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Informe Epidemiológico Hantavirose no DF_ nº 1 2013

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Atualização das informações sobre a situação epidemiológica da Hantavirose no Distrito Federal.

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Page 1: Informe Epidemiológico Hantavirose no DF_  nº 1  2013

Situação epidemiológica da hantavirose no DF

De janeiro até o dia 28 de dezembro de 2012, foram notificados 76 casos suspeitos de hantavirose. Cinquenta e dois casos de residentes no Distrito Fede-ral e vinte e quatro em GO. Dentre os casos notifica-dos sessenta e dois foram descartados e doze estão aguardando o resultado da sorologia e investigação (Tabela 1).

As regiões administrativas com maior número de notificações foram Planaltina e Samambaia com 8 casos cada, seguido de Taguatinga com 5.

Dois casos foram confirmados por sorologia. Um paciente era do DF, de São Sebastião (LPI em S. Sebastião), evoluiu com cura. O segundo, que evoluiu para óbito, era morador de Águas Lindas/GO (importado). A taxa de letalidade, dos casos atendidos no DF foi de 50%.

Diagnóstico laboratorial da hantavirose

O diagnóstico específico, de infecção pelos hanta-vírus, pode ser realizado por pesquisa sorológica, que identifica o anticorpo no soro ou sangue total,e pes-quisa virológica, que detecta a presença do antígeno ou genoma viral em tecido, sangue total ou soro.

O diagnóstico sorológico é realizado pela técnica de Elisa IgM, por meio da amostra de soro ou sangue colhida na fase prodrômica ou cardiopulmonar de pacientes com suspeita de infecção por hantavírus. Essa técnica é considerada de grande sensibilidade. Os anticorpos IgM pode ser detectados em cerca de 95% dos pacientes durante a presença dos sintomas agudos, podendo ser identificados até 60 dias após o início dos sintomas.

A técnica para detecção do genoma viral é a rea-ção em cadeia da polimerase (RT-PCR), considerada eficiente na identificação de RNA viral nas amostras de soro, coágulo sanguíneo ou fragmentos de tecidos colhidos até o sétimo dia da doença. No caso de óbito orienta-se a coleta das amostras até oito horas após o óbito.

A detecção do antígeno - Ag viral, pode ser feita por meio da reação imuno-histoquímica que

u - tiliza anticorpos para identificar o antígeno específico. A técnica é muito realizada em casos de óbito para confirmação da presença do antígeno viral em fragmentos de órgãos.

Orientações para coleta de amostra

♣A coleta para fins de sorologia pode ser feita a partir do início dos sintomas;

♣ Colher a primeira amostra de 5 a 10 ml de sangue em tubo estéril sem anticoagulante;

♣Deixar o sangue em temperatura ambiente por 30 minutos, para retração do coágulo, e centrifu-gar (2500 RPM, de cinco a dez minutos) sepa-rando o coágulo (para RT-PCR) e soro a serem encaminhados ao laboratório;

♣ Se a coleta for após óbito, colher de 5 a 10 ml de sangue do coração seguindo as orientações anteriores;

♣As amostras de soro deverão ser conservadas em temperatura entre 2ºC e 8ºC em geladeira por no máximo 24 horas;

♣ No caso de retirada de fragmentos de órgãos (pulmão, rim, fígado e coração) colher 1,5 - 2 cm, encaminhar ao laboratório, incluso em para-fina ou em formol tamponado;

♣ Amostras de vísceras provenientes de necrop-sia devem ser coletadas preferencialmente até oito horas após o óbito;

♣ As amostras biológicas devem ser identifica-das a PIS, de forma legível e acompanhada da FICHA DE NOTIFICAÇÃO E DE INVESTI-GAÇÃO DE AGRAVOS PARA HANTAVI-ROSE — SINAN; e

♣ As amostras devem ser encaminhadas o mais breve possível ao LACEN—DF, acondicionadas em sacos plásticos fechados, em caixa térmica de isopor, em temperatura adequada .

Chefe do Núcleo

Dalcy Albuquerque Filho

Equipe técnica:

Enfª Ana Karla da Silva

Biol. Franciene Oliveira

APPb. Harley Cunha

Biol. Nádia Martins

Enfª Sandra Maria Cortez

Equipe volante:

AGPb Agenildo Mendes

ASP João Afonso Sobrinho

ASP Sebastião Almeida Filho

G O V E R N O D O D I S T R I T O F E D E R A L S E C R E T A R I A D E E S T A D O D E S A Ú D E

S U B S E C R E T A R I A D E V I G I L Â N C I A E M S A Ú D E D I R E T O R I A D E V I G I L Â N C I A E P I D E M I O L Ó G I C A

G E R Ê N C I A D E D O E N Ç A S C R Ô N I C A S E A G R A V O S T R A N S M I S S Í V E I S N Ú C L E O D E C O N T R O L E D E E N D E M I A S

I N F O R M A T I V O E P I D E M I O L Ó G I C O D E H A N T A V I R O S E N O D F A N O 6 , N º 1 — 2 0 1 3

Tabela 1 - Casos de hantavirose notificados, confir-mados, autóctones, importados e óbitos segundo a

data de início dos sintomas, 2011 e 2012

Ano Notif. Conf. Autóct. Import. Óbito

2011 134 11 9 2 3

2012* 76 2 1 1 1

Total 210 13 10 3 4 *Dados até a 52ª semana de início dos sintomas de 2012. Fonte SINAN, DF.