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NESTE NÚMERO Notícias APA Recordação Dossier Actualidade Oportunidades Acontecerá Publicações Aconteceu Publicação de notícias no eboletim A política de divulgação vigente na APA à seguinte: 1) o principal canal de divulgação é este boletim semestral, que inclui informação relativa às actividades da APA, notícias no âmbito do World Council of Anthropological Associations, notícias de actualidade antropológica, eventos e lançamentos editoriais (sempre relacionados com a antropologia portuguesa ou de interesse explícito para a mesma); 2) o boletim é editado no final de Junho e Dezembro de cada ano. Pedimos que os interessados em enviar material para divulgação tenham estas datas em conta, enviando a informação com a devida antecedência, de forma a que não se perca informação não enviada em tempo útil; 3) serão divulgadas através da mailing list informações de caracter urgente e pontual. Reiteramos o nosso apelo para as vossas contribuições, que podem enviar para divulgacao @apantropologia.net (Ruy Blanes, responsável pelo eboletim da APA) Já está disponível o 4º número do eboletim da APA, onde destacamos o dossier sobre a Antropologia em Portugal no contexto do Processo de Bolonha (por Miguel Vale de Almeida), e ainda uma homenagem a Jorge Dias, por ocasião dos 100 anos do seu nascimento (da autoria de Clara Saraiva). Ruy Blanes, responsável pelo eboletim da APA NOTÍCIAS DA APA NOTÍCIAS APA CARTA ABERTA AO MINISTRO: Gostaria de começar por chamar a atenção de todos os sócios para a primeira acção pública desta direcção: o envio de uma Carta Aberta ao Ministro da Ciência (com conhecimento ao Presidente da FCT), manifestando preocupações sérias com os critérios de avaliação da investigação científica que têm vindo a ser crescentemente aplicados com base nos parâmetros das ciências exactas. Chamo a vossa atenção para esta carta, à qual podem aceder através de um novo link criado no nosso site (ver abaixo: nova secção na página da APA). Neste mesmo link inserimos documentos que podem ser relevantes para a acção científica e profissional da antropologia em Portugal. Contamos com a vossa participação no envio de mais documentos que considerem relevantes para este dossier. CONGRESSO: Neste semestre, um dos trabalhos da Direcção da APA foi o de dar início à organização e programação do IV Congresso de Antropologia da APA. Procurámos num primeiro momento fazer o Congresso fora de Lisboa, para descentralizar um pouco a antropologia em Portugal. Estamos preocupados com o facto de ao nível do ensino a antropologia estar cada vez mais circunscrita a Lisboa. Não tendo conseguido esta descentralização através do local do Congresso, estamos certos que o conseguiremos fazêlo por outros meios que oportunamente anunciaremos. Acordámos a data do Congresso (ver secção abaixo) tendo em conta decisão já anterior de o fazer fora do período lectivo e em ano alternado com os congressos bianuais das associações europeia e brasileira. Neste congresso da APA teremos simpósios organizados em torno do diálogo entre antropólogos portugueses, de outros países da Europa, de África e/ou Brasil – considerando o seu interesse na antropologia feita em Portugal. Já fizemos vários contactos no sentido de viabilizar esta dinâmica internacional. Na última reunião da direcção da APA (18 de Janeiro de 2008) aprovámos a constituição de uma comissão fundamental para dar início à organização do congresso. Considerámos que, à semelhança do que tem sido praticado em congressos anteriores, a “Comissão de Programa” deveria ser assumida por um grupo da direcção. Assim, esta comissão será presidida pela Presidente da APA, e terá como membros da direcção: João de PinaCabral, Jean Yves Durand e Ruy Blanes. Convidámos ainda um membro de fora da direcção, a Catarina Fróis (CRIA), para reforçar a presença da geração mais jovem de recémdoutorados no planeamento científico do Congresso. Os restantes grupos de trabalho do Congresso serão constituídos nos próximos meses e anunciados no próximo eboletim. TEXTOS EBOLETIM: Neste eboletim chamo a atenção para o texto da Clara Saraiva sobre o Jorge Dias, tendo em conta as comemorações ocorridas em 2007, e o do Miguel Vale de Almeida sobre Bolonha em Portugal. ACTAS CONGRESSO ANTERIOR: Neste período procedemos a pequenas correcções das Actas do III Congresso que agora se encontram na sua versão final online. Vamos agora enviar gratuitamente um CD ROM com as Actas aos autores, mediante a actualização das quotas. (Susana de Matos Viegas, Presidente da Direcção da APA) NOVA SECÇÃO NA PÁGINA DA APA No âmbito da tomada de posição pública da APA perante as recentes políticas governamentais com incidência no ensino e investigação em antropologia, a APA decidiu criar uma secção especial no site para a divulgação de documentação pertinente relativa ao estatuto do antropólogo e da antropologia em Portugal. Pode acceder à secção aqui . PROJECTOS DA APA PERFIL DO ANTROPÓLOGO – O FUTURO: Este projecto, que assumi coordenar, terá uma primeira reunião para a formação de equipes de trabalho em Março de 2008. Pretendo que as equipes sejam alargadas e diversificadas geracionalmente. Desde já incentivo os sócios que estejam motivados para colaborar, a me contactarem pelo email [email protected] . As equipes irão fazer entrevistas aos Início Associação Sócios Publicações Agenda/Destaques E‐boletim da Associação Portuguesa de Antropologia www.apantropologia.net Nº 4 | Janeiro 2008

Início Associação Sócios Publicações Agenda/Destaques E ... · Influenciado fundamentalmente por duas correntes teóricas, o difusionismo alemão e o ... internacionais ligadas

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NESTE NÚMERO

Notícias APA

Recordação

Dossier

Actualidade

Oportunidades

Acontecerá

Publicações

Aconteceu

Publicação de notíciasno e­boletim

A política de divulgação

vigente na APA à

seguinte:

1) o principal canal dedivulgação é este

boletim semestral, que

inclui informação

relativa às actividades

da APA, notícias no

âmbito do World Council

of Anthropological

Associations, notícias

de actualidade

antropológica, eventos e

lançamentos editoriais

(sempre relacionados com

a antropologia

portuguesa ou de

interesse explícito para

a mesma);

2) o boletim é editadono final de Junho e

Dezembro de cada ano.

Pedimos que os

interessados em enviar

material para divulgação

tenham estas datas em

conta, enviando a

informação com a devida

antecedência, de forma a

que não se perca

informação não enviada

em tempo útil;

3) serão divulgadasatravés da mailing list

informações de caracter

urgente e pontual.

Reiteramos o nosso apelo

para as vossas

contribuições, que podem

enviar para

divulgacao

@apantropologia.net

(Ruy Blanes, responsável

pelo e­boletim da APA)

Já está disponível o 4º número do e­boletim da APA, onde destacamos o dossier sobre aAntropologia em Portugal no contexto do Processo de Bolonha (por Miguel Vale deAlmeida), e ainda uma homenagem a Jorge Dias, por ocasião dos 100 anos do seunascimento (da autoria de Clara Saraiva).

Ruy Blanes, responsável pelo e­boletim da APA

NOTÍCIAS DA APA

NOTÍCIAS APA

CARTA ABERTA AO MINISTRO: Gostaria de começar por chamar a atenção de todos os sócios para aprimeira acção pública desta direcção: o envio de uma Carta Aberta ao Ministro da Ciência (comconhecimento ao Presidente da FCT), manifestando preocupações sérias com os critérios de avaliação dainvestigação científica que têm vindo a ser crescentemente aplicados com base nos parâmetros dasciências exactas. Chamo a vossa atenção para esta carta, à qual podem aceder através de um novo linkcriado no nosso site (ver abaixo: nova secção na página da APA). Neste mesmo link inserimos documentosque podem ser relevantes para a acção científica e profissional da antropologia em Portugal. Contamos coma vossa participação no envio de mais documentos que considerem relevantes para este dossier.

CONGRESSO: Neste semestre, um dos trabalhos da Direcção da APA foi o de dar início à organização eprogramação do IV Congresso de Antropologia da APA. Procurámos num primeiro momento fazer oCongresso fora de Lisboa, para descentralizar um pouco a antropologia em Portugal. Estamos preocupadoscom o facto de ao nível do ensino a antropologia estar cada vez mais circunscrita a Lisboa. Não tendoconseguido esta descentralização através do local do Congresso, estamos certos que o conseguiremosfazê­lo por outros meios que oportunamente anunciaremos. Acordámos a data do Congresso (ver secçãoabaixo) tendo em conta decisão já anterior de o fazer fora do período lectivo e em ano alternado com oscongressos bianuais das associações europeia e brasileira. Neste congresso da APA teremos simpósiosorganizados em torno do diálogo entre antropólogos portugueses, de outros países da Europa, de Áfricae/ou Brasil – considerando o seu interesse na antropologia feita em Portugal. Já fizemos vários contactosno sentido de viabilizar esta dinâmica internacional. Na última reunião da direcção da APA (18 de Janeiro de 2008) aprovámos a constituição de uma comissãofundamental para dar início à organização do congresso. Considerámos que, à semelhança do que tem sidopraticado em congressos anteriores, a “Comissão de Programa” deveria ser assumida por um grupo dadirecção. Assim, esta comissão será presidida pela Presidente da APA, e terá como membros da direcção:João de Pina­Cabral, Jean Yves Durand e Ruy Blanes. Convidámos ainda um membro de fora da direcção,a Catarina Fróis (CRIA), para reforçar a presença da geração mais jovem de recém­doutorados noplaneamento científico do Congresso. Os restantes grupos de trabalho do Congresso serão constituídos nos próximos meses e anunciados nopróximo e­boletim. TEXTOS E­BOLETIM: Neste e­boletim chamo a atenção para o texto da Clara Saraiva sobre o Jorge Dias,tendo em conta as comemorações ocorridas em 2007, e o do Miguel Vale de Almeida sobre Bolonha emPortugal.

ACTAS CONGRESSO ANTERIOR: Neste período procedemos a pequenas correcções das Actas do IIICongresso que agora se encontram na sua versão final on­line. Vamos agora enviar gratuitamente um CD­ROM com as Actas aos autores, mediante a actualização das quotas.

(Susana de Matos Viegas, Presidente da Direcção da APA)

NOVA SECÇÃO NA PÁGINA DA APA

No âmbito da tomada de posição pública da APA perante as recentes políticas governamentais comincidência no ensino e investigação em antropologia, a APA decidiu criar uma secção especial no site para adivulgação de documentação pertinente relativa ao estatuto do antropólogo e da antropologia em Portugal.Pode acceder à secção aqui.

PROJECTOS DA APA

PERFIL DO ANTROPÓLOGO – O FUTURO: Este projecto, que assumi coordenar, terá uma primeirareunião para a formação de equipes de trabalho em Março de 2008. Pretendo que as equipes sejamalargadas e diversificadas geracionalmente. Desde já incentivo os sócios que estejam motivados paracolaborar, a me contactarem pelo e­mail [email protected]. As equipes irão fazer entrevistas aos

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sócios da APA, algumas por e­mail, sobre a sua formação, integração no mercado de trabalho, acçãosocial, política e científica. Desde já peço também a colaboração de todos os sócios para resposta a essasentrevistas.

PERFIL DO ANTROPÓLOGO – INTEGRAÇÃO EM PROJECTO EUROPEU: Durante o segundosemestre do ano de 2007 fizemos importantes avanços na implementação do projecto de levantamento doperfil do antropólogo em Portugal. Fomos convidados a participar numa rede europeia que está interessadaem fazer este mesmo tipo de estudo. O Ruy Blanes representou­me numa reunião para a qual fui convidadana qualidade de presidente da APA, que se realizou em Paris em Outubro de 2007, promovida pelo AndrésBarrera e a Martine Segalen e financiada pela Wenner Gren Foundation. Nesta reunião a APA apresentouum sumário da situação da antropologia em Portugal e do projecto Perfil do Antropólogo que foi muito bemacolhido. Está já agendado novo encontro deste projecto europeu para Setembro de 2008 em Madrid.

(Susana de Matos Viegas, Presidente da Direcção da APA)

IV CONGRESSO DE ANTROPOLOGIA DA APA

É com enorme prazer que anunciamos que já foi tomada uma decisão sobre o local e a data de realizaçãodo IV Congresso da Associação Portuguesa de Antropologia. O Congresso terá lugar em Lisboa, nos dias10, 11 e 12 de Setembro do ano de 2009 – ano em que a APA comemora o seu 20º aniversário. No próximoe­boletim avançaremos já com informações mais concretas e detalhadas.

ALTERAÇÕES NA POLÍTICA DE DIVULGAÇÃO DA APA

Depois de um primeiro ano experimental com a publicação deste e­boletim, estamos agora com um modelomais consolidado que terá uma periodicidade semestral, de forma a melhor se adequar ao ritmo anual deeventos, investigação e ensino da antropologia em Portugal. Assim, o e­boletim será publicado na primeiraquinzena de Fevereiro e na primeira quinzena de Julho de cada ano. Não se esqueçam de nos enviareminformações, nomeadamente sobre cursos/eventos a realizar entre Julho de 2008 e Dezembro de 2008 ede livros publicado entre Janeiro de 2008 e Junho de 2008.

NOVOS CONTACTOS

De forma a poder facilitar o contacto e interacção entre a direcção, o secretariado e os sócios, a APA crioue­mails específicos para responder às diversas solicitações:

Divulgação: [email protected]

Sócios: [email protected]

Presidência: [email protected]

NOVOS SÓCIOS

A APA saúda publicamente a admissão dos novos sócios: Ana Isabel Falé Barradas (nº 645); Tiago Silveirode Oliveira (nº 646); Ana Rita Rodrigues (nº 647); Tania Teixeira Laky de Sousa (nº 648); Marta IsabelFigueiredo Pinto Reis (nº 649); Sofia Margarida da Cruz Campos Lopes (nº 650); Susana Paula FortesRodrigues (nº 651); Lidia Isabel Valério Nunes (nº 652); Naomi Leite (nº 653); Ana Cristina Gil EspanholCosta (nº 654); Maria Justina Martins Silvano (nº 655); Francisca Maria Marcelino Sargaço (nº 656); LuisMiguel Vale Fernandes Vale (nº 657); Manishanker Fernandes Bhatt (nº 658); Patrícia Alexandra AmareloDomingues (nº 659); Fernando Manuel de Oliveira Vaquer de Pinho (nº 660); Luís Miguel Paulino Poupinha(nº 661); Cláudia Maria Novais Toriz da Silva (nº 662).

RECORDAÇÃO

ANTÓNIO JORGE DIAS (1907­1973): RECORDAÇÃO DE UM MESTRE DAANTROPOLOGIA PORTUGUESA

Clara SaraivaIICT

Departamento de Antropologia, FCSH­UNL

António Jorge Dias é considerado uma das figuras mais relevantes na moderna antropologiaportuguesa. Doutorado em Antropologia pela Universidade de Munique com a tese sobreVilarinho da Furna, posteriormente editada em Portugal (1948), Jorge Dias consegue reunir emtorno de si uma equipa que marcou definitivamente o rumo da disciplina, com a sua mulher,Margot Dias, Ernesto Veiga de Oliveira, Fernando Galhano e Benjamim Enes Pereira. Influenciado fundamentalmente por duas correntes teóricas, o difusionismo alemão e oculturalismo americano, as suas publicações abrangem um vasto leque de interesses; com eleos estudos etnográficos em Portugal passam a contemplar três grandes vertentes, por eleiniciadas, em que o trabalho de campo adquire um papel fundamental.

A primeira prende­se com as monografias de Jorge Dias sobre comunidades de montanha,como o caso de Vilarinho e de Rio de Onor (uma das suas monografias mais conhecidas Rio deOnor. Comunitarismo agro­pastoril), a reflexão sobre o “comunitarismo agro­pastoril”e asreminiscências de organizações colectivas e igualitárias no norte de Portugal.

A segunda diz respeito ao aspecto mais desenvolvido por essa mesma equipa, a pesquisasobre as tecnologias tradicionais portuguesas; Dias escreveu um texto clássico sobre os arados,e, em conjunto com Ernesto Veiga de Oliveira e Fernando Galhano, monografias sobreaparelhos de elevar água de rega, sistemas tradicionais de moagem e espigueiros. Salienta­seque estes estudos sobre as materialidades dos objectos se baseavam sempre na compreensãodo que era o seu uso no quotidiano, resultando daí etnografias apuradas sobre as vivências emodos de estar das pessoas que os manipulavam. É no entrecruzar da forte influência dageografia humana de Orlando Ribeiro com a metodologia da “extensive survey” e a vontade dedar um retrato tão exaustivo quanto possível do país e da sua riqueza cultural, espelhada nadiversidade da cultura material, que surgem trabalhos como o Atlas Etnológico de Portugal, emque, sob a direcção de Jorge Dias e de Fernando Galhano, se procedeu ao levantamentosistemático e passagem para carta etnológica de uma série de artefactos e equipamentosagrícolas, como os espigueiros e os tipos de arados.

A terceira vertente relacionou­se com a preocupação em caracterizar a cultura portuguesa, einsere­se no que João Leal denomina a “antropologia da construção da nação”; dela resultaramtextos de referência, como “os Elementos Fundamentais da Cultura Portuguesa” ,em que JorgeDias caracteriza a personalidade e o ethos do povo português, ou “”Tentâmen de Fixação dasGrandes Áreas Culturais Portuguesas”, em que, seguindo a divisão tripartida de OrlandoRibeiro, J.Dias caracteriza social e culturalmente as três zonas, Portugal Atlântico,Transmontano e o Sul.

Foi também graças ao seu trabalho que a antropologia portuguesa se tornou conhecida fora dopaís. Para além da sua colaboração com estudiosos brasileiros, como Gilberto Freyre, JorgeDias contactou com vários colegas na Europa e América, foi visiting scholar nas Universidadesde Witwatersand (África do Sul) e Standford (Califórnia, EUA). A sua colaboração em instituiçõesinternacionais ligadas à investigação e divulgação da antropologia foi também notória, tendosido, entre 1954 e 1956, Secretário­geral da Comissão Internacional de Artes e tradiçõesPopulares (CIAP), e membro do conselho de administração da mesma, em 1964, quando estainstituição mudou a sua designação para Société Internationale d´Ethnologie et Folklore (SIEF).Pertenceu ainda ao grupo fundador da revista Ethnologia Europae. A sua projecçãointernacional está bem patente nos mais de cinquenta antropólogos estrangeiros quecolaboraram no livro de homenagem que os seus companheiros (Ernesto V. Oliveira, BenjamimPereira, Fernando Galhano e Margot Dias) compilaram após a sua morte (In Memoriam AntónioJorge Dias, 1974, 3 vols.).

O trabalho de Jorge Dias dirigiu­se ainda à institucionalização da disciplina antropológica, querao nível da investigação etnográfica e museológica, quer no respeitante à divulgação e ensinoda disciplina no meio universitário. Deste modo, Jorge Dias foi docente de várias cadeiras deâmbito antropológico na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e no antigo InstitutoSuperior de Ciências Políticas Ultramarinas (agora denominado ISCP), onde começou oprimeiro curso universitário português de antropologia.

No que diz respeito à investigação, Jorge Dias criou unidades destinadas exclusivamente àinvestigação, como o Centro de Estudos de Etnologia (CEE) e o Centro de Estudos deAntropologia Cultural (CEAC). O primeiro destinava­se primordialmente ao estudo da etnologiano território nacional, enquanto que o segundo (cuja denominação foi posteriormente mudadapara Centro de Antropologia Cultural e Social e que se manteve até à sua extinção em 2004) sedirigia ao estudo das culturas extra europeias. Do trabalho efectuado no âmbito destes centrosde estudo surgiu, em 1965, o projecto do Museu de Etnologia como um museu universalista,que incluiria acervos de todas as culturas, portuguesa, europeias e extra­europeias. Foi nessesentido também que criou as Missões da Minorias Étnicas do Ultramar, no âmbito das quaisrealizou a pesquisa entre os Macondes de Moçambique. A morte prematura de Jorge Dias, em1973, não lhe permitiu ver esse seu sonho de conseguir abrir um museu universal cumprido, efoi a sua equipa, encimada por Ernesto Veiga de Oliveira, que levou a bom porto aquela que foi,durante décadas, uma instituição de referência na antropologia e museologia portuguesa.

Clara Saraiva

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DOSSIER ­ ANTROPOLOGIA EM PORTUGAL

TEMPOS INTERESSANTES (À BOLONHESA)

Miguel Vale de Almeida

Departamento de Antropologia, ISCTECEAS, CRIA

Antes de Bolonha

Pertenço, como muitos colegas na mesma faixa etária, a uma geração privilegiada. Arefundação do ensino da antropologia em Portugal no fim da década de 70 e inícios da de 80,junto com o crescimento, democratização e massificação do ensino superior (relativos, é certo,mas significativos por comparação com a época da ditadura) permitiram­nos um percursorelativamente tranquilo de profissionalização académica. Por um lado usufruímos de um ensinoda antropologia ainda muito especializado e clássico e, por outro, fomos recrutados parapreencher os lugares de ensino nos departamentos em crescimento. Para a maior parte daminha geração a formação avançada do doutoramento foi feita já enquanto profissionais daantropologia, sem excessiva ansiedade relativamente ao emprego futuro. E durante alguns anosos melhores alunos formados nas licenciaturas de 4 anos com pequenas turmas encontravamemprego especializado no sistema universitário em crescimento. Este mundo acabou. Para obem e para o mal.

Os sinais de alarme soaram nos anos 90. Se, por um lado, as instituições estavam a formar cadavez mais diplomados em Antropologia – sobretudo licenciados, existindo graves lacunas noensino pós­graduado – por outro haviam praticamente deixado de recrutar docentes, devido apolíticas de restrição orçamental. A consequência mais imediata foi a criação de uma “eliteantropológica”, envelhecendo nos departamentos, e de uma massa de licenciadosdesempregados ou empregados em áreas distantes da antropologia. O primeiro grupo temdemonstrado uma dualidade algo tensa: se por um lado desenvolveu produção de qualidadecom reconhecimento internacional, por outro está há demasiado tempo fechado emdepartamentos sem renovação. O segundo grupo confrontou­se com as dificuldades dodesemprego e não soube ou não conseguiu criar (tão­pouco foi apoiado pela “elite”), umaagenda de publicitação da antropologia como área de aplicação não necessariamenteacadémica.

A transformação mais positiva dos anos 90 terá sido a que resultou da política de investigaçãocientífica, em grande medida autónoma do sistema universitário, que permitiu o surgimento deuma geração de doutorandos empenhados em projectos de investigação, embora se comecema sentir sinais de “encarniçamento escolar” (o prolongamento da situação de bolseiro econtratos temporários de investigação).

O medo de Bolonha

No início do século XXI surge o espectro de Bolonha. Vejo a Reforma não só enquanto tal mastambém enquanto metáfora das transformações sociais, económicas e culturaiscontemporâneas aplicadas ao sistema universitário e científico. Como em muitas outras áreas (oestado social, por exemplo) Portugal entrou na era “neo­liberal” numa situação ambígua. Por umlado, havia uma necessidade premente de reforma de um sistema universitário com traços pré­modernos, fortemente hierárquico, paternalista, patriarcal e classista; mas esta sensação colidiacom outra, que corria em paralelo: a de que a recente e relativa democratização da universidadepós­25 de Abril estava ameaçada pelas tendências gerais no sentido da privatização e damercantilização – algo visto como ainda mais ameaçador para as ciências sociais e ashumanidades (e dentro das ciências sociais para a antropologia, perdedora para umasociologia largamente empenhada na contratuação com as empresas e o estado).

Quando Bolonha foi anunciada a esquerda política, o sindicalismo e o que restava domovimento estudantil denunciaram a reforma como uma estratégia mais para a produção emmassa de estudantes sub­qualificados, que se veriam obrigados a frequentar o 2º ciclo paraobterem creditação no mercado académico e de trabalho. E esta formação pós­licenciatura teriaque ser paga – e a preços de mercado.

A oportunidade de Bolonha

Algumas pessoas que tinham boas razões para sentir este receio (entre as quais me incluo)pensaram, porém, que Bolonha poderia também constituir uma oportunidade. Para quê? Para amudança (que tantas vezes entre nós tem que vir “de cima”, i.e. de Bruxelas): para mudar velhoscurricula e modos de ensino; para estimular a mobilidade internacional dos estudantes; parapermitir formações mais interdisciplinares e flexíveis; para rotinizar o ensino pós­graduado,largamente deficitário. A lógica do mercado – que alardeava a necessidade do ensino contínuocomo resposta à flexibilidade e acelerada mutação das profissões – poderia, afinal, servir paraabolir o velho “modo de produção”; poderia levar­nos de uma universidade “feudal” para umauniversidade “burguesa”, por assim dizer...

No departamento a que pertenço gerou­se inclusive um entusiasmo inaudito – para quem viviajá num envelhecimento "incestuoso" propiciador de uma relativa apatia. Talvez influenciadospela familiaridade com os sistemas norte­americano, britânico e brasileiro (que promovemlicenciaturas inter e trans­disciplinares, que apostam na especialização disciplinar na formação

pós­graduada e que gozam de comunidades antropológicas pujantes) aproveitámos a Reformapara construir uma licenciatura nova, estruturada em 5 pilares ou fileiras com vários níveis cadae leccionáveis por todos os docentes: teoria antropológica, análise antropológica, etnografia,metodologia e ciências sociais; alargámos o leque de cadeiras optativas e de cadeiras noutrasáreas científicas; oferecemos cursos de 2º ciclo ainda com custo semelhante ao da licenciatura;estabelecemos planos para articulação entre o trabalho pós­graduado dos alunos e os projectosde investigação dos centros; e estamos agora a implementar um programa doutoral quesubstituirá o velho sistema do doutoramento meramente tutorial.

A ressaca de Bolonha

Acabámos agora o primeiro ano “de Bolonha”. Espero estar errado, mas há uma sensação dedesilusão no ar. Fomos confrontados com o facto de muitos departamentos e faculdades terementendido Bolonha como mera imposição administrativa a ser aplicada com o mínimo deesforço. Casos há de cursos que simplesmente redistribuiram as cadeiras das antigaslicenciaturas de 5 ou 4 anos por “novas” licenciaturas de 3 anos. As administraçõesuniversitárias não conseguiram ou não quiseram adaptar­se a novas filosofias de trabalho. Porexemplo, a nossa intenção de deixar os estudantes construirem os seus curricula livremente,aproveitando ao máximo o sistema de ECTS, foi boicotado por resistências burocráticas quemantiveram a “lógica” das turmas e dos anos. Todos os projectos de interdisciplinaridade foramgorados pela “lógica” da protecção dos interesses departamentais. Mais grave ainda, foi o factode a reforma de Bolonha não ter sido acompanhada por uma reforma do ECDU: mantendo­seas restrições orçamentais, o critério dos rácios docente­discentes e a competição por recursosentre os departamentos, Bolonha foi “congelada” numa mera adaptação formalista. Estatendência confirma­se agora: antes mesmo da reforma do ECDU, que já deveria ter sido feitaantes de Bolonha, surge sim o novo Regime Jurídico do ensino superior – bastante preocupantepara a sobrevivência das formas democráticas de gestão. Tudo indica que a retórica da“modernização”, tão utilizada pelo poder político em Portugal, diz mais respeito a umas coisasdo que a outras – pelo menos a julgar pela vitória da vertente neo­liberalizadora eantidemocrática nestes tempos de Reforma.

Que fazer?

Corremos sérios riscos de virmos a ter que dizer que se perdeu uma oportunidade. Em primeirolugar, com Bolonha deveríamos ter permitido ou incentivado a criação de Licenciaturas emCiências Sociais, no espírito de uma formação académica mais aberta, abrangente e menosfechada em disciplinas, complementada por pós­graduações de especialização disciplinar outemática. Em segundo lugar, deveríamos ter permitido uma verdadeira liberdade de escolha econstrução curricular pelos alunos, produzindo não apenas licenciados em Antropologia masuma variedade maior e mais personalizada de formações. Talvez o tivessemos conseguido – eaqui o “nós” é a universidade portuguesa em geral – se tivessemos olhado mais para o outrolado do Atlântico, nomeadamente para o Brasil, e não somente para Bruxelas...

Duas situações permanecem em aberto com potencial positivo. Por um lado a possibilidade deconstrução de programas de ensino e formação em rede com universidades estrangeiras; e, noplano da política científica, a possibilidade de entrosamento entre os centros de investigação –com os seus projectos, investigadores e pós­doutorados – com a academia e o ensino,renovando o pessoal dos departamentos e contornando assim (ainda que de forma precária) oenvelhecimento destes. A antropologia portuguesa já começou a dar um importante passo, aonível da investigação, com a enorme inovação que foi a formação do CRIA. Talvez em brevepossamos transportar essa dinâmica para a academia e criar cursos de 2º e 3º ciclo organizadospor vários departamentos, nacionais e estrangeiros. Por fim, a actual renovação da APA poderátornar a antropologia visível, mais forte no universo académico e científico, e aumentar apercepção da sua utilidade social.

Como membro da geração privilegiada, e profissional há 21 anos, creio ter umaresponsabilidade acrescida para falar sobre os “tempos interessantes” – de crise e oportunidade– que atravessamos. O meu maior desejo é que do lado dinâmico e inovador da Reforma deBolonha – que, como disse, pode ser vista como metáfora das transformações que atravessamos sistemas universitário e científico – ainda se salve alguma coisa. Caso contrário, restar­nos­áassistir ao triunfo do seu lado mercantil e neo­liberal – aculturado, é claro, às resistências bemportuguesas do privilégio, da passividade e da burocracia.

Miguel Vale de Almeida

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ACTUALIDADE

CRIA: CENTRO EM REDE DE INVESTIGAÇÃO EM ANTROPOLOGIA

Está em processo de criação o primeiro centro em rede de investigação em antropologia em Portugal: oCRIA ­ Centro em Rede de Investigação em Antropologia. O Centro associa vários centros de investigaçãoexistentes: CEAS, CEMME, CEEP/FCSH­UNL, NEA/UM e ETNA/FCSH­UNL.

A direcção do CRIA é composta por Antónia Pedroso de Lima (ISCTE), João Leal (FCSH­UNL), JoséGabriel Pereira Bastos (FCSH­UNL), Manuela Ivone Cunha (U. Minho), Nuno Porto (U. Coimbra), PaulaGodinho (FCSH­UNL) ePaulo Raposo (ISCTE).

Mais informação no site do centro.

GÖTTINGEN INTERNATIONAL ETHNOGRAPHIC FILM FESTIVAL

O 9º Festival Internacional de Filme Etnográfico de Göttingen (Alemanha) terá lugar entre os dias 30 de Abrile 4 de Maio de 2008. Mais informações no site do festival.

KULA ­ KURSOS, LIVRES, ANTROPOLOGIA

Por iniciativa do antropólogo Miguel Vale de Almeida, em associação com o CEAS/CRIA, foi criado o Kula,uma plataforma na internet para desenvolvimento de cursos livres em antropologia. A plataforma, recémcriada, já conta com uma primeira proposta. Para mais informação e declaração de intenções, ver aqui.

EASA 2008 ­ LJUBLJANA, ESLOVÉNIA

Está prestes a abrir o call for papers para o 10th EASA Biennial Conference: Experiencing Diversity andMutuality, que terá lugar entre os dias 26 e 30 de Agosto de 2008 na cidade de Ljubljana, Eslovénia. A listade workshops estará disponível a qualquer momento. Recordamos que o processo de submissão depropostas é feito online no site do congresso.

EASA NETWORK: MAINSTREAM AMERICAN CULTURE

A EASA também anunciou o desenvolvimento de mais uma rede de antropólogos no seu seio, a juntar às jáexistentes [ Africanist; Anthropology of Religion; Contemporary study of Muslims and Societies; Ethics;Europeanist; Media Anthropology; Medical Anthropology; Mediterraneanist (MEdNeT); Peaces and conflictstudies in anthropology (PACSA); Teaching Anthropology; Visual Anthropology (VANEASA)]: a MainstreamAmerican Culture Network (MACNet). Podem consultar o call aqui. Podem também consultar informaçõessobre as restantes redes da EASA no site da associação.

ANNUAL MEETING: AMERICAN ANTHROPOLOGICAL ASSOCIATION

O próximo encontro anual da American Anthropological Association (AAA) terá lugar em São Francisco,Califórnia, entre 19 e 23 de Novembro de 2008. Mais informação proximamente no site da AAA.

REUNIÃO BRASILEIRA DE ANTROPOLOGIA

Também a Associação Brasileira de Antropologia terá o seu encontro anual. Desta vez, terá lugar em PortoSeguro (BA), entre 1 e 4 de Junho de 2008. Mais informação aqui.

REVISTA ETNOGRÁFICA

A revista Etnográfica foi classificada com o nível "A", categoria "Internacional" na área deAntropologia/Arqueologia pela Qualis ­ sistema de classificação de periódicos elaborada pela CAPES(Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, Ministério de Educação, Brasil), numaescala de A a C e distinguindo entre o âmbito de circulação Local (L), Nacional (N) e Internacional (I). Estaclassificação com a nota máxima é mais um reconhecimento à escala internacional do trabalho feito pelarevista nos últimos anos, juntando­se à classificação de "B" (numa escala de A a C para as revistaelegíveis) no European Reference Index for the Humanities, da European Science Foundation.

CFP: NÉO­RITUALISATIONS ET CONSTRUCTION DES IDENTIFICATIONS COLLECTIVES

O CERCE (Centre d’Etudes et de Recherches Comparatives en Ethnologie), de Montpellier, lançou umapelo para comunicações para o evento Neo­Ritualisations et Constructions des Identifications Collectives,que terá lugar naquela cidade nos dias 2 e 3 de Outubro de 2008. O call for papers pode ser consultado nosite do centro.

(CON)TEXTOS ­ REVISTA ONLINE

Um grupo de doutorandos e doutorandas em Antropologia Social e Cultural da Universidade de Barcelonacriou a (con)textos, uma revista electrónica que procura dar a conhecer trabalhos de investigação pós­graduados no âmbito da antropologia social e cultural. Neste sentido, lançaram um call for papers para oenvio de artigos, recensões e notas etnográficas para compor o primeiro número. A data limite pararecepção de propostas é o dia 11 de Fevereiro de 2008. Mais informações no blogcontextosantropologia.blogspot.com

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OPORTUNIDADES

BOURSE EUGÈNE FLEISCHMANN

A Société d'Ethnologie francesa anunciou mais um concurso para atribuição da Bolsa Eugène Fleischmann.O prazo para candidaturas encerra no dia 29 de Fevereiro. Mais informações, condições d eacesso eformulário de candidatura no site da SE.

WENNER­GRENN

A Wenner­Grenn Foundation anunciou mais um programa de financiamento para investigação emantropologia, e nomeadamente para o desenvolvimento académico de departamentos de antropologia. Oprimeiro prazo para candidatura preliminar termina no dia 1 de Fevereiro de 2008. Mais informações no siteda EASA e no site da Wenner­Grenn.

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plano de estudosgrupo de investigadores

ACONTECERÁ

CEAS: SEMINÁRIOS DE ANTROPOLOGIA.

O CEAS/CRIA divulgou o calendário dos seus seminários de antropologia para o primeiro semestre de2008. Os seminários decorrerão no ISCTE, em sala ainda a confirmar. Mais informação proximamente nosite do CEAS.

Sexta­Feira, 1 de Fevereiro 2008, 11hCATARINA FROIS (ICS)A Sociedade Anónima. Identidade, Transformação e Anonimato nas associações de 12 Passos

Sexta­Feira, 15 de Fevereiro 2008, 11hJULIANA JABOR (Pontifícia Universidade Católica, Rio de Janeiro)Blogs e configurações subjectivas contemporâneas

Sexta­Feira, 14 de Março 2008, 11hLORENZO BORDONARO (CEAS)Crianças, adolescentes, criminais. As políticas públicas sobre menores ‘em risco’ em Cabo Verdeentre protecção e criminalização

Sexta­Feira, 28 de Março 2008, 11hMÓNICA SAAVEDRA (ICS)A malária na vida quotidiana – o mundo rural

Sexta­Feira, 4 de Abril 2008, 11hELSA LECHNER (CEAS)Título a anunciar

Quinta­Feira, 8 de Maio 2008, 11hMARIA EUGÉNIA SUAREZ DE GARAY (Universidad de Guadalajara; Centro de Estudios de Género)Rostros del desorden I: usos de la violencia en el mundo policial delictivo mexicano. Sexta­Feira, 23 de Maio 2008, 11hJOSÉ MAPRIL (CEAS)A 'Modernidade' do Sacrificio: qurbani, espaço e circuitos transnacionais entre bangladeshis emLisboa

Sexta­Feira, 6 de Junho 2008, 11hCHIARA PUSSETTI (CEAS)O canto do coração queimado. Da ‘vivência emocional’ ao ‘transtorno emocional’.

SEMINÁRIOS DE ANTROPOLOGIA ICS­UL

O ICS­UL também tem em agenda o seu ciclo de seminários para o primeiro semestre de 2008:

Susana Pereira Bastos ­ Título a anunciar8 de Fevereiro de 2008

Sala Polivalente

Filipe Reis ­ Título a anunciar7 de Março de 2008

Sala Polivalente

Harry West ­ Local food in a global marketplace: artisan cheese and the 'heritage foods' niche11 de Abril de 2008

Sala Polivalente

Luiz Fernando Dias Duarte ­ Família, reprodução e ethos religioso: subjetivismo e naturalismocomo valores estruturantes

16 de Maio de 2008Sala Polivalente

Gísli Pálsson ­ Biosociality18 de Junho de 2008

Sala Polivalente

Alberto López Bargados ­ Los (d)efectos del texto: Islam y prácticas rituales de sacrificio enCatalunya

11 de Julho de 2008Sala Polivalente

Mais informações no site do ICS.

ISCSP: SEMINÁRIO DE ANTROPOLOGIA CULTURAL

O Departamento de Antropologia do ISCSP está a organizar um ciclo de Seminários de AntropologiaCultural. As primeiras sessões previstas são:

2008­01­10A formação histórica da identidade nacional portuguesa numa perspectiva comparadaJosé Manuel Sobral

2008­03­10Da noção de limite na antropologia à antropologia dos limites: teoria e prática etnográfica em zonasintersticiais.Fátima Amante

2008­03­27A fronteira como «património»: representações da raia entre Trás­os­Montes e a Galiza.Paula Godinho

Mais informação no site do ISCSP.

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PUBLICAÇÕES

LEARNING RELIGION: ANTHROPOLOGICAL APPROACHES

David Berliner (Université Libre de Bruxelles) e Ramon Sarró (ICS­UL), editores, 2007, Learning Religion:Anthropological Approaches. Oxford: Berghahn Books.

TERRA CALADA: OS TUPINAMBÁ NA MATA ATLÂNTICA DO SUL DA BAHÍA

Susana Matos Viegas (ICS­UL), 2007, Terra Calada: os Tupinambá na Mata Atlântica do Sul da Bahía. Riode Janeiro: Editora 7 Letras.

ETNOGRÁFICA 11 (2), NOVEMBRO DE 2007

Editada pelo CEAS/CRIA. Destaques: dossier sobre "Museus Locais"; Entrevista com Catherine Lutz.

ARQUIVOS DA MEMÓRIA Nº 2 (NOVA SÉRIE)

Editada pelo CEEP ­ Centro de Estudos de Etnologia Peninsular. Artigos disponíveis no site do CEEP.

NOMES:GÉNERO, ETNICIDADE E FAMÍLIA

João Pina Cabral (ICS­UL) e Susana Matos Viegas (ICS­UL), coordenadores, 2007, Nomes: Género,Etnicidade e Família. Coimbra: Almedina.

TRÂNSITOS COLONIAIS: DIÁLOGOS CRÍTICOS LUSO­BRASILEIROS

Miguel Vale de Almeida (ISCTE, CEAS) , Bela Feldman­Bianco e Cristiana Bastos (ICS­UL),coordenadores, 2007, Trânsitos Coloniais: Diálogos Críticos Luso­Brasileiros . Campinas: Unicamp [2002,Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais].

ANTROPOLOGIA PORTUGUESA 22/3

Editada pelo Centro de Investigação em Antropologia e Saúde da Universidade de Coimbra.

ATTITUDES TOWARD SEXUAL ABUSE AND EXPLOITATION IN EMERGENCY SITUATIONS

José Pimentel Teixeira (Universidade Eduardo Mondlane), 2007, Attitudes Toward Sexual Abuse andExploitation in Emergency Situations . Maputo: Save the Children.

CULTURA E IDENTIDADE AÇORIANA

João Leal (FCSH­UNL), 2007, Cultura e Identidade Açoriana. O Movimento Açorianista em Santa Catarina.Florianópolis: Editora Insular.

DANÇA TEATRAL

Maria José Fazenda (ESD), 2007, Dança Teatral. Ideias, Experiências, Acções. Oeiras: Celta Editora .

A IDENTIDADE NA VELHICE

Catarina Gomes e Susana Matos Viegas (ICS­UL), 2007, A Identidade na Velhice. Porto: Ambar.

SINTRENSES CIGANOS: UMA ABORDAGEM ESTRUTURAL­DINÂMICA

José Gabriel Pereira Bastos, André Clareza Correia e Elsa Rodrigues (CEMME), 2007, SintrensesCiganos: Uma Abordagem Estrutural­Dinâmica. Sintra: Câmara Municipal de Sintra.

TRABALHO, IDENTIDADE E MEMÓRIAS EM ALJUSTREL

Inês Fonseca (FCSH­UNL), 2007,Trabalho, Identidade e Memórias em Aljustrel. Castro Verde: 100 Luz.

BARRANCOS NA ENCRUZILHADA

Dulce Simões (CEEP), 2007, Barrancos na encruzilhada da Guerra Civil de Espanha: Memórias eTestemunhos, 1936. Lisboa: Colibrí.

SOCIOLOGIA DA RELIGIÃO

Donizete Rodrigues (UBI), 2007, Sociologia da Religião: uma introdução. Porto: Afrontamento.

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ACONTECEU

Para informação sobre eventos passados na área da antropologia em Portugal e para consultar númerosanteriores deste e­boletim, consulte a nossa página web, secção de notícias.

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