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Escola Estadual de Educação Profissional - EEEP Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Segurança do Trabalho Inspeção de Riscos I

Inspeção de Riscos

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Curso Técnico em Segurança do Trabalho

Inspeção de Riscos I

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Governador

Vice Governador

Secretário Executivo

Assessora Institucional do Gabinete da Seduc

Cid Ferreira Gomes

Francisco José Pinheiro

Antônio Idilvan de Lima Alencar

Cristiane Carvalho Holanda

Secretária da Educação

Secretário Adjunto

Coordenadora de Desenvolvimento da Escola

Coordenadora da Educação Profissional – SEDUC

Maria Izolda Cela de Arruda Coelho

Maurício Holanda Maia

Maria da Conceição Ávila de Misquita Vinãs

Thereza Maria de Castro Paes Barreto

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INSPEÇÃO DE RISCOS I

 

Segurança do Trabalho: Inspeção de Riscos I 

   

INSPEÇÃO DE SEGURANÇA

A Inspeção de Riscos ou Inspeção de Segurança permite a identificação de condições inseguras e insalubres nos locais de trabalho e na análise de tarefas, com vistas a encontrar possíveis comportamentos e rotinas que fujam aos parâmetros legais e à boa prática de segurança. Essas inspeções podem ser programadas ou não-programadas e são divididas em quatro tipos:

Geral  Por setor de trabalho  Por grupo de risco específico  Por risco específico

Este serviço é realizado inteiramente nas instalações das empresas e deve ser concluído com a apresentação de um "Relatório Técnico de Inspeção de Segurança". Uma Inspeção de Segurança bem planejada e bem executada na empresa pode deixar suas instalações mais seguras e salubres, proporcionando inúmeros ganhos como, por exemplo, aumento de produtividade e lucro, redução de acidentes, diminuição de retrabalhos, aumento da moral dos empregados etc., além de obter tranquilidade junto aos órgãos fiscalizadores do trabalho. INSPEÇÃO DE SEGURANÇA GERAL:

É o tipo de inspeção mais completo, pois nesta são verificadas todas as instalações da empresa na busca de condições inseguras e insalubres. Esta inspeção proporciona uma vista panorâmica de todos os setores de trabalho da sua empresa, indo do administrativo ao industrial e fabril. Nada escapa a este tipo de inspeção! Cuidadosamente são verificados todos os setores de trabalho, todos os grupos de riscos ambientais e riscos específicos. Após a realização de uma Inspeção de Segurança Geral, sua empresa terá em mãos um documento onde estarão registrados todos os problemas detectados e as sugestões e recomendações para eliminá-los ou mitigá-los.

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INSPEÇÃO DE SEGURANÇA POR SETOR DE TRABALHO:

É um tipo de inspeção limitado a um determinado setor de trabalho, de acordo com as necessidades da empresa-cliente, e limita-se a observar as condições inseguras e insalubres deste setor, além de suas influências para as demais instalações da empresa. É menos abrangente que a Inspeção de Segurança Geral, mas não deixa de ter a sua importância, pois direciona a observação para resolver problemas emergentes em um setor específico que pode, porventura, estar sendo o líder em acidentes e/ou ocorrências anormais.

INSPEÇÃO DE SEGURANÇA POR GRUPO DE RISCO ESPECÍFICO:

Este tipo de inspeção é menos abrangente do que as citadas anteriormente. Entretanto, mantém a sua importância por atuar objetivamente em um determinado grupo de risco, que pode ser o principal em sua empresa e que foi priorizado para uma atuação imediata.

INSPEÇÃO DE SEGURANÇA POR RISCO ESPECÍFICO:

Este tipo de inspeção é indicado quando se tem determinado e priorizado um determinado agente a ser controlado ou monitorado em sua empresa. Não menos importante que as demais, busca, só que de forma mais objetiva, a identificação e até a quantificação de um agente de risco visando determinar formas de controle, eliminação ou mitigação desse risco.

FORMAS DE AÇÃO

Basicamente, o programa de Prevenção de Acidentes do Trabalho compreende dois tipos de atividades a serem desenvolvidas pelo Serviço de Segurança.

A partir de uma verificação de riscos mais comuns, inerentes a qualquer instalação industrial, como instalações elétricas inadequadas ou falta de equipamento de combate ao fogo, pode-se propor uma serie de medidas que visem eliminar ou neutralizar os riscos encontrados.

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Há uma série de riscos, porém, que variam de empresa para empresa, levando-se em consideração o espaço físico, o tipo de processo, o produto fabricado, etc. Deverá então o Serviço de Segurança procurar analisar os acidentes ocorridos e, através dessas experiências negativas anteriores, descobrir condições ou a atitudes inseguras mais específicas.

Inspeção de Segurança

A inspeção de segurança nada mais é que a procura de riscos comuns, já conhecidos teoricamente. Esse conhecimento teórico facilita a eliminação ou neutralização do risco, pois as soluções possíveis já foram estudadas por grande numero de técnicos e constam de extensa bibliografia.

Os riscos mais comumente encontrados em uma inspeção de segurança são:

Falta de proteção nas maquinas Falta de ordem e limpeza. Mau estado das ferramentas. Iluminação e instalações elétricas deficientes. Pisos escorregadios, deficientes, em mau estado de conservação Insuficiência ou obstrução de portas e outros meios saída. Equipamento de proteção contra incêndio em mau estado ou

insuficiente. Pratica de atos inseguros

As inspeções de segurança, dependendo do grau de profundidade envolvem não só os elementos da Segurança do Trabalho, como também todo o corpo de funcionários. Por exemplo: uma ferramenta manual avariada deverá ser imediatamente substituída pelo operador no momento em que este a receber, pois deverá ser feita a inspeção visual. Não há necessidade de se aguardar o momento de vistoria geral de todas as ferramentas, a ser feita no almoxarifado, para que a ferramenta defeituosa seja substituída.

Como em qualquer atividade que se deseja otimizar, há a necessidade de organizar um programa bem definido para as inspeções, quando será estabelecido:

o que será inspecionado;

a freqüência da inspeção;

a responsabilidade pela inspeção;

informações necessárias para verificação

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destino dos dados coletados.

Uma vez determinados esses aspectos pode-se, então, partir para a proposição de medidas saneadoras, objetivo - fim de qualquer inspeção de segurança.

Tipos de inspeção de segurança

Como já vimos anteriormente e agora vamos revisar, ao examinarmos o primeiro item de um programa de inspeção, determinamos uma primeira divisão em duas classes:

a) Inspeções gerais - nas quais todas áreas são examinadas, fazendo-se um levantamento global das condições operacionais da industria.

Devem ser coordenadas pelo Serviço de Segurança, recomendando-se a presença de chefes e encarregados de setor, médico do trabalho, engenheiro de segurança, técnico de segurança e cipeiros do setor, o que possibi1ita maior rapidez nas informações, devido a discussão dos riscos no local e no momento da observação, inclusive com uma primeira comunicação oral, embora exista a necessidade da confecção de relatórios que documente o fato e proponha as soluções mais adequadas a cada caso. Nas empresas que não possuam Serviço de Segurança, a coordenação de tais inspeções é responsabilidade da CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.

Pode ser realizada mensalmente mas, de acordo com características de cada empresa, a periodicidade pode ser maior ou menor.

b) Inspeções parciais - são inspeções restritas, limitando-se apenas a verificar as condições de segurança em determinadas áreas, atividades ou mesmo equipamentos especiais existentes.

Definição de responsabilidades

Os elementos encarregados das inspeções podem ser funcionários da própria empresa, técnicos contratados ou inspetores governamentais.

Nas inspeções oficiais, normalmente não há a preocupação com uma analise posterior, visando a inibição do risco. O técnico procura observar os pontos conflitantes com a legislação e notifica o empresário.

Em empresas onde não há Serviço Especializado, é normal que a CIPA, responsável pela coordenação das inspeções, contrate um técnico na área de segurança para realizar uma inspeção geral . Após a inspeção, o técnico se

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encarregara de propor soluções, facilitando e dinamizando, desta forma, a atuação da Comissão.

Quando, porém, já existe o Serviço Especializado, a necessidade dessas inspeções gerais decai bastante, pois os inspetores da própria empresa deverão ter conhecimentos técnicos gerais suficientes para descobrir e eliminar, ou inibir, riscos mais comuns. A dificuldade aparece quando há a necessidade de inspeções parciais mais detalhadas, como a inspeção de uma caldeira ou a determinação da presença de riscos ambientais em determinado processo. Nestes casos aconselha-se a contratação de elemento especializado, que podem, com menor margem de erro, detectar qualquer anormalidade e apontar soluções

No âmbito interno de cada empresa, deverá o Serviço de Segurança equacionar de forma bastante clara e precisa a responsabilidade de cada um dos funcionários, pois todos eles deverão dar a sua parcela de colaboração na prevenção dos acidentes;

Os técnicos de segurança deverão diariamente realizar inspeções de rotina, objetivando a descoberta dos riscos mais comuns, tais como utilização de instalações elétricas provisórias de maneira inadequada, desobediência a normas de conduta por parte dos empregados, utilização de maquinas com proteção inibidas ou em mão estado de conservação, armazenagem incorreta, etc.

Os encarregados de setores, dentro de suas funções normais, podem receber atribuições que auxiliam o Serviço de Segurança por exemplo, a verificação da utilização correta de EPI por parte dos seus subordinados ou a inspeção diária de ferramentas pelo encarregado do almoxarifado, antes da entrega aos operários.

Os trabalhadores devem ser instruídos e treinados no sentido de inspecionarem suas ferramentas, máquinas e equipamentos de proteção, antes de iniciarem a produção. É uma inspeção mais simples e rápida, na maioria das vezes visual, que possibilita a descoberta de falhas que, corrigidas a tempo, evitam o acidente.

A legislação determina a necessidade de inspeções periódicas em determinados equipamentos, como caldeiras, elevadores e extintores de incêndio.

Outras inspeções são feitas de forma rotineira pelo próprio elemento que se utiliza do equipamento, não se excluindo, porém, a necessidade de inspeções periódicas por elementos da segurança. E o caso de cordas, correntes, cabos de aço, escadas e ferramentas portáteis

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Registro das inspeções

Para possibilitar estudos posteriores, ou mesmo para controles estatísticos, inclusive de qualidade, deve-se preparar formulários especiais, adequados a cada tipo de inspeção e nível de profundidade desejados.

A própria inspeção de equipamentos, feita pelo operário diariamente no início do turno de trabalho, deverá ser facilitada através da elaboração de uma ficha de inspeção. Os pontos a serem observados deverão ser colocados em ordem lógica e o preenchimento deverá ser feito com uma simples marcação, ou visto.

Também o Técnico de Segurança, quando em uma inspeção rotineira, poderá utilizar-se de um check-list.

Modelos

Uma vez preenchidos esses formulários, quando na inspeção do técnico de segurança e se notada alguma irregularidade, deverá ser preenchido um relatório de inspeção, em que serão registrados os pontos negativos encontrados e as medidas propostas para inibir os riscos.

Esse relatório devera ter, no mínimo, quatro vias, distribuídas da seguinte forma:

uma via a ser mantida no Serviço de Segurança; uma via a ser enviada ao Chefe do Setor onde foi notada a

irregularidade; uma via a ser enviada à gerência da área; uma via a ser encaminhada à CIPA, para que esta realize o

acompanhamento necessário até a complementação das medidas corretivas propostas.

Completado o trabalho, podem ser arquivadas, a via mantida pelo Serviço de Segurança, para posterior consulta ou levantamento de dados estatísticos.

Para melhor  compreendermos o que  significa, na prática a  Inspeção de Segurança ou Inspeção de Riscos, vamos conhecer o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) e o PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional), no trabalho de  * Carlos Roberto Miranda   &   ** Carlos Roberto Dias, *     Médico do Trabalho. Mestre em  Saúde Comunitária (UFBA).  Auditor  Fiscal  do  Trabalho.    **  Médico  do  Trabalho.  Pós‐graduado  em  Higiene Ocupacional. Auditor Fiscal do Trabalho. Delegacia Regional do Trabalho na Bahia / MTE 

PPRA / PCMSO:  AUDITORIA,  INSPEÇÃO DO TRABALHO E  CONTROLE SOCIAL                       

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* Carlos Roberto Miranda & ** Carlos Roberto Dias

* Médico do Trabalho. Mestre em Saúde Comunitária (UFBA). Auditor Fiscal do Trabalho.

** Médico do Trabalho. Pós-graduado em Higiene Ocupacional. Auditor Fiscal do Trabalho.

Delegacia Regional do Trabalho na Bahia / MTE

 

RESUMO Os Autores analisaram Programas de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) implementados por 30 empresas, de diferentes ramos econômicos, com mais de 100 (cem) empregados, em atividade em Salvador, Bahia. As inconsistências verificadas foram estudadas segundo os riscos ocupacionais, levando-se em conta as diversas etapas de desenvolvimento dos programas. Os Autores constataram a baixa qualidade técnica desses programas e apontam a evidente necessidade de ampliar a cobertura da fiscalização estatal, assim como de estimular a participação dos trabalhadores e dos seus representantes no desenvolvimento dos programas PPRA e PCMSO. Consideram, ainda, de fundamental importância o desenvolvimento e o aprimoramento de condutas, procedimentos e instrumentos de inspeção na área de segurança e saúde no trabalho.

PALAVRAS-CHAVE: Riscos Ambientais; Programas de Saúde Ocupacional; Auditoria; Inspeção do Trabalho.

INTRODUÇÃO A legislação brasileira que trata da segurança e da saúde no trabalho passou a

adotar um novo enfoque, a partir do final de 1994, ao estabelecer a

obrigatoriedade das empresas elaborarem e implementarem dois programas:

um ambiental, o PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, e

outro médico, o PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde

Ocupacional. Adotando como paradigma a Convenção 161/85 da Organização

Internacional do Trabalho (OIT), a legislação brasileira específica passou a

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considerar as questões incidentes não somente sobre o indivíduo mas, também

sobre a coletividade de trabalhadores, promovendo, assim, uma ampliação do

conceito restrito de “medicina do trabalho” (1, 2)

Em verdade, apesar do Brasil ter ratificado em 1991 a Convenção 161 da OIT, até 1994 as Normas Regulamentadoras (NRs) caracterizavam-se ainda por um enfoque essencialmente “individualista”. As NR-7 e 9 intitulavam-se, respectivamente, Exames Médicos e Riscos Ambientais, ou seja, a ênfase era, isoladamente, ora para o corpo do trabalhador, ora para a avaliação quantitativa de um certo risco ambiental. As novas normas, preocupadas agora com a saúde do conjunto dos trabalhadores, privilegiaram o instrumental clínico-epidemiológico na abordagem da relação saúde/trabalho e introduziram a questão da valorização da participação dos trabalhadores e do controle social. Neste sentido, a exigência legal dos novos programas PCMSO e PPRA representou, na prática, a superação de um “viés biologista/ambiental” e a introdução de um “olhar coletivo” nas questões relacionadas com a segurança e a saúde dos trabalhadores brasileiros. (3, 4)

PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

O PPRA, cuja obrigatoriedade foi estabelecida pela NR-9 da Portaria 3214/78, apesar de seu caráter multidisciplinar, é considerado essencialmente um programa de higiene ocupacional que deve ser implementado nas empresas de forma articulada com um programa médico – o PCMSO. (5, 6)

Todas as empresas, independente do número de empregados ou do grau de risco de suas atividades, estão obrigadas a elaborar e implementar o PPRA, que tem como objetivo a prevenção e o controle da exposição ocupacional aos riscos ambientais, isto é, a prevenção e o controle dos riscos químicos, físicos e biológicos presentes nos locais de trabalho. A NR-9 detalha as etapas a serem cumpridas no desenvolvimento do programa, os itens que compõem a etapa do reconhecimento dos riscos, os limites de tolerância adotados na etapa de avaliação e os conceitos que envolvem as medidas de controle. A norma estabelece, ainda, a obrigatoriedade da existência de um cronograma que indique claramente os prazos para o desenvolvimento das diversas etapas e para o cumprimento das metas estabelecidas.

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Um aspecto importante deste programa é que ele pode ser elaborado dentro dos conceitos mais modernos de gerenciamento e gestão, onde o empregador tem autonomia suficiente para, com responsabilidade, adotar um conjunto de medidas e ações que considere necessárias para garantir a saúde e a integridade física dos seus trabalhadores. A elaboração, implementação e avaliação do PPRA podem ser feitas por qualquer pessoa, ou equipe de pessoas que, a critério do empregador, sejam capazes de desenvolver o disposto na norma. Além disso, cabe à própria empresa estabelecer as estratégias e as metodologias que serão utilizadas para o desenvolvimento das ações, bem como a forma de registro, manutenção e divulgação dos dados gerados no desenvolvimento do programa.

As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da empresa, sendo que sua abrangência e profundidade dependem das características dos riscos existentes no local de trabalho e das respectivas necessidades de controle.

A NR-9 estabelece as diretrizes gerais e os parâmetros mínimos a serem observados na execução do programa mas os mesmos podem ser ampliados mediante negociação coletiva de trabalho. Procurando garantir a efetiva implementação do PPRA, a norma estabelece que a empresa deve adotar mecanismos de avaliação que permitam verificar o cumprimento das etapas, das ações e das metas previstas. Além disso, a NR-9 prevê algum tipo de controle social, garantindo aos trabalhadores o direito à informação e à participação no planejamento e no acompanhamento da execução do programa.

PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

O PCMSO, cuja obrigatoriedade foi estabelecida pela NR-7 da Portaria 3214/78, é um programa médico que deve ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho. Entende-se aqui por “diagnóstico precoce”, segundo o conceito adotado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a detecção de distúrbios dos mecanismos compensatórios e homeostáticos, enquanto ainda permanecem reversíveis alterações bioquímicas, morfológicas e funcionais.

Todas as empresas, independente do número de empregados ou do grau de risco de sua atividade, estão obrigadas a elaborar e implementar o PCMSO, que deve ser planejado e implantado com base nos riscos à saúde dos trabalhadores, especialmente os riscos identificados nas avaliações previstas

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no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). Entre suas diretrizes, uma das mais importantes é aquela que estabelece que o PCMSO deve considerar as questões incidentes tanto sobre o indivíduo como sobre a coletividade de trabalhadores, privilegiando o instrumental clínico-epidemiológico. A norma estabelece, ainda, o prazo e a periodicidade para a realização das avaliações clínicas, assim como define os critérios para a execução e interpretação dos exames médicos complementares (os indicadores biológicos).

Em síntese, na elaboração do PCMSO, o mínimo requerido é um estudo prévio

para reconhecimento dos riscos ocupacionais existentes na empresa, através

de visitas aos locais de trabalho, baseando-se nas informações contidas no

PPRA. A partir deste reconhecimento de riscos, deve ser estabelecido um

conjunto de exames clínicos e complementares específicos para cada grupo de

trabalhadores da empresa, utilizando-se de conhecimentos científicos

atualizados e em conformidade com a boa prática médica. Assim, o nível de

complexidade do PCMSO depende basicamente dos riscos existentes em cada

empresa, das exigências físicas e psíquicas das atividades desenvolvidas e das

características biopsicofisiológicas de cada população trabalhadora. (7) A

norma estabelece as diretrizes gerais e os parâmetros mínimos a serem

observados na execução do programa, podendo os mesmos, entretanto, ser

ampliados mediante negociação coletiva de trabalho.

O PCMSO deve ser coordenado por um médico, com especialização em medicina do trabalho, que será o responsável pela execução do programa. Ao empregador, por sua vez, compete garantir a elaboração e efetiva implementação do PCMSO, bem como zelar pela sua eficácia. Procurando garantir a efetiva implementação do PCMSO, a NR-7 estabelece que o programa deverá obedecer a um planejamento em que estejam previstas as ações de saúde a serem executadas durante o ano, devendo estas ser objeto

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de relatório anual. O relatório anual deverá discriminar, por setores da empresa, o número e a natureza dos exames médicos, incluindo avaliações clínicas e exames complementares, estatísticas de resultados considerados anormais, assim como o planejamento para o ano seguinte.

A inspeção do trabalho e os programas PPRA/PCMSO

A inseparabilidade entre o trabalho e o indivíduo que o realiza, a implicação da pessoa do trabalhador na atividade laboral, determinam uma exigência de tutela de sua liberdade e integridade física, ou seja, em última instância determinam a intervenção do Estado na regulamentação das relações de trabalho. Em conseqüência, na medida em que o trabalho é de alguma forma normatizado, a inspeção encontra sentido e lugar de ser na história do trabalho. Em síntese, o serviço de inspeção deveria ser a forma de tornar efetivas as regulamentações do processo de trabalho. (8)

Entretanto, não são poucas as dificuldades relacionadas à inspeção e ao

controle dos ambientes de trabalho. A complexidade cada vez maior das

relações trabalhistas exige que o Auditor do Trabalho tenha uma boa formação

jurídica e técnica. O caráter multidisciplinar da inspeção do trabalho justifica a

incorporação de carreiras técnicas que aportem ao sistema de inspeção e

proteção do trabalho os conhecimentos teóricos e práticos que são necessários

para atender adequadamente as questões que se relacionam com a segurança

e saúde dos trabalhadores. (4)

Neste sentido, a Convenção nº 81 da OIT, adotada em 1947 e ratificada pelo

Brasil em 1957, estabelece em seu artigo 10 que o número de inspetores de

trabalho deve ser o suficiente para permitir o exercício eficaz das funções de

serviço de inspeção e será fixado tendo-se em conta o número, a natureza, a

importância e a situação dos estabelecimentos sujeitos ao controle da

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inspeção, assim como o número e a diversidade das categorias de

trabalhadores ocupados nesses estabelecimentos. (9)

Em nosso país, o Ministério do Trabalho e Emprego - MTE é o órgão de âmbito

nacional competente para coordenar, orientar, controlar e supervisionar as

atividades relacionadas com a segurança e saúde no trabalho, inclusive a

fiscalização do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares, em todo o

Território Nacional. No plano estadual, essa fiscalização é executada pelas

Delegacias Regionais do Trabalho. Para desenvolver a fiscalização na área de

segurança e saúde no trabalho em todo o país, o MTE dispõe atualmente de

690 Auditores fiscais. Vale observar que esse contingente é claramente

insuficiente para inspecionar um total de mais de 4 milhões de

estabelecimentos em atividade e dar cobertura para uma população

economicamente ativa hoje em torno de 28 milhões de trabalhadores. Esses

dados revelam a existência de um auditor fiscal para cerca de 6.000

estabelecimentos, ou seja, um auditor fiscal para cada 40.000 trabalhadores

em atividade no país.

No caso do Estado da Bahia o quadro é ainda mais grave pois a Delegacia

Regional do Trabalho dispõe de apenas 20 auditores na área de segurança e

saúde no trabalho (11 médicos do trabalho e 9 engenheiros de segurança) para

inspecionar cerca de 200.000 estabelecimentos em atividade no Estado e dar

cobertura para uma população economicamente ativa hoje em torno de

1.300.000 trabalhadores. Ou seja, um auditor fiscal para cerca de 10.000

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estabelecimentos, ou, um auditor fiscal para cada 65.000 trabalhadores em

atividade. (10, 11)

Em relação ao PPRA, do ponto de vista da inspeção do trabalho, certos

procedimentos obrigatórios previstos na NR-9 podem permitir um melhor

acompanhamento do programa. Um aspecto fundamental é a obrigatoriedade

do empregador reconhecer os riscos ambientais presentes nos diversos locais

de trabalho da empresa e assumir prazos para solucionar as questões relativas

a esses riscos. Como o programa é permanente, cabe ao empregador

formalizar um cronograma anual, com estabelecimento das ações a serem

executadas e as metas a serem alcançadas neste período. Por sua vez, a

exigência da manutenção de um histórico com o registro dos dados mantido por

um período mínimo de vinte anos permite aos Auditores Fiscais do Trabalho

verificar e comprovar tecnicamente os resultados alcançados no

desenvolvimento do programa.

Quanto ao PCMSO, ao estabelecer a obrigatoriedade de um planejamento em

que estejam previstas as ações de saúde a serem executadas durante o ano,

as quais devem ser objeto de um relatório anual, a NR-7 permitiu também um

melhor acompanhamento do programa médico da empresa.

METODOLOGIA

O presente trabalho teve como objetivo principal auditar, do ponto de vista da

inspeção do trabalho, Programas de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)

e Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) elaborados

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e implementados por empresas, de diferentes ramos econômicos, com mais de

cem empregados, em atividade em Salvador, Bahia. Além disso, buscou-se

avaliar a participação dos trabalhadores e dos seus representantes no

desenvolvimento desses programas e, ao mesmo tempo, definir e aprimorar

condutas, procedimentos e instrumentos de inspeção na área de segurança e

saúde no trabalho.

Foram utilizados dados primários e secundários. Os dados primários foram

coletados pelos próprios autores, dois Auditores Fiscais (Médicos do Trabalho)

lotados na Delegacia Regional do Trabalho na Bahia, no período entre abril e

dezembro de 2002, utilizando um questionário (“checklist”) especificamente

elaborado para levantamento dos riscos ambientais presentes nos locais de

trabalho. Os dados secundários, por sua vez, foram obtidos a partir dos

documentos-base, dos históricos e dos relatórios anuais dos Programas de

Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e dos Programas de Controle Médico

de Saúde Ocupacional (PCMSO) elaborados e implementados pelas empresas

inspecionadas. Os programas foram analisados e auditados,

tomando como base a identificação e o reconhecimento dos riscos ambientais,

assim como a avaliação do cumprimento das etapas, das ações e das metas

previstas em seus documentos-base e respectivos relatórios anuais. As

análises incluíram, ainda, as estratégias e as metodologias utilizadas pelas

empresas para o desenvolvimento de seus respectivos programas.

Aspectos conceituais

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Para efeito deste trabalho, foram considerados “riscos ambientais”, os agentes

químicos, físicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em

função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição,

são capazes de causar danos à saúde do trabalhador, conforme conceituação

adotada pela NR-9, item 9.1.5, da Portaria 3214/78.

Na análise do PPRA, considerou-se “inconsistência”, a qualidade ou estado de

falta de consistência, de fundamento ou de coerência entre os dados e

informações contidas nos documentos fornecidos pela empresa e aqueles

verificados fisicamente no local de trabalho pelos Auditores Fiscais do

Trabalho. Neste sentido, foram avaliadas as seguintes etapas do PPRA:

reconhecimento dos riscos ambientais, estabelecimento de prioridades e metas

de avaliação e controle, avaliação quantitativa dos riscos e da exposição dos

trabalhadores e, implantação de medidas de controle e avaliação de sua

eficácia.

Por sua vez, na análise do PCMSO, considerou-se “inconsistência”, a qualidade

ou estado de falta de consistência, de fundamento ou de coerência entre os

riscos à saúde dos trabalhadores e os procedimentos médicos efetivamente

realizados no desenvolvimento do programa médico. Assim, foram avaliadas as

seguintes etapas: identificação dos riscos ocupacionais a que está ou será

exposto cada trabalhador da empresa, realização dos exames médicos

ocupacionais, execução e interpretação dos indicadores biológicos,

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planejamento anual das ações de saúde, registro dos dados em prontuário

clínico individual e emissão do Atestado de Saúde Ocupacional (ASO).

A amostra

Foram selecionadas um total de 30 empresas, sendo 10 empresas de cada um dos setores da indústria, comércio e serviços. A escolha foi realizada através de sorteio aleatório, com base em consulta parametrizada no SFIT – Sistema Federal de Inspeção do Trabalho. Os parâmetros utilizados foram empresas com mais de cem empregados em atividade na cidade de Salvador, durante o ano de 2002. Cumpre observar que essa amostra representa 6,5% das empresas com mais de cem empregados, em atividade na citada região, nos referidos setores. Em Salvador, durante o ano de 2.002, nos setores da indústria, comércio e serviços, estavam em atividade 465 empresas com mais de cem empregados.(12).

Empresas inspecionadas

Das 30 empresas inspecionadas, 10 (33,3%) delas pertencem ao setor Industrial, 10 (33,3%) ao setor de Serviços e 10 (33,3%) ao setor de Comércio.

Em relação ao grau de risco da atividade econômica desenvolvida, 11 (36,7%) das empresas foram classificadas como grau de risco dois, 17 (56,7%) como grau de risco três e 2 (6,7%) como grau de risco quatro, de acordo com o Quadro I da NR-4 da Portaria 3214/78.

Quanto ao número de empregados, todas as empresas selecionadas mantém

mais de 100 trabalhadores em atividade, sendo que 15 (50,0%) delas possuem

entre 100 e 200 empregados, 4 (13,3%) entre 201 e 300 empregados, 4

(13,3%) entre 301 e 400 empregados, 2 (6,7%) entre 401 e 500 empregados e

5 (16,7%) possuem mais de 500 empregados.

RESULTADOS

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INSPEÇÃO DE RISCOS I

 

 

17

PPRA: resultado das auditorias

Os Programas de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) foram analisados,

tomando como base a identificação e o reconhecimento dos riscos ambientais

existentes nos locais de trabalho, assim como a avaliação do cumprimento das

etapas, das ações e das metas previstas em seus documentos-base e

respectivos relatórios anuais. Os resultados são apresentados na Tabela 01,

tendo sido analisados os seguintes tópicos:

a. Elaboração do programa

Todas as empresas, independente do número de empregados ou do grau de risco de suas atividades, estão obrigadas a elaborar e implementar o PPRA, de acordo com a NR-9, item 9.1.1, da Portaria 3214/78. Das 30 empresas inspecionadas, 2 (6,7%) não tinham elaborado e implementado o referido programa.

b. Responsabilidade técnica

De acordo com a NR-9, item 9.3.1.1, a elaboração e implementação do PPRA

poderão ser feitas por qualquer pessoa, ou equipe de pessoas que, a critério do

empregador, sejam capazes de desenvolver o disposto na norma. Entre as 28

empresas inspecionadas que elaboraram o PPRA, em 14 (50,0%) delas o

programa tinha sido elaborado por um engenheiro de segurança do trabalho,

em 13 (46,4%) por um técnico de segurança do trabalho e em 1 (3,6%) por um

médico do trabalho. Apesar de ser considerado essencialmente um programa

Page 22: Inspeção de Riscos

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INSPEÇÃO DE RISCOS I

 

 

18

de higiene ocupacional, em nenhuma das empresas o programa tinha sido

elaborado por um profissional higienista ocupacional.

c. Avaliação anual

A norma estabelece que a empresa deve adotar mecanismos de avaliação que permitam verificar o cumprimento das etapas, das ações e das metas previstas. De acordo com a NR-9, item 9.2.1.1, uma avaliação global do PPRA deve ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, para a avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades. Entre as 28 empresas inspecionadas que elaboraram o PPRA, 24 (85,7%) não tinham efetuado pelo menos uma avaliação anual do seu programa.

d. Inconsistências identificadas

Entre as 28 empresas que elaboraram o PPRA, 26 (92,9%) delas apresentaram

algum tipo de inconsistência em seu programa. Analisando-se as empresas que

apresentaram inconsistências segundo as etapas do programa, em 12 (42,9%)

delas a inconsistência referia-se ao reconhecimento dos riscos, em 11 (39,3%)

à avaliação quantitativa, em 20 (71,4%) à implantação de medidas coletivas,

em 3 (10,7%) ao planejamento do programa e, em 20 (71,4%) a inconsistência

estava relacionada ao cronograma de execução das ações.

Estudando-se as inconsistências segundo os riscos ocupacionais, verificou-se

que em 82,1% dos casos as inconsistências relacionavam-se com os riscos

físicos, em 28,6% essa relação era com os riscos químicos e, em nenhum caso

as inconsistências estavam relacionadas com os riscos biológicos presentes

nos locais de trabalho.

Page 23: Inspeção de Riscos

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INSPEÇÃO DE RISCOS I

 

 

19

No caso das empresas que apresentaram inconsistências relacionadas com os

riscos químicos, em 7,1% delas a inconsistência referia-se ao reconhecimento

dos riscos, em 35,7% à avaliação quantitativa, em 25,0% à implantação de

medidas coletivas e, em 7,1% à implantação de medidas de proteção individual.

Entre as empresas que apresentaram inconsistências relacionadas com os

riscos físicos, em 35,7% delas a inconsistência referia-se ao reconhecimento

dos riscos, em 35,7% à avaliação quantitativa, em 60,7% à implantação de

medidas coletivas e, em 17,9% à implantação de medidas de proteção

individual.

Na análise dos resultados das auditorias de PPRA, estratificados de acordo

com as características das empresas (ramo de atividade, grau de risco e

número de empregados), não foi possível evidenciar diferenças

estatisticamente significativas.

PCMSO: resultado das auditorias

Os Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) foram

analisados, tomando como base os riscos à saúde dos trabalhadores,

especialmente os identificados no PPRA da empresa e aqueles verificados

pelos Auditores Fiscais durante a inspeção realizada no local de trabalho. Foi

avaliado o cumprimento das ações e das metas previstas no planejamento

anual, especialmente em relação à realização obrigatória dos exames médicos

Page 24: Inspeção de Riscos

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INSPEÇÃO DE RISCOS I

 

 

20

ocupacionais. Os resultados são apresentados na Tabela 02, tendo sido

analisados os seguintes tópicos:

a. Elaboração do programa

Todas as empresas, independente do número de empregados ou do grau de risco de suas atividades, estão obrigadas a elaborar e implementar o PCMSO, de acordo com a NR-7, item 7.1.1, da Portaria 3214/78. Das 30 empresas inspecionadas, 2 (6,7%) não tinham elaborado e implementado o referido programa.

b. Avaliação anual

A NR-7, em seu item 7.4.6, estabelece que o programa deverá obedecer a um planejamento em que estejam previstas as ações de saúde a serem executadas durante o ano, devendo estas ser objeto de relatório anual. Entre as 28 empresas inspecionadas que elaboraram o PCMSO, 22 (78,6%) não tinham efetuado uma avaliação anual do seu programa.

c. Inconsistências identificadas

Entre as 28 empresas que elaboraram o PCMSO, 24 (85,7%) delas

apresentaram algum tipo de inconsistência em seu programa. As

inconsistências verificadas nos programas relacionavam-se em 50,0% dos

casos com o monitoramento biológico dos riscos físicos, em 7,1% essa relação

era com os riscos químicos e em 7,1% as inconsistências estavam

relacionadas com os riscos biológicos presentes nos locais de trabalho.

No caso das empresas que apresentaram inconsistências em seu PCMSO, em

57,1% delas a inconsistência relacionava-se à realização dos exames

complementares (indicadores biológicos), em 21,4% à periodicidade dos

Page 25: Inspeção de Riscos

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21

exames médicos, em 17,9% delas à realização dos exames médicos clínicos,

em 17,9% à emissão do atestado de saúde ocupacional e em 3,6% ao registro

de dados em prontuário clínico individual.

Ao analisar as inconsistências, relacionando-as aos vários tipos de exames

médicos ocupacionais obrigatórios, verificamos que em 71,4% das empresas a

inconsistência verificada no PCMSO estava relacionada com o exame

periódico, em 3,6% com o exame admissional e, em 3,6% com o exame médico

demissional.

Na análise dos resultados das auditorias de PCMSO, estratificados de acordo

com as características das empresas (ramo de atividade, grau de risco e

número de empregados), não foi possível evidenciar diferenças

estatisticamente significativas.

O Mapa de Riscos

O Mapa de Riscos, previsto na NR-5 da Portaria 3214/78 (1), tem por objetivo

reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação

de segurança e saúde no trabalho na empresa. Elaborar o Mapa de Riscos é

atribuição dos integrantes da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

(CIPA), com a participação do maior número de trabalhadores. Na elaboração

do mapa, busca-se conhecer o processo de trabalho, identificar os riscos

existentes no local analisado e, ao mesmo tempo, possibilitar a troca e

divulgação de informações entre os trabalhadores, bem como estimular sua

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INSPEÇÃO DE RISCOS I

 

 

22

participação nas atividades de prevenção. O conhecimento e a percepção que

os trabalhadores têm do processo de trabalho e dos riscos ambientais

presentes, incluindo os dados consignados no Mapa de Riscos, deverão ser

considerados para fins de planejamento e execução do PPRA. Contudo, entre

as 30 empresas inspecionadas, 13 (43,3%) não tinham elaborado o Mapa de

Riscos. Entre as 17 empresas que elaboraram o Mapa de Riscos, em 9 (53,0%)

essa elaboração não tinha contado com qualquer participação dos

trabalhadores e em 16 (94,1%) não houve a participação de representantes de

seus sindicatos, conforme resultados apresentado na Tabela 03 .

Fiscalização estatal: a inspeção trabalhista

No presente trabalho, analisando as anotações registradas durante os anos de

1995 a 2002 nos Livros de Inspeção do Trabalho (LIT) das empresas

estudadas, constatou-se que 8 (26,7%) delas não tinham sido inspecionadas

durante o referido período, 3 (10,0%) empresas foram inspecionadas apenas 1

(uma) vez, 11 (36,7%) foram inspecionadas 2 (duas) vezes, 3 (10,0%) foram

inspecionadas 3 (três) vezes, 2 (6,7%) foram inspecionadas 4 (quatro) vezes e

3 (10,0%) foram inspecionadas 5 (cinco) ou mais vezes durante o período. Os

resultados são apresentados na Tabela 04.

Após inspecionar as 30 empresas selecionadas, auditando seus programas

PPRA e PCMSO, foram emitidos 29 Termos de Notificação (TN) para que as

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INSPEÇÃO DE RISCOS I

 

 

23

empresas regularizassem 215 itens, perfazendo uma média de 7

irregularidades por empresa.

Controle social e a participação dos trabalhadores

A experiência mundial tem demonstrado que a ação da fiscalização estatal é limitada e raramente tem sido suficiente, o que torna cada vez mais importante o controle social, isto é, a fiscalização exercida diretamente pelos próprios trabalhadores e pelos seus sindicatos. De acordo com a NR-9, itens 9.4 e 9.5, os trabalhadores interessados tem o direito de apresentar propostas e receber informações e orientações a fim de assegurar a proteção aos riscos ambientais identificados na execução do PPRA. Além disso, a norma estabelece que colaborar e participar na implantação e na execução do PPRA é uma das responsabilidades dos trabalhadores.

Os documentos-base e os relatórios anuais do PPRA e do PCMSO, por sua vez, devem ser apresentados e discutidos na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). A implantação de medidas de caráter coletivo deve ser sempre acompanhada de treinamento dos trabalhadores, quanto aos procedimentos que assegurem a sua eficiência, e de informação sobre as eventuais limitações de proteção que ofereçam. O trabalhador tem também o direito de receber cópia dos resultados dos procedimentos médicos a que foi submetido, além da segunda via do seu Atestado de Saúde Ocupacional (ASO). Convém destacar, finalmente, que ao estabelecer os parâmetros mínimos e as diretrizes gerais a serem observados na execução dos programas PPRA e PCMSO, as normas estabelecem, também, que os mesmos podem ser ampliados mediante negociação coletiva de trabalho.

No presente estudo, entre as 28 empresas que tinham elaborado o PPRA ou o

PCMSO, em nenhuma delas essa elaboração tinha contado com qualquer

participação dos trabalhadores (ou de representantes de seu sindicato), sendo

que em 25 (89,3%) os documentos-base do PPRA ou do PCMSO não foram

apresentados e discutidos na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

(CIPA). A ampliação das diretrizes gerais e dos parâmetros mínimos dos

programas PPRA e PCMSO, mediante negociação coletiva de trabalho,

Page 28: Inspeção de Riscos

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INSPEÇÃO DE RISCOS I

 

 

24

também não foi verificada entre as empresas inspecionadas. Os resultados

relacionados com a avaliação do controle social são apresentados na Tabela

05.

CONCLUSÕES

A legislação brasileira de segurança e saúde no trabalho, a partir do final de 1994, passou a adotar um novo enfoque e estabeleceu a obrigatoriedade das empresas elaborarem e implementarem dois programas: um ambiental, o PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, e outro médico, o PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. As novas normas privilegiaram o instrumental clínico-epidemiológico na abordagem da relação saúde/trabalho e introduziram a questão da valorização da participação dos trabalhadores e do controle social.

Contudo, ao inspecionar 30 empresas baianas com mais de 100 empregados,

os Autores evidenciaram que 92,9% das empresas apresentaram algum tipo de

inconsistência em seu programa ambiental (PPRA) e 85,7 % em seu programa

médico (PCMSO).

Após um período de 8 anos de vigência da legislação que introduziu os

programas PPRA e PCMSO, os Autores constataram que 26,7% das empresas

estudadas não tinham sido inspecionadas pelo menos uma vez durante o

referido período, sendo que 83,4% das empresas foram inspecionadas 3 (três)

vezes ou menos neste período de 1995 a 2002.

Em relação ao controle social, isto é, a fiscalização exercida diretamente pelos

próprios trabalhadores e pelos seus sindicatos, foi possível evidenciar que entre

as empresas que elaboraram o PPRA ou o PCMSO, em nenhuma delas essa

Page 29: Inspeção de Riscos

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INSPEÇÃO DE RISCOS I

 

 

25

elaboração tinha contado com participação dos trabalhadores ou do sindicato

profissional. A ampliação das diretrizes gerais e dos parâmetros mínimos dos

programas PPRA e PCMSO, mediante negociação coletiva de trabalho,

também não foi verificada entre as empresas inspecionadas.

Concluindo, apesar das novas normas privilegiarem o instrumental clínico-epidemiológico e valorizarem a participação dos trabalhadores e o controle social, no presente trabalho foi possível constatar a baixa qualidade técnica dos programas PPRA e PCMSO, a ação limitada e insuficiente da fiscalização estatal dos ambientes de trabalho, além do precário controle social. Os Autores apontam a evidente necessidade de ampliar a cobertura da fiscalização estatal, estimular a participação dos trabalhadores e dos seus representantes no desenvolvimento dos programas PPRA e PCMSO e, desenvolver e aprimorar condutas, procedimentos e instrumentos de inspeção na área de segurança e saúde no trabalho.

Embora o espaço para a ação do poder público seja limitado, ele não é pequeno. Além do mais, ganha aceitação nas partes mais desenvolvidas do mundo a idéia do controle social. No âmbito sindical, é forçoso reconhecer que é fundamental uma organização livre e autônoma, mas os sindicatos, por sua vez, tem que se estruturar melhor, se assessorar tecnicamente, e principalmente se organizar nos locais de trabalho. Neste sentido, vale destacar algumas propostas vem sendo implementadas ao longo dos últimos anos tais como a implantação de comissões de saúde nos locais de trabalho, inclusão de cláusulas de segurança e saúde nos acordos e convenções coletivas, criação de departamentos de segurança e saúde nos sindicatos, campanhas educativas, entre outras iniciativas.

Quanto à fiscalização estatal, é a evidente necessidade de ampliar rapidamente sua cobertura e eficácia. De início, cumpre implantar no serviço público a prática do planejamento participativo por objetivos tanto das ações como dos programas a serem implementados na área de segurança e saúde no trabalho. Em segundo lugar, cumpre providenciar treinamento adequado e atualização técnica permanente do quadro de inspetores em atividade. Impõem-se, ainda, a necessidade da imediata realização de concurso público para contratação de novos auditores fiscais.

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INSPEÇÃO DE RISCOS I

 

 

26

Finalmente, concluímos que a Inspeção de Segurança ou Inspeção de Riscos, tem por finalidade subsidiar a confecção do Mapeamento dos

Riscos Ambientais, como veremos , a seguir:

MAPA DE RISCO

O QUE É? Mapa de Risco é uma representação gráfica de um

1

Histórico O MAPEAMENTO DE RISCO no Brasil,

surgiu através da portaria nº 05 de 20/08/92, modificada pelas portarias nº 25 de 29/12/94 e portaria 08 de 23/02/99, tornando obrigatória a elaboração de MAPAS DE RISCO pelas CIPA s.

NR 05 – Item 5.16 Atribuições: a) Identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior número de trabalhadores…

1

Histórico CIPA

1921 - primeira CIPA foi formada no Brasil (LIGHT-RJ).

1945 - regulamentação da CIPA. 1964 – participação cada vez maior do

sindicato dos trabalhadores e instituto nacional de saúde.

1985 - Fundacentro MG desenvolve curso de CIPA com introdução do mapa de riscos através de modelo operário italiano de 1972.

1

DefiniçõesMapa de riscos:

Representação gráfica do mapeamento de riscos ambientais

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27

conjunto de fatores presentes nos locais de trabalho (sobre a planta baixa da empresa, podendo ser completo ou setorial),

capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores: acidentes e doenças de trabalho. Tais fatores têm origem nos diversos elementos do processo de trabalho

(materiais, equipamentos, instalações, suprimentos e espaços de trabalho) e a forma de organização do trabalho (arranjo físico, ritmo de trabalho, método de trabalho, postura

de trabalho, jornada de trabalho, turnos de trabalho, treinamento, etc.)”.

PARA QUE SERVE? Serve para a conscientização e informação dos trabalhadores

através da fácil visualização dos riscos existentes na empresa. Reunir as informações necessárias para estabelecer o

diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho na empresa.

Possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre os trabalhadores, bem como estimular sua

participação nas atividades de prevenção.

COMO SÃO ELABORADOS OS MAPAS? Conhecer o processo de trabalho no local analisado: os

trabalhadores: número, sexo, idade, treinamentos profissionais e de segurança e saúde, jornada; os instrumentos e materiais de trabalho; as atividades exercidas; o ambiente. Identificar os riscos existentes no local analisado, conforme

a classificação específica dos riscos ambientais. Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia. Medidas de proteção

coletiva; medidas de organização do trabalho; medidas de proteção individual; medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouro, refeitório, área de lazer. Identificar os indicadores de saúde, queixas mais freqüentes e comuns entre os

trabalhadores expostos aos mesmos riscos, acidentes de trabalho ocorridos, doenças profissionais diagnosticadas, causas mais freqüentes de ausência ao trabalho. Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local. Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout da empresa, indicando através de círculos:

_ O grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada. _ O número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do círculo. _ A especificação do agente (por exemplo: químico - sílica, hexano, ácido clorídrico; ou ergonômico-repetitividade, ritmo excessivo) que deve ser anotada também dentro do círculo. _ A intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser representada por tamanhos proporcionalmente diferentes de círculos.

1

Definições Mapeamento de Riscos ambientais:

O MAPEAMENTO DE RISCO é um levantamento dos locais de trabalho apontando os riscos que são sentidos e observados pelos próprios trabalhadores de acordo com a sua sensibilidade.

1

Riscos Ambientais: A norma considera como riscos

ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos , além de riscos ergonômicos e riscos de acidentes, existentes nos locais de trabalho e que venham a causar danos à saúde dos trabalhadores.

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28

_ Quando em um mesmo local houver incidência de mais de um risco de igual gravidade, utiliza-se o mesmo círculo, dividindo-o em partes, pintando-as com a cor correspondente ao risco. _ Após discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou setorial, deverá ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visível e de fácil acesso para os trabalhadores.

O AMBIENTE DE TRABALHO RISCOS AMBIENTAIS

Compreendem os seguintes riscos:

_ Agentes químicos _ Agentes físicos _ Agentes biológicos _ Agentes ergonômicos _ Riscos de acidentes decorrentes do ambiente de trabalho _ São capazes de causar danos à saúde e à integridade física do trabalhador em função de sua natureza, intensidade, suscetibilidade e tempo de exposição. TIPOS DE RISCOS AOS QUAIS O TRABALHADOR ESTÁ EXPOSTO

RISCOS FÍSICOS _ São aqueles gerados por máquinas e condições físicas características do local de trabalho, que podem causar danos à saúde do trabalhador.

RISCOS FÍSICOS - CONSEQUÊNCIAS

Ruídos: Cansaço, irritação, dores de cabeça, diminuição da audição, aumento da pressão arterial, problemas do aparelho digestivo, taquicardia e perigo de

infarto.

1

Riscos Ambientais

Riscos físicos: Ruído, Vibrações,

radiação ionizante (raio-x, alfa , gama) radiação não-ionizante (radiação do sol, radiação de solda), temperaturas extremas (frio / calor), pressões anormais e umidade.

1

Riscos Físicos

RUÍDOO ruído é definido como um som

indesejável, produto das atividades diárias da comunidade. O som representa as vibrações mecânicas da matéria através do qual ocorre o fluxo de energia na forma de ondas sonoras.

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29

Vibrações: Cansaço, irritação, dores dos membros, dores na coluna, doença do

movimento, artrite, problemas digestivos, lesões ósseas, lesões dos tecidos moles, lesões circulatórias, etc.

Frio: Fenômenos vasculares periféricos, doenças do aparelho respiratório, queimaduras pelo frio. Calor:

Taquicardia, aumento da pulsação, cansaço, irritação, choques térmicos, fadiga térmica, perturbações das funções digestivas, hipertensão. Radiações Ionizantes: Alterações celulares, câncer, fadiga, problemas visuais, acidentes de trabalho.

1

Riscos Físicos

VIBRAÇÃO É qualquer movimento

que o corpo executa em torno de um ponto fixo. Esse movimento pode ser regular, do tipo senoidal ou irregular, quando não segue um padrão determinado

1

Riscos Físicos

Temperaturas extremas

FRIOCALOR

1

Riscos FísicosRADIAÇÃO IONIZANTE

São emissões de energia em diversos níveis, desde a fixa do visível, passando pelo ultra-violeta, raio-X, raio gama e partículas alfa e beta, capazes de contato com elétrons de um átomo, retirando-as, provocando a ionização dos mesmos.

1

Saiba Mais !Radiação Ionizante: partícula ou onda eletromagnética que ao interagir com a matéria, ioniza direta ou indiretamente seus

átomos ou moléculas

1

Saiba Mais ! A ionização ocorre quando existe um desequilíbrio eletrônico dentro do

átomo. Esse desequilíbrio é originado quando o n.º de prótons (+) se torna diferente do número de elétrons (-), transformando átomos em íons. (danos fisiológicos)

1

Riscos físicosRadiação Não-Ionizante

Ao contrário da anterior, não tem poder de ionização. Apenas podem ativar todo o conjunto de átomos que recebem esta carga de energia. São classificadas pelo comprimento de onda de nanômetros a quilômetros.

Page 34: Inspeção de Riscos

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30

Radiações não Ionizantes: Queimaduras, lesões nos olhos, na pele e nos outros órgãos.

Umidade: Doenças do aparelho respiratório, quedas, doenças de pele, doenças circulatórias.

Pressões anormais:

1

Saiba Mais!Radiação Não-Ionizante

Conforme a sua freqüência podem ser apenas refletidas, absorvidas sem conseqüências, a medida que aumentam fazem contrações cardíacas, debilitação do sistema nervoso central e como efeitos agudos causam catarata ou até mesmo a morte. Fator determinante é o tempo de exposição.

1

Riscos físicos

Umidade Faixa de

conforto a que corresponde à temperatura de 22 a 26 º C e umidade relativa do ar entre 45 e 50 %.

1

Riscos físicos

Pressões Anormais Hipobárica: quando o homem está

sujeito a pressões menores que a pressão atmosférica. Estas situações ocorrem a elevadas altitudes. (coceira na pele, dores musculares, vômitos, hemorragias pelo ouvido e ruptura do tímpano)

Hiperbárica: quando o homem fica sujeito a pressões maiores

que a atmosférica. (mergulho e uso de ar comprimido).

Page 35: Inspeção de Riscos

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31

Hiperbarismos – Intoxicação por gases Hipobarismo – Mal das montanhas

RISCOS QUÍMICOS _ São aqueles representados pelas substâncias químicas que se

encontram nas formas líquida, sólida e gasosa, e quando absorvidos pelo organismo, podem produzir

reações tóxicas e danos à saúde.

RISCOS QUÍMICOS CONSEQÜÊNCIAS

Poeiras minerais Ex.: sílica, asbesto, carvão, Minerais Silicose (quartzo), asbestose (amianto) e

pneumoconiose dos minerais do carvão. Poeiras vegetais Ex.: algodão, bagaço de cana-de-açúcar Bissinose (algodão), bagaçose (cana-de-açúcar), etc. Poeiras alcalinas: Doença pulmonar obstrutiva crônica e enfisema pulmonar. Poeiras incômodas Podem interagir com outros agentes nocivos no ambiente de trabalho potencializando sua nocividade.

1

Riscos Ambientais

Riscos Químicos

Riscos químicos são: poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores , etc.

1

Riscos Químicos

Aerosóis:podem ser encontrados na forma de gases e vapores, ou na forma de partículas. As partículas quando dispersas na atmosfera possuem estabilidade de suspensão e dividem-se em: Poeiras Fumos Névoas Neblinas

1

Poeiras

Aerosóis sólidos formados por desagregação mecânica de corpos sólidos. As partículas geradas tem em geral diâmetros maiores que um mícron Poeiras minerais Poeiras de madeira Poeira em geral

1

Fumos

Aerosóis sólidos formados por condensação de vapores, geralmente metálicos. As partículas geradas tem em geral diâmetros maiores que um mícron Fumos de solda

1

Névoas

Aerosóis constituídos por partículas líquidas, independente

da natureza e do diâmetro das partículas, formadas por desagregação mecânica de corpos líquidos. Névoa de tinta

1

Neblina

Aerosóis líquidos, formados por condensação de vapores.

Page 36: Inspeção de Riscos

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32

Fumos metálicos: Doença pulmonar obstrutiva crônica, febre de fumos metálicos e intoxicação específica de acordo com o metal. Névoas, gases e vapores (substâncias compostas ou produtos químicos em geral) Irritantes: irritação das vias aéreas superiores Ex.: ácido clorídrico, ácido sulfúrico, amônia, cloro etc.

Asfixiantes: dores de cabeça, náuseas, sonolência, convulsões, coma, morte etc. Ex.:hidrogênio, nitrogênio, metano, acetileno, dióxido e monóxido de carbono etc. Anestésicas: a maioria dos solventes orgânicos tendo ação depressiva sobre o sistema nervoso, podendo causar danosos diversos órgãos e ao sistema formador do sangue. Ex.: butano, propano, benzeno, aldeídos, cetonas, tolueno, xileno, álcoois etc.

VIAS DE PENETRAÇÃO NO ORGANISMO:

Via respiratória: inalação pelas vias aéreas

Via cutânea: absorção pela pele Via digestiva: ingestão

RISCOS BIOLÓGICOS - São aqueles causados por microorganismos como bactérias, fungos, vírus e outros. São

capazes de desencadear doenças devido à contaminação e pela própria natureza do trabalho.

RISCOS BIOLÓGICOS CONSEQÜÊNCIAS

1

Vapores

São substâncias que se encontram no estado gasoso como resultado de algum tipo de alteração no seu estado normal e temperatura ambiente.

1

Gases

Não possuem formas e volumes próprios e tendem a se expandir indefinidamente. À temperatura ordinária, mesmo sujeitos à pressão fortes, não podem ser total ou parcialmente reduzidos ao estado líquido. GLP, oxigênio

1

Riscos ambientais

Riscos biológicos

Microorganismos indesejáveis: bactérias (antraz), fungos (parasitas), protozoários, bacilos (bacilo de Kock)

Page 37: Inspeção de Riscos

 

 

Vírus, bactérias e protozoários Doenças infecto-contagiosas. Ex.: hepatite, cólera, amebíase, AIDS, tétano, etc. Fungos e bacilos Infecções variadas

externas (na pele, ex.: dermatites) e internas (ex.: doenças pulmonares) Parasitas Infecções cutâneas ou sistêmicas podendo causar

contágio.

RISCOS ERGONÔMICOS

Estes riscos são contrários às técnicas de ergonomia, que exigem que os ambientes de trabalho se adaptem ao homem, proporcionando bem estar físico e psicológico. Os

riscos ergonômicos estão ligados também a fatores externos (do ambiente) e internos (do plano emocional), em síntese, quando há disfunção entre o indivíduo e seu posto de

trabalho.

RISCOS ERGONÔMICOS CONSEQÜÊNCIAS

Esforço físico Levantamento e transporte manual de pesos Exigências de posturas Cansaço, dores musculares, fraquezas,

hipertensão arterial, diabetes, úlcera, doenças nervosas, acidentes e problemas da coluna

vertebral. Ritmos excessivos Trabalho de turno e noturno Monotonia e repetitividade Jornada prolongada Controle rígido da produtividade Outras situações (conflitos, ansiedade, responsabilidade) Cansaço, dores musculares, fraquezas, alterações do sono, da libido e da vida

social, com reflexos na saúde e no comportamento, hipertensão arterial, taquicardia, cardiopatia, asma, doenças nervosas, doenças do aparelho digestivo (gastrite, úlcera, etc.), tensão, ansiedade, medo e

comportamentos estereotipados.

RISCOS MECÂNICOS OU DE ACIDENTES

- Os riscos mecânicos ou de acidentes ocorrem em função das condições físicas (do ambiente físico de trabalho) e tecnológicas impróprias, capazes de colocar em perigo a

integridade física do trabalhador.

RISCOS MECÂNICOS – CONSEQUÊNCIAS

Arranjo físico inadequado. Acidentes e desgaste físico excessivo.

1

Riscos ambientais

Riscos ergonômicos Local de trabalho

inadequado (anti-ergonômico), levantamento e transporte de pesos sem meios auxiliares corretos, postura inadequada.

1

Riscos ambientais

Riscos de acidentes Variados (falta de iluminação,

probabilidade de incêndio, explosão, piso escorregadio, armazenamento, arranjo físico e ferramenta inadequados, máquina defeituosa, mordida de cobra, aranha, escorpião).

Page 38: Inspeção de Riscos

 

 

Máquinas sem proteção. Acidentes graves. Iluminação deficiente. Fadiga, problemas visuais e acidentes de trabalho. Ligações elétricas deficientes. Curto-circuito, choques elétricos,

incêndios, queimaduras, acidentes fatais. Armazenamento inadequado. Acidentes por estocagem de materiais sem

observação das normas de segurança. Ferramentas defeituosas. Acidentes, principalmente com repercussão nos membros superiores. Equipamento de proteção individual inadequado. Acidentes e doenças profissionais. Animais peçonhentos (escorpiões, aranhas, cobras). Acidentes por animais peçonhentos. Possibilidade de incêndio ou explosão. Outras situações de risco que podem contribuir para a ocorrência de

acidentes.

1

BenefíciosPara a empresa: Facilita a administração da

prevenção de acidentes e de doenças do trabalho;

Ganho da qualidade e produtividade;Aumento de lucros diretamente;Informa os riscos aos quais o trabalhador está expostos, cumprindo assim dispositivos legais.

1

BenefíciosPara os trabalhadores Propicia o conhecimento dos

riscos que podem estar sujeitos os colaboradores;

Fornece dados importantes relativos a sua saúde;

Conscientiza quanto ao uso dos EPI s.

1

Mapeamento dos riscos ambientais

Por Que Fazer ?

Estes riscos podem prejudicar o bom andamento da seção, portanto, devem ser identificados, avaliados e controlados de

forma correta.

1

Informações ?

Os MAPAS DE RISCO contém, ainda informações como o número de trabalhadores expostos ao risco e especificação do agente.

(Ex.Local laboratório: químico - ácido clorídrico - 5 colaboradores).

1

Dificuldade ?

A maior dificuldade das empresas no mapeamento dos riscos ambientais, está na falta de capacidade, informação e subsídios técnicos para identificar, avaliar e controlar os riscos existentes dentro de seus processo produtivos.

Os MAPAS DE RISCO, devem ser refeitos a cada gestão da CIPA.

Page 39: Inspeção de Riscos

 

 

1

Representação gráfica do MAPA DE RISCOS

O mapa de riscos é representado graficamente, através de círculos de cores (conforme tabela anexa) e tamanhos proporcionalmente diferentes (riscos pequeno médio e grande), sobre o Lay-Out da empresa e deve ficar afixado em local visível a todos os trabalhadores.

1

FACILIDADE E SIMPLICIDADE

Para fazer o Lay-out. Dica: Utilizando ferramentas de desenho no Word

ou Powerpoint, inserir linhas e na opção formatar auto forma definir o tamanho.

Para inserir círculos Dica: Utilizando ferramentas de desenho (auto

formas) no Word ou Powerpoint, inserir círculos e semicírculos e na opção formatar auto forma definir o tamanho e a cor.

5 5Exemplo: Inserir figura - auto formas - círculo ou semicírculo e formatar. Inserir e centralizar uma caixa de texto para identificar o número de trabalhadores expostos ao risco e outra ao lado ou abaixo para identificar o risco.

Page 40: Inspeção de Riscos

 

 

1

CORES USADAS NO MAPA DE RISCOS

Os números dentro dos círculos indicam quantos funcionários estão expostos ao risco.

TAMANHO DOS CIRCULOS

LEGENDA:

CORES

INDICA RISCOS FÍSICOS

INDICA RISCOS QUÍMICOS

INDICA RISCOS BIOLÓGICOS

INDICA RISCOS ERGONÔMICOS

INDICA RISCOS DE ACIDENTES

INDICA RISCO PEQUENO

INDICA RISCO MÉDIO

INDICA RISCO GRANDE

Nome e logotipo da empresaMAPA DE RISCOS – CIPA Gestão 2001/2002

Nome do Setor

1

Saiba Mais !

DE ACORDO COM A LEGISLAÇÃO EMVIGOR, - portaria nº 26, de 06 de maiode 1998, A FALTA DO MAPA DE RISCO OCASIONA MULTAS PESADAS, POREXEMPLO:

Uma empresa com 01 a 250 empregados pode pagar uma multa variando de 630 a 1.241 ufir.

Uma empresa com 250 a 500 empregados pode pagar uma multa entre de 1.242 a 1.374 ufir.

Uma empresa com 501 a 1.000 empregados pode pagar uma multa entre 1.375. A 1.646 ufir

Page 41: Inspeção de Riscos

 

 

Fonte: www.areaseg.com/

www.fea.unicamp.br/adm/cipa/mapa_risco www.btu.unesp.br/cipa/mapaderisco.htm

www.cipa.unidavi.edu.br/

Page 42: Inspeção de Riscos

 

 

Tabela 01 – PPRA: Resultados das Auditorias. Porcentagem de empresas que realizaram os procedimentos recomendados.

Page 43: Inspeção de Riscos

 

 

Procedimentos

%

Elaboração do PPRA 93,3

Avaliação anual do PPRA 14,3

Inconsistências no PPRA 92,9

Inconsistências relacionadas com riscos físicos 82,1

Inconsistências relacionadas com riscos químicos 28,6

Inconsistências relacionadas com riscos biológicos 0,0

Inconsistências no planejamento das ações 10,7

Inconsistências no reconhecimentos dos riscos ambientais

42,9

Inconsistências na avaliação quantitativa dos riscos 39,3

Inconsistências na implementação de medidas coletivas 71,4

Inconsistências no cronograma de execução das ações 71,4

 

Tabela 02 – PCMSO: Resultados das Auditorias. Porcentagem de empresas que realizaram os procedimentos recomendados.

Page 44: Inspeção de Riscos

 

 

Procedimentos

%

Elaboração do PCMSO 93,3

Avaliação anual do PCMSO 21,4

Inconsistências no PCMSO 85,7

Inconsistências relacionadas com riscos físicos 50,0

Inconsistências relacionadas com riscos químicos 7,1

Inconsistências relacionadas com riscos biológicos 7,1

Inconsistências relacionadas com o prontuário clínico individual

3,6

Inconsistências relacionadas com o atestado de saúde ocupacional

17,9

Inconsistências na realização dos exames médicos clínicos

17,9

Inconsistências na periodicidade dos exames médicos ocupacionais

21,4

Inconsistências na realização dos exames médicos complementares

57,1

 

Tabela 03 – Mapa de Riscos: Resultados das Auditorias. Porcentagem de

empresas que realizaram os procedimentos recomendados. 

Page 45: Inspeção de Riscos

 

 

Procedimentos %

Elaboração do Mapa de Riscos

56,7

Participação dos trabalhadores na elaboração

47,0

Participação do sindicato dos trabalhadores na elaboração

5,9

Apresentação do Mapa na reunião da CIPA

58,8

 

Tabela 04 – PPRA /PCMSO: Fiscalização Estatal. Porcentagem de empresas inspecionadas no período de 1995-2002.

Nº de inspeções

% de empresas*

Page 46: Inspeção de Riscos

 

 

Nenhuma

26,7

01

10,0

02

36,7

03

10,0

04

6,7

05 ou mais

10,0

* Foram estudadas um total de 30 (trinta) empresas

Tabela 05 – PPRA / PCMSO: Controle Social. Porcentagem de empresas que realizaram os procedimentos recomendados.

Procedimentos

%

Participação dos trabalhadores (ou de seus

0,0

Page 47: Inspeção de Riscos

 

 

sindicatos) no desenvolvimento do PPRA ou do PCMSO

Ampliação dos parâmetros do PPRA ou do PCMSO mediante negociação coletiva de trabalho

0,0

Apresentação do PPRA ou do PCMSO na reunião da CIPA

10,7

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. MTE – MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. SSST - Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho. Legislação de Segurança e Saúde no Trabalho. Brasília, 1999.

2. OIT - ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. Conferência Internacional do Trabalho (70º reunião). Serviços de saúde dos trabalhadores. Informe IV(2). Genebra: OIT, 1985.

3. Moura, M.A. – Um olhar coletivo. Revista Proteção, 40-43, maio de 1998. 4. Miranda, C.R. – Inspeção do Trabalho, Epidemiologia e Segurança e Saúde no Trabalho.

In: A importância da Inspeção do Trabalho – Trabalhos Premiados. Brasília (DF) : Sindicato Nacional dos Agentes da Inspeção do Trabalho (SINAIT), 1999.

5. Pena, P.L.G. – Elementos teóricos e metodológicos para a elaboração do PPRA e do PCMSO. FAMED/UFBA. Salvador, julho 2000 (mimeo).

6. Saad, I.F.S.D. & Giampaoli, E. – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – NR-9 Comentada. 4º edição. ABHO: São Paulo, 1999.

Page 48: Inspeção de Riscos

 

 

7. MTE – MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. SSST - Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho. Norma Regulamentadora nº 7: nota técnica. Brasília : MTb, SSST, 1996. 34 p.

8. DAL ROSSO, S. - A Inspeção do Trabalho - Capítulo 9 do Livro “A Jornada de

Trabalho na Sociedade. O Castigo de Prometeu”. Brasília (DF) : Sindicato Nacional

dos Agentes da Inspeção do Trabalho (SINAIT), 1997. 42p.

9. OIT - ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. Convenção nº 81

sobre a Inspeção do Trabalho. Genebra : OIT, 1947.

10. SISTEMA FEDERAL DE INSPEÇÃO DO TRABALHO–SFIT. Quadro de Auditores

Fiscais do Trabalho. Brasília : Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), dezembro de

2002.

11. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICAS – IBGE. Diretoria

de Pesquisas, Divisão de Cadastro e Classificação. Cadastro Central de Empresas.

Brasília , 1999.

12. SISTEMA FEDERAL DE INSPEÇÃO DO TRABALHO – SFIT. Ministério do

Trabalho e Emprego (MTE). Consulta parametrizada de empresas: áreas da Indústria

(CNAE: 15.11-3 a 36.99-4), Comércio (CNAE: 50.10-5 a 52.79-5) e Serviços (CNAE:

55.11-5 a 93.09-2), com 100 ou mais empregados (Faixa=19 a 37), setembro de 2002.

 

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Hino do Estado do Ceará

Poesia de Thomaz LopesMúsica de Alberto NepomucenoTerra do sol, do amor, terra da luz!Soa o clarim que tua glória conta!Terra, o teu nome a fama aos céus remontaEm clarão que seduz!Nome que brilha esplêndido luzeiroNos fulvos braços de ouro do cruzeiro!

Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!Chuvas de prata rolem das estrelas...E despertando, deslumbrada, ao vê-lasRessoa a voz dos ninhos...Há de florar nas rosas e nos cravosRubros o sangue ardente dos escravos.Seja teu verbo a voz do coração,Verbo de paz e amor do Sul ao Norte!Ruja teu peito em luta contra a morte,Acordando a amplidão.Peito que deu alívio a quem sofriaE foi o sol iluminando o dia!

Tua jangada afoita enfune o pano!Vento feliz conduza a vela ousada!Que importa que no seu barco seja um nadaNa vastidão do oceano,Se à proa vão heróis e marinheirosE vão no peito corações guerreiros?

Se, nós te amamos, em aventuras e mágoas!Porque esse chão que embebe a água dos riosHá de florar em meses, nos estiosE bosques, pelas águas!Selvas e rios, serras e florestasBrotem no solo em rumorosas festas!Abra-se ao vento o teu pendão natalSobre as revoltas águas dos teus mares!E desfraldado diga aos céus e aos maresA vitória imortal!Que foi de sangue, em guerras leais e francas,E foi na paz da cor das hóstias brancas!

Hino Nacional

Ouviram do Ipiranga as margens plácidasDe um povo heróico o brado retumbante,E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,Brilhou no céu da pátria nesse instante.

Se o penhor dessa igualdadeConseguimos conquistar com braço forte,Em teu seio, ó liberdade,Desafia o nosso peito a própria morte!

Ó Pátria amada,Idolatrada,Salve! Salve!

Brasil, um sonho intenso, um raio vívidoDe amor e de esperança à terra desce,Se em teu formoso céu, risonho e límpido,A imagem do Cruzeiro resplandece.

Gigante pela própria natureza,És belo, és forte, impávido colosso,E o teu futuro espelha essa grandeza.

Terra adorada,Entre outras mil,És tu, Brasil,Ó Pátria amada!Dos filhos deste solo és mãe gentil,Pátria amada,Brasil!

Deitado eternamente em berço esplêndido,Ao som do mar e à luz do céu profundo,Fulguras, ó Brasil, florão da América,Iluminado ao sol do Novo Mundo!

Do que a terra, mais garrida,Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;"Nossos bosques têm mais vida","Nossa vida" no teu seio "mais amores."

Ó Pátria amada,Idolatrada,Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símboloO lábaro que ostentas estrelado,E diga o verde-louro dessa flâmula- "Paz no futuro e glória no passado."

Mas, se ergues da justiça a clava forte,Verás que um filho teu não foge à luta,Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada,Entre outras mil,És tu, Brasil,Ó Pátria amada!Dos filhos deste solo és mãe gentil,Pátria amada, Brasil!

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