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INFORMATIVO Nº 04 EDUCAÇÃO CRISTÃ REFORMADA Reflexão: Mirando para a Luz! Lâmpada para os meus pés é a tua Palavra, e luz para os meus caminhos.Salmo 119.105. Trata-se de um ensinamento simples, mas profundo que nos leva a pensar em alguém que anda pela escuridão da noite e por isso precisa de uma luz para o guiar, se não poderá errar o caminho, ou até mesmo cair em abismos ou ar- madilhas. Também num marinheiro que necessita de um farol para lhe apontar uma direção segura no mar escu- ro. Então, em dias de escuridão, tanto em terra quanto no mar, a luz que brilha é graciosa e traz segu- rança ao apontar a direção que deve ser seguida. Neste mundo não é diferente. A Bíblia diz que o mundo está em trevas e jaz no maligno (1 Jo 5.19). E esta é exatamente a razão porque a maioria das pesso- as não consegue enxergar o caminho correto. Mas em 1 Pedro 2.9, lemos: Vós, porém, sois raça eleita, sacerdó- cio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; ”. Se por um lado, o mundo jaz no maligno e está em trevas, por outro lado, Deus, por meio de Seu Filho Jesus Cristo, em sua infinita misericórdia tirou alguns das trevas e os transportou para o reino da luz (Cl 2.13). Vocês conhecem um ditado que diz: o pior cego é aquele que não quer enxergar.Pois bem, o mundo caminha a passos largos para a escuridão e as pessoas acham que sabem o caminho. Várias coisas estão des- viando a atenção da verdadeira luz que vem de Deus. As pessoas dizem que não têm tempo para Deus, ou se enganam dizendo que amam a Deus, mas não querem viver de acordo com a vontade Dele. A par- tir disso, as pessoas vão escolhendo os próprios cami- nhos que querem seguir, achando que suas escolhas são neutras. Na verdade, elas não sabem que são fanto- ches do reino das trevas. Estejam atentos. O mundo representa uma grande armadilha para lhes desviar dos seus propósitos como criaturas de Deus. Há caminhos que parecem cor- retos ao homem, mas no final conduzem para a morte. Provérbios 14.12. Precisamos olhar para a luz da Palavra de Deus. Precisamos saber distinguir a Luz verdadeira da luz falsa. Nesse mundo escuro e perigoso, a Palavra de Deus nos mostra qual luz devemos buscar e em qual farol devemos confiar para chegar seguros ao nosso destino. Aproximemo-nos da luz; da luz da Palavra que nos aponta para nosso Senhor Jesus Cristo. Sejamos guiados por Ele e tomemos cuidado com as falsas luzes que só apontam para lugares perigosos. Apeguemo-nos à promessa do nosso Salvador Jesus Cristo em João 8.12: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, pelo contrário, terá a luz da vida.São palavras de nosso Senhor Jesus Cristo. Nosso farol seguro. Nesta edição Reflexão: Mirando para a Luz. Educação Domiciliar: disciplina e organização no lar. O que é abandono intelectual? Procurando uma escola para o filho—Parte I Amados irmãos e leitores, O trabalho continua já no seu segundo ano. Neste boletim mais assuntos que nos ajudam a pensar um pouco mais nas modalida- des de educação para nos- sos filhos. Elias Barbosa da Silva Trabalhador em Educação Reformada Elias Barbosa da Silva—Trabalhador em Educação Reformada Agosto de 2017 Contato: Críticas, sugestões e perguntas: [email protected] Curta também nossa página no Facebook e fique por dentro das atividades: @educristareformada Acesse nosso site: www.educacaoreformada.com.br

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INFORMATIVO Nº 04

EDUCAÇÃO CRISTÃ REFORMADA

Reflexão: Mirando para a Luz!

“Lâmpada para os meus pés é a tua Palavra, e luz para os meus caminhos.” Salmo 119.105. Trata-se de um ensinamento simples, mas profundo que nos leva a pensar em alguém que anda pela escuridão da noite e por isso precisa de uma luz para o guiar, se não poderá errar o caminho, ou até mesmo cair em abismos ou ar-madilhas. Também num marinheiro que necessita de um farol para lhe apontar uma direção segura no mar escu-ro.

Então, em dias de escuridão, tanto em terra quanto no mar, a luz que brilha é graciosa e traz segu-rança ao apontar a direção que deve ser seguida.

Neste mundo não é diferente. A Bíblia diz que o mundo está em trevas e jaz no maligno (1 Jo 5.19). E esta é exatamente a razão porque a maioria das pesso-as não consegue enxergar o caminho correto. Mas em 1 Pedro 2.9, lemos: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdó-cio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;”.

Se por um lado, o mundo jaz no maligno e está em trevas, por outro lado, Deus, por meio de Seu Filho Jesus Cristo, em sua infinita misericórdia tirou alguns das trevas e os transportou para o reino da luz (Cl 2.13).

Vocês conhecem um ditado que diz: “o pior cego é aquele que não quer enxergar.” Pois bem, o mundo caminha a passos largos para a escuridão e as pessoas acham que sabem o caminho. Várias coisas estão des-viando a atenção da verdadeira luz que vem de Deus.

As pessoas dizem que não têm tempo para Deus, ou se enganam dizendo que amam a Deus, mas não querem viver de acordo com a vontade Dele. A par-tir disso, as pessoas vão escolhendo os próprios cami-nhos que querem seguir, achando que suas escolhas são neutras. Na verdade, elas não sabem que são fanto-ches do reino das trevas.

Estejam atentos. O mundo representa uma grande armadilha para lhes desviar dos seus propósitos como criaturas de Deus. Há caminhos que parecem cor-retos ao homem, mas no final conduzem para a morte. Provérbios 14.12.

Precisamos olhar para a luz da Palavra de Deus. Precisamos saber distinguir a Luz verdadeira da luz falsa. Nesse mundo escuro e perigoso, a Palavra de Deus nos mostra qual luz devemos buscar e em qual farol devemos confiar para chegar seguros ao nosso destino.

Aproximemo-nos da luz; da luz da Palavra que nos aponta para nosso Senhor Jesus Cristo. Sejamos guiados por Ele e tomemos cuidado com as falsas luzes que só apontam para lugares perigosos.

Apeguemo-nos à promessa do nosso Salvador Jesus Cristo em João 8.12: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, pelo contrário, terá a luz da vida.” São palavras de nosso Senhor Jesus Cristo. Nosso farol seguro.

Nesta edição

• Reflexão: Mirando para a Luz.

• Educação Domiciliar: disciplina e organização no lar.

• O que é abandono intelectual?

• Procurando uma escola para o filho—Parte I

Amados irmãos e leitores,

O trabalho continua já no seu segundo ano. Neste boletim mais assuntos que nos ajudam a pensar um pouco mais nas modalida-des de educação para nos-sos filhos.

Elias Barbosa da Silva

Trabalhador em Educação Reformada

Elias Barbosa da Silva—Trabalhador em Educação Reformada Agosto de 2017

Contato:

Críticas, sugestões e perguntas:

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Educação Domiciliar: disciplina e organização no lar.

No boletim passado, eu conclui uma das colunas com os seguintes dizeres:

“Por mais que digam que qualquer família pode educar em casa, eu aconselho muito cuidado, pois disci-plina familiar é essencial, e infelizmente não é toda família que é disciplinada. Por isso, caso seja simpáti-co ao modelo de ensino doméstico, é importante que sua família aprenda primeiro a se organizar, para depois coloca-lo em prática. Tome cuidado para não achar que educar em casa é apenas deixar as crian-ças com jogos educativos ou assistindo DVDs de aulas, enquanto você cuida da casa.”

Eu não sou especialista no assunto e nem sou praticante da educação domiciliar. Mas para chegar a conclusão acima, nem é preciso ter tanto conhecimento. Eu sou da opinião de que a família representa fator determinante para o sucesso de um aluno, mesmo quando o envia para uma escola regular.

Acho cômico as escolas que colam cartazes mostrando o sucesso de seus alunos em determinados con-cursos e testes nacionais. Pode perguntar a qualquer jovem que passou em um desses testes, quantas horas de estudo eles realizavam por dia, e não será surpresa ouvir que dedicavam várias horas extras de estudos a cada dia. Ou seja, embora uma boa escola seja uma grande parceira em instigar o aluno ao aprendizado, o que determinará seu sucesso não será o tempo em que ele passa na escola, mas sim o nível de dedicação fora dela que garante a apreensão dos conteúdos. A não ser no caso de uma criança genial, você nunca ouvirá de um aluno que foi bem sucedido se limitando apenas ao estudo provido no horário escolar regular, e ficando à toa em casa nos demais horários.

Com isso, concluo que é a disciplina do aluno, ou em primeiro lugar, da família, quando cobra do aluno que se dedique e cumpra as tarefas adequadamente, criando assim uma cultura de aprendizagem, que irá garantir que, pelo menos, o aluno compita de igual para igual em qualquer curso ou concurso.

Disciplina é uma cultura que se aprende e se desenvol-ve, mas que muitas famílias não têm! E considere-se que cada família tem um contexto diferente. Quantida-de de filhos, idade dos filhos, condição econômica , tipo de emprego do pai e até o tamanho da casa po-dem afetar na cultura de disciplina de uma família. Um exemplo simples: se a família tem condições de contra-tar uma empregada para ajudar nas tarefas domésti-cas, a mãe terá bem mais tempo para dedicar-se a ins-trução dos filhos nos aspectos acadêmicos. Caso con-trário, tendo uma casa grande e uma família grande, e tendo que fazer quase tudo sozinha, já que o marido trabalha o dia todo, será só uma questão de tempo pa-ra a mãe se esgotar, tanto fisicamente quanto emocio-nalmente. E sabemos que a mãe tem diversos papeis no lar: ela cuida da casa, cuida dos filhos em seus di-versos aspectos, administra a casa em diversos aspec-tos e ainda está de prontidão para cuidar de seu marido. É importante que o homem esteja atento e su-pervisione tudo isso e tome as decisões adequadas para garantir que seu lar glorifique a Deus nos seus diversos aspectos.

Lembre-se que tudo o que ocorre no lar influencia ou faz parte da educação da criança. Não se trata ape-nas de momentos de leitura e cálculos. As crianças estão sendo educadas em cada atividade que ocorre ou não no lar. Elas aprendem com a limpeza da casa, com a hora do lanche, com a hora das refeições, com a hora das devocionais, com as atividades de manutenção da casa, com o pentear de cabelos, com a higiene pessoal, etc. Se essas coisas não estão em ordem, elas naturalmente também inculcarão tal desordem e levarão consigo para seus futuros casamentos.

Criar uma cultura positiva acerca de tudo isso é um grande desafio para nós, pecadores. Nossas crian-ças também são pecadoras e certamente serão muito hábeis em copiar nossas fraquezas. Pessoalmen-te, tenho muito que aprender e colocar em prática neste aspecto de organização familiar, mas no próximo boletim, vou pedir ajuda a alguém que pode nos aconselhar sobre este assunto.

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O que é abandono intelectual?

Várias podem ser as preocupações dos vizinhos e fami-liares quando escutam que alguém irá tirar seu filho da escola e irá educa-lo em casa. Muitas das preocupa-ções até se justificam e são motivadas por uma real preocupação pelo bem da família. Mas dentre as preo-cupações, muitas vezes é citado que a família está co-metendo o crime de abandono intelectual. Será que es-ta é uma preocupação válida?

O crime de abandono intelectual é previsto no Código Penal em seu artigo 246, onde está escrito o seguinte:

“Art. 246 - Deixar, sem justa causa, de prover à instrução primária de filho em idade escolar: Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.”

O “X” da questão é se alguém acredita que “prover instrução” é algo que só pode ser feito numa escola regular. Muitos juízes julgaram famílias que optam pela educação domiciliar de terem cometido abandono intelectual, mas esse quadro tem sido revertido consideravelmente, quando fica comprovado que a escola não é o único local de instrução.

Eu acredito nisso, embora afirme, de acordo com o escrito na coluna anterior, que uma família deve tomar muito cuidado ao decidir educar em casa, caso não apresente condição alguma para realizar isso. E con-sidere-se aqui os desafios peculiares que uma criança pode apresentar nesse processo de educação. Ca-da família é diferente. Os filhos são diferentes e os pais são diferentes. Pode ser que os pais simplesmen-te não tenham a paciência necessária para efetivamente promover a educação adequada para que seus filhos aprendam até mesmo o mínimo. E deixar o filho sem instrução é considerado crime.

Se alguém realmente educa em casa, conseguirá provar facilmente que seu filho não está sendo abando-nado intelectualmente. A criança estará sendo instruída naquilo que deve aprender, de acordo com sua idade e em muitos casos, ficou até comprovado que as crianças se desenvolveram melhor que os alunos de escolas regulares.

Outro fato a ser considerado sobre o crime de abandono intelectual é que não é tão fácil provar que al-guém abandonou intelectualmente seu filho. A própria lei prevê justificativas que levam a criança a não estar estudando. Alguns comentaristas citam como possíveis justificativas a falta de uma escola regular próxima a residência, a falta de condições financeiras para enviar o filho para uma escola, e até mesmo a ignorância dos pais quanto ao valor que dão a instrução do filho. E percebam que nestes casos, as justifi-cativas podem servir mesmo quando os pais não estão provendo nenhum tipo de educação em casa. E certamente, esta não é a situação das famílias que decidem educar em casa.

Também cabe dentro da discussão o questionamento se a escola, especialmente a pública, tem cumprido realmente o papel a que se propõe de promover instrução. Temos ouvido acerca de boas escolas no Bra-sil, mas é muito mais comum ouvir acerca das constantes greves, muitos profissionais insatisfeitos devido a falta de estrutura oferecida, ambientes escolares que oferecem sério risco a integridade física e moral das crianças, etc. Será que isso não configuraria um “abandono intelectual” muito mais danoso?

Sendo assim, os pais que enviam seus filhos para uma escola pública ou até mesmo privada, não devem relaxar, achando eles não correm risco de abondono. Certamente, eles não se enquadrarão num crime de acordo com a lei dos homens, mas poderão sofrer os danos de deixar seus filhos sem supervisão. A Pala-vra de Deus nos ensina em Provérbios 29.15—”A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entre-gue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe.” O cristão não precisa de lei diferente desta para então dar atenção e assumir suas responsabilidades na educação de seus filhos. Lembrando que enviar um filho para uma escola não significa deixar de assumir suas responsabilidades. Seja presente na vida escolar de seu filho, especialmente visitando a escola, conversando com os diretores e professores, que estão lá pa-ra lhe ajudar.

Quer envie seus filhos para uma escola regular, quer eduquem em casa, devem supervisioná-los à luz do que Deus requer para suas vidas. Seguindo a sabedoria da Palavra de Deus, certamente você não estará abandonando seus filhos.

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Procurando uma escola para o filho—parte I

Certamente em outros países com grande quantidade de igrejas refor-madas, como no Canadá, por exemplo, a discussão sobre educação de filhos gira mais em torno de mandá-los para uma escola cristã ou educá-los em casa. Para nós, essa discussão nem faz sentido, especi-almente se conhecemos as estruturas das escolas cristãs reformadas, com currículo reformado e professores reformados com formação aca-dêmica reformada. Escolas estabelecidas por pais convictos de suas responsabilidades, que de forma alguma intentam terceirizar sua res-ponsabilidade, mas sim buscar compartilhar dos dons e da educação dos filhos num contexto de comunidade da fé. Sei que o governo pode estar querendo se meter demais na educação dos filhos lá e isso pode trazer mais lenha para a fogueira da discussão, mas não cabe a nós entrar nesta discussão neste momento.

A nossa realidade é que existem pouquíssimas escolas cristãs reformadas para atender nossas igrejas. E dado o tamanho de nossas igrejas, é um sonho muito distante ter uma escola para cada igreja ou área. As famílias das igrejas se utilizam de diversas formas para educar seus filhos. Algumas poucas fazem o homeschooling e a gran-de maioria envia os filhos para uma escola pública ou privada. Todos sabemos que as escolas públicas atendem a visão do governo. E as escolas particulares, em sua quase totalidade são escolas não cristãs, apenas com ob-jetivo lucrativo e com foco em ENEM. Os pais que têm uma escola cristã à sua disposição e enviam seus filhos para uma escola secular, devem pensar profundamente acerca de sua escolha, pois, sem sombra de dúvidas, a escola cristã representa uma ferramenta de apoio muito mais eficaz no cumprimento de seus votos de batismo. Mas quanto aos pais que não têm uma escola cristã acessível e não têm condições de fazer o homeschooling, não devem ser assim tão facilmente criticados. É verdade que eles terão um desafio maior na educação cristã de seus filhos, mas devemos lembrar que a educação acontece não apenas no contexto da escola e que se os pais estão sendo fieis no seu papel em casa, espera-se que seus filhos consigam passar por esta fase sem grandes danos.

Nesta coluna quero compartilhar algumas sugestões para os pais que, inevitavelmente, precisam se utilizar de escolas públicas ou privadas não cristãs.

Primeiro, tenha em mente que nenhuma escola não cristã, quer seja pública, quer seja privada, pode ensinar ou impor aos seus filhos uma doutrina religiosa que não esteja de acordo com a convicção de vocês, pais. É por isso que o ensino religioso é facultativo (os pais decidem se os filhos vão ou não para a aula de religião). O outro lado da moeda é que nós, cristãos reformados, entendemos religião como uma cosmovisão que influencia todas as áreas da nossa vida, assim, inevitavelmente, uma visão de mundo estará sendo ensinada em qualquer escola. Apesar disso, não é o fim! O pior é se você encontra uma escola, cujos professores são militantes de determina-da visão, e é por isso que os pais devem escolher bem a escola para onde enviarão seus filhos. Existe sim dife-rença entre as escolas.

As escolas particulares costumam ouvir os pais em vários aspectos. Mas é claro que você não deve imaginar que poderá mudar a visão de uma escola. O que pode ser feito, no entanto, é você ser presente na escola, não apenas no período em que vai haver entrega de resultados, mas sempre que encontrar qualquer tema controver-so que será ensinado. Os pais não precisam ir a escola com argumentação, etc. Basta exporem sua preocupação sobre o assunto e fazerem perguntas. E dependendo do tema da aula, se tiver conteúdos nocivos a fé, trata-se mais de uma questão de religião e por isso, você pode pedir para o professor trabalhar uma atividade diferente com seu filho. Tente fazer amizade com os professores, ganhar a confiança deles, de forma que poderá também tê-los como aliados na proteção de seu filho no que diz respeito a sua fé. Também é muito comum haverem pro-fessores cristãos trabalhando nessas escolas, o que pode também ser um fator positivo para você.

Além dessa questão, outro fator importante é você procurar saber quais são as normas de disciplina dentro da escola. Escolha uma escola onde não é permitido namoro, onde não é permitido o uso de celulares, onde os alu-nos não podem ficar à toa nos corredores. É preferível uma escola com estas regras, do que a melhor escola da região em conteúdo acadêmico, mas que seja liberal nesses aspectos. O mal uso da tecnologia está aí exposto nas redes sociais. É incrível o que um adolescente é capaz de fazer apenas para ganhar curtidas. Você deve ter um interesse muito alto de proteger seus filhos deste tipo de ambiente.

Também procure saber de antemão se a escola exige participação dos alunos em festividades como carnaval, são joão, holloween, etc. e se oponha fortemente a isso, caso seja a única opção.

Acerca de questões de religião na escola particular, preste bastante atenção: se você matricular seu filho numa escola confessional não reformada, você não poderá exigir deles que se abstenham de ensinar sua doutri-na, pois a lei protege a escola confessional de ensinar de acordo com ideologia própria. Com boa argumentação, você poderá sensibilizá-los a trabalhar conteúdo diferente.

No próximo boletim continuaremos....