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relatório
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Curso: Licenciatura em Química
Disciplina: Química Inorgânica Experimental II - QUI 401
GRUPO 1: REATIVIDADE E OBTENÇÃO DOS
METAIS ALCALINOS
Novembro – 2014
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1. APRESENTAÇÃO
Este relatório descreve as atividades desenvolvidas por xxxxxxxxxxxxxxx no curso de
licenciatura em química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia,
Campus xxxxxxxxxx, no âmbito da disciplina QUI- 041 – Química Inorgânica Experimental
II, ministrada pelo Prof. xxxxxxxxxxxxxxxx, durante o 4º semestre 2014.2.
xxxxxxxxxxxxxxx, 26 de Novembro de 2014
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2. INTRODUÇÃO
O grupo 1 da tabela periódica é constituído pelos elementos conhecidos como metais
alcalinos, lítio (Li), sódio (Na), potássio (K), rubídio (Rb), césio (Cs), frâncio (Fr), eles possuem
propriedades bastante semelhantes e provavelmente tenham a química mais simples que
qualquer outro grupo da tabela[2].
Todos os alcalinos possuem apenas 1 elétron na sua camada de valência
(genericamente, ns1), tendo, portanto, a tendência de perder esse elétron e formar cátions
monovalentes, isto é, com a carga +1. Visto que eles possuem apenas um elétron na camada de
valência, sua energia de ionização é baixa, e é fácil haver a perda desse elétron. Isso explica sua
alta reatividade.
Os metais alcalinos são os metais mais reativos que existem, por isso não são
encontrados livres na naturaza, seus compostos estão entre os mais estáveis ao calor, de modo
que sua decomposição térmica é praticamente impossível. Reagem facilmente com o oxigênio
e com água, liberando hidrogênio e formando óxidos, hidróxidos, peróxidos e superóxidos,
apenas o lítio reage com o e nitrogênio formando o nitreto de lítio (Li3N). Reagem também
facilmente com álcool etílico, halogênio, sulfetos e fosfetos. Devem ser guardados em
recipientes fechados, imersos em querosene ou outro líquido não oxigenado, com cadeias
longas, pois oxidam-se, hidratam-se e carbonatam-se facilmente [1,2].
Os metais alcalinos são tipicamente moles, sendo o césio líquido a 28,7ºC e o frâncio
a 27ºC. São elementos com valores baixos de eletronegatividade, assim, sua reação com outros
elementos formam compostos com uma grande diferênça de eletronegatividade entre eles,
formando ligações iônicas[1].
Apresentam alta condutividade térmica e elétrica. Os pontos de ebulição e de fusão,
são muito baixos e como geralmente acontece com o primeiro elemento de cada grupo, há uma
diferença acentuada entre as propriedades do lítio e dos demais elementos da família. A
densidade aumenta à medida em que descemos no grupo, devido ao aumento do raio. A
primeira energia de ionização desses elementos são consideravelmente menores que qualquer
outro grupo da tabela. Todas essas propriedades são consequência de sua escassa afinidade
eletrônica ou, o que é equivalente, de sua energia de ionização muito baixa[1,2].
A obtenção pode ser feita através de eletrólise de um sal fundido, e sua utilização tem
sido feita nas grandes indústrias, para fabricação de ligas metálicas, células eletroquímicas (em
baterias primarias e/ou secundárias), e na fabricação de pequenos compostos inorgânicos e
orgânicos, como papel, neutralização de ácidos, obtenção de alumina, sabões e detergentes [1,2].
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3. OBJETIVOS
Avaliar a reatividade dos metais alcalinos frente à água e o ar.
Identificar os metais alcalinos através do teste de chama.
Conhecer o comportamento dos íons alcalinos em água.
4. MATERIAIS E REAGENTES
Para a realização dos experimentos foram utilizados os materiais e reagentes descritos
na tabela 1 abaixo:
Tabela 1: matérias e reagentes
5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Experimento 1: Reação do metal frente à água
Tomou-se uma cápsula de porcelana pequena, adicionando metade do seu volume de
água destilada, sendo posteriormente acrescidas duas gotas de fenolftaleína. Sendo anotada a
cor da solução.
Em seguida, cortou-se, cuidadosamente, sobre um papel filtro, um pequeno fragmento
do metal lítio. Após ter sido cortado, o fragmento de lítio foi depositado dentro da água contida
na cápsula, tampando-a imediatamente com um vidro de relógio.
Foram feitas observações e descrições do ocorrido.
Materiais Reagentes
Papel filtro Lítio metálico
Pinça metálica Água destilada
Cápsula de porcelana Fenolftaleína
Vidro relógio 2 mL de solução de cloreto de lítio 1,0 mol L
-1
Tubos de ensaio 2 mL de solução de cloreto de sódio 1,0 mol L
-1
Estante para tubos de ensaio 2 mL de solução de cloreto de potássio 1,0 mol L
-1
Alça de platina 2mL de solução de ácido clorídrico 6,0 mols L
-1
Papel Indicador Cloreto de sódio (NaCl)
Bico de Bunsen Cloreto de potássio (KCl)
Fósforo Hidrogenocarbonato (NaHCO3)
Espátula
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Experimento 2
A pedido do professor foi visto o vídeo, “Reação dos metais alcalinos (Li, Na, K, Rb e
Cs) com a água” [4], o qual ilustra o comportamento dos metais do grupo 1 em água.
Após ver o vídeo, foram feitas as descrições do ocorrido a partir das observações feitas.
Experimento 3: Identificação dos íons alcalinos a partir do teste de chama
Tomou-se três tubos de ensaio sendo adicionados a cada um deles 2 mL,
separadamente, soluções salinas (cloretos) 1,0 mol L-1, dos seguintes cátions: lítio, sódio e
potássio.
Posteriormente Introduziu a alça de platina em uma das soluções levando-a em seguida
à chama do bico de Bussen.
Observou-se a coloração da chama, sendo feita as devidas anotações.
A alça de platina foi imersa em uma solução de HCl a 6,0 mols L-1 para que fosse
limpa em seguida a haste foi exposta à chama para eliminação de quaisquer impurezas;
As etapas descritas acima foram repetidas para as outras duas soluções. Sendo feitas
observações e anotações das colorações das chamas.
Experimento 4: Comportamento dos íons alcalinos em água
Tomou-se quatro tubos de ensaio sendo adicionado a cada um deles separadamente,
uma pequena quantidade dos seguintes sais: cloreto de sódio ( NaCl), cloreto de potássio ( KCl),
e hidrogenocarbonato de sódio ( NaHCO3 ) e no quarto tubo apenas água destilada;
Posteriormente foram acrescidos 2 mL de água destilada a cada tubo contendo os sais,
agitando-os para dissolução.
Em seguida com o papel indicador, mediu-se pH de cada solução, comparando com o
pH da água destilada.
6. RESULTADOS
Experimento 1:
Observou-se algumas características presentes no metal lítio ao ser cortado, tais como:
o brilho metálico que estava mais evidente parte interna do metal do que na parte externa; a
facilidade com que o mesmo foi cortado e a necessidade de manter esse metal submerso em
solução de querosene.
Ao adicionarmos a fenolftaleína na água destilada, não houve alteração na coloração,
entretanto, ao acrescentarmos o fragmento de lítio na solução contida na cápsula, houve uma
reação com produção de gás e aparecimento de uma coloração rosa.
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Experimento 2:
Após ser visto o vídeo pode-se observar que os metais do grupo 1 (Li, Na, K, Rb, Cs),
reagiram frente à água;
À medida que foi descendo o grupo 1 na tabela, percebeu-se uma maior reatividade,
com dois deles (Rb e Cs) provocando grande explosão.
Obs.: o experimento não foi realizado com o frâncio.
Experimento 3:
Os resultados obtidos através do teste de chamas estão descritos na tabela 2 abaixo:
Tabela 2: Cores emitidas por alguns sais
SAL COR COMPRIMENTO DE ONDA (nm)
LiCl (aq) Vermelho 670,8
NaCl (aq) Amarelo 580
KCl (aq) Violeta 420
Experimento 4:
Os pHs encontrados nas soluções dos sais alcalinos estão descritos na tabela 3 a seguir:
Tabela 3: Medidas observadas de pH
Pode-se observar que o cloreto de sódio em presença de água dissolveu-se mais facilmente
que os outros sais.
7. DISCUSSÃO
A reação do lítio com a água no experimento 1 tem como produto o hidróxido de lítio
e gás hidrogênio como mostra a equação 1, está reage em velocidade moderada, devido ao ponto
de fusão (181ºC) alto em relação aos outros elementos do grupo ser o maior do grupo, a
densidade baixa (0,53 g/cm3) a menor do grupo, ao tamanho do raio (1,34 Aº) menor do grupo
e consequente maior carga nuclear efetiva.
2Li(s) + 2H2O(l) → 2 LiOH(aq) + H2(g) (1)
SOLUÇÃO pH
Água destilada 7
Cloreto de sódio 7
Cloreto de potássio 7
Hidrogenocarbonato de sódio 8
7
A cor da solução se tornou rosa devido à fenolftaleína ser um indicador que muda a cor
da solução de acordo com o pH alcalino do meio.
Obs.: Reação com o ar - Pode-se observar tanto no experimento 1 quanto no vídeo, que
os metais alcalinos antes de ser adicionados à água apresentavam uma tonalidade escura e não
o brilho metálico característico dos metais, pois os elementos do grupo 1 são quimicamente
muito reativos, perdem o brilho e queimam quando expostos ao ar formando óxidos, embora o
produto formado varie com o metal. Por exemplo o lítio forma o monóxido de lítio LiO2 (e uma
pequena quantidade de peroxido Li2O2), o sódio forma o peróxido de sódio Na2O2 (e uma
pequena quantidade de monóxido Na2O) os demais elementos formam superóxidos do tipo MO2
[2].
No experimento 2, ao ser visto o vídeo pôde-se observar a reatividade dos metais
alcalinos frente à água. Essa reatividade aumenta à medida que os períodos dos metais alcalinos
aumentam, ou seja, cresce nesse sentido: Li< Na < K < Rb < Cs, pois o elétron de valência
está relativamente afastado do núcleo, e protegido pela camada interna completa, por isso esse
elétron pode ser removido com facilidade, aumentando a reatividade com o aumento das
camadas.
O lítio reage mais lentamente com a água do que os demais metais alcalinos. Na reação
do sódio (Na) ao liberar o hidrogênio combinado ao oxigênio do ar em presença de um agente
ignidor o mesmo produz uma reação exotérmica, luz e calor intenso. A reação do potássio (K)
com a água já é suficientemente forte para inflamar o hidrogênio (pegar fogo), mesmo com
pequenas quantidades de reagentes. Com o rubídio e o césio, essa reação em pequena escala já
é perigosamente explosiva, e por esses metais serem mais densos que a água, a reação ocorre
abaixo da superfície dela[3]. O vigor das reações que aumentam a partir do sódio está associado
aos baixos pontos de fusão dos metais que diminuem à medida que se desse no grupo, pois
quando a superfície metálica é fundida ela se torna limpa estando mais exposta,
consequentemente a reação é mais violenta[2].
Por meio do teste da chama no experimento 3, é possível identificar o elemento que
está presente no composto através da cor apresentada pela chama. Quando o sal de um metal
alcalino é tratado com HCl concentrado (dando um cloreto volátil) e é fortemente aquecido na
chama do bico de Bunsen, é observada uma cor característica, esse teste é utilizado em análise
quantitativa para identificar o íon M+ [1].
No momento em que colocamos o sal na chama, estamos fornecendo energia para seus
elétrons. No entanto, o estado excitado é instável, portanto, os elétrons que “saltaram” de nível
retornam à órbita de seu estado estacionário. Nesse momento, o elétron perde (na forma de onda
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eletromagnética, ou seja, na forma de luz) uma quantidade de energia que corresponde à
diferença de energia existente entre as órbitas envolvidas no movimento do elétron. É o efeito
fotoelétrico[1,2]. Como cada sal apresenta elementos diferentes, com átomos que têm níveis de
energia também de valores diferentes, a luz emitida por cada um dos sais será em um
comprimento de onda bem característico de cada um. É por isso que ao colocarmos, o cloreto
de lítio na chama do bico de Bunsen vemos a coloração vermelha em razão da presença do
lítio, o cloreto de sódio (NaCl) vemos uma coloração amarela intensa e o cloreto de potássio
fará com que a chama adquira coloração violeta. Essas colorações característica da chama
correspondem a diferentes espectros de emissão, que possibilita a determinação analitica pela
fotometria da chama[1,2].
Experimento 4: A energia reticular dos metais do grupo1 diminui levemente enquanto
que a energia de hidratação varia de forma acentuada de cima para baixo no grupo aumentando
a estabilidade da molécula. Por isso a solubilidade do cloreto de sódio é maior que a do cloreto
de lítio. A diferença entre as energias reticulares do NaCl e KCl é de 67 KJ mol-1, enquanto que
a diferença no △G de hidratação dos íons Na+ e K+ é de 76 KJ mol-1 [1,2]. Portanto o NaCl é mais
solúvel que o KCl. Pode-se observar ainda que ao adicionarmos água aos sais ocorreu a
dissociação dos íons formando cátions e ânions, como nas equações de 2 a 5:
NaCl(s) H2O Na+
(aq) + Cl- (aq) (2)
KCl(s) H
2O
K+
(aq) + Cl-(aq) (3)
NaHCO3 H
2O
Na+(aq) + HCO3
-(aq) (4)
HCO3-(aq) + H2O(l) ↔ H2CO3(aq)
+ + OH-(aq) (5)
O cloreto de sódio e o cloreto de potássio apresentaram um pH perto da neutralidade.
E isto é visível na reação de formação desses compostos representadas pelas equações 6 e 7:
NaOH(s) + HCl(aq.) → NaCl(s) + H2O(l) (6)
KOH(s) + HCl(aq.) → KCl(s) + H2O(l) (7)
Essas reações são denominadas de neutralização, ou seja, uma base forte reagindo com
um ácido forte formando um sal e água. Seus produtos são praticamente neutros, com o pH
muito próximo de sete, ou seja, a concentração de íons H+ é praticamente igual à concentração
de íons OH - em solução.
Apesar de apresentar hidrogênio na sua estrutura o hidrogenocarbonato (NaHCO3),
não é classificado como um sal ácido e sim como um hidrogeno-sal, devido a presença do
hidrogênio. Este sal quando adicionado na água, mostra por sua hidrólise salina (reação de um
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sal com a água) que o mesmo apresenta características básicas (pH > 7), por ser um sal
proveniente de uma base forte, o hidróxido de sódio (NaOH) e de um ácido fraco, o ácido
carbônico (H2CO3)[1,2]. Na solução de NaHCO3, o número de OH- presentes é maior, tornando
o pH mais alcalino. Os íons HCO3- capturam íons H+ da água, liberando mais OH- ,como é
apresentado nas equações 8 a 10.
NaOH(s) + H2CO3(aq.) → NaHCO3(s) + H2O(l) (8)
NaHCO3(s) + H2O → Na+(aq) + HCO3
-(aq) (9)
HCO3-(aq) + H2O(l) → H2CO3(aq)
+ + OH-(aq) (10)
Sabe-se que o poder do ácido carbônico em liberar íons H+ é pequeno. Já as bases dos
metais alcalinos têm o poder de liberar muitos íons OH- em solução, por este motivo, quando
se colocou a fita de pH na solução, observou-se um pH alcalino. Comprovando o caráter básico
da solução.
8. CONCLUSÃO
Os metais do grupo 1 reagem ao entrar em contato com a água formando hidróxidos
e gás hidrogênio e reagem com o ar formando óxidos; Através do teste da chama foram
identificadas as colorações característica da chama correspondem a diferentes espectros de
emissão dos metais alcalinos; pode-se observar o comportamento dos íons alcalinos em meio
aquoso.
9. REFERÊNCIAS
[1] HOUSECROFT, E. C., SHARPE G. A. Química Inorgânica v1. 4ª edição. Rio de Janeiro:
LTC 2013. p 295 A 311
[2] LEE, J.D. Química inorgânica não tão concisa, tradução da 5º edição inglesa/ Henrique E.
Toma, Koiti Araki, Reginaldo C. Rocha – São Paulo: Blucher, 1999. p 139 a 156
[3] Reatividade com metais com água e bases. Disponível em:
http://www.brasilescola.com/quimica/reatividade-dos-metais-com-agua-bases.htm. (Acesso
em: 20/11/2014).
[4] Reação dos metais alcalinos (Li, Na, K, Rb e Cs) com a água. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=8cNwYzP0QjA. (Acesso em: 18/11/14).