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A alegria de retornar ao seio familiar Página 7 Nossa Voz Informativo Ano 8 – Número 55 – Fevereiro de 2013 Distribuição Gratuita VÍNCULOS RESTABELECIDOS

Informativo - Junho 2013

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Instituto Meninos de São Judas Tadeu / Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus / Ano 8 - Número 55 - Junho de 2013

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A alegria de retornar aoseio familiarPágina 7

Nossa VozI n f o r m a t i v o

Nossa VozNossa VozAno 8 – Número 55 – Fevereiro de 2013

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VÍNCULOSRESTABELECIDOS

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012 Fevereiro de 2013

MISSAS E ATENDIMENTO RELIGIOSOMissas:• Segunda a sexta-feira, às 10h• Sábado, às 10h e 17h• Domingo, às 10h, 12h e 17h30• Dia 21 – missa em memória de pe. Gregório, às 10h• Dia 28 – missa em honra a São Judas Tadeu,

às 10h, 14h30, 17h e 20hAdoração:• Quarta-feira, às 19h e missa às 20h• Sexta-feira e sábado, das 9h às 10hBênçãos e confi ssões:• Diariamente, das 10h às 18hBatizados e Casamentos:• Informações na recepção do IMSJT ou pelo

telefone (11) 5586-8666.

Nossa Mensagem Nossa

EXPEDIENTE

DiretorPe. Lorival João Back,scjJornalistas ResponsáveisElisângela Borges – MTb 51.973Bruno Lourenço – MTb 62.799Designer gráfi coRejane SouzaImpressãoJetgrafi a – Gráfi ca e ServiçosTiragem17.000

Fale conosco:Envie sugestões, opiniões, dicas para:[email protected]

Para doações: Bradesco - ag. 2818-5 | c/c 11.000-0Itaú - ag. 0150 | c/c 73.410-1Instituto Meninos de São Judas TadeuAssociação Dehoniana Brasil MeridionalAv. Itacira, 2801 – CEP.: 04061-003 Planalto Paulista – São Paulo (SP)(11) 5586-8666

Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus

Tempos de consolidação (parte 5)

Em 1970 o IMSJT (Instituto Meninos de São Judas Tadeu) começou a diversificar as atividades com a criação da Creche Padre Gregório Wes-trupp. O espaço foi doado por Tufik Esper Khury, benfeitor e antigo morador. Desde seu início, a creche contou com a colaboração das Irmãs do Sa-grado Coração do Verbo En-carnado, que ficaram respon-sáveis por sua administração até o ano de 2009.

Estimado benfeitor,

“Prestemos atenção uns aos ou-tros, para nos estimularmos na carida-de e nas boas obras” (Hb 10,24). Este é um versículo inspirador. Ele ressoa a voz do Senhor, que chama a cada um de nós a cuidar do próximo de forma solidária e fraterna. Nessa perspectiva, é uma maneira bonita de vivermos, e de convidar nossos amigos e familia-res a se proporem a viver, a partir da Quaresma, que se inicia este mês.

A Páscoa, maior festa para nós, cristãos, é precedida de um tempo for-te de preparação e renovação interior. Vivenciar a Quaresma, com as orien-tações da Igreja Católica, é a melhor forma de preparar-se para a celebra-ção da Páscoa do Senhor. Nosso ideal deve ser a vontade de fazer-nos livres e dispostos para aquilo que realmente é importante na vida, deixando de lado o que aliena e impede de sermos total-mente abertos ao próximo.

Nutro a convicção de que, se re-vivermos a experiência final de Jesus sobre a Terra, uma experiência do-lorosa e sublime, na qual Jesus nos deu o exemplo e o ensinamento mais preciosos para termos uma vida em plenitude, aceitaremos mais serena-mente a “via-sacra” pela qual todos nós passamos. Mas, apesar de tudo, quando estivermos nos caminhos do-lorosos, o imperativo que deve reinar é a certeza da vitória que sempre che-ga, mesmo que às vezes tardiamente.

Nessa profunda aspiração é que a Igreja Católica nos convida a dar

testemunho do que cremos, neste Ano da Fé. Para alegria e estímulo, os cristãos possuem a beleza de ter Jesus como modelo de vida. Ele, o Menino-Deus, quando criança foi servido; e, quando adulto, foi e é o amoroso e generoso servidor de todos os seus irmãos necessitados e desejosos de ajuda. Esse exemplo magnífico perscruta o cotidiano do IMSJT (Instituto Meninos de São Ju-das Tadeu). Com seu apoio, amado benfeitor, atendemos centenas de crianças, adolescentes e jovens que hoje precisam de auxílio. Moldamos seres humanos que, no futuro e no presente, poderão demonstrar ao mundo o amor fraterno.

2013 ficará marcado no Brasil como o Ano da Juventude. A Igreja quer, mais uma vez, revigorar o po-tencial dos jovens na transformação da sociedade. Propõe como tema da Campanha da Fraternidade: “Fraterni-dade e Juventude”; e o lema: “Eis-me aqui, envia-me!” (Is 6,8). Mais ainda: prepara o evento global da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Ja-neiro (RJ). Na disponibilidade que há nos jovens está a ajuda fundamental na construção de um mundo novo.

Enfim, que neste tempo quares-mal Jesus nos ajude a amar o pró-ximo cada vez mais! Com mi-nha estima e minha bênção sacerdotal.

consolidação (parte 5) consolidação (parte 5) consolidação (parte 5)

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Padre Lorival João Back,scjDiretor do IMSJT

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Acolher, amparar e educar crianças, adolescentes e jovens em

situação de risco e de vulnerabilidade pessoal e social, a fim de que

alcancem o pleno exercício de sua cidadania e despertem-se para a

responsabilidade social e a solidariedade humana.

Padre Lorival João Back, scj é dehoniano da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, gaúcho de Crissiumal e décimo filho de Albrecht e Casilda Back. É especialista em Psicopedagogia e sempre atuou em comunidades de vulneração social. Dedicou os primeiros anos de seu sacerdócio na região missionária Alto Alegre do Pindaré (MA). Depois, trabalhou na Paróquia São José de Americanópolis, em São Paulo (SP), onde foi pároco por seis anos, e na coordenação das pastorais sociais da Diocese de Santo Amaro (SP). Desde 2005 é diretor do Instituto Meninos de São Judas Tadeu. Neste livro, ele quis registrar com transparência os fatos históricos e a bela experiência do amor de Deus testemunhada na vida de tantas pessoas generosas.

Terêzia Dias, nascida em Belo Horizonte (MG) em 1951, é jornalista, a primeira dos seis filhos de Dimas e Célia da Silva Dias e mãe de dois filhos. Trabalha há muitos anos na imprensa católica, tendo atuado na revista Família Cristã, na revista IRaoPovo e, mais recentemente, como redatora do departamento de comunicação do Instituto Meninos de São Judas Tadeu. Ao escrever esse livro em parceria com o pe. João Back, ela pretendeu, sobretudo, mostrar como a bondade e a união das pessoas podem construir uma sociedade mais justa, humana e solidária.

“Esta história de várias décadas, regada por tantas lágrimas doloridas e iluminada por muitos sorrisos vitoriosos, fala por si mesma. Contudo, os autores, pe. Lorival João Back e Terêzia Dias, deram palavras e nomes às pessoas e aos fatos, aos sentimentos e aos atos. E aqui está, como resultado, um lindo livro!”Padre Mariano Weizenmann,scj

“O Instituto Meninos de São Judas Tadeu é um oásis singular, entre outros, que restaura a vida das crianças, adolescentes e jovens na cidade de São Paulo. Ele nasceu e vive como fruto da vida e da ação da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus – Dehonianos, que faz pelas crianças, adolescentes e jovens o que lhes é negado pela sociedade e pelo Estado.”Dom Tomé Ferreira da Silva

Nossa missão

Amor restaurador “Do lado aberto de Cristo na cruz, nasce o homem de coração novo”

(Padre Dehon – fundador da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus).

Nossa mística

AmorGratuidadeSolidariedade Fraternidade

IntegridadeBondadeAcolhida

ResponsabilidadeSinceridadeGenerosidadeCidadania

Nossos valores

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Conheça mais lendo o livro: “Uma história de

amor e doação”

Historia

Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução desde que mencionado a fonte. As matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores.

consolidação (parte 5)

Historia

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Nossa

A juventude é o tema do ano na Igreja. É impor-tante ter clareza quanto ao seguinte: não quer di-zer que o tema da juventude reinará absoluto des-locando os demais assuntos importantes da vida eclesial. O tema da juventude aparecerá totalmen-te envolvido na Campanha da Fraternidade (CF) durante a Quaresma.

Vale a comparação. A certa altura da via-gem, o motorista percebe que tomou o senti-do errado. Mas, sem problema, porque adiante deve haver alguma placa indicando a conver-são para retornar ao caminho e assim chegar ao destino.

A Quaresma é o momento de avaliação do ca-minho da vida percorrido pela comunidade e pelo indivíduo. Por menor ou maior que tenha sido o desvio feito na caminhada, existe sempre a chan-ce da conversão para a volta ao caminho seguro.

Logo no início, a Quaresma propõe um sinal para a pessoa mostrar concretamente seu de-sejo de conversão na vida cristã. O sinal é a im-posição de Cinzas. Cinzas não são a conversão, mas indicam externamente a decisão interior de voltar ao Evangelho. Cinzas não são remédio para mal algum, mas mostram que a pessoa vai mesmo se rever e corrigir certos erros orienta-da pelos exercícios da Quaresma. Se por algum motivo alguém não receber as Cinzas, não se apavore. A conversão começa por dentro da gente e esta é a que vale!

A proposta da Igreja no Brasil para o exercício da vida cristã na Quaresma é a CF. Existe quem implique com ela. A CF corresponde ao que a Quaresma pede a cada ano: conversão para ce-lebrar a Páscoa na Ressurreição. Cada ano a CF

apresenta um aspecto concreto da vida cristã e da sociedade que precisa ser avaliado pelas pessoas e pelas comunidades. Neste ano, é para pensar como está a nossa fraternidade com re-lação à juventude. Porque nosso relacionamento com a juventude tem tudo a ver com a fraterni-dade. Como? Toda e qualquer falha contra os jovens, em conjunto como individualmente, vai prejudicar as pessoas e a sociedade. Como tam-bém todo gesto que favorecer a formação dos jovens trará benefícios a todos.

Essa nossa mudança pessoal e comunitária vai acontecendo no decorrer da Quaresma, pela prá-tica dos exercícios quaresmais, nas pregações e nas reflexões. Aos poucos mais e mais as pesso-as se vão convencendo da necessidade de trans-formar o tratamento que prejudica nossos jovens. É o que se chama de processo de conversão. A volta ao caminho certo se realiza aos poucos, mas sempre caminhando.

A transformação que aconteceu nas pessoas durante a Quaresma mostra o resultado na vida de cada dia. Não é que na Páscoa termine o tra-balho de nossa reeducação para as relações com os jovens. Páscoa é vida nova. No tempo da Pás-coa, e pelo o resto do ano, as pessoas procuram viver sua própria transformação que decidiram na Quaresma com ajuda da CF.

Para o final da Quaresma, um teste: “a coleta da solidariedade”. A quantia em dinheiro coloca-da no envelope deve ser o sinal de que a pessoa se convenceu da proposta da CF para a juventu-de e está decidida a viver sua conversão.

A conversão na estrada da vida

Espiritualidade

Padre Augusto César Pereira,scj é dehoniano da Congregação dos Pa-dres do Sagrado Coração de Jesus, jor-nalista, apresentador de programas no rádio e na televisão, escritor e professor. Atuou por vários anos como assessor nacional da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), em Brasília (DF).

013Fevereiro de 2013

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Nossa Gente

Cercada pela Mata Atlântica, riqueza da fau-na e da flora, a diretora da Creche Padre Dehon/Núcleo Marisa, Márcia Regina Bispo de Barros, realiza seu trabalho com muita dedicação e muito amor. Formada em Pedagogia com licen-ciatura plena para Gestão e Educação Infan-til, Márcia começou a trabalhar na Creche em 2009 como coordenadora pedagógica, e, numa oportunidade, em 2011 assumiu a direção.

Casada há seis anos e mãe de Daniel, de dois anos, gosta de brincar com seu filho qua-se todo o tempo em que está em casa. “O amor de mãe é único e indescritível. Sinto que ser mãe me fortaleceu para ajudar as crianças da Creche e também a seus pais na árdua tare-fa de educar”, declara.

A Creche Padre Dehon/Núcleo Marisa fica no bairro de Varginha, na cidade de São Ber-nardo do Campo (SP), e atende 64 crianças com idade de um a três anos, em período in-tegral. Elas recebem cinco refeições diárias e são acompanhadas por 12 profissionais ca-

pacitados que recebem formações contínuas. Cada sala é equipada com materiais diversifi-cados e muitos brinquedos.

O local da Creche é exuberante. Os peque-ninos apreciam as visitas de tucanos, esqui-los e várias espécies de passarinhos, além de brincarem ao ar livre. “O que vale a pena para as crianças é o ‘brincar’, porque na Educação Infantil é primordial”, diz. Para ela, brincando as crianças aprendem tudo de que precisam para se desenvolverem em todos os aspectos.

De acordo com as exigências necessárias, Márcia, como diretora da Creche, segue as normas de funcionamento, tendo como base o manual da Vigilância Sanitária e vistorias reali-zadas por profissionais da Secretaria de Edu-cação do município. A atenção no seguimento às leis é mantida sempre.

Nesse prazeroso trabalho, a diretora carre-ga com ela um estímulo: “Atendemos crianças em situação de vulnerabilidade social, vindas de comunidade que possui situação de penú-

ria. É difícil de encarar esta realidade, afinal, são crianças que já passam por tantas dificuldades. Mas isso não me desanima, e, sim, me encoraja a ter mais empenho, amor, paciência e carinho ao exercer o meu trabalho”.

O que é mais gratificante para Már-cia é ver uma criança sorrindo saudá-vel, longe da rua e do perigo. “Sinto-me feliz e grata pela oportunidade de poder trabalhar com estas crianças. Agrade-ço ao padre João Back, scj, diretor do IMSJT (Instituto Meninos de São Judas Tadeu), por acreditar e manter esta Cre-che. Por aqui já passaram muitas crian-ças, nas quais plantamos boas semen-tinhas, e se Deus quiser muitas outras ainda passarão. Tenho muito orgulho de trabalhar aqui”.

A satisfação de ser diretora

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015Fevereiro de 2013 55Fevereiro de 2013

Podemos considerar que educar não é fácil?Claro, por isso é necessário que os pais se preparem

para serem educadores dos filhos. Ninguém nasce com essa condição, mas tem que desenvolvê-la, porque é preciso muito conhecimento. Diferentemente do passa-do, é preciso desenvolver um projeto educacional e não simplesmente passar valores e achar que educou. Den-tro desse projeto deve haver amor, do contrário fica mais difícil. Não adianta simplesmente falar “sim” ou “não”, é preciso haver um critério; saber o que é saudável e o que não é, o que é esperado, e o que não é. As crianças nascem sem saber nada. É com o que os pais fazem que as crianças se acostumam. Um exemplo: criança nasceu para dormir em qualquer lugar, só que a mãe a acostu-ma a dormir no colo e depois ela não quer mais o berço. E depois fica achando que a criança desde que nasceu nunca aceitou o berço. A mãe, amando a criança, acha que fez tudo bem, mas não fez. Criança que não dorme sozinha é muito dependente, estraga a festa de qualquer adulto. Criança que sabe dormir vai a qualquer festa. Chegou o sono, vai num cantinho e dorme. Criança que não, fica puxando o pai para longe da festa e agarra na mãe, fica mal-educada. Grita, apronta, faz birra. Tudo isso porque ela quer ficar acordada, está com sono, está contrariada, não sabe dormir sozinha. Depende de adul-to para dormir. E ela acha que só pode dormir do jeito que aprendeu, que é no colo.

Nosso Convidado A arte deeducar

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Como fica a vontade dos filhos na relação familiar?É preciso haver limites, senão os filhos começam a man-

dar nos pais. Surge a tirania. Tirania significa ter poder e não ter competência para administrar. Hoje a criança quer um brinquedo e os pais dizem que não podem dar, aí ela faz birra e acaba ganhando; ou seja, os pais não souberam administrar, submeteram-se. Saibam que nenhum filho é im-possível, são os pais que não sabem governar e ficam sob o domínio da vontade – nem é da necessidade – da criança.

É válido os pais dividirem funções para educar os filhos?Os dois têm que ter a mesma função. Tem que até com-

binar, mesmo que o pai queria deixar, a mãe não deixou, não tem que deixar e vice-versa. Porque é muito comum: o pai não deixa, a mãe deixa; a mãe não deixa, a avó deixa; a avó não deixa, mas a empregada faz. Todo mundo falou “não” e quem “faz” põe ao chão tudo. A criança tem que aprender o significado de um “não”. E na casa onde o pai diz “vinho”, a mãe diz “água”, o filho desanda.

Como impor um “não” da melhor maneira? Os pais ficam com medo de contrariar, porque acham que

se contrariar vai traumatizar. Não existe nada no mundo que seja só permissão. Isso é uma falsidade, que os pais acabam passando para os filhos, e com que o filho acaba se acostu-mando. E depois vira esse negócio de que é o filho que não se adapta. E não é. Por exemplo: se o filho já consegue tirar brinquedos da caixa, está na hora de aprender a guardar ao parar de brincar. Criança que não guarda os brinquedos não vai cuidar das próprias coisas, vai ser um bagunceiro. E vai achar que a bagunça é o seu normal: “Eu sou assim”. Não, ele não é assim. Está se comportando dessa forma porque os pais permitiram que ele não tivesse regras.

Qual a melhor forma de exercer autoridade?Ser constante. Se não fez, tem consequência. Ficar bra-

vo. É só combinar, por exemplo: se não guardar o brinque-do, nós vamos dá-lo para uma criança que não tem. Aca-bou a história: “Não guardou? Vou contar até três”. Que é a chance de ela guardar. Se não, perdeu o brinquedo. Pode ser o brinquedo de que seu filho mais goste. Mas os pais não devem esconder o brinquedo, têm que doar esse brin-quedo, a criança precisa saber que o perdeu porque não guardou. E ensine que ao terminar de brincar deve guardar. Se não guardar, vai perder. Se ela perder um, vai pensar duas vezes. Agora, se os pais não tiverem coerência com o que dizem para a criança, na adolescência fica gritante.

A boa educação é base sólida que permite que os seres humanos obtenham uma relação saudável com o próximo. Todavia, o educador, escritor e psiquiatra dr. Içami Tiba explica que educar exige preparo e muito conhecimento.

Podemos considerar que educar não é fácil?

que os seres humanos obtenham uma relação saudável com o próximo. Todavia, o educador, escritor e psiquiatra dr. Içami Tiba explica que educar exige preparo e muito conhecimento.

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016 Fevereiro de 201366 Fevereiro de 2013

Como estabelecer uma relação de amizade e respeito entre pais e filhos?

Quando os filhos fazem o que devem, os pais agra-decem. E se não fazem, os pais devem cobrar. Não pode só existir agrado. Hoje, um grande problema para as crianças é que se acham no direito de tudo. Por exem-plo: um filho faz aniversário e os pais têm que comprar presente para o outro também. Está errado, porque não tem meritocracia. A criança não aprende que no dia do aniversário é o aniversariante que ganha presente. Pais que fazem isso não sabem o projeto de educação que seguem. Se há dois filhos na família, e os dois filhos não são iguais, cada um vai receber o tratamento que mere-ce. Todos têm suas regalias e obrigações.

O fato de uma criança morar apenas com o pai ou com a mãe tem tendência a dar mais trabalho? Isso é mito ou é verdade?

Isso é mito. Porque vai dar trabalho se houver incoerên-cia entre os pais. Mesmo morando juntos ou separados.

Qual análise o senhor faz das crianças de hoje que parecem brincar menos e ter atitudes de adulto cada vez mais cedo?

É um erro, porque a criança está deixando de ser criança. Dão para as crianças diversões de adultos. Hoje as crianças não são levadas a brincar com outras de sua idade e as famílias estão cada vez menores – diferente do tempo de nossos pais e avós que viviam numa gran-de família na qual as crianças não ficavam sozinhas ou com empregadas. Assim, a criança fica em casa sozinha fazendo diversão de adulto. Fica na frente de um com-putador ou com uma babá que não sabe brincar com a criança e acaba deixando-a fazer o que quer. Crian-ça está vendo criança brincar? Não está. Não devia ser comum uma criança de três, quatro anos de idade ter um joguinho eletrônico. Criança tem que brincar com o corpo. Quem não brinca com o corpo, atrofia. Mais tarde terá dificuldades com o próprio corpo. O natural das crianças é brincar. Nós estamos tirando os brinque-dos delas e achando melhor que elas fiquem sentadas, como aleijadas, na frente da televisão.

Como educar filhos com equilíbrio se os próprios pais não tiveram esse exemplo?

Dizer que não tem equilíbrio para educar não existe. O que existe é falta de conhecimento e falta de estudo.

Vão estudar educação de criança. Daí tem muitas coisas que os pais fazem que deixariam de fazer. Os pais fazem muito mais sacrifícios do que precisariam e não fazem as cobranças que são necessárias. Quer uma orienta-ção? Leia o livro Quem ama, educa!.

A primeira infância é um bom momento para os pais começarem a abordar o tema “preconceito” com os filhos para tornarem adultos respeitosos?

Não, porque quem tem preconceitos são os pais. O preconceito é falar de alguém e a gente formar uma imagem antes de conhecer a pessoa. Se uma criança está em casa e os pais recebem alegremente uma visita, e esta é mal recebida pela criança, esses pais falaram mal dessa visita para a criança, antes de ela chegar. A criança ficou com má impressão. A criança não muda de estado de humor rapidinho assim. Mas os pais, ao tocar a campainha, já abrem o sorriso: “Há... seja bem-vindo!... que bom que você veio”. Tudo falso. Então a criança percebe. Se os pais tratam igualmente todas as pessoas (por exemplo: a empregada e o porteiro, que são do convívio diário), estão ensinando que não é para ter preconceito. Pre-conceito não é só contra negro, não. Preconceito é dizer que “eu sou bom” e “você é ruim”. Criança que começou a achar desse jeito já está com preconcei-to. Portanto, preconceito, são os pais que ensinam aos filhos.

Elogiar os filhos ajuda ou atrapalha?Depende, essa é uma resposta variável. Elogio falso

só atrapalha. Tem pais com medo de tornar a criança muito orgulhosa nunca elogia, e a falta de elogios de-precia a criança. Já o excesso de elogio a deturpa.

Qual a melhor forma de os pais lidarem com as fases transitórias dos filhos (criança/adolescência/juventude/idade adulta)?

Tem que perceber a mudança, e, conforme a mudan-ça, imagina o seguinte. Qual a luz certa para acender num quarto, conforme vai ficando escuro? Vai chegar uma hora em que vai precisar de luz forte. Vai chegar uma hora em que nem precisa de luz. Agora, vai dizer acende, fica muito claro, apaga, fica muito escuro. En-tão, não está tendo nuances. As nuances são as mu-danças. Os pais têm que estar atentos às mudanças, as medidas tem que ser móveis.

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017Fevereiro de 2013

Nossas Noticias

A celebração de Natal, na véspera do dia 25 de de-A celebração de Natal, na véspera do dia 25 de de-A celebração de Natal, na véspera do dia 25 de de-zembro, na Capela São José, teve um toque diferente zembro, na Capela São José, teve um toque diferente zembro, na Capela São José, teve um toque diferente com a apresentação do Oratório de Natal. O musical in-com a apresentação do Oratório de Natal. O musical in-com a apresentação do Oratório de Natal. O musical in-terpretou terpretou terpretou

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017Fevereiro de 2013

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018 Fevereiro de 2013018 Fevereiro de 2013

Nossa DicaCuidados contra a dengue

Helena dos Santos é auxiliar de serviços gerais do IMSJT.Be

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Carnaval é alegria! Desejamos que nesse desenho uma criança faça um bonito colorido.

Nossa Arte

O verão chegou, e com ele é preciso cuidados redo-brados com o acúmulo de água parada, que cria am-biente propício para a reprodução do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.

þ No quintal, recolha tudo o que possa acumular água, como tampinhas de garrafa, cascas de ovo, latas, embalagens plásticas, pneus;

þ Garrafas e baldes vazios devem ser guardados de boca para baixo;

þLimpe as piscinas e trate toda semana a água com produtos específicos;

þ Se seu muro é protegido com cacos de vidro, coloque areia naqueles que possam acumular água, assim também

nos pratos de plantas;

þ Lixeiras precisam ser bem tampadas;

þ Se possui plantas que acumulam água, como a bromélia, retire a água das folhas;

þ Mantenha a caixa d’água sempre tampada;

þ Nas calhas, retire folhas, galhos e tudo que possa impedir a passagem de água. E tenha atenção também para retirar a água que pode acumular em lajes;

þ Lave a vasilha de água dos animais, pelo menos uma vez por semana, com água corrente, bucha e sabão.

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