Informativo IQ - Dezembro 2014

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  • 7/24/2019 Informativo IQ - Dezembro 2014

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    Ano VI - n 83 | Dezembro de 2014

    Toda MdiaCientistas competem pela foto mais bonita

    Como forma de estimular

    inda mais as pesquisas em bases

    de patentes, o Instituto Nacional

    NPI oferece tutoriais sobre patentesde Propriedade Industrial (INPI)

    oferece gratuitamente trs arquivos

    com tutoriais de busca avanada...

    LEIA MAIS

    Alunos de graduao tambm publicam, revisam e editam artigos cientfcos...Jovens

    estudantes

    de vrias

    partes do

    m u n d o

    tm se or-ganizado

    ao redor

    de revistas cientficas voltadas

    apenas para a produo aca-

    dmica de graduandos, como

    espao para divulgar suas pes-

    quisas, mas sobretudo como es-

    tratgia de aprendizado e capa-citao de futuros professores...

    LEIA MAIS

    Microscopia de varredura com microesferas de cromo metlico sobre um substrato dexido de alumnio. Foto: Osvaldo Mitsuyuki Cintho/ CNPq.

    Com o aumento do CO2 no ar

    que respiramos, muitos estudos para aproduo de petrleo tem procurado oemprego do CO

    2como matria prima.

    O Laboratrio de Catlise e Ener-gia Sustentvel (LACES/ IQ) tem bus-cado alternativas, regenerando catali-sadores contendo coque ao invs de ar.

    Na entrevista ao Ponto de Vis-a, seu Coordenador, Professor

    Marcelo Maciel Pereira, d deta-hes do seu trabalho. LEIA MAIS

    - 8 Simpsio Nacional de Biocombustveis, em 15-17/4/2015. Local: Centro de Eventos do Hotel Paiagus,Cuiab (M).Ver: http://www.abq.org.br/biocom/

    - 38 Reunio Anual da SBQ, em 25-28/5. ema: Luz,Qumica, Ao. Local: guas de Lindia, SP.Ver: http://www.sbq.org.br/38ra/

    - VIII Olimpada Brasileira de Qumica Jnior - Fase I,em 7-8. Inscries em 1/6-4/7.Ver: http://www.obquimica.org

    - Olimpada Brasileira de Qumica-2015, em 29/8.Inscries at 22/8.Ver: http://www.obquimica.org

    - XX Simpsio Nacional de Bioprocessos e XI Simpsiode Hidrlise Enzimtica de Biomassa, em 1-4/9. Local:Hotel Praia Centro, Fortaleza (CE).Ver: http://2015.sinafermsheb.com.br/

    Agenda

    Por dentro do IQ

    Ao mesmo tempo em queupercmeras e supermicros-

    cpios ajudam a enxergar anatureza cada vez melhor, elasabrem oportunidade de cientis-as debutarem como artistas e

    exporem sua obra.O pesquisador Osvaldo

    Mitsuyuki Cintho, da Universi-dade Estadual de Ponta GrossaPR), autor da foto ao lado, pes-

    quisa engenharia de materiais eobservou o cromo metlico so-bre xido de alumnio. A ima-gem sugeriu uma superfcieerrestre. LEIA MAIS

    Capas dos peridicos cientficos.

    Produzir petrleo a partir do CO2

    Pesquisa traa perfl de

    alunos das universidades

    federais LEIA MAIS

    Grfico: Nuno Batalha, pesquisador do LACES/IQ.

    Outros DestaquesPatentes em 2014 (Depsitos)

    Defesas de DezembroMonografias, dissertaes e teses -LEIA MAIS

    http://www.jornaldaciencia.org.br/edicoes/%3Furl%3Dhttp://jcnoticias.jornaldaciencia.org.br/10-inpi-oferece-tutoriais-sobre-patentes/http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php%3Fpid%3DS0009-67252014000400006%26script%3Dsci_arttexthttp://www.abq.org.br/biocom/%0Dhttp://www.abq.org.br/biocom/%0Dhttp://www.sbq.org.br/38ra/http://www.sbq.org.br/38ra/http://www.obquimica.org/http://www.obquimica.org/http://www.obquimica.org/http://www.obquimica.org/http://2015.sinafermsheb.com.br/%0Dhttp://2015.sinafermsheb.com.br/%0Dhttp://www1.folha.uol.com.br/fsp/cienciasaude/204682-cientistas-competem-pela-foto-mais-bonita.shtmlhttp://www1.folha.uol.com.br/fsp/cienciasaude/204682-cientistas-competem-pela-foto-mais-bonita.shtmlhttp://www.jornaldaciencia.org.br/edicoes/%3Furl%3Dhttp://jcnoticias.jornaldaciencia.org.br/6-pesquisa-traca-perfil-de-alunos-das-universidades-federais/http://www.jornaldaciencia.org.br/edicoes/%3Furl%3Dhttp://jcnoticias.jornaldaciencia.org.br/6-pesquisa-traca-perfil-de-alunos-das-universidades-federais/http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cienciasaude/204682-cientistas-competem-pela-foto-mais-bonita.shtmlhttp://2015.sinafermsheb.com.br/%0Dhttp://www.obquimica.org/http://www.obquimica.org/http://www.sbq.org.br/38ra/http://www.abq.org.br/biocom/%0Dhttp://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php%3Fpid%3DS0009-67252014000400006%26script%3Dsci_arttexthttp://www.jornaldaciencia.org.br/edicoes/%3Furl%3Dhttp://jcnoticias.jornaldaciencia.org.br/10-inpi-oferece-tutoriais-sobre-patentes/
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    Ponto

    de

    Vista

    Marce

    loM.Pereira

    Produzir petrleo a partir do CO2

    A preocupao em minimizar o impacto sobre o meio am-

    biente visvel nos estudos e na pesquisa realizada pelo LACES/

    IQ. Ao tratar do assunto, seu Coordenador, Professor Marcelo M.

    Pereira, explica tambm o mtodo alternativo que o Laborat-

    rio e seu grupo de colaboradores desenvolveram para a obten-

    o de compostos da gasolina a partir da biomassa da cana

    de acar.

    Marcelo M. Pereira tem,por losoa, ver os catalisadoreservindo para alguma coisa. Porsto, as pesquisas desenvolvidas

    no Laboratrio de Catlises eEnergia Sustentvel (LACES/DQI/IQ) por ele e seu grupo decolaboradores visam contribuirpara uma renaria do futuro,com uma estrutura semelhante atual.

    Na sua proposta, ele destacars pontos distintos que podemmpactar profundamente naemisso de gases e na produode combustveis mais limpos. Apremissa se baseia em trs pilares:) A integrao de correntes mi-

    nimizando as emisses de gasese produzindo produtos simultane-amente como, por exemplo, nosrabalhos com CO

    2 e SO

    2, que

    produzem CO e enxofre parausos sequenciais; 2) A produode combustveis da biomassa deegunda gerao. Neste caso,

    a biomassa transformada pre-viamente em bio-petrleos quepodem ser processados purosou co-processados e, depois, emcombustveis tradicionais utilizan-do condies e catalisadoresemelhantes aos da indstria do

    petrleo; e 3) O preparo de cata-sadores com melhor performan-

    ce cataltica utilizando compos-os da biomassa.

    Alm disto, o LACES atua emestudos que tentam fundamen-ar as reaes qumicas sobre os

    catalisadores bem como, pro-priamente, os diversos aspectosenvolvidos nos catalisadores.

    Por m, diz o pesquisador,quero registrar meus agradeci-mentos a todos que trabalhamno Laboratrio, aos parceiros noBrasil e no exterior. No somentepelo trabalho, ideias e dedica-o, mas por tornar o dia a diano Laboratrio alegre e tornar aatividade de pesquisa, alm deabrangente, divertida.

    Informativo IQ - Tradicionalmente, a indstria qumica bemcomo a produo de petrleo no privilegiam processos queutilizem o CO

    2como reagente. Muito menos processos qumicos

    que busquem integrar o CO2retirado da atmosfera ou produzido

    na sua cadeia produtiva. De que maneira a pesquisa do LACEStem contribudo para esta nova estratgia?

    MARCELO MACIEL PEREI-RA - Hoje claramente aceito queo aumento de CO

    2na atmosfera

    relacionado fontes antropog-nicas. Ainda cabe ressaltar que detodo CO

    2produzido pelo homem

    bem menos do que 1% recicladoou utilizado como matria primanos processos de produo. Por-tanto, inserir o CO

    2como insumo

    na indstria qumica vital paraminimizar o impacto do mode-lo de vida atual sobre o planetae que, paradoxalmente, colocaem risco a nossa prpria espcie.

    Ainda importante frisarque no se trata de relacionar oCO

    2 ao aquecimento global por-

    que, se este no for hoje o princi-pal vilo do aquecimento do nos-

    so planeta, apenas uma questo

    de tempo para s-lo. Claro que,quando se utiliza uma estrutu-ra industrial j instalada, muitomais fcil e mais econmico im-plementar projetos desta natureza.

    Sob esta tica existem algu-mas linhas de pesquisa em desen-

    volvimento no LACES: a primei-ra utilizar uma mistura de CO

    2

    e O2 para regenerar catalisadores

    (contendo coque) ao invs de ar,minimizando simultaneamente aemisso de CO

    2e produzindo uma

    grande quantidade para usos se-quenciais. Esta uma molcula es-tratgica e que pode ser utilizada naproduo de metanol, dimetil ter,hidrognio, hidrocarbonetos, ete-no, propeno e etc. Existem outraslinhas em andamento que pensam

    o CO2 como um oxidante brando.

    IQ -Quais seriam as possveis redues de emissodeste gs e os impactos ambientais desta iniciativa?

    MMP - Esta no uma esti-mativa fcil. Por exemplo, somen-te na unidade para produo degasolina, entre 8-10% de toda a

    carga transformada em coque.Assumindo um processamentode 200 mil barris/dia e que meta-de deste coque reaja com o CO

    2

    (hoje tempos nmeros de 80-90% de converso), isto equivaleria

    a 1500 de Carbono, em tornode 5000/dia de CO

    2resgatado.

    Estes nmeros, se aplica-dos de maneira ampla, so com-patveis com um resgate de 5%de todo o CO

    2 produzido no

    mundo.

    Vale lembrar que 50% detodo o CO

    2produzido absor-

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    IQ -Em agosto de 2014, o Encontro Nacional da American Chemical Society (ACS),nos Estados Unidos, reuniu cerca de 12 mil temas relacionados com a qumica eos seus novos campos. O uso da biomassa para a produo combustveis comcerteza foi um deles. A integrao do CO

    2ao processo de reno foi um dos temas

    ali debatidos?

    MMP - Muitas pesquisas esto

    direcionadas para utilizar o CO2como insumo para produo de re-sinas, plsticos e etc. Estas so apli-caes importantes, mas no tm acapacidade de mitigar o CO

    2quando

    comparado s possibilidades que a

    escala da refinaria oferece.

    Processos que utilizam o CO2como oxidante brando tambm es-to em andamento no mundo reve-lando-se, porm, igualmente limita-dos quanto ao impacto de minimizar

    a emisso de CO2. rabalhos que

    busquem integrar o CO2 ao refinono so frequentes.

    LACES.

    vido pelos ciclos do planeta. Por-anto, minimizar o nosso impacto

    sobre o meio ambiente correspondea somar iniciativas para contabili-zar uma reduo em torno de 50%das emisses de CO

    2.

    Nosso papel como Laboratrio apontar solues tecnolgicas. In-felizmente, a soluo poltico-eco-nmica s vir com uma profundaconscientizao da populao.

    Processos que utilizam

    o CO2 como oxidante

    brando esto em an-

    damento no mundo...

    Trabalhos que bus(cam)

    integrar o CO2

    ao reno

    no so frequentes.

    (MMP)

    IQ -O Sr. e seus colaboradores desenvolveram um mtodo alternativo para obtenode compostos da gasolina a partir da biomassa da cana de acar. Explique isto,

    sucintamente.

    MMP - Simples: a fotossn-tese tem a capacidade de produzir

    energia entre 10 e 20 vezes maisdo que toda aquela que utiliza-

    mos no mundo. Portanto, a bio-massa pode ser uma importante

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    IQ -O Laboratrio Multiusurio de Difrao de Raios X, do qual o Sr. o Coordenador,existe desde meados de 2010 e se prope a atender tambm a outros grupos, forado IQ. A experincia tem sido proveitosa?

    MMP - Laboratrios Mul-

    iusurios so a melhor alternativapara alavancar a pesquisa de umanstituio, principalmente para um

    pas com pequeno investimento ehistrico recente em pesquisa comoo nosso. Alm disto, possibilitamao jovem pesquisador iniciar suaspesquisas com menores recursos.

    Arrisco dizer que um jo-vem pesquisador tem entre cin-co a dez anos de sua atividade/produtividade de pesquisa pena-lizada/reduzida apenas para o es-tabelecimento da infraestrutura.

    Este um quadro muito srioporque, alm de impactar direta-

    esquerda, esquema da utilizao do CO2como um oxidante na estrura da refinaria. Autor: Nuno Batalha (in Applied Catalysis B: Environmental, 164 (2015) 225-233).

    direita, conjunto de equipamentos dedicado ao estudo do CO2:1- Unidade geradora de misturas O

    2e CO

    2(m/z=45); 2- Espectrmetro de massas; e 3- Unidade de reao.

    mente no desempenho, pode con-tribuir para a desistncia da carrei-ra de um pesquisador. Sem contaro enorme custo de equipamentosduplicados e etc. Claro este proble-ma s ser resolvido por um planode gesto da instituio e ainda nonvel das Agncias de Fomento.

    fonte de captao de energia doSol e produo de combustveis.

    Mas existe uma questo. Di-ferente dos hidrocarbonetos asmolculas da vida so geralmentemuito mais funcionalizadas, por-

    tanto, muito mais reativas e ain-da podem contribuir muito para

    aumentar a emisso de xidos denitrognio, se queimadas sem cri-trio. Exatamente como est ocor-rendo no Brasil neste momento.

    Logo, inseri-las no proces-so de refino requer sua trans-

    formao prvia em um tipo debiopetrleo, com estabilidade e re-

    atividade compatveis com aquelesprocessos e ainda com separaodos seus constituintes principais.Foi isto que fizemos. Assim, gaso-lina e gs podem ser obtidos quan-do co-processamos estes compostosna presena de hidrocarbonetos.

    IQ -Na sua opinio, o Sr. tem notado a melhoria na qualidade das patentes?

    MMP - No saberia falar deuma maneira geral. Acho que o pri-meiro passo quando se fala em apli-cao tecnolgica a patente. Mas,no Brasil, isto requer algumas mu-danas nos hbitos: do pesquisador,das empresas e da universidade.No estou dizendo que todos tmque direcionar suas pesquisas para

    aplicao tecnolgica. Mas imple-

    mentar patentes em quantidade equalidade vai requerer trs coisas:

    1) A Universidade tem que pro-porcionar ao pesquisador estruturapara redao e depsito de patentes,

    bem como divulgao dos resulta-dos alcanados buscando aproxi-mao com a indstria; 2) As inds-trias precisam arriscar mais e, porconseguinte, aplicar recursos nas

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    MMP -Inicialmente, precisodizer que tanto a criao de novosprocessos como o desenvolvimentodos j existentes podem gerar ino-vao. No primeiro caso, que en-volve grande modificao, so pro-etos de longo prazo, enquanto no

    segundo podem ser aplicados mui-

    to mais rapidamente. Entendo queo Cenpes tem um maior enfoqueno desenvolvimento, mas tambmatua na criao de novos processos.

    importante termos em men-te que processos de refino, a prin-cipal rea aonde se desenvolvem aspesquisas do LACES, so geralmen-te maduros e pouco flexveis. Nos-so Laboratrio tem atuado tanto na

    IQ -A presena da Petrobras tem facilitado a transferncia do conhecimento debancada no sentido de inovaes no mercado?

    criao de novos processos, comono desenvolvimento. A produode combustveis a partir da biomas-sa vai requerer toda uma nova filo-sofia de processamento, transportee produo de combustveis. Por-tanto, um exemplo de inovaopara um cenrio de longo prazo.

    Por outro lado, o laboratrio atuoujunto com o Cenpes no desenvol-vimento de aditivos para a dimi-nuio das emisses de enxofre narefinaria. Este projeto levou entre aescala do laboratrio e a planta pi-loto apenas dois anos e pode chegara refinaria em pouco tempo, logotodas as etapas podero se con-cretizar em menos de cinco anos.

    Por fim, imprescindvel di-zer que, de maneira geral, tenho

    visto progresso nas duas direes:existem contribuies da Univer-sidade que se tornaram possveissomente com a Lei de 1997 (Leino 9.478, de 6/9/1997, que tratada poltica energtica nacional e o

    monoplio do petrleo), tanto emuma quanto na outra atividade.No obstante, do ponto de vista dedesenvolvimento, diversos projetosda Universidade esto em funcio-namento nos trs setores de produ-o da Petrobras: explorao, trans-porte e produo de combustveis.

    IQ - Como tem sido ultimamente a relao do LACES com a Agncia UFRJ deInovao?

    MMP -Muito boa. O pessoal empenhado, mas luta com dificul-dades devido falta de recursos,uma clusula de patentes sobre asredes temticas que no proporcio-

    na retorno financeiro Agncia ouainda devido ao pequeno interessedas empresas em criar novos pro-cessos e novos negcios.

    Acho que vai demorar bastante.Basta comparar nosso parque qu-mico ao da Holanda, da Alemanha,Sua, Frana e EUA e fica realmen-te fcil de entender a distncia que

    o Brasil ainda tem que percorrer.Nestes pases de praxe as Univer-sidades terem uma grande carteirade projetos com as indstrias.

    Da que um volume conside-rvel de recursos vem das empresase, por conseguinte, suporta o me-canismo de criao de tecnologiacomo um todo. A diversidade da

    carteira tambm d uma seguranamuito grande s Fundaes/Uni-

    versidades.

    pesquisas que julgarem pertinentes.Provavelmente uma poltica de go-verno e divulgao das j existentes

    para a classe empresarial ajudariamuito neste sentido; 3) Os pesqui-sadores precisam se aproximar dos

    setores produtivos e adequar a lin-guagem cientifica tecnolgica.

    Patentes em 2014 (Depsitos)A Agncia UFRJ de Inovao, criada em 2007, razoavelmente recente, segundo seu Coordenador,

    Ricardo Pereira, quando comparada s suas congneres da USP, da Unicamp ou da UFMG, por exemplo.Ela responsvel por assuntos relativos proteo da propriedade intelectual que possam, eventualmen-

    e, incidir sobre trabalhos desenvolvidos por pesquisadores/ inventores da UFRJ que pretendem encami-

    nhar seus pedidos de patente ao INPI.

    Ricardo servidor da UFRJ desde 1986 - inicialmente no Ncleo de Inovao Tecnolgica da COPPE

    e est na Agncia desde a sua criao.

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    Ricardo Pereira -No houve propriamente um aumento da demanda em2014 que tenha sido perceptvel pela Agncia. Apesar de muitas consultas por par-te dos pesquisadores, o nmero de pedidos tem se mantido estvel em torno de 30/ano.

    INFORMATIVO IQ -Em 2014, houve um aumento dademanda por pedidos de patente em relao a2013?

    IQ -Neste perodo, alguma patente foi concedida?

    RP -No ano de 2014 foram concedidas quatro patentes tendo a UFRJ comotitular, mas nenhuma para inventores do IQ. importante lembrar que, no Brasil,o processo de exame e deferimento de uma patente leva, atualmente, de dez a 12anos.

    IQ -Como e por que um pesquisador considerado

    um empreendedor? Quando isto acontece?

    RP - Acredito que esta perguntano tem uma resposta nica, pronta.Depende muito do perfil de cada um.Alguns tm mais a vocao para a pes-quisa tecnolgica e outros, para a pes-quisa mais bsica, ambas de igual im-portncia.

    Ricardo Pereira

    mais fcil destacar algumas ati-tudes de pesquisadores e/ou professoresque seriam consideradas empreendedo-ras. Por exemplo, 1) a realizao de par-cerias ou licenciamentos de tecnologiaspara o setor produtivo pblico ou pri-

    vado; 2) a busca pela proteo por pa-

    tentes de seus processos e/ou produtos;3) a participao na criao de empresasspin offs; 4) a realizao de consultorias;5) a participao em eventos da reatecnolgica; 6) a realizao de processosem scale-ups; 7) submisso de projetosa editais, etc.

    Nesta entrevista, ele trata, dentre outros temas, do nmero de pedidos de depsito de patentes en-

    caminhados por pesquisadores do IQ, em 2014. Desde os anos 90, 43 deles foram encaminhados somente

    pelo Instituto, enquanto que a UFRJ detm o total de 430, no mesmo perodo.

    Dois outros tcnicos - Sabrina Dias, qumica e Doutora em Engenharia e David Pinheiro, farmacutico

    e Mestre em Propriedade Intelectual pelo INPI, ambos Agentes de Inovao da Agncia participaram

    da elaborao dos dados.

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    IQ -Em que circunstncias ocorre a co-titularidade?

    IQ - Os pesquisadores/ inventores da UFRJ so, hoje, mais conscientes da suapropriedade ao elaborarem um pedido de depsito?

    RP -Em uma Universidade do por-te da UFRJ, podemos observar perfis emesmo setores completamente distin-tos em relao a esta questo. Avalio,por exemplo, que h uma correlaoestreita entre a forma com que os pes-quisadores agem/reagem em relao aeste tema e a histria da Unidade a quepertencem.

    Existem Unidades que, desde asua criao, j exercitavam algum tipode interao com os chamados agentesdo desenvolvimento econmico e so-cial do pas, ou seja, empresas pblicase privadas e rgos de governo em suas

    diferentes esferas.

    Isto, certamente, deve ter tido re-flexos no comportamento dos pesqui-sadores porque, mesmo antes da legisla-o atual sobre Propriedade Intelectual(Lei n 9.279, de 14 de maio de 1996),em todos os instrumentos jurdicos as-sinados j figuravam clusulas especfi-cas sobre esse tema.

    Com o advento da Lei de Inovao,da criao obrigatria de NI (Ncleosde Inovao ecnolgica) nos IC, e damaior vinculao dos instrumentos defomento e financiamento da pesquisa

    observncia da proteo de certo tipode conhecimento que possa gerar novosprodutos, processos ou servios. Comisto, verificou-se uma maior atenodos pesquisadores sobre a PropriedadeIntelectual relacionada aos resultadosde seus projetos, porm, ainda aqumdo que se poderia esperar da UFRJ.

    O reconhecimento da CAPES,mediante a concesso de pontuao aopesquisador que apresentar pedidos depatente, tambm tem alguma influn-cia, muito embora esta seja uma questoum tanto controversa.

    IQ -Na qumica mais difcil transferir conhecimentos de bancada para novosprodutos no mercado?

    RP -Sem dvida, o setor que en-contra maior dificuldade em transferiro conhecimento gerado nas IC para omercado o de frmacos e medicamen-

    tos. A Qumica, por sua vez, apresentauma variedade de vertentes que podemapresentar maior ou menor facilidadeem ter o resultado de suas pesquisas ab-

    sorvido pelo mercado.

    A transferncia dos resultados depesquisa em petroqumica, por exem-plo, em razo da parceria de dcadas

    RP -A ocorrncia da co-titularida-de bastante frequente na UFRJ, comode resto em outras Universidades e Ins-

    titutos de Cincia e ecnologia (IC).A co-titularidade sobre a PropriedadeIntelectual nada mais do que o reflexo

    da cooperao, atravs da conjugaocomplementar dos perfis de seus pes-quisadores.

    Isto saudvel, seja com empre-sas pblicas ou privadas. Mas tambm

    igualmente importante, uma vez quedemonstra a conexo mais direta daUniversidade com as demandas origi-nrias da Sociedade.

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    Defesas de Trabalhos

    Graduao

    Bacharelado em Qumica

    Estudo da reatividade da atmosfera emdiversos pontos tursticos da cidade doRio de Janeiro durante a Copa do Mun-do FIFA-2014. Autora: Elaine Cesar doCarmo Assumpo de Souza. Orienta-dora: Graciella Arbilla de Klachquin.Em 5/12.

    Curso de Qumica

    PV-GC x GC-OFMS: uma pro-missora tcnica para anlise de bio-marcadores pesados em leos brasilei-ros. Autora: Paula Lopes de Azevedo.Orientadora: Dbora de Almeida Aze-vedo. Co-Orientador: Alessandro Ca-silli , pesquisador. Em 18/12.

    Uso de supressores qumicos na obten-o de dimetilcarbonato a partir de CO

    2

    com catalisadores de estanho. Autora:Tas Gadiole Schontag. Orientadora:ussara Lopes de Miranda. Em 17/12.

    - Caracterizao de ligaes de enxo-fre em aminocidos utilizando tcnicasusuais e no usuais. Autora: Lygia Silvade Moraes. Orientador: Gerardo Ger-son Bezerra de Souza. Em 17/12.

    - Estudo da N-Alquilao do cidoisocianrico e sntese de aminas. Auto-ra: Mnica Rufino Senra. Orientador:Mrcio Contrucci Saraiva de Mattos.Em 10/12.

    - Anlise preliminar de metais prove-nientes de resduos de disparo de armade fogo por eletroforese capilar. Autora:Anna Luiza de Castro Carvalho Maga-lhes. Orientadora: Annelise Casellato.Em 5/12.

    com o setor de petrleo e gs, princi-palmente com a Petrobras, encontrou,certamente, muito menor resistncia doque outros setores.

    J as pesquisas que envolvem, porexemplo, o acesso ao patrimnio genti-

    co do pas, encontram desconfiana porparte do mercado. Isto ocorre devido legislao obtusa e desastrada que pairacomo ameaa sobre a cabea de pesqui-

    sadores, IC e empresas. Felizmente, asituao comea a ser revista.

    De uma maneira geral, indepen-dente da rea, o mercado pode no in-teressar pelo conhecimento gerado nasUniversidades. Por vrias razes, inclu-sive pela diferena cultural entre estaspartes ainda persistir, apesar do esforoque vem sendo feito pelo pas.

    Na pesquisa, dificilmente algosurge pronto para chegar ao mercado.Caber s empresas desenvolver resul-tados, posteriormente, at o estgio deproduto ou processo. Isto no umaatribuio da Universidade.

    Para tal, sero exigidos investi-mentos que, muitas das vezes, os em-presrios no estaro dispostos a fazer.O risco ainda , para boa parte dos em-

    presrios brasileiros, algo a ser evitado.

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    EXPEDIENTEInformativo IQ

    O informativo eletrnico de responsabilidade da Direo do Instituto de Qumica da UFRJDiretora: Cssia Curan urci ([email protected]). Vice-Diretor: Antonio Guerra ([email protected]). Jornalista responsvel: Christina Miguez (Mb

    13.058). Estagirio em Programao Visual: Pedro Henrique Nascimento (Escola de Comunicao/UFRJ).Envie suas dvidas, colaboraes, informes, pautas e sugestes para o INFORMAIVO IQ atravs do e-mail [email protected]

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    Licenciatura em Qumica

    Do uso de ferramentas computacio-nais na facilitao do processo de ensi-no-aprendizagem de qumica. Autora:Talita Stefano Paiva. Orientador: Ri-cardo Cunha Michel. Em 15/12.

    - Anlise amperomtrica acoplada a FIApara a determinao de iodetoutilizadacomo traador em guas produzidas dereservatrios de petrleo. Autor: DaviAugusto Izidro da Silva. Orientadora:Eliane DElia. Co-orientadora: Flvia

    Carvalho de Souza (IFRJ). Em 11/12.

    - Estudo preliminar da deteco deexplosivos orgnicos utilizando a tec-nologia lab-on-a-chip. Autor: Lincolnassi de Miranda Furtado. Orientado-ra: Professora Annelise Casellato. Co--Orientador: Lucas Blanes (US). Em:

    11/12/2014.

    Ps Graduao

    Mestrado

    Encapsulamento da casca da uva Isa-bel para aplicao em espumante ros.Autora: Anna Carolyna Goulart Vieira.Orientadores: Maria Helena Miguez daRocha Leo (EQ-UFRJ) e AlexandreMalta Rossi (CBPF). Programa em Ci-ncia de Alimentos. Em 3/12.

    Doutorado

    Estudo terico do processo de adsor-o e dessulfurizao do tiofeno e seusderivados hidrogenados sobre carbetose nitretos de nibio e vandio: implica-es para o mecanismo de hidrodessul-furizao. Autor: Eugnio Furtado deSouza. Orientadores: Ricardo Bicca deAlencastro e eodorico de Castro Ra-malho (UFLA). Programa em Qumica.Em 17/12.

    - Determinao da composio voltil,no voltil e anlise de resduos de agro-txicos em sucos de uva integrais brasi-leiros. Autora: Andra Aparecida Ribei-ro Alves. Orientadora: Claudia Moraesde Rezende. Programa em Qumica.Em 15/12.