Insalubridade Aula 1

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INSALUBRIDADE

INSALUBRIDADETEORIAS E CALCULOSINSALUBRIDADE - TEORIARUDO1CLCULOS,DOSE e TOLERNCIA2CALOR3CCULOS, EXPOSIO e TEMPERATURA4FRIO5CCULOS, EXPOSIO e LIMITES6INSALUBRIDADECONCEITO

Insalubridade em termos laborais significa "o ambiente de trabalho hostil sade, pela presena de agente agressivos ao organismo do trabalhador, acima dos limites de tolerncia permitidos pelas normas tcnicas .

2. CRITRIO LEGAL

O artigo 189 da CLT estabelece que:"Sero consideradas atividades ou operaes insalubres aquelas que, por sua natureza, condies ou mtodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos sade, acima dos limites de tolerncia fixados em razo da natureza e da intensidade do agente e o tempo de exposio aos seus efeitos".

RUDORUDO CONCEITODo ponto de vista fsico, pode definir-se o rudo como toda a vibrao mecnica estatisticamente aleatria de um meio elstico.Do ponto de vista fisiolgico, ser todo o fenmeno acstico que produz uma sensao auditiva desagradvel ou incomodativa, susceptvel de alterar o bem estar das pessoas. RUDOCOMO APLICARCLCULOSA sua intensidade medida em Decibis dB(A) - Unidade logartmica do nvel de presso sonora mais pequena variao da presso sonora que um ouvido humano pode distinguir nas condies normais de audioAs suas caractersticas principais so o nvel sonoro e a frequncia (caso se trate de um som puro) ou a composio ou espectro (no caso de um som complexoAs medidas para reduzir os riscos ligados exposio dos trabalhadores ao rudo devem ser implementadasAs prevenes ao rudo deve ser monitorada e realizadas anualmente por equipamentos devidamente equilibrados.Avaliao da Exposio Ocupacional ao RudoAspectos Tcnico-Legais

De acordo com a legislao brasileira, Portaria n 3.214/1978 do Ministrio do Trabalho NR-15, Anexo 1, os Limites de Tolerncia para exposio a rudo contnuo ou intermitente so representados por nveis mximos permitidos, segundo o tempo dirio de exposio, ou, alternativamente, por tempos mximos de exposio diria em funo dos nveis de rudo existentes. Esses nveis sero medidos em dB(A), resposta lenta. A Tabela 1 do Anexo 1 da NR-15 da supracitada Portaria reproduzida a seguir:Avaliao da Exposio Ocupacional ao Rudo

Dose de RudoOs limites de tolerncia fixam tempos mximos de exposio para determinados nveis de rudo. Porm, sabe-se que praticamente noexistem tarefas profissionais nas quais o indivduo exposto a um nico nvel de rudo durante a jornada. O que ocorre so exposies por tempos variados a nveis de rudo variados. Para quantificar tais exposies utiliza-se o conceito da DOSE, resultando em uma ponderao para diferentes situaes acsticas, de acordo com o tempo de exposio eo tempo mximo permitido, de forma cumulativa na jornada.Avaliao da Exposio Ocupacional ao RudoAspectos Prticos dose de rudo diria o verdadeiro limite de tolerncia (tcnico e legal) dose diria no pode ultrapassar a unidade ou 100%, seja qual for o tamanho da jornada a dose de rudo proporcional ao tempo: sob as mesmas condies de exposio, o dobro do tempo significa o dobro da dose etc. quanto mais alto o nvel de um certo rudo e quanto maior o tempo de exposio a esse nvel, maior sua importncia na dose diria devemos reduzir os tempos de exposio aos nveis mais elevados, para assegurar boas redues nas doses dirias toda exposio desnecessria ao rudo deve ser evitadaAvaliao da Exposio Ocupacional ao RudoDeve ser ressaltado que, em casos de avaliao de doses em temposinferiores aos da jornada, o valor da dose pode ser obtido por meio deextrapolao linear simples (regra de trs), como no exemplo:

Tempo de avaliao = 6h30min; dose obtida = 87%. Ento, para obtermosa dose para jornada de 8 horas:6,5 878,0 DJ DJ = 87x 8 = 107%

6,5Avaliao da Exposio Ocupacional ao RudoAvaliao Ambiental e Exerccios PrticosDosimetria de Rudo

Na verdade, nunca existiro somente trs ou quatro situaes acsticas,de forma que, com somente trs ou quatro fraes, ser possvelencontrar a dose. O que se observar uma exposio a nveis de rudoque oscilam muito rapidamente, com difcil obteno de dados relativosa tempos de exposio e nveis de rudo.

Para se obter uma dose representativa, torna-se necessrio o uso de umdosmetro.

Em suma, o dosmetro um instrumento que ser instalado emdeterminado indivduo e far o trabalho de obteno da dose,acompanhando todas as situaes de exposio experimentadas porele, informando em seu display o valor da dose acumulado ao final dajornada, bem como vrios outros parmetros, tais como Nvel Mdio(Lavg), Nvel Mximo etc.

Avaliao da Exposio Ocupacional ao RudoATENO DADOS IMPORTANTENTESA sociedade moderna tem multiplicado as fontes de rudo e aumentado o seu nvel de presso sonora. O rudo uma das formas de poluio mais frequentes no meio industrial. No Brasil, a surdez a segunda maior causa de doena profissional, sendo que o rudo afeta o homem, simultaneamente, nos planos fsico, psicolgico e social. Pode, com efeito:Lesar os rgos auditivos;Perturbar a comunicao;Provocar irritao;Ser fonte de fadiga;Diminuir o rendimento do trabalho.O risco da leso auditiva aumenta com o nvel de presso sonora e com a durao da exposio, mas depende tambm das caractersticas do rudo, sem falarmos da suscetibilidade individual.Avaliao da Exposio Ocupacional ao RudoRudo

um fenmeno fsico que, no caso da Acstica, indica uma mistura de sons, cujas frequncias no seguem uma regra precisa.Frequncia

o nmero de vezes que a oscilao (de presso) repetida, na unidade de tempo. Normalmente, medida em ciclos por segundo ou Hertz (Hz). Por exemplo:

Alta frequncia: so os sons agudosBaixa Frequncia: so os sons gravesNvel de Presso Sonora

Mede a intensidade do som, cuja unidade o decibel (dB).

Avaliao da Exposio Ocupacional ao RudoDecibel (dB)

O som mais fraco que o ouvido humano saudvel pode detectar de 20 milionsimos de um pascal (ou 20 Pa....20 micro pascals).

Surpreendentemente, o ouvido humano pode suportar presses acima de um milho de vezes mais alta. Assim, se ns tivssemos que medir o som em Pa, chegaramos a nmeros bastante grandes e de difcil manejo. Para evitar isto, outra escala foi criada a escala decibel (dB).

A escala decibel usa o limiar da audio de 20 Pa como o seu ponto de partida ou presso de referncia. Isto definido para ser 0 dB. Cada vez que se multiplica por 10 a presso sonora em Pascal, adiciona-se 20 dB ao nvel em dB.

Desta forma, a escala dB comprime os milhes de unidades de uma escala em apenas 120 dB de outra escala.Avaliao da Exposio Ocupacional ao RudoDose de Rudo

A dose de rudo uma variante do rudo equivalente, para o qual o tempo de medio fixado em 8 horas. A nica diferena entre a dose de rudo e o rudo equivalente que a dose expressa em percentagem da exposio diria tolerada.Rudo Equivalente

Os nveis de rudo industriais e exteriores flutuam ou variam de maneira aleatria com o tempo e o potencial de dano audio depende no s do seu nvel, mas tambm da sua durao. Para o nvel de rudo continuo, torna-se fcil, avaliar o efeito, mas se ele varia com o tempo, deve-se realizar uma dosimetria , de forma que todos os dados de nvel de presso sonora e tempo, possam ser analisados e calculado o nvel de rudo equivalente (Leq), que representa um nvel de rudo contnuo em dB(A), que possui o mesmo potencial de leso auditiva que o nvel de rudo varivel amostrado.A necessidade de se usar um dosmetro de rudo, deve-se dificuldade de se realizar os clculos de forma manual.

Avaliao da Exposio Ocupacional ao RudoTipos de Rudo

O rudo contnuo o que permanece estvel com variaes mximas de 3 a 5 dB(A) durante um longo perodo.O rudo intermitente um rudo com variaes, maiores ou menores de intensidade..

O rudo de impacto apresenta picos com durao menor de 1 segundo, a intervalos superiores a 1 segundo. Causar dano sade do trabalhador, durante a sua vida laboral.

Obs.: Os LTs da NR-15 so para AT 48 horas / semanaisPara rudo intermitente / contnuo, h risco grave e iminente para exposies, sem proteo, a 115 dB(A).Para rudo de impacto, h risco grave e iminente, para exposies iguais ou superiores a 140 dB(Linear) ou 130 dB(Fast).Avaliao da Exposio Ocupacional ao RudoO que fazer quando os nveis de rudo so muito altos?Quando as medies comprovarem que os nveis de presso sonora so muito altos, devem ser tomadas providncias a fim de reduzi-los. Embora os detalhes de um Programa de Reduo de Rudo possam ser um tanto complexos, h algumas linhas gerais para se encaminhar as solues.Reduo de rudo na fonte, atravs de tratamento acstico das superfcies da mquina ou substituio de parte da mquina ou toda a mquina, de forma a se reduzir a gerao de som.Reduzindo a transmisso do som, atravs de isolamento da fonte sonora ou atravs de tratamento do ambiente, atravs da incluso de superfcies absorvedoras, no teto, paredes e piso.Excluir as fontes mais ruidosas, atravs da compra de novos equipamentos, remoo para outras reas isoladas, ou se nada for possvel, deve-se ainda reduzir a exposio do pessoal que trabalha no local. AVALIAO E CONTROLE DA EXPOSIO AO CALORCONDIES INTERNASCALORCARGAEXPOSIOTEMPO

CONDIES EXTERNASMETABOLISMO AVALIAO E CONTROLE DA EXPOSIO AO CALORA exposio ao calor ocorre em muitos tipos de indstria. Prevalecemaquelas que implicam alta carga radiante sobre o trabalhador, e essa a parcela frequentemente dominante na sobrecarga trmica que vema se instalar; todavia, muitas atividades com carga radiante moderada,porm acompanhadas de altas taxas metablicas (trabalhos extenuantes ao ar livre), tambm podem oferecer sobrecargas inadequadas.

Deve-se lembrar ainda que pode haver situaes crticas em ambientes em que predomina o calor mido, praticamente sem fontes radiantes importantes, como nas lavanderias e tinturarias.

Em suma, deve-se tomar cuidado em no tipificar categoricamente as situaes ocupacionais quanto ao calor; o melhor analisar criteriosamente cada uma delas.

O higienista experiente poder, com o tempo, adquirir uma razovel sensibilidade quanto a esses riscos potenciais nas situaes de trabalho. AVALIAO E CONTROLE DA EXPOSIO AO CALORMecanismos de Trocas Trmicas

A sobrecarga trmica no organismo humano resultante de duas parcelas decarga trmica: uma carga externa (ambiental) e outra interna (metablica).A carga externa resultante das trocas trmicas com o ambiente e a cargametablica resultante da atividade fsica que exerce.Tipos de trocas trmicas

AVALIAO E CONTROLE DA EXPOSIO AO CALOR

AVALIAO E CONTROLE DA EXPOSIO AO CALOREquilbrio Trmico

O organismo ganha ou perde calor para o meio ambiente segundo aequao do equilbrio trmico:M C R E = Qem que:M - Calor produzido pelo metabolismo, sendo um calor sempre ganho (+)C - Calor ganho ou perdido por conduo/convecoR - Calor ganho ou perdido por radiao (+/-)E - Calor sempre perdido por evaporao (-)Q - Calor acumulado no organismo (sobrecarga)Q>0 acmulo de calor (sobrecarga trmica)Q