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E mais... > Missão empresarial à Turquia fecha negócios de US$ 16,9 milhões > Santa Catarina terá a primeira fábrica da BMW no Brasil VOLUME DE CONTÊINERES DEVE SER 90% MAIOR EM 10 ANOS Edição nº 159 - Ano XII - Rua Samuel Heusi, 463 - Sala 205. The Office Business Center - Itajaí/SC 88301-320 Estudo Portos 2021 prevê que, em 10 anos, a movimentação de contêineres deve crescer 7,4% ao ano no Brasil. A pesquisa irá subsidiar o governo com dados sobre a realidade do setor Missão empresarial à Turquia fecha negócios de US$ 16,9 milhões Santa Catarina terá a primeira fábrica da BMW no Brasil

Informativo dos Portos 159

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Edição 159 da Revista Informativo dos Portos

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E mais...

> Missão empresarial à Turquia fecha negócios de US$ 16,9 milhões

> Santa Catarina terá a primeira fábrica da BMW no Brasil

Volume de contêineres deVe ser 90% maior em 10 anos

Edição nº 159 - Ano XII - Rua Samuel Heusi, 463 - Sala 205. The Office Business Center - Itajaí/SC 88301-320

Estudo Portos 2021 prevê que, em 10 anos, a movimentação de contêineres deve crescer 7,4% ao ano no Brasil. A pesquisa irá subsidiar o governo com dados sobre a realidade do setor

Missão empresarial à Turquia fecha negócios de US$ 16,9 milhões

Santa Catarina terá a primeira fábrica da BMW no Brasil

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EDITORIALO estudo elaborado pelo Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS), a pedido da Associação Brasileira dos Terminais de Contêineres de Uso Público (Abratec) sobre a movimentação de contêineres, é animador para o setor logístico. A pesquisa aponta que a expansão da atividade no Brasil elevará o volume de contêineres a 14,7 milhões de TEUs em 2021, 90% a mais do que em 2011, quando o país movimentou 8,2 milhões de TEUs. E mais: segundo informações da Abratec, as empresas filiadas à entidade dispõem de R$ 10,5 bilhões para investir em expansão, quase metade a ser empregada em obras para áreas de atracação de navios e aumento do espaço físico.

No entanto, de nada adianta perspectivas tão promissoras com um sistema logístico e de transporte tão comprometedor. Falhas na infraestrutura logística do país são responsáveis por perdas anuais de R$ 83,2 bilhões, segundo outro levantamento, este realizado pela Fundação Dom Cabral com 126 grandes empresas que representam cerca de 20% do Produto Interno Bruto (PIB). O estudo mostra, ainda, que o custo médio do transporte entre as empresas pesquisadas fica em 13,1%, embora alguns setores destinem mais de um quinto de sua receita bruta com este segmento, caso do segmento da construção (20,88%) e bens de capital (22,69%). Na indústria química e no setor de petróleo, o custo é cerca de metade da média: 6,29%.

Enquanto o custo logístico brasileiro for tão alto, bem acima de países desenvolvidos, vamos patinar na competitividade mundial. E a falha está em toda a cadeia, desde o momento que o caminhão sai carregado da fábrica até a hora que precisa desembarcar a mercadoria no porto para posterior embarque nos navios. É hora de rever os processos e planejar o comércio exterior brasileiro com a ajuda do governo e da iniciativa privada.

Bons ventos nos aguardam!

Publicação: Perfil EditoraDiretora : Elisabete CoutinhoDiretora Administrativa: Luciana Coutinho Jornalista responsável: Luciana Zonta (SC 01317 JP)Reportagem: Adão Pinheiro e Luciana ZontaFoto da capa: Ronaldo Silva Jr./Divulgação Arte e Diagramação: Willian Domingues e Elaine Mafra (Serviço terceirizado) 47. 3046-6156Fone / Fax: (47) 3348.9998 / (47) 3344.5017www.informativodosportos.com.brinformativodosportos@informativodosportos.com.br

Movimentação de contêineres deve crescer 7,4% ao ano até 2021

Coluna Tecnologia RTS

APM Terminals recebe nova premiação como Operador Portuário do Ano

Santa Catarina terá a primeira fábrica da BMW no Brasil

ÍNDICE

Suplemento SEP

Suplemento Porto de Itajaí

04.

06.

08 a 09.

34 e 35.

23 a 26.

39 a 42.

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AAPM Terminals, grupo responsável pelas operações de movimentação de contêineres no Porto de Itajaí

(SC) e com unidade em Pecém (CE), foi novamente condecorada globalmente pela sua eficiência e foco no gerencia-mento de terminais ao redor do mun-do. Em Londres, na Inglaterra, durante a premiação anual da Containerisation International, renomado portal de notí-cias/revista internacional especializada na indústria portuária, a APM Terminals foi condecorada como “Operador Portu-ário do ano de 2012”. O corpo de jurados ressaltou os projetos da APM Terminals em nível global no que tange a novos investimentos e projetos, além da habi-lidade em implementar e adaptar ques-tões como segurança, meio ambiente e altos índices de produtividade como fa-tor decisivo para a premiação.

Durante os 12 meses de qualificação, a rede global de terminais da APM Ter-minals manteve planos de expansão, focando especialmente em mercados

emergentes como a América Latina. “Isto prova o foco da APM Terminals no conti-nente, o que inclui os terminais situados no Brasil, em Itajaí (SC) e Pecém (CE)”, diz Ricardo Arten, diretor superinten-dente da APM Terminals no Brasil.

Segundo Arten, a nomeação da Contai-nerisation International, aliada à nome-ação recebida da Lloyd’s List como “Ope-rador Portuário do Ano” em setembro, prova a competência e o foco da APM Terminals em desenvolver soluções no que tange à operação portuária, levan-do-se em consideração o desenvolvi-mento local e regional, aliado à segu-rança e sustentabilidade.

Já o evento da Lloyd’s List foi uma ce-lebração às melhores empresas do mer-cado de navegação/operação portuária e premia anualmente companhias ino-vadoras que buscam incessantemente o atendimento das necessidades do mer-cado no que se refere a itens como segu-rança, tecnologia e nível de serviço. Os

juízes ficaram impressionados com o vo-lume de US$ 3 bilhões de investimentos em infraestrutura realizado pela APM Terminals em nível mundial, durante o período de julgamento. Eles também no-taram o compromisso da APM Terminals em fomentar o crescimento baseado nos mais altos padrões da ética comercial, sustentabilidade e envolvimento com a comunidade local onde está inserida.

CRESCIMENTO

A APM Terminals é uma das empresas com maior crescimento no setor de ter-minais portuários do mundo. Está pre-sente em mais de 30 países, em cinco continentes, com mais de 50 terminais portuários e cerca de 14 novos projetos em desenvolvimento na Europa, Amé-rica do Norte, América do Sul, Oriente Médio, Oeste da África, Mar Negro, Sul da Ásia e China. Sua base de clientes é composta por mais de 60 líderes glo-bais do setor de transporte marítimo em contêineres.

APM Terminals recebe nova premiação como Operador Portuário do Ano

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A primeira unidade da montadora ale-mã BMW no Brasil será instalada em Araquari, no Norte de Santa Catarina.

O local de instalação foi oficializada à pre-sidenta Dilma Rousseff pelo vice-presidente e membro do Conselho de Administração da BMW AG, Vendas e Marketing, Ian Robertson. De acordo com a ministra-chefe da Secreta-ria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, a escolha de Santa Catarina e da cidade de Ara-quari se deve à infraestrutura adequada que a região Norte pode oferecer à montadora.

Segundo Ideli, Santa Catarina foi escolhida principalmente pela qualidade da mão de obra qualificada, com nível de escolaridade acima da média nacional. “Sabemos que há necessidade de muitos investimentos em in-fraestrutrura, mas o que temos de infraes-trutura disponível no Norte do Estado foi o

nosso diferencial”, comenta. Na região Norte estão previstas a duplicação da BR-280 e a construção da ferrovia Litorânea (São Fran-cisco-Itajaí-Imbibutba, que será integrada à nova ferrovia de Mafra. “Temos ainda os por-tos de São Francisco do Sul e Itapoá, a fer-rovia chamada Tronco Principal Sul, de con-cessão da ALL, e os aeroportos de Navegantes e Joinville. A infraestrutura é bem adequada para a montadora”, observa.

Ideli destacou ainda que a instalação da BMW em Araquari, aliada à construção da fábrica da GM em Joinville, fortalecerá o setor metal mecânico na região Norte. De acordo com o prefeito de Araquari, João Pedro Woitexem, cerca de 30 empresas já demonstraram inte-resse em se instalar na região para produzir componentes ou participar de alguma etapa da produção. A fábrica da BMW em Araquari

será a primeira fábrica brasileira da marca e receberá, inicialmente, investimentos de 200 milhões de euros. Está prevista a geração de 1 mil empregos diretos para produção inicial de 30 mil carros por ano.

O secretário de Desenvolvimento Sustentável de Santa Catarina, Paulo Bornhausen, uma das pessoas que conduziu a negociação en-tre a BMW e o Estado, explica que o inves-timento deve atingir R$ 1 bilhão — e mais empregos gerados — à medida que forem avançando as etapas da instalação da fábrica e do crescimento da marca BMW no mercado brasileiro. “Prevemos que a produção vá ul-trapassar rapidamente esse número inicial”, diz. A fábrica terá condições de realizar todo o processo que envolve as etapas da carcaça, soldagem, pintura e montagem.

MONTADORA ALEMÃ

Santa Catarina terá a primeira fábrica da BMW no Brasil

Ministra-chefe da Secretaria de Rela-ções Institucionais, Ideli Salvatti

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A movimentação de contêineres no Brasil deve crescer 7,4% ao ano en-tre 2012 e 2021. A expansão eleva-

rá o volume de contêineres a 14,7 milhões de TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) em 2021, 90% a mais do que em 2011, quando o país movimentou 8,2 milhões de TEUs. As pre-visões fazem parte do estudo Portos 2021 - Avaliação de Demanda e Capacidade do Segmento Portuário de Contêineres no Brasil, preparado pelo Instituto de Logís-tica e Supply Chain (ILOS) sob encomenda da Associação Brasileira dos Terminais de Contêineres de Uso Público (Abratec). A intenção do ILOS, ao apresentar um re-trato do sistema portuário de contêineres do país, é subsidiar o governo com dados isentos e técnicos sobre a realidade do setor até 2021. Segundo informações da Abratec, as empresas filiadas à entidade dispõem de R$ 10,5 bilhões para investir em expansão. Destes, R$ 4,5 bilhões serão empregados até 2016 em obras para áreas de atracação de embarcações e aumento de espaço físico para os contêineres.

Normalmente usados para transportar produtos de alto valor agregado, os con-têineres passaram a servir também para o transporte de granéis. Açúcar, café, ce-lulose, produtos siderúrgicos, suco de la-ranja e fertilizantes são alguns exemplos. Somente essa tendência pode aumentar os volumes transportados em um milhão de TEUs por ano, segundo o estudo do

ILOS. Outro dado do Porto de Santos reve-la a tendência: o açúcar ensacado, antes transportado em navios convencionais, apresentou queda de 48% em 2012, ao passo que o açúcar embarcado em contê-iner cresceu 41%.

MERCADO

O mercado de contêineres é basicamen-te comandado por Coreia do Sul e China, segundo o consultor de logística José Ge-raldo Vantine. “O Brasil não possui preço competitivo para produzir. Atuamos ape-nas com reformas nos terminais portu-ários”, afirma. “No passado, a Coreia foi dominando de forma avassaladora outros países que produziam, depois a China en-

trou forte e, como já há um comércio glo-bal estabelecido, não vale a pena. Grandes países com forte comércio exterior, como França, Inglaterra e Canadá, também não produzem”, diz.

O custo de um contêiner fica em torno de U$ 2 mil, e os principais donos hoje são os próprios armadores. O valor cobrado pelos chineses é imbatível no mundo todo em função da mão de obra barata. “Lá um sol-dador trabalha de segunda a sábado, 12 horas por dia, com salários em torno de U$ 50 ao mês. Os asiáticos ainda subsi-diam o aço há anos (inclusive o brasilei-ro)”, lembra Sílvio Campos, presidente da Câmara Brasileira de Contêineres, Trans-porte Ferroviário e Multimodal (CBC).

MERCADO INTERNACIONAL

Movimentação de contêineres deve crescer 7,4% ao ano até 2021

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DEMANDA

De acordo com Campos, a China, por ter o maior volume de exportações do mundo, além de fabricar os contêineres, consegue atender à demanda mundial com a vantagem de que ele já sai carregado do país, reduzindo ainda mais o custo. A participação brasileira nas exportações por contêineres ainda não é expressiva em função da nossa vocação para utilizar grandes navios e cargas a granel. “O Brasil é um grande exportador de commodi-ties, que por suas características de grande volume são mais facilmente transportadas a granel. Desta forma, a movimentação de pro-dutos manufaturados do Brasil ainda repre-senta cerca de 5% da movimentação mun-dial de contêineres”, finaliza Campos.

A movimentação de contêineres deve crescer 74% até 2021

A expansão elevará o volume de contêineres a

14,7 milhões de TEUs em 2021

Em 2011, o Brasil movimentou 8,2 milhões de TEUs

Segundo informações da Abratec, empresas dispõem de

R$ 10,5 bilhões para investir em expansão

O custo de um contêiner fica em torno de U$ 2 milNo Porto de Santos, o açúcar ensacado apresentou queda de 48% em 2012

O açúcar embarcado em contêineres cresceu 41% no Porto de Santos

MERCADO INTERNACIONAL

Movimentação de contêineres deve crescer 7,4% ao ano até 2021

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As exportações brasileiras de produtos manufaturados caiu de 0,85% para modestos 0,73% na participação

mundial entre 2005 e 2001. O país só man-tém a estabilidade no ranking de maiores vendedores internacionais por causa do crescimento das exportações de produ-tos básicos (commodities), segundo revela estatística do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) sobre nú-meros da Organização Mundial do Comér-cio (OMC).

Ao analisar dados de 2005 a 2011, o Iedi constatou que, depois da crise financeira de 2008, coube ao Brasil o papel de “mercado dinâmico” para as vendas de países que sou-beram preservar condições de agressividade como exportadores. De 28º no ranking dos países que mais compraram, em 2005, o país evoluiu para o 21º lugar no ano pas-sado, quando importou o equivalente a US$ 237 bilhões, passando de uma participação de 0,72% para 1,3% das compras totais do mercado mundial.

Enquanto isso, o Brasil manteve patamar si-milar, de 23º para 22º lugar no ranking das exportações globais, com vendas de US$ 256 bilhões no ano passado, o que corresponde à participação de 1,4% das vendas totais, contra participação de mercado de 1,3% em 2005. O nível foi mantido com o aumento de vendas de produtos básicos — agropecu-ários e minerais, principalmente — enquanto as exportações de produtos manufaturados

caíram, no período, de 0,85% para 0,73% na participação mundial.

Em contrapartida, as importações manufa-turadas mais que dobraram no período em análise. O Brasil comprava apenas o equi-valente a 0,69% das vendas mundiais de máquinas e equipamentos, em geral, e, no ano passado, essa participação aumentou para 1,37%. De 31º no ranking dos países que mais importavam produtos manufatu-rados, em 2005, o país evoluiu para 21º e, de 27º lugar dentre os países que mais vendiam tais produtos, naquele ano, caiu para 30%.

COMéRCIO

A análise técnica do Iedi ressalta que a in-serção brasileira no comércio mundial está

atrelada a mudanças na concorrência in-ternacional, que ficou mais restritiva depois de 2008. Somado a isso, fatores domésticos como a valorização do real e outras condi-cionantes da baixa competitividade brasi-leira concorreram para o aumento das im-portações e redução da posição nacional no mercado externo.

O Iedi destaca a importância das medidas que o governo vem adotando para a prote-ção do câmbio, para a redução de impostos e diminuição de custos, como a anunciada redução da tarifa de energia elétrica, inves-timentos em logística e facilidades de finan-ciamento. As ações são relevantes e preci-sam ser mantidas, segundo análise do Iedi, pois seus efeitos só se farão sentir a médio e longo prazo.

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS

Pesquisa da OMC aponta queda nas vendas de manufaturados ao mercado externo

Div

ulga

ção

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Falhas na infraestrutura logística do país são responsáveis por perdas anuais de R$ 83,2 bilhões. O número faz parte de

um levantamento realizado pela Fundação Dom Cabral com 126 grandes empresas que representam cerca de 20% do Produto Inter-no Bruto (PIB). Os recursos seriam economi-zados se o custo logístico brasileiro, na faixa de 12% do PIB, fosse eficiente como o ameri-cano, de 8% do PIB.

Para o professor coordenador da pesquisa, Paulo Resende, o levantamento da Fundação Dom Cabral evidencia a redução da competi-tividade brasileira por causa do transporte. O trabalho faz uma comparação internacional - graças a uma parceria com o Boston Logis-tics Group - que comprova os altos custos da logística nacional. Para exportar um contêiner, por exemplo, o preço no Brasil é de US$ 1.790,

sendo US$ 690 de custo burocrático.

Apenas a Rússia, entre nove países selecio-nados, tem custo maior tanto no geral (US$

1.850) como no valor destinado à burocracia (US$ 700). Na Índia o custo total fica em US$ 1.055, muito próximo do valor nos Estados Unidos (US$ 1.050). Na Alemanha fica em

INFRAESTRUTURA LOGÍSTICA

Deficiência do sistema é responsável por perdas de R$ 83,2 milhões ao ano

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US$ 872 e está muito mais em conta na China (US$ 500) e Cingapura (US$ 456).

TRANSPORTE

O estudo mostra, ainda, que o custo médio do transporte entre as empresas pesquisadas fica em 13,1%, embora alguns setores destinem mais de um quinto de sua receita bruta com este segmento, caso do segmento da cons-trução (20,88%) e bens de capital (22,69%). Na indústria química e no setor de petróleo, o custo é cerca de metade da média: 6,29%. “Embora o país tenha problemas graves no transporte de longa distância, também en-frenta problemas na distribuição urbana de seus produtos e dificuldades com a falta de armazenagem”, afirmou Resende.

O estudo também perguntou às empresas sobre o que mais aumenta o custo logístico no país. Em primeiro lugar, aparece “estradas em más condições” (54,5% das indicações), seguido de perto por “documentos e buro-cracia governamental (51,2%)” e “restrição de cargas e descarga em grandes centros

urbanos” (49,6%). A pesquisa apontou que a ação mais importante para reduzir o cus-to logístico, na opinião de 70,7% das em-presas, é a melhor gestão das ferrovias com

integração multimodal, seguido por maior acesso às ferrovias do Sudeste e do Sul, com 68,6%. A questão tributária fica apenas em terceiro lugar, com 67,2% dos empresários

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citando mudanças na cobrança do ICMS.

NORDESTE

Somente a região Nordeste precisa investir R$ 25,8 bilhões em infraestrutura nos próximos oito anos para garantir o escoamento da pro-dução. Os valores foram identificados durante a elaboração do diagnóstico Nordeste Com-petitivo, encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com as federações das indústrias dos estados da região. Os investimentos são necessários para tocar 83 projetos de ampliação e moderniza-ção de rodovias, ferrovias, hidrovias e portos em Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte. O Nordeste Competitivo levantou os gargalos que podem, dentro de alguns anos, travar o escoamento da produção de nove estados para o mercado interno e para exportação. As ferrovias e os portos são os que mais precisam de investimentos. Juntas, as duas malhas vão demandar 90% dos R$ 25,8 bilhões. Outros 9% devem ser investidos nas rodovias e 1%

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nas hidrovias. O estudo aponta que o retorno do investimento total poderia se dar em pouco mais de quatro anos com a economia de gastos logísticos. Atualmente a região gasta em torno de R$ 30,2 bilhões com transportes, incluindo custos com frete interno, pedágios, transbordo e de terminais, tarifas portuárias e frete marí-timo. No longo prazo, no entanto, o Nordeste demanda investimentos ainda mais robustos. A análise é de que para solucionar os problemas de logística totais da região seriam necessários R$ 71 bilhões para 196 projetos.

Segundo o estudo, para aumentar a competi-tividade da região, é preciso investir R$ 12 bi-lhões nas ferrovias e R$ 11 bilhões nos portos da região, de acordo com o estudo da CNI. Das ferrovias do Nordeste, dois trechos da EFC – um que liga São Luiz a Açailândia e outro que liga Açailândia a Marabá operam próximo do limite de capacidade e a previsão é que che-guem a um estado crítico em 2020. O trecho Açailândia–Marabá, por exemplo, tem capa-cidade para suportar o transporte de 311 mil toneladas por dia. Atualmente passam por ela 279 mil toneladas diariamente. A expectativa é que com o aumento da produção esse volume cresça para 877 mil toneladas por dia em 2020.

No caso dos portos, atualmente apenas o Complexo Portuário de São Luís, no Mara-nhão, e o Porto de Recife, em Pernambuco, utilizam mais do que suas capacidades permi-tem. Em 2020, no entanto, seis portos devem operar acima da capacidade e outros dois es-tarão com potenciais gargalos. Os casos mais críticos devem ser os do Complexo Portuário de São Luís e do Porto de Natal, no Rio Grande do Norte.

Das rodovias que cruzam a região, três já apresentam gargalos atualmente. A utilização delas pelos carros e caminhões de carga ul-

trapassa em até 65% a capacidade de peso que suportam em um determinado período, o que reduz a velocidade dos veículos e gera congestionamentos. Uma simulação do cres-cimento da produção até 2020 mostra que, se nenhum investimento for feito nos próximos oito anos, nove rodovias estarão sendo uti-lizadas acima do que suas capacidades per-mitem. Desses nove gargalos, dois estarão em estado crítico, ultrapassando em até 151% a capacidade permitida. PRODUÇÃO

As indústrias da região produzem o equiva-

lente a R$ 29,2 bilhões por ano, sendo que 81% desta produção estão concentrados no setor de bebidas, de papel e celulose, de açú-car, de álcool, de combustíveis, de biscoitos e bolachas, de autopeças, de farinha de trigo e de petroquímicos. As principais cadeias agro-pecuárias do Nordeste são a de cana de açú-car, de bovinos, de fruticultura, de mandioca, de soja e de milho. Juntos, os seis produtos respondem por 93% de toda a produção agro-pecuária. A produção extrativista mineral e florestal da região é muito concentrada em petróleo e gás natural, madeira, calcário, sal e potássio, produtos que respondem por 92% do que é extraído na região.

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Aconstrução de uma nova linha fer-roviária, ligando Guarapuava até o Porto de Paranaguá, é a alternativa

paranaense para aumentar a capacidade de escoamento da produção. O traçado, com uma nova descida pela Serra do Mar, e não por uma conexão via São Francisco do Sul, em Santa Catarina, pode reduzir em 25% o valor do transporte e ser três vezes mais rápido. O anúncio do estudo de viabilidade para a construção de uma nova linha férrea ligando o interior do Pa-raná ao porto de Paranaguá foi confirma-do pelo diretor-presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, na sede da Federação das In-dústrias do Paraná (Fiep). A previsão é que os trabalhos comecem em 2014.

Em Porto Alegre, o presidente da estatal garantiu as duas ligações ferroviárias do Sul com o Sudeste — uma passando por Mafra e outra por Chapecó, esta última é a novidade em relação ao pacote de R$ 91 bilhões de investimentos em ferrovias no país divulgado pelo governo federal em agosto. O novo traçado, diferente do divulgado pelo governo, que passaria por Mafra, liga o Sul ao centro do país, be-neficiando vários setores da indústria, es-pecialmente o agronegócio porque trará o milho para Santa Catarina através dos trilhos.

Figueiredo explicou que a construção de uma nova ferrovia no Paraná sempre es-teve nos planos do governo, apesar de o

projeto não ter aparecido entre os apre-sentados no lançamento do Plano de In-vestimentos em Logística, anunciado há três meses. “O governo nunca teve dúvi-das e não precisa ser convencido de que precisamos fazer uma ligação moderna com Paranaguá. Mas como não tivemos a oportunidade de fechar, com o gover-no do Paraná, alternativas de acesso, não detalhamos isso no lançamento do nosso

programa de investimentos”, disse.

Para o presidente da Fiep, Edson Cam-pagnolo, o anúncio de Figueiredo é uma vitória para o Paraná, que desde agosto trabalha para incluir a obra nos planos de investimentos federais. “As entidades do setor produtivo do estado perceberam que não podiam perder tempo e, através do Fórum Futuro 10, agiram rápido para

LINHA FERROVIÁRIA

Governo aposta em ferrovias para destravar gargalos logísticos do Sul

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defender os interesses do Paraná”, de-clarou. Campagnolo ressaltou que a nova ferrovia vai potencializar o transporte até o porto de Paranaguá. Pela ferrovia atual, construída no final do século 19, os trens descem a Serra do Mar a uma velocidade de 15 km/h. Além disso, os trilhos com-portam composições de no máximo 40 vagões. O novo ramal possibilitará uma velocidade de descida quatro vezes maior, passando para 60 km/h, além de suportar composições com 80 vagões.

SUSTENTABILIDADE

Bernardo Figueiredo afirmou, no entan-to, que o sucesso do projeto depende da busca por soluções para duas questões consideradas fundamentais. Uma delas é a sustentabilidade ambiental. “O primeiro passo objetivo é pacificar com os órgãos ambientais, como o Ibama e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, de que esse novo traçado é viável do ponto de vista ambiental. Essa é uma questão delicada, mas parece que o Paraná já evoluiu, com

uma proposta de traçado que aparente-mente pacifica essa questão”, afirmou, referindo-se ao trecho da ferrovia que passará pela Serra do Mar.

O segundo entrave é a integração da Ferroeste ao novo modelo de gestão das ferrovias que será implantado pelo go-verno. Empresa de economia mista que tem como maior acionista o governo do Paraná, a Ferroeste é hoje a responsável pela administração do trecho ferroviário entre Cascavel e Guarapuava. “No gover-no federal, estamos traçando quais são as alternativas. Vamos elencar as possi-bilidades e o governo estadual vai definir qual é a que se enquadra melhor”, afirmou Figueiredo. “O que não podemos é deixar de fazer essa ferrovia dentro do novo mo-delo, que é uma ferrovia aberta a qualquer tipo de usuário e com ambiente competi-tivo na prestação de serviço”, completou. SUL E SUDESTE

A primeira obra confirmada é a reforma

da ferrovia já existente entre São Paulo e Porto Alegre, que passa por Mafra, já in-cluída no pacote de concessões divulgado pelo governo federal. Esta ligação, se-gundo Figueiredo, será licitada até junho

Presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo

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de 2013. A outra ferrovia que percorre-rá Santa Catarina é o prolongamento da Norte-Sul por meio de uma ligação oeste, partindo de Panorama (SP), passando por Cascavel (PR), Chapecó (SC), Erechim (RS) e chegando a Rio Grande (RS). O edital de estudo lançado em junho pela estatal Valec teve de ser reformulado, segundo Figueiredo, para tornar-se mais rápido de ser concedido. A ligação do ramal oeste deve ter os estudos concluídos no segun-do semestre do ano que vem.

De acordo com Olivier Girard, um dos responsáveis pelo estudo Sul Competiti-vo, lançado pelas três federações das in-dústrias do Sul no final de agosto, esta revisão de traçado por parte do governo federal é uma ótima notícia para diferen-tes segmentos do setor nos três estados. E retoma o plano original de outorgas da Ferrovia Norte-Sul, que previa uma parte do traçado percorrendo Chapecó. Segundo o estudo Sul Competitivo, caso a ferrovia fique pronta até 2020, nesse ano ela po-derá trazer R$ 1 bilhão de economia com

gastos logísticos para todos os segmentos industriais dos três estados da região.

O estudo Sul Competitivo apontou, por exemplo, que a região Sul precisa de R$ 15,2 bilhões de investimentos até 2020 em 51 obras prioritárias para compensar o atraso na infraestrutra de transportes. No total de 2 mil páginas, o estudo alinha 177 projetos que podem destravar os nós logísticos. “É preciso a união dos governos estadual e federal, dos parlamentares e do setor produtivo para resolver os gargalos que impedem a competitividade de toda a Região Sul do Brasil. O estudo que apre-sentamos mostra que o custo de não fazer é muito maior do que os investimentos necessários para as obras de infraestrutu-ra apontadas”, disse o presidente da Fe-deração das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Heitor José Müller.

Para o presidente da Câmara dos Deputa-dos, Marco Maia, os três estados e seus parlamentares têm a obrigação de traba-lhar de forma planejada, desprovidos de

interesses partidários. “A Região Sul tem sido vitoriosa nos últimos anos na viabi-lização de investimentos, como é o caso das duplicações das BR-101, BR-392 ou a BR-448, que irá desafogar o tráfego na BR-116”, citou Maia.

Presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia

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OConselho de Autoridade Portuária (CAP) do Porto de Imbituba, no Sul de Santa Catarina, quer soluções

imediatas para o pátio de triagem, que hoje funciona em um posto de combus-tível. O coordenador do Núcleo Setorial do Porto na Associação Empresarial de Imbituba (Acim), Lito Guimarães, afirma que, por economia, os motoristas ficam na cidade para aguardar o próximo navio, acumulando caminhões com contêineres vazios no posto. “Nestes casos, para fi-car em outros pátios paga-se caro, prin-cipalmente pela infraestrutura oferecida, sendo assim uma possibilidade de inves-timento”, disse.

Na reunião de outubro do CAP foram de-batidas as principais opções para organi-zar e reinstalar o pátio em um novo lo-cal. Representantes do CAP, prefeitura e o Núcleo Setorial estão preocupados com os problemas principalmente relacionados ao conforto dos motoristas e cidadãos que moram e passam no local. O presidente do CAP, Gilberto Barreto, lembrou da necessi-dade do Setor de Operações da Companhia Docas levantar todos os fluxos e problemas possíveis para que as soluções facilitem o atendimento à movimentação de cargas e, ao mesmo tempo, auxiliem os motoristas e as transportadoras na hora da emissão dos conhecimentos de transporte.

Segundo ele, se existe tecnologia disponí-vel, as informações devem ser trocadas ele-tronicamente. “Se cada terminal tiver a sua

solução direta, via agendamento eletrônico, não há problema na portaria, nem neces-sidade de triagem. Cada terminal precisa comportar o seu fluxo. A partir daí, a pre-feitura precisará apenas fazer os bloqueios para que o acesso de caminhões seja ape-nas pelo acesso Norte, como foi previsto, e a Polícia Militar terá seu trabalho bastante reduzido nessa área”, explicou.

Bruno Figurelli, superintendente da San-tos Brasil, demonstrou que o Tecon já faz todo o agendamento de forma eletrônica e não tem necessidade de que os caminhões passem na triagem. “Temos condições de absorver a demanda dentro de nossa área, passando direto para o acesso ao porto.

Mesmo assim, um grande pátio de triagem está previsto no terreno da Santos Brasil na área industrial”, comenta.

O prefeito José Roberto Martins, coorde-nador da Comissão de Relações Porto-Ci-dade do CAP, colocou a estrutura do go-verno municipal à disposição para apoiar nas soluções indicadas. “Todos os dias recebemos inúmeras reclamações quanto à via. Acidentes acontecem todo mês. O município tem que fazer a sua parte, mas temos que parar de discutir isso na teo-ria e partir para a prática, efetiva e com-petente. Precisamos ouvir do porto e dos operadores a apresentação de um projeto claro e definitivo”, finalizou o prefeito.

PÁTIO DE TRIAGEM

CAP Imbituba busca novo espaço para caminhões com destino ao porto

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Adiretoria da Antaq criou o Centro de Informação em Transporte Aquavi-ário (Citaq), vinculado à Assessoria

de Comunicação (ASC). O diretor-geral em exercício da Antaq, Tiago Lima, assinou a resolução. “O Citaq será fundamental para a disseminação de informações relacionadas ao transporte aquaviário. Esperamos que, com essa ação da agência, as informações referentes ao setor sejam cada vez mais di-vulgadas”, disse Lima.

O Citaq conta com biblioteca e editora. Para o bibliotecário da Antaq, Antônio Machado, o centro de informação tem como objetivo divulgar informações do transporte aquaviá-rio e promover serviços e produtos. Além dis-so, contribuirá para o intercâmbio de dados com outros centros de informação relaciona-dos ao segmento.

Entre as atribuições da biblioteca estão ela-borar as políticas de desenvolvimento de coleções bibliográficas, recursos eletrônicos e audiovisuais em consonância com as espe-cificidades da agência; representar a Antaq junto ao Conselho Federal de Bibliotecono-mia, atuar como centro de referência para especialistas portuários e de regulação no Brasil e no exterior; alimentar o banco de teses e dissertações da Antaq, além de par-ticipar do Catálogo Coletivo Nacional (CCN) do Instituto Brasileiro de Informação em Ci-ência e Tecnologia (IBICT).

Já à editora compete promover, divulgar e distribuir obras editadas sobre regulação e transporte aquaviário na forma de livros, pe-riódicos, recursos eletrônicos e audiovisuais; disseminar o conhecimento em transporte aquaviário nos contextos nacional e interna-

cional; propor a reedição de textos clássicos em regulação e transporte aquaviário.

COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL

Antaq cria Centro de Informação emTransporte Aquáviário

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COPA DO MUNDO

Oministro da Secretaria dos Portos (SEP), Leônidas Cristino, vistoriou recentemente as obras do Terminal Marítimo de Passa-

geiros do Porto de Fortaleza, no Ceará. A obra compreende três frentes de serviço: cravação de estacas e assentamento de pré-moldados para a construção de um cais de atracação, fundação para a construção de uma estação de passageiros e aterro hidráulico para a construção de um pátio de armazenagem.

O Terminal Marítimo de Passageiros do Porto de Fortaleza é um dos sete terminais que a SEP está construindo ou reformando para atender ao pú-blico que virá por ocasião da Copa do Mundo de 2014. Juntos, os terminais demandarão investi-mentos de R$ 898,9 milhões do governo federal. Os demais portos com obras de terminal de pas-sageiros com recursos do PAC Copa são Santos, Rio de Janeiro, Salvador, Recife e Natal.

Para Paulo André Holanda, presidente da Com-panhia Docas do Ceará (CDC), empresa que ad-ministra o Porto de Fortaleza, o novo empreendi-mento garante a oferta de um espaço adequado para atracação e desembarque/embarque de passageiros de cruzeiros marítimos, contribuindo também para o aumento do número de opções de hospedagem de turistas para a Copa do Mun-do. “Vai fomentar o desenvolvimento da vocação turística da cidade de Fortaleza, garantindo que

navios de grande porte passem a atracar no Porto de Fortaleza, trazendo mais turistas para a cidade e movimentando a economia local. Como equi-pamento turístico, vai estar aberto ao público da cidade para visitação, garantindo a melhoria da relação entre porto e cidade”, ressalta Paulo André Holanda.

Além do fomento ao turismo, o novo terminal atende às metas de expansão previstas do Pla-no de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto de Fortaleza (PDZ) para os próximos 30 anos, na medida em que o Novo Terminal Marítimo será de múltiplo uso. Isso significa que, nos períodos de baixa estação turística, o cais será utilizado para atracação de navios de contêiner.

Ministro vistoria obras do TerminalMarítimo do Porto de Fortaleza

Saiba mais

Cais de atracação: com 350 metros de extensão e 13 metros de profundidade.

Estação de passageiros: terá espaço para check-in e check-out, lojas de conveniência, espaço para bagagens, restaurantes e órgãos intervenientes com área de 9.600 m². Pátio de armazenagem de cargas: terá área de 40.600 m². Capacidade de atendimento: Navios com até 350 metros.

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As comemorações dos 80 anos do Porto de Natal, evento realizado pela Companhia Docas do Rio

Grande do Norte (Codern), teve a par-ticipação do ministro dos Portos, Leô-nidas Cristino. O ministro aproveitou a ocasião para vistoriar o andamento da obra do Terminal Marítimo de Passagei-ros, realizada pela Secretaria de Portos (SEP) e orçada em R$ 53,7 milhões, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e iniciada em abril deste ano.

Após a visita, Cristino participou, no Iate Clube de Natal, da entrega do “Mérito Portuário”, prêmio concedido a autoridades que se destacaram em 2011 em trabalhos em favor do de-senvolvimento portuário do estado do Rio Grande do Norte. Além do ministro Leônidas, foram homenageados a go-vernadora Rosalba Ciarlini, o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, a deputada federal Sandra Rosado, o presidente da Assembleia Legislativa, Ricardo Motta, e o presidente da Fede-ração das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), Amaro Sales.

Em seu discurso, Cristino ressaltou que a SEP já está investindo cerca de R$ 200 milhões no Porto de Natal. Além da obra do Terminal de Passageiros para atender a demanda da Copa do Mun-

do, o ministro informou a conclusão da dragagem de aprofundamento no valor de R$ 42 milhões e a ampliação do cais (construção do berço 4) no valor de R$ 108 milhões. Além disso, Cristino anun-ciou os estudos para a elaboração do plano diretor do porto que deverá ser realizado no primeiro semestre de 2013.

TERMINAL

O projeto do Terminal Marítimo de Passageiros inclui um novo e moderno

prédio de dois pavimentos, balcões de atendimento, escritórios de órgãos pú-blicos (Anvisa, Polícia Federal, Juizado de Menores), ambulatório, administra-ção, restaurante, salão de exposições e palco. Além disso, a obra contempla a adaptação do antigo frigorífico, am-pliação e recuperação do cais do Berço 01, a retroárea e a instalação de um dolfim de amarração (ao qual os na-vios de até 250 metros de comprimento serão atados). Tudo para atender a de-manda da Copa de 2014.

COMEMORAÇÃO PÚBLICA

Ministro participa de homenagem dos 80 anosdo Porto de Natal

24SECRETARIA DE PORTOS

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73SECRETARIA DE PORTOS

A Secretaria de Portos (SEP) apre-sentou, na sede da Companhia Docas do Estado de São Paulo

(Codesp), o projeto “Cadeia Logísti-ca Inteligente”. O programa conta com recursos do governo federal, por meio da SEP, no valor de R$ 115 milhões. O projeto faz parte do Porto Sem Papel, criado para desburocratizar os acessos marítimos em todos os portos do Brasil. Agora por terra, o “Cadeia Logística In-teligente” irá minimizar o tráfego de ca-minhões e trens nas vias de acesso aos portos. O programa conta com a partici-pação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Apresentado ao Comitê de Infraestru-tura e Logística do Porto de Santos, em São Paulo, o projeto permitirá o moni-toramento da carga destinada ao porto desde sua origem, viabilizando o forne-cimento antecipado de informações e

facilitando a programação para agilizar as operações.

COLETA

A primeira reunião consiste na coleta de dados com preenchimento, pelos agen-tes envolvidos, de formulário eletrônico desenvolvido para detectar as particula-ridades da logística e da infraestrutura do porto e de seu entorno por agentes e intervenientes no processo. Os formu-lários estão disponíveis através do site www.labtrans.ufsc.br/sep/questiona-rioscadeialogistica.

Os trabalhos já foram iniciados no Por-to de Vitória, no Espírito Santo, no mês passado, e será apresentado no Porto do Rio de Janeiro (RJ) até o fim deste ano. No total, 12 portos públicos serão contemplados com o “Cadeia Logística Inteligente”.

INFRAESTRUTURA PORTUÁRIA

SEP apresenta projeto Cadeia Logística Inteligente no Porto de Santos

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Fortaleza receberá, de 21 a 23 de no-vembro, o VII Seminário SEP de Logísti-ca e a IV Feira de Tendências de Logís-

tica do Norte e Nordeste, promovida pela Secretaria de Portos. O Nordeste foi a região escolhida devido à sua localização privile-giada em relação aos mercados europeu e norte-americano e pelo potencial que os portos da região representam para o desen-volvimento do país. O evento é composto por palestras, apresen-tações, debates e uma feira com estandes de alguns dos maiores representantes do setor, além dos portos delegados e companhias docas, com exposição de produtos, equipa-mentos e serviços. O ministro dos Portos, Le-ônidas Cristino, também confirmou presença no evento. Para a mesa de abertura, a SEP contará com a presença dos ministérios re-lacionados à logística do país, a exemplo do Ministério dos Transportes e a Empresa de Planejamento e Logística (EPL).

A iniciativa privada também terá espaço para apresentar projetos. Na área de Meio Am-biente, por exemplo, o representante da Bra-sil Terminal Portuário (BTP) irá demonstrar como transformar um passivo ambiental em um ativo econômico. O painel contará com a participação do presidente do Instituto de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Re-nováveis (Ibama), Volney Zanardi Júnior.

DEBATES

Os presidentes dos portos de Santos e do

Rio de Janeiro irão participar junto com a Associação Brasileira de Terminais e Re-cintos Alfandegados (Abtra) e empresários do setor, de debates sobre a integração entre as empresas e o governo. A VII edi-ção do seminário conta ainda com a par-ticipação dos representantes dos portos de Rotherdam, Marc Evertse, e da Zeal de Valparaíso, no Chile.

No dia 23, último dia do evento, os parti-

cipantes poderão assistir às palestras de duas grandes figuras públicas: Ciro Gomes e Gustavo Loyola, ambos economistas com vasta experiência no cenário nacional e internacional. O público presente no semi-nário também será convidado a conhecer o andamento da obra do Terminal Marítimo de Passageiros do Porto de Fortaleza e o funcionamento do projeto Porto Sem Papel, realizados pela SEP com recursos do Progra-ma de Aceleração do Crescimento (PAC).

PORTOS E LOGÍSTICA

SEP realiza seminário para debater integração de modais

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SECRETARIA DE PORTOS

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A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) vai revitalizar o prédio administrativo do Porto Barão de Teffé,

em Antonina. A obra, orçada em R$ 691 mil, foi autorizada pelo governador Beto Richa. O prédio tem 400 metros quadrados distribuídos em dois pavimentos e desde 2006 está vazio por falta de condições de uso. A licitação prevê ainda obras para facilitar a acessibilidade aos prédios. Uma vez concluída a licitação, a previsão é que a obra seja feita em quatro meses a contar da assina-tura do contrato.

Dentro do pacote de melhorias para Antonina está a recuperação de cargas para o porto, o uso de áreas ociosas para serviços off shore e a dra-gagem do terminal. “A movimentação de mer-cadorias fechou 2011 com aumento de 400%, totalizando 1,5 milhão de toneladas movimen-tadas. Logo o porto começará a trabalhar com os serviços off shore para a indústria do pré-sal, trazendo emprego e renda para a região”, afir-ma o superintendente dos portos do Paraná, Luiz

Henrique Dividino.

A primeira empresa a se instalar em Antonina é a Techint, que obteve permissão de uso tempo-rário de uma área de 100 mil metros quadrados que estava sem uso. A companhia vai instalar em Antonina estrutura para construção de platafor-mas. O trabalho, além de promover a geração de empregos na cidade, vai gerar arrecadação de receita para a Appa.

O Porto de Antonina, que vem recuperando sua movimentação, fechou setembro com alta de 10% na movimentação de mercadorias. Foram 873,9 mil toneladas de produtos movimentados pelo terminal. A maior parte da soma é forma-da pela importação de fertilizantes, que totali-zou 770 mil toneladas até setembro. O terminal também está realizando algumas operações de exportação de açúcar com aproximadamente 68 mil toneladas do produto exportados até agora.

INFRAESTRUTURA PORTUÁRIA

Prédio administrativo de Antonina será revitalizado

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OTerminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) alcançou uma produtividade de 103

mph (movimentos por hora) na ope-ração do MSC Loretta. O navio com 303 metros de comprimento mo-vimentou 2.017 contêineres. A pro-dutividade alcançada na operação é considerada recorde pela adminis-tração do terminal.

Outro recorde de produtividade re-cente foi registrado em setembro ao fechar o mês com 74 mph, o que re-presenta desempenho 150% superior ao obtido no primeiro semestre do ano passado, quando a média foi de 30 mph. As obras em andamento para a extensão do cais leste de Paranaguá ampliarão a capacidade do terminal dos atuais 1,2 milhão de TEUs (uni-dade equivalente a um contêiner de 20 pés) para 1,5 milhão de TEUs/ano até o final de 2013, o que permite o recebimento de navios ainda maiores e mais largos.

O diretor superintendente do TCP, Juarez Moraes e Silva, destaca que,

mês a mês, o terminal vem obtendo recordes de produtividade. “O re-sultado com o MSC Loretta mostra que estamos no caminho certo”, diz, acrescentando que o desempenho é consequência dos grandes investi-mentos do TCP em projetos de am-pliação e modernização. TERMINAL

O TCP é o 3º maior terminal portuário de contêineres do Brasil e desde 1998 opera sob regime de concessão no Porto de Paranaguá. Com capacidade atual de aproximadamente 1,2 milhão de TEUs por ano (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), o TCP am-pliará sua capacidade de movimenta-ção para 1,5 milhão de TEUs/ano após a construção de seu terceiro berço de atracação, que deve ser concluído em 2013. O TCP tem como acionistas o fundo de private equity Advent Inter-national, a Pattac Empreendimentos e Participações S/A, TUC Participações Portuárias S/A, Soifer Participações Societárias Ltda., Group Maritim TCB S.L. e Galigrain S.A.

RECORDE EM PRODUTIVIDADE

TCP alcança 103 movimentos por hora em um único navio

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Empresas brasileiras dos setores de má-quinas e equipamentos, alimentos e be-bidas, moda (couro e joias), tecnologia

e saúde que participaram da missão comer-cial à Turquia, em Istambul, conseguiriam concluir negócios no valor de US$ 16,950 milhões para os próximos 12 meses. Durante a missão comercial, promovida pelo Ministé-rio do Desenvolvimento, Indústria e Comér-cio Exterior (MDIC) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), foram realizadas duas seções de rodadas de negócios.

O primeiro encontro reuniu exportado-res brasileiros com compradores da Rússia, Ucrânia, Hungria, Cazaquistão e Azerbaijão. Já na segunda rodada de negócios, os encon-tros foram feitos entre os empresários brasi-leiros e representantes comerciais turcos. Ao todo, foram realizados 207 contatos comer-

ciais, que resultaram em negócios fechados no próprio evento.

SETORES

A missão comercial serviu ainda para apro-ximar mais os setores produtivos dos dois países. Em encontro com a secretária de Co-mércio Exterior do Ministério do Desenvolvi-mento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Lacerda Prazeres, o presidente da Confederação de Empresários e Industriais da Turquia (Tuskon), Riza Nur Meral, disse que estuda a instalação de um escritório regional da entidade na América do Sul. Atualmente, a Tuskon mantém sete escritórios regionais no mundo, sendo que o de Washington fica a cargo de todas as relações com os países americanos. Na oportunidade, Tatiana refor-çou o convite para que o escritório da enti-dade seja estabelecido no Brasil.

ENCONTRO EMPRESARIAL

Missão empresarial à Turquia fecha negócios de US$ 16,9 milhões

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Secretária de Comércio Exterior do Mi-nistério do Desenvolvimento, Indústria

e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Lacerda Prazeres

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O projeto de revitalização de uma área de 3,7 quilômetros da zona central do cais do porto de Porto Alegre, no Rio

Grande do Sul, finalmente deve começar a ser executado. A Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) e a empresa Porto Cais Mauá do Brasil S/A assinaram o terceiro termo adi-tivo ao contrato de arrendamento da área do Porto Organizado de Porto Alegre, deno-minada “Complexo Cais Mauá”. A assinatura aconteceu na sede da Antaq, em Brasília. A agência foi a interveniente do processo.

A área do contrato mede 181.295m². O prazo de vigência é de 25 anos, prorrogável por mais 25 anos. A empresa, que revita-lizará a área do porto organizado gaúcho, deverá investir R$ 553 milhões. Já o valor de arrendamento a ser pago à SPH será de R$ 3 milhões/ano ou 1,70% sobre a receita

operacional bruta mensal apurada, o que for maior.

Dentro do complexo está prevista a cons-trução de um shopping center, estaciona-mento, armazéns comerciais, restaurantes, terminal hidroviário, business park e hotel. A SPH e a Porto Cais Mauá do Brasil S/A as-sinaram, originalmente, o contrato em 23 de dezembro de 2010, ainda no gestão da go-vernadora Yeda Crusius. No entanto, a Antaq questionou a licitação na justiça, visto que o

processo licitatório não contava com a apro-vação prévia da Antaq.

Por meio da Câmara de Conciliação Federal da Advocacia Geral da União (AGU), foram assinados outros termos aditivos para sanar as pendências do contrato original. O dire-tor-superintendente da SPH, Pedro Obelar, o diretor da empresa Porto Cais Mauá do Bra-sil S/A, Mário Rache, e o diretor-geral em exercício da Antaq, Tiago Lima, participaram do ato de assinatura do termo aditivo.

CAIS MAUÁ

Projeto prevê revitalização na área central de Porto Alegre

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Inúmeros foram os fatores que contribu-íram para que a Feira Internacional de Logística, Transporte e Comércio Exterior

(Logistique 2012), em Chapecó, se consoli-dasse como um dos maiores eventos do setor no país. Foram R$ 120 milhões em novos ne-gócios fechados. Diversas soluções de mais de 150 marcas atraíram visitação de 15 mil pessoas de todo o Brasil e de países como França, Portugal e Argentina. A quarta edição já está confirmada para ocorrer entre os dias 21 e 24 de outubro de 2014.

FEIRA DE NEGÓCIOS

Logistique confirma cerca de R$ 120 milhõesem negócios

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A s vendas internacionais para os Estados Unidos compensou a deterioração das transações comerciais entre Brasil e Chi-

na entre janeiro e outubro deste ano. Enquanto as exportações brasileiras aos chineses caíram US$ 1,93 bilhão nos primeiros 10 meses do ano, as vendas aos americanos cresceram US$ 2,19 bilhões. Os Estados Unidos deram a maior con-tribuição individual para evitar que o superávit comercial brasileiro neste ano caísse mais que os 32% registrados de janeiro a outubro. Além de comprarem mais, os americanos venderam ao mercado brasileiro US$ 1,33 bilhão a menos que em 2011.

Com o resultado das exportações e importações, o saldo negativo nas relações comerciais do Brasil com os Estados Unidos caiu quase à me-tade: de quase US$ 7,5 bilhões para menos de US$ 4 bilhões. “Além do aspecto quantitativo, houve também o aspecto qualitativo na mudan-ça: houve redução nas vendas de produtos pri-mários e aumento para os produtos industriali-

zados”, notou a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Tatiana Pra-zeres. Com a China, a queda nas exportações se deu principalmente nas vendas de produtos básicos, como ferro, petróleo e açúcar.

As vendas de produtos básicos aos Estados Uni-dos, como petróleo e milho, tiveram aumento de 5,4%, mas as vendas de industrializados, como aviões e motores elétricos tiveram aumento bem maior, 13%. Essa conta inclui industrializa-dos de baixo valor agregado, como etanol e suco de laranja. As vendas de etanol tiveram cresci-mento espetacular, de 216% (US$ 816 milhões acima do exportado entre janeiro e outubro de 2011), passando do décimo ao terceiro posto entre os itens exportados aos americanos.

No entanto, os bons resultados com o etanol não estão garantidos. A demanda por álcool no Brasil e a recuperação da produção americana, afetada pela seca nos Estados Unidos, podem causar um déficit no comércio bilateral de eta-

nol que hoje é superavitário.

PETRÓLEO

Uma commodity também teve forte influência na melhoria do comércio com os EUA: as vendas de óleos brutos de petróleo chegaram a pouco menos de US$ 5,2 bilhões, um aumento de 17% (quase US$ 760 milhões a mais) de janeiro a outubro, comparadas com o mesmo período de 2011. A ven-da de petróleo tem aumentado progressivamente sua importância já expressiva na pauta de vendas aos EUA. Em 2010, essas exportações representa-vam 19,8% de todas as vendas aos americanos.

No período entre janeiro e outubro de 2011 essa fatia subiu para 21,5% e, no fim do ano passado, já estava em 22,3%. Nos primeiros dez meses de 2012, a parcela ocupada pelas exportações de petróleo já chegou a 22,8%, o que indica que, no futuro próximo, a venda de petróleo brasileiro poderá alcançar um quarto de todas as vendas do país aos EUA.

EXPORTAÇÕES NACIONAIS

Brasil vende US$ 2,1 bilhões a mais para os Estados Unidos

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O Paraguai aumentou quatro vezes o volume exportado pelo Porto de Para-naguá, no Paraná, de janeiro a setem-

bro de 2012 em comparação com o mesmo período do ano passado. O principal produto que o Paraguai exporta por Paranaguá é a soja. Em nove meses, foram quatro mil va-gões carregados com mais de 234 mil tone-ladas do grão. No ano passado, foram apenas 394 vagões e 21 mil toneladas do grão.

Desde o começo do ano, mais de 5,2 mil va-gões com soja, milho e farelo do Paraguai descarregaram no Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá. Comparado à quantida-de liberada no ano passado 1,2 mil vagões —, este número é mais de quatro vezes maior. Pelo modal ferroviário, o país descarregou, de janeiro a setembro, mais de 312 mil to-neladas de grãos — 390% a mais que em 2011, com pouco mais de 63 mil toneladas.

Comparativamente ao mesmo período do ano passado, o movimento de vagões gerais do país vizinho no porto cresceu 318%.

O aumento na exportação de grãos do Pa-raguai vem ao encontro da expectativa dos portos do Paraná que, em 2011, retomaram o embarque dos produtos do país vizinho. Durante pelo menos oito anos, o Porto — que era quase que exclusivamente a alternativa de escoamento de safra — ficou sem escoar a produção paraguaia.

MOVIMENTAÇÃO

Em 2012, já foram 933 vagões de milho car-regados com 60,5 mil toneladas descarrea-dos em Paranaguá. Em 2011, foram apenas 174 vagões e 10 mil toneladas do produto vindo do Paraguai. Este ano, porém, o país vizinho descarregou menos farelo de soja em

Paranaguá. Foram apenas 309 vagões, pouco mais de 17 mil toneladas. Em 2011, foram 677 vagões carregados com 32,4 mil tonela-das do produto.

PAÍS VIZINHO

Paraguai quadriplica exportação de grãos por Paranaguá

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Itajaí foi considerado o quarto melhor porto brasileiro, segundo ranking divulgado pela Re-vista Exame. Com nota 3,89 e movimentação

de 6,5% de toda a carga brasileira em 2010, o Porto de Itajaí apresenta um potencial de cresci-mento de 0,21% e fica atrás apenas dos Portos de Santos (SP), Itaguaí (RJ) e Paranaguá (PR).

O ranking dos 12 melhores portos brasileiros analisou diversos levantamentos nas áreas de economia de inserção, acesso e ativos portuários, interconectividade marítima e disponibilidade de crescimento, estabelecidos na análise feita por Marcos Vendramini, professor de gestão portuária da Universidade Católica de Santos e diretor do grupo americano Aecom, especializado em servi-ços de engenharia e consultoria técnica.

O superintendente do Porto de Itajaí, engenhei-

ro Antônio Ayres dos Santos Júnior, considera a colocação altamente positiva, uma vez que Itajaí está à frente de muitos portos maiores. “Somos considerados um porto pequeno, com pouco mais de mil metros de cais, mas temos excelente produtividade e movimentamos cargas de alto valor agregado, o que nos coloca em excelente

posição”, acrescenta Ayres. O superintendente diz ainda que as dificuldades que Itajaí enfrentou nos últimos tempos, a exemplo das duas enchentes — uma em 2008 e outra em 2011 —, as limitações por ser um porto fluvial, entre outras questões estruturais, não impedem que o porto dê conti-nuidade ao seu processo de desenvolvimento.

RANKING PORTUÁRIO

Itajaí considerado o quarto melhor porto do país

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Itajaí avança na proposta de se consolidar como mais um destino náutico do litoral catarinense. A cidade que saiu na frente com a construção

do primeiro píer de atracação de navios de cruzei-ros de Santa Catarina aposta agora na construção de uma marina no baía Afonso Wippel, o popular Saco da Fazenda. O empreendimento, que será edificado pela iniciativa privada em área pública, será concedido ao vencedor do processo licitatório na modalidade de concorrência pública pelo perío-do de 25 anos, renovável por mais 25.

Em contrapartida, o arrendatário terá que fazer in-vestimentos estimados em cerca de R$ 26,84 mi-lhões. A arrendatária pagará uma taxa de mínima de R$ 26,8 mil por mês ao porto, mais R$ 9,15 por barco. A expectativa é que sejam gerados de dois a três empregos por embarcação, ultrapassando a marca de 1,6 mil trabalhadores diretos.

De acordo com o superintendente do Porto de Ita-jaí, Antônio Ayres dos Santos Júnior, a construção da marina foi aprovada por 90% dos moradores da cidade, segundo pesquisa encomendada para avaliar a percepção da população sobre o aprovei-tamento daquela área. O projeto básico do com-plexo náutico prevê um total de 817 vagas, sendo 117 vagas secas e 700 vagas molhadas, área seca de 23 mil metros quadrados, mais a construção de atracadouros que somam 120,9 mil metros qua-drados. Antes mesmo do edital, quatro empresas haviam mostrado interesse em assumir as obras e operação da marina, segundo Antônio Ayres.

O edital está disponível no site do Porto de Itajaí e a abertura das propostas deve ocorrer em 18 de dezembro, 45 dias após o lançamento do edital. O

documento ainda prevê a apresentação do projeto executivo da marina 60 dias após a assinatura do contrato e o início das operações em 18 meses. “A construção dessa marina é uma antiga reivindi-cação da comunidade de Itajaí e região, uma vez que, além de ser uma importante ferramenta para impulsionar o turismo local, vai garantir a preser-vação do Saco da Fazenda”, acrescenta.

Além das vagas para embarcações, a marina do Saco da Fazenda deve contar ainda com área de lazer, centro comercial, prédio administrativo e um edifício do Núcleo Especial da Polícia Marítima da Polícia Federal (Nepom). No projeto inicial da mari-na, o prédio do Nepom seria construído pelo arren-datário da marina, mas na nova proposta a cons-trução foi transferida para a autoridade portuária.

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DESTINO NÁUTICO

SUPLEMENTO NEWS - PORTO DE ITAjAí

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Prefeito Jandir Bellini e superintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres, assinam edital de licitação da marina

Área seca (somente marina): 23,0003,57 m² Área molhada (atracadouros): 120.900,00 m²Área em água (atual) Saco da Fazenda: 565.507.95 m²Taxa de ocupação: 21%

Previsão de ocupaçãoVagas molhadas: 700Vagas secas: 117Total de vagas: 817

Iniciativa privada tem interesse na construção da marina no Saco da Fazenda

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Um mês depois de realizar a pri-meira operação de atracação com um cargueiro de 300 metros, o

Complexo Portuário do Itajaí recebeu o navio “MSC Loretta”, com 303,91 me-tros de comprimento e 40 metros de boca. O primeiro cargueiro a atracar no complexo foi o MSC Luiza, na Portonave, em Navegantes. As duas operações con-firmam que o complexo está preparado para operar com cargueiros deste porte com segurança e competência.

A manobra de atracação do MSC Loretta foi autorizada pela Autoridade Maríti-ma de Itajaí e teve parecer favorável da Itajaí & Navegantes Pilots (praticagem) e da Autoridade Portuária. O diretor executivo do Porto de Itajaí, Héder Cas-siano Moritz, explica que as manobras de atracação e desatracação ocorreram com sucesso, conforme esperado, e foi mais um passo dado para a consolidação dos novos parâmetros de manobras que estão sendo estudados e que deverão nortear as condições operacionais para os navios que escalarem nos terminais que operam cargas contêiner no Com-plexo Portuário do Itajaí

Os navios da empresa armadora MCS pertencem à nova categoria de navios que operam pela costa brasileira e pas-sarão a ser cada vez mais frequentes no Porto de Itajaí. A atracação ocorreu em Navegantes, já que o armador mantém serviços regulares na margem esquer-da. Héder acredita o a partir destas operações-teste terá pelo menos um na-vio deste porte por semana na margem esquerda, mas com iguais condições e

expectativas positivas para a realização de escalas na margem direita. O superin-tendente do Porto de Itajaí, engenheiro Antônio Ayres dos Santos Júnior, explica que a confirmação da viabilidade técni-ca para o Complexo de Itajaí operar com segurança este porte de navios é resul-tado de um trabalho em conjunto com as autoridades portuária e marítima, prati-cagem e terminais portuários de Itajaí e Navegantes.

SUPLEMENTO NEWS - PORTO DE ITAjAí

NOVA CONFIGURAÇÃO

Complexo do Itajaí recebe navio com 304 metros de comprimento

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Uma comitiva da guarda costei-ra americana acaba de vistoriar o Porto de Itajaí para conhecer os

procedimentos de segurança adotados pelo porto público e demais terminais que compõem o complexo portuário. A delegação era formada pelos oficiais Eric M. Carrero, Sharmine Jones, John Hurst, Steve Barry, que estavam acompanhados do coordenador da Comissão Estadual de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis (Cesportos/SC), Ricardo Garcia Duarte,e do gerente de Segurança do Porto de Itajaí e membro da Cespor-tos/SC, Roberto Carlos Cunha, além de re-presentantes dos setores de segurança da APM Terminals Itajaí, Portonave Terminais Portuários Navegantes e Teporti.

Os procedimentos em Itajaí envolveram visitas técnicas ao porto e terminais, além de reuniões com os responsáveis pelos setores de segurança das respectivas en-tidades e vistorias aos equipamentos e procedimentos de segurança utilizados no complexo. “Essa visita é muito importante para nosso complexo, uma vez que tere-mos a possibilidade de trocarmos experi-ências e adquirirmos um pouco do know--how da guarda costeira norte-americana, país que implantou o ISPS Code, código de segurança que rege nossos procedimentos

nesta área”, disse o superintendente do Porto de Itajaí, Antonio Ayres dos Santos Júnior, na recepção da delegação. Também estiveram presentes na recepção aos ofi-ciais os superintendentes da APM Termi-nals Itajaí, Ricardo Arten, e Teporti, Júlio D´Ávila, além de representantes da Dele-gacia da Polícia Federal de Itajaí.

Guarda Costeira Americana vistoria Porto de ItajaíISPS CODE

SUPLEMENTO NEWS - PORTO DE ITAjAí

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O qUE é ISPS CODE? Trata-se do Código Internacional para prote-ção de navios e instalações portuárias (Inter-national Ship and Port Facílity Security Code). O código é uma norma internacional de segu-rança para controle de acessos e monitora-mento. No Brasil, as inspeções dos terminais e a concessões dos certificados são responsabili-dade da Comissão Nacional de Segurança Pú-blica nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis (Conportos), seguindo o código internacional passado pela Organização Marítima Interna-cional (IMO, na sigla em inglês).

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Os terminais do Complexo Portuário da Babitonga, no Norte de Santa Catarina, foram autorizados pela

Marinha do Brasil a receber embarca-ções no período noturno, consolidando as operações com navios de grande porte. A portaria nº 48/CPSC, de 17 de outubro de 2012, assinada pelo Capitão dos Portos de Santa Catarina, Cláudio da Costa Lisboa, estabelece novos parâmetros operacionais para movimentação de navios nos portos de Itapoá e São Francisco do Sul, onde está localizado o Terminal Portuário Santa Catarina (Tesc).

A portaria autoriza a realização de mano-bras noturnas nos terminais do Norte do estado por um período de 60 dias, permi-tindo a operação de navios com até 286

metros de comprimento e 40 metros de largura. Após esse período experimental, a Autoridade Portuária deverá apresentar um relatório técnico com aspectos obser-vados para subsidiar a homologação dos novos parâmetros de navegação.

INVESTIMENTOS

Dessa forma, a Baía de Babitonga se con-solida como destino entre os portos bra-sileiros. Além disso, a condição climática extremamente favorável e os investimen-tos constantes em infraestrutura e equi-pamentos vêm atraindo exportadores e armadores. “O Tesc hoje não tem qualquer restrição de janela de atracação e de volu-me”, explica José Eduardo Bechara, diretor superintendente do Tesc.

PARÂMETROS OPERACIONAIS

Porto de São Francisco do Sul é autorizado a receber embarcações no período noturno

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Com um crescimento médio de 19% nos últimos 12 meses, a DC Logistics Brasil tem se tor-

nado referência no estado de São Paulo por conta da ampliação da car-teira de clientes e pela estrutura que contempla dois escritórios: um na ca-pital e outro em Campinas, com foco no atendimento personalizado do interior paulista. “A região tem for-te potencial para nossas atividades e tem percebido experiência e qualida-de no nosso trabalho. Estamos forte-mente posicionados, com uma equipe competente, para atender negócios em qualquer escala”, diz o managing director, Ivo Mafra.

Fundada em 1994, a DC Logistics Bra-sil é uma consolidada companhia que atua no gerenciamento logístico do transporte internacional. Possui uma rede de agentes para oferecer um serviço global, com follow-up pro-ativo, flexibilidade às necessidades dos clientes e ferramentas online de acompanhamento de cargas.

Para a empresa ThyssenKrupp Brasil, por exemplo, a DC trabalhou jun-to aos processos de exportação nos modais marítimo e aéreo. A atuação gerou redução no percentual de cus-to do frete internacional e simplificou a operação, principalmente nos pro-cessos de exportação marítima. “O que foi combinado na negociação foi cumprido na execução dos processos, evitando assim custos adicionais no destino, principalmente demurrage, que constantemente eram gerados com o antigo fornecedor”, afirma a analista de Comércio Exterior, Mayara Araújo Silva.

A analista da ThyssenKrupp Bilstein complementa que a empresa busca trabalhar com agentes que tenham facilidade na comunicação, pois ne-cessitam receber o status dos proces-sos de forma precisa, seja através de

sistema ou através de comunicados via e-mail, sem que haja necessidade de solicitação desses dados.

A EMPRESA

A DC Logistics Brasil propõe soluções diferenciadas, trabalhando em escala nacional e contando com unidades próprias em São Paulo (SP), Campi-nas (SP), Itajaí (SC), Curitiba (PR), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Vi-tória (ES) e Rio de Janeiro (RJ). Isto proporciona agilidade e assegura im-portantes ligações entre os principais polos logísticos nacionais e interna-cionais. Os colaboradores são pro-fissionais capacitados em gerenciar prazos, custos e qualidade e compro-metidos com atividades ligadas ao meio ambiente, com a realização do Programa de Responsabilidade So-cioambiental. Do plantio de mudas à limpeza de praias, as ações envolvem a comunidade e a natureza. A DC Lo-gistics Brasil possui certificação ISO 9001:2008 desde dezembro de 2002, ligada ao gerenciamento de serviços em transporte (rodoviário, aéreo e marítimo), logística de cargas inter-nacionais e seguro de cargas.

ATENDIMENTO PERSONALIZADO

DC Logistics Brasil registra quase 20% de crescimento em São Paulo

Managing director, Ivo Mafra

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AFederação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) manifes-tou preocupação com o fim do

Sistema Geral de Preferências (SGP), que assegura redução da tarifa alfan-degária de produtos brasileiros na Eu-ropa, durante encontro com represen-tantes do Parlamento Europeu para as Relações com o Mercosul, promovido em Florianópolis. O acesso diferen-ciado ao mercado europeu, com tarifa zero, está programado para encerrar em 2014 e as empresas brasileiras pre-cisam estar atentas a isso, pois seus produtos ficarão mais caros e, assim, menos competitivos na Europa.

Segundo o Ministério do Desenvolvi-mento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o funcionamento do Sistema Geral de Preferências (SGP) foi idea-lizado no âmbito da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e De-senvolvimento (UNCTAD), tendo como base a lógica cepalina, preconizada pelo economista argentino Raul Pre-bisch. O SGP foi assim idealizado para que mercadorias de países em desen-volvimento pudessem ter um acesso privilegiado aos mercados dos países desenvolvidos, em bases não recípro-cas, superando-se, dessa forma, o pro-blema da deterioração dos termos de troca e facilitando o avanço dos países beneficiados nas etapas no processo de desenvolvimento.

Por meio do SGP, certos produtos, ori-ginários e procedentes de países be-neficiários em desenvolvimento (PD) e de menor desenvolvimento (PMD) re-cebem tratamento tarifário preferen-cial (redução da tarifa alfandegária) nos mercados dos países outorgantes desse programa: União Europeia (27 Estados Membros), Estados Unidos (inclusive Porto Rico), União Adua-neira da Eurásia (Cazaquistão, Rússia e Belarus), Suíça, Japão, Turquia, Ca-nadá, Noruega, Nova Zelândia, e Aus-trália (este último concede o benefício

apenas aos PMD do Pacífico Sul).

O presidente do Parlamento Parlamen-to Europeu para as Relações com o Mercosul, Luís Yañez-Barnuevo García, afirmou que o fim do Sistema Geral de Preferência é uma decisão complexa, pois hoje a união europeia olha o Bra-sil como um sócio e um aliado estraté-gico. “Isso não é retórico. A escolha de sócios estratégicos demonstra a aten-ção dada pelo bloco. O Brasil é uma po-tência atual que tem papel importante na sociedade internacional. Questões multilaterais são muito importantes trabalhar em conjunto”, disse.

O diretor de Relações Industriais e Institucionais da Fiesc, Henry Quares-ma, enfatiza que é uma relação salutar que o estado mantém com a Europa. A Fiesc é a entidade no sistema in-dústria que tem mais projetos com o programa da União Europeia Al Invest. “Embora a Europa esteja vivendo um momento de grande desafio no plano econômico, o encontro foi muito im-portante para Santa Catarina e para o Brasil porque o Parlamento Europeu tem papel decisivo na aprovação ou

ACORDO BILATERAL

Fiesc mostra preocupação com o fim do Sistema Geral de Preferências

Diretor de relações industriais e institucionais da Fiesc,

Henry Quaresma

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rejeição de uma série de assuntos estratégi-cos, como o acordo de cooperação Mercosul e União Europeia”, explicou.

ACORDO

Independente do anúncio do fim do Sistema Geral de Preferência, desde 2010 os países membros do Mercosul e da União Europeia estão negociando um acordo de livre--comércio entre os dois blocos. Conforme informações do MDIC, desde a retomada das negociações as conversas têm se con-centrado na elaboração do marco norma-tivo, etapa em que são definidos acesso a mercados, defesa comercial, concorrência e investimentos.

De acordo Jean Pierre Audy, vice-presidente da delegação do Parlamento Europeu para as Relações com os Países do Mercosul, que viajou ao país, o Brasil tem indústrias de qualidade e um sistema político sólido, mas a imagem do Mercosul está “degradada”. “O Uruguai continua sendo um paraíso fiscal, a Argentina expropriou empresas europeias (inclusive uma empresa petroleira da Es-panha), e o Brasil suspendeu os direitos de voto do Paraguai no Mercosul, o que nos coloca interrogações quanto à solidez do bloco”, argumentou, destacando que para se fechar um acordo é necessária a confiança mútua e a concordância dos cidadãos.

A vinda da delegação europeia a Santa Catarina é um desdobramento da missão

ao continente chefiada pelo presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, em julho, quando a entidade esteve na Comissão Europeia e no Parlamento Europeu, em Bruxelas.

BALANÇA

Apesar da crise na Europa, as exportações catarinenses ao bloco somaram US$ 2,28

bilhões em 2011. O valor representa 25% de tudo o que o estado embarcou no período. Os principais produtos foram carne de fran-go, fumo e blocos de cilindros e cabeçotes para motores. No ano passado, as importa-ções do estado vindas da União Europeia somaram US$ 1,97 bilhão. O número repre-senta 13,3% de todas as compras externas de Santa Catarina no período.

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* Wagner Antônio Coelho

No mesmo ano em que ingressaram os primei-ros contêineres no Brasil, mais precisamente em 17 de dezembro de 1965, foi publicada a

primeira norma brasileira para tratar da movimen-tação de cargas por meio de receptáculos, então denominados cofres de cargas, por meio da Lei nº 4.907/65, que previa a utilização dos cofres de carga nos transportes aquático, terrestre e aéreo, em linhas nacionais e internacionais e classificava o equipa-mento como acessório do veículo transportador.

Importante ressaltar que, além de ser a primeira norma brasileira na história, com objetivo de dis-ciplinar a utilização deste equipamento no Brasil, esta foi a única norma específica a tratar somente de cofres de carga (contêineres) no país, visto que as demais normas posteriores dispuseram sobre o transporte multimodal de cargas e englobaram o tema sobre contêineres.

As benesses fiscais incidentes sobre o equipamento foram inseridas pela Lei 4907/65, já naquela épo-ca. Devido à importância identificada na utilização deste equipamento no transporte de cargas inter-nacional, criou-se disposição com relação à isenção de tributos federais para o equipamento, quando em trânsito internacional, observado o regime de franquia aduaneira.

Essa isenção não se aplicava aos equipamentos importados para utilização em território nacional,

visto que havia distinção na norma em relação ao transporte internacional e nacional. Em razão disso, previa-se a possibilidade de isenção, na importação de contêineres para utilização no transporte nacio-nal de cargas, desde que não tivesse similar nacio-nal registrado ou que não pudesse ser fabricado no Brasil. Além disso, para o uso no transporte interno de mercadorias havia isenção das Taxas de Marinha Mercante e de Melhoramento dos Portos.

No ano seguinte, foi publicado o Decreto nº 59.316, de 28 de setembro de 1966, com objetivo de regu-lamentar o uso dos cofres de carga previstos na Lei 4907/65, que determinava que os cofres de carga tivessem suas características normalizadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, mas, en-quanto não tivessem fixadas em Normas Brasileiras as características dos cofres de carga, seriam obser-vadas as normas internacionais recomendadas pela I.S.O. (International Standards for Organization).

No regulamento havia disposição no sentido de que o Ministério da Fazenda estudaria critérios de incentivos fiscais às firmas que se constituírem para o fim exclusivo de locação de cofres de carga em operações domésticas setoriais ou intersetoriais.

Muitas modificações foram realizadas na legisla-ção até os dias de hoje, com destaque para a Lei 9611/98. Porém, percebe-se um grande retrocesso se compararmos a previsão contida nas primeiras

normas editadas sobre o tema, no sentido de pro-teger as empresas nacionais com fim exclusivo de locação de contêineres para o transporte domésti-co de mercadorias.

Atualmente, as normas de controle aduaneiro edi-tadas pelo Ministério da Fazenda dificultam o de-senvolvimento produtivo desse setor, em razão da carga tributária incidente sobre a nacionalização do equipamento para que as empresas nacionais possam ter a propriedade das unidades de carga para locá-las para o uso no transporte doméstico de mercadorias.

* Wagner Antônio Coelho, advogado inscrito na OAB/SC19654, especialista em Direito Aduaneiro e Comércio Exterior, sócio do escritório Guero e Coelho Advogados Associados – OAB-SC 1042-2005, con-sultor de tradings companies e empresas ligadas ao comércio cxterior, presidente da Comissão de Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário da OAB/SC Itajaí--SC, vice-presidente da Comissão Estadual de Direito Portuário, Marítimo e Aduaneiro da OAB/SC, profes-sor do MBA em Importação e Internacionalização de Empresas e da Especialização em Direito Aduaneiro e Comércio Exterior, ambas da Univali.

A primeira norma brasileira sobre contêineres

ARTIGO

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Onovo terminal de exportação de grãos em São Luís, no Maranhão, elevará a capacidade do Porto de

Itaqui para 15 milhões de toneladas por ano em 2020. Hoje, são 2,5 milhões de toneladas movimentadas anualmente no terminal maranhense. O objetivo das auto-ridades é de que Itaqui seja, nos próximos anos, um dos portos brasileiros com maior capacidade instalada para armazenagem e exportação de soja, milho e farelo, criando uma alternativa de logística para produto-res do Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

O projeto está sendo instalado ao lado dos gigantescos terminais de minério de ferro da Vale. O Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram) “vai criar nova logística e gerar economia para produtores de grãos do Arco Norte do país”, oficializou a Empresa Mara-nhense de Administração Portuária (Emap), em nota. A empresa estima que, quando o Tegram estiver operando em sua capacidade plena, cerca de 11,5% da produção de grãos do Brasil deverá passar pelo Porto de Itaqui.

ESCOAMENTO

A operação de navios deverá se beneficiar de um dos calados mais profundos do país,

facilitando o acesso de navios pesados e de grande porte. O porto maranhense está conectado à malha ferroviária da Vale e deverá ajudar o escoamento de grãos de novas fronteiras agrícolas como Mara-nhão, Piauí e Tocantins (Mapito), através

da ferrovia Norte-Sul, que cruza estas regiões e está em expansão. Atualmente, boa parte da produção de grãos do Centro--Oeste brasileiro é escoada para os portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR), primor-dialmente em caminhões.

Novo terminal elevará capacidade de Itaqui para 15 milhões de toneladas por ano

EXPORTAÇÃO DE GRÃOS

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A13ª Expo Scala, feira de negócios, re-lacionamento e ciclo de palestras, re-alizada nos dias 06 e 07 de novembro,

reuniu cerca de 4.200 mil pessoas nos dois dias do evento que discutiu os novos rumos

da logística e do comércio exterior na Re-gião Metropolitana de Campinas (SP). A fei-ra contou com a participação de empresas como UTI, Gelog, Jas, DHL, Panalpina e Bra-siliense. No ciclo de palestra e painéis foram

discutidos temas como perspectivas do novo Viracopos para carga aérea, apresentada pelo gerente de Novos Negócios da Aeroportos Brasil Viracopos, Aluizio Margarido, que cau-sou grande repercussão na mídia.

EXPO SCALA

Feira de negócios reúne mais de 4 mil pessoas em Campinas

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A Randon participou da Feira Inter-nacional de Logística, Transporte e Comércio Exterior (Logistique),

entre os dias 23 e 26 de outubro em Chapecó (SC). A empresa mostrou para o mercado parte de seu portfólio da Linha R, através de um semirreboque frigorífico gancheiro e paleteiro e de dois semirreboques frigoríficos paletei-ros (um para 28 paletes e outro para 30 paletes), do semirreboque graneleiro, de um semirreboque basculante areia e brita e de um semirreboque base de contêiner.

A participação da Randon na feira, pela primeira vez como fábrica, reforçou os diferenciais tecnológicos dos produtos da Linha R e a intensificação da atua-ção da marca Randon em Santa Catari-na. Instalada desde novembro de 2011 na cidade de Chapecó, focada inicial-mente na fabricação de semirreboques frigoríficos, a Randon Brantech Imple-mentos para o Transporte Ltda vem au-mentando gradativamente sua gama de produção e se transformando em uma fábrica capacitada a atender todo o mercado brasileiro em suas linhas de produção.

Em sua terceira edição, a Logistique reuniu 180 expositores, cerca de 15 mil compradores e negócios estimados em R$ 120 milhões. Entre os quatro prin-cipais grupos expositores estava o de transporte e logística, que apresentou caminhões e implementos, pneus, peças e acessórios, combustíveis e derivados,

transportadores e operadores multimo-dais de carga.

Maior fabricante de reboques e semir-reboques na América Latina, a Randon S.A. há mais de 60 anos fabrica diferen-tes tipos de equipamentos entre semir-reboques, reboques e carrocerias, nas modalidades graneleiros, carga seca, tanques, basculantes, silos, frigoríficos, canavieiros, florestais, siders e furgões. No segmento ferroviário de carga, a Randon fabrica vagões dos tipos ho-pper, gôndola, tanque, carga geral, pla-

taforma e sider, entre outros. A empresa conta com mais de 320 mil unidades fabricadas e participação ex-pressiva que mostra a sua importância na história da expansão do transporte rodoviário de cargas no país e no ex-terior. No mercado internacional, onde atua há quatro décadas, a empresa marca presença com seus produtos em mais de 70 países para onde já expor-tou mais de 50 mil unidades. A marca Randon responde por mais de 70% das exportações de implementos rodoviá-rios do Brasil.

LOGÍSTICA E TRANSPORTE

Randon expõe na Logistique em Chapecó

O gerente de marketing José Luiz Cipolla, os consultores de vendas Ivan Augusto Oliveira, Rui Pasinato e João Ivanor de Oliveira, e os

representantes Cristiano de Moura e Rodrigo Zoccoli

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Diário de Bordo

MODERNIZAÇÃO DE RIO GRANDE A licitação para modernização do cais do Porto Novo de Rio Grande, no sul do Rio Grande do Sul, deve sair até o final do novembro. Em reunião realizada em Brasí-lia, o secretário de Infraestrutura gaúcho, Beto Albuquerque, recebeu a garantia da Secretaria de Portos, ligada à Presidência da República. Orçado em cerca de R$ 140 milhões, o investimento prevê a reconstru-ção de 1.125 metros de cais, permitindo que o espaço receba operações de maior porte. Se o cronograma for cumprido, os trabalhos devem começar entre março e abril, com previsão de término para 2014.

BRASIL FOODS NA CHINAA BRF - Brasil Foods deverá iniciar a cons-trução de uma unidade de processamento de carnes de aves e suínos na China no fim de 2013. O investimento será realiza-do em parceria com a chinesa Dah Chong Hong (DCH), controlada pela estatal Citic Pacific, com a qual a companhia brasilei-ra começou a operar uma joint venture no início deste ano. De acordo com Antônio Augusto de Toni, vice-presidente de mer-

cado externo da BRF, o plano é que a nova unidade comece a rodar no fim de 2014. A BRF - Brasil Foods uniu forças com a DCH com o objetivo inicial de conquistar mais espaço para seus produtos no mercado chinês. A construção de uma fábrica para agregar valor à carne in natura exportada para a China estava nos planos das par-ceiras antes mesmo de a joint venture ser oficializada, mas até agora não havia no-tícias sobre a confirmação do projeto.

JBS COMPRA AGROVêNETO EM SCO frigorífico JBS anunciou nova aquisição no segmento de aves no Brasil. A empresa comprou 100% do frigorífico catarinense Agrovêneto por R$ 128 milhões. A unidade da Agrovêneto, localizada em Nova Vene-za (SC), será a quarta do JBS para proces-samento de frango no Brasil. A empresa entrou neste segmento no país em maio deste ano, quando arrendou três unidades da Doux Frangosul. A operação da Agro-vêneto adiciona um faturamento anual de R$ 300 milhões e uma capacidade de abate de 140 mil aves ao dia ao JBS. Hoje, a unidade funciona com uma ocupação de

50% da capacidade, um número que o JBS pretende elevar para próximo de 100% quando assumir o negócio, em um movi-mento parecido ao que fez com as opera-ções da Doux Frangosul.

TEMPORADA MUNDIAL DE CAFéA produção de café da temporada mundial 2012/13, que começou em outubro, foi pro-jetada pela Organização Internacional do Café (OIC) em cerca de 147 milhões de sacas, 9,3% mais que as 134,5 milhões de 2011/12. A maior parte desse crescimento pode ser creditada ao ciclo bienal da produção de café arábica no Brasil, que foi de menor produti-vidade em 2011/12 e é de rendimento mais elevado nesta temporada. O país é o maior produtor e exportador global de arábica. A colheita no Vietnã, maior produtor mundial de café robusta, é estimada em mais de 24 milhões de sacas, um novo recorde histórico. Já o consumo mundial de café deverá crescer neste ano em relação às cerca de 139 milhões de sacas de 2011, segundo a OIC. A entidade não mensurou esse aumento, mas informou que a relação entre oferta e demanda deverá permanecer relativamente apertada.

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