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Informativo Prensa

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Informativo sobre o universo do vinho

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Nós gostaríamos, porém, de permear o público menos “conectado”, ao mesmo tempo em que conversamos com os internautas. Decidimos então usar a internet e a impressão de forma complementar: nossos artigos, sim-ples e de rápida leitura na versão impressa, podem ser vistos, em versão ampliada, com links, imagens, vídeos e outros bônus mais, em nosso site.

Com o nosso “Prensa”, gostaríamos de convidá-lo a descobrir o vinho a partir de um fanzine, uma revistinha “multimeios”, com um tema central a cada edição - um tema que servirá de condutor para as diferentes seções, que esperamos possam mostrar-lhe várias facetas dessa bebida que é, para nós, um universo inteiro.

A primeira edição gira em torno da Riesling, uma uva de excepcionais ca-racterísticas que você pode descobrir em “Ficha Técnica”, a seção em que vamos tratar do nosso assunto central com um pouco mais de detalhes.“Perfil” conta um pouco sobre a família Trimbach, referência entre os vinha-teiros alsacianos e trará sempre informações sobre personagens enológicas.

Em “Vinho e Cultura”, vamos encontrar resenhas, textos e indicações de livros, filmes, exposições, sempre vinculados com o tema do vinho.

“Comida”, obviamente, trata da melhor companhia para o vinho - desta vez, sob a batuta de Bella Masano, chef do restaurante Amadeus.

Nosso “Laboratório” vai testar e contar sobre experiências com varieda-des, apetrechos, embalagens e outros assuntos de interesse para um ver-dadeiro fã, como Rieslings com diferentes teores de açúcar.

Nessa empreitada, temos um parceiro importante: a Zahil, importadora sediada em São Paulo e com vinhos espalhados por todo o Brasil.

Esperamos que gostem e que nos tragam muitos comentários, pedidos e contribuições - mais uvas pra nossa Prensa!

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Em tempos de Internet...

…publicar um jornalzinho parece um passo atrás: as publicações digitais têm um custo tão reduzido e um alcance tão ampliado que é impossível não pensar em migrar para “a nuvem”.

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Riesling - a uva que saiu do frio

D egustadores e especialistas do mundo todo idolatram a Riesling. Ela é amada e exaltada como a rainha das uvas brancas, fonte de vinhos complexos, refinados e muito longe-

vos, o que a coloca em pé de igualdade com muitos tintos de grande nobreza – daí, a alcunha de “a mais tinta das brancas”. Ainda assim, os vinhos produzidos com a uva continuam relegados às adegas de colecionadores, às degustações de curiosos e aos jantares de grandes entendedores, sem ganhar a atenção do público.

Sua origem está perdida na história mal-registrada dos princípios da produção de vinho moderna, mas a Alemanha é, ao mesmo tempo, sua mais provável terra natal e a dona da maior produção com a uva – coisa que não ajuda em nada a reconquistar o público, que ainda se lembra com um pouco de enjôo do maremoto de vinhos alemães de pés-sima qualidade que dominou mercados por todo o mundo durante anos.

A cavalo entre a França e a Alemanha, a região da Alsácia combina de maneira única a cultura dos dois países. Aqui a Riesling vem ganhando cada vez mais destaque, graças a uma combinação única de clima e solos: muita luz solar, sem muito calor nem muito frio, permitem um ama-durecimento lento, que gera perfumes ricos e complexos; um verdadeiro

Ficha Técnica

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mosaico de solos diferentes oferece ambientes variados para que as uvas se desenvolvam – são mais de 20 tipos diferentes, quase todos muito adequados à produção de vinhos muito refina-dos com a variedade.

A Riesling, assim como outras grandes uvas, não se submete facilmente à vontade do ho-mem: dificilmente produz vinhos de qualidade em qualquer região; não é a melhor com-panheira para cortes com vinhos de outras variedades; e raríssimamente se dá bem com estágio em madeira. A seu favor, há uma característica rara: é capaz de produzir quali-dade mesmo com rendimentos relativamente altos – 50 a 70 hectolitros por hectare não é incomum entre produtores de alto nível, enquanto que com outras variedades dificilmente se ultrapassam os 40 hl/ha.

Seus vinhos podem ser tão diferentes quan-to os terroirs em que se desenvolve: desde delicadamente florais a intensamente cítri-cos, passando pelos aromas minerais e de pêssego até o polêmico “petrolée”, perfumes que remetem a derivados de petróleo e cos-tumam surgir com um pouco de evolução em garrafa. Algumas das mais finas iguarias são os vinhos doces produzidos por colheita tar-dia, especialmente quando as uvas são afe-tadas pelo fungo Botrytis cinerea: a complexi-dade e riqueza de aromas minerais aumenta significativamente e a viva acidez natural da Riesling é ideal para contrabalançar o açú-car e produzir vinhos exuberantes e, ao mes-mo tempo, refrescantes.

Ficha Técnica

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Perfil

L ongamente disputada pela França e a Alemanha, a Alsácia é uma região

peculiar, de tradições enraizadas e uma cultura própria, que mistura

elementos dos dois países. Sua viticultura remonta à Idade Média, mas

ganhou importância ao longo do período em que ordens monásticas começaram

a se estabelecer na região, difundindo vinhedos nos remotos vales aos pés dos

Vosges, montanhas que serviram muitas vezes de fronteira entre os dois países.

Os Trimbach são uma das mais tradicionais famílias alsacianas: estabelecidos em

Riquewihr em 1626, desde então são reconhecidos pelo refinamento e qualidade

de seus vinhos, especialmente depois de Frédéric Émile Trimbach, que em meados do

século XIX assumiu as rédeas da empresa. Frédéric Émile foi um inovador e visionário:

começou a engarrafar seus vinhos na própria vinícola - em lugar de vendê-los “a

granel” como o hábito à época. Foi o primeiro passo para expandir amplamente

o renome da família, que ganhou forte impulso com a apresentação dos vinhos na

Mostra Internacional de Bruxelas de 1898.

Trimbach - tradição e qualidade na Alsácia

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Perfil

Bernard, Pierre, Jean e Hubert Trimbach.

A importância de seu trabalho é reconhecida até hoje no nome da vinícola - que carrega suas iniciais - e no nome de uma cuvée especial de Riesling, que é a uva-referência dos Trimbach: de acordo com o “Atlas do Vinho” de Jancis Robinson e Hugh Johnson, seu “Clos Sainte Hune” é o melhor Riesling do mundo! Embora seja produzido a partir de uma parcela do vinhedo Rosacker Grand Cru com apenas 1.3 hectare, o vinho não faz menção ao seu status oficial: “Clos Sainte Hune” se tornou uma referência mundial graças a sua estrutura, complexidade e riqueza aromática e os Trimbach julgam que o clos é mais importante e nobre que o vinhedo ao seu redor.

Pierre Trimbach representa a 12ª geração de enólogos da família: adepto do estilo mais clássico alsaciano, está entre os poucos produtores dali a manter a produção de vinhos sem açúcar residual, com o estilo que marcou a região. Fermentados em tanques de aço inoxidável sob temperatura controlada e nenhuma fermentação malo-lática, seus vinhos nunca passam por amadurecimento em barricas e deixam transparecer nitidamente as características das variedades clássicas e dos solos de onde vêm.

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Ouvir, provar, viajar, ler.

H á muitas técnicas para aprender sobre vinho, mas dificil-mente é possível avançar muito sem colocar quatro delas em uso, alternadas e combinadas: ouvir, provar, viajar e ler.

Na página ao lado, você vai descobrir um excelente livro sobre a Riesling, a

variedade que inspirou esta edição do nosso informativo. Se quiser ler mais sobre as

quatro técnicas - ou sobre qualquer um dos assuntos tratados na Prensa, não deixe

de visitar o nosso site. Boa leitura!

Ler é, em teoria, a forma mais barata e acessível de aprender mais - podemos ler na hora e local de nossa preferência, descobrir sobre grandes vinhos e produtores renomados sem despender muito dinheiro. Com a chegada e ampla difusão da internet, a leitura se tornou a forma mais rápida e eficiente de se atualizar: as informações são “ao vivo” e podemos acompanhar mudanças e novidades quase enquanto elas acontecem.

A literatura de vinhos em português não é escassa, mas raramente foge dos habituais “Saiba tudo sobre vinho” e “Introdução ao mundo do Vinho”. Infelizmente, se quisermos ler algo mais consistente sobre assuntos específicos, será necessário migrar de idioma e o inglês é sem dúvida a melhor fonte de livros.

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“Riesling - the full diversity of the world’s noblest vine” é um dos mais completos e bonitos livros sobre uma variedade específica. Os alemães Christina Fischer e Ingo Swoboda se esmeraram em oferecer um perfil completo da variedade, desde sua história até suas características de produção, seus descritores aromá-ticos mais comuns (lindamente ilustrados e classifica-dos por seus solos de origem), além de indicações de produtores de vinhos que são referências na produ-ção da variedade, classificados pelo estilo principal de seus vinhos.

Editado pela Hallwag em inglês e alemão, é facil-mente encontrado à venda na Internet e será uma ferramenta e tanto para quem queira descobrir mais sobre esta incrível variedade.

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Comer, Beber, Viver

Vinho e cinema têm tudo a ver:

embora seja raro encontrar vinho

à disposição em salas de cinema

públicas, uma taça na mão é

companhia ideal para relaxar

e aproveitar a sessão - ainda

mais se o filme for inspirador em

termos de vinho ou comida.

Pros amantes de Riesling, especialmente aqueles que não torcem o nariz para um toque de açúcar residual no vinho, poucos filmes podem ser tão convidati-vos quanto “Comer Beber Viver”, de 1994, que é uma obra prima do diretor Ang Lee para os amantes da gastronomia, especialmente os que tenham uma queda pela cozinha oriental.

A história conta os apertos de um renomado chef taiwanês que começa a ter dificuldades para cozinhar, enquanto tem de lidar com as vivências e preocu-pações de suas três filhas solteiras. Viúvo, o chef Chu comanda uma cozinha gigantesca em um hotel de Taipei e ainda encontra energia para reunir a fa-mília a cada domingo em torno da mesa, em uma farta pajelança de pratos típicos, longa e cuidadosamente preparados por ele.

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A história é simples e muito bem conduzida, com algumas surpresas no en-redo, mas as cenas em que Chu prepara os pratos para a família são de matar... de gula. Os pratos, muito característicos da culinária do sudeste asiático, são perfeitos quando acompanhados de vinhos brancos de alta acidez e com toques adocicados, como vários de nossos queridos Riesling: pato laqueado, carpas fritas, frutos do mar e legumes no vapor...

Ficou com água na boca? Visite o nosso site para ver a

cena de abertura, em que Chu cozinha para a família.

O filme é um marco na carreira de Ang Lee e, além de já ter sido refilmado em versão “tex-mex”, tem seqüência prevista para este ano, sob o título de “The Joyful Reunion” (ainda sem tradução). Dada sua idade um pouco avançada e o perfil atípico (o filme é todo falado em mandarim, com atores chineses e taiwaneses), pode ser um pouco difícil encontrá-lo, mas vale o esforço.

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M ais de 20 anos já se passaram desde que os Masano inaugu-raram o Amadeus em seu primeiro endereço. Apesar de maior de idade, o restaurante hoje tem a cozinha “sob tutela” de

Bella, filha de Tadeu e Ana, que cresceu no restaurante com a irmã Carol. Bella selecionou duas das mais gostosas e fresquinhas receitas do seu “arse-nal” para você experimentar com seu Riesling predileto: a primeira você confere ao lado, a segunda (inédita!) – e os truquezinhos de preparo da massa fresca, das alcachofrinhas e do leite de côco – você desco-bre no site.

Bom proveito!

Comida

Massa Fresca com Camarões Brancos,

Alcachofrinhas e Limão siciliano.

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Massa fresca

Camarões Brancos (20 unidades – 800g)

Alcachofrinhas (32 unidades)

Azeite (50g)

Cebola picada (50g)

Tomate em cubos - sem pele e sem sementes (600g)

Leite de Coco fresco (35g)

Pimentas de cheiro na cachaça

Limão (2 unidades)

Brotos e Ervas da horta

Sal (qb)

Limpar os camarões. Reservar.

Murchar a cebola em azeite, com sal. Adicionar os tomates. Refogar por 1,5 minutos. Versar o leite de coco.

Adicionar as alcachofrinhas, desfazendo 8 delas no molho e preservando as demais inteiras. Respingar algumas gotas da cachaça na qual foram curtidas as pimentas.

Adicionar os camarões já temperados com sal. Finalizar o molho com o zest de limão.

Paralelamente, cozinhar a massa em água com sal, por 25 segundos. Ver-sar sobre o molho. Misturar e servir com os brotos e ervas da horta.

Restaurante AmadeusRua Haddock Lobo, 807 | Jardins | São Paulo - SP

Ingredientes

Mod

o d

e p

rep

aro

Comida

Reservas pelo telefone 11 3061.2859 www.restauranteamadeus.com.brCartões: Visa, American Express.Estacionamento: Gratuito, com manobrista.

Horário: Segunda a sexta, 12h às 15h e 19h à 0h;Sábado, 12h às 16h30 e 19h à 0h;Domingo, 12h às 16h30 e 19h às 23h.

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A çúcar no vinho é tabu para muita gente, devido às más experiências com vinhos doces, mas de baixa qualidade. Quando bem colocada, e em vinhos

bem-feitos, a doçura pode ser deliciosa - especialmente nos Riesling, que, muito versatilmente, fazem vinhos excelentes com qualquer graduação de açúcar.

Provamos três Rieslings de regiões diferentes e com teores de açúcar diferentes. Aí vão nossas análises e você pode descobrir mais no nosso site.

Açúcar!

Laboratório

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Laboratório

Trimbach RieslingAlsace - FrançaAçúcar Residual: 2,3 g/L

De uma das mais tradicionais famílias australianas (veja página 6), é um clássico, de sabor intensamente cítrico e mineral. O açúcar residual é padrão para vinhos secos e imperceptível, deixando o vi-nho fresco e saboroso. Exce-lente companhia para ostras e frutos do mar.

The Dry Dam Riesling - d’ArenbergMcLaren Vale - AustráliaAçúcar Residual: 8,5 g/L

Seu açúcar residual é um pouco mais alto do que a média, o que ressalta o sa-bor de fruta madura, mas fica perfeitamente equilibra-do pela acidez e não apa-rece. Pode acompanhar bem pratos orientais, com espe-ciarias e toques adocicados.

Classic Riesling FraminghamMarlborough - Nova ZelândiaAçúcar Residual: 17 g/L

À moda da produção “clás-sica” da Alemanha, este sim tem o açúcar claramente per-ceptível. Perfeitamente casa-do com a delicadeza do vi-nho e o frescor da acidez, faz com que seja macio e agra-dável, excelente por exemplo para acompanhar sushi!_________________________________________

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PATROCÍNIO:

w w w. z a h i l . c o m . b r

(R.L. STEVENSON)

VINHOENGARRAFADAÉ POESIA

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