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REVISTA Ano XVII – Edição 142 – fevereiro 2013 Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo SINDLOC OPORTUNIDADES NO MERCADO DE EVENTOS Ressarcimento reduz prejuízos em casos de acidente Sindloc-SP amplia a cobertura jurídica para os associados São Paulo oferece boas oportunidades para o setor de locação

Informe Sindloc 142

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Informe Sindloc 142

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REVISTA

Ano XVII – Edição 142 – fevereiro 2013

Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo

Ano XVII – Edição 142 – fevereiro 2013

SINDLOCOPORTUNIDADES NO MERCADO DE EVENTOS

Ressarcimento reduz prejuízos em casos de acidente

Sindloc-SP amplia a cobertura jurídica para os associados

São Paulo oferece boas oportunidades para o setor de locação

revista s indloc 3

A Revista Sindloc SP é uma publicação do Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo, distribuída gratuitamente a empresas do setor, indústria automobilística, indústria do turismo, executivos financeiros e jornalistas.

Presidente: Alberto de Camargo VidigalVice-Presidente: Eladio Paniagua Junior

O terceiro mês de gestão já passou e o prefeito de São Paulo Fernando Haddad continua esqui-vando-se da sua promessa de por fim à cobrança da taxa de inspeção veicular. Uma das principais bandeiras de sua campanha está se transformando em promessa vazia. E seu eventual adiamento para 2014 parece tornar ainda mais explícita uma sanha arrecadatória do poder público, em detri-mento do compromisso com a sociedade.

A inspeção veicular amplia substancialmente a receita do município, quando na verdade deveria ser um instrumento em benefício do meio ambiente, evitando que os carros em situação irregular continuem transitando pelas ruas da capital. O fato de os veículos com até dois anos – a totalidade da frota das locadoras – serem obrigados a passar pela inspeção endossa o cunho meramente eco-nômico de tal procedimento. Portanto, essa determinação não tem lógica. Afinal, a preocupação deveria ter foco nos veículos mais antigos, que não atendem às normas ambientais e emitem exces-sivo número de elementos poluentes.

A legislação, mais uma vez, contempla interesses contrários ao da população. Para tornar o ce-nário ainda mais nebuloso, o projeto de lei do novo prefeito ainda traz uma nova obrigação. Os proprietários de veículos emplacados em outras cidades do país, mas que transitam por São Paulo por mais de 120 dias, deverão pagar a taxa de inspeção veicular. Por outro ângulo, percebemos que a administração continua preocupada em arrecadar mais recursos financeiros, de olho na cobrança do ICMS.

O prefeito de São Paulo deixa de honrar um dos seus principais compromissos eleitorais. E pior, acabou enviando à Câmara de Vereadores um projeto cujas obrigações foram ampliadas, desvirtu-ando a sua proposta inicial.

Esse cenário lembra o comportamento da maioria dos políticos brasileiros, quando os com-promissos de campanha se transformam em discurso vazio! Será que o prefeito Haddad vai entrar nessa?

Alberto de Camargo VidigalPresidente do Sindloc-SP

Fim da taxa de inspeção: compromisso ou discurso vazio?

ExPEdiEntE

Editorial

diretor Financeiro: Luiz Carlos de Carvalho Pinto Langdiretor Secretário: Paulo Miguel Jr.Consultor de Gestão: Luiz Antonio CabralConselho Fiscal: Eliane Baida, Paulo Gaba Jr. e Paulo Hermas Bonilha JuniorProdução Editorial: Scritta – www.scritta.com.brCoordenação: Eduardo GraboskiRedação: Eduardo Graboski, Kátia Simões e Fernando Portodiagramação: Cris Tassi - [email protected]ão: Júlio Yamamoto e Leandro LuizeJornalista Responsável: Paulo Piratininga -

MTPS 17.095 - [email protected]ão: Gráfica Revelaçãotiragem: 5 mil exemplaresCirculação: distribuição eletrônica para 7 mil leitores cadastradosEndereço: Praça Ramos de Azevedo, 209 – cjs. 22 e 23telefone: (11) 3123-3131E-mail: [email protected]

É permitida a reprodução total ou parcial das reportagens, desde que citada a fonte.

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05 indiCAdORSegundo a Serasa Experian, o índice de inadimplência do consumidor registrou alta de 14,2% em fevereiro.

07 JURÍdiCOVera Lucia Menezes fala sobre a corrida das empresas pela certidão negativa de débitos para participar de concorrências públicas.

13 GEStÃOEspecialistas identificam o melhor momento para se discutir sucessão familiar e aconselham empresários do setor.

14 LEGiSLAÇÃOAdvogado orienta locadoras notificadas por licenciar veículos no estado do Paraná e vender para terceiros em outros estados.

sumário

SEtORO mercado de eventos em São Paulo pode abrir boas oportunidades de negócios para as locadoras de automóveis.

MERCAdODe olho na fidelização dos clientes, montadoras apostam em novas tecnologias para garantir mais segurança e eficiência aos veículos.

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A Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) acaba de divulgar um balanço que traz os resultados das vendas de 2012 entre seus asso-ciados. A movimentação recorde superou R$ 11 bilhões, com cresci-mento de 13,3% sobre o ano ante-rior, incluindo itens como transa-ções aéreas, transações terrestres de hotelaria e locação de veículos.

Desse montante total, o setor de locação de automóveis registrou aumento de 14%, obtendo market

share nacional de pouco mais de R$ 87 milhões. O tíque-te médio chegou a R$ 151,11. “O crescimento, de modo geral, retrata o aumento da demanda do setor de viagens corporativas no Brasil, resultado da boa percepção do Brasil no cenário econômico mundial”, analisa Edmar Bull, presidente da Abracorp.

No quesito participação de mercado, as passagens aéreas domésticas encabeçaram a lista com 72% (R$ 2,2 bilhões), em comparação com 17% de transações hote-leiras, 2% de locação e 9% de outros serviços terrestres. O volume de transações, por outro lado, apresentou um vigoroso incremento de 24% em relação a 2011.

Os dados consolidados da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) apontam que o número de consultas ao SPC e Usecheque, sistemas de proteção ao crédito, cresceu 3% entre janeiro de 2012 e o mesmo mês deste ano. Outra comparação, entre dezembro de 2012 e janei-

IndIcadores do comércio varejista em São Paulo

abracorp: locadoras faturam 14% a mais com viagens corporativas InadImplêncIa do

consumIdor aumenta 14,2%, aponta Serasa

A Serasa Experian registrou aumento de 18,3% no indi-cador que afere a inadimplência de consumidores no país. O levantamento considerou os índices de fevereiro de 2012 e 2013. Apesar de ter sido verificado aumento, a Serasa res-salta que houve desaceleração da alta, já que, em relação ao mesmo período de 2010, o avanço fora de 25,4%.

Segundo os economistas da Serasa Experian, a alta foi puxada pelo forte endividamento do consumidor, que vem crescendo desde 2010. O alto comprometimento da renda dificultou o pagamento em dia dos compromissos financeiros assumidos, o que causou um montante de dí-vidas maior.

O controle de gastos pelos consumidores, entre janeiro e fevereiro de 2013, é atribuído principalmente pela alta de juros e às despesas típicas de início de ano, como IPVA, IPTU e itens escolares. Além disso, contribuíram as incer-tezas sobre a crise econômica global.

Ainda de acordo com a Serasa, as dívidas não bancárias – como cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços – são as principais causadoras da elevação da inadimplência.

iNFormaÇÕEs ÚtEis

O presidente da Abracorp, Edmar Bull, avalia que aumento é resultado do ótimo momento econômico que o país passa frente ao cenário mundial

comparativo

JaNEiro 2013 JaNEiro 2012 DEZEmBro 2012 JaNEiro % 13/12 JaN./DEZ. % 2013

registros recebidos 570.889 549.191 523.989 4,0 9,0

registros cancelados 400.648 394.926 591.636 1,4 -32,3

Scpc 1.998.315 1.940.300 2.578.707 3,0 -22,5

Scpc cHEQUE (Usecheque) 2.382.782 2.312.393 4.346.214 3,0 -45,2

ro de 2013, mostra que a oscilação registrada é de -22,5% no SCPC e - 45,2% no Usecheque. De acordo com a ACSP, o número de consultas foi maior em dezembro em virtu-de do incremento de vendas de fim de ano, quando mui-tos consumidores aproveitaram para usar o 13º salário.

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ensa

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A partir de agora, para participar de licitações, as em-presas devem obter a Certidão Negativa de Débitos Tra-balhistas (CNDT). Com isso, muitos empreendimentos já recorrem ao Judiciário para quitar dívidas. Ao todo, se-gundo matéria publicada pelo Valor Econômico, 453 mil processos que envolviam dívidas trabalhistas foram extin-tos entre 4 de janeiro de 2012 – quando a certidão foi instituída – e 3 de janeiro de 2013. Aproximadamente 60 mil empresas e outras 64 mil pessoas físicas quitaram suas dívidas trabalhistas.

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) acredita que esse número deva aumentar consideravelmente em 2013, pois ainda existe 1,139 milhão de devedores na Justiça do Traba-lho. Dessa forma, para que as dívidas sejam encerradas, é pre-ciso concluir 1,762 milhão de ações. Isso porque há pessoas e empresas com mais de um processo.

O próprio secretário-geral da presidência do Tribunal Superior do Trabalho, Rubens Curado, reconhece a comple-xidade de extinguir tantos processos. Em 2011, o tribunal re-cebeu pouco mais de 1 milhão de processos e julgou apenas 40 mil casos a menos do que entraram.

Nas empresas, a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas causou efeito reverso. Antes de entrar em vigor, com a Lei nº 12.440, a determinação era atrasar o processo judicial para que a dívida fosse extinta. Agora, as companhias precisam acelerar o processo para acabar com as dívidas e, assim, participar de licitações públicas. A certidão promete mudar essa realidade.

Em um ano, o TST emitiu 16 milhões de certidões. Em ja-neiro de 2012, o primeiro mês de exigência do documento para que empresas pudessem participar de licitações, 666 mil certidões foram expedidas. Em dezembro do ano passado, esse número subiu para 2,7 milhões. Em média, no decorrer do ano passado, o Tribunal Superior do Trabalho emitiu 1,23 milhão de CNDTs por mês.

Neste mês, o próximo desafio será no Supremo Tribunal Federal. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) impe-trou uma ação contra a exigência das certidões. O relator, mi-

Certidão negativa cria corrida para pagar dívidas trabalhistas

tRAbALhiStA

nistro José Antonio Dias Toffoli, determinou que ela deve ser julgada diretamente pelo mérito.

InICIADA OPErAçãO DE AUDItOrIA EM COMPEnSAçõES PrEVIDEnCIárIAS

No fim do mês de janeiro, a Receita Federal desencadeou uma operação de auditoria em compensações previdenciá-rias atípicas, que estão realizadas ao Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social – GFIP. Nesta primeira etapa da fiscalização, mil contribuintes foram notifi-cados. Esses deverão informar, por meio do e-CAC, a origem dos créditos computados. Caso o contribuinte não consiga esclarecer a origem do dinheiro, a Receita Federal adotará medidas para a glosa dos créditos e a cobrança dos valores compensados, com multa de 75% a 150% sobre o valor da compensação irregular.

Até o fim do ano, outros 12 mil contribuintes devem ser notificados. Por isso, aqueles que cometeram algum equívoco durante o preenchimento da guia podem se antecipar e pro-curar um posto da Receita Federal para corrigir a declaração e pagar a contribuição previdenciária exigida. No entanto, será cobrados multa de mora de 20% e juros calculados com base na taxa Selic.

coluNa

Vera Lucia dos Santos MenezesAdvogada trabalhista

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A grande repercussão das alterações na Lei Seca regulamen-tadas pelo Contran (Resolução 432), que instituiu a tolerância a zero com a ingestão de bebida alcoólica pelos motoristas, con-vida a uma reflexão sobre a responsabilidade administrativa e criminal da locadora ao entregar o veículo ao locatário.

Uma das mudanças no art. 165 do Código de Trânsito está no valor da multa, que passou de R$ 957,70 para R$ 1.915,40. Além disso, a partir de agora, em caso de reincidência no pe-ríodo de 12 meses, o valor dobra. Por isso, o motorista que for penalizado por dirigir embriagado pode desembolsar até R$ 3.830,00. Reproduzimos fielmente os artigos que tratam da infração administrativa e criminal, vejamos:

Art. 166. Confiar ou entregar a direção de veículo a pessoa que, mesmo habilitada, por seu estado físico ou psíquico, não estiver em condições de dirigi-lo com segurança:Infração - gravíssima;Penalidade - multa.Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassa-da ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por embria-guez, não esteja em condições de conduzi-lo com seguran-ça. Pena: detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

O primeiro esclarecimento a ser feito é que imperam o que chamamos de verdade formal na parte administrativa e ver-dade real na parte criminal. Ou seja, se uma pessoa for pega sem ser habilitada e estiver conduzindo um veículo que não é de sua propriedade, haverá autuação ao condutor (art. 162) e também ao proprietário, por este ter entregue o veículo (art. 163), independentemente de ter havido de fato a ação ou omissão do proprietário. Já sob a ótica criminal, seria necessário demonstrar que houve essa entrega consciente (dolo), e nesse caso não necessariamente o proprietário responderia.

No caso da embriaguez, diferentemente da situação de falta de habilitação, a irregularidade se dá usualmente após

Lei Seca: a responsabilidade administrativa e criminal das locadoras

LEGiSLAÇÃO

assumir a condução do veículo, fora do controle do proprie-tário. Numa locação por longo período, como trimestral ou superior, poder-se-ia recair uma penalidade de suspensão do direito de dirigir do condutor durante a vigência do contrato de locação, que, por exemplo, estivesse em processo de defe-sa ou recurso quando firmado o contrato.

Para reforçar o esclarecimento sobre a aplicação da verdade formal em relação ao proprietário por infrações de sua respon-sabilidade, independentemente de o mesmo ter concorrido para que ela ocorresse, podemos exemplificar o caso dos equi-pamentos obrigatórios. Isso porque o veículo é entregue regular (check-list de entrega), se numa fiscalização não constar o pneu sobressalente, a notificação será em nome do proprietário.

Além das questões administrativas e criminais, tecnica-mente, a maior dificuldade de aplicação da multa está na reincidência, na qual a multa dobraria novamente. A dificul-dade que vemos é que o atual sistema vincula a pontuação à pessoa condutora e a multa (penalidade pecuniária), ao veículo, como acontece, por exemplo, no caso de veículos pertencentes a pessoas jurídicas que não fazem a indicação do infrator no prazo legal.

Mas, enquanto a pessoa estiver no processo de defesa e recursos da primeira multa, ela não pode ser considerada reincidente. Portanto, mesmo que cometesse com o mesmo veículo outra infração igual, o valor não poderia dobrar.

Marcelo José AraújoAdvogado e professor de Direito de Trâ[email protected]

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JurÍdico

As locadoras de automóveis que somam prejuízos com acidentes de trânsito envolvendo terceiros, ou seja, os pró-prios locatários, podem ver uma redução significativa no cus-to da empresa se recorrerem ao processo de ressarcimento. Comuns em grandes corporações, as ações de compensação ainda não são realidade nas pequenas e médias empresas, que não possuem estrutura ou não dão a devida importância ao assunto.

De acordo com o advogado Luis Eduardo Cenize, da Sersin Assessoria e Consultoria Jurídica, inicialmente o empresário deve entender a diferença entre ressarcimento e cobrança. O primeiro termo refere-se a um pagamento relacionado a prejuízo, representado por uma eventual responsabilidade do terceiro. Ao contrário, uma cobrança é considerada obriga-ção, legitimada por um documento.

“Essas diferenças nos permitem entender a importância do processo de ressarcimento e a necessidade de reunir o maior número de documentos e provas, desde o momento do acidente ou sinistro. Afinal, esse é o ponto inicial de qual-quer acordo ou ação”, ressalta o advogado. “O sucesso no res-sarcimento depende de um trabalho que deve começar antes mesmo da ocorrência, com medidas preventivas simples já no momento de entregar o carro ao cliente.”

Para facilitar o processo e evitar possíveis prejuízos, Cenize orienta as locadoras a coletar o maior número de informa-

Ressarcimento reduz prejuízos em caso de acidente com terceiros

ções e documentos do causador do acidente. Dessa forma, é mais fácil identificar e localizar esse terceiro, passando à etapa de convencimento deste quanto à sua culpa e à instrução de eventual ação a ser movida na Justiça, caso não haja êxito no ressarcimento durante uma negociação amigável.

Segundo levantamento da empresa Sersin, que presta serviços para as principais seguradoras do Brasil, dos 2.326 processos encerrados sem ressarcimento recentemente, os principais motivos foram: terceiro não identificado (18,91%), terceiro não localizado (3,82%), culpa não caracterizada (32,93%), condição financeira (14,05%), ajuizados (21,03%) e outros motivos (9,26%).

“Por isso, os atendentes das locadoras devem conhecer todos os procedimentos que devem ser adotados no caso de acidente, e orientar o cliente quanto ao correto preen-chimento do relatório de acidentes e à adequada confecção do Boletim de Ocorrência policial – com informações como data, hora, local, dinâmica, dados do condutor do veículo, terceiro proprietário, dados do veículo causador – para os laudos periciais. Esses pontos determinam o sucesso do res-sarcimento”, ressalta Cenize.

Com esses documentos, caberá à locadora providenciar vistoria, orçamento e fotos do veículo danificado, anexando as notas fiscais de peças e mão de obra, assim como os reci-bos de pagamento. Seguindo essas orientações, o advogado

prosseguirá com o trabalho, convencendo o causador do acidente sobre a sua culpabili-dade e responsabilidade perante os prejuízos causados à locadora, além de destacar os be-nefícios da negociação extrajudicial. “Entretan-to, vale salientar que qualquer ajuizamento de ação deverá ser precedido de uma análise da condição financeira do terceiro”, alerta.

Atenta a essa necessidade das locadoras, o Sindloc-SP está finalizando uma parceria para oferecer os serviços de ressarcimento em con-dições diferenciadas para os seus associados, com pagamento apenas após a conclusão do processo, e exclusivamente se houver êxito. A parceria será divulgada em breve.

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sEtor

Mercado bilionário de eventos em São Paulo é oportunidade para as locadoras

De acordo com o Sebrae Nacional, o Brasil recebe nada menos do que 330 mil eventos de todas as áreas, com 80 milhões de participantes. De hoje até a Copa do Mundo, em 2014, centenas de outros aparecerão. Estar de olho nesse universo e, acima de tudo, lucrar com ele significa integrar um mercado que representa 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e movimenta mais de R$ 50 bilhões por ano.

Basta um olhar rápido nas estatísticas e constatamos que só as feiras de negócios, com uma agenda anual média de 837 grandes eventos nacionais e internacionais, movimen-

taram no ano passado o montante de R$ 4 bilhões no país. São Paulo abriga quase 350 eventos ligados a praticamente todos os segmentos da economia nacional, mobilizando 8 milhões de visitantes e um volume de R$ 3 bilhões.

Os números de eventos na capital paulista também são expressivos. Em 2012, apenas na cidade de São Paulo foram cadastrados 2.051 eventos de negócios, segundo os dados do São Paulo Convention & Visitors Bureau (SPCVB). E, ainda se-gundo a entidade, já estão programados 36 grandes congres-sos e reuniões nacionais e internacionais para os próximos cinco anos na metrópole.

A metrópole é considerada a capital nacional dos eventos de negócios, movimentando r$ 3 bilhões e reunindo 8 milhões de visitantes

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Na visão de Toni Sando, presidente executivo do SPCVB, trata-se de um filão a ser explorado pelo setor de locação de automóveis. “Mas, para isso, é essencial que as locadoras tenham maior interação com os promotores ou com as pró-prias entidades, como o SPCVB, estabelecendo novas parce-rias que beneficiem ambos”, observa.

Para facilitar essas parcerias, a entidade envia aos seus as-sociados, a cada três meses, um Painel de Monitoramento de Eventos (Pamesp), com datas e endereços de todos os even-tos que acontecerão em São Paulo, divididos por região. “Em uma cidade que recebe 90 mil eventos por ano, um a cada seis minutos, documentos como esse se tornam essenciais para permitir a fornecedores e prestadores de serviços identificar e prospectar mais oportunidades de negócio”, reforça Sando.

De acordo com o executivo, outro segmento interessan-te para o setor de locação é o de turismo de compras, cujo crescimento tem sido vigoroso nos últimos anos. “Quem vem abastecer o estoque nas regiões do Bom Retiro e do Brás pre-fere locar um veículo a usar o próprio transporte”, afirma San-

do. “O caminho para atingir esse nicho de negócios é investir mais em ações de marketing e divulgação para esse tipo de público. Ações direcionadas podem render bons resultados”.

Divulgar mais o setor de locação e suas facilidades, assim como investir em promoções segmentadas, também é um caminho para alavancar as vendas do segmento, na opinião de Armando Campos Mello, presidente executivo da União Brasileira dos Promotores de Feiras (Ubrafe) e do Sindica-to das Empresas de Promoção, Organização e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos do Estado de São Paulo (Sindiprom-SP).

“As locadoras podem explorar o calendário de feiras da Ubrafe, como instrumento de ação comercial e fidelização da clientela”, exemplifica. “Uma mensagem encaminhada para o cadastro da Ubrafe, apenas na cidade de São Paulo, alcança expositores de 337 feiras, que recebem 8 milhões de visitan-tes. Outro canal importante são as agências de turismo que atendem os promotores de feiras e eventos”, avalia.

Sérgio Junqueira, diretor da Academia Brasileira de Even-

sEtor

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tos, vai além. Ele acredita que, especificamente para os cha-mados eventos associativos – congressos, simpósios, seminá-rios, convenções e palestras –, há muitas oportunidades para o setor de locação. “O setor, de modo geral, pode oferecer pacotes específicos para os eventos, analisando as reais ne-cessidades de cada organizador, priorizando um serviço per-sonalizado”, comenta.

O executivo reforça que, diferentemente dos mercados de feiras e de lazer, o de eventos associativos envolve não só o transporte, mas também a segurança de palestrantes e acompanhantes. “Nesse caso, as locadoras podem oferecer carros blindados ou motoristas particulares. São elementos que agregam valor ao serviço de locação”, acredita.

A receita não serve apenas para a cidade de São Paulo. Pelo contrário, pode ser adotada em qualquer região do

país, principalmente em localidades como o interior paulis-ta, onde estão as melhores oportunidades na visão de Paulo Octávio Pereira de Almeida, vice-presidente da Reed Exhi-bitions Alcântara Machado. “O segmento de locação de veículos é extremamente útil para a questão da mobilidade. Grandes centros e regiões menores dependem desse tipo de transporte de formas diferentes. O segredo é entender a ne-cessidade do público local”, explica.

O executivo acredita que um sistema de Check In Express oferecido pelas locadoras seria proveitoso, além de pacotes com preços especiais. Outra proposta seria ofe-recer minivans ou similares, visto que os expositores não vão sozinhos aos eventos. “Para esse tipo de segmento é preciso pensar além do individual e oferecer opções para o coletivo”, finaliza.

O setor, de modo geral, pode oferecer pacotes específicos para os eventos, analisando as reais necessidades de cada organizador.

Sérgio Junqueira, diretor da Academia Brasileira de Eventos

As locadoras podem explorar o calendário de feiras da Ubrafe, como instrumento de ação comercial.

Armando Campos Mello, presidente executivo da Ubrafe e do Sindiprom-SP

O segmento de locação de veículos é extremamente útil para a questão da mobilidade. O segredo é entender a necessidade do público local.

Paulo Octávio de Almeida, vice-presidente da Reed Exhibitions

O caminho para atingir esse nicho de negócios é investir mais em ações de marketing

e divulgação personalizadas.Toni Sando, presidente executivo do SPCVB

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dia a dia

Crédito para a compra de veículos deve crescer 8%

Depois do fraco desempenho no ano passado, mesmo com incentivos fi scais do governo federal, a oferta de crédito para a aquisição de veículos deve crescer 8% em 2013. A esti-mativa, apresentada pela Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), pode facilitar e antecipar os planos das locadoras de incrementar ou renovar sua frota.

Em 2012, o montante de fi nanciamentos cresceu 0,3% - uma taxa considerada modesta -, atingindo R$ 201,7 bilhões. Para a Anef, o número recorde de fi nanciamentos em 2012 deve-se principalmente à redução da alíquota do IPI, que am-pliou o acesso dos brasileiros à compra do carro zero-quilô-metro. Além disso, a medida permitiu que mais frotistas subs-tituíssem seus veículos. A constatação se dá pela comparação entre janeiro e maio do ano passado, antes mesmo do IPI re-duzido, quando os fi nanciamentos sofreram uma redução de 4,4%. Logo em seguida, as vendas cresceram.

Para esse ano, a associação estima um saldo em carteiras de

taxa de juros para financiamento sofre leve alta

De acordo com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a taxa de juros para fi nanciamento de veículos apresentou uma ligeira alta no mês passado. O índice médio de elevação é de 0,02%. Com isso, os juros médios passaram de 1,52% em dezembro para 1,54% ao mês em janeiro.

Além do aumento discreto, a Anefac assinala que os ban-cos passaram a seguir rigorosos critérios ao avaliar os cadas-tros dos interessados em adquirir esse tipo de bem, o que difi culta a aprovação de fi chas cadastrais para compras 100%

fi nanciadas. Como resultado desses e de outros fatores, como o fi m da redução da alíquota do IPI – de janeiro a março de 2012, o imposto era 0% e agora está em 2% - as concessioná-rias estão mais comedidas ao realizar prognósticos de vendas para fevereiro.

Por isso, para driblar a alta dos juros e o fi m do incentivo fi scal, as concessionárias e fábricas devem lançar promoções para os últimos dias do mês com taxas subsidiadas pelos ban-cos de montadoras.

R$ 217,7 bilhões, resultado da retomada da economia nacio-nal, mesmo diante de turbulências internacionais que podem afetar o segmento. De acordo com o presidente da entidade, Décio Carbonari, os correspondentes bancários associados são responsáveis por mais de 50% dos fi nanciamentos de car-ros no mercado brasileiro.

Entre esses associados, a taxa mensal nos fi nanciamentos pas-sou de 1,5% em 2011 para 1,25% no ano passado. Além disso, o índice de inadimplência também caiu de 6,1% para 5,3% entre maio e dezembro do ano passado. E com critérios mais rigorosos de concessão de crédito, o presidente da Anef acredita que o nú-mero de devedores deve seguir o mesmo ritmo de queda. Para ele, ao adotar políticas de crédito mais conservadoras, os bancos e correspondentes permitem transações mais seguras.

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Pesquisas revelam que a vida mé-dia de empresas familiares é de apenas nove anos contra 12 das não familiares. Apenas 30% dessas companhias veem a segunda geração no comando e 5% passam a ser conduzidas pela terceira. Em tempos de gerações Y e Z, surge mais um questionamento: os jovens te-rão condições e disposição para admi-nistrar empresas dos seus pais, calcadas ainda em modelos tradicionais?

Por muitos anos, a sucessão familiar foi um assunto intocável em empre-sas, desde pequenas e médias até em grandes multinacionais. Empresários do passado e sem visão estratégica con-sideravam a matéria uma intromissão indevida dos herdeiros. Hoje, o tema é discutido amplamente, visto que um planejamento estratégico pode evitar o fi m da empresa e da renda de um corpo social que desaparece.

Especialista e palestrante em empre-sas familiares, Eduardo Bocatto acredita ser muito difícil identifi car o momento certo para planejar a sucessão. Afi nal, muitos só se dão conta desse processo quando um ente é afastado do trabalho

por motivo maior, seja por doença, seja por falecimento. Por isso, é fundamen-tal elaborar um plano sucessório desde a constituição jurídica do empreendi-mento, olhando sempre para o merca-do e não para os objetivos pessoais de cada membro da empresa.

“É importante criar regras que re-gulem a relação dos sistemas família e empresa. E, para elaborá-las, toda a fa-mília deve discutir os objetivos da com-panhia, identifi cando o papel de cada membro da família para alcançar as metas. Depois de criadas, essas normas devem ser documentadas. Quando ne-cessário, podem ser revisadas e atuali-zadas. O melhor processo de sucessão é aquele com regras claras e que sejam cumpridas”, destaca Bocatto.

Sem esse planejamento, segundo o consultor Mauro Johashi, muitas cor-porações enfrentam problemas judiciais ou chegam à dissolução em virtude de disputas societárias originadas por de-sentendimentos familiares. Os motivos estão relacionados, sobretudo, à falta ou à má assessoria empresarial e jurí-dica recebida durante o nascimento e desenvolvimento da empresa, à inex-periência administrativa e à falta de co-nhecimento sobre questões societárias.

“Existem mecanismos para evitar problemas desse tipo. Por exemplo,

Como evitar que a sucessão familiar seja o fim da empresa?

GESTÃO

no momento da criação da empresa, é preciso fi car atento à defi nição do Con-trato Social. Nesse documento, deve-se nomear os herdeiros, diretores, adminis-tradores, entre outros executivos que apresentem capacidade técnica e pro-fi ssional para exercer cargos de direção.”

Outra medida é profi ssionalizar a corporação, elegendo técnicos para funções estratégicas. Com isso, são es-tabelecidos previamente os direitos e deveres de cada herdeiro para com a empresa quando da saída dos dirigen-tes tradicionais. Para os especialistas, é um erro centralizar o controle e as in-formações relevantes para a gestão do negócio. Isso deve ser evitado para que, na falta dessas pessoas, a gestão de ne-gócios prossiga sem riscos.

JurÍdico

As locadoras do Paraná estão na mira da Secretaria da Fazenda do estado. O órgão deu início a uma pesquisa, via Detran-SP, para identifi car as empresas que compraram e licenciaram seus veículos com benefício de 6% no ICMS e do IPVA reduzido, e venderam para terceiros ou transferiram para outros estados.

Com isso, muitas empresas da capital paulista com ma-trizes ou filiais no Paraná estão sendo intimadas a prestar esclarecimentos. O advogado Marcelo Botelho Pupo, do escritório Queiroz e Lautenschläger Advogados, explica que a legislação considera irregular a transferência de veículos comprados e licenciados no estado em tempo inferior a 12 meses.

“Ocorre que muitas locadoras estão sendo notifi cadas in-justamente porque compraram em outros estados, licencia-ram no Paraná e levaram esses veículos para outras unidades da Federação onde possuem fi liais. O processo só seria irre-

Advogado orienta locadoras notificadas pelo estado do Paraná

Para oferecer toda a assesso-ria aos seus associados, o Sin-

dloc-SP constituiu um Núcleo Jurídico formado por advogados

especializados em todas as áreas do Direito, incluindo, tributária, fi scal,

contratual, administrativa, cível e societá-ria. A entidade já oferecia consultoria nas áreas tra-

balhista e de trânsito que continuarão sendo realizada.Visando oferecer assessoria jurídica profi ssional e de

qualidade, o Sindloc-SP contratou escritórios de advo-cacia especializados. Com isso o associado ao Sindloc--SP poderá encaminhar suas duvidas sobre qualquer tema relacionado direta ou indiretamente à atividade de locação de automóveis. A principal atribuição dos advogados será elaborar pareceres contendo ampla

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gular se o carro fosse comprado e emplacado no Paraná para chegar a outro estado posteriormente”, esclarece.

Neste caso, segundo o especialista, é preciso que a loca-dora comprove que o veículo não foi comprado, mas ape-nas licenciado no Paraná. Além disso, a empresa deve justi-ficar a transferência como uma necessidade para o giro do negócio, independentemente do lugar onde foi licenciado e emplacado. Mas esse processo depende de um bom traba-lho jurídico, pois em alguns casos é necessário impetrar com uma ação na Justiça. Em outros termos, a locadora perderá o benefício fiscal.

Em caso de venda para outro proprietário ou transferência para outro estado, antes do prazo de 12 meses determinado por Lei, o processo somente será efetuado mediante autori-zação da autoridade fazendária competente. Dessa forma, o proprietário do veículo deverá ressarcir o estado do Paraná em 6% do valor total do carro.

Sindloc-SP amplia a cobertura jurídica para os associados

análise e esclarecimentos sobre as demandas rece-bidas, além de orientações de como o associado ao Sindloc-SP deverá proceder. Questões relacionadas a legislação que afeta os negócios das locadoras, e como agir quanto as exigências dos poderes públicos consti-tuídos também serão contempladas.

“Nos últimos meses, constatamos um crescimento expressivo da demanda por orientações sobre temas ligados às mais diversas áreas do direito. Ampliamos, então, a nossa cobertura jurídica. O serviço é gratuito e qualquer associado pode enviar sua consulta ao Sin-dloc-SP, que providenciará a resposta junto aos advo-gados especialistas com a maior brevidade possível”, explica o consultor de gestão Luiz Antonio Cabral.

A ideia é que o Núcleo Jurídico seja um canal de apoio jurídico das empresas a qualquer tempo.

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Para Nemer, o ano começou tímido. Em virtude do perío-do de verão mais curto, de apenas 45 dias, o setor não apre-sentou a mesma demanda de aluguel de carros, como vinha acontecendo desde 2008. “Mas a partir de março boas coisas começarão a acontecer. O governo federal e os estaduais, nos-sos maiores clientes, reservaram recursos e ‘arrumaram a casa’ nesse início de ano. E tudo indica que as obras começarão a aparecer”, acredita.

Além disso, com a volta gradual do IPI, o setor ainda não sabe como se comportará a equação valor de compra x valor do aluguel x valor de revenda dos veículos. “Nesse contexto, para obter resultados expressivos, precisamos atentar para to-das as intempéries que rondam nosso negócio, principalmente a bipolaridade dos dirigentes da economia brasileira”, pontua.

Por isso, Nemer prevê um crescimento mais comedido do que em 2012. Entretanto, considera o setor ainda mais maduro, “sem os franco-atiradores de preços e serviços, cuja vida útil é

Paulo nemer analisa o mercado e destaca intercâmbio de negócios São Paulo-Espírito Santo

curta e que só trazem distorção e malefícios para o mercado de locação”.

No Espírito Santo, onde Nemer concentra suas atividades, as dificuldades do ano passado podem prejudicar ainda mais o setor. O estado perdeu o incentivo do Fundo de Desenvol-vimento das Atividades Portuárias (Fundap), envolveu-se na briga pelos royalties do petróleo e não recebeu recursos subs-tanciais dos programas PAC I e II. As BRs 101 e 262 continuam precárias por não terem sido privatizadas e a expansão do ae-roporto está engessada há quatro anos.

“Mas continuamos com muita esperança. Apesar da queda de preços internacionais de nossos principais commodities, o estado desenvolveu uma grande experiência no comércio ex-terior e alavancamos o aluguel de veículos”, avalia. “O próprio governo do estado, após estudo de viabilidade com auxílio do Sindloc-ES, passou a terceirizar a maior parte de sua frota, for-talecendo a atividade na região”, acrescenta.

Nemer ressalta também a importância da relação com São Paulo, sede das maiores empresas do país, na geração de novos negócios. No entanto, faz uma recomendação. “Muitas com-panhias com sede em São Paulo, ramificações em todo o país ou com pretensões de atuar em território nacional precisam ter consciência de que os valores praticados em São Paulo não podem valer para outros estados”, acredita. Segundo ele, os custos de peças de reposição e depreciação dos veículos no mercado paulista são muito menores, além da qualidade da mão de obra ser superior. “As empresas chegam a estados onde o cenário é completamente diferente e tentam praticar a mes-ma planilha de preços. Nesse contexto, os pregões eletrônicos e as grandes contas corporativas nacionais representam um pe-rigo quando não se tem conhecimento exato sobre a realidade local”, finaliza.

lÍdEr sEtorial

A partir desta edição, a revista Sindloc-SP abre espaço a empresários, líderes setoriais e formadores de opinião, para compartilhar experiências, visões de mercado e identificar novas oportunidades de negócios. O primeiro entrevistado é Paulo roberto do Val nemer.

Mesmo com o cenário econômico ainda incer-

to no Brasil, o vice-presidente da Associação

Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla),

Paulo Roberto do Val Nemer, enxerga um ho-

rizonte promissor no caminho. Nemer vincula

as expectativas otimistas ao aumento da oferta

de crédito e financiamento. Esse é um bom si-

nal para atividade, que, para elevar sua compe-

titividade, continua apostando na qualificação

e profissionalização de seus profissionais.

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tEcNologia

A cada busca na internet e acesso a grandes portais e blo-gs, eles aparecem insinuantes, atraindo o usuário pelo tema consultado e seduzindo-o para uma compra. São os links pa-trocinados, que estão entre as mais efi cientes ferramentas de publicidades online.

Mesmo com o comprovado retorno de investimento dos links para uma propaganda de baixo custo, o cliente paga so-mente se o usuário clicar no anúncio. As opiniões de empresá-rios ainda se dividem entre os bem-sucedidos e os frustrados com as campanhas nas ferramentas Google (AdWords e AdSen-se), além dos concorrentes Facebook Ads, Yahoo e UOL. Para alguns especialistas, essa diferença de resultados está na prepa-ração adequada após a contratação dos serviços.

O erro está em querer assumir menos riscos, já que os em-presários podem investir qualquer quantia nessa espécie de leilão de palavras-chave associadas ao seu produto ou serviço. Ou seja, não basta torcer para que a palavra-isca seja buscada pelo usuário e o anúncio clicado se transforme em venda.

Apesar de a propaganda ser direcionada, a venda fi nal de-pende do funcionamento correto da loja virtual para receber esse usuário, sempre interessado, mas muitas vezes impacien-te e apressado. “O retorno depende da campanha e o destino do link patrocinado deve estar muito bem focalizado. Não adianta atrair o cliente se ele cair numa página confusa para vender o serviço”, explica Rodrigo Leme, gerente de produtos

da agência de mídia digital Espiral Interativa, responsável por campanhas de empresas como Toyota e Positivo Informática.

O especialista observa que, frequentemente, a empresa investe em links patrocinados, mas não está preparada para a venda fi nal. Para uma campanha bem estruturada, voltada para conversão de vendas ou promoções, Leme acredita que o ideal é ter uma página específi ca para receber os possíveis compradores. Com verba inicial de R$ 5 mil já é possível fazer isso.

João Dalla, diretor executivo da Goobec Brasil, especiali-zada na aplicação de treinamentos das ferramentas de pu-blicidade do Google, também alerta para a necessidade de se investir na ponta fi nal da campanha. “Vale lembrar que os anúncios levarão seu cliente ao portal da empresa. E se essa proporcionar facilidade para encontrar informações, retorno rápido dos contatos e alta velocidade do site, o investimento é garantido”.

E qual a melhor ferramenta para investir? Rodrigo Leme acredita que o Google ainda é imbatível por sua rica base de acessos, mas o Facebook é ideal para quem deseja investir em rede social. “Para o Facebook são indicadas campanhas para promover algo e não para venda direta. Mas dá muito resul-tado”. No caso de locação de carros, observa Leme, a pessoa vai buscar mais informações sobre o serviço no Google do que na rede social.

“O Facebook trabalha no convencimento da base de fãs por meio da interação. No caso do link patro-cinado, o usuário conhece diretamente o serviço”, ex-plica. E se o empresário tem tanto a loja virtual como a fanpage na rede social, o recomendável é dividir o investimento entre as duas ferramentas. Como ten-

dência, o especialista aponta o bom retorno dos links patrocinados e fi lmes publicitários no YouTube.

Por novos clientes, empresas apostam em links patrocinados

de fãs por meio da interação. No caso do cinado, o usuário conhece diretamente o serviço”, ex-plica. E se o empresário tem tanto a loja virtual como a investimento entre as duas ferramentas. Como ten-

dência, o especialista aponta o bom retorno dos links patrocinados e fi lmes publicitários no

18 revista s indloc

PARA GAnhAR fôlego, montadoras promovem feirões

hyundai hb20 é destaque no ranking dos carros mais vendidos

moNtadoras

Com a meta de baixar os estoques, as montadoras Fiat, Volkswagen e General Motors (GM) apostam em feirões de carros zero-quilômetro e aproveitam para recuperar o fôlego de vendas de 2012. Nos feirões, os veículos mais pro-curados são os 1.0, cerca de 10% mais baratos. A seguir vêm os carros com motor flex de 1.0 até 2.0. Nesse caso, os mo-delos proporcionam economia média de 5,5%.

Além da vasta gama de modelos, versões e cores, o mo-torista encontra opções de financiamento que podem faci-litar na hora de fechar negócio. A junção de várias agências, concessionários e montadoras também resulta na diluição

dos gastos. Segundo as montadoras, em dias de feirão vende-se até três vezes mais do que um fim de semana nor-mal, desconsiderando ações promocionais.

Os veículos populares, com valores na faixa dos R$ 30 mil, ainda lideram a lista dos mais vendidos no Brasil. Mas na primeira quinzena de fevereiro, a mais nova promessa da Hyundai, o HB20, avançou com tudo para a 4ª posição do ranking, com 4.709 unidades comercializadas em todo o país. As informações são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

No quesito vendas, o hatch compacto lançado no fim do ano passado só perdeu para VW Gol (7.709 unidades), Fiat Palio (6.626) e Fiat Uno (5.392). Em janeiro, o HB20 ocupava a 7ª colocação. O Onix, da GM, também ganhou evidência nos primeiros meses do ano, consolidando-se no 5º lugar entre os mais vendidos. Um resultado excepcional para um estreante do mercado.

Ranking dos carros mais vendidos em fevereiro*Modelo Unidades vendidas

1º VW Gol 7.7092º Fiat Palio 6.6263º Fiat Uno 5.9324º Hyundai HB20 4.7095º GM Onix 4.6876º Fiat Strada 4.4307º VW Fox 4.3748º Fiat Siena 3.5279º VW Voyage 2.959

10º GM Celta 2.84411º VW Saveiro 2.31612º GM Classic 2.25713º Renault Sandero 2.19614º Ford Ecosport 1.94815º GM Cobalt 1.87816º Ford Fiesta Hatch 1.84817º GM S10 1.80218º Fiat Punto 1.72119º Ford Ka 1.68020º Toyota Corolla 1.532

* Dados referentes à primeira quinzena de fevereiro/2013

O potencial do mer-cado brasileiro despertou também as atenções da montadora chinesa Gee-ly, que iniciará em agosto suas operações no Brasil. A companhia aposta no ha-tch compacto LC 1.0 e no sedã EC7. Os dois são fabricados no Uruguai e deverão ser vendidos a R$ 35 mil e R$ 55 mi, respectivamente.

O hatch promete atrair os olhares de frotistas, interessados em modelos funcionais, com valores populares e baixo custo de manutenção. Já o sedã deve chegar ao país nas opções de câmbio mecânico de cinco marchas e automático, com 1,8 litros. Ambos sairão de fábrica com trio elétrico, direção elétrica, airbags e freios ABS.

GEELy ChEGA AO bRASiL em agosto com carro a R$ 35 mil

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Tramita na Câmara dos Deputados o projeto de lei de autoria do deputado Guilherme Mussi (PSD-SP), que torna obrigatório o atendimento da convo-cação para recall de automóveis. A proposta prevê uma penalidade àque-les que descumprirem a norma. Dessa forma, o motorista que não atender

à ordem da montadora estará proibido de licenciar o carro.

O projeto também exige que as seguradoras informem o comprador sobre a ocorrên-cia do recall, avisando-o sobre as consequências caso não atenda seu chamado. Já as montadoras e concessionárias seriam obrigadas a entregar os documentos ao consumi-dor comprovando a realiza-ção do recall. Atualmente, o deputado acredita que cerca de 40% dos donos de veículos não retornem às concessioná-rias para corrigir defeitos de fabricação.

MOntAdORAS focam em segurança e eficiência ao desenvolver novos modelos

A indústria automotiva vive uma verdadeira revolução tecnológica. Para atrair e fidelizar novos clientes, inclusive frotistas, as montadoras apostam em segurança e eficiência, oferecendo ain-da mais comodidade aos motoristas. E esse avanço vai muito além de aplicati-vos para comandos de voz, conexão via Bluetooth ou ativação do Facebook por comandos rápidos.

Em parceria com empresas fornece-doras de tecnologias, as montadoras desenvolveram um cinto de segurança inflável, que protege os órgãos, mús-culos e a coluna contra lesões graves causadas pelo impacto da colisão. Dife-rentemente dos airbags convencionais, que inflam com ar quente, esse item de segurança utiliza ar frio, o que evita pos-síveis queimaduras.

Preocupadas em reduzir o número de atropelamentos e ga-rantir mais visibilidade ao condutor, principalmente durante a noite, outras marcas estão preparando o lançamento de uma câme-ra de raios infravermelhos. O software pode distinguir o contorno de uma pessoa ou animal, enviando um avi-so para os faróis do veículo, que iluminarão o ponto es-pecífico. Um alerta para o motorista acende no painel.

Outra inovação é a pos-sibilidade de o motorista escolher as informações

que lhe forem convenientes no painel do carro e a substituição dos elementos mecânicos de direção por um novo sis-tema totalmente eletrônico, que é mais rápido ao transmitir os movimentos do motorista no volante para as rodas.

E, para se adequar às novas políticas de redução de consumo de combustí-vel, as montadoras projetam uma caixa de câmbio de nove velocidades. Estima--se que a economia gire em torno de 10% a 16% em relação às transmissões convencionais. Isso se dá pelo maior nú-mero de engrenagens, mantendo o mo-tor em rotação baixa para permanecer em determinada velocidade.

À medida que essas tecnologias forem disponibilizadas para o grande público brasileiro, as locadoras de au-tomóveis não poderão ficar de fora. Por isso, é necessária uma adequação

moNtadoras

Projeto de lei obriga frotistas a atender chamados de recall

aos novos padrões de qualidade e tec-nologia, uma vez que o cliente busca sempre um diferencial, principalmente quando o assunto é segurança e efi-ciência. Além disso, os carros equipa-dos com esses recursos agregam valor ao serviço de locação.

MUNDO

PMEs norte-americanas repassam taxas dos cartões aos clientes

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Nos Estados Unidos, as pequenas e médias empresas começaram a transferir as taxas de transações de cartão de crédito para os próprios clientes. As alíquotas variam de 1,5% a 4%, dependendo do valor total da compra. E essa tendência já se estende às locadoras de automóveis, que veem na medida uma forma de reduzir as despesas com as operadoras de crédito, principalmente Visa e Mastercard, que não se posicionaram contra a decisão.

Como alternativa ao repasse das taxas, estabelecimentos como postos de gasolina oferecem aos clientes um desconto para pagamento em dinheiro. Outros transferem as taxas para qualquer tipo de cartão, inclusive de débito e o pré-pago. Economistas norte-americanos avaliam que essa medida é recomendável para as empresas de pequeno porte, pois seus lucros diminuem con-sideravelmente com a cobrança dessas taxas.

Mas um questionamento acompanha muitos empresários: vale a pena repassar esse custo ao consumidor? A resposta, se-gundo os especialistas, depende de fatores como o perfi l da companhia e o porte da negociação. Eric Hansen, proprietário de uma locadora em Chicago, acredita que a cobrança de taxas não infl ui no serviço ao cliente. No Brasil, onde o uso do cartão de crédito é rotineiro, é preciso ponderar todos os fatores econômicos antes de adotar a transferência das taxas. Para as locadoras, a cobrança de uma sobretaxa pode espantar os clientes. Já nos Estados Unidos, o setor está nadando em mar revolto com taxas, sobretaxas e impostos especiais de consumo. Mais do que a taxa de aluguel base do veículo, os locatários muitas vezes pagam encargos, como taxas de aeroporto, taxas de concessão de turismo, taxas da facilidade, da cidade e do condado, impostos e taxas gerais de venda. Por isso, repassar mais um custo pode não ser uma boa ideia.

A indústria de aluguel de automóveis e a American Car Rental Association estão empenhadas em aprimorar a questão fi scal nos Estados Unidos, com algumas vitórias. Por isso, transferir as taxas pode não ser a solução. Um dos caminhos é encontrar formas de aliviar a carga das taxas de transações, pressionando o governo e as próprias operadoras de cartões.

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Atualmente, o Sindloc-SP representa cerca de 900 locado-ras de veículos no estado. A entidade tem como principal papel criar facilitadores e contribuir com a eliminação de entraves que prejudicam o desenvolvimento da atividade das locadoras de veículos. Durante mais de duas décadas, o Sindloc-SP consolidou seu compromisso com a ética e o res-peito, ampliando conceitos de qualidade e profissionalismo entre as empresas, os parceiros, o mercado e a sociedade.

A entidade oferece todo o assessoramento de gestão para os seus associados e inúmeros benefícios, como asses-soria jurídica sobre todas as questões que envolvem a ati-vidade. Além disso, mantém parceria com fornecedores de produtos e serviços necessários ao negócio de locação em condições diferenciadas e realiza treinamentos e palestras regulares.

Não é à toa que, em toda a sua história, o Sindloc SP já ca-dastrou mais de mil empresas do setor, que juntas disponibi-lizam uma frota de mais de 150 mil automóveis para locação no estado de São Paulo.

Ao mesmo tempo, o Sindloc-SP interage com as autori-

Contate-nos pelo telefone (11) 3123-3131 ou pelo e-mail [email protected]

SindLOC-SP apoio total às locadoras associadas

dades constituídas e quando necessário promove ações que visam a preservar o interesse da atividade de locação de au-tomóveis. Como resultado de todo esse esforço, a entidade representativa amplia a cada dia o número de locadoras de veículos associadas. São empresas que enxergam o valor das ações do Sindloc-SP e se utilizam dos benefícios disponibiliza-dos, acreditando que a união é fundamental no processo de desenvolvimento do setor.

Ao liderar esse importante segmento da economia brasi-leira, o objetivo do Sindloc-SP é que essas empresas se profis-sionalizem cada vez mais e prestem um serviço de qualidade, além de difundir a cultura da locação de automóveis e am-pliar o mercado.

O incentivo ao contato entre os parceiros de negócios, a atuação diante dos poderes públicos em prol de questões que envolvem o setor e, ao mesmo tempo, a disposição de capacitação e conhecimentos técnicos e de legislação a ser-viço das empresas locadoras do estado demonstram o em-penho da atual Diretoria Executiva para alcançar os objetivos do Sindloc-SP.

siNdloc-sP

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Ao menor sinal de crise, a primeira coisa que vem à cabeça dos

executivos é corte de funcionários. A máxima é repetida pelas em-

presas como um mantra. Mas, muito além da redução da folha de

pagamento, estão os talentos. Vários deles aptos a contribuir para o

aumento da produtividade e diminuir os efeitos de qualquer turbu-

lência nos resultados da companhia.

O problema é que, ao ver o faturamento cair, os executivos não

pensam nos benefícios de ter um bom funcionário comprometido

nos seus quadros por um tempo mais prolongado. Eles enxergam

apenas os números imediatos, de curto prazo. Quase dois terços

dos empregadores brasileiros apontam a retenção de talentos como

um dos três maiores desafios empresariais, segundo o mais recente

relatório Unified HCM and Talent Technology Survey Report, publica-

do pela Deloitte no ano passado. Mas poucos, porém, contam com

programas formais para manter seus melhores profissionais.

Claro que as empresas aproveitam esses momentos para se re-

estruturar. Mas é necessário estar atento aos gargalos para não des-

perdiçar talentos. Se a produtividade caiu com os efeitos da crise

econômica, antes de pensar em cortes é necessário analisar se há

sinais de que a situação poderá voltar ao mesmo patamar. Eliminar

colaboradores experientes pode causar problemas na retomada do

crescimento.

Mesmo com remunerações altas, há profissionais essenciais para

todos os processos operacionais das empresas. A exclusão destes

colaboradores pode, em um primeiro momento, diminuir custos fi-

xos. No entanto, em médio e longo prazo, a qualidade do trabalho

pode ser seriamente comprometida e reduzir mais ainda os lucros.

Existem sim situações que demandam decisões rápidas e, muitas

vezes, drásticas. Mas pensar bem e cortar no lugar certo é ainda

mais importante. No caso de uma indústria, se a demanda diminui,

a produção também deve ser menor. O corte é inevitável, mas o ges-

tor deve ter precisão cirúrgica. Vale escapar da frieza dos números,

assumindo uma postura de sintonia fina para administrar pessoas.

É necessário saber onde o corte de funcionários vai impactar

menos. Devem ser levadas em conta as perspectivas futuras. Muitas

vezes vale mais a pena manter um pequeno volume de ociosidade

por um curto período de tempo, do que ser pego de surpresa por

uma repentina retomada do crescimento.

Perder talentos na crise é muito mais complicado do que quan-

do as coisas vão bem. É o momento em que se exige mais dedicação

e comprometimento. Um funcionário caro, valorizado e experiente

é obrigado a saber lidar com este tipo de situação. Já os novatos

podem se perder.

É nessas horas que o empresário pode identificar quem re-

almente está comprometido com o trabalho, com a empresa e

com a própria carreira. Saber reter talentos e valorizar esforços

pode gerar bons frutos no futuro. Antes de demitir, sempre uma

decisão drástica, a empresa deve analisar com muito cuidado o

perfil dos seus colaboradores, considerando principalmente qua-

tro fatores:

• ImpactonoNegóciodaEmpresa• SituaçãoAtualdaEmpresaXPlanejamentoEstratégico• AvaliaçãodeDesempenho• AnálisedePotencial

É altamente provável que a demissão de um colaborador que

preencha os fatores mencionados signifique, no futuro, mais despe-

sas com recrutamento, seleção e treinamento.

O erro de demitir um talento promissor pode nunca ser perce-

bido. Mas se bem analisado antes de fazer e evitado, pode ser muito

lucrativo para as empresas. Antes de cortar, é necessário olhar para

o futuro.

Nelson Moschetti

é advogado, sociólogo e consultor da Moschetti Associados

Cultivar talentos nas turbulências

artigo

Job: Fiat-varejo-agosto -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: C25606-002-Fiat-ClienteSatisfeito-Sindiloc-21x30_pag001.pdfRegistro: 89204 -- Data: 17:18:49 24/08/2012

Job: Fiat-varejo-agosto -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: C25606-002-Fiat-ClienteSatisfeito-Sindiloc-21x30_pag001.pdfRegistro: 89204 -- Data: 17:18:49 24/08/2012

Job: Fiat-varejo-agosto -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: C25606-002-Fiat-ClienteSatisfeito-Sindiloc-21x30_pag001.pdfRegistro: 89204 -- Data: 17:18:49 24/08/2012