT para elaborar uma proposta de melhoria do regimento eleitoral da Fundação.
l Conclusão do processo de incorpo-ração do REB pelo Novo Plano.
l Justiça às mulheres pré-79.
carreira, condições de Funcionamento das agências, segurança bancária e terceirização l Abertura de agências somente com
o total cumprimento do plano de segurança homologado pela Po-lícia Federal.
l Criação da função gratificada para atendimento social, FGTS e para o empregado que trabalha no setor social.
l Realização de atendimento ex-presso obrigatoriamente por em-pregado com função de caixa.
l Abertura de novas unidades so-mente com a estrutura física, de segurança e ergonomia necessá-rias ao atendimento adequado à população.
l Estabelecer em negociação com a Contraf – CEE/Caixa o quanti-tativo necessário de empregados por unidade, compatível com as demandas de serviços.
l Universalização dos serviços
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ampliação do congresso
A delegação capixaba tam-bém defendeu a ampliação do nú-mero de delegados participantes no Congresso, mas a proposta mais uma vez não foi aprovada. Para a diretora do Sindibancários/ES, Rita Lima, no formato atual, o debate fica restrito a dirigentes sindicais. “Queremos que mais bancários, principalmente da base, possam participar desse processo de deci-são sobre os direitos da categoria”,
Outras propostas da minuta de reivindicações 2014
defende. Atualmente, a cada 300 bancários o Estado pode levar um delegado. A defesa do Sindibancá-rios/ES é que essa proporção seja de um delegado a cada 200 bancá-rios, ampliando a participação nos debates.
cota para mulheres garantida
Neste 30º Conecef, bancários e bancárias da Caixa implantaram um importante instrumento de ga-rantia da democracia e igualda-
de de gênero. Aprovada no último
Conecef, em 2013, a cota para as
mulheres foi garantida com 40%
de participação feminina. Nos pró-
ximos anos, a cota para mulheres
será de 50%.
As cotas para mulheres é um
marco histórico para a categoria
bancária. A Caixa foi a primeira a
aprovar a igualdade na representa-
ção de homens e mulheres no seu
principal fórum deliberativo, o Co-
necef.
bancários, com abertura de novas agências e contratação de pessoal.
l Lutar contra o PL 4.330, que pre-cariza as relações de trabalho no país.
papel social da caixa, contratação, isonomia, sipon e Jornada de trabalhol Jornada de seis horas para todas as
funções sem redução salarial.
l Fim do registro de horas negativas no Sistema de Ponto Eletrônico.
l Fim das horas extras sistemáticas.
l Extinção do registro de horas ne-gativas do Sipon e do bloqueio de acesso motivado por falta de ho-mologação do gestor ou decorrente de hora-extra não acordada.
l Isonomia: extensão do ATS e licença prêmio para todos os empregados admitidos a partir de 1998.
l Contratação permanente para que a Caixa atinja o mínimo de 130 mil empregados até o fim de 2014, tendo em vista dois fatores: a subs-tituição dos terceirizados e o au-mento das demandas em razão da ampliação dos programas sociais do Governo Federal.
l Reafirmação do papel da Caixa como agente de políticas públicas, sem neglicenciar as funções de banco comercial.
Organização do movimento
capixabas — A delegação capixaba ao 30º Conecef foi composta pelos empregados ativos Renata Garcia, Lizandre Borges, Vi-nícius Moraes Moreira, Fabíola Garcia, Itamar Escouto, Edmar Martins André e Geraldo Porfírio Rosa. Também foram delegados os aposentados Reginaldo Barcelos Correa e Rita Lima. Os observadores foram Giovanni Riccio e Edmilson de Moraes Paixão.
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BANCÁRIO
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BANCÁRIOInformativo do Sindicato dos Bancários do Espírito SantoRua Wilson Freitas, 93, Centro, Vitória/ES - 29016-340 Tel: (27) 3331-9999 Colatina (3722-2647), Cachoeiro (3522-7975) e Linhares (3371-0092)
Coordenador Geral: Carlos Pereira de Araújo Diretor de Imprensa: Jonas Freire SantanaEditoras: Bruna Mesquita Gati - MTb 3049-ES, Elaine Dal Gobbo - MTb 2381-ES e Ludmila Pecine - MTb 2391-ESEstagiária: Lorraine PaixãoEditoração: Jorge Luiz - MTb 041/96-ESImpressão: Gráfi ca Espírito SantoE.mail: [email protected]: 2.000 exemplaresDistribuição gratuita
Reivindicações históricas de foraA 30ª edição do Conecef foi espaço
de lutas e de fortalecimento da oposição. A delegação capixaba
defendeu a tese da Intersindical – apro-vada no Congresso Estadual dos Bancá-rios da Caixa – e, junto com outros gru-pos de oposição, levantou a bandeira a favor de reivindicações históricas da ca-tegoria, como reposição das perdas sa-lariais; PSI´s com critérios objetivos de seleção; mínimo de um delta na promo-ção por mérito para todos os emprega-dos; fim do patrocínio a grandes clubes
de futebol e fim das metas.No entanto, essas propostas
não foram aprovadas, acirrando a ainda mais a disputa com a corrente majoritária, a Articulação. “Precisa-mos ampliar a participação dos em-pregados, que hoje é muito limitada aos delegados sindicais, e resgatar o Conecef como espaço de discussão real da pauta de reivindicações que irá balizar a negociação da catego-ria”, enfatiza a diretora do Sindicato/ES, Lizandre Borges.
Conheça algumas reivindicações que ficaram de fora da minuta 2014Fim das metas
Apesar de ser causa de adoeci-mento de bancárias e bancários, o fim das metas não foi aprovado durante o Congresso. Assim como nas últimas Cam-panhas Salariais, entrará na minuta deste ano apenas a defesa do fim das metas abusivas, o que não impede a continuida-de do uso das metas como instrumento de pressão e assédio contra os trabalhadores.
“Quando as entidades sindicais não lutam pelo fim das metas, acabam respaldando e naturalizando esse instru-mento de adoecimento dos empregados. Defendemos o fim das metas porque en-tendemos que ela causa a destruição da saúde física e psicológica de milhares de bancários e bancárias, que são obrigados a vender produtos até fora do horário de trabalho”, destaca a diretora do Sindiban-cários/ES, Renata Garcia.
reposição das perdas
A luta pela a reposição das perdas
salariais referentes ao Plano Real não en-trou no debate do 30° Conecef. A corrente da Articulação se negou a pautar o tema, defendendo que essa é uma dívida do governo anterior a Lula e que não deve ser cobrada. Durante o Congresso, os re-presentantes dos empregados da Caixa no Conselho de Administração, Fernando Neiva e Rita Serrano, também se posicio-naram contra a luta pela reposição das perdas.
“Aqueles que deveriam nos repre-sentar e defender os direitos dos bancá-rios estão fazendo a política da empre-sa e defendendo os interesses da Caixa. Esse tema sequer foi aprovado para ser colocado em debate. E por que não dis-cutir remuneração?”, frisa o diretor do Sindicato/ES, Giovanni Riccio.
Financiamento detimes de Futebol
O Congresso também não apro-vou o fim do financiamento de grandes times de futebol pela Caixa, reivindica-
do pela delegação capixaba e grupos da oposição, que defendem que a Caixa, como banco público, não deve desper-diçar dinheiro com esses patrocínios, e sim investir em políticas públicas para o desenvolvimento do país. A proposta foi rejeitada pela corrente majoritária do Congresso, que apoia esse tipo de finan-ciamento.
psi’s obJetivos
A proposta de implantação de processos de seleção interna transparen-tes e com objetivos claros também não foi aprovada, o que significa um atraso na luta da categoria por direitos. “Os PSI’s são totalmente dirigidos, com critérios subjetivos, e se transformaram em instru-mento de assédio moral”, critica o diretor de base do Sindicato/ES, Edmar Martins. A proposta da delegação capixaba também é pelo estabelecimento de critérios objeti-vos de descomissionamento, para por fim às ameaças arbitrárias e às perseguições dos superiores aos comissionados.
A PLENÁRIA DO CONECEF FOI PALCO DEDEBATES ACIRRADOS ENTRE A CATEGORIA
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