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Informativo Rede Ciranda - Assis/SP - Dezembro 2015 - nº 03

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Rede Ciranda da Criança e do Adolescente de Assis/SP Informativo - Dezembro/2015 - nº 03

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Samir Ghrazi

As bases elementares que instituíram o Sistema de Garantia de Direitos de crianças e adolescentes brasileiras possuem origem num passado de quase três décadas. A pro-mulgação da Constituição de 1988 e do Estatuto da Criança e do Adolescente de-marcam não somente marcos legais, mas, também, uma mudança de perspectiva em relação ao cuidado que deveria ser dispen-sado a essa importante parcela da popula-ção.

Contudo, entre passado e presente, entre real e ideal, conquistas e lacunas, o desafio permanece. A transposição das afirmações e incisos de nossos códigos de leis para a vida cotidiana de crianças e adolescentes permanece com um dos reptos mais decisi-vos para o desenvolvimento do país. Nesse sentido, as instituições e os atores sociais de todo o país, em especial, os de nossa cida-de, tem sido incansáveis na busca pela efe-tivação, de fato, desses direitos.

No município de Assis importantes trabalhos são desenvolvidos pelas entida-des assistências, cujo cotidiano se destina à promoção, defesa e controle de direitos e serviços ao público infanto-juvenil. Para tanto, parcerias são fundamentais, tanto com o poder público, como com a socieda-de civil organizada. Nesse contexto, o pro-jeto Rede Ciranda tem atuado na busca por integração entre as entidades, os dispositi-vos legais, as organizações/empresas priva-das e a sociedade civil.

O projeto atende a quem atende as crianças e aos adolescentes, os auxilia em diferentes situações, dentre as quais na es-truturação legal, na captação de recursos, na formação contínua dos atores sociais, bem como na constituição de uma rede de atendimento, que permita a criação de espaços de discussão, compartilhamento e proposição de ideias para efetivação dos direitos e proteção integral de crianças e adolescentes.

O projeto Rede Ciranda é incansável e se mantém aberto a todos os interessados nas questões da infância e adolescência. To-dos os cidadãos podem ajudar-se ao apoiar um projeto que possui como meta valores éticos e morais tão fortes, a saber: garantir saúde, educação e lazer às crianças e ado-lescentes de Assis e região.

Informativo Rede CirandaP. 2

Surge um trabalho em rede

EXPEDIENTE

Informativo Rede CirandaN° 3, dezembro de 2015.

REALIZAÇÃO:Rede Ciranda da Criança e do AdolescenteFinanciadora: Fundação Itaú SocialEntidade Mantenedora: Associação Filantrópica Nosso LarPresidente: Eurípedes do AmaralTécnica Gestora do Projeto: Ana Lúcia Pintar Xavier

Organização do Informativo: Paula TernovalDiagramação: Silvio J. MarquesPeriodicidade: BimestralTiragem: Mil exemplaresImpressão: Gráfica UniãoApoio: Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Assis - CMDCAPresidente: Heloísa Maria Heradão Rogone

Rede CirandaEndereço: Rua Curitiba, 84 - Jardim Paraná - CEP: 19807-510. Assis/SPTelefone: (18) 3323-1765e-mail: [email protected] - site: www.redecirandaassis.org.br

1 - Paula Ternoval: Técnica de ComunicaçãoFormação em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela FEMA (Fundação Educacional do Muni-cípio de Assis) e em Letras pela UNESP/Assis (Universidade Estadual Paulista). Possui experiência com crianças e adolescentes atuando em projetos sociais de Assis e, também, na área de assessoria de imprensa.

2 - Julia Anóbile Godoi: estagiáriaCursando Direito na FEMA (Fundação Educacional do Município de Assis), 4° semestre ou período. É estagiária do Rede Ciranda há um ano.

3 - Roberto Zanin: Técnico de InformáticaFormação em Análise e Desenvolvimento de Sistemas pela Faculdade Norte Paranaense - FACCAR. Experiência em administração de empresas do setor privado, desenvolvimento de sistemas de aplicação em áreas sociais e suporte ao usuário.

4 - Tânia Tanus Salvadori: Técnica de ExecuçãoFormação em Psicologia pela UNESP/Assis (Universidade Estadual Paulista) e pós graduada em Gestão Pública em Saúde pela UAB/UNICENTRO (Universidade Aberta do Brasil). Possui experiência no trabalho em políticas públicas: da saúde, da assistência social, da saúde mental e da criança e do adolescente, atuando em projetos e serviços governamentais e não governamentais.

5 - Daiane Vieira dos Santos Teodoro: Técnica de apoio operacionalFormação em Serviço Social pela UNIMAR (Universidade de Marília) e pós graduada em Gestão e Práticas de Recursos Humanos pela PUC/ Pontifícia Universidade Católica, de Londrina/PR. Possui experiência em progra-mas socioassistencias, no trabalho com entidades do terceiro setor, e captação de recursos através de fundos dedutíveis de Imposto de Renda.

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Paula Ternoval

O projeto Rede Ciranda da Criança e do Adolescente de Assis foi criado a partir de uma demanda da Rede de Atendimento à Criança e ao Adoles-cente de Assis com o intuito de fomentar e articular o trabalho em rede integrando os serviços que são ofertados pelo município ao público infan-to-juvenil. Nosso trabalho é pautado pelos princípios éticos da legislação brasileira, principalmente o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, na garantia de direitos de crianças e jovens em todas as suas dimensões, trazendo para a realidade local o debate e o apoio na execução das políticas públicas para a infância e juventude.

[...] longe do caminho fácil das vias únicas, a articulação permite variados atalhos e favorece contatos em muitas direções. O movi-mento em direção ao outro pode trazer boas surpresas quando se descobrem recursos e apoios possíveis tão próximos e tão ignorados quando atuamos individualmente. Não há exclusividade de cami-nhos, pois organizações e grupos podem compor-se de vários gru-pos diferentes entre si sem comprometer sua atuação em cada um deles (GONÇALVEZ e GUARÁ, 2010, p.12).

Vale ressaltar o que o projeto Rede Ciranda não é a Rede de Atendimen-to, que é muito maior abrangendo todos os projetos que atendem, direta ou indiretamente, crianças e adolescentes em Assis. Assim, nós enquanto projeto, também fazemos parte dessa rede atuando, ao longo de cinco anos, diretamente com as entidades socioassistenciais com o intuito de es-tabelecer um vínculo por meio de ações que integram os serviços, visando a melhoria na qualidade do atendimento e da comunicação entre elas. Sen-do assim, o Rede Ciranda é aquele

[...] que articula intencionalmente pessoas e grupos humanos, sobretudo como uma estratégia organizativa que ajuda os atores e agentes sociais a potencializarem suas iniciativas para promover o desenvolvimento pessoal e social (GONÇALVES & GUARÁ, 2010, p.14).

As atividades exercidas pelo Rede Ciranda são diversas na linha de capa-citação, de captação de recursos, divulgação e transparência dos serviços à comunidade, apoio ao Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente- CMDCA, contribuição com diagnóstico municipal sobre a rea-lidade da criança e do adolescente de Assis, ações na área da tecnologia de informação, entre outras.

Para a execução das ações, O Rede Ciranda conta, ainda, com o apoio de parceiros públicos e do terceiro setor, pois entendemos que o trabalho em rede não é feito de maneira isolada visando o interesse comum que é a garantia dos direitos e a proteção integral da população infanto-juve-nil assisense. Compartilhamos (a Rede), então, os objetivos, as decisões, as responsabilidades, as dinâmicas, a transparência, tudo de forma livre e democrática. Em outras palavras, somos facilitadores e criamos condições propícias para que o intercâmbio de informações aconteça.

Portanto, o Rede Ciranda pretende com o trabalho em rede fortalecer as relações e legitimar as ações, respeitando as individualidades de cada ator e entidade social que, em conjunto, contribuem para novas perspectivas de atuação e superação dos desafios, pois

[...] a rede sugere, sobretudo, uma arquitetura de complementa-ridade na ação. Os desafios para sua implementação ainda são mui-tos, pois a atuação em rede supõe a socialização do poder, o respeito às autonomias e a negociação. Gonçalves; Guará (2010, p. 16)

O que é o Rede Ciranda?

GONÇALVES, Antonio Sérgio; GUARÁ, Isa Maria F. Rosa. Redes de proteção social na comunidade. In: GUARÁ, Isa Maria F. Rosa. Redes de proteção social. Abrigos em movimento. 2010.pp. 11-20.

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Paula TernovalUma das primeiras ações que o projeto Rede

Ciranda colocou em prática para mobilizar a Rede são os encontros “Juntos pela Rede”, que consiste num espaço democrático de participação e escuta da Rede de Atendimento e que tem como objeti-vo fomentar a discussão em torno das demandas levantadas pelas entidades socioassistenciais e os atores sociais que estão diariamente envolvidos com os serviços prestados à comunidade, a � m de propor novas estratégias de trabalho, troca de ex-periências, aprimoramento de ideias e conceitos, atualização das informações e do saber, seguindo os avanços e as novas tecnologias que contribuem na melhoria do atendimento de crianças e adoles-centes em Assis.

Em 2015, aconteceram cinco edições no 1° Se-mestre cada qual com um tema relacionado aos 25 anos do ECA- Estatuto da Criança e do Adolescen-te, indo de encontro, também, com as frentes de trabalho elaboradas pelo Rede Ciranda de acordo com as demandas levantadas pela Rede no ano anterior, são elas: 1. Política da Criança e do Ado-lescente; 2. Combate à violência, abuso e explora-ção sexual infanto-juvenil e 3. Enfrentamento ao uso abusivo de álcool e outras drogas por criança e adolescente.

No primeiro encontro, ocorrido em janeiro na Comunidade Kolping de Santa Cecília, sede, tam-bém, do Rede Ciranda, foi realizado um balanço das demandas da Rede e apresentada as frentes de atuação do projeto para 2015. Todas as atividades do ano foram embasadas de acordo com o plane-jamento proposto neste encontro.

No mês seguinte, o grupo encaminhou a arti-culação da Rede de Enfrentamento à Violência Se-xual contra Crianças e Adolescentes de Assis, hoje chamada Rede Ninho, que deu início às discus-sões do cronograma de ações e do � uxograma de atendimento à vítima infanto-juvenil de abuso e/ou exploração sexual no município. Posteriormen-te, a articulação da Rede Ninho passou ao CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social). O 2° encontro “Juntos Pela Rede” foi realiza-do na Associação Filantrópica Nosso Lar, seguindo a proposta de movimentar a Rede, também, nas reuniões, para que as entidades se conheçam e se conversem mais de perto.

O terceiro encontro aconteceu em março, na Unidade II do CRAS (Centro de Referência de Assis-tência Social), abordando o tema “A Proteção Inte-gral”. O Prof. Dr. Silvio José Benelli, do curso de Psi-cologia da UNESP de Assis, convidado para tratar do assunto, chamou a atenção para o fato dos ato-res sociais reconhecerem na integralidade propos-ta pelo ECA um avanço para o trabalho eticamente comprometido e respaldado pela legislação.

Já a proposta do 4° encontro foi dar continui-

dade às discussões iniciadas no começo do ano e re� etir sobre a atual política da criança e do adoles-cente dentro dos conselhos municipais. A media-ção do debate foi feita pela professora do Progra-ma de Pós-graduação em Serviço Social e Política Social da Universidade Estadual de Londrina, Dra. Vera Lúcia Tieko Suguihiro, com participação de duas alunas do mesmo programa.

Encerrando o semestre, o 5° encontro, ocorrido em maio, foi dedicado ao tema da violência sexual contra crianças e adolescentes por se tratar do mês de combate a esse tipo de violência, em especial do dia 18, instituído como o Dia Nacional de Com-bate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, em memória ao caso da menina Ara-celli, que foi morta aos oito anos em Vitória/ES, víti-ma de violência sexual cometida por membros de uma tradicional família capixaba, em 1976. Dentro das atividades propostas foi feita a exibição o � l-me “Polissia”, drama francês dirigido por Maïwenn e que trata da rotina de um grupo especializado da polícia francesa que lida com crimes que envolvem crianças e adolescentes. A Profa. Dra. Olga Ceciliato Mattioli, pesquisadora do NEVIRG, Grupo de Pes-quisa “Violência e Relações de Gênero”, da Unesp de Assis, conduziu os debates acerca do tema.

No 2° semestre, o Rede Ciranda inovou o en-contro “Juntos Pela Rede”, propondo uma edição especial de Formação Continuada ou Educação Permanente, conceitos que também serão abor-dados aqui neste informativo. A ideia desta ação é propiciar a todos os envolvidos na trato com a questão da infância e juventude, novas formas de se trabalhar dentro das legislações vigentes, apri-morando conceitos e oportunizando espaços de re� exão para esses pro� ssionais. Os encontros fo-ram ministrados por Neli Caccozi, Assistente Social especialista em projetos, de Presidente Prudente, que iniciará o curso abordando o tema “O que é o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Víncu-los?”, passando pela “Convivência e o vínculo como atributos da condição humana”, as “Vulnerabilida-des, riscos e potencialidades”, � nalizando com “Se-quências de observação para planos de interven-ção”.

Os encontros “Juntos Pela Rede” nos possibilita um diálogo aberto e direto com os pro� ssionais e atores sociais que atendem diariamente crianças e adolescentes no município. É fundamental que a Rede se comunique para que ela se fortaleça e po-tencialize as ações, otimizando os serviços ofereci-dos e propiciando mais condições para a qualidade do trabalho e a melhoria da realidade da infância e juventude em Assis. O Rede Ciranda promoveu, ainda, um curso aos Educadores, em parceria com a Diretoria de Ensino de Assis e Secretaria Munici-pal de Educação, e um curso aos Conselhos Muni-cipais.

Encontros de formaçãoe participação da rede

Informativo Rede Ciranda P. 5Informativo Rede Ciranda

Rede Ciranda: Qual a importância da educação permanente aos atores sociais?

Nelli: Primeiro, temos que pensar o que signi� ca hoje ser ator social. E, num contexto de mudanças extremas, o tempo todo, de novas formas de trabalhar, novas propostas na forma de intervir, e, também, num contexto de mudança sócio-político. A nossa pro-

� ssão, seja de assistente social, do psicólogo social e do pedagogo que trabalha na área social, está muita ligada nessa relação do contexto, então, podemos ter um conhecimento acadêmico, mas esse conhecimento precisa estar sempre se reciclando, num processo contínuo. Paralelo a isso, esse pro-� ssional também precisa estar se ampliando no sentido de pessoa, porque vamos pensar, ele (pro-� ssional) atua a partir do que ele é. Não tem como um pro� ssional atuar dentro de um contexto diferente do que ele acredita que seja o mundo, essa relação do cuidar, a relação de direito, e tudo mais. A educação continuada tem a intensão de que tenha esse processo re� exivo do pro� ssional no sentido do que ele enxerga do mundo, como é que ele percebe esse mundo, para que ele tenha uma atuação cada vez mais em sintonia com aquilo que ele acredita. Esse é o caminho, fora a questão, então, concreta e teórica dos conhecimentos que se renovam o tempo todo, tem a necessidade que esse pro� ssional também se amplie enquanto ser humano.

Rede Ciranda: O trabalho em rede contribui para a formação desse pro� ssional e o trabalho que desenvolvem no atendimento de crianças e adolescentes?

Nelli: Acredito muito. A rede é fundamental para que o trabalho seja efetivado para a criança e para o adolescente. Porque, não tem como, nenhuma das instituições dar a cobertura e o suporte para as necessidades de uma situação, ou de um atendimento sozinha. Isso é um aspecto. Para o pro� ssional, é de uma riqueza imensa poder estar com outros atores, poder fazer trocas, isso é o ganho maior. É como se fosse um “holerite adicional”, que nós, da área, temos por ter a possibilidade de estar em um grupo pensante.

Rede Ciranda: Então, esses encontros ajudam em todos os sentidos?Nelli: Isso! Porque eles ampliam a questão da intervenção, mesmo, e, de pensar possibilidades e

de ampliar formas de atendimento nas situações. E, paralelo a tudo isso, a possibilidade do pro� s-sional de rever, de crescer e ter outras escutas e poder ser, até mesmo, mais � exível, no sentido de posições menos rígidas em relação, até, aos seus posicionamentos teóricos-políticos dentro da ação. Porque a nossa ação é uma ação sócio-política, não tem como a gente se desvincular disso. Então, lidar com ideias diferentes, com pensamentos diferentes, de uma forma respeitosa, organizada, am-plia mesmo o conhecimento, esse crescimento, e é muito bom.

Rede Ciranda: Por aí que se caminha, no diálogo...Nelli: O diálogo é fundamental. Porque, a� nal, as coisas são como são, nós que mudamos a forma

de ver as coisas de acordo com nossas vivências, e é aí que podemos provocar transformações. Se perceber numa pessoa em um processo constante de transformação é uma delícia.

Rede Ciranda: E como está sendo a sua experiência com a rede aqui de Assis?Nelli: Adoro Assis! Tenho uma caminhada com os grupos do Nosso Lar e do SER (Serviço Especial

de Reabilitação) e, também, da Fundação Futuro. Já algum tempo acompanho as equipes e estar agora com a Rede é um privilégio! É muito bom, e eu também entro nesse pacote, cresço junto e, o tempo todo, tenho que estar me revendo, porque é um grupo extremamente comprometido, isso � ca muito claro, pela frequência, a forma como se colocam. Então, esse comprometimento também exige de mim um comprometimento ainda maior, e isso, para mim, é muito prazeroso contribuindo para o meu crescimento.

Tânia Tanus SalvadoriO Projeto Rede Ciranda da Criança e do Adoles-

cente de Assis busca, em seu processo de trabalho, compreender e acolher as demandas que surgem dos trabalhadores e dos serviços da Rede de Atenção à Criança e ao Adolescente do município. É uma grande preocupação da equipe efetuar a escuta dos atores sociais envolvidos, a � m de trabalhar em torno de suas reais necessidades. A partir deste processo, uma das demandas que surgiu, e a qual o Rede Ciranda es-tima grande importância, é a que se refere à formação e aprimoramento dos saberes e práticas destes atores e das equipes que atendem ao público infanto-juve-nil em Assis.

Sendo assim, a equipe do Rede Ciranda coloca em seu planejamento de ações, como prioridade, a pro-posta de Educação Permanente, assim como, a cria-ção e o fortalecimento de espaços de diálogo e troca entre os variados serviços e atores. A ideia principal do trabalho em Rede se faz em torno da viabilização e efetividade da articulação entre todos os setores e serviços que a constituem. Portanto, somente a co-municação e� caz e o diálogo constante, enquanto parte fundamental do processo de trabalho, podem

concretizar esta “Cultura de Rede” e garantir que ela seja, de fato, implementada e realizada com sucesso.

A proposta de Educação Permanente se tornou, nos últimos anos, uma Política Pública em diversos setores, sendo promovida, inclusive, pelos Ministérios do Desenvolvimento Social e da Saúde. Esta proposta vem de encontro com o fortalecimento do trabalho em Rede e busca a quali� cação dos saberes e práti-cas com intuito de melhorar a qualidade dos serviços prestados, de apoiar e valorizar os trabalhadores e trabalhadoras e de evoluir na efetivação das políticas públicas e na garantia de direitos à população.

A partir desta consciência, o Rede Ciranda se orgu-lha de suas ações neste sentido, sendo exemplo disto, no ano de 2015, os encontros “Juntos pela Rede”, o Curso de Aprimoramento para Conselheiros, o Curso de Formação para Educadores e o Curso de Educação Permanente para a Rede. E ainda, pretende incluir em seus novos planejamentos para o ano de 2016, mais ações de Educação Permanente para os variados seg-mentos e serviços, a partir da escuta de suas necessi-dades. Mantendo, também, a iniciativa de fomento da articulação e do diálogo entre a Rede estimulando-a e contribuindo para seu fortalecimento.

Entrevista Nelli CaccoziAssistente Social

O “Rede Ciranda” e a importância da Educação Permanente

Informativo Rede CirandaP. 6

Tânia Tanus SalvadoriDurante o ano de 2015 ocorreram no município de Assis algumas ações de

participação popular e de protagonismo de crianças e adolescentes, são exem-plos delas as Conferências Lúdicas e Convencionais, Municipal e Regional, dos Direitos da Criança e do Adolescente; a criação do coletivo dos 25 anos do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e o 1º Encontro do “Coletivo 25 anos do ECA”. O Rede Ciranda buscou participar e apoiar tais ações e pretende, em seus planejamentos futuros, incluir com intensidade este aspecto de apoio e fomento de espaços como esses, colaborando no fortalecimento da participação efetiva e na concretização dessa participação enquanto direito.

“Protagonismo é a atuação de adolescentes e jovens, atra-vés de uma participação construtiva. Envolvendo-se com as questões da própria adolescência/juventude, assim como, com as questões sociais do mundo, da comunidade... Pen-sando global (O planeta) e atuando localmente (em casa, na escola, na comunidade...) o adolescente pode contribuir para assegurar os seus direitos, para a resolução de problemas da sua comunidade, da sua escola...”

(Maria Eleonora D. Lemos Rabêllo, Fonte:http://www.cedeca.org.br/conteudo/noticia/arquivo/39da691a-fd4e-d-119-3dae60914b0999ae.pdf)

Desde o mês de Agosto, o CRP (Conselho Regional de Psicologia) passou a oferecer o espaço de seu Núcleo da Criança e do Adolescente para compor o Grupo de trabalho sobre os 25 anos do ECA , este grupo posteriormente evoluiu para um “Coletivo dos 25 anos do ECA” que organizou então, o 1º Encontro do “Coletivo 25 anos do ECA”. Desde o início, essa ação contou com a participação de adolescentes que foram sendo convidados e levados a participar por traba-lhadores dos serviços da Rede, observando-se grande empenho por parte dos CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) I, II e III.

Este Coletivo foi ganhando força e os adolescentes foram se empoderando conforme puderam se perceber como atores sociais primordiais nesta temática e, assim, protagonizaram, de fato, as reuniões e o evento, atuando em sua orga-nização e execução do começo ao fi m. Foram parceiros também: a Secretaria Municipal de Educação, a Diretoria Regional de Ensino, as escolas estaduais Ca-rolina Burali, Carlos Alberto de Oliveira, Dom Antônio, Leo Pizatto entre outras. Contabilizou, ao todo, a participação de cerca de 120 pessoas, em sua grande maioria adolescentes. Este coletivo pretende ter continuidade e prover novas ações de protagonismo.

No dia do 1º Encontro “Coletivo 25 anos do ECA” tivemos a notícia de que os alunos e alunas da E.E Dr. Clybas Pinto Ferraz, de nosso município, ocuparam sua escola unindo-se à luta de tantas outras escolas do Estado para fazer resistência e oposição à reorganização escolar proposta pelo governo estadual. Algumas semanas depois, a escola E.E Prof. Carlos Alberto de Oliveira também foi ocupa-da pelos estudantes. Estas ações reafi rmaram o protagonismo, a consciência do papel social e a força que os adolescentes/ estudantes têm e o quanto querem se fazer ouvir.

O Projeto Rede Ciranda parabeniza as crianças e os adolescentes que contri-buíram para que estes eventos e espaços se concretizassem como espaços de protagonismo, sendo que esta participação é de fundamental importância para que possamos evoluir na garantia de direitos e na superação dos desafi os. É mui-to importante também poder contar com o apoio de toda Rede nestas ações, visto que este apoio contribui para fomentar e fortalecê-las.

Dar voz às demandas e opiniões de crianças e adolescentes é um ponto cru-cial das Políticas Públicas que envolvem este público, para que se possa pensar em planejamentos, propostas e ofertas que vão de encontro com a realidade. Para isto, é preciso respeitar as possibilidades desta participação e buscar a efe-tivação da inclusão de crianças e adolescentes nos espaços de participação e controle social, principalmente os grêmios estudantis, CMDCA (Conselho Muni-cipal de Direitos da Criança e do Adolescente de Assis) e Conselho Tutelar, assim como é importante que sejam criados e fortalecidos outros espaços de encontro, debate e articulação entre pessoas de todas as idades aproveitando a enorme potencialidade que crianças e adolescentes têm para contribuir nestas ações.

O Protagonismo de Crianças e Adolescentes enquanto direito

e propulsor do trabalho

Informativo Rede Ciranda P. 7

Tânia Tanus SalvadoriUma das frentes de trabalho do

Projeto Rede Ciranda diz respeito à colaboração direta na elaboração e execução do Diagnóstico Municipal sobre a Realidade da Criança e do Ado-lescente de Assis. Esta ação é de fun-damental importância para assegurar direitos e para fortalecer a política de atenção à criança e ao adolescente no nosso município. Trata-se de um tra-balho em parceria com o Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente, o CMDCA, onde é feito um mapea-mento do município e de toda a Rede de Atendimento a esse público, assim como, se busca conhecer a realidade e as reais necessidades dessa faixa da população.

Para tanto, é feito o contato com todos os setores e segmentos para efetuar o reconhecimento de varia-dos espaços, equipamentos públicos, serviços, projetos e locais de convívio, buscando a participação destes se-tores na composição do diagnóstico. São exemplos desta participação a educação, o conselho tutelar, a saúde, a assistência social, o poder judiciá-rio, o mistério público, as instituições governamentais e as entidades não governamentais que trabalham com crianças e adolescentes, a FAC (Funda-ção Assisense de Cultura), a autarquia de esportes, entre outros. São levanta-dos, também, dados e indicadores que possibilitem avaliarmos a respeito de possíveis violações de direitos de nos-sas crianças e adolescentes, o que nos permite aprofundar o conhecimento sobre esta área. Nosso trabalho pauta--se na compreensão de que a criança e o adolescente são sujeitos de direitos e a garantia desses direitos deve ser prioridade absoluta.

O Diagnóstico possibilita o fortale-cimento de vínculos locais de coope-ração, assim como, é um importante instrumento de conhecimento e ava-liação da realidade do município. Este instrumento tem como principal fina-lidade a formulação de propostas de ações fundamentadas, além servir para embasar os planejamentos, a gestão e as propostas de políticas públicas, alcançando, assim, maior eficiência e eficácia nos atendimentos e nas ofer-tas, a fim de alcançarmos melhorias na atenção à população de crianças e adolescentes do nosso município, em busca da efetivação de seus direitos.

Paula TernovalO Rede Ciranda promove diversas

ações com intuito de fortalecer e arti-cular o trabalho em rede na garantia de direitos de crianças e adolescentes de Assis. Mas esse movimento contí-nuo só é possível graças à parceria e à amizade que estabelecemos com as entidades, o poder público e diversos outros segmentos e voluntários que nos auxiliam na execução das ativida-des propostas, assegurando, assim, a proteção integral preconizada pelo ECA (Estatuto da Criança e do Ado-lescente) para meninos e meninas do município.

A TV FEMA selou conosco uma grande parceria na realização, primei-ramente, do programa TV Ciranda, que mostra o cotidiano de trabalho das entidades e, ao mesmo tempo, traz a reflexão acerca da importância destas instituições no atendimento às crian-ças e aos adolescentes mostrando, também, o que a cidade tem em rela-ção às políticas públicas voltadas para a infância e juventude.

Os parceiros do Rede Ciranda

Num segundo momento, a TV FEMA, em conjunto com o Rede Ciran-da e a imprensa assisense, promoveu o programa “Cirandar”, cujo objetivo é arrecadar fundos, ajudando financeira-mente as entidades socioassistenciais por meio da doação direta de recursos. Esse programa foi gravado no dia 30 de novembro, no Teatro Municipal, e contou com presença das entidades e convidados artísticos numa grande ciranda da solidariedade. “Foi um tra-balho pioneiro em Assis, reunir tantas pessoas, de segmentos diferentes, em prol das crianças e adolescentes. A ex-periência foi tão boa, que queremos dar continuidade a esse projeto nos anos seguintes a fim de se tornar uma tradição na nossa cidade”, avalia Alex Caligaris, Diretor da TV FEMA. A trans-missão do “Cirandar” será feita por to-dos os canais a cabo de Assis, no perío-

do de 20 de dezembro a 20 de janeiro. Ainda, dentro das ações de divul-

gação está a 2ª edição da mostra foto-gráfica “Olhares que contam” que está sendo realizada em colaboração com um grupo de fotógrafos, profissionais e amadores, de Assis que estão dedi-cando tempo e talento a fim de reve-lar à comunidade assisense, por meio das imagens, todas as facetas das en-tidades e como a rede vem se articu-lando para estabelecer um padrão de qualidade dos projetos e ações sociais desenvolvidos pelos profissionais das entidades e benfeitores.

Contamos, também, com a parce-ria de acadêmicos de todas as áreas do saber que nos auxiliam em nossos encontros “Juntos pela Rede”, em pu-blicações e na capacitação da equipe de trabalho do Rede Ciranda. Nosso agradecimento especial ao Prof. Dr. Silvio José Benelli, do curso de psicolo-gia da Unesp de Assis, que tem acom-panhado de perto nossas atividades

e nos orientado na caminhada junto com a Rede de Atendimento. Nosso muito obrigado, também, à Profa. Dra. Vera Lúcia Tieko Suguihiro, do curso de Serviço Social da Uel (Universidade Estadual de Londrina), no Paraná, que nos auxiliou no trato com as questões que envolvem a participação popular nos Conselhos Municipais.

Podemos citar aqui tantas pessoas e instituições que passaram por nós e nos ajudaram a chegar onde estamos agora. Mas não poderíamos deixar de lembrar do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Assis que, desde o princípio, este-ve presente conosco em nossas ações, deliberações e decisões que envolvem a Rede de Atendimento e o trabalho em rede.

Enfim, o vínculo está estabelecido, os laços fortalecidos e esperamos con-tinuar contando com parceria de to-dos os envolvidos por muitos e muitos anos. A todos a nossa gratidão!

Diagnóstico Municipal:

conhecer para transformar

Informativo Rede CirandaP. 8

Paula TernovalO Rede Ciranda vem desenvolvendo

diversas ações ao longo de sua trajetória de articulação e fortalecimento da Rede de Atendimento à Criança e ao Adolescente de Assis, oportunizando o protagonismo dos atores por meio de espaços de diálogo e ação, que possibilitem a participação ativa dos representantes das áreas da assistência social, educação, saúde, segurança pública e controle social, na busca pela efetiva-ção do sistema de garantias de direitos da criança, do adolescente e seus familiares.

As atividades seguem na na linha de capacitação, de captação de recursos (auxiliando na Campanha do Imposto de Renda), divulgação e transparência dos serviços à comunidade, apoio ao Conse-lho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Assis, ações na área da tecnologia da informação e contribuição com diagnóstico municipal da realidade da criança e do adolescente de Assis, entre outras realizações.

Para 2016, estamos a todo vapor com nossas atividades. Daremos continuidade às propostas de trabalho iniciadas no ano

anterior, como a publicação do livro Rede Ciranda, e a retomada das edições da Mos-tra Fotográfica “Olhares que contam II” e da Revista Ciranda, totalmente repaginada. A novidade se voltará para o protagonismo de crianças e adolescentes, desafio lança-do pela equipe, que está empenhada em propiciar um canal aberto às crianças e jovens, escutá-las em suas necessidades e, diante disso, elaborar ações voltadas dire-tamente para esse público.

A 2ª edição da mostra fotográfica “Olhares que contam” é um projeto que visa apresentar o cotidiano de trabalho das entidades socioassistenciais de Assis por meio da fotografia. As imagens, por si só, contarão histórias de superação e suces-so, momentos de alegria e tristeza, traje-tórias e conquistas que estas instituições atravessam no atendimento de crianças e adolescentes, sob o olhar e a sensibilida-de de fotógrafos profissionais e amadores assisenses. O lançamento da mostra está previsto para o mês de fevereiro e a expo-sição será itinerante, percorrendo, durante todo o ano, os espaços públicos da cidade, entidades, universidades, entre outras lo-

calidades. A nova Revista Ciranda seguirá a linha

editorial voltada ao universo infanto-juve-nil com matérias e reportagens especia-lizadas, artigos, entrevistas, curiosidades, opiniões de especialistas, ensaios fotográ-ficos, charges, ilustrações, coluna (Histórias de Sucesso), entre outras possibilidades, para trazer à tona os assuntos de maneira prática e interativa.

Já o livro, abordará o trabalho em rede desenvolvido em Assis, os impactos diretos do exercício conjunto de ações, os avanços e os desafios na integração das atividades, dos segmentos e dos serviços prestados à comunidade, em especial, às criança e aos adolescentes, aliado às comemorações dos 10 anos de SUAS (Sistema Único de Assis-tência Social) e dos 25 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente, datas importan-tes que consolidam a luta pela garantia da proteção integral e dos direitos do público infanto-juvenil.

Nas ações voltadas ao protagonismo de crianças e adolescentes, queremos ca-minhar juntamente com os movimentos estudantis, em especial os grêmios, para

promover um canal aberto ao diálogo e à escuta direta das necessidades desse público. Também, construiremos junto ao “Coletivo 25 anos do ECA”, iniciativa do CRP (Conselho Regional de Psicologia) de Assis, atividades que pensem e efetivem a parti-cipação de crianças e jovens, enquanto ci-dadãos de direitos, na busca por melhorias na área da infância e juventude.

Queremos, assim, caminhar juntos com a Rede de Atendimento, a fim de comple-mentar a atuação e a execução das ações conjuntas que tem como objetivo atender as necessidades sociais de crianças e ado-lescentes de Assis. Neste sentido, a Rede e todos os envolvidos, sejam as entidades enquanto instituições de serviço, como os profissionais, os atores sociais e os tra-balhadores e trabalhadoras da área social, num esforço conjunto, estejam compro-metidos com o trabalho, promovendo o apoio mútuo, a colaboração e assumindo a co-responsabilidade como condição fundamental para superar os desafios, as dificuldades técnicas, financeiras, metodo-lógicas e operacionais que surjam ao longo dessa caminhada.

E que venha 2016!

De onde vem o recurso do Rede Ciranda?

Paula TernovalDesde o surgimento do Rede Ci-

randa, em 2010, a sustentabilidade das ações e da equipe de trabalho ad-vém de processos de editais privados em que o projeto concorrera. Sendo assim, o Rede Ciranda foi financiado, até o presente momento, pelas Funda-ções Telefônica e Itaú Social. O gestor desse recurso é a Associação Filantró-pica Nosso Lar, mantenedora do Rede Ciranda e de mais outros três projetos da área infanto-juvenil.

O recurso financeiro é empregado em diversos serviços com o objetivo de estimular a cultura de atuar em rede. Hoje, o projeto Rede Ciranda, trabalha diretamente na articulação e mobili-zação dos atores sociais de 27 institui-ções sociais, entre poder público e so-ciedade civil, cadastradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Assis (CMDCA).

Ações desenvolvidas com o recur-so do Rede Ciranda:

- Manutenção da equipe de traba-lho com recursos humanos;

- Elaboração do Diagnóstico Munici-pal da Realidade da Infância e Juventu-de de Assis, com o apoio do Conselho;

- Organização de capacitações, en-contros e educação permanente para a Rede de Atendimento;

- Participação em outros espaços de articulação, gestão e diálogo, tais quais: outras Redes, coletivos, conse-lhos, reuniões entre outros;

- Promoção da Campanha do Im-posto de Renda;

- Ações de divulgação e transpa-rência das atividades e do trabalho das entidades como a publicação bimes-tral do jornais informativos, boletins à imprensa assisense, comunicação on line por meio do site do Rede Ciranda e redes sociais, publicações (revista e livro) e Mostra Fotográfica;

- Ações na área de tecnologia da informação, são elas elaboração de sis-temas; coordenação e contratação de estagiários; suporte ao usuário; ade-quação de metodologias de trabalho voltados à informática; manutenção de hardware e software, entre outras atividades de integração entre a Rede.

Todo dinheiro que entra para a manu-tenção das atividades do Rede Ciranda, seja por meio de editais ou via imposto de renda, 5% do montante arrecado fica para o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Assis.

A destinação de parte do imposto de renda para o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente auxilia na aplicação financeira de pro-jetos, entidades e instituições sociais que atendem crianças e adolescentes no município. Assis possui um poten-cial de doações de, aproximadamente, R$ 1 milhão de reais, e se não for des-

tinado ao município no ato da declara-ção, esse dinheiro vai para outras loca-lidades em forma de impostos.

É muito simples reverter esse mon-tando à cidade, basta seguir as orien-tações acima e contribuir na garantia de direitos de crianças e adolescentes. Seja solidário e ajude a mudar a reali-dade infanto-juvenil de Assis!

Para contribuir com o projeto Rede Ciranda e darmos continuidade com a ações de articulação e forta-lecimento da Rede de Atendimento, um caminho é a destinação de parte do imposto de renda devido. Assim, o recurso será empregado no atendi-mento de crianças e adolescentes do município.

Podem fazer doações a pessoa fí-sica, até 6% na declaração completa, e 1% para pessoa jurídica que possui lucro real. A transação pode ocorrer durante todo o ano. Fique atento às regras:

- Nos meses de janeiro a abril, a contribuição poderá ser feita direta-mente no sistema da Receita Federal, na declaração do imposto de renda.

Ao final do processo, o doador precisa fazer a opção do município ao qual de-seja destinar o recurso;

- Após abril, a doação poderá ser feita por transferência eletrônica, bo-leto ou depósito na conta do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Assis, na conta corrente nº 44966-0, na agência do Banco do Brasil S/A 223-2. Mas, aten-ção! O pagamento deverá ser feito até o dia 31 de dezembro do ano corren-te. Realizada a doação, o doador de-verá entrar em contato com o CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Assis) que gerará um recibo que servirá como comprovante para a próxima declaração do imposto de renda;

Doações via Imposto de Renda

Porque doar ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do

Adolescente de Assis?