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Aluvial Engenharia e Meio Ambiente Ltda. Empresa com sistema de gestão da qualidade certificado ISO 9001:2008 pelo RINA. Avenida Francisco Sá 35 conj. 200 – Prado 30411‐145 Belo Horizonte ‐ MG
INFRAERO
Estudo de Viabilidade Ambiental – EVA
Ampliação e Reforma do Aeroporto Internacional Pinto Martins
Fortaleza – CE
Concepção Artística do futuro Terminal de Passageiros – Fortaleza ‐ CE
Documento Elaborado visando o Licenciamento ambiental, em atendimento ao Termo de Referência nº 528/2010 ‐ COPAM/NUCAM, emitido pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente – SEMACE.
3ª EDIÇÃO
Março / 2011
INFRAERO Estudo de Viabilidade Ambiental – EVA
Ampliação e Reforma do Aeroporto Internacional Pinto Martins Fortaleza – CE
INF02-EVA-11 1/154
ÍNDICE
1 INFORMAÇÕES GERAIS.................................................................................................7
1.1 Empreendimento........................................................................................................... 7
1.2 Identificação do Empreendedor.................................................................................... 7
1.3 Empresa Responsável pela Elaboração do Documento ................................................ 7
1.4 Equipe Técnica Responsável pela Elaboração do estudo .............................................. 8
2 APRESENTAÇÃO ...........................................................................................................9
3 ESTUDO DE ALTERNATIVAS LOCACIONAIS E TECNOLÓGICAS DO PROJETO...................14
4 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO .....................................................................15
4.1 Considerações gerais sobre o empreendimento......................................................... 15
4.2 Localização e acesso .................................................................................................... 16
4.3 Alternativas tecnológicas e locacionais ....................................................................... 17
4.4 Projetos correlatos ...................................................................................................... 17
4.5 Justificativas do empreendimento .............................................................................. 18
4.6 Dados técnicos do projeto........................................................................................... 18
4.6.1 Considerações gerais ................................................................................................... 18
4.6.2 Implantação................................................................................................................. 18
4.6.3 Descrição do terminal de passageiros (TPS)................................................................ 19
4.6.3.1 Pavimento Subsolo 19
4.6.3.2 Pavimento Térreo 20
4.6.3.3 1º Pavimento 21
4.6.3.4 2º Pavimento 21
4.6.3.5 Cobertura 22
4.6.3.6 Edifício de Manutenção – CEMAN 22
4.6.4 Sistema estrutural ....................................................................................................... 23
4.6.5 Circulações verticais .................................................................................................... 24
4.6.6 Rota de fuga ................................................................................................................ 24
4.6.7 Acessibilidade .............................................................................................................. 24
4.6.8 Comunicação visual ..................................................................................................... 24
4.6.9 Conforto ambiental ..................................................................................................... 25
4.6.10 Fluxos operacionais ..................................................................................................... 25
4.6.11 Revestimentos............................................................................................................. 25
4.6.12 Projeto geométrico e de terraplenagem..................................................................... 26
4.6.13 Pavimentação .............................................................................................................. 27
4.6.13.1 Pavimento Rígido 29
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4.6.13.2 Pavimento Flexível 29
4.6.13.3 Vias de Acesso ao terminal de passageiros 30
4.6.13.4 Estrutura Provisória – Desvio de Tráfego 31
4.6.14 Drenagem.................................................................................................................... 31
4.6.14.1 Concepção Básica 31
4.6.14.2 Estudos Hidrológicos 32
4.6.14.3 Dimensionamento Hidráulico 32
4.6.15 Interseções e obras de arte especiais.......................................................................... 33
4.6.16 Sinalização e comunicação visual ................................................................................ 33
4.6.17 Urbanismo e paisagismo ............................................................................................. 34
4.6.18 Eletrificação e iluminação............................................................................................ 36
4.6.19 Obras complementares ............................................................................................... 38
4.6.20 Custos e cronograma de implantação......................................................................... 38
4.6.21 Instalação do canteiro de obras .................................................................................. 38
4.6.21.1 Localização e implantação do canteiro 38
4.6.21.2 Técnica construtiva 39
5 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL DE ZONEAMENTO ...............................................................40
5.1 Legislação federal ........................................................................................................ 40
5.2 Legislação estadual...................................................................................................... 40
5.3 Legislação municipal.................................................................................................... 40
5.4 Outros decretos e portarias ........................................................................................ 40
6 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL.........................................................................................43
6.1 Meio físico ................................................................................................................... 43
6.1.1 Geologia da área de entorno e local ........................................................................... 43
6.1.2 Geomorfologia............................................................................................................. 43
6.1.3 Solos ............................................................................................................................ 45
6.1.4 Clima............................................................................................................................ 47
6.1.5 Recursos hídricos......................................................................................................... 48
6.1.6 Ruídos.......................................................................................................................... 51
6.1.7 Qualidade do ar ........................................................................................................... 54
6.2 Meio biótico ................................................................................................................ 54
6.2.1 Ecossistemas................................................................................................................ 54
6.2.2 Fauna ........................................................................................................................... 57
6.2.2.1 Identificação e caracterização da fauna 57
6.2.2.2 Relação das espécies raras, ameaçadas ou em perigo de extinção 59
6.3 Meio sócio‐econômico ................................................................................................ 66
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6.3.1 Histórico da atividade local ......................................................................................... 66
6.3.2 Perspectivas para a o projeto de ampliação ............................................................... 71
6.3.3 Demografia .................................................................................................................. 73
6.3.4 Aspectos fundiários ..................................................................................................... 74
6.3.5 Economia do município ............................................................................................... 74
6.3.6 Sociedade .................................................................................................................... 76
6.3.7 Infra‐Estrutura ............................................................................................................. 77
6.3.7.1 Infra‐Estrutura aeroportuária atual 78
6.3.8 Geração de emprego ................................................................................................... 80
6.3.9 Relações entre a comunidade do entorno, o aeroporto e os recursos ambientais existentes 80
7 IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS .......................................86
7.1 Identificação dos potenciais impactos ambientais...................................................... 86
7.1.1 Aspectos e impactos da fase de planejamento ........................................................... 89
7.1.2 Descrição dos Impactos constatados na fase de Planejamento.................................. 90
7.1.3 Aspectos e impactos da fase de Implantação ............................................................. 91
7.1.4 Descrição dos Impactos constatados na fase de Implantação .................................... 92
7.1.5 Aspectos e impactos da fase de Operação.................................................................. 99
7.1.6 Descrição dos Impactos constatados na fase de Operação ...................................... 101
7.2 Avaliação dos impactos ambientais .......................................................................... 106
8 MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS .........................................................114
8.1 Considerações em virtude dos impactos................................................................... 114
8.2 Definição das medidas de mitigação e planos de controle/ monitoramento ambiental correlatos 115
9 PLANOS DE CONTROLE E MONITORAMENTO AMBIENTAL.........................................119
9.1 Definição e controle das áreas de interesse ecológico ............................................. 119
9.2 Plano de proteção à fauna e a flora .......................................................................... 123
9.3 Plano de proteção ao trabalhador e segurança do ambiente de trabalho ............... 125
9.4 Plano de segurança da área....................................................................................... 126
9.5 Plano de Monitoramento do nível de ruído e vibrações........................................... 129
9.6 Plano de proteção e combate à poeira ..................................................................... 129
9.7 Plano de controle dos processos erosivos................................................................. 130
9.8 Plano de reabilitação de áreas degradadas............................................................... 131
9.9 Plano de recuperação ambiental das áreas utilizadas como canteiro de obras e jazidas de empréstimo ............................................................................................................................. 132
9.10 Programa de educação ambiental............................................................................. 134
9.11 Programa de gerenciamento de riscos...................................................................... 136
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9.12 Plano de ação de emergências (PAE) ........................................................................ 136
9.13 Plano de comunicação para as comunidades circunvizinhas ao empreendimento .. 138
9.14 Programa de saúde das populações circunvizinhas ao empreendimento ................ 140
9.15 Planos de Zona de Proteção (PZP)............................................................................. 140
9.16 Plano de Zoneamento de Ruídos (PZR) e Área de Segurança Aeronáutica (ASA). .... 140
10 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ...........................................................................146
10.1 Avaliação prognóstica................................................................................................ 146
10.2 Modificações ambientais e sócio‐econômicas .......................................................... 147
10.3 Benefícios versus adversidades ................................................................................. 147
11 BIBLIOGRAFIA ..........................................................................................................149
12 EQUIPE TÉCNICA ......................................................................................................152
13 ANEXOS ...................................................................................................................153
ÍNDICE DE TABELAS
TABELA 1. CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO DOS PRINCIPAIS RESERVATÓRIOS DE ÁGUA DA RMF 49
TABELA 2. AVIFAUNA PRESENTE NO SÍTIO AEROPORTUÁRIO – AEROPORTO DE FORTALEZA 58
TABELA 3. FAUNA PRESENTE NO SÍTIO AEROPORTUÁRIO – AEROPORTO DE FORTALEZA...... 58
TABELA 4. MATRÍCULAS E DOCENTES ‐ 2009........................................................................... 76
TABELA 5. ESTABELECIMENTOS E LEITOS DE INTERNAÇÃO..................................................... 77
TABELA 6. PESQUISA – SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA.......................................................... 85
TABELA 7. MATRIZ DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS VERIFICADOS ........................................ 109
TABELA 8. IMPACTOS NEGATIVOS, FASE DE OCORRÊNCIA E MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS ....................................................................................................................... 116
TABELA 9. BENEFÍCIOS X ADVERSIDADES DECORRENTES DA INSTALAÇÃO DO EMPREENDIMENTO...................................................................................................................... 148
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ÍNDICE DE FIGURAS
FIGURA 1. REDE INFRAERO NO BRASIL. INFRAERO, 2011 ...................................................................... 11
FIGURA 2. CROQUI INDICATIVO DOS LOCAIS DAS INTERVENÇÕES. ....................................................... 13
FIGURA 3. ÁREAS ANALISADAS COMO ALTERNATIVA LOCACIONAL ...................................................... 14
FIGURA 4. LOCALIZAÇÃO DO AEROPORTO INTERNACIONAL PINTO MARTINS ...................................... 16
FIGURA 5. ESTRUTURA DO PAVIMENTO RÍGIDO.................................................................................... 28
FIGURA 6. ESTRUTURA DO PAVIMENTO ASFÁLTICO.............................................................................. 28
FIGURA 7. ESTRUTURA DO PAVIMENTO FLEXÍVEL DO LADO TERRA...................................................... 31
FIGURA 8. ESTRUTURA DO PAVIMENTO FLEXÍVEL DO DESVIO DE TRÁFEGO......................................... 31
FIGURA 9. DRENO DE PAVIMENTO ........................................................................................................ 32
FIGURA 10. GEOMORFOLOGIA DA REGIÃO METROPOLITANA DE FORTALEZA........................................ 44
FIGURA 11. FORTALEZA – CE ‐ MODELO DE ELEVAÇÃO DIGITAL. (EOSDIS, 2011).................................... 45
FIGURA 12. SOLOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE FORTALEZA. .......................................................... 46
FIGURA 13. PRECIPITAÇÕES MÉDIAS ANUAIS NA REGIÃO METROPOLITANA DE FORTALEZA. ............... 48
FIGURA 14. HIDROGRAFIA NA REGIÃO METROPOLITANA DE FORTALEZA.............................................. 50
FIGURA 15. RIACHO DA ROSINHA – SAÍDA DA ÁREA DA INFRAERO......................................................... 51
FIGURA 16. PRINCIPAIS UNIDADES DE VEGETAÇÃO QUE OCORREM NA RMF (BRANDÃO, 1998) ........... 55
FIGURA 17. ARBORIZAÇÃO PROMOVIDA PELA INRAERO –JARDIM LADO LESTE ..................................... 57
FIGURA 18. HABITAÇÕES LINDEIRAS AO TERRENO DO AEROPORTO DE FORTALEZA. ............................. 57
FIGURA 19. LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DO PICI, COCOROTE E ALTO DA BALANÇA. OLIVEIRA, 2009. ... 67
FIGURA 20. EM 1963 A PISTA DE POUSOS E DE DECOLAGENS DO AEROPORTO INTERNACIONAL PINTO MARTINS FOI AMPLIADA PARA 2.545 M, MANTIDA SUA LARGURA, TENDO ESSA MESMA DIMENSÃO NOS DIAS ATUAIS. 67
FIGURA 21. PRIMEIRO TERMINAL DE PASSAGEIROS DO AEROPORTO INTERNACIONAL PINTO MARTINS, EM 1966. OLIVEIRA E LAVÔR APUD .OLIVEIRA (2009)..................................................................................... 68
FIGURA 22. COMPLEXO DE PISTAS DO AEROPORTO INTERNACIONAL PINTO MARTINS, EM 1966 .OLIVEIRA, 2009. 68
FIGURA 23. VISTA AÉREA DO AEROPORTO DE FORTALEZA NO FINAL DA DÉCADA DE 70. INFRAERO, APUD OLIVEIRA (2009) .................................................................................................................................... 69
FIGURA 24. AEROPORTO INTERNACIONAL DE FORTALEZA, EM 1998. .OLIVEIRA, 2009 .......................... 70
FIGURA 25. VISTA AÉREA DO AEROPORTO INTERNACIONAL DE FORTALEZA(1998). .OLIVEIRA, 2009 .... 70
FIGURA 26. AEROPORTO INTERNACIONAL DE FORTALEZA, EM 2010...................................................... 71
FIGURA 27. MOVIMENTO DE PASSAGEIROS ENTRE 1980 E 2010 ............................................................ 72
FIGURA 28. MOVIMENTO DE AERONAVES ENTRE 1980 E 2010............................................................... 72
FIGURA 29. AEROPORTO INTERNACIONAL DE FORTALEZA, APÓS EXPANSÃO PROPOSTA (2014) ........... 73
FIGURA 30. AEROPORTO DE FORTALEZA E ENTORNO. IMAGENS: LANDSAT V 1989 (A) E 1992 (B); CBERS 2 (2006) 74
FIGURA 31. PIB A PREÇOS CORRENTES .................................................................................................... 75
FIGURA 32. VOLUME DE TRANSAÇÕES .................................................................................................... 75
FIGURA 33. RECEITAS E DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS. ............................................................................. 76
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FIGURA 34. BAIRROS DA REGIONAL IV..................................................................................................... 78
FIGURA 35. VISTA AÉREA DO TERMINAL DE PASSAGEIROS. INFRAERO (2008D). .................................... 78
FIGURA 36. VISTA AÉREA DO TERMINAL DE PASSAGEIROS E PÁTIO. INFRAERO (2008). ......................... 79
FIGURA 37. PESSOAL OCUPADO EM FORTALEZA. .................................................................................... 80
FIGURA 38. BAIRROS COM ENTIDADES PESQUISADAS ............................................................................ 83
FIGURA 39. PROCESSOS E TAREFAS FASE DE PLANEJAMENTO DA AMPLIAÇÃO DO AEROPORTO INTERNACIONAL PINTO MARTINS. .................................................................................................................. 88
FIGURA 40. PROCESSOS E TAREFAS FASE DE IMPLANTAÇÃO DA AMPLIAÇÃO DO AEROPORTO INTERNACIONAL PINTO MARTINS ................................................................................................................... 88
FIGURA 41. PROCESSOS E TAREFAS FASE DE OPERAÇÃO DA AMPLIAÇÃO DO AEROPORTO INTERNACIONAL PINTO MARTINS ................................................................................................................... 89
FIGURA 42. ASPECTOS E IMPACTOS FASE DE PLANEJAMENTO................................................................ 90
FIGURA 43. IMPACTOS MEIO ANTRÓPICO FASE DE PLANEJAMENTO...................................................... 90
FIGURA 44. ASPECTOS E IMPACTOS ‐ FASE DE IMPLANTAÇÃO................................................................ 92
FIGURA 45. IMPACTOS MEIO ANTRÓPICO FASE DE IMPLANTAÇÃO ........................................................ 93
FIGURA 46. IMPACTOS MEIO FÍSICO FASE DE IMPLANTAÇÃO ................................................................. 95
FIGURA 47. IMPACTOS MEIO BIÓTICO FASE DE IMPLANTAÇÃO.............................................................. 98
FIGURA 48. ÁREA DE SUPRESSÃO ENTRE PÁTIO DO TPS E PÁTIO DO TECA ............................................. 98
FIGURA 49. LOCAL DE EDIFICAÇÃO DA CENTRAL DE MANUTENÇÃO – CEMAN....................................... 99
FIGURA 50. ASPECTOS E IMPACTOS FASE DE OPERAÇÃO...................................................................... 100
FIGURA 51. IMPACTOS MEIO ANTRÓPICO FASE DE OPERAÇÃO ............................................................ 101
FIGURA 52. DADOS DA AMPLIAÇÃO....................................................................................................... 102
FIGURA 53. IMPACTOS MEIO FÍSICO ‐ FASE DE OPERAÇÃO ................................................................... 105
FIGURA 54. IMPACTOS MEIO BIÓTICO FASE DE OPERAÇÃO .................................................................. 106
FIGURA 55. FLUXOGRAMA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS .......................................................................... 107
FIGURA 56. CRITÉRIOS DE VALORAÇÃO DOS IMPACTOS ....................................................................... 112
FIGURA 57. VALORAÇÃO DOS IMPACTOS CONSTATADOS..................................................................... 113
FIGURA 58. ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE CONFORME LEI 4.771 ........................................... 119
FIGURA 59. LAGOA DA ITAOCA, RIACHO DA ROSINHA FAIXA DE 30 M PARA PRESERVAÇÃO E ÁREAS CRÍTICAS PARA RECOMPOSIÇÃO. (IPECE, 2009; ALUVIAL ENGENHARIA E GOOGLEEARTH, 2011)................ 120
FIGURA 60. PÚBLICO E TÓPICOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA FASE DE OPERAÇÃO......................... 136
INFRAERO Estudo de Viabilidade Ambiental – EVA
Ampliação e Reforma do Aeroporto Internacional Pinto Martins Fortaleza – CE
INF02-EVA-11 7/154
1 Informações gerais 1.1 Empreendimento Nome: Empresa Brasileira de Infra‐Estrutura Aeroportuária
Ampliação e Reforma da Área Terminal do Aeroporto Internacional Pinto Martins em Fortaleza – CE
1.2 Identificação do Empreendedor Razão social:
Empresa Brasileira de Infra‐Estrutura Aeroportuária
Aeroporto Internacional Pinto Martins
CNPJ 00.352.294/0010‐01
Endereço: Avenida Senador Carlos Jereissati, 3000 – Serrinha 60741‐900 FORTALEZA – CE – Brasil
Telefone: (85)3392‐1030
Fax: (85)3392‐1132
Home Page: www.infraero.gov.br
1.3 Empresa Responsável pela Elaboração do Documento Nome: Aluvial Engenharia e Meio Ambiente Ltda.
Endereço: Avenida Francisco Sá 35 Conjunto 200 – 30410‐060 Belo Horizonte – MG
Telefone: + 55(31)3324‐0979
Fax: + 55(31)3324‐0979
E‐mail: [email protected]
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Ampliação e Reforma do Aeroporto Internacional Pinto Martins Fortaleza – CE
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1.4 Equipe Técnica Responsável pela Elaboração do estudo
Técnico Formação Profissional e Registro no conselho de classe
Participação
Gerson José de Mattos Freire
Engenheiro Civil, MsC em Análise e Modelagem de Sistemas Ambientais, Doutorando em Arquitetura e Urbanismo, CREA MG 43.955/D
Coordenação Geral, Responsável técnico
Marcílio Felício Pereira Engenheiro Civil, especialista em Mecânica dos Solos CREA MG 46.006/D
Coordenação Equipe de Meio Ambiente
Isabella Cristina de Oliveira Wagner
Engenheira Ambiental, especialista e Avaliação de Impactos, CREA 92.785/D
Coordenação da Avaliação de Imapctos
Helen Duarte Faria Bióloga CRBio no. 037482/04‐D Coordenação de Meio Biótico
Ana Clara Mourão Moura Engenheira Arquiteta e Urbanista, Doutora em Geografia, MsC em Geografia, CREA/MG 47.797/D
Coordenação de Geoprocessamento
Luciana Felício Pereira Geóloga MsC Hidrogeologia, Doutoranda em Geografia CREA MG 43.591/D
Coordenação de Meio Físico
Joana Pereira de Meira Economista Coordenação de Meio Sócio‐Econômico
Sheyla Santana Turismóloga, MsC em Análise e Modelagem de Sistemas Ambientais, Doutoranda em Arquitetura e Urbanismo
Apoio em Geoprocessamento
Iris Andrade Silva Apoio administrativo
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Ampliação e Reforma do Aeroporto Internacional Pinto Martins Fortaleza – CE
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2 Apresentação
O presente relatório preliminar foi elaborado pela Aluvial Engenharia e Meio Ambiente Ltda em atendimento ao Termo de Referência nº 528/2010 ‐ COPAM/NUCAM, emitido pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente – SEMACE através do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente – CONPAM em 23 de Setembro de 2010. Este documento apresenta os estudos efetuados para o atendimento aos requisitos de Licenciamento Ambiental, conforme Resolução CONAMA Nº 01, de 23 de janeiro de 1986, em seu Art. 2º, item IX e CONAMA 237/1997, e visa a obtenção, pelo empreendedor, de licenciamento ambiental para Ampliação e Reforma do Aeroporto Internacional Pinto Martins, localizado em Fortaleza – CE.
Este documento apresenta o Estudo de Viabilidade Ambiental – EVA, desenvolvido de modo a caracterizar o empreendimento a ser licenciado e analisar os impactos ambientais decorrentes de sua implantação, permitindo nortearem‐se as ações mitigadoras a serem propostas.
A INFRAERO é uma empresa pública de direito privado com patrimônio próprio e autonomia administrativa e financeira, constituída nos termos da Lei nº 5.862, de 2 de dezembro de 1972, e vinculada ao Ministério da Defesa. Ela tem por finalidade implantar, administrar, operar e explorar, industrial e comercialmente, a infra‐estrutura aeroportuária e de apoio à navegação aérea, prestar consultoria e assessoramento em suas áreas de atuação e na construção de aeroportos, bem como realizar quaisquer atividades correlatas ou afins, que lhe forem atribuídas pelo Ministério da Defesa.
O sistema de aviação civil brasileiro desempenha papel estratégico na promoção do desenvolvimento do Brasil, tendo como base quatro pilares representados pelos seguintes segmentos: a infraestrutura aeroportuária, os serviços de controle do espaço aéreo, o auxílio à navegação aérea e a indústria aeronáutica.
Em parceria harmônica com os demais elos do sistema de aviação civil brasileiro, à INFRAERO cabe a responsabilidade de operar 67 aeroportos, 68 Grupamentos de Navegação Aérea (GNAs), 34 Terminais de Logística de Carga (Teca) e de manter 50 Unidades Técnicas de Navegação Aérea (UTAs), prestando serviços com segurança, conforto, eficiência e compromisso com o desenvolvimento do país e com a integração nacional.
A INFRAERO está presente em todos os estados da Federação. Pelos aeroportos da Rede transitaram, em 2009, 128,1 milhões de passageiros, em 2,3 milhões de pousos e decolagens de aeronaves nacionais e estrangeiras, o que corresponde a cerca de 97% do movimento do transporte aéreo regular no Brasil. A movimentação de carga nacional e internacional nos Terminais de Logística de Carga superou a marca de meio milhão de toneladas anuais.
A INFRAERO também atua em aeroportos equipados para funcionar como plataforma de helicópteros e outros cuja vocação está na logística de carga aérea.
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O foco da INFRAERO, em todas as suas ações, está na segurança e no conforto dos usuários do transporte aéreo, além de sua responsabilidade social e Ambiental.
A missão da INFRAERO é :
"Prover infra‐estrutura e serviços aeroportuários e de navegação aérea, contribuindo para a integração nacional e o desenvolvimento sustentável do país".
O controle gerencial é realizado pela Presidência e por cinco Diretorias: Administrativa, Comercial, Financeira, Operações e Engenharia. Todas centralizadas na Sede da Empresa, em Brasília, Distrito Federal, com apoio de oito Superintendências Regionais, que regulam e apóiam as Superintendências Locais, em cada aeroporto. As Superintendências Regionais e Locais estão distribuídas pelo país, conforme o mapa da figura a seguir.
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Figura 1. Rede INFRAERO no Brasil. INFRAERO, 2011
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A INFRAERO está presente no Estado do Ceará através da administração direta do Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, e na administração compartilhada do Aeroporto Regional do Cariri, em Juazeiro do Norte, sul do Estado, em conjunto com Departamento de Edificações e Rodovias – DER.
O Aeroporto Internacional Pinto Martins está localizado na cidade de Fortaleza, capital do Estado do Ceará, em área em grande parte antropizada, entre os bairros Vila União, Montese, Itaoca, Serrinha, Dias Macedo, Aerolândia, Fátima, Parreão e Alto da Balança, a cerca de 10 km do centro da cidade.
Instalado em um sítio de aproximadamente 1.218.799 m² de área, 25 m acima do nível do mar, tem como ponto de referência do aeroporto as seguintes coordenadas geográficas: latitude 03º 46’ 33 ” S e longitude 38º 31’ 56 ” W. O aeroporto possui tráfego aéreo internacional, doméstico nacional, doméstico regional e geral, operando durante 24 horas por dia. A classificação com relação a utilização do aeródromo é público, com tipo de operação: VFR/IFR – Precisão; Código da Pista (ICAO): 4E; Código de zona de proteção: 1. O sistema de pistas é composto de uma pista principal de pouso e decolagem na orientação 13/31, com 2.545 m de extensão e 45 m de largura, em pavimento flexível.
O empreendimento consiste de reforma e ampliação do Terminal de Passageiros; Estacionamento de Veículos; Construção do Edifício de Manutenção; Edifício Garagem; Central de Utilidades (CUT); Área para Equipamentos de Rampa e Complementação do Pátio de Aeronaves (TECA). Croqui indicativo do local das intervenções encontra‐se na figura a seguir. Sua caracterização e projetos se encontram descritos no item 4.6.
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Figura 2. Croqui indicativo dos locais das intervenções.
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3 Estudo de alternativas locacionais e tecnológicas do projeto
Em todo o mundo, a indústria do turismo vem crescendo de forma vertiginosa nos últimos anos. No Ceará o turismo também dá sinais inequívocos de vitalidade. Localizado estrategicamente em relação às rotas turísticas internacionais, o estado combina os seus 573 km de costa, com regiões serranas, um rico artesanato, comércio bem desenvolvido e tradicionais manifestações folclóricas, tendo potencial para atrair a demanda do saturado mercado caribenho.
Apesar de todo o potencial turístico do estado, o setor ainda se ressente da falta de investimentos básicos que garantam infra‐estrutura, equipamentos e serviços de qualidade. A ampliação do terminal de passageiros e outras obras previstas pela INFRAERO para o Aeroporto Internacional Pinto Martins, até o ano de 2018, pretendem aumentar a oferta de infra‐estrutura aeroportuária para atração de pessoas e serviços além da dinamização do setor industrial do estado do Ceará.
A análise das alternativas locacionais para ampliação da capacidade operacional do Terminal de Passageiros compreendeu o espaço do entorno do atual terminal de passageiros, visando a modulação de espaços contíguos em atividades semelhantes, para promover a otimização da segurança de operação e das diversas logísticas envolvidas no embarque e desembarque de passageiros e bagagens, além das operações de abastecimento de combustíveis e outros produtos destinados às aeronaves. Assim, a análise se promoveu entre duas áreas contíguas, a leste e a oeste do terminal existente. A figura a seguir indica as áreas analisadas.
Figura 3. Áreas analisadas como alternativa locacional
A leste encontra‐se o Riacho da Rosinha e o local das instalações de manutenção; A oeste, encontra‐se o terminal de cargas (TECA) e seus pátios de estacionamento. A opção adotada foi a expansão do terminal de passageiros em direção ao terminal de cargas, com um pequeno acréscimo de salas de embarque e desembarque a leste, já próximo ao pátio de aeronaves. A reforma do pátio de aeronaves promoverá a integração das áreas de manobra, trazendo conforto para o usuário e segurança para a operação.
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4 Identificação do empreendimento
O empreendimento será constituído de 07 (sete) lotes entre edificações e abrangências.
Reforma do Terminal de Passageiros (TPS), incluindo infraestrutura, sistemas e equipamentos necessários à operação do Terminal;
Construção/Ampliação do Terminal de Passageiros e Estacionamento de Veículos, Construção do Edifício da Manutenção e Área para Equipamentos de Rampa, Reforma e ampliação ou Construção da Central de Utilidades (CUT), incluindo infraestrutura dos sistemas;
Construção do Edifício Garagem, incluindo infra‐estrutura dos sistemas; ∙
Complementação do Pátio de Aeronaves (TECA);
Sistemas, Equipamentos Eletrônicos e Rede Telemática;
Sistemas e Equipamentos Eletromecânicos; e
Fornecimento e Instalação de Mobiliário Administrativo.
As características relevantes de cada um dos itens citados se encontra mais adiante neste documento.
4.1 Considerações gerais sobre o empreendimento
O aeroporto Internacional Pinto Martins opera atualmente com Terminal de Passageiros com área de 38.500m2. A Ampliação pretende acrescentar 30.721 m2 de área construída, elevando o total para 69.221 m2. Os estacionamentos, atualmente com 21.213,86 m2, passarão, com o acréscimo do edifício garagem, para 163.909 m2. Pretende‐se também aumentar o Pátio de Aeronaves em ligação entre o TECA e o TPS em 38.000 m2, edificar nova Área para Equipamentos de Rampa com 8.900 m2 além da construção de uma nova Central de Utilidades com3.394 m2 e um novo Edifício de Manutenção com 15.954 m2.
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4.2 Localização e acesso
O aeroporto se localiza na zona urbana de Fortaleza, com acesso ao terminal de passageiros através da Avenida Senador Carlos Jereissati e Rodovia BR‐116. A figura a seguir indica a localização do aeroporto.
Figura 4. Localização do Aeroporto Internacional Pinto Martins
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4.3 Alternativas tecnológicas e locacionais
A alternativa locacional de maior importância analisada no presente projeto referiu‐se à expansão do Terminal de Passageiros – TPS. Na presente proposta a implantação das funções do terminal e seu desenho linear serão mantidos, de acordo com as orientações do plano diretor do Aeroporto de Fortaleza, e as soluções adotadas visam atender as premissas da INFRAERO, para adequação à nova operação do TPS. Assim, a forma da implantação do Terminal de Passageiros do Aeroporto Internacional Pinto Martins seguirá a linearidade do partido arquitetônico com aproveitamento de conceitos definidos no projeto existente, permitindo a interação entre setores existentes e novos, capacitando o TPS à nova demanda.
Sua ampliação está prevista para os lados leste e oeste do terminal existente, planejado para 2,5 milhões de passageiros no ano de 2008 e que opera atualmente com 5 milhões de passageiros /ano (INFRAERO, 2011). O terminal atual funcionou como um vetor de atração de empreendimentos e moradias para o entorno do aeroporto, conforme se verá no diagnóstico. Além das vantagens locacionais citadas, podem‐se ainda elencar:
Integração das atividades de aviação civil, com a proximidade do terminal de passageiros e de carga;
Razões de Estado ao promover a separação das atividades de aviação civil e militar;
Adequação à fisiografia do terreno.
Sistema viário de acesso
Também visando a continuidade das ações previstas no plano diretor de 2006, Todo o sistema viário foi remodelado, proporcionando quatro vias no meio fio de desembarque e aumento de área de estacionamento para implantação de um futuro edifício garagem.
CEMAN e Equipamentos de rampa
A localização da área onde será construído o Edifício de Manutenção (CEMAN) se deve ao fato de o acesso ser facilitado, tanto para a rodovia quanto para o Terminal de Passageiros. Assim, os arruamentos e patamares poderão ser mantidos. Prevê‐se ainda a localização da nova área de equipamentos de rampa ao lado do pátio das aeronaves, permitindo um fácil acesso para a via de serviço. Esta área será ao ar livre e dividida em duas partes, facilitando a distribuição dos equipamentos.
4.4 Projetos correlatos
A expansão da área terminal compreende, além do terminal de passageiros, as áreas da Central de Manutenção, a Área para complemento do Pátio de Aeronaves e a edificação de edifício garagem. Estas áreas, bem como a central de utilidades e a área de equipamentos de rampa e manutenção são destinadas a operações acessórias e de
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apoio, que contribuem para o aumento do conforto dos usuários, segurança, facilidades na manutenção de aeronaves, etc.
4.5 Justificativas do empreendimento
A infra‐estrutura aeroportuária brasileira, equiparada aos padrões internacionais, está sendo modernizada para atender à demanda dos próximos anos. Para isso, a INFRAERO pratica um plano de obras arrojado, executado com receita própria, em praticamente todos os aeroportos por ela administrados e que gera mais de 50 mil empregos em todo o Brasil. Ainda de encontro à necessidade de manter a infra‐estrutura aeroportuária adequada ao crescimento da demanda pelo transporte aéreo, a INFRAERO foi incluída nas obras de ampliação e modernização dos principais aeroportos do país através do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC. A ação está possibilitando a realização de importantes investimentos voltados ao aumento da capacidade instalada, à melhoria da segurança e da qualidade dos serviços prestados aos clientes e usuários dos serviços aeroportuários.
A fim de garantir a operacionalidade e a segurança compatível com as necessidades do país, os investimentos foram direcionados aos aeroportos com maior grau de comprometimento da capacidade de tráfego de aeronaves, passageiros e carga, bem como àqueles de interesse estratégico do Governo Federal.
Como Empresa Pública presente em todo o país, a INFRAERO assume seu compromisso com a sociedade civil ao guiar suas ações para a responsabilidade social. Assim, vem implementando atividades educativas, sociais, culturais e desportivas junto aos seus funcionários e aos moradores do entorno dos aeroportos.
4.6 Dados técnicos do projeto
Este tópico procura apresentar as soluções adotadas em projeto para a reforma e ampliação do Terminal de Passageiros (TPS) do Aeroporto Internacional Pinto Martins, localizado em Fortaleza / CE, para o horizonte de 2018, com 8.000.000 passageiros/ano. O descritivo estabelece os conceitos de projeto bem como as soluções adotadas para se alcançar a recapacitação do terminal e o aumento em seu movimento operacional.
4.6.1 Considerações gerais
O projeto de ampliação e reforma será concebido para atender ao horizonte desejado e proporcionar ao usuário conforto e segurança integrando com harmonia o partido arquitetônico existente. O projeto está em concordância com todas as normas pertinentes e foi fundamentado nas premissas fornecidas pela INFRAERO.
4.6.2 Implantação
O Terminal de Passageiros do Aeroporto Internacional Pinto Martins está localizado em uma área patrimonial legalizada de 5.194.229,77m², possuirá cerca de 119.386 m² utilizados para o processamento de passageiros de tráfego comercial doméstico e
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internacional regular e não regular distribuídos em quatro pavimentos em forma linear de implantação.
A reforma e ampliação do Terminal de Passageiros do Aeroporto Internacional Pinto Martins (TPS) tem como base para o partido arquitetônico o aproveitamento de conceitos definidos no projeto existente, permitindo a interação entre setores existentes e novos, capacitando o TPS à nova demanda. Sua ampliação está prevista nas direções leste e oeste, do terminal existente, mantendo suas características de implantação e adequando‐se ao terreno.
A ampliação tomará parte do setor industrial hoje existente a leste do TPS, onde se encontram galpões de algumas companhias aéreas.
Atualmente o terminal opera com 1,5 níveis operacionais (NO), e passará para 2 NO com as funções de desembarque e embarque sendo realizadas em níveis diferentes, porém o check in permanecerá no térreo, no mesmo andar das salas (parciais) de desembarque.
Essa nova configuração com dois meios fios, sendo um no subsolo, onde atualmente encontra‐se a via de serviço, e outro no térreo, transforma o subsolo em um pavimento onde os passageiros somente desembarcarão e o térreo onde apenas será realizado o processo de embarque.
A reforma do TPS, localizada entre os eixos 01 a 18 (vide projeto arquitetônico no anexo VII), abrange toda a construção existente readequando e redimensionando os espaços para a nova realidade. A ampliação compreendida pelos eixos 08A a 01A e entre os eixos 18A a 41 refere‐se á Área terminal.
4.6.3 Descrição do terminal de passageiros (TPS) 4.6.3.1 Pavimento Subsolo
Com a nova configuração da via de desembarque no nível do subsolo, a sala de desembarque estará parcialmente locada neste pavimento, assim como novos espaços comercias, e a área do back office.
A maior parte do Lost Luggage estará no subsolo entre os eixos 22 a 28; Outra pequena parte dele localiza‐se no pavimento térreo do lote1.
A galeria técnica seguirá o traçado do TPS em toda a sua extensão, abastecendo todos os shafts de acordo com a necessidade.
A CUT será ampliada e terá sua área total distribuída em três partes, permanecendo a existente no lote 1, uma mais centralizada entre os eixos 19 a 21 e a extensão de outra no lado leste entre os eixos 35 a 41.
Para adequação da nova operação do TPS, todo o sistema viário foi remodelado, proporcionando quatro faixas no meio fio de desembarque e aumento de área de estacionamento para implantação de um futuro edifício garagem.
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4.6.3.2 Pavimento Térreo
No pavimento térreo, na parte central do TPS, estarão localizados os balcões de check‐in, o saguão de embarque (localizado em frente ao check‐in), parte de seu back‐office, BVRIs, a praça de manuseio de bagagem embarcada, o portão “C”, além de sanitários, shafts, escadas e elevadores.
O desembarque se dará em dois pavimentos, do térreo para o subsolo. No térreo serão localizadas as salas de desembarque, internacional e doméstico em extremidades opostas.
No desembarque doméstico a circulação vertical será realizada por dois elevadores, uma rampa, uma escada fixa e outra escada rolante. Neste caso o uso da escada fixa é viável por se tratar de passageiros de vôos domésticos que possivelmente portarão uma bagagem mais leve.
O embarque remoto doméstico ficará adjacente à sala de desembarque doméstico, com vagas para parada dos ônibus junto à via de serviço do lado ar.
Os balcões de check‐in estarão dispostos de forma linear para acompanhar o traçado do TPS. Esta solução foi adotada devida à exígua dimensão disponível entre o lado ar e o lado terra. Com isso o acesso ao check‐in ficou facilitado independente da entrada utilizada, pois ele se estende do eixo 13, até o eixo 28 , tendo apenas uma interrupção no portão “C” nos eixos 17 ao eixo19.
O portão “C” ocupará a mesma posição que ocupa atualmente no TPS existente, recebendo apenas os acréscimos necessários à nova demanda. Após ampliação do área terminal ele ficará centralizado ao TPS.
O Lost Luggage se encontrará parcialmente neste pavimento, com balcões de atendimento ao passageiro desembarcado.
Entre os eixos 29 e 30, uma porta de serviço/emergência será instalada, para facilitar a reposição dos carrinhos de bagagens do saguão de embarque para o desembarque doméstico.
No extremo leste do terminal se localizará o setor de manutenção de linha, área de apoio de rampa e despacho de pronto atendimento, que abrigará várias salas destinadas a companhias aéreas, com acesso direto ao pátio, configurando um galpão industrial.
Os órgãos públicos estarão concentrados, em sua grande parte, na extremidade oeste, adjacente ao saguão de desembarque, de modo a permitirem o atendimento ao público.
No extremo oeste, lado ar, se encontrarão as vagas para automóveis reservadas para o IBAMA, Polícia Federal, ANVISA, ANAC/PFAC, Ministério da Agricultura e Sec. Receita Federal.
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Sanitários, escadas e elevadores serão posicionados no saguão de forma a atender aos usuários com conforto e segurança.
As portas de entrada e saída do TPS deverão ser dispostas conforme as normas de saída de emergência. As saídas criadas possuem distâncias entre si maiores que as saídas existentes, porém para suprir a necessidade serão instaladas portas com dimensões maiores que as atuais.
A via de serviço no lado ar atenderá a largura solicitada de 10 metros mais a via de pedestres com 2 metros.
4.6.3.3 1º Pavimento
Na ampliação este pavimento contemplará sala de embarque doméstico do lado leste e sala de embarque internacional no lado oeste, possibilitando a criação de sala reversível na área central. Estarão dispostas de forma linear e acompanhando o traçado do conector, que também será ampliado, possibilitando a abertura de mais Gates e melhor distribuição dos passageiros pelo setor, aumentando seu conforto.
Dessa forma, as vistorias de segurança (Raios‐X) para acessar as salas de embarque serão separadas, proporcionando assim uma melhor distribuição dos passageiros pelo saguão, equilibrando as áreas de filas, os setores comerciais e de circulação.
No primeiro pavimento encontram‐se o acesso às salas de embarque e uma distribuição equilibrada do setor comercial (Aeroshopping).
O conector possuirá dezesseis pontes de embarque, sendo sete pontes existentes e 9 pontes novas na ampliação.
O setor comercial (Aeroshopping) será distribuído e integrado ao longo deste andar, permitindo ao passageiro um bom aproveitamento desta configuração.
4.6.3.4 2º Pavimento
As áreas administrativas da INFRAERO e operacionais do Centro de Operações Aeroportuárias que atualmente estão localizadas em outros pavimentos, ganharão um espaço maior e estrategicamente posicionado para visualização do pátio de aeronaves.
Na oportunidade da ampliação, que não oferecerá interferências ao layout existente, este pavimento receberá a área administrativa da INFRAERO, / COA (com vista exclusiva para o pátio de aeronaves) e um auditório, além de sanitários de apoio, copa, refeitório e acessos verticais que serão posicionados de forma a atender plenamente a estes ambientes. Na reforma da área existente, entre os eixos 07 a 12, será mantido, porém com pequenos ajustes, o mirante com visão privilegiada para o pátio de aeronaves, uma sala ecumênica e espaço cultural.
O auditório com aproximadamente 420,00 m², incluído na área administrativa, excedendo a área total solicitada destinada a INFRAERO, pois não está contemplado nas
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tabelas do memorial descritivo geral, porém se faz necessário, conforme solicitado pela INFRAERO.
A forma de ocupação deste pavimento possibilita um melhor manejo no etapeamento da obra, interferindo o mínimo possível na parte existente e adequando o espaço já na primeira fase de implantação do empreendimento.
4.6.3.5 Cobertura
A substituição da estrutura metálica existente, estrutura espacial, por estrutura metálica tubular de alma cheia dificultará o pouso das aves que trazem além da poluição sonora, o fedor e situações desagradáveis aos usuários nos acessos de embarque e desembarque. A exposição das estruturas espaciais existentes, com várias partes metálicas (banzos) e pontos de solda às intempéries (chuvas, maresias) ocasionam a rápida oxidação das peças estruturais.
A junção entre a cobertura proposta com o existente, entre os eixos 16 / 17 e 03 / 02, traria problemas de calafetação em função do formato das coberturas e estruturas diferentes que ocasionariam a infiltração de água nesses trechos do saguão.
Como solução para o projeto de ampliação, a cobertura existente foi substituída buscando atender os benefícios com uma solução harmoniosa, integrando o lote 1 e área terminal do TPS.
Outro benefício da substituição da cobertura é a economia de consumo de iluminação artificial, uma vez que a nova cobertura possuirá uma iluminação zenital proposta em toda extensão da área de saguão no 1º pavimento, assim como no saguão do pavimento térreo, quando este tiver pé direito duplo, além de trazer conforto visual aos usuários.
A integração das coberturas nos acessos de embarque no pavimento térreo, nos acessos de desembarque no subsolo e nos pontos de transportes coletivos ou turismo também no subsolo, criam o efeito de uma grande cobertura que além de incorporar todos os acessos dos usuários também integram a edificação existente com a área ampliada, dando assim uma unidade ao conjunto.
4.6.3.6 Edifício de Manutenção – CEMAN
O Centro de Manutenção – CEMAN será uma edificação, que abrigará as instalações para a coordenação e execução das atividades de manutenção e operação dos equipamentos e subsistemas que compõem a infra‐estrutura aeroportuária e da navegação aérea da INFRAERO. Seu projeto atende o programa e condicionantes estabelecidos pela INFRAERO.
O edifício de manutenção está dividido em três edificações. Na parte oeste se localizará o módulo da INFRAERO, na parte leste o módulo da Contratada, e na parte sul da implantação o prédio das oficinas que atenderá a ambas. Na parte leste se encontrará também a subestação.
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Ao redor destas três edificações serão locadas as áreas solicitadas de estacionamento e as áreas fora da edificação: local para lavagem e troca de óleo, área de armazenagem temporária de material e área para contêiner de lixo.
Módulo da INFRAERO
Térreo
Neste pavimento serão locadas, em sua maioria, as áreas de convivência dos funcionários da INFRAERO abrigando os seguintes ambientes: refeitório com copa, sanitário/vestiário – masculino e feminino, sala para estar e lazer, sala para equipamentos especiais e ferramentas, central de ar condicionado e os depósitos de material de limpeza (DML).
1º Pavimento
Neste pavimento serão concentradas as áreas administrativas da INFRAERO, abrigando as salas para gestor técnico, apoio administrativo, técnicos, documentação técnica, treinamento / reunião, no‐break e servidor, áreas estas que serão divididas para o caso de uma apresentação na sala de treinamento para colaboradores externos, sem comprometer o andamento do trabalho na área dos técnicos e gestor.
Módulo da Contratada
Neste módulo, semelhante ao módulo da INFRAERO serão locadas as áreas comuns, de serviços e apoio aos funcionários das contratadas, sendo elas: vestiários, depósitos de material de limpeza (DML), estar e lazer, ferramentaria, copa, refeitório e centrais de ar condicionado e compressores.
Oficinas
O prédio das oficinas, concebido modularmente para permitir futura ampliação, se encontrará do lado sul da área dos módulos da contratada e INFRAERO, posição esta pensada para priorizar as operações das oficinas, isto é, o local escolhido além de ocupar grande parte de uma área já terraplenada e próxima ao acesso principal, encontra‐se entre os bolsões de estacionamento de caminhões e viaturas da INFRAERO.
No interior de cada módulo os ambientes serão divididos da seguinte forma: área da oficina, sanitários, apoio/depósitos de material de limpeza (DML), depósito de materiais / ferramentaria e apoio administrativo, sala esta, que possui acesso a um corredor de serviço interno.
4.6.4 Sistema estrutural
A ideia de base do projeto é manter a mesma configuração da estrutura existente, em sua maior parte. São pilares de concreto armado em formato “H”, vigas protendidas e coberturas metálicas apoiando telhas metálicas tipo sanduíche.
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4.6.5 Circulações verticais
A circulação vertical ao longo do TPS consiste em elevadores, escadas fixas, escadas rolantes e rampas.
Foi especificado um elevador, para facilitar a reposição de carrinhos de bagagens, que circulam do térreo para o subsolo pelas rampas e elevadores das salas de desembarques.
O elevador existente EL10, terá sua parada no 1º pavimento cancelada, pois sofrerá alteração no seu fluxo. Este será direcionado apenas para serviços e companhias aéreas. A escada fixa (EF23) permanecerá do subsolo ao 1º pavimento, sendo utilizada como rota de fuga.
4.6.6 Rota de fuga
Para o dimensionamento e locação das escadas, foram feitas estimativas da população total do terminal e dimensionamentos e foram observadas todas as exigências normativas da NBR 9077 (Saída de emergência em edifícios).
Foram respeitados os raios máximos de distância entre saídas e larguras mínimas das rotas.
4.6.7 Acessibilidade
O projeto apresentado compreende o atendimento à norma NBR‐9050 (Acessibilidade e edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos) bem como a incorporação das orientações da própria INFRAERO, como forma de adequação às novas exigências e demanda.
É possível enumerar itens atendidos no projeto conforme segue:
A inclusão de sanitários acessíveis em todos os bolsões públicos e de funcionários;
O dimensionamento dos elevadores a serem instalados;
As inclinações de rampas;
Os desníveis de pisos;
A preocupação com o desenho do mobiliário.
4.6.8 Comunicação visual
O projeto de Comunicação Visual integrará a arquitetura, estrutura e instalações, compatibilizando seus objetivos, funções e formas de utilização dos espaços, baseado na necessidade de informações a serem transmitidas ao usuário.
Os princípios funcionais, técnicos, econômicos, decorativos e estéticos que nortearam a concepção do projeto arquitetônico serão também fundamentais para o projeto de Comunicação Visual e estes deverão estar integrados.
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O projeto contém a localização em planta dos elementos do sistema de Comunicação Visual, diagramações dos principais elementos do sistema, observando‐se a linguagem gráfica padrão, diagramações dos textos associados a mensagens e ou signos direcionais, desenhos construtivos dos pictogramas, signos e símbolos. Para o bom desempenho da sinalização, leva‐se em consideração:
Arquitetura do interior do prédio;
Escolha criteriosa das informações a serem prestadas;
Escolha da tecnologia mais adequada ao ambiente a ser sinalizado;
Quantidade equilibrada de pontos a sinalizar, pois o excesso ou a falta são igualmente prejudiciais à boa orientação;
Posição estratégica das placas e paineis informativos;
Interferência dos letreiros das lojas do aeroporto;
Interferência dos paineis de publicidade;
Iluminação dos ambientes;
Código cromático, de acordo com as informações operacionais, de regulamentação de serviços, facilidades e interesse público.
Para execução do Projeto Básico será utilizada a Norma Específica da INFRAERO NI – 14.04 (EGA) e a NBR‐8917.
4.6.9 Conforto ambiental
O projeto de Conforto Ambiental integrará a arquitetura, estrutura e instalações, harmonizando‐se também com o projeto de interiores, e atendendo ao programa de necessidades de cada ambiente.
4.6.10 Fluxos operacionais
A concepção do projeto de fluxos operacionais contemplou a integração com o projeto de arquitetura, e demais disciplinas pertinentes, a fim de estabelecer harmonia entre seus objetivos, funções e formas de utilização dos espaços, a partir do pleno conhecimento de suas atividades e sua representatividade frente à sua finalidade, uso, e relacionamento com os demais espaços.
4.6.11 Revestimentos
Pisos
Atualmente no TPS, no saguão de embarque e desembarque, está instalado o piso de granito meruoca clássico com faixas de granito rosa Iracema. Devido a falta do granito meruoca clássico no mercado brasileiro, toda a ampliação dos saguões ganhará o piso rosa iracema, mantendo a qualidade do piso existente.
Para melhor conforto, harmonia e aparência, será instalado na ampliação o piso granito branco ceará polido nas salas de embarque e salas de desembarque. Sua cor clara deixa o ambiente mais iluminado. Optou‐se pela substituição do piso entre os eixos 01 a 18
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para não haver diferenciação, ou manchas de deslocamentos de alvenaria possivelmente deixados na reforma.
Nesta etapa de projeto, estão sendo definidos os revestimentos, bem como suas cores, tipos e fabricantes, porém, o detalhamento de modulação e paginação deverá ser objeto do projeto executivo.
Paredes
Os revestimentos de paredes serão utilizados a favor do conforto acústico e térmico e da manutenção do terminal de passageiros, conforme a necessidade. Em função dessas premissas, foi adotado o Porcelanato 60x120cm na cor branco de alta resistência nos saguões de embarque e desembarque e nas salas de embarque e desembarque.
Para as áreas molhadas foi adotada cerâmica nas paredes.
A fachada recebeu um conjunto de revestimentos para sua composição com alumínio composto na cor cinza, alumínio composto na cor branca, vidro laminado branco e pintura acrílica.
Forro
Escritórios, área da administração da INFRAERO e áreas operacionais receberão o revestimento em placas modulares de fibra mineral. No saguão e salas de embarque e desembarque será utilizado forro colmeia branco. Na praça de alimentação e área sobre esteiras de restituição de bagagem o forro será composto por colmeia e módulos de teto de luz com paineis tensionados.
As áreas molhadas deverão receber revestimentos de placas de gesso.
Nesta etapa de projeto, estão sendo definidos os revestimentos, bem como suas cores, tipos e fabricantes, porém, o detalhamento de modulação deverá ser objeto do projeto executivo.
4.6.12 Projeto geométrico e de terraplenagem
O projeto geométrico foi desenvolvido de forma a fornecer as informações necessárias à perfeita localização e posicionamento dos constituintes dos projetos, obedecendo às normas vigentes de acessibilidades e segurança. O projeto está constituído por conjunto de desenhos e demais documentos técnicos que, segundo orientação lógica e econômica, permitirá a implantação física dos sistemas projetados.
O projeto de terraplenagem será elaborado a partir das definições geométricas, das sondagens realizadas e do projeto de pavimentação. As definições geométricas, tais como larguras de vias e raios de curva serão detalhadas no projeto básico. O projeto de terraplenagem consiste da limpeza da área do empreendimento, demolição de pavimento do acesso viário existente, remodelação do acesso viário ao estacionamento e terminal de passageiros, construção das áreas para equipamentos de rampa e
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ampliação do terminal de passageiros. Na análise de Terraplenagem necessária ao Empreendimento dividiu‐se o projeto em 2 (duas) áreas, a saber: Lado Ar e Lado Terra conforme itens apresentados a seguir.
Lado Ar
A intervenção compreende a construção das Áreas de Equipamentos de Rampa, composta de duas partes, sendo a maior localizada a leste do Terminal de Passageiros tomando parte do setor industrial existente e a menor situada a oeste do Pátio de Aeronaves. A via de serviço apresenta uma largura que varia entre 5,00 m e 10,00 m ao longo de sua extensão.
Lado Terra
A intervenção compreende a remodelação do sistema viário de acesso ao Terminal de Passageiros, ao Estacionamento de Veículos, acesso ao novo Centro de Manutenções (CEMAN) e ampliação do Terminal de Passageiros. No Lado Terra, a remodelação do acesso viário tornou‐se necessária para suprir a nova demanda de passageiros projetada para o ano de 2018; Sendo assim, serão implantadas novas faixas de tráfego, remodelação do traçado original e implantação de uma rotatória para direcionar o fluxo de veículos ao estacionamento e ao terminal de passageiros. Os acessos viários ao TPS e aos estacionamentos apresentam seções transversais com faixas de rolamento entre 7,20 m e 10,80 m. As declividades transversais variam entre 0 % (mínimo) e 2% (máximo). As seções são dotadas de sarjetas com largura de 0,45 m, meios‐fios e passeios com largura de 2,00 m de cada lado.
Desvio de tráfego
Dada a localização das áreas a serem executadas devem ser previstas intervenções que não comprometam o funcionamento operacional do aeroporto. Para tanto serão implantados Desvios de Tráfego, com largura total de 7,20 m. As declividades longitudinais variam de 3,7 % a ‐6,77 % e as transversais com 2% . As seções são dotadas de sarjetas com largura de 0,45 m, meios fios e passeios com largura de 1,50m de cada lado.
4.6.13 Pavimentação
Para elaboração do projeto de pavimentação foram consideradas as características geológicas e geotécnicas do local e materiais disponíveis na região. Por se tratar de ampliação, optou‐se pela adoção de estruturas de pavimento semelhante às existentes, garantindo desta forma a correta drenagem das camadas subsuperficiais, além de não interferir na capacidade funcional do Aeroporto.
Os dimensionamentos seguiram as normas vigentes e as boas práticas de engenharia. O pavimento rígido será composto por placas de CCP com 38 cm de espessura apoiadas em camada de Brita Graduada Tratada com Cimento com 15 cm de espessura. Entre a base cimentada e as placas de concreto é prevista a colocação de manta de polietileno, como meio de evitar a propagação de fissuras para as placas. A cura da camada de BGTC
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será garantida pela execução de pintura de ligação. A figura a seguir ilustra esquematicamente a estrutura de pavimento a ser empregado na ampliação do pátio de aeronaves.
Figura 5. Estrutura do pavimento rígido
O pavimento flexível a ser executado na área de manobra será constituído por reforço do subleito em solo estabilizado granulometricamente na espessura de 20 cm, sub‐base granular em BGS na espessura de 40 cm, base estabilizada em PMQ na espessura de 10 cm e revestimento asfáltico composto por camada de binder (8 cm) e CBUQ na espessura de 6 cm. A figura a seguir ilustra a estrutura de pavimento flexível adotada.
Figura 6. Estrutura do pavimento asfáltico
Com intuito de proteger a camada de sub‐base finalizada, é prevista a execução de imprimadura impermeabilizante depois de concluída a compactação da segunda camada de BGS. Previamente à execução da camada de base deverá ser realizada pintura ligante, garantindo a aderência entre as camadas. A camada de PMQ deverá ser executada em duas etapas e receber pintura ligante entre elas. O revestimento asfáltico será realizado em três camadas sendo duas de ligação e a última de rolamento. Entre as camadas deverá ser aplicada pintura de ligação.
Os serviços iniciais como demolição dos pavimentos existentes e adequação do greide, deverão seguir as especificações técnicas de Pavimentação e Terraplenagem. As obras de pavimentação devem atender as especificações técnicas e as observações descritas em seqüência.
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A demolição do pavimento existente deverá ser realizada de forma a efetuar uma transição adequada entre a estrutura nova e as existentes.
A camada final de terraplenagem, assim como o subleito, deverá ser isenta de impurezas e materiais orgânicos, além de apresentar CBR >= 13% e expansão inferior a 2%, com grau de compactação mínimo de 95% medido na energia modificada no ensaio de Proctor.
Antes do início da execução dos pavimentos deve ser verificada a necessidade de instalação de elementos subterrâneos.
A abertura das caixas de pavimentos deverá ser executada observando‐se a profundidade final requerida para cada estrutura, conforme especificado em projeto.
Os itens a seguir ilustram as características dos materiais empregados em cada tipo de estrutura. Todos os materiais devem respeitar as exigências e processos quanto a fornecimento, estocagem, manipulação e liberação dos serviços.
4.6.13.1 Pavimento Rígido
Placas de Concreto de Cimento Portland (CCP)
O concreto utilizado para a confecção das placas deverá ser usinado, apresentar resistência a compressão simples aos 28 dias equivalente a 68 MPa e resistência a tração indireta superior a 5 MPa. A cura do concreto deverá ser do tipo úmida durante as duas primeiras horas e posteriormente deverá ser do tipo química por um período de 7 dias.
A execução das juntas, assim como colocação de armaduras, deverá seguir as orientações contidas na especificação técnica
Brita Graduada Tratada com Cimento (BGTC)
O material deverá ser usinado, empregando a faixa granulométrica para os agregados apresentada na especificação técnica. O teor de cimento deverá ser dosado de modo que a mistura apresente módulo de elasticidade superior a 5.000 MPa e resistência a compressão simples aos 7 dias entre 3,5 MPa e 4,5 MPa. Pode‐se a priori considerar teor de cimento mínimo equivalente a 4% (consumo de cimento >= 75 kg/m³).
Pintura Ligante
Deverá ser utilizada emulsão asfáltica do tipo RR‐1C ou RR‐2C.
4.6.13.2 Pavimento Flexível
Reforço do subleito: Solo Estabilizado Granulometricamente
Os materiais empregados no reforço do subleito deverão apresentar diâmetro das partículas inferior a 76 mm, CBR >= 20%, expansão inferior a 1% e IP (Índice de Plasticidade) >= 6%. A execução do reforço será feita conforme Especificação Técnica, citada anteriormente.
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Sub‐base: Brita Graduada Simples (BGS)
A camada de Brita Graduada Simples deverá apresentar CBR _ 80% e expansão _ 0,5%, executada em camadas com espessura máxima de 20 cm. A faixa granulométrica a ser utilizada deverá ser a faixa 2 da especificação técnica. O processo executivo e os equipamentos necessários encontram detalhados na especificação técnica.
Base: Pré Misturado a Quente (PMQ)
O cimento asfáltico a ser empregado deverá ser CAP 30‐45, CAP 50‐70 ou CAP 85‐100, a adoção de cimento asfáltico modificado por polímeros poderá ser possível a critério da fiscalização. Conforme especificação a mistura deverá conter distribuição granulométrica de acordo com a faixa “II”.
A espessura máxima de compactação deverá ser de 5 cm, portanto, a base deverá ser executada em duas camadas e receber pintura ligante entre elas.
Revestimento: Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ e Binder)
O cimento asfáltico a ser empregado deverá ser CAP 30‐45, CAP 50‐70 ou CAP 85‐100, a adoção de cimento asfáltico modificado por polímeros poderá ser possível a critério da fiscalização. Conforme especificação a mistura deverá conter distribuição granulométrica de acordo com a faixa “II” para a camada de ligação (binder) e faixa “III” para a camada de rolamento.
A camada de ligação deverá ser executada em duas subcamadas e receber pintura de ligação entre elas. Antes da execução da camada de rolamento deverá ser aplicada pintura de ligação, garantindo a aderência entre as camadas.
Imprimação Impermeabilizante e Pintura de Ligante
O material de imprimação impermeabilizante deverá ser asfalto diluído do tipo CM‐30 ou CM‐70. Para a pintura ligante deverá ser utilizada emulsão asfáltica do tipo RR‐1C ou RR‐2C.
4.6.13.3 Vias de Acesso ao terminal de passageiros
O pavimento indicado para as Vias de Acesso ao Terminal de Passageiros é do tipo flexível, com revestimento em concreto betuminoso.
O dimensionamento do pavimento rodoviário segue a metodologia preconizada pelo DNER/DNIT através do Manual de Pavimentação publicação de 2006. O Método do DNER/DNIT tem como base o trabalho “Design of flexible pavement considering mixed loads and traffic volume”, da autoria de W.J. Turnbull, C.R. Foster e R.G. Ahlvin, do Corpo de Engenheiros do Exército dos E.E.U.U. e conclusões obtidas na pista experimental da AASHTO.
A estrutura recomendada do pavimento flexível é apresentada na figura a seguir.
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Figura 7. Estrutura do Pavimento Flexível do Lado Terra
4.6.13.4 Estrutura Provisória – Desvio de Tráfego
A estrutura de pavimento proposta para o desvio de tráfego será do tipo flexível, conforme ilustrado na figura a seguir.
Figura 8. Estrutura do Pavimento Flexível do Desvio de Tráfego
4.6.14 Drenagem
AS áreas inseridas no projeto de drenagem compreendem a complementação do Pátio de Aeronaves (TECA), Construção / Ampliação do TPS, Edifício Manutenção, Área de Equipamentos de Rampa e CUT do Aeroporto Internacional Pinto Martins localizado em Fortaleza no estado do Ceará.
4.6.14.1 Concepção Básica
O projeto de drenagem do Acesso Viário foi elaborado de forma a atender à demanda de captação das águas pluviais da área em questão através de bocas‐de‐lobo interligadas às redes coletoras formadas por poços de visita e tubos de concreto.
Os dispositivos e rede coletora existente foram mantidos, quando possível, para receberem as contribuições da rede projetada conduzindo à destinação final. Aqueles que não serão mais necessários na nova configuração do Viário deverão ser demolidos.
Em alguns trechos das Vias de Embarque e Desembarque, devido à ausência de declividade longitudinal, foram projetados pontos altos nas sarjetas através de enchimento com concreto magro, de tal forma a propiciar o escoamento em direção às captações.
Já o projeto de drenagem da complementação do Pátio de Aeronaves (TECA) foi elaborado de forma a atender à demanda de captação das águas pluviais da área em questão. Atualmente nesta área há uma vala aberta que recebe a drenagem da metade da área do canteiro localizado entre a Taxi Way “A” e o Pátio 2. Recebe também as
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contribuições provenientes da pista de pouso e decolagem e da Taxi Way “A” que chegam através da valeta trapezoidal em concreto e bueiro triplo tubular em concreto. A partir desta vala, as contribuições seguem em direção ao córrego existente ao sul do aeroporto através de bueiro duplo de 1,20 m de diâmetro. Para a pavimentação do pátio, esta vala será enterrada,prolongando‐se este bueiro duplo, permanecendo a sua destinação final.
Para a drenagem do Pátio de Aeronaves (TECA) foi projetada uma rede de drenagem separada da existente, possibilitando a sua condução até a caixa separadora de água e óleo, também projetada nesta fase para conter eventuais vazamentos de produtos contaminantes. Esta rede é formada por galerias com captação tipo filete posicionadas nos pontos baixos projetados no piso, sendo direcionada para o córrego existente ao sul do aeroporto.
Nas laterais destas galerias foram projetados drenos de pavimento, visando eliminar rapidamente as águas infiltradas nas camadas do pavimento, conservando sua vida útil.
A localização dos drenos, assim como os lançamentos, são especificados no projeto de drenagem.
Figura 9. Dreno de Pavimento
4.6.14.2 Estudos Hidrológicos
O cálculo das vazões de projeto para o dimensionamento dos dispositivos foi efetuado através do Método da Fórmula Racional, com base nas áreas de contribuição das bacias delimitadas diretamente nas plantas do projeto básico de drenagem e demonstradas no desenho de Planta de Bacias apresentados em anexo.
Os critérios de cálculo estão apresentados no Relatório de Estudos Hidrológicos em anexo e os parâmetros adotados para o cálculo de cada dispositivo estão apresentados nas planilhas de dimensionamento inseridas nos Memoriais de Cálculo e Dimensionamento, também em anexo.
4.6.14.3 Dimensionamento Hidráulico
Para a ampliação do Acesso Viário foram projetados os seguintes dispositivos de drenagem: Galeria enterrada, poço de visita, bocas‐de‐lobo dupla, bocas‐de‐leão dupla, caixas coletoras e canaletas com grelha.