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Erundina Luiza Informativo Um mandato de São Paulo a serviço do Brasil Imprensso Especial 9912170931/2007-DR/BSB CÂMARA DOS DEPUTADOS CORREIOS 2011 ficará marcado como o ano em que o Brasil decidiu passar sua história a limpo. O primeiro passo foi dado com a criação da Co- missão Nacional da Verdade (CNV) que deve apurar as graves viola- ções de direitos humanos cometidas no período da ditadura militar. Porém, o Governo começa essa importante tarefa com 47 anos de atraso e precisa contar com a ajuda de todos os que há muito tempo lutam com o objetivo de que a verdade sobre aqueles crimes hedion- dos seja revelada e os responsáveis por eles, identificados e punidos. A decisão do Governo de criar a Comissão foi uma tentativa de resposta à Corte Interamericana de Direitos Humanos que, em 2010, condenou o Brasil a esclarecer os crimes praticados, em nome do Estado, na Guerrilha do Araguaia e excluir seus autores dos be- nefícios da Lei da Anistia. Anteriormente, a Ordem dos Advogados do Brasil havia apre- sentado Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental ao Supremo Tribunal Federal questionando o fato da Lei da Anistia, de 1979, beneficiar os autores de crimes de tortura, mortes e desapare- cimentos forçados. O Supremo, no entanto, manteve a interpretação da Lei, o que impede que os criminosos sejam punidos. Apresentei, então, o Projeto de Lei nº 573/2011, à Câmara dos De- putados, que dá interpretação autêntica à Lei da Anistia para que os responsáveis por crimes de lesa-humanidade não fiquem impunes. A matéria recebeu parecer contrário na Comissão de Relações Exterio- res e Defesa Nacional e aguarda votação na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e, em seguida, no Plenário da Casa. O Projeto de Lei nº 7376/2010, que cria a CNV foi aprovado em regime de urgência urgentíssima pela Câmara e pelo Senado, sem qualquer alteração, ignorando, assim, as reivindicação dos familiares das vítimas e das entidades de direitos humanos que criticam pontos da proposta que poderão inviabilizar os objetivos da Comissão de resgatar a memória, revelar a verdade histórica e, Brasil dá o primeiro passo rumo à verdade Sérgio Francês/ Liderança do PSB sobretudo, fazer justiça às vítimas da ditadura militar. Por entender que a eficácia da CNV depende do apoio da socieda- de e de condições políticas que a ajude a superar a oposição das forças que têm medo da verdade, criamos uma Subcomissão Especial, no âmbito da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, com a finalidade de acompanhar, fiscalizar e contribuir com a CNV a fim de que esta cumpra plenamente sua missão histórica. Este é o anseio de todos nós neste Natal com a esperança de que no Novo Ano que começa o Estado brasileiro promova Justiça de Transição e se complete a redemocratização do país, ainda inacabada. Concluo com meu profundo agradecimento aos assessores do man- dato e consultores da Câmara dos Deputados pelo competente e dedi- cado apoio, de modo que o mandato pudesse corresponder às exigên- cias do momento histórico que vivemos. Página 2: Câmara cria Comissão da Verdade Página 4: CLP: há 10 anos, população pode sugerir projetos à Câmara Página 5: Erundina recebe homenagem de Dilma e se torna madrinha de plataforma da Petrobras Página 6: #FrenteCom: liberdade de expressão para ampliar a democracia Página 8: Reforma Política com participação popular Um 2012 de paz, justiça e cidadania para todo o povo brasileiro. Roberto Stuckert Filho/PR

Informativo Luiza Erundina | dezembro 2011

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O Boletim informativo de dezembro descreve as atividades realizadas pelo mandato da deputada federal Luiza Erundina em 2011. A participação nas Frentes Parlamentares e a luta pelos direitos, pela justiça e pela memória.

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ErundinaLuizaInformativo

Um mandato de São Paulo a serviço do Brasil

ImprenssoEspecial

9912170931/2007-DR/BSBCÂMARA DOS DEPUTADOSCORREIOS

2011 ficará marcado como o ano em que o Brasil decidiu passar sua história a limpo. O primeiro passo foi dado com a criação da Co-missão Nacional da Verdade (CNV) que deve apurar as graves viola-ções de direitos humanos cometidas no período da ditadura militar. Porém, o Governo começa essa importante tarefa com 47 anos de atraso e precisa contar com a ajuda de todos os que há muito tempo lutam com o objetivo de que a verdade sobre aqueles crimes hedion-dos seja revelada e os responsáveis por eles, identificados e punidos.

A decisão do Governo de criar a Comissão foi uma tentativa de resposta à Corte Interamericana de Direitos Humanos que, em 2010, condenou o Brasil a esclarecer os crimes praticados, em nome do Estado, na Guerrilha do Araguaia e excluir seus autores dos be-nefícios da Lei da Anistia.

Anteriormente, a Ordem dos Advogados do Brasil havia apre-sentado Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental ao Supremo Tribunal Federal questionando o fato da Lei da Anistia, de 1979, beneficiar os autores de crimes de tortura, mortes e desapare-cimentos forçados. O Supremo, no entanto, manteve a interpretação da Lei, o que impede que os criminosos sejam punidos.

Apresentei, então, o Projeto de Lei nº 573/2011, à Câmara dos De-putados, que dá interpretação autêntica à Lei da Anistia para que os responsáveis por crimes de lesa-humanidade não fiquem impunes. A matéria recebeu parecer contrário na Comissão de Relações Exterio-res e Defesa Nacional e aguarda votação na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e, em seguida, no Plenário da Casa.

O Projeto de Lei nº 7376/2010, que cria a CNV foi aprovado em regime de urgência urgentíssima pela Câmara e pelo Senado, sem qualquer alteração, ignorando, assim, as reivindicação dos familiares das vítimas e das entidades de direitos humanos que criticam pontos da proposta que poderão inviabilizar os objetivos da Comissão de resgatar a memória, revelar a verdade histórica e,

Brasil dá o primeiro passo rumo à

verdadeSérgio Francês/ Liderança do PSB

sobretudo, fazer justiça às vítimas da ditadura militar.Por entender que a eficácia da CNV depende do apoio da socieda-

de e de condições políticas que a ajude a superar a oposição das forças que têm medo da verdade, criamos uma Subcomissão Especial, no âmbito da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, com a finalidade de acompanhar, fiscalizar e contribuir com a CNV a fim de que esta cumpra plenamente sua missão histórica. Este é o anseio de todos nós neste Natal com a esperança de que no Novo Ano que começa o Estado brasileiro promova Justiça de Transição e se complete a redemocratização do país, ainda inacabada.

Concluo com meu profundo agradecimento aos assessores do man-dato e consultores da Câmara dos Deputados pelo competente e dedi-cado apoio, de modo que o mandato pudesse corresponder às exigên-cias do momento histórico que vivemos.

Página 2:Câmara cria Comissão da Verdade

Página 4: CLP: há 10 anos, população pode sugerir projetos à Câmara

Página 5: Erundina recebe homenagem de Dilma e se torna madrinha de plataforma da Petrobras

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Direitos HumanosCâmara cria Comissão da Verdade

Com muita polêmica, o projeto de lei que cria a “Co-missão Nacional da Verdade” foi aprovado no Con-gresso Nacional. Pelas regras, os membros do grupo

serão escolhidos pela Casa Civil e terão apenas dois anos para examinar as violações de direitos humanos ocorridas na ditadura. Na Câmara dos Deputados, Luiza Erundina preside a Subcomissão que vai acompanhar e fiscalizar os trabalhos da Comissão Nacional da Verdade (CNV).

Segundo Erundina, a Subcomissão, criada no âmbito da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDGM) da Câmara, não pretende realizar o mesmo trabalho da CNV. “Nós não vamos disputar. O que queremos é estabelecer um diálogo com a sociedade para acumular força política no sentido de que a CNV tenha plenas condições de levar às últimas conseqüências sua ação investigativa”, explicou.

A necessidade de acompanhar os trabalhos da Comissão da Verdade e procurar fortalecê-la politicamente é decor-rência das críticas ao projeto que criou a Comissão, quando ainda tramitava na Câmara. Em reunião de audiência públi-ca realizada na CDHM, familiares das vítimas da ditadura e

entidades de direitos humanos criticaram duramente alguns pontos da proposta. Alegam que a Comissão é formada por apenas sete membros; terá somente dois anos para investigar um longo período de 42 anos (1946-1988); e não tem auto-nomia orçamentária e financeira, pois depende, nesse par-ticular, da Casa Civil. O procurador da República, Marlon Alberto Weichert, lembra que, na Argentina, uma iniciativa semelhante contou com mais de 100 investigadores.

Criticam ainda o fato de o PL, que tramitou em regime de urgência urgentíssima, ser aprovado sem que os fami-liares e ativistas de direitos humanos pudessem debater a proposta com o governo e os parlamentares em audiências públicas. Alguns, entre eles Erundina, apresentaram emen-das ao projeto na tentativa de modificá-lo, mas sequer fo-ram analisadas.

A vice-presidente do grupo Tortura Nunca Mais, Victória Grabois, por exemplo, pediu medidas eficazes para a apura-ção dos crimes. “Eu não quero a comissão do possível. Que-ro a comissão da memória, da verdade e da justiça. Quero a abertura dos arquivos da ditadura militar”, reclamou.

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Direitos Humanos

Manifestações – O descontentamento com o PL fez com que familiares das vítimas da ditadura e entidades de direitos humanos organizassem protes-tos no Rio e em São Paulo. De braços dados com Luiza Erundina, os manifestantes marcharam pela Avenida Paulista, em setembro, com destino ao gabinete re-gional da Presidência da República, onde foi entregue manifesto dirigido à presidenta Dilma Rousseff com as reivindicações a respeito da Comissão da Verdade.

“É preciso discutir o perfil das pessoas que vão inte-grar essa Comissão. Temos que pressionar e fiscalizá--la, para que funcione de fato como comissão da me-mória, da verdade e da justiça”, disse Erundina.

No mês de outubro, o Comitê Paulista pela Memó-ria, Verdade e Justiça também organizou manifesta-ção em frente à Catedral da Sé, exigindo punição aos torturadores e assassinos que vitimaram seus familia-res e amigos durante a ditadura militar.

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“É preciso lembrar que a Lei da Anistia está ultrapassada, foi elaborada ainda sob o domínio dos militares”.

Luiza Erundina

Revisão da Lei da Anistia - Em setembro, a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional re-jeitou o Projeto de Lei 573/2011, de Luiza Erundina, que pede a alteração da Lei da Anistia, excluindo do perdão os crimes cometidos por agentes públicos, militares ou civis, no período ditatorial. A justificativa é que crimes hediondos, como assassinatos, torturas e desapareci-mentos forçados não podem ficar impunes. O projeto ainda será apreciado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) e pelo Plenário da Câmara dos Deputados.

Quem é contra o PL argumenta que o Supremo Tribu-nal Federal (STF) em resposta a uma ação movida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), já decidiu que a

Lei da Anistia é constitucional e, portanto, não deve ser revista. Erundina contesta. “O Supremo considerou que a lei foi fruto de um amplo entendimento e que o Con-gresso Nacional tinha o poder de aprová-la. Acontece que se o Congresso de então, que ainda estava sob a tu-tela dos militares, tinha esse poder, o Congresso de hoje, sob o imperativo da Constituição de 1988 e a vigência do Estado Democrático de Direito, tem o poder inquestio-nável de dar-lhe autêntica interpretação”, esclarece.

Erundina lembra também que, “sem a revisão da Lei da Anistia, a Comissão Nacional da Verdade não terá efi-cácia, ou seja, não revelará a verdade sobre os crimes da ditadura militar e não fará justiça às vítimas, pois, não produzirá efeitos jurídicos práticos”, finaliza.

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Soberania popular

Hoje disseminada em as-sembleias legislativas es-taduais do Brasil inteiro,

a idéia de um órgão onde a popu-lação pudesse sugerir projetos de Lei foi implementada há 10 anos na Câmara dos Deputados. A Co-missão de Legislação Participativa (CLP) foi instalada em 2001 por iniciativa do então presidente da Casa, deputado Aécio Neves. Em-bora soubesse de sua importância, Aécio talvez não imaginasse que estava plantando uma semente que ajudaria a aprovar projetos de ini-ciativa popular de tanta relevância para a população. Para comemorar a data, a Câmara realizou extensa programação em agosto deste ano.

A tarefa de presidir o primei-

Há 10 anos, a população pode

sugerir projetos à Câmara

ro ano da comissão foi confiada à deputada federal Luiza Erundina. Transcorrida a primeira década de funcionamento, a eterna presiden-te da CLP, como Erundina ficou conhecida, avalia que a Comissão fortaleceu a política. “Ficou com-provado que, ao contrário do que alguns supõem, compartilhar o poder com o povo contribui para que a representação política se le-gitime e se fortaleça”.

Ao longo destes últimos anos, 353 sugestões da sociedade civil, apre-sentadas na CLP, viraram proposi-ções e passaram a tramitar na Casa. Uma das sugestões que virou Lei foi a da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), que propôs a infor-matização dos processos judiciais.

Porém, ao longo desses anos, a Comissão não teve só vitórias. Um retrocesso foi a perda, em 2004, da prerrogativa de apresentar emen-das ao Orçamento da União. Luiza Erundina luta para que a Comis-são recupere essa prerrogativa. “Há um grande empenho dos que compreendem o valor inestimável desse instrumento de democracia direta”, afirma.

Em debate com ex-presidentes da Comissão, durante a programação de aniversário, Erundina enalteceu a consolidação da CLP, mas lem-brou que este é apenas um mecanis-mo temporário, que deve existir até que se efetive a real democracia nos espaços de poder do país. “Quero chegar ao dia em que não precisa-remos mais da CLP; que tenhamos implementado todos os meios para que haja real democracia participa-tiva”, destacou. Erundina também defende o fortalecimento de outros mecanismos que ampliam a parti-cipação da sociedade nas decisões polêmicas e estratégicas para o in-teresse da nação brasileira, como plebiscito e referendo.

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“Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de represen-tantes eleitos ou dire-tamente, nos termos da Constituição”, parágra-fo único, artigo 1º da Constituição Federal.

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Soberania popular Reconhecimento

A Petrobras inaugurou, em junho de 2011, a pri-meira unidade de produção construída inteira-mente no Brasil, a P-56, localizada na Bacia de

Campos, no Rio de Janeiro. Para comemorar o feito, a presidente da República, Dilma Rousseff, escolheu a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) para ser madrinha da plataforma.

“Luiza Erundina é uma homenagem que nós presta-mos à plataforma, porque é uma mulher que saiu das lutas sociais do nosso país, foi prefeita de São Paulo, jamais abandonou seus compromissos com os traba-lhadores”, enalteceu a presidente. Para Dilma não have-ria melhor pessoa para homenagear o feito da empresa. “São 56 mil toneladas de aço boiando no mar. Mas o que nos admira é o fato de que foram braços e mãos brasileiros que construíram esta plataforma”, elogiou. A P-56 tem capacidade diária de processar 100 mil barris de petróleo e de comprimir 6 milhões de metros cúbicos de gás natural.

“Luiza Erundina orgulha esta plataforma e esta platafor-ma orgulha a deputada Luiza Erundina”, afirmou Dilma.

Erundina recebe homenagem de Dilma e se torna

madrinha de plataforma da Petrobras

O prêmio Congresso em Foco, uma iniciativa do site de mesmo nome, agraciou, pela sexta vez consecutiva, a atuação da deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP). A parlamentar foi eleita, em votação pela internet, uma das 10 melhores representantes da população entre os 513 deputados federais.

A premiação reconhece o trabalho de deputados fe-derais e senadores que se destacam no cumprimento de suas obrigações. Para os idealizadores do prêmio, esta é uma forma de valorizar os bons exemplos e estimular a população a analisar o desempenho individual dos seus representantes.

Cabeças do Congresso - Erundina também figu-rou entre os “Cabeças” do Congresso Nacional. Pelo 12º ano consecutivo, a parlamentar integra o levanta-mento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP).

Entre os 10 melhores mandatos

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#FrenteComLiberdade de expressão para

ampliar a democraciaLutar pela liberdade de expressão

e pelo direito à comunicação é uma das bandeiras de Luiza

Erundina. Este ano, a deputada criou a Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comuni-cação com Participação Popular -a #FrenteCom. Integrada por 208 de-putados e 105 entidades da sociedade civil, é coordenada por um colegiado formado por deputados e represen-tantes de entidades.

No ato de lançamento, a Frente lançou um manifesto destacando os principais obstáculos enfrentados na luta pela democratização dos meios de comunicação. Um deles diz res-peito às ações de órgãos federais e empresas privadas que contrariam a democratização dos meios e o direito humano à comunicação.

Nesse contexto, o Projeto de Lei nº 84/1999, que tipifica os crimes come-tidos na internet, foi debatido num se-minário promovido pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara, a requerimento da deputada. Na ocasião, entidades que exigem a internet livre entregou a Erun-dina, como coordenadora da #Frente-Com, abaixo-assinado com 17 mil as-sinaturas pedindo a rejeição do PL. Ao documento se somaram mais 173 mil adesões recolhidas no #MegaNão, mo-vimento que mobilizou a sociedade, via redes sociais, contra o PL.

O Operador de Rede de TV Públi-ca Digital (ORTVD) também foi tema de debate da #FrenteCom. Duas audiência públicas foram re-alizadas na Câmara para debater o assunto. O ORDTV é um sistema que permite que as TVs públicas retransmitam o sinal digital em grande escala. Estudos do Gover-no apontam que são necessários R$ 2,8 bilhões ao longo de 20 anos

Em nome da #FrenteCom, Erun-dina defendeu a retirada de pauta do projeto, alegando que, a pretexto de combater crimes, o projeto restrin-ge a liberdade de expressão e afeta o caráter democrático da internet. O Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC) também contestou o PL, ar-gumentando que a proposta viola di-reitos dos consumidores brasileiros e não garante proteção aos internautas.

O Marco Regulatório das Comu-nicações foi outro tema debatido pela #FrenteCom. Em abril, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, em audiência pública de iniciativa da Frente, anunciou que o governo está preparando um novo marco legal para o setor. O tema também foi debatido no seminário internacional sobre co-municação pública, realizado em se-tembro pela Câmara dos Deputados.

Sérgio Francês/ Liderança do PSB

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, conheceu as propostas da #FrenteCom

para a implantação da rede. A #FrenteCom apontou a ne-

cessidade de o Operador de Rede ser incluído no Plano Plurianual (PPA), para que possa ser implan-tado a partir de 2012.

“É preciso colocar o setor pú-blico de comunicação em condi-ções iguais às do setor privado em todos os aspectos. A Frente quer contribuir com o Governo na construção dessa política pública”, apontou Erundina.

Em resposta às propostas, o diretor Executivo do Ministério das Comunicações, Sérgio Alva-rez, explicou que a implantação do ORTVD no momento não é prioridade. “Precisamos olhar o mundo como está, como enfren-tamos a crise de 2008 e como es-tamos nos preparando para sair dela, com duríssima contenção de despesas. E é nesse quadro e nesse contexto que se dá essa dis-cussão”, resumiu.

Operador de Rede

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ProjetosCardápio de restaurantes,bares e lanchonetes em braille A Câmara dos Deputados aprovou em 2011 o projeto da deputada Luiza Erundina (PSB-SP) que obri-ga restaurantes, bares e lanchone-tes a disponibilizarem cardápios em braille para pessoas com defici-ência visual (PL 1694/99).

Mensagem de cidadania Também de iniciativa da parlamen-tar, foi aprovado na Casa o projeto que obriga todas as publicidades de serviços e obras públicas federais a veicularem mensagens de estímulo à cidadania (PL 5.418/05).

Paulo Freire patrono da EducaçãoA Câmara aprovou ainda a propo-sição que confere o título de Patro-no da Educação Brasileira ao edu-cador Paulo Freire (PL 2.076/00).

*Todos os projetos aprovados fo-ram encaminhados ao Senado Fe-deral para análise.

Kit gratuito para a saúde bucalA Câmara ainda analisa dois pro-jetos apresentados este ano pela parlamentar. Um deles garante à população de baixa renda um “Kit”com escova de dente, creme dental e fio dental (PL 2.263/11).

Direito a garantia de transporte na ConstituiçãoO outro é uma Proposta de Emen-da à Constituição (PEC 90/11) que inclui na Constituição o transporte como um direito social, como já constam educação, saúde, moradia e outros.

Por indicação da deputada Luiza Erundina (PSB-SP) o bispo emérito de Goiás, Dom Tomás Balduíno, recebeu a Comenda de Direitos Hu-manos “Dom Hélder Câmara”, prêmio do Senado Federal.

Dom Tomás, criador e atual assessor da Comissão Pastoral da Ter-ra, denunciou um grupo de extermínio que atua no estado de Goiás e apresentou, junto à Comissão Dominicana de Justiça e Paz, documen-tos contra o Poder Judiciário e o Governo do Pará, por omissão em relação aos crimes cometidos pelo grupo.

Dom Tomás Balduíno recebe prêmio

Transparência Brasil é agraciada pela Câmara

A Câmara dos Deputados agraciou, em dezembro de 2011, a ONG Transparência Brasil com o prêmio “Transparência e Fiscalização Pú-blica” de 2004. Indicada pela deputada Luiza Erundina, a ONG só ago-ra recebeu o merecido prêmio.

“A ‘Transparência Brasil’ é de tal importância que se tornou uma refe-rência, inclusive para o Congresso Nacional que tem encaminhado pro-postas de lei com vistas a coibir a corrupção no país”, disse a parlamentar.

Trabalho nas Comissões

Neste mandato, Erundina continuou o trabalho, como titular, nas comissões permanentes de Ciência e Tecnologia, Comunicação e In-formática e a Legislação Participação. Atuou também, como suplente, na Comissão de Direitos Humanos e Minorias, nas quais promoveu reuniões de audiência pública sobre assuntos que se articulam com os eixos temáticos da sua atuação parlamentar.

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Produção Legislativa

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Reforma Política

Neste ano, a Câmara dos De-putados se articulou mais uma vez na tentativa de fazer

a reforma do sistema político. Comis-são especial foi criada para elaborar uma proposta a ser apresentada à Casa, analisada e votada no plená-rio. Erundina fez parte da comissão e procurou inserir no texto final me-canismos que ampliem a participação popular, como plebiscito, referendo e iniciativa popular, e a paridade de gê-nero nas listas partidárias de candi-datos a eleições proporcionais.

Em março, a deputada criou a Frente Parlamentar pela Reforma Po-lítica com Participação Popular, com o apoio de 237 deputados e senadores e a adesão de 27 entidades represen-tativas da sociedade civil. Coordena-da por um colegiado integrado por parlamentares e representantes das entidades, a Frente apresentou à Co-missão Especial da Reforma Política um conjunto de emendas. Poucas foram acolhidas e a maioria rejeita-da pelo Relator, deputado Henrique Fontana (PT-RS).

Em novembro, representantes dos partidos de esquerda organizaram um ato em defesa da reforma política. Erundina participou do evento repre-sentando a Frente Parlamentar e de-fendeu as listas partidárias com pari-dade de gênero. Nós mulheres somos

Reforma política com participação popular

mais de 50% da sociedade e os outros 49% nós parimos! Não é justo que as mulheres continuem subrepresenta-das nos espaços públicos de poder, o que atenta contra a democracia brasi-leira”, declarou.

A parlamentar acrescentou ain-da que se a proposta do relator de alternar dois homens e uma mulher nas listas for aprovada, o pouco que se conquistou até agora poderá estar comprometido no que se refere à par-ticipação feminina na política. “A al-ternância de dois homens e uma mu-lher poderá resultar em não se chegar

Em seminário, Erundina defendeu a lista partidária com paridade de gênero

aos 30% de participação”, explica.Após meses de debates na Câma-

ra e nos estados, os membros da Co-missão Especial e seus partidos não conseguiram chegar a acordo para votar o texto final do relator antes do recesso parlamentar e a votação ficou adiada para o início da próxima ses-são legislativa, em fevereiro de 2012.

“A proposta está longe de um acor-do. Não existe consenso nem mesmo dentro das bancadas partidárias. A quantidade de emendas é enorme. A sensação é de nadar contra a corren-te. É frustrante”, desabafa Erundina.

BrasíliaCâmara dos DeputadosAnexo 4 - Gab. 620Cep. 70190-900 - Brasília DFFone: (61) 3215-5620Fax: (61) [email protected]

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