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- Agosto de 2000 - Antonio Tadeu Lyrio de Almeida

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- Agosto de 2000 -

Antonio Tadeu Lyrio de Almeida

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS

ÍNDICE

PARTE I: FUNDAMENTOS E ESTRUTURA DASINSTALAÇÕES ELÉTRICAS

CAPÍTULO 1: CONCEITOS GERAIS E DEFINIÇÕES 2

RESUMO 21.0 - INTRODUÇÃO 22.0 – PROJETOS 23.0 - MONTAGENS 34.0 – VISTORIAS E INSPEÇÕES 35.0 - REPROJETOS 46.0 - MANUTENÇÃO 47.0 - ORÇAMENTOS 59.0 – TERMINOLOGIA USUAL 510.0 – NORMAS E REGULAMENTAÇÕES 511.0 – CATÁLOGOS TÉCNICOS 612.0 – LIVROS E INFORMATIVOS TÉCNICOS 713.0 – “SOFTWARES” PARA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 7REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 7

CAPÍTULO 2: ELEMENTOS DE UMA INSTALAÇÃO ELÉTRICA RESIDENCIAL OUCOMERCIAL 8

RESUMO 81.0 - INTRODUÇÃO 82.0 – MODALIDADES DE FORNECIMENTO 83.0 –ENTRADA INDIVIDUAL 94.0 – ENTRADA COLETIVA 105.0 – QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO (QD) 126.0 – FUSÍVEIS 137.0 – DISJUNTORES TERMOMAGNÉTICOS OU “QUICK-LAG” 138.0 – DISJUNTOR DIFERENCIAL RESIDUAL OU INTERRUPTOR DE CORRENTE DE FUGA(FI) 149.0 – CONDUTORES ELÉTRICOS 15

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10.0 – CONDUTOS 1710.1 – ELETRODUTOS 1710.2 – BANDEJAS 1810.3 - ELETROCALHAS 1910.4 - CANALETAS 1911.0 – CAIXA DE PASSAGENS E ACESSÓRIOS PARA ELETRODUTOS 1912.0 - CIGARRAS E CAMPAINHAS 2114.0 – CHAVES-BÓIA 2215.0 – CLITES OU ROLDANAS 23REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 23

CAPÍTULO 3: ILUMINAÇÃO E SEUS DISPOSITIVOS 24

RESUMO 241.0 - INTRODUÇÃO 242.0 – GRANDEZAS LUMINOTÉCNICAS 253.0 – LÂMPADAS 273.1 – LÂMPADAS INCANDESCENTES 273.2 - LÂMPADAS DE DESCARGA 283.2.2 - LÂMPADAS A VAPOR DE SÓDIO – BAIXA PRESSÃO 293.2.3 - LÂMPADAS A VAPOR DE MERCÚRIO 293.2.4 - LÂMPADA MISTA 303.2.5 - MULTIVAPOR METÁLICO 303.2.5 - LÂMPADAS A VAPOR DE SÓDIO – ALTA PRESSÃO 314.0 – ACESSÓRIOS PARA LÂMPADAS 314.1 – SOQUETES 314.2 - PLAFONIERS 314.3 - LUMINÁRIAS 315.0 – CONTROLE DA ILUMINAÇÃO 335.1 – INTERRUPTORES SIMPLES 335.2 – INTERRUPTORES PARALELOS (THREE-WAY) 335.3 – INTERRUPTORES INTERMEDIÁRIOS (FOUR-WAY) 335.4 – MINUTERIA 335.5 INTERRUPTOR HORÁRIO 345.6 – VARIADOR OU CONTROLADOR DE LUZ 345.7 – SENSOR DE PRESENÇA 345.8 – RELÉ FOTOELÉTRICO 34REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 35

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PARTE II: PROJETOS DAS INSTALAÇÕESELÉTRICAS

CAPÍTULO 4: DIRETRIZES PARA O DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS DE INSTALAÇÕESELÉTRICAS 37

RESUMO 371.0 - INTRODUÇÃO 372.0. – ITENS COMPONENTES DE UM PROJETO 373.0 – DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DE ELABORAÇÃO DE UM PROJETO 383.1 – OBTENÇÃO DE INFORMAÇÕES PRELIMINARES 383.2 – SIMBOLOGIA E CONVENÇÕES 393.3 - QUANTIFICAÇÃO DO SISTEMA 403.5 - DETERMINAÇÃO DO PADRÃO DE ATENDIMENTO: 403.4 – DIAGRAMAS EM PLANTA 403.5 – ESPECIFICAÇÃO DOS COMPONENTES DOS CIRCUITOS 413.6 - QUADROS DE CARGA E DIAGRAMAS UNIFILARES 413.7 – DESENHOS COMPLEMENTARES 413.8 - MEMORIAL DESCRITIVO 433.9 - MEMORIAL DE CÁLCULO: 433.10 - RELAÇÃO DE MATERIAIS 443.11 - ART 443.12 - ANÁLISE DA CONCESSIONÁRIA 443.13 - REVISÃO DO PROJETO (SE NECESSÁRIO) 443.14 - APROVAÇÃO DA CONCESSIONÁRIA 444.0 – ROTEIRO DE UM PROJETO ELÉTRICO 445.0 – CONSIDERAÇÕES FINAIS 46REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 46

CAPÍTULO 5: PREVISÃO DE CARGAS 47

RESUMO 471.0 - INTRODUÇÃO 472.0 – CARGAS REFERENTES À ILUMINAÇÃO 473.0 – CARGAS REFERENTES À ILUMINAÇÃO – MÉTODO DOS LÚMENS 484.0 – TOMADAS EM EDIFICAÇÕES DESTINADAS À HABITAÇÃO 484.1 – TOMADAS DE USO ESPECÍFICO 484.2 – TOMADAS DE USO GERAL 484.3 – TOMADAS EM COZINHAS, COPAS, COPAS-COZINHAS, ÁREAS DE SERVIÇO E LAVANDERIA 485.0 – TOMADAS EM ESCRITÓRIOS E LOJAS 485.1 – QUANTIDADE DE TOMADAS EM ESCRITÓRIOS COMERCIAIS OU LOCAIS ANÁLOGOS 485.2 – QUANTIDADE DE TOMADAS EM LOJAS 496.0 – AR CONDICIONADO 497.0 – OUTRAS CARGAS 498.0 – NÚMERO MÍNIMO DE TOMADAS CONFORME A CONCESSIONÁRIA 499.0 – TOMADAS DUPLAS E TRIPLAS 4910.0 – QUADRO DE PREVISÃO DE CARGAS 49

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11.0 – EXEMPLO DE PREVISÃO DE CARGAS - HABITAÇÕES 5011.1 – CARGAS DE ILUMINAÇÃO 5011.2 – TOMADAS DE USO GERAL 5011.3 – TOMADAS DE USO ESPECÍFICO 5011.4 – QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE CARGAS 5012.0 – EXEMPLO DE PREVISÃO DE TOMADAS EM ESCRITÓRIOS 51REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 51

CAPÍTULO 6: DISTRIBUIÇÃO DE CIRCUITOS E QUADRO DE CARGAS 52

RESUMO 521.0 - INTRODUÇÃO 522.0 – CIRCUITOS INTERNOS OU TERMINAIS 523.0 – CRITÉRIOS PARA A DIVISÃO DE CIRCUITOS 534.0 – QUADRO DE CARGAS 53REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 53

CAPÍTULO 7: SIMBOLOGIA E DIAGRAMAS ELÉTRICOS 54

RESUMO 541.0 - INTRODUÇÃO 542.0 – COTAS PARA A INSTALAÇÃO DE TOMADAS, INTERRUPTORES E QUADROS 543.0 - SIMBOLOGIA 544.0 - COMANDO DE LAMPADAS 565.0 - TOMADAS 586.0 – EXEMPLO DE DIAGRAMA 59NOTA IMPORTANTE 59

CAPÍTULO 8: ROTEIRO PARA EXECUTAR A DISTRIBUIÇÃO ELÉTRICA EM PLANTA 60

RESUMO 601.0 - INTRODUÇÃO 602.0 – EXEMPLO 60

CAPÍTULO 9: ESPECIFICAÇÃO DA CABLAGEM, PROTEÇÃO E ELETRODUTOS DOSCIRCUITOS INTERNOS 66

RESUMO 661.0 - INTRODUÇÃO 662.0 – DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES 662.1 – BITOLAS MÍNIMAS 662.2 – DETERMINAÇÃO DAS BITOLAS 662.3 – BITOLAS DOS CONDUTORES DO NEUTRO E TERRA 673.0 – DIMENSIONAMENTO DOS ELETRODUTOS 674.0 – DIMENSIONAMENTO DA PROTEÇÃO 68REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 68

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CAPÍTULO 10: CÁLCULO DE DEMANDAS (CEMIG) 69

RESUMO 691.0 - INTRODUÇÃO 692.0 – TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES 693.0 – ENTRADAS INDIVIDUAIS 694.0 – EXEMPLO DE CÁLCULO DE DEMANDA – CONSUMIDORES INDIVIDUAIS 715.0 – ENTRADAS COLETIVAS 746.0 – EXEMPLO DE CÁLCULO DE DEMANDA – ENTRADAS COLETIVAS 766.1 – DEMANDA DO CONDOMÍNIO 766.2 – DEMANDA DAS LOJAS 776.3 – DEMANDA DO APARTAMENTO DE 120 M2 776.4 – DEMANDA DO APARTAMENTO DE 240 M2 776.5 – DEMANDA TOTAL DOS APARTAMENTOS 786.6 – DEMANDA TOTAL DO EDIFÍCIO 78REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 78

CAPÍTULO 11: CATEGORIA DE ATENDIMENTO E ENTRADA DE SERVIÇO (CEMIG) 79

RESUMO 791.0 - INTRODUÇÃO 792..0 - TENSÕES DE FORNECIMENTO 793.0 - LIMITES DE FORNECIMENTO DE ENERGIA PARA CONSUMIDORES INDIVIDUAIS 794.0 - CRITÉRIOS DE ATENDIMENTO DAS EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO 804.1 - EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO COM DEMANDA IGUAL OU INFERIOR A 95 KVA 804.2 - EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO COM DEMANDA ENTRE 95 E 245 KVA 804.3 - EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO COM DEMANDA ENTRE 245 E 1.500 KVA 804.4 - EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO COM DEMANDA SUPERIOR A 1500 KVA 804.5 - EDIFICAÇÕES COM UNIDADE(S) CONSUMIDORA(S) COM CARGA INSTALADA SUPERIOR A 75 KW 804.6 - EDIFICAÇÕES AGRUPADAS (AGRUPAMENTOS) 805.0 - TIPOS DE FORNECIMENTO 805.1 - TIPO A:. FORNECIMENTO DE ENERGIA A 2 FIOS (FASE-NEUTRO) 805.2 - TIPO B: FORNECIMENTO DE ENERGIA A 3 FIOS (2 CONDUTORES FASES-NEUTRO) 805.3 - TIPO C: FORNECIMENTO DE ENERGIA A 3 FIOS (2 CONDUTORES FASES-NEUTRO) 805.4 - TIPO D: FORNECIMENTO DE ENERGIA A 4 FIOS (3 CONDUTORES FASES-NEUTRO) 815.5 - TIPO E: FORNECIMENTO DE ENERGIA A 3 FIOS (2 CONDUTORES FASES-NEUTRO) 815.6 - TIPO F: FORNECIMENTO DE ENERGIA A 4 FIOS (3 FASES-NEUTRO) 815.7 - TIPO H: FORNECIMENTO DE ENERGIA A 3 FIOS (2 CONDUTORES FASES - NEUTRO) 815.8 - TIPO I: FORNECIMENTO DE ENERGIA A 4 FIOS (3 CONDUTORES FASES - NEUTRO) 815.9 - TIPO J: FORNECIMENTO DE ENERGIA A 4 FIOS (3 CONDUTORES FASES - NEUTRO) 816.0 - FAIXAS DE DIMENSIONAMENTO UNITÁRIO 827.0 - DIMENSIONAMENTO DA ENTRADA DE SERVIÇO COLETIVA 828.0 – EXEMPLOS DE DIMENSIONAMENTO - CONSUMIDORES INDIVIDUAIS 829.0 – EXEMPLOS DE DIMENSIONAMENTO - EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO 82REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 82

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PARTE I:

FUNDAMENTOS E ESTRUTURA DASINSTALAÇÕES ELÉTRICAS

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Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 1: Conceitos Gerais e Definições - 2

CAPÍTULO 1: CONCEITOS GERAIS E DEFINIÇÕES

"Não importa a cor do gato. O que importa é que ele cace ratos"

Deng Xiiaoping

RESUMO

O objetivo deste texto é o de apresentar os váriosaspectos relacionados com o desenvolvimento de umprojetos, montagens, vistorias/inspeções e manutençãode instalações elétricas residenciais ou comerciais. Alémdisto, são fornecidos e analisados diversos termos dojargão técnico empregados no setor.

1.0 - INTRODUÇÃO

As atividades técnicas básicas relativas a umainstalação elétrica são:

Projetos; Montagens; Vistorias e inspeções; Reprojetos; e, Manutenção.

O engenheiro, em geral, é o responsável finalpor tais atividades em uma empresa ou trabalhando comoautônomo. Desta forma, existe uma dimensão ética emoral envolvida, às quais são contempladas pelo Códigode Ética Profissional estabelecido pelo Conselho Federalde Engenharia e Arquitetura (CONFEA) e pelosConselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura(CREA’s).

Alguns aspectos importantes estão envolvidosnesta questão, destacando-se que o profissional deve:

a) procurar executar totalmente sua atividade,buscando completo êxito para as suas soluções;

b) inovar constantemente, procurando aplicar novase melhores técnicas;

c) aperfeiçoa-se e atualizar-se continuamente;d) possuir responsabilidade profissional, mantendo

confidenciais, se assim exigido pelo empregadorou cliente, as idéias, processos, técnicas ouconhecimentos;

e) orientar, transmitir conhecimentos e assegurar asmelhores condições de trabalho e segurança aosseus subordinados.

Observa-se que as atividades profissionais deve serregistrada no CREA, através de um documento própriodenominado Anotação de Responsabilidade Técnica(ART). O CREA, então, verifica se há, realmente, ahabilitação necessária para a especialidade exercida e, em

caso positivo, fará a respectiva anotação que passará aconstar do Acervo Técnico do profissional.

Com a ART, o profissional será, na forma dalegislação em vigor, o responsável total pela atividadedesenvolvida.

É importante esclarecer que o CREA é um órgãode defesa da sociedade contra os maus profissionais. Adefesa de interesses de engenheiros deve se realizada porAssociações e Sindicatos.

Em cada estado em que o profissional atuar,diferente daquele onde se formou, deve procurar o CREAcorrespondente para o visto em sua Carteira de RegistroProfissional para poder exercer normalmente suasatividade.

2.0 – PROJETOS

Projetar uma instalação elétrica para qualquertipo de prédio ou local, consiste basicamente emescolher, dimensionar e localizar de maneira adequada osequipamentos e outros componentes necessários,proporcionando a transferência de energia elétrica desdeuma fonte até os pontos de utilização. Acrescente-se que,em termos mais modernos, tal transferência deve serrealizada com as menores perdas possíveis.

Durante a fase de concepção do projeto de umainstalação elétrica, cabe ao projetista o trabalho criativo,onde deverá imaginar como serão os seus usuários, quaisos seus comportamentos e que tipo e particularidadesque comporão o ambiente com o qual conviverão.

A seguir, o projetista entra na fase técnica, ondeele avalia quais são as melhores opções paraimplementar a instalação com as característicasimaginadas no processo de concepção. Nesta etapa, énecessário adotar-se soluções de compromisso entre osvários fatores envolvidos, pois, nem sempre, eles sãocompatíveis entre si. São exemplos, a segurança, aeconomia, a flexibilidade, a confiabilidade e, também, ouso racional da energia elétrica.

A preocupação com este último aspecto,incluindo as sempre presentes elevações tarifárias e aadequação às novas normalizações, implica em umaprocura contínua de metodologias. É preciso conhecer,diagnosticar a realidade energética, para então estabeleceras prioridades, implantar os projetos de melhoria e deredução de perdas, e acompanhar seus resultados, em umprocesso contínuo. Esta abordagem é válida parainstalações novas como premissa básica ou, nasexistentes, em caráter corretivo.

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Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 1: Conceitos Gerais e Definições - 3

Quanto à competência profissional, o CREA-MG, seguido pela maioria do outros CREA’s, estabeleceque o engenheiro eletricista pode ser responsável pelaelaboração e execução de qualquer projeto de instalaçõeselétricas, sem restrições quanto à carga, tensão oucondição de trabalho.

Entretanto, inexplicavelmente, projetos em baixatensão para fins residenciais, com carga total instaladanão superior a 50 kW, desde que a força motriz, jáincluída neste limite, não ultrapasse 10 c.v. podem serexecutados por engenheiros civis e arquitetos quepossuam as atribuições dos artigos 28 e 30 do DecretoFederal n0 23.569/33 de 11/12/1933.

Ainda mais incrível, é que, de acordo com a lein0 5.524 de 06/01/1968 e Decreto n0 90.922, de06/02/1985, os técnicos industriais de nível médio podemse responsabilizar pela elaboração e execução de projetos.Ainda, conforme o citado decreto, os técnicos emeletrotécnica poderão, não só projetar, mas tambémdirigir instalações com demanda de energia até 800 kVA,bem como exercer a atividade de desenhista de suaespecialidade.

3.0 - MONTAGENS

Em montagens, o engenheiro, normalmente, é oresponsável pela sua administração, a qual engloba asseguintes atividades básicas:

a) assegurar que a montagem da instalação elétricaseja realizado em conformidade com o projetoelaborado;

b) orientar o supervisor da obra, normalmentedenominado por encarregado, e seus ajudantesna execução da montagem dos circuitos eequipamentos em geral;

c) elaborar um cronograma de atividades efiscalização de seu cumprimento;

d) coordenar, ao final da obra, o seucomissionamento;

O comissionamento, conforme [1], tem comoobjetivos principais:

a) fazer verificações e executar os ensaios quedemonstrem estar sendo ligados ao sistema, paraoperação comercial, equipamentos e instalaçõesem condições de manter o nível deconfiabilidade, continuidade e segurançaexigidos de acordo com o projeto efuncionamento dentro das especificações egarantias contratuais;

b) levantar características, aferir e ajustar todos oscomponentes dos diversos circuitos de controle,proteção, medição, supervisão, etc.;

c) registrar valores iniciais dos parâmetrosdeterminantes de cada equipamento,

indispensáveis ao estabelecimento de um sistemaconfiável de manutenção e controle;

d) verificar a fidelidade dos desenhos finais efornecer subsídios para elaboração dos desenhos"como construído" ("As Built");

e) garantir a segurança do pessoal e dosequipamentos;

f) estabelecer os limites operativos confiáveis paraos diversos equipamentos;

g) completar o treinamento específico da equipetécnica responsável pela operação e manutençãoda instalação;

h) garantir a segurança da energização inicial;i) assegurar o fornecimento das peças reservas,

acessórios e ferramentas especiais previstas emcontrato;

j) orientar os órgãos das áreas financeiras quanto aositens a serem capitalizados/patrimoniados; e,

l) transferir para os órgãos responsáveis aresponsabilidade pela guarda, operação emanutenção da instalação.

4.0 – VISTORIAS E INSPEÇÕES

As vistorias visam avaliar as condiçõesoperacionais e de segurança, bem como a durabilidadeem instalações elétricas existentes ou para a sua ligaçãoinicial com a rede pública.

Elas são realizadas, muitas vezes, comoexigência das concessionárias, corpo de bombeiros ou doMinistério do Trabalho.

Nestes casos, deve-se elaborar e emitir umLaudo Técnico, o qual descreve as condições encontradase sugere alterações, se necessário.

Tal documento é de grande importância, pois,em geral, haverá o recolhimento de uma ART específicajunto ao CREA correspondente e, desta forma, oengenheiro é o responsável pelas informações nelecontidas.

As atividades de inspeção, por outro lado,normalmente possuem a finalidade de verificar se umproduto ou serviço atende às especificações, dispositivoscontratuais, desenhos e normas tanto do cliente quantodos órgãos e entidades regulamentadoras.

Pelas suas características e grau de importânciadestas atividades, o inspetor deve possuir uma formaçãocompatível para se assegurar um alto padrão dequalidade, especialmente em obras. Nestas condições,muitas vezes, ele é denominado de Engenheiro daQualidade

É importante estabelecer-se roteiros deinspeção, que são documentos utilizados durante ainspeção, possibilitando ao inspetor atuar de formasistemática, devido a conterem o conjunto de itens oucaracterísticas a serem inspecionados e os critérios deaceitação.

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Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 1: Conceitos Gerais e Definições - 4

5.0 - REPROJETOS

Para que sejam adotadas quaisquer atitudes nosentido de se reformar uma instalação existente é precisoreprojetá-la de forma a obter a sua melhoria emodernização, adequando-a aos requisitos mínimosexigidos de segurança, de economia, de flexibilidade, deconfiabilidade e de uso racional da energia elétrica.estabelecendo as prioridades.

Tal processo envolve várias etapas, as quaisexigem um maior ou menor grau de complexidade,sendo as básicas:

a) Estudo dos processos e/ou atividades: é opasso inicial para familiarizar o projetistacom as atividades do consumidor eequipamentos empregados. O nível dedetalhe nesta etapa são dependentes dessesfatores;

b) Levantamento do perfil de consumo deenergia na instalação: avaliação da melhoropção tarifária, incluindo eventuais contratos dedemanda, e do fator de potência. Neste ponto,deve-se cercar-se de cuidados especiais, poisenganos podem levar a custos brutais na contade energia. Para uma análise mais cuidadosa,devem ser empregados o histórico energético dainstalação e determinar-se seu comportamentotípico (curva de carga típica);

c) Análise de equipamentos e setores deconsumo: avaliação dos equipamentos e seucomportamento visando uma maior eficiênciaem seu aproveitamento. Os principaisequipamentos são os fornos e motores elétricos,os transformadores e o sistema de iluminação.Outros fatores a se considerar seriam ocomportamento de compressores e de sistemasde refrigeração que podem influir diretamente nocomportamento dos motores; entretanto, talatividade é de competência do engenheiromecânico;

d) Levantamento do circuito de distribuição:verifica-se os cabos e proteções estão corretos ,se as cargas estão distribuídas uniformementeentre as fases e se as emendas, conexões eeventuais reparos foram executados de formasegura. Avalia-se, principalmente, a adequaçãoda instalação como um todo em relação àsnormas e à segurança.

Estes levantamentos apresentam algumasdificuldades, pois são fatos muito comuns:

a) O proprietário das instalações não possuir asplantas e diagramas elétricos, muito menos, osmemoriais descritivo e de cálculos. Às vezes,nem ao menos as plantas arquitetônicas estãodisponíveis;

b) Mesmo que se tenha acesso aos documentoscitados, é bastante provável que hajam ocorridomodificações no projeto inicial ao longo dotempo, sem a devida atualização. Na realidade,este é uma prática muito corriqueira;c) Os vários equipamentos e dispositivoselétricos encontrarem-se mal dimensionados.Neste caso, inclui-se a proteção elétrica ecablagem inadequada, motores super ou subdimensionados e circuitos mal distribuídos;d) A execução de reparos e derivações semtécnica adequada. São exemplos, emendas semisolação, derivação sem proteção e cablagemexposta.

Sendo assim, é absolutamente imprescindívelvistoriar a instalação, ou seja, executar um levantamentode campo, para avaliar o estado em que ela se encontra,conhecendo-se e diagnosticando a sua realidadeenergética, para, então, adotar as atitudes necessáriaspara reprojetá-la.

6.0 - MANUTENÇÃO

A divisão clássica das atividades de manutençãoé aquela onde se tem a corretiva, a preventiva, a preditivae a sistemática.

A manutenção corretiva é a forma mais primáriade manutenção e é a realizada após a ocorrência de umdefeito qualquer, a qual, em geral, tornam indisponível oequipamento. Naturalmente, isto implica emdesligamentos fora de previsão, em momentos poucoadequados e levando, por vezes, a prejuízosconsideráveis.

Por outro lado, a manutenção preventiva é oconjunto de atividades desenvolvidas visando evitar aocorrência de condições insatisfatórias, ou, se ocorrerem,evitar que se tornem cumulativas, resultando em reduçãoda necessidade de se adotarem ações corretivas.

Um plano de manutenção preventiva deve conterum conjunto de medições tecnicamente adequadas, asquais devem ser selecionadas entre uma grande variedadede alternativas, sendo necessário que se associeconfiabilidade e custo com um programa de atividadescompatíveis. Medições sofisticadas nem semprepropiciam resultados mais efetivos que os obtidos comtestes rotineiros, porém, seus custos, tempo despendido epesquisa para implementação são sempre maiores. Nestecaso, a relação custo/benefício poderá ser muito alta.Inclusive, tais medições não devem ser tão complexasque os resultados sejam de difícil análise e compreensão.Naturalmente, as medidas preventivas são endereçadaspara as causas mais comuns de faltas dos motores de umacerta instalação

Neste contexto, torna-se importante oconhecimento de estatísticas de falhas/defeitos e, emespecial, suas causas. Para cada uma destas condições, asatividades selecionadas podem ser divididas em três tiposa saber:

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________________________________________________________________________________ Capítulo 1: Conceitos Gerais e Definições - 5

a) Monitoramento contínuo;b) Medições periódicas;c) Técnicas preditivas.

Os resultados obtidos com estas atividades, casosejam determinadas condições insatisfatórias, devem sercuidadosamente analisados para verificar em qualinstante a manutenção corretiva deve ser aplicada.

Como visto, a manutenção preditiva pode serencarada como uma sub-área da preventiva, no entantoapresenta algumas características específicas, a saber:

a) Não é necessário haver o desligamento doequipamento para a sua aplicação;

b) Não há o dano do equipamento, como no caso dacorretiva; e,

c) Não se baseia em informações sobre adurabilidade de um certo componente.

A manutenção sistemática é aquela que secaracteriza pela substituição de componentes dosequipamentos ou de todo ele.

7.0 - ORÇAMENTOS

A elaboração de orçamentos é, talvez, aatividade de maior importância entre todas, pois é elaque definirá os custos e preços a serem praticados.

Uma série de fatores contribuem para o valorestimado total, quando da elaboração de um serviçoqualquer, além dos honorários dos profissionais neleenvolvidos. São eles o preço do material, custo da mãode obra, incluindo despesas correspondentes às leissociais e encargos trabalhistas, fundo de reserva paraeventuais variações dos valores anteriores, taxas eimpostos municipais e estaduais, despesas financeiras,transporte de operários e de material, despesas com opróprio serviço em função de atualizações necessárias,despesas indiretas com despachantes, contadores,advogados e outros.

A composição final do orçamento será asomatória de todos estes valores, adicionando-se aopreço orçado uma taxa percentual variável de acordocom o volume de serviço, a concorrência existente e aointeresse de se realizar a obra.

O orçamento estabelecerá, portanto, os limitesdo empreendimento e das atividades. Deve serextremamente bem elaborado evitando prejuízos.

9.0 – TERMINOLOGIA USUAL

Apresenta-se a seguir, vários termos empregadosno jargão técnico da área de instalações. Outros mais,serão citados em outros capítulos.

a) A característica nominal é um conjunto devalores nominais atribuídos às grandezas quedefinem o funcionamento de um motor, emcondições especificadas por norma, e queservem de base às garantias do fabricante e aosensaios;

b) O termo "falha" se refere a umaindisponibilidade momentânea, enquanto, o"defeito" é a situação na qual há o dano doequipamento ou um de seus componentes;

c) “Sangrar” o circuito significa executar umaderivação no mesmo;

d) Efetuar um “gato” corresponde à derivar ocircuito, antes dos medidores de energia elétrica,evitando-se, assim, pagar pelo seu uso;

e) “Gata” é a denominação dada à pequenas emédias empreiteiras;

f) “Gambiarra” é executar uma instalação elétricamalfeita, com extensões e adaptações, gerandoemaranhados de fios, não seguindo quaisquercritérios de segurança, qualidade e normas;

g) Um “bico de luz” corresponde à um ponto deiluminação, como uma lâmpada;

h) A palavra “isolação” possui um sentidoqualitativo como, por exemplo, "a isolação deum cabo é de PVC". “Isolamento”, por outrolado, tem um sentido quantitativo como em"isolamento para 15 KV".

10.0 – NORMAS E REGULAMENTAÇÕES

É importante que o engenheiro de instalaçõestenha à mão as normas e regulamentações para executaros seus serviços, principalmente a:

“NBR-5410 - Instalações Elétricas”. daAssociação Brasileira de Normas Técnicas -ABNT, 1988;

"NBR 5419 - Proteção de Estruturas ContraDescargas Atmosféricas" da AssociaçãoBrasileira de Normas Técnicas - ABNT, 1990;

“NR 10 - Instalações e Serviços emEletricidade”, norma regulamentadora contidana Portaria n0 3214 de 8/7/78 do Ministério doTrabalho.

É interessante o conhecimento de outras normasregulamentadoras, as quais podem ser facilmente obtidaspela Internet no site do Ministério do Trabalho noendereço http://www.mtb.gov.br/sit/nrs/nrs_idx.htm

Em geral, cada concessionária específica possuiseu próprio elenco de normas e procedimentos. Note-seque o não atendimento dos preceitos nelas contidos,apesar de eventualmente corretos tecnicamente, implicana reprovação ou aprovação com restrições de projetos,bem como, da não energização da instalação.

Para as concessionárias do Estado de São Paulo,tem-se, por exemplo:

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Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 1: Conceitos Gerais e Definições - 6

"Norma Técnica Unificada NTU.01 -Fornecimento de Energia Elétrica em TensãoSecundária a Edificações Individuais", válidaspara a CESP (atual Elektro), CPFL eELETROPAULO até os seus desmembramentose privatizações;

“Fornecimento de Energia Elétrica em TensãoSecundária – Livro de Instruções Gerais(LIG)”, aplicável à entradas coletivas nas áreasde concessão da antiga ELETROPAULO (atuaisMetropolitana e Bandeirante).No Estado de Minas Gerais, por outro lado, nas

áreas de concessão da CEMIG tem-se a:

“ND-5.1 – Fornecimento em TensãoSecundária, Rede de Distribuição Aérea,Edificações Individuais”; e, a

“ND-5.2 – Fornecimento em TensãoSecundária, Rede de Distribuição Aérea,Edificações Coletivas”.

No caso do Estado do Paraná, , nas áreas deconcessão da COPEL tem-se:

“NTC9-01100 – Fornecimento em TensãoSecundária de Distribuição ”, aplicável àsedificações individuais; e, a

“NTC9-01110 – Atendimento a Edifícios de UsoColetivos”.

Se for realizado projetos telefônicos, a normabásica é a “Norma 224-315-01/02 – TubulaçõesTelefônicas em Edifícios” da Telebrás. Com aprivatização do setor de telecomunicações, é convenienteconsultar a concessionária local. A Telemig, porexemplo, possui um “Manual de Rede TelefônicaInterna, volume 1 e 2”.

Além destas normas, o profissional deveráseguir as normas técnicas e regulamentações nacionais,estaduais e municipais, as quais se apliquem a itensespecíficos do serviço. Em especial, principalmente noEstado de São Paulo, deve inteirar-se das normas eregulamentações do Corpo de Bombeiros relativas àsegurança (iluminação de emergência, por exemplo) ecombate à incêndios (acionamento de bombas parahidrantes, por exemplo).

11.0 – CATÁLOGOS TÉCNICOS

Para a especificação de cabos e demaiscomponentes da instalação é muito importante que oprojetista possua um grande acervo de catálogosatualizados. Na atualidade os fabricantes de maior portee importância fornecem os chamados “catálogoseletrônicos”, ou seja, catálogos em CD para sereminstalados em microcomputador.

A titulo de ilustração, a tabela 1 apresentaalguns dos principais componentes e fabricantes.

PRODUTO FABRICANTE

Abraçadeiras Hellermann

Acessórios pára-raios Paraklin

Alarmes audiovisuais Cutler Hammer, Schneider

Bases para fusíveis Nh e Diazed Tee, Siemens

Botões de comando Ace, Cutler Hammer,Schneider, Siemens

Caixas de passagem chapa Cemar, Brum

Canaletas plásticas Hellermann, Acel

Chaves seccionadoras Siemens, Tee

Chaves fim de curso Ace, Siemens, Schneider

Chaves reversoras Lombard, Mar-girius

Chaves trifásicas Lombard, Mar-girius

Chaves blindadas Mar-girius

Comutadores Cutler Hammer, Schneider,Ace

Conduletes Wetzel, Fundial

Conectores nylon, baquelite Sindal, Steck

Conectores Conexel

Contatores e relés Siemens, Schneider, Weg,Klockner Moeller

Disjuntores Schneider, Soprano,Siemens, Klockner Moeller

Fios e cabos Pirelli, Ficap, Walandar,Ipce

Fita isolante, terminações 3M

Fixadores cunha, eletrocalha,perfilados

Sisa, Dispan

Fusíveis Nh/Diazed Siemens, Tee

Eletroduto flexível e acessórios Indel, Sptf

Eletrodutos galvanizados a fogo Apolo, Elecon

Eletrodutos zincados, curvas,luvas

Elecon, Apolo

Eletroduto PVC, curvas, luvas Tigre, Plascon

Hastes, conectores, terminais Intelli

Interruptores Alumbra, Pial

Inversores de freqüência Weg, ABB, TelemecaniqueSiemens

Lâmpadas Philips, Osram, Sylvania

Luminárias Guarilux, Star, Philips

Marcadores Hellermann

Plugues Pial, Alumbra, Steck,Albany, Primelétrica

Prensa cabo Wetzel, Tramontina, Steck

Projetores Jmv, Philips, Repume

Quadros, painéis Elsol, Cemar, Star, Brum

Reatores Keiko, Philips

Sinaleiros Cutler Hammer, Schneider,Ace, Siemens

Sistema X Pial, Alumbra

Soquetes, porta lâmpadas Lorenzetti

Tomadas Alumbra, Pial, Steck,Albany, Primelétrica

Tabela 1 – Principais produtos e fabricantes.

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS

Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 1: Conceitos Gerais e Definições - 7

12.0 – LIVROS E INFORMATIVOS TÉCNICOS

Para o desenvolvimento das atividadesrelacionadas com instalações elétricas, existem várioslivros de bom nível disponíveis em língua portuguesa.

Pode-se destacar os seguintes:

Cavalin, G.; Cervelin, S. – “Instalações ElétricasPrediais”. Ed. Érica Ltda., 1998,

Cesp/Pirelli – “Instalações ElétricasResidenciais” . São Paulo, 1996;

Cotrim A. A. M. B. - “Instalações Elétricas”.Mac-Graw Hill, 1982;

Cotrim A. A. M. B.. - “Manual de InstalaçõesElétricas - Pirelli Cabos de Alta Tecnologia”.Mac-Graw Hill, 1985;

Creder, H. – “Manual do Instalador Eletricista”.Livros Técnicos e Científicos Editora, 1995;

Creder, H. - “Instalações Elétricas”. LivrosTécnicos e Científicos Editora, 1995;

Leite, D.M.; Leite, C.M. – “Proteção ContraDescargas Atmosféricas”. MM Editora, 1993;

Lima Filho, D.L. – “Projetos de InstalaçõesElétricas Prediais”. Ed. Érica Ltda., 1998,

Mamede Filho, J. – “Instalações ElétricasIndustriais”. Livros Técnicos e CientíficosEditora, 1993;

MacPartland, J.F. – “Como Projetar SistemasElétricos”. Mac-Graw Hill, 1978;

Negrisoli, M. E. M. - “Instalações Elétricas -Projetos Prediais em Baixa Tensão.”. EdgardBlücher Ltda., 1983;

Niskier, J., MacIntyre, A. J. - “InstalaçõesElétricas”. Guanabara Dois, 1985;

Schmidt, V. – “Equipamento Elétrico Industrial”.Editora Mestre Jou.

13.0 – “SOFTWARES” PARA INSTALAÇÕESELÉTRICAS

Existem vários “softwares” em línguaportuguesa dedicados às instalações elétricas, algunsoperando em conjunto com o AutoCad R14 ou AutoCad2000, da Autodesk.

Alguns deles são:

Produzidos pela Proeng Engenharia deUberlândia/MG:

a) VisualElectric para instalações prediais ecomerciais;

b) Pára-raios 3D para proteção contradescargas atmosféricas;

c) Autolux para projetos de iluminação deexteriores;

d) Power Quality para a análise da qualidadede energia.

Produzido pela Pointer Cad de Florianópolis/SC([email protected]):a) Lumen para instalações prediais e

comerciais.

Produzido pela SKA Automação Industrial Ltda.,de São Leopoldo/RS:a) QC Pro 2.1 para instalações industriais

(quadros de comando) que não necessita doAutoCad R14;

b) Quadro de Comando 4.2, o qual possui asmesmas finalidades do anterior, porémemprega o AutoCad R14.

Produzidos pela Officina de Mydia Editora deSão Paulo/SP:a) Atmos Pro Win 4.0 para proteção contra

descargas atmosféricas;b) Tecat-IV Pro 2.0 Win para cálculo de

malhas de terra e estratificação daresistividade do solo

Produzido pela FACH - Engenharia e SistemasS/C Ltda. de São Paulo/SP:a) Thor para proteção contra descargasatmosféricas;

Produzido pela InterAct S/C Ltda. de SãoPaulo/SP:a) Análise de Conda de Eletricidade para

Windows;

Produzido pela Enerenge Engenharia eInformática Ltda. de São Paulo/SP:a) Ajuste Fácil para cálculo e correção do

fator de potência;

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] Batitucci, M.D. "Comissionamento A PrimeiraAtividade de Manutenção". Manutenção, n- 28, jan. / fev.91 p.p. 31-38.

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Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 8

CAPÍTULO 2: ELEMENTOS DE UMA INSTALAÇÃOELÉTRICA RESIDENCIAL OU COMERCIAL

“Não se pode esquecer que para dar um grande salto para a frente, é semprenecessário dar uma corridinha para trás”

Pacco Rabanne

RESUMO

Este capítulo apresenta os elementos maiscomuns, os quais compõem uma instalação elétricaresidencial ou comercial. Considera-se apenas ofornecimento de energia em tensão secundária.

1.0 - INTRODUÇÃO

O fornecimento de energia elétrica pararesidências (casas), prédios residenciais e comerciais,bem como de instalações industriais de pequeno porte, éefetuado através de uma rede de distribuição pública debaixa tensão, por intermédio de um ramal de serviçopertencente à concessionária local.

Este é o ponto de entrega, a partir do qualalimenta-se a unidade consumidora.

Nesta, tem-se um sistema de entrada para aenergia elétrica, composto de equipamentos, condutorese acessórios. Entre eles, naturalmente, deve havermedidores para o consumo de energia e proteção paraeste circuito.

A partir dos medidores, a energia é levada até oquadro ou caixas de distribuição, através dosdenominados circuitos de distribuição.

Do quadro de distribuição são instalados osvários circuitos internos ou terminais para uso doconsumidor.

A figura 1 ilustra o exposto para o caso de umaresidência.

Figura 1 – Exemplo de uma instalação elétrica [1]

2.0 – MODALIDADES DE FORNECIMENTO

Existem três modalidades básicas defornecimento de energia elétrica para uma unidadeconsumidora, a saber:

Fornecimento monofásico: Feito a dois fios,correspondendo a uma fase e um neutro.

Figura 2 – Fornecimento monofásico a partir do poste daconcessionária [1].

Fornecimento bifásico: Feito a três fios,correspondendo a duas fases e um neutro.

Figura 3 – Fornecimento bifásico a partir do poste daconcessionária [1].

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________________________________________________________________________________ Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 9

Fornecimento trifásico: Feito a quatro fios,correspondendo a três fases e um neutro.

Figura 4 – Fornecimento trifásico a partir do poste daconcessionária [1].

Cada concessionária estabelece qual modalidadedeve ser empregada em um fornecimento em função dapotência prevista para a instalação. Sendo assim, elasdevem ser consultadas quando da elaboração de umprojeto.

Observe-se que o mesmo é válido para astensões de fornecimento.

3.0 –ENTRADA INDIVIDUAL

A entrada individual é toda entradaconsumidora com a finalidade de alimentar umaedificação com uma única unidade de consumo.

É conhecida por padrão de entrada. Observe-seque cada concessionária possui os seus padrões.

Assim, o padrão compreende o ramal deentrada, poste particular ou pontalete, caixas, proteção,aterramento e ferragens, preparada de forma a permitir aligação à rede da concessionária. É de responsabilidadedo consumidor.

A figura 5 apresenta um exemplo de padrão deentrada.

O termo “pontalete” citado anteriormenterefere-se a um suporte destinado a fixar e elevar o ramalde ligação na edificação do consumidor.

O poste particular, por outro lado, possui amesma função e localiza-se na propriedade doconsumidor.

Figura 5 – Exemplo de padrão de entrada (posteparticular) [1].

Figura 6 – Exemplo de padrão de entrada (pontalete)

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4.0 – ENTRADA COLETIVA

Toda entrada consumidora com a finalidade dealimentar uma edificação com vários consumidores écoletiva. Um exemplo típico são os prédios deapartamentos ou de escritórios comerciais.

Como cada concessionária possui umapadronização própria, apresenta-se a seguir asexigências de ordem geral da EBE – EmpresaBandeirante de Energia, antiga Eletropaulo. Para outras

concessionárias é necessário consultar a normalizaçãointerna correspondente.

Neste caso, exige-se um centro de medição,definido em função do número de consumidores.

O centro de medição é composto por uma oumais caixas, as quais podem comportar 1, 2, 4, 6, 8 ou 12medidores.

Se houverem mais que 12 consumidores, seráutilizada outras caixas adicionais.

A figura 7 mostra os desenhos de um centro demedição.

Figura 7 – Caixas empregadas em centro de medição - EBE

Observe-se na figura 7 a presença de váriostipos de caixas de medição

A figura 8 os detalhes de uma das caixas demedição.

Figura 8 – Detalhe da caixa de medição

Quando isto ocorre a EBE exige o emprego deuma caixa de distribuição, como a ilustrada nas figuras 9

Figura 9 – Caixa de distribuição – Vista frontal

Na padronização da entrada deve-se utilizaruma caixa de manobra contendo chave seccionadora paracada caixa de medição, como mostra a figura 10.

Ainda, é necessário empregar uma caixaseccionadora quando a distância do poste particular formaior que 25 m. A figura 11 ilustra.

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Figura 10 – Caixa de manobra

Figura 11 – Caixa seccionadora

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________________________________________________________________________________ Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 12

Note-se que, as chaves existentes nas caixasseccionadoras, de distribuição e de manobra, devem serdo tipo seccionadora com fusível incorporado.

Figura 12 – Seccionadora com fusível incorporado.

5.0 – QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO (QD)

Considerando a instalação a partir do centro demedição, identifica-se dois tipos de circuito, ou seja, o dedistribuição e os internos ou terminais.

O(s) circuito(s) de distribuição conectam ocitado centro de medição ao quadro de distribuição(QD), também conhecido por quadro de luz.

a) Distribuição b) Luz

Figura 13 – Quadros de distribuição e de luz [1].

As figuras 14 e 15 apresentam de formaesquemática esta situação.

Figura 14 – Diagrama esquemático de uma instalaçãoelétrica [1].

Figura 15 – Exemplo de circuitos internos ou terminais[1].

Na realidade, este quadro é o centro dedistribuição de toda a instalação elétrica de umconsumidor, pois:

Recebe a fiação proveniente do centro de medição; Aloja todos os dispositivos de proteção dos vários

circuitos internos; e, Inicia todos os circuitos terminais ou internos, que

irão alimentar as tomadas e iluminação.

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________________________________________________________________________________ Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 13

As figuras 16, 17 e 18 mostram os componentesinternos de quadros de distribuição para osfornecimentos monofásico, bifásico e trifásico,respectivamente.

Figura 16 – Quadro de distribuição (QD) parafornecimento monofásico [1].

Figura 17 – Quadro de distribuição (QD) parafornecimento bifásico [1].

Figura 18 – Quadro de distribuição (QD) parafornecimento trifásico [1].

6.0 – FUSÍVEIS

Os fusíveis são a proteção mais tradicional doscircuitos e sistemas elétricos contra curtos-circuitos.

Sua operação consiste na fusão de um elementofusível quando por ele circular uma corrente com valorsuperior àquela para o qual foi projetado.

O elemento fusível é um fio ou uma lâmina,geralmente de cobre, prata, estanho, chumbo ou liga,colocado no interior do corpo do fusível, em geral deporcelana, esteatite ou papelão, hermeticamente fechado.

Alguns fusíveis possuem um indicador, quepermite verificar se o dispositivo fusível operou ou não; oqual é composto por um fio, por exemplo, de aço, ligadoem paralelo com o elemento fusível e que libera umamola após a operação. Essa mola atua sobre uma plaquetaou botão, ou mesmo um parafuso, preso na tampa docorpo.

A maioria dos fusíveis contem em seu interiormaterial granulado extintor, em geral areia de quartzo,envolvendo por completo o elemento fusível.A figura 19 mostra a composição básica de um fusível.

7.0 – DISJUNTORES TERMOMAGNÉTICOS OU“QUICK-LAG”

Os disjuntores termomagnéticos sãodispositivos destinados à proteção dos circuitos contrasobrecargas e curtos-circuitos.

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a) Composição básica[2] b) Fusível NH

Figura 19 –Fusível

Sendo assim, interrompem o circuito (desligam)quando da ocorrência de uma destas condições atravésde atuadores térmicos e magnéticos.

O elemento térmico se destina à proteção contrasobrecargas e atuam pelo efeito de dilatação de umalamina bimetálica conforme a elevação de temperatura.

A ação magnética, por outro lado, se manifestaquando ocorrem correntes da ordem de dez vezes anominal do dispositivo, o que caracteriza um curto-circuito.

A figura 20 apresenta uma vista em corte de umdisjuntor termomagnético com os seus componentesprincipais.

1 – Disparador magnético; 2 – Suporte; ¾ - Eletrodo; 5 – Cavalete; 6– Caixa isolante; 7 – Mola de regulagem magnética; 8 – Acelerador;9/10 – Pastilhas de contato; 11/12 – Terminais protegidos com apertoelástico para cabos ou barras; 13 – Câmara de extinção; 14 –Plaqueta de reforço magnético; 15 – Acoplamento interno nos bi etripolares; 16 – plaqueta de isolação térmica e dielétrica; 17 –Identificação indelével; 18 – Porta etiqueta; 19/20 – Dupla fixação.

Figura 20 – Vista em corte de um disjuntortermomagnético. (Pial)

Tais disjuntores podem ser dos tipo mono, bi outripolar, como ilustrado na figura 21. Devem ser ligadosàs fases dos circuitos.

Figura 21 – Tipos de disjuntores termomagnéticos [1]

Como observado, estes dispositivos possuem amesma função das chaves fusíveis. Entretanto, elespermitem manobra manual e podem ser religados, aocontrário de fusíveis que necessitam ser trocados quandoda ocorrência de um curto-circuito.

8.0 – DISJUNTOR DIFERENCIAL RESIDUAL OUINTERRUPTOR DE CORRENTE DE FUGA (Fi)

A NBR 5410 [3] preconiza o emprego dedispositivos de proteção à corrente diferencial residual(dispositivos DR), mais conhecidos no mercado como"interruptores de corrente de fuga (Fi)".

Tais dispositivos asseguram a proteção contratensões de contato perigosas, provenientes de defeitos deisolamento em aparelhos ligados a terra.

Os dispositivos DR protegem contra contatosindiretos a totalidade da instalação, parte desta, ouconsumidores individuais, de acordo com a sualocalização. Além disto, asseguram ainda a proteçãocontra contatos diretos com partes ativas da instalação.As correntes de falta a terra que atingem o valor dacorrente de falta nominal, são igualmente cortadas(proteção contra incêndios).

Portanto, tais disjuntores conjugam duasfunções, ou seja, a de proteção dos circuitos contrasobrecorrentes (termomagnético) e de pessoas contrachoques elétricos provocados por contatos diretos eindiretos.

Eles possuem, basicamente, três partesfuncionais, ou seja:

Transformador toroidal para detecção dascorrentes de falta a terra;

Disparador para conversão de uma grandezaelétrica numa ação mecânica;

Mecanismo móvel com os elementos decontato.

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A figura 22 ilustra o princípio de funcionamentodo dispositivo.

Figura 22 – Proteção com disjuntor DR. [4]

Na figura 22 observa-se que se na instalação nãohouver defeito, a soma fasorial das correntes noscondutores de fase e neutro que circulam peloscondutores no interior do toroide é nula, segundo a lei deKirchhoff. Desta forma, o campo magnético gerado énulo e a tensão induzida no secundário também é nula.

Por outro lado, quando ocorrer um defeito noisolamento desse circuito, a soma das correntes noscondutores ativos deixará de ser nula. Assim, apareceráuma corrente de falta, o campo magnético deixara de sernulo, induzirá uma tensão no enrolamento secundário, aqual será utilizada para ativar o disparador que abrirá omecanismo móvel, com os elementos de contato.

Figura 23 – Funcionamento do disjuntor DR [4]

Os tipos de disjuntores diferenciais residuais dealta sensibilidade existentes no mercado são os bipolarese os tetrapolares, como ilustra a figura 24.

Figura 24 – Tipos de disjuntores DR [1]

O funcionamento do dispositivo DR pode serverificado por meio do botão de teste, o qual, ao serpremido, permite simular uma corrente de falta a terra,provocando o disparo. Esta prova deve ser realizadaperiodicamente, verificando-se assim o estado dainstalação.

Observe-se que os disjuntores DR devem,necessariamente, ser ligados aos condutores de fase eneutro dos circuitos, sendo que o neutro não pode seraterrado após o DR.

9.0 – CONDUTORES ELÉTRICOS

Um condutor elétrico é um corpo formado dematerial condutor e destinado primordialmente acondução de corrente elétrica. São os fios, os cabos e asbarras.

Um fio elétrico é produto metálico de qualquerseção maciça, de comprimento muito maior do que amaior dimensão da seção transversal. Os fios sãofabricados a partir de vergalhões, por trefilação,laminação a frio ou ambos os processos combinados.Podem ser usados como condutores elétricos nus ouisolados, ou podem ser produtos semi-acabadosdestinados a fabricação de cabos. Os fios cuja seçãotransversal não seja circular, são designados pela formada seção transversal (quadrados, retangulares, etc.)

Um cabo elétrico é o conjunto, isolado ou não,de fios metálicos encordoados (helicoidalmente), nãoisolados entre si. Os cabos são mais flexíveis que os fios.

As barras são condutores rígidos, com forma deprisma retangular ou tubo.

A seção de um fio é a área transversal do fio,enquanto a seção de um cabo é a soma das seções dosfios componentes. Geralmente os fios são fabricados até aseção de 16 mm2, enquanto que os cabos estãodisponíveis em uma larga faixa de seções.

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Figura 25 – Fio e cabo elétrico. (Pirelli)

Os condutores podem ser nus ou isolados.Um condutor nu é o fio, cabo ou barra, sem

revestimento, isolação ou camada protetora de qualquerespécie.

Por outro lado, a isolação de um condutor é acamada isolante aplicada sobre o condutor para isolá-loeletricamente de outros condutores e a terra. Os materiaisnão metálicos muitas vezes aplicados sobre os condutorescom finalidade primordialmente mecânica (como capa oucobertura) não são considerados.

Em cabos de baixa tensão, o isolante maisutilizado é o PVC, pois é mais econômico, com excelentedurabilidade, apresentando ótima resistência a ionização,apesar de possuir características elétricas apenasregulares. Além disto, pode-se empregar:

O polietileno comum (PET), de excelentesqualidades isolantes, porém apresentando limitação noque diz respeito às características físicas (ficapraticamente fluido a 110°C) e à baixa resistência aionização;

O polietileno reticulado (XLPE), obtido porreticulação molecular do polietileno comum, que alia asexcelentes propriedades deste à uma elevada temperaturaadmissível e a boas propriedades mecânicas. Suaslimitações, entretanto, são a pouca flexibilidade e a baixaresistência a ionização;

A borracha etileno-propileno (EPR), o qualse constitui no isolante de melhor qualidade. Apresentaalta temperatura admissível, resistência a ionização muitomaior que a do polietileno reticulado, gradiente de projetocomparável ao do XLPE e excelente flexibilidade. O EPRé utilizado em tensões até 69 KV.

A capa, que tem por função proteger a isolaçãode um cabo contra os agentes do meio, pode ser metálicaou não metálica.

As capas não metálicas são geralmente de PVC,polietileno, neoprene, polietileno reticulado e poliuretano.

Muito embora certas características possamvariar de um material para outro, todos eles proporcionamboa proteção contra umidade, agentes químicos eatmosféricos, são razoavelmente flexíveis, proporcionamum certo isolamento elétrico e asseguram proteçãomecânica a isolação.

Alguns cabos podem possuir blindagem. Elaconsiste na aplicação de camadas condutoras ousemicondutoras (no sentido de não serem boascondutoras) ao condutor e à isolação, cuja principalfinalidade é confinar o campo elétrico dentro do caboisolado.

Os cabos podem ser classificados comounipolares ou multipolares.

Um cabo unipolar ou singelo é definido comoum condutor maciço ou encordoado, dotado de isolaçãoelétrica e proteção mecânica.

Um cabo bipolar, tripolar, ou, de um modo geral,multipolar, é um conjunto de dois, três ou maiscondutores justapostos, maciços ou encordoados, cadaum deles dotado de isolação própria (chamada de paredeisolante), sendo o conjunto dotado de proteção mecânicacomum.

Nos cabos multipolares, os interstícios entre oscondutores componentes são preenchidos por um materialnão metálico, chamado de enchimento ou capa interna.

Figura 26 – Cabos singelo e tripolar (Pirelli)

A seção de um cabo multipolar, no caso decondutores componentes iguais é a seção de um deles, ouseja, se, por exemplo, um cabo tripolar constituído portrês de 20 mm2 cada, será indicado por 3 x 20 mm2. Nocaso de componentes diferentes, a seção será indicada porsua formação. Assim, um cabo formado por doiscondutores de 16 mm2 e um de 4 mm2 será 2 x 16 mm2 +4 mm2.

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10.0 – CONDUTOS

Conduto elétrico é a canalização destinada aconter, exclusivamente, condutores elétricos. Há váriostipos de condutos, ou seja: eletrodutos, bandejas,eletrocalhas e canaletas.

10.1 – Eletrodutos

Os eletrodutos ou conduites constituem o tipomais comum de conduto, podendo ser magnéticos ou nãomagnéticos e, ainda, rígidos ou flexíveis.

As funções dos eletrodutos, de uma forma geral,são:

proteção dos condutores contra ações mecânicas econtra corrosão; e,

proteção do meio contra perigos de incêndio,resultantes do superaquecimento dos condutores ou dearcos;

No caso dos eletrodutos metálicos, ainda tem-seque eles devem proporcionar:

um envoltório metálico aterrado aos condutores, a fimde evitar perigos de choque; e, um

percurso para a terra, funcionando como condutor deproteção em condições especificadas.

Nos eletrodutos metálicos rígidos, o materialmais usado é o aço carbono, devendo serem protegidosinterna e externamente por materiais resistentes acorrosão, a menos que se trate de eletroduto especial, comproteção intrínseca (por exemplo, de aço especial,alumínio ou cobre). Assim, eles são fabricados:

esmaltados (com cobertura de esmalte resistentes acorrosão);

galvanizados (com banho de zinco fundido); cobertos com pó de zinco, com plástico ou com

composto asfaltico.

Os eletrodutos metálicos rígidos mais utilizadossão os esmaltados e galvanizados de parede mais grossa ,ou seja, os pesados, por proporcionarem maior proteçãomecânica aos condutores. Os esmaltados só devem serempregados em instalações internas, expostos ouembutidos em paredes ou lajes, em locais nãoseveramente corrosivos. Os galvanizados são aplicadosem instalações externas a prédios ou naquelassubterrâneas (como dutos) em contato direto com a terra.

Os eletrodutos metálicos rígidos designados porleves e médios (em função da espessura da parede)podem constituir uma alternativa mais econômica, sendo,no entanto, inferiores aos pesados no que concerne aproteção mecânica. Geralmente não são aplicados emtensões superiores a 100 V.

A figura 27 mostra esquematicamente umeletroduto metálico rígido galvanizado.

Figura 27 – Eletroduto rígido galvanizado (Thomeu)

Os eletrodutos rígidos não metálicos constituemum outro tipo importante de conduto. São constituídos demateriais resistentes a umidade e a atmosferas químicas,apresentando grande vantagem sobre os de aço,principalmente quanto ao custo e a proteção contracorrosão.

Suas melhores aplicações são como dutos,diretamente enterrados, embutidos em concreto e eminstalações aparentes.

Para uso acima do solo, tanto aparente quantoembutido, devem ser usados materiais retardantes dechama, resistentes a impactos e a distorção térmica, aosraios solares e a baixas temperaturas. Desta forma, éusual o emprego do PVC.

Em instalações subterrâneas são utilizados, emgeral, diretamente enterrados.

A figura 28 ilustra a aplicação de eletrodutosrígidos em uma residência.

Figura 28 – Eletrodutos em uma instalação [1]

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Observe-se que, a atual edição da NBR 5410 [3]permite embutir qualquer tipo de eletroduto desde que eleresista a esforços característicos do tipo de construçãoutilizado. Os eletrodutos transversalmente elásticos, deuso corrente na Europa, e já fabricados no Brasil, sãogeralmente de polietileno de alta densidade, atendendo anorma francesa NFC 68-101, sendo aplicados em linhasembutidas, principalmente em prédios residenciais,comerciais e semelhantes, Sua principal vantagem sobreos eletrodutos rígidos é a facilidade da instalação e o fatode dispensarem o uso das tradicionais curvas, luvas,arruelas e buchas, alem de evitar as sobras quenormalmente ocorrem no emprego de eletrodutos rígidos.

A figura 29 apresenta o lançamento de umeletroduto deste tipo em uma vala.

Figura 29 – Eletroduto de polietileno de alta densidade(Tigre)

Os eletrodutos transversalmente elásticos quenão são feitos de polietileno de alta densidade e osflexíveis plásticos corrugados conhecidos por"mangueiras" não devem ser utilizados por não

suportarem qualquer tipo de esforços e, portanto,comprometerem a integridade dos condutores contidos.

A NBR 5410 [3] estabelece que, dentro doseletrodutos rígidos, só podem ser instalados cabosisolados, não sendo permitida a instalação de condutoresa prova de tempo, nem de cordões flexíveis.

Os eletrodutos rígidos, em geral, são fabricadosem varas de 3 m.

Alguns fabricantes lançaram linhas deeletrodutos para instalações aparentes, as quais sãoconhecidas como “Sistema X”. Este termo, entretanto, émarca da Pial e são vendidos em varas de 2 m. A figura30 ilustra uma instalação que utiliza este sistema.Possuem preço elevado.

Figura 30 – Instalação com “Sistema X” (Pial).

10.2 – Bandejas

Bandeja ou leito de cabos é um conduto deinstalação aparente, aberto em toda a sua extensão, ondeos condutores são lançados. Normalmente, sãofabricadas de aço ou de alumínio nos tipos pesado,médio e leve, conforme o peso a ser suportado.

De acordo com a NBR 5410 [3], o seu uso só épermitido em estabelecimentos industriais e comerciais,onde haja uma manutenção adequada e em locais nãosujeitos a choques significativos.Os cabos instalados em bandejas só podem ser do tipoisolado e com cobertura de uma só camadapreferencialmente e fixados convenientemente àestrutura da bandeja.

Figura 31 – Sistema de bandejas (Mopa)

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________________________________________________________________________________ Capítulo 2: Elementos de Uma Instalação Elétrica Residencial ou Comercial - 19

10.3 - Eletrocalhas

Eletrocalhas são condutos de instalaçãoaparente, com tampas desmontáveis em toda a suaextensão, onde os condutores são lançados. No entanto aNBR 5410 [3] não faz qualquer distinção entre as quepossuam ou não coberturas.Os cabos instalados em eletrocalhas devem ser do tipoisolado e com cobertura. A citada norma apenas admiteque os cabos isolados instalados estejam sem cobertura,quando a eletrocalha:

for de paredes maciças e munida de uma coberturadesmontável apenas por meio de ferramenta;

estiver em locais de serviço elétrico, aos quais sótenham acesso pessoas qualificadas ou advertidas; ou,

estiver em tetos falsos não desmontáveis.

As utilizações típicas das eletrocalhas,principalmente as com cobertura, são em reformas einstalações, onde se deseja evitar o corte em paredes eem instalações novas onde a economia seja um fatorpreponderante.

Figura 32 – Sistema de eletrocalhas (Mopa)

10.4 - Canaletas

Canaletas são condutos, com tampasremovíveis em toda a sua extensão, ao nível do solo ondeos condutores são lançados.

11.0 – CAIXA DE PASSAGENS E ACESSÓRIOSPARA ELETRODUTOS

Entre os vários componentes disponíveis nomercado, há interesse de análise nas denominadas caixade passagem e nos acessórios para eletrodutos.

As caixas de passagens ou de derivação sãolocais de acesso a um circuito, permitindo a passagem decondutores entre trechos de eletrodutos e também

utilizadas para o alojamento de ligações e/ou instalaçãode tomadas, interruptores e pontos de luz.

Em geral, elas são retangulares ou quadradaspara a instalação em paredes e pisos, com dimensões de4”x2” e 4”x4”. Em tetos são octogonais com dimensão4”x4”.

A figura 33 ilustra estes componentes.

Figura 33 – Caixas de passagem ou de derivação

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Em caixas de derivação embutida são utilizadosos espelhos para tampá-las.

Os acessórios para os eletrodutos são osmostrados na figura 34.

Figura 34 – Acessórios para eletrodutos (Thomeu)

As funções dos acessórios são: Luvas - empregadas para acoplar dois trechos ou varas

de eletrodutos ou uma curva e uma vara;

Figura 35 – Conexão de um eletroduto com uma curva

Buchas – destina-se a fazer uma terminaçãoarredondada nos eletrodutos rígidos, evitando que hajadano à isolação de condutores;

Arruelas – destinam-se a fixar, juntamente com asbuchas, as peças a serem montadas nos eletrodutosrígidos.

Figura 36 – Bucha e arruela

As figuras 37 e 38 ilustram uma instalaçãoempregando eletrodutos e seus acessórios.

Figura 37 – Eletrodutos rígidos e acessórios

Figura 38 – Vista de uma instalação empregandoeletrodutos e acessórios [1].

Em instalações aparentes é comum o empregode um tipo especial de caixa de derivação denominadacondulete, o qual possui tampa própria e partes comroscas para fixação direta de eletrodutos rígidos.

Os tipos de conduletes são os mostrados nafigura 39.

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Figura 39 – Tipos de conduletes

A designação dos tipos de conduletes é feitaatravés de letras, as quais representam a posição daspartes rosqueáveis nos eletrodutos. Assim, na figura 36tem-se:

Tipo Significado

B Bottom (Embaixo)C C (Comum)E End (Fim)LR L Right (L à direita)LL L Left (L à esquerda)LB L Bottom (L para baixo)T TTB T Bottom (T para baixo)X X

A figura 40 mostra exemplos de conduletes semas suas tampas.

Figura 40 – Conduletes (Tigre)Existem vários outros elementos em uma

instalação como tomadas e interruptores. Estes, noentanto, serão analisados em tópicos específicos.

12.0 - CIGARRAS E CAMPAINHAS

Campainhas e cigarras são a forma mais simplesde sinalização e destinam-se a dar maior comodidade aosusuários de uma residência ou apartamento,possibilitando o atendimento de visitantes por parte dosmoradores. Além disto, elas também podem utilizadaspara chamada geral e sistemas de alarme.

Elas são eletromagnéticas ou eletrônicas.As partes construtivas básicas das

eletromagnéticas são ilustradas na figura 41.

Figura 41 – Partes básicas de campainhaseletromagnéticas [5]

Ao se pressionar o botão ou pulsador, oeletroímã é alimentado com a tensão necessária, que atraia lâmina de ferro e faz o martelo golpear a campainha(tímpano).

O circuito é interrompido no interruptor decontato e o eletroímã solta a lâmina que é afastada pelaação da mola. O eletroímã atrai a lâmina de novo,reabrindo o circuito. A mola puxa-a para trás,restabelecendo o contato, e assim por diante.

O martelo vibra durante o tempo em que o botãoou pulsador permanecer pressionado.

As campainhas de tímpano são usadas em locaisamplos que necessitem de alta intensidade sonora, acimade 80 dB.

Em outras situações, dá-se preferência àscigarras ou campainhas tipo dim-dom (lira), queproduzem um som menos estridente do que o tilintar dacampainha de tímpano. As figuras 42 e 43 ilustramambos os tipos.

Figura 42 – Cigarra de lâmina [5]

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Figura 43 – Campainha tipo Dim-Dom (lira) [5]

As campainhas eletrônicas, como a TriSom daSiemens ilustrada na figura 44, possuem um circuitoeletrônico que, ao ser ativado, gera um som de trêstonalidades seqüenciais que independe do tempo que secomprime o botão (pulsador) de chamada,

Figura 44 – Campainha eletrônica TriSom da Siemens [5]

A alimentação desta campainha pode ser feita em 110 ou220 VCA, pois possui uma chave seletora para ambas astensões. A tonalidade de som pode ser regulada,atendendo ao gosto pessoal, emitindo um som deaproximadamente 80 dB. Ela possui autoproteção contraqueima para o caso de o pulsador ser travado na posiçãoligado (toque).

Por outro lado, a campainha eletrônica Softsonda Pial Legrand é ideal para casas, apartamentos,escritórios ou qualquer outro local que possua duasentradas. Tem duas melodias diferentes, sendo uma com9 (nove) notas e outra com 3(três) notas musicais,permitindo identificar com facilidade a origem dachamada.

14.0 – CHAVES-BÓIA

A chave-bóia é um tipo de interruptor que servepara controlar o nível de água ou outro fluido. No caso doabastecimento de água em edifícios, as chaves-bóia dosreservatórios superior e inferior devem ser ligadas emsérie, de modo que o circuito de comando do conjuntomotor bomba somente seja energizado quando oreservatório superior estiver vazio e o inferior, cheio.

Há três tipos de chave-bóia, ou seja, aquelas de: contatos sólidos, a qual é composta por uma caixa de

contatos, uma vareta com limitadores de nível e a bóia,propriamente dita, normalmente de plástico como ilustraa figura 45.

Figura 45 – Chave bóia de contatos sólidos [6]

contatos de mercúrio, o qual é uma ampola commercúrio e dois contatos em seu interior, onde estãoligados os fios do circuito elétrico e um contrapeso deferro, para manter a ampola na posição em que seencontra. O fechamento dos contatos ocorre através domercúrio. Este tipo de chave-bóia existe para reservatóriosuperiores e para os inferiores. A figura 46 ilustra.

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Figura 46 – Chave bóia de contatos de mercúrio [6]

contatos eletrônicos, a qual é um pouco maissofisticada e, por isso, de emprego mais limitado que asanteriores. Possui dois sensores de grafite, de máxima ede mínima, os quais atuam quando em contato com aágua, como ilustra a figura 47.

Figura 47 – Chave bóia com contatos eletrônicos [6]

15.0 – CLITES OU ROLDANAS

Clites ou roldanas são isoladores do tipoprensa-cabo, normalmente fabricados em porcelana ouplástico. São aplicados em linhas expostas, quando nãohá preocupação com a estética ou há a necessidade demudanças freqüentes.

Figura 48 – Clites para dois e três fios [6]

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] Cesp/Pirelli – “Instalações Elétricas Residenciais”.São Paulo, 1996.

[2] – Cotrim A. A. M. B. - “Instalações Elétricas”. Mac-Graw Hill, 1982, 2a. ed.;

[3] - Associação Brasileira de Normas Técnicas - “NBR-5410 - Instalações Elétricas”. Rio de Janeiro, ABNT,1988;

[4] Siemens – “Sistema N – Dispositivos DR”. SãoPaulo. Fevereiro de 1997;

[5] Cavalin, G.; Cervelin, S. – “Instalações ElétricasPrediais”. Ed. Érica Ltda., 1998;

[6] Creder, H. – “Manual do Instalador Eletricista”.Livros Técnicos e Científicos Editora, 1995.

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CAPÍTULO 3: ILUMINAÇÃO E SEUS DISPOSITIVOS

“Há duas maneiras de espalhar a luz: ser a vela ou o espelho que a reflete”

Edith Wharton

RESUMO

Este capítulo tem por objetivo analisar de formasucinta as grandezas luminotécnicas básicas e apresentaralguns dispositivos e seus acessórios empregados para ailuminação artificial.

1.0 - INTRODUÇÃO

O ser humano é fortemente influenciado pelaluz.

A luz, além de transmitir informações ao centrovisual do cérebro através dos olhos, influênciadeterminados setores do sistema vegetativo, os quaiscomandam a totalidade do metabolismo e das funçõesnervosas do corpo [1].

Observe-se que, neste sentido, há uma relaçãodefinida entre a idade do ser humano e a quantidade deluz necessária ao desempenho de uma dada tarefa. Umapessoa de 60 anos, por exemplo, necessita de,aproximadamente, 15 vezes mais luz que uma criança de10 anos para executar uma mesma tarefa.

Desta forma, além de aumentar a facilidade devisão, uma iluminação adequada:

a) aumenta da capacidade de concentração;b) incrementa o prazer no trabalho;c) reduz a estafa; e,d) diminui erros e acidentes;

Assim, a boa iluminação contribui para maiorconforto, bem estar e segurança.

Há quatro requisitos básicos para que ela sejaalcançada [2], ou seja:

Quantidade de luz;A quantidade de luz deve ser orientadaespecificamente para a superfície que sepretende enxergar Quanto menor for odetalhe, ou mais baixo o contraste, maiorquantidade de luz necessitam os olhos para oseu trabalho;

Equilíbrio da iluminaçãoA distribuição adequada da iluminação émuito importante para o rendimento econforto visuais. O contraste demasiado,produz um efeito de agitação que por vezespode ter resultados desastrosos no que dizrespeito ao rendimento visual. Por outro lado,demasiadas faltas de sombra nãoproporcionam boa impressão tridimensionalrelativamente a pessoas e objetos, tornando

mais difícil a sua identificação. É necessárioum equilíbrio sensível, isto é, evitar umailuminação direcional muito difusa, oudemasiado forte,

OfuscamentoO ofuscamento, quer direto da fonte de luz,quer refletido, resulta normalmente emdesconforto ou, em casos extremos, podeconduzir à incapacidade de visão(ofuscamento provocado por faróis deautomóvel). O ofuscamento desconfortável é,em geral, experimentado por pessoasexpostas a um menor ofuscamento duranteperíodos de tempo prolongados. Éfreqüentemente acompanhado por sensaçõesde fadiga ou dor de cabeça, sem que a pessoaidentifique a causa. Pode, por exemplo,resultar de uma instalação de iluminação comlâmpadas fluorescentes desprotegidasmontadas em trilhos.

Reprodução de corAs cores dos objetos são parcialmentedeterminadas pela natureza da luz sob a qualsão vistas. O modo como a luz reproduz ascores designa-se por reprodução de cor. Aluz produzida por algumas lâmpadas énotoriamente semelhante à luz do sol cujareprodução de cor é considerada averdadeira. Outras lâmpadas produzem luzque torna difícil a distinção entre as coresEste fato deve ser tomado em consideraçãoquando da seleção de uma fonte de luz, poisa reprodução de cor necessária, varia deaplicação para aplicação. Há casos em que éimportante ver as cores tais como à luz dodia, como, por exemplo, em aplicações noshospitais, trabalhos de impressão e galeriasde arte.

Portanto, os sistemas de iluminação devemproporcionar:

Luz uniforme sobre todos os planos detrabalho, difusa, bem dirigida e distribuídapara evitar sombras e contrastes nocivos;

Iluminação com o mínimo de ofuscamento,direto ou refletido;

Reprodução de cores compatível com anatureza do trabalho.

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2.0 – GRANDEZAS LUMINOTÉCNICAS

A luz é uma radiação eletromagnética que, aopenetrar no olho, produz uma sensação de claridade.

A luz visível possui comprimentos de onda entre380 e 780 nanômetros , ou seja 10-9m, o que correspondea 10   ( ngström). Cada comprimento de onda causa nosolhos uma sensação de cor diferente.

O limite inferior do espectro visível equivale aosraios ultravioletas e, o superior, ao infravermelhos.

O sistema de medidas luminotécnicas possuiquatro grandezas fundamentais, denominadas, ou seja:

Fluxo luminoso (φφφφ)É a potência total emitida por uma fonte deluz e capaz de estimular a retina ocular àpercepção da luminosidade. Sua unidade é olúmen (lm).

Figura 1 – Fluxo luminoso

Também é possível definir a eficiêncialuminosa de uma fonte como sendo a relaçãoentre o fluxo luminoso e a potência elétricanecessária para produzi-la. Sua unidade élm/W.

Figura 2 – Conceito de eficiência luminosa

Intensidade luminosa (I)É a potência de radiação visível em umadeterminada direção. Sua unidade é acandela (cd).

Figura 3 – Conceito de intensidade luminosa

A definição desta grandeza é importante, pois asfontes de luz não emitem o mesmo fluxo luminosoem todas as direções. Tal fato resulta noestabelecimento das chamadas “curvasfotométricas” ou “de distribuição luminosa(CDL)”

Nestas curvas a intensidade luminosa é mostradana forma de um diagrama polar em termos decandelas por 1.000 lúmens de fluxo. A figura 4mostra exemplos destas curvas.

Figura 4 – Curvas de distribuição luminosa oufotométrica

Iluminamento ou Iluminância (E)

É a relação entre o fluxo luminoso incidente(φ) sobre uma superfície e sua área (A), ouseja:

AE

φ= (1)

Figura 5 – Conceito de iluminância.

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________________________________________________________________________________ Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 26

Quanto mais elevada a exigência visualda atividade, maior deverá ser o valor dailuminância média (Em) sobre o plano detrabalho. A norma NBR - 5413 [3] define osseus valores mínimos, os quais sãotranscritos na tabela 1.

Descrição da Atividade Em

(lux)Depósito 200

Circulação / Corredor / Escadas 150

Garagem 150

Residência ( cômodos gerais ) 150

Sala de leitura ( biblioteca ) 500

Sala de aula ( escola ) 300

Sala de espera 100

Escritório 500

Sala de desenhos 1000

Editoras ( impressoras ) 1000

Lojas ( vitrines ) 1000

Lojas ( sala de vendas ) 500

Padarias ( sala de preparação ) 200

Lavanderias 200

Restaurantes ( geral ) 150

Laboratórios 500

Industria / montagem ( atividadevisual de precisão )

500

Industria / inspeção ( atividade decontrole de qualidade )

1000

Industria ( geral ) 200

Industria / soldagem ( atividade demuita precisão )

2000

Tabela 1 - Iluminância necessária paraalgumas atividades [3]

Luminância (L).A luminância de uma fonte de luz em umadada direção é a medida da sensação daclaridade luminoso no olho, ou seja:

A

IL = (2)

Sua unidade é o “nit” ou “cd/m2”.

Índice de Reprodução de Cores (IRC).É a capacidade de reproduzir as cores commaior fidelidade ou precisão. A luz do sol foitomada como referência. Deu-se à luz solar oíndice 100 e a partir desse número é medidaa maneira como a luz das lâmpadas reproduzas cores. A cor é fundamental para aconcretização de negócios ou para o bem-estar das pessoas. Em uma loja, o clientepode avaliar melhor sua compra. Nosescritórios, o ar mais saudável dosfuncionários melhora a disposição da equipe.

Em restaurantes e cozinhas, a melhorvisualização das cores dos alimentos, semdistorções, aumenta o apetite.

Grupo IRC Aparência Aplicações

FriaIndústrias texteis,gráficas e de tintas

NeutraGalerias de arte,museus, hospitais ejoalherias

1 ≥ 85

QuenteResidências, hotéis

restaurantes elivrarias

FriaIndústrias leves,escritórios, escolase magazines (emclimas quentes)

Neutra

Indústrias leves,escritórios, escolase lojas

2 70 a 85

Quente

Indústrias leves,escritórios, escolas elojas (em climasfrios)

3 < 70

Interiores onde aeficiência é de maiorimportância que areprodução de cor

S(especial)

Aplicações especiais

Tabela 2 – Índice de reprodução de cores eatividades típicas [4]

Temperatura da Cor.As cores possuem uma temperatura associadaem graus Kelvin (K). Quanto maior atemperatura, mais fria é a cor e vice-versa.Com a temperatura de cor das lâmpadas, cria-se a atmosfera de um ambiente. Astemperaturas de cor mais baixas (quentes) dãouma sensação de aconchego e tranqüilidade,pois se parecem com a luz solar da aurora e doentardecer. São indicadas para restaurantes,hotéis e residências. As temperaturas médias(neutras) lembram a luz do sol da manhã,criando uma atmosfera convidativa. Indicadaspara hospitais, museus, lojas, magazines eescritórios. As altas temperaturas (frias)lembram a luz de um céu claro e dão sensaçãode limpeza e atividade. São adequadas paraindústrias, grandes escritórios, lojas deeletroeletrônicos e informática.

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3.0 – LÂMPADAS

Entre as fontes de luz artificial, as lâmpadaselétricas são as que propiciam maior conforto eeficiência. Na atualidade, elas se dividem em doisgrandes grupos, ou seja:

Incandescentes; e, de Descarga.

3.1 – Lâmpadas Incandescentes

Produzem energia luminosa a partir daincandescência de um filamento de tungstênio, o materialque mais se adaptou às elevadas temperaturas verificadasno interior das lâmpadas onde existe vácuo ou um gásinerte.

As suas partes principais são a base, o bulbo e ofilamento.

Figura 6 – Partes da lâmpada incandescente.

As bases podem ser do tipo rosca ou baioneta,cada qual com finalidades específicas. O bulbos podemser do tipo globular comum, pêra, parabólico etc.

As lâmpadas incandescentes são fabricadas emvários tipos e para as mais diversas aplicações, tais como:

Uso geral:Fabricados em acabamento do bulbo claro,branco difuso ou leitoso ou colorido.Proporcionam boa distribuição do fluxoluminoso, eliminando sombras eofuscamento;

Específicas:Destinadas à locais sujeitos à vibrações(como em tornos, por exemplo), à grandesvariações de temperatura (como emrefrigeradores, por exemplo) e para aparelhosque necessitem de lâmpadas de extra baixatensão (6 ou 12 V);

Decorativas:Para ambientes onde se deseja umailuminação de destaque ou representação;

Refletoras/defletoras ou espelhadas:São fontes de luz de alto rendimento,pequenas dimensões e facho concentrado edirigido. Permitem a obtenção de um fluxoluminoso constante de alta intensidade edistribuição precisa, devido ao formato dobulbo e do espelho na sua superfície interna.

Figura 7 – Linha de lâmpadas incandescentes (Philips)

InfravermelhasEmitem radiação na faixa de ondas curtas daradiação infravermelho. Possuem altocoeficiente de reflexão, alto rendimento epequenas dimensões. São aplicadas emindústrias que utilizem processos de secagemem geral, principalmente de tintas, e emcriação de animais entre outras.

Halógenas:O funcionamento desta lâmpada ésemelhante ao da incandescente, possuindocomo característica a regeneração de seufilamento. São fabricadas nos tipos“lapiseira” ou “palito” e “dicróica”. Asdicróicas são disponíveis em duas versõescom potência de 50 W e tensão de 12 V,sendo necessário o uso de transformador.Suas aplicações típicas são em museus,galerias de artes, exposições, hotéis erestaurantes, lojas e magazines.

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________________________________________________________________________________ Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 28

Figura 8 – Lâmpada dicróica

3.2 - Lâmpadas de Descarga

Baseiam-se na condução de corrente elétrica emum meio gasoso, quando em seus eletrodos se forma umatensão elevada capaz de vencer a rigidez dielétrica domeio. Tais elétrons ao chocarem-se com a pinturafluorescente ou de cristais de fósforo no interior do tuboemitem luz visível.

Estas lâmpadas possuem eficiências muitosuperiores às das incandescentes e, portanto, oferecemum fluxo luminoso muito maior com menos potênciaabsorvida da rede.

Os meios gasosos mais utilizados são o vapor demercúrio, de sódio ou argônio e, em função da pressãointerna exercida por eles, as lâmpadas de descarga podemser de alta ou de baixa pressão.

Existem vários tipos de lâmpadas de descargaspara atender às mais variadas aplicações, ou seja:

Fluorescentes; Vapor de sódio; Vapor de mercúrio; Luz mista; Vapor metálico; Multivapor metálico.

As fluorescentes são de baixa pressão, as devapor de sódio podem ser de baixa e alta pressão e asdemais, de alta pressão

3.2.1 - Lâmpadas Fluorescentes

As lâmpadas fluorescentes possuem um bulbo àprova de ar e sob baixa pressão, que serve decompartimento para um gás de enchimento, mercúrio,cátodos e a camada de pó fluorescente.

O princípio de funcionamento de uma lâmpadafluorescente consiste em se energizar o seu circuito dealimentação, quando, então, os elétrons abandonam oscátodos vagarosamente no convencional e rapidamentenos de partida rápida. A tensão entre cátodos atrai oselétrons, sendo que os que estiverem em excesso, ionizamo gás de enchimento. Assim, a resistência do tubo

diminui, originando um arco. O fluxo de elétrons no arcoexcita os dos átomos de mercúrio, mudando de órbita,dando lugar à radiação. Tal radiação é absorvida pelo pófluorescente, causando a luminescência.

Os circuitos convencionais são composto por umreator, “stater”, lâmpada e o receptáculo para ambos.

Os reatores são equipamentos eletromagnéticoscom bobinas enroladas em um núcleo de ferro e possuemas funções de produzir a sobretensão no momento dodesligamento do starter e limitar a corrente. No momentoem que se dá a condução do gás, tudo se passa como sehouvesse um curto-circuito, pois a resistência elétricapassa a ser quase nula, porém neste momento o reator agecomo uma reatância, limitando a corrente. Eles podem sersimples ou duplos, de alto ou baixo fator de potência.

Figura 9 – Reatores para lâmpadas fluorescentes(Helfont).

O starter, por outro lado, baseia-se no princípiodo bimetal, isto é, um contato que no início dofuncionamento está fechado, mas que, com oaquecimento da lâmina, abre o circuito, produzindo asobretensão necessária à partida da lâmpada. Utiliza-seum capacitor em paralelo com o starter, cuja finalidade éa absorção de centelhas que se formam na partida,evitando as interferência em equipamentos detelecomunicação.

Figura 10 – Stater. [5]

O circuito de partida rápida possui o reator comenrolamentos separados para aquecerem continuamenteos filamentos das lâmpadas de partida instantânea. Destaforma, dispensam o starter, pois no momento em que éligado o circuito já se produz a tensão suficiente à partidada lâmpada.

Atualmente, estão sendo fabricados reatoreseletrônicos que são leves, com dimensões reduzidas e que

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________________________________________________________________________________ Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 29

podem ser desligados automaticamente, em 5 segundos,no caso de falha das lâmpadas. O seu fluxo luminosopode ser regulado de 10% a 100% em relação ao máximoda lâmpada, através de controle manual ou automático.Além disto, possibilitam uma economia de 60% deenergia, usando-se controladores eletrônicos deiluminação. Devido à sua alta freqüência, apresentamuma partida com pré-aquecimento dos eletrodos daslâmpadas de forma mais eficiente, aumentando a sua vidamédia em até 50% em relação aos eletromagnéticos.Podem ser de partida rápida ou ultra-rápida

Existem muitos tipos de lâmpadas fluorescentes,tais como as tubulares, as circulares, compactas, coloridase luz negra.

Figura 11 – Lâmpada fluorescente tubular (Osram).

Figura 12 – Lâmpadas fluorescentes compactas.

Figura 13 – Lâmpada fluorescente circular.

3.2.2 - Lâmpadas a vapor de sódio – baixa pressão

Conhecidas como uma das fontes de luz artificialmais eficientes disponíveis no mercado, apresentam:

Alto rendimento luminoso de até 130 lm/W; Longa durabilidade; Significativa economia de energia; Economia nos custos de manutenção; Luz branca dourada; Posição de funcionamento: qualquer.

Amplamente utilizada na iluminação externa, emavenidas, auto estradas, viadutos e complexos viários.Tem seu uso ampliado para áreas industriais, siderúrgicase, ainda, para locais específicos como aeroportos,estaleiros, portos, ferrovias, pátios e estacionamentos.

Figura 14 – Lâmpadas a vapor de sódio – baixa pressão(Osram)

3.2.3 - Lâmpadas a vapor de mercúrio

Assim como as fluorescentes, este tipo delâmpadas também utilizam o princípio da descargaatravés do vapor de mercúrio.

Elas não possuem o starter; pois a partida é dadaatravés de um resistor.

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________________________________________________________________________________ Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 30

Figura 15 – Partes da lâmpada a vapor de mercúrio [5].

Uma vez iniciado o arco entre um dos eletrodosprincipais e o eletrodo auxiliar, o vapor de mercúriocontido no tubo vaporiza-se, propiciando um meiocondutor favorável. Assim, entre os eletrodos principaisse forma um arco, produzindo-se energia luminosa emescala visível, pois o vapor de mercúrio encontra-se emalta pressão.

O tempo de partida de uma lâmpada de vapor demercúrio é de aproximadamente oito minutos, suficientepara que o vapor de mercúrio se vaporize, enquanto nafluorescente comum é de poucos segundos.

Elas produzem luz com aparência brancaazulada, , de alta intensidade, eficiência de até 55 Lm/We são fabricadas em potências de 80W a 1000 W. Sua luzproduz pouco calor, sendo esta uma vantagem em relaçãoàs lâmpadas incandescentes.

Normalmente são utilizadas na iluminação devias públicas e áreas industriais.

Figura 16 - Lâmpada a vapor de mercúrio (Osram)

3.2.4 - Lâmpada mista

Estas lâmpadas, ao mesmo tempoincandescentes e a vapor de mercúrio, são constituídas deum tubo de descarga de mercúrio, ligado em série comum filamento de tungstênio, Este filamento, além de

funcionar como fonte de luz, age como resistência,limitando a corrente da lâmpada. As lâmpadas mistas têmduas grandes vantagens sobre as lâmpadas a vapor demercúrio comuns, ou seja, não necessitam de reator epodem ser usadas simplesmente substituindo a lâmpadaincandescente, sem necessitar de adaptação. O seu campode aplicação é semelhante ao das lâmpadas a vapor demercúrio, ou seja, iluminação de ruas, jardins, armazéns,garagens, postos de gasolina etc..

No início do funcionamento é aceso o filamentoincandescente e aos poucos o mercúrio é vaporizado,iniciando-se o processo da iluminação por meio do vaporde mercúrio. A cor da luz é branca azulada, agradável àvista e de ampla aplicação em exteriores.

Figura 17 - Lâmpada mista (Osram).

3.2.5 - Multivapor metálico

São lâmpadas em versões elipsoidal, refletora,tubular, tubular bilateral e tubular com cabo, de baixa ealta potência que, em geral, proporcionam:

Luz extremamente branca e brilhante; Realçam e valorizam espaços e produtos; Iluminam com intensidade; Baixa carga térmica; Temperatura de cor de 3000 K a 6000 K; Índice de reprodução de cor de 60 a 93%; Necessitam de reatores/ignitores.

Figura 18 - Lâmpada multivapor metálico (Osram).

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Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 31

3.2.5 - Lâmpadas a vapor de sódio – alta pressão

O tubo de descarga de uma lâmpada de sódio dealta pressão contém excesso de sódio, para dar condiçõesde saturação do vapor quando a lâmpada estáfuncionando, e para permitir absorção interna nasuperfície. Também é usado um excesso de mercúrio paraproporcionar um gás de proteção, e o xenon é incluídosob baixa pressão para facilitar a ignição e limitar acondução do calor do arco de descarga da parede dobulbo.

O tubo de descarga, feito de óxido de alumíniosinterizado para resistir a intensa atividade química dovapor de sódio à temperatura de operação de 700º C, écolocado num invólucro de vidro duro á vácuo.

As lâmpadas de sódio de alta pressão radiamenergia sobre uma grande parte do espectro visível eproporcionam uma reprodução de cor razoável.

São fabricadas com uma eficácia de até 130lm/W e uma temperatura de cor de aproximadamente2100 K

As partes principais da lâmpadas de sódio sãoilustradas na figura 19.

1 - Eletrodos com Nióbio 2 - Tubo de descarga feito de óxido dealumínio sinterizado 3 - Conjunto de montagem do tubo de descarga.Ele tem um formato especial para evitar sombras no sistema ótico daluminária. 4 - Conexão elétrica flexível 5 - Anel no qual o material decondução é armazenado durante o seu funcionamento 6 - Tubo deesgotamento do bulbo externo 7 - Conexões elétricas 8 - Tubo de vidroduro externo 9 – Base

Figura 19 - Lâmpadas a vapor de sódio – alta pressão.

4.0 – ACESSÓRIOS PARA LÂMPADAS

4.1 – Soquetes

São dispositivos que servem para a fixação daslâmpadas por suas bases, permitindo a sua alimentação efacilitando a sua substituição.

Também são conhecidos por porta-lâmpadas ousuportes.

Figura 20 - Soquetes

4.2 - Plafoniers

São dispositivos destinados a suportar osreceptáculos ou soquetes para lâmpadas incandescentesou fluorescentes compactas, os globos (PVC ou vidro) edar condições de fixação de todo o conjunto no teto ouparede. [6].

Suas dimensões variam de acordo com otamanho do globo que devam suportar. Sua boca pode serde 3", 4" ou 6", sendo os mais utilizados os de 4" (100mm de diâmetro).

Os "plafoniers" podem ser de alumínio (polidonatural ou anodizado em várias cores), de ferro oxidadoou PVC.

Figura 21 - Tipos de "Plafoniers" [6]

4.3 - Luminárias

São aparelhos destinados a distribuir, filtrar econtrolar a luz gerada por uma ou mais lâmpadas econtêm todos os equipamentos e acessórios necessáriospara fixar, proteger e alimentar tais lâmpadas.

As luminárias se destinam à lâmpadasincandescentes, fluorescentes, mistas, a vapor demercúrio, a vapor de sódio

Para cada aplicação existem tipos adequados deluminárias, devendo o projetista da iluminação escolheratravés de catálogos de fabricantes, a luminária que:

mais se adapte ao local, propicie uma boa estética, apresente melhor rendimento, e, atenda as condições econômicas do comprador.

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Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 32

Cada luminária possui uma curva fotométricaprópria, ou seja, cada uma distribui a luz da lâmpada demodo particular e, em estudos mais avançados deiluminação, são consideradas estas curvas a fim de se terum nível de iluminamento uniforme sobre o plano detrabalho. A imagem da figura 22 mostra o efeito dadistribuição de luz em um plano vertical, sendo a linhavermelha sobreposta correspondente à curva fotométrica.

Figura 22 – Diagrama de intensidade luminosa de umaluminária – exemplo [7].

As luminárias para lâmpadas fluorescentes sãocompostas pelas partes ilustradas na figura 23.

Figura 23 – Partes de uma luminária para lâmpadasfluorescentes [7]

Existem luminárias que possuem difusores, que éum acabamento externo destinado a "difundir" a luz, ouseja, diluir de tal maneira o fluxo luminoso que oofuscamento seja evitado. Na luminária da figura 23, tem-se o difusor de aletas, mas poderá ser do tipo “emacrílico”.

Figura 24 – Luminária com difusor em acrílico.

Todos os difusores absorvem uma parte do fluxoe, por isso, em locais menos requintados e em que se

deseja um fluxo intenso, como por exemplo, grandesescritórios ou industrias, utiliza-se luminárias com luzdireta e sem difusores (nua).

As luminárias possuem um rendimento normalquando seu refletor é feito em chapa e alto rendimentoquando o refletor é de alumínio.

Figura 25 – Comparação de consumos entre luminárias

Estas luminárias possuem os dois tipos dereflexão ilustrados na figura 26.

Figura 26 – Tipos de reflexão em uma luminária paralâmpadas fluorescentes

As luminárias ainda podem ser do tipo pendente,ou seja, necessitam de suporte de fixação à caixa depassagem no teto, ou do tipo plafonier (ou de sobrepor),quando se fixam diretamente no teto.

a) Pendente (nua)

b) Plafonier ou de sobrepor

Figura 27 – Tipos de luminárias

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Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 33

A figura 28 mostra uma luminária pendente, tipoabajur, para utilização de lâmpadas incandescentes oufluorescentes compactas. Por outro lado, se elas sãofixadas nas paredes, recebem o nome de “arandelas”.

Figura 28 - Arandela

5.0 – CONTROLE DA ILUMINAÇÃO

5.1 – Interruptores Simples

São os controladores de circuito mais usadosligando e desligando as lâmpadas. Podem ser de uma,duas ou três seções.

Figura 29 – Interruptor de uma, duas e três seções

Devem ser ligados para interromper a fase e nãoo neutro, de modo que se evite o risco de choques quandoocorrer uma troca de lâmpadas.

5.2 – Interruptores paralelos (three-way)

Os interruptores paralelos, também conhecidospor “three-way”, possuem três caminhos para a corrente e,desta forma, permitem comandar uma mesma lâmpada dedois pontos diferentes.O aspecto externo de um three-way é o mesmo dointerruptor simples, porém na sua parte traseira possui trêsterminais, sendo um deles denominado de comum, ondeserá ligado a fase.

Figura 30 – Interruptor three-way

5.3 – Interruptores intermediários (four-way)

Os interruptores intermediários, tambémconhecidos por “four-way”, possuem quatro caminhospara a corrente e, desta forma, utilizando-os juntos comdois three-way’s, permitem comandar uma mesmalâmpada de três ou mais pontos diferentes.

a) Vista traseira

b) Ligação

Figura 31 – Interruptor four-way

5.4 – Minuteria

A “minuteria” é um dispositivo que controla otempo que a iluminação permanecerá ligado, desligando-se automaticamente. São bastante empregados emedifícios residenciais, onde a circulação de pessoas éreduzida à noite. Nestes casos, economiza-se energia poisevita-se a possibilidade de lâmpadas permaneceremacesas desnecessariamente.

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________________________________________________________________________________ Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 34

Figura 32 – Aplicação de minuteria [6]

As minuterias atualmente disponíveis nomercado são eletrônicas, embora hajam casos de seencontrarem aquelas com dispositivo de relojoaria e decontatos de mercúrio.

Figura 33 – Minuteria eletrônica (Intral)

5.5 Interruptor Horário

O interruptor ou relé horário é um dispositivoque possibilita programar, ligar e desligarautomaticamente circuitos elétricos em tempospredeterminados, o que resulta em economia de energia.Substituem, com vantagem, as minuterias porque podemser instalados nos halls dos andares do edifício, próximoaos elevadores. Permitem a instalação em caixas comuns4” x 2” e possuem um indicador luminoso para seremfacilmente localizados na escuridão.

Existem dois tipos de interruptores horárioquanto ao funcionamento e programação, ou seja, elespodem ser eletrônicos ou motorizados, bem com, seremdiário ou semanal.

5.6 – Variador ou Controlador de Luz

São equipamentos que permitem variar aintensidade luminosa de lâmpadas incandescente desde aintensidade máxima ao desligamento total. Podem ser dostipos “potenciômetro” e “dimmer”, o qual é eletrônico.

Figura 34 – Dimmer e interruptor horário

5.7 – Sensor de presença

O interruptor automático por presença éeletrônico e capta, através de um sensor infravermelho, airradiação de calor de pessoas, animais e objetos queestejam nos limites perceptíveis do dispositivo.

Desta forma, possibilita o comando automáticoda iluminação de ambientes fazendo que as lâmpadasfiquem acesas somente na presença de pessoas,proporcionando considerável economia de energia.

Há grande interesse em utilizá-lo em conjuntocom um sensor de luz. Neste caso, a iluminação seacenderá somente se a luminosidade estiver abaixo de umcerto nível e houverem pessoas no recinto.

Figura 35 – Sensores de luz e de proximidade (Philips)

5.8 – Relé Fotoelétrico

O relé fotoelétrico é um elemento de controleque opera em função da luminosidade recebida, ou seja,ele ligará a lâmpada quando a intensidade luminosa forinferior a um nível previamente determinado.

Figura 36 – Relé fotoelétrico (Ilumatic)

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Parte I: Fundamentos e Estrutura das Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 3: Iluminação e seus dispositivos - 35

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] - Negrisoli, M. E. M. - “Instalações Elétricas -Projetos Prediais em Baixa Tensão.”. Edgard BlücherLtda., 1983;

[2] Philips do Brasil - “Os benefícios de uma boailuminação – Eficácia energética”;

[3] - Associação Brasileira de Normas Técnicas - “NBR-5413 – Iluminância de Interiores ”. Rio de Janeiro,ABNT, 1980;

[4] - Philips – “Iluminação para Sua Melhor Qualidadede Vida”;

[5] - Creder, H. – “Manual do Instalador Eletricista”.Livros Técnicos e Científicos Editora, 1995;

[6] - Cavalin, G.; Cervelin, S. – “Instalações ElétricasPrediais”. Ed. Érica Ltda., 1998;

[7] Lumicenter Engenharia de Iluminação – “CatálogoGeral de 1999”.

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PARTE II:

PROJETOS DAS INSTALAÇÕESELÉTRICAS

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Parte II: Projetos de Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 4: Diretrizes para o Desenvolvimento de Projetos de Instalações Elétricas - 37

CAPÍTULO 4: DIRETRIZES PARA O DESENVOLVIMENTODE PROJETOS DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

“Os homens são sempre sinceros. Apenas trocam de sinceridade de vez em quando”.

Tristam Bernard

RESUMO

O objetivo deste texto é o de fornecer diretrizespara o desenvolvimento de um projeto de uma instalaçãoelétrica.

1.0 - INTRODUÇÃO

Quando há a solicitação para a elaboração deum projeto completo, inicia-se um processo que envolvevárias etapas.

Inicialmente, é necessário que o projetistareceba informações do solicitante de tal modo que recebasubsídios para iniciar o trabalho criativo, onde deveráimaginar como serão os seus usuários, quais os seuscomportamentos e que tipo e particularidades quecomporão o ambiente com o qual conviverão.

Além disto, é necessário que ele receba destesolicitante ou do autor do projeto arquitetônico:

a) planta da situação do imóvel, comidentificação de sua numeração e dos logradourospúblicos mais próximos;

b) plantas de arquitetura do(s)subsolo(s), térreo, garagem(ns), pavimentosintermediário(s), playground, pavimento tipo, pavimentodiferentes do tipo, cobertura e casa de máquina deelevadores e ar condicionado, cortes e fachadas;

c) plantas de estrutura referentes àspeças estruturais mais importantes, tais como lajes,pilares, vigas, caso estas indicações não figurem noprojeto arquitetônico.

A seguir, o projetista deve elaborar umanteprojeto, onde ele avalia quais são as melhores opçõespara implementar a instalação com as característicasimaginadas no processo de concepção, ou seja, asdiretrizes gerais que serão seguidas no projeto.

Ao finalizar o anteprojeto, o solicitante deve serconsultado, verificando se este o aprova.

Em caso positivo, passa-se a elaborar o projetopropriamente dito. Nesta etapa inicia-se a fase técnica,onde é necessário adotar-se soluções de compromisso

entre os vários fatores envolvidos, pois, nem sempre,eles são compatíveis entre si. São exemplos, a segurança,a economia, a flexibilidade, a confiabilidade e, também,o uso racional da energia elétrica.

Em outras palavras, projetar uma instalaçãoelétrica para qualquer tipo de prédio ou local, consistebasicamente em escolher, dimensionar e localizar demaneira adequada os equipamentos e outroscomponentes necessários, proporcionando atransferência de energia elétrica desde uma fonte até ospontos de utilização com as menores perdas possíveis.

O projeto completo deve ser encaminhado para aaprovação do solicitante e da concessionária. Esta, porsua vez, o aprovará, o aprovará com ressalvas ou exigiráuma revisão completa ou parcial.

2.0. – ITENS COMPONENTES DE UM PROJETO

Um projeto é a representação escrita de umainstalação e, portanto, consiste, basicamente, em umconjunto de desenhos e documentos.

Desta forma, para a sua elaboração éfundamental que o projetista conheça e obtenha asnormas, prescrições e regulamentos pertinentes aofornecimento de energia elétrica e ligações telefônicasdas concessionárias do local em que o imóvel seráconstruído, bem como, as da ABNT, principalmente aNBR - 5410.

Os itens que compõe um projeto elétricocompleto em instalações de uso coletivo são:

Memorial Descritivo;

Memorial de Cálculo, compreendendo: Cálculo da demanda; Dimensionamento dos condutores; Dimensionamento dos condutos; Dimensionamento das proteções.

Plantas Planta de localização; Planta de todos os pavimentos e das áreas

comuns.

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________________________________________________________________________________ Capítulo 4: Diretrizes para o Desenvolvimento de Projetos de Instalações Elétricas - 38

Esquemas Verticais (Prumadas) Elétrica; Antena coletiva; Porteiro eletrônico; Instalações Complementares, tais como:

alarme, segurança, iluminação deemergência, etc.).

Quadros: Quadros de distribuição de cargas; Diagramas multifilares (ou unifilares).

Detalhes: Entrada de serviço; Caixa seccionadora; Centros de medição; Pára-raios; Caixas de passagem; Aterramentos; Outros (conforme a necessidade).

Simbologia e convenções;

Especificações;

Lista de Materiais.

Com tais documentos, deve-se recolher umaART junto ao CREA local e solicitar através de uma cartaa aprovação da concessionária.

3.0 – DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DE ELABORAÇÃODE UM PROJETO

Para se obter todos os itens que compõe umprojeto elétrico deve-se empregar uma seqüência deprocedimentos como os fornecidos e analisados a seguir.

3.1 – Obtenção de Informações Preliminares

Esta etapa é grande importância para se elaborarum bom projeto. Nela, deve-se obter as informaçõesnecessárias das diversas fontes, com o maior grau dedetalhamento possível, de maneira a estabelecer aconcepção geral do projeto a ser desenvolvido. Elas são:

Projeto arquitetônico

Para efetuar um projeto elétrico é fundamentalobter-se o projeto arquitetônico com asrespectivas plantas, cortes, detalhes e fachadas,entre outros. Esta documentação fornece asdimensões, inclusive pé-direito, de todos osrecintos e áreas externas, bem como a suarespectiva utilização, permitindo o traçado doscircuitos, a determinação dos caminhos onde

eles serão implementados e a especificação dosmateriais a serem utilizados.

Figura 1 – Exemplo de projeto arquitetônico.

Projetos complementares:

Projeto estrutural, projetos de instalaçõessanitárias, de águas pluviais, de combate aincêndio, de sonorização e outros. Neste ponto,devem ser observadas possíveis restrições einterferências com vigas, pilares, espessura delajes, cruzamento de tubulações, localização deprumadas e quadros. Observe-se que o projetodas instalações elétricas deve ser elaborado emharmonia com os demais projetos de utilidadesdo edifício [1].

Planta de localização

Como dado básico de projeto, deve serverificada a existência de rede de energiaelétrica que possibilite atender a instalação aser projetada, o tipo de fornecimento epossíveis pontos de derivação para oatendimento.

Em geral, as concessionária exigem queconstem nas plantas de centro de medição oude transformação, a localização do imóvelcom a distância do ramal de entrada ao pontode entrega do consumidor e a sua situação.

Observe-se que se a rede não existir ou apotência demandada prevista atingir níveispreestabelecidos elas citadas concessionárias,é necessário solicitar um estudo de ampliaçãode rede. Se ela for necessária, é prática usual osolicitante arcar com o custo desta ampliação.

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________________________________________________________________________________ Capítulo 4: Diretrizes para o Desenvolvimento de Projetos de Instalações Elétricas - 39

Figura 2 – Planta de localização do imóvel

Informações obtidas com o proprietário,arquiteto ou responsável:

É conveniente obter com o proprietário,arquiteto e/ou responsável pelo imóvel osdetalhes de pontos de utilização conforme àssuas necessidades, as possíveis cargas ouaparelhos especiais, como os de arcondicionado, aquecedor e outros, se hápreferência pela utilização de determinadaslinhas de materiais e sistemas de instalações;bem como se há previsão para futurosacréscimos de cargas, sistemas e utilização dealimentação elétrica de segurança.

3.2 – Simbologia e Convenções

A elaboração de um projeto elétrico completoresulta no traçado de várias plantas. Para orientação dopessoal de obra e em consultas ao projeto, facilitando alocalização de cada parte do conjunto de plantas, éimportante que em todas as folhas de desenho haja umreferencial, com o número e a descrição das demaisfolhas e o selo identificatório. A figura 3 ilustra oexposto, mostrando, adicionalmente, os camposindispensáveis que devem ser relacionados no selo.

Figura 3 - Selo e referencial de desenhos

Nestes desenhos, assim como em qualquer um,a utilização de legendas, a qual deve incluir a simbologiaempregada, é fundamental para que seja possível a suaplena compreensão. A figura 4 fornece um exemplo.

Figura 4 – Exemplo de Legenda com simbologia

Eventuais notas serão escritas no rodapé dasplantas ou logo acima do selo identificatório. Uma notareferente à isenção de responsabilidade técnica diantedas alterações do projeto aprovado sem consentimentodo autor, sempre deverá estar constando em pelo menosuma das folhas do desenho.

Figura 5 - Exemplo de notas

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________________________________________________________________________________ Capítulo 4: Diretrizes para o Desenvolvimento de Projetos de Instalações Elétricas - 40

3.3 - Quantificação do Sistema

Com as informações e documentação obtidas, oprojetista estará apto para efetuar uma previsão dascargas que serão utilizadas na instalação, tanto em termosda quantidade de pontos de utilização, quanto da potêncianominal dos mesmos. Elas são:

Iluminação; Tomadas de uso geral e específico; Cargas especiais tais como elevadores, bombas

de recalque de água, de drenagem e decombate a incêndio.

3.5 - Determinação do Padrão de Atendimento:

Quantificadas as cargas deve-se determinar,conforme estabelecido em normas específicas daconcessionária, a:

Demanda e categoria de atendimento de cadaconsumidor;

Demanda do edifício e classificação da entradade Serviço.

3.4 – Diagramas em Planta

O diagrama em planta mostra fisicamente ondese colocar interruptores, tomadas, quadros de luz,condutores, eletrodutos, ou seja, a distribuição doscircuitos elétricos. Desta forma, permite a execução doprojeto na obra civil.

Este diagrama engloba:

Desenho dos pontos de utilização; Localização dos Quadros de Distribuição de

Luz (QL's) e Quadros de Força (QF's); Divisão das cargas em circuitos terminais; Desenho das tubulações dos circuitos terminais; Traçado da fiação dos circuitos terminais.

Observe-se que devem ser traçados osdiagramas de todos os pavimentos, incluindo opavimento tipo, térreo, cobertura e áreas comuns no casode condomínios.

A figura 6 mostra parte de um diagrama emplanta de uma determinada instalação.

Figura 6 – Diagrama em planta (parte) – Distribuição elétrica

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Normalmente inclui-se no diagrama em plantado pavimento térreo a localização do centro de medição,com o traçado da tubulação e fiação dos circuitosalimentadores.

Figura 7 – Centro de medição (Exemplo)

3.5 – Especificação dos Componentes dos Circuitos

Com o conhecimento das cargas e respectivadistribuição em circuitos, considerando as normastécnicas aplicáveis a cada caso e os catálogos defabricantes, efetua-se a especificação de:

Condutores; Tubulações; Dispositivos de proteção; e, Quadros.

3.6 - Quadros de Carga e Diagramas Unifilares

Nesta etapa, são elaborados:

Quadro de cargas que possuem a função derepresentar a distribuição e o dimensionamentodos circuitos.

Figura 8 – Quadro de cargas

Diagrama unifilar, que é a representação deum sistema elétrico por uma de suas fases Estediagrama dá uma idéia bastante clara daalimentação de energia elétrica de uma instalação,de seus dispositivos de comando e proteção, bemcomo os valores nominais de todos osequipamentos. As figuras 9 e 10 ilustram o

exposto para um determinado consumidor e o detoda a instalação (geral).

Figura 9 – Diagrama unifilar de um consumidor

Figura 10 – Diagrama unifilar geral

3.7 – Desenhos Complementares

São desejáveis a elaboração de vários desenhoscomplementares, incluindo, principalmente detalhesconstrutivos, de modo a facilitar a interpretação doprojeto.

Observa-se que , quanto mais detalhado for umprojeto, mais fielmente ele poderá ser executado.

Os exemplos mais comuns destes desenhos sãoos de:

Subestações ou estaleiros (se for o caso);

Prumadas, que são a disposição vertical doscircuitos

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Figura 11 – Prumadas – Esquemático de elétrica

Detalhes de montagem da caixa de medição,com cortes, detalhes de postes, fiação,unifilares dos medidores;

Figura 12 – Detalhe da caixa de medição

Detalhes de montagem das caixas dedistribuição e/ou seccionadoras (sehouverem).

Figura 13 – Caixa de distribuição – Vista frontal comporta fechada

Figura 14 – Caixa de distribuição – Vista frontal comporta aberta

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Figura 15 – Caixa de distribuição – Fiação padrão

Figura 16 – Caixa de distribuição – Furação

Detalhe do aterramento e poste

Figura 17 – Detalhe do aterramento

Figura 18 – Detalhe do poste

3.8 - Memorial Descritivo

Também denominado memorial de execução,descreve sucintamente as instalações e justifica asopções adotadas. Composto, basicamente, por:

Dados básicos de identificação do projeto; Dados quantitativos do projeto; Descrição geral do projeto; e, Documentação do projeto.

3.9 - Memorial de cálculo:

Contém exatamente todos os cálculos realizadosno projeto de modo a justificar as decisões tomadas efacilita quanto à possíveis modificações que ocorreremdurante a execução da obra.

Consta de:

Cálculos das previsões de cargas; Determinação da demanda; Dimensionamento de condutores; Dimensionamento de eletrodutos; Dimensionamento dos dispositivos de proteção.

Tais dados na maioria dos casos é exigênciaobrigatória das concessionárias para a liberação eaprovação do projeto.

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Uma outra justificativa para a sua elaboração éque ocorre um intervalo de tempo entre a aprovação doprojeto e a sua execução, bem como sempre existemmodificações a serem feitas. Através do memorial decálculos, poupa-se tempo em tentar-se lembrar como aseventuais modificações alteraram o projeto original.

Como um parâmetro básico de procedimento,sugere-se que todas as correções efetuadas durante aexecução sejam claramente indicadas nos desenhos, paraque eles sejam um retrato fiel da instalação, facilitando otrabalho em alterações e manutenção futura.

Um exemplo de memorial encontra-se noAnexo I.

3.10 - Relação de materiais

É a descrição quantitativa e qualitativa dosmateriais a serem utilizados na execução da obra. Osreferidos materiais deverão ser listados em ordemalfabética e com itens em ordem crescente, comreferência e códigos, e dois ou mais fabricantes. ATabela 1 apresenta um exemplo para um sistema debomba de incêndio.

Item Material Descrição Qtd. Un Fabr.Preço

Unt. (R$)Preço

Tot. (R$)01 Contator Principal Tensão 220 VCA; 32 A - ref. 3TF4422 01 pç Siemens 78,70 78,70

02 Relé Térmico 3UA5200 - 16/25 A 01 pç Siemens 28,48 28,48

03 Seccionador Chave tipo Cebel 36 A 01 pç Cebel 49,60 49,60

04 Caixa paraMontagem Elétrica

Código MA-041 - Alt. 400 mm - Larg.300 mm Prof. 200 mm

01 pç Elsol 40,00 40,00

05 Fusível Tipo NH - 25 A ou Diazed 03 pç Siemens 4,25 12,75

06 Base para Fusível Tipo NH - 25A tala 00 ou Diazed 03 pç Siemens 4,16 12,48

07 Fusível Tipo Diazed 16 A 02 pç Siemens 0,51 1,02

08 Base para Fusível Tipo Diazed 16 A 02 pç Siemens 4,50 9,00

09 Botoeira liga /desliga

Tipo quebra vidro e martelo - ABAC0071

15 pç Ascael 19,00 285,00

10 Lâmpada Sinalização c/ tampa de acrílico 2 pç Blindex 1,00 2,00

11 Fio Elétrico Bitola 4 mm2 1000 V - Sintenax 400 m Pirelli 0,60 240,00

12 Botoeira Liga/desliga p/ painel 2 pç Blindex 5,00 10,00

Total 769,03

Tabela 1 – Exemplo de lista de material – Sistema de bomba de incêndio.

3.11 - ART

Para a apresentação do projeto para a análise daconcessionária e para o próprio acervo técnico doprofissional, ele deverá recolher uma ART - Anotação deResponsabilidade Técnica junto ao CREA local. O valora ser pago depende do cobrado para a elaboração doprojeto.

3.12 - Análise da ConcessionáriaAs concessionárias, de uma forma geral, exigem

avaliar a adequação do padrão de fornecimento, à entradade serviço e à rede de alimentadores até a terminais(prumada). Portanto é necessário dar entrada do projeto,juntamente com a ART, para análise dos seus órgãostécnicos.

Observa-se que a aprovação por parte daconcessionária, em hipótese alguma, exime o projetista desua responsabilidade técnica

3.13 - Revisão do Projeto (se necessário)O projeto pode ser aprovado, aprovado com

restrições e reprovado.

Nas duas últimas condições, é necessárioprovidenciar adequações ou modificações para satisfazeras exigências da concessionária.

O projeto, nesta situação, deve ser reapresentadopara nova análise.

3.14 - Aprovação da Concessionária

A aprovação da concessionária é o atestado deque o projeto das instalações está de acordo com os seuspadrões e normas. Desta forma, o solicitante do projetopoderá efetuar a montagem das instalações e,posteriormente, o pedido de ligação à rede pública dedistribuição de energia.

4.0 – ROTEIRO DE UM PROJETO ELÉTRICO

Para se obter todos os itens que compõe umprojeto elétrico completo de forma racional e organizada,sugere-se que seja adotado a seqüência de procedimentosfornecidas no fluxograma da figura 19.

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS

Parte II: Projetos de Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 4: Diretrizes para o Desenvolvimento de Projetos de Instalações Elétricas - 45

Figura 19 – Roteiro para a elaboração de um projeto elétrico.

ReprovadoAprovado comRestrições

Aprovado

Início

Informações PreliminaresObter:

Projeto arquitetônico Projetos complementares Planta de localização Informações com o proprietário, arquiteto ou responsável

Determinar Cargas Iluminação; Tomadas de uso geral e específico;Especiais

Desenhar Quadro de Carga e Anotar asCargas Correspondentes

Distribuir Circuitos

Determinar Demanda e categoria de atendimento de cada

consumidor; Demanda do edifício e classificação da entrada

de Serviço.

Escolher Simbologia e TraçarDiagramas em Planta:

Pavimento Tipo, Térreo e Outros, Áreas Comuns

Especificar Condutores; Tubulações; Dispositivos de proteção; e,Quadros.

Preencher Quadro de Carga eTraçar os Diagramas

Unifilares

Desenhar Complementos: Subestações ou estaleiros; Prumadas; Detalhes de montagem da caixa de medição Detalhes de montagem das caixas de distribuição

e/ou seccionadoras Detalhe do aterramento e poste

Elaborar o Memorial Descritivo Dados básicos de identificação do projeto; Dados quantitativos do projeto; Descrição geral do projeto; e,Documentação do projeto.

Memorial de Cálculo Cálculos das previsões de cargas; Determinação da demanda; Dimensionamento de condutores; Dimensionamento de eletrodutos; Dimensionamento dos dispositivos de proteção.

Recolher ART

Dar Entrada do ProjetoConcessionária

Efetuar Alterações

AnáliseConcessionária

Fornecer toda a Documentação Para oCliente Efetuar Montagem

Relação de Materiais

Fim

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Parte II: Projetos de Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 4: Diretrizes para o Desenvolvimento de Projetos de Instalações Elétricas - 46

5.0 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Observe-se que, toda informação que facilite aexecução do projeto, bem como, todos os detalhes,devem ser incluídos nos desenhos e mencionados nomemorial descritivo, preferencialmente. Quaisquerdúvidas deverão ser eliminadas, por mais simples queelas possam parecer, para que o executor tenhacondições de implantar o proposto do modo em que elefoi concebido.

O projeto é um dos investimentos de maiorimportância para se obter bons resultados finais emqualquer empreendimento. Sendo assim, o projetistadeve ser extremamente criterioso e buscar soluções quepossibilitem uma obra de qualidade ao menor custopossível.

A qualidade é quesito fundamental no mercadocompetitivo do momento. Observe-se que ela deve semanifestar em todos os aspectos, não apenas em umprojeto tecnicamente perfeito.

Pode-se citar como exemplos de qualidade noprojeto:

a) Memorial descritivo bem elaborado,estruturado em capítulos, itens e sub-itens;

b) Elaboração de lista de materiais com omaior número de informações possíveis;

c) Especificação de componentes eequipamentos que possuam certificado dasérie ISO 9000;

d) Desenhos realizados utilizando o“software” AutoCad ou semelhante.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] Lima Filho, D.L. – “Projetos de Instalações ElétricasPrediais”. Ed. Érica Ltda., 1998.

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Parte II: Projetos de Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 5: Previsão de Cargas - 47

CAPÍTULO 5: PREVISÃO DE CARGAS

"E porque não dissemos nada, não podemos dizer mais nada"

Maiakowsky

RESUMO

Este capítulo apresenta metodologias para aprevisão de cargas de uma instalação residencial oucomercial, incluindo os setores industriais não ligados àprodução, escritórios, depósitos e outros. Sãoconsideradas as cargas referentes à iluminação e osvários tipos de tomadas.

1.0 - INTRODUÇÃO

As cargas em instalações elétricas são aquelesreferentes à iluminação e às tomadas, às quais solicitamda rede elétrica uma determinada potência.

Em um projeto, é necessário que haja umaestimativa destas cargas, de forma que sejam definidas apotência, a quantidade e a localização de todos os pontosde consumo de energia elétrica da instalação.

Para os sistemas de iluminação, emprega-senesta estimativa os métodos do W/m2 ou o do lúmens.

No caso das tomadas, elas são classificadascomo de uso geral ou de uso específico em instalaçõesprediais.

As de uso geral destinam-se, usualmente, aoseletrodomésticos. As de uso específico, por outro lado,são empregadas para equipamentos de potência elevadae/ou que exijam instalação em local predeterminado, taiscomo, condicionadores de ar, chuveiros e torneiras, entreoutros.

Para edificações destinadas à habitação a NBR5410 [1] estabelece os critérios para a estimativa daspotências e quantidades de tomadas, enquanto que para asinstalações comerciais e industriais não o faz.

2.0 – CARGAS REFERENTES À ILUMINAÇÃO

A iluminação em locais destinadas à habitaçõestais como pequenos escritórios, cômodos e dependênciasde unidades residenciais, geralmente não oferece maioresproblemas, dispensando um projeto formal. No entanto,deve-se observar algumas condições básicas, ou seja:

Todo recinto deve, necessariamente, conterpelo menos um ponto de luz comandado porinterruptor na parede;

Deve-se prever arandelas acima da pia eespelho em banheiros;

As arandelas, conforme a NBR 5010, devemestar distantes, no mínimo, 60 cm do limitedo boxe.

A potência mínima para a iluminação comlâmpadas incandescentes sugerida pela NBR 5410, é:para:

Recintos com área Quantidade Mínima

Igual ou inferior a 6 m2 100 VA

Superior a 6 m2

100 VA para os primeiros 6m2, acrescidos de 60 VApara cada aumento de 4 m2

inteiros, desprezando-sevalores inferiores

Se as lâmpadas forem fluorescentes, pode-seutilizar 25 % dos valores citados.

De forma a estabelecer um iluminamento médiode 100 lux para instalações residenciais e 150 lux para asnão residenciais, emprega-se a densidade de carga (W/m2)fornecida a seguir.

Tipo de local Incandescente FluorescenteResidências (todos os

cômodos) 20 8

Atividades comerciais eescolas 30 12

Hotéis e semelhantes 20 8

Assim, a potência total das lâmpadas (PTL) é:

22 )( recinto do Área

mWmPTL = (1)

Caso se utilize lâmpadas fluorescentes algunspassos adicionais devem ser dados, ou seja:

Determinar o número de lâmpadas (nLAMP)através de:

LAMP

nLAMP P

Pn = (2)

Onde LAMPP é a potência da lâmpada escolhida.

Se o resultado for um número impar, deve-seutilizar o número par imediatamentesuperior, de forma que as luminárias e oreator possam ser duplos. O reator deve serduplo devido ao fato de que possui um fatorde potência maior que o simples;

Determinar em um catálogo a potência de umreator para cada par de lâmpadas.

Calcular a potência elétrica total considerandolâmpadas e reatores.

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Parte II: Projetos de Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 5: Previsão de Cargas - 48

3.0 – CARGAS REFERENTES À ILUMINAÇÃO –MÉTODO DOS LÚMENS

Para grandes áreas, é conveniente empregar-se o“método dos rendimentos” para o cálculo da carga total enúmero de lâmpadas fluorescentes. O seu objetivo básicoé o de obter o fluxo luminoso necessário para obter umdeterminado iluminamento médio. Os seusprocedimentos são descritos em capítulo específico sobreprojetos de iluminação.

4.0 – TOMADAS EM EDIFICAÇÕES DESTINADAS ÀHABITAÇÃO

A NBR 5410 estabelece o número mínimo detomadas e as respectivas cargas mínimas, apenas pararesidências, acomodações de hotéis, motéis e similares,ou seja, para edificações com fins de habitação.

4.1 – Tomadas de uso específico

No caso de tomadas de uso específico deve-sedeterminar as potências dos aparelhos que elasalimentarão. O número de tomadas, evidentemente, éigual ao de aparelhos.

Note-se que, a potência prevista para as tomadasdeve ser a nominal do aparelho a ser alimentado, ou,quando esta não for conhecida, uma estimativa da maiorcarga com possibilidade de ser ligada à elas.

A tabela 2 apresenta alguns valores típicos depotência de vários aparelhos.

Aparelho Carga (W)50 a 100 1.000

150 a 200 1.250

250 1.500

300 a 350 2.000

Aquecedor de Água Central capacidade em litros de

400 2.500

Aquecedor de Água Local 4.000 a 8.000

Aquecedor (Ambiente) 700 a 1.300

Cafeteira 1.000

Chuveiro 3.000 a 8.800

Congelador (Freezer) 350 a 500

Copiadora (Tipo Xerox) 1.500 a 6.500

Exaustor (para cozinha) 300 a 500

Ferro de Passar Roupa 400 a 1650

Forno de Microondas 700 a 2000

Forno Residencial 4.500

Freezer (congelador) 300 a 550

Geladeira doméstica 150 a 550

Lavadora de prato 1.200 a 1.800

Lavadora de roupa 750 a 1.800

Secador de Cabelos 500 a 1 200

Secador de Roupa 4.000 a 6.000

Torneira 2.500 a 3.200

Torradeira 500 a 1.200

Triturador de lixo 300 a 600

Observe-se que, as tomadas para utilizaçõesespecificas, devem ser instaladas a, no máximo, 1,5 m dolocal previsto para o aparelho.

4.2 – Tomadas de uso geral

Para as tomadas de uso geral adota-se comobase para o cálculo da carga uma potência de 100 VA e assuas quantidades mínimas são para:

Recinto Quantidade MínimaCômodos oudependências comárea igual ouinferior a 6m2

No mínimo 1 tomada

Cômodos oudependências commais de 6m2

No mínimo 1 tomada para cada5m ou fração de perímetro,espaçadas tão uniformementequanto possível

Subsolos, varandas,garagens ou sótãos

1 tomada independente da área,pelo menos

Banheiros1 tomada junto à pia, com umadistância mínima de 60 cm doboxe, independente da área.

4.3 – Tomadas em cozinhas, copas, copas-cozinhas,áreas de serviço e lavanderia

Para estes recintos, a quantidade mínima detomadas é de:

1 tomada para cada 3,5 m, ou fração, deperímetro, sendo que acima de cada bancadaou largura igual ou inferior a 30 cm deve serprevista pelo menos 1 tomada.

Neste caso, obrigatoriamente, até 3 tomadasdevem ser consideradas com potência de 600 VA. e, asexcedentes, 100 VA por tomada.

5.0 – TOMADAS EM ESCRITÓRIOS E LOJAS

Em relação à escritórios comerciais (ou locaisanálogos) e lojas a NBR 5410 [1] não traz quaisquerreferências quanto ao número mínimo de tomadas de usogeral. Entretanto, sugere-se que, nestes locais, sejaatribuída a carga de 180 VA por tomada, no mínimo.

5.1 – Quantidade de tomadas em escritórioscomerciais ou locais análogos

Nos escritórios com áreas iguais ou inferiores a40 m2, a quantidade de tomadas seja calculada baseando-se no critério que resultar no maior número de tomadas,escolhido entre:

1 tomada para cada 3 m, ou fração, deperímetro, ou

1 tomada para cada 4 m2, ou fração, de área,distribuídas tão uniformemente quantopossível.

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Parte II: Projetos de Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 5: Previsão de Cargas - 49

Para escritórios com áreas superiores a 40 m2, aquantidade de tomadas deve ser calculada tomando comobase o seguinte critério:

10 tomadas para os primeiros 40 m2; e, 1 tomada para cada 10 m2, ou fração, de área

restante, distribuídas tão uniformementequanto possível;

5.2 – Quantidade de tomadas em lojas

Em lojas devem ser previstas tomadas emquantidade não inferior a:

1 tomada para cada 30m2, ou fração, nãocomputadas as tomadas destinadas à ligação delâmpadas, as tomadas de vitrinas e as destinadasà demonstração de aparelhos;

6.0 – AR CONDICIONADO

A determinação das tomadas paracondicionadores de ar se diferencia de outras cargas, poisdepende do ambiente no qual será instalado.

Em [2] é apresentado um processo que permitelevantar a carga térmica do local a ser condicionado.Entretanto, conforme [3], para uma noção dos valores aserem utilizados pode-se, alternativamente, utilizar-se osvalores fornecidos na tabela a seguir no que for possível.

Tipos de PrédioDensidade de

Carga (VA/m2)Bancos 70

Lojas (Magazines) 30 – 100

Hotéis 60

Prédio de Escritórios 60

Centrais Telefônicas 70 – 80

Pequenas Lojas 40 – 120

Restaurantes (não incluindo a Cozinha) 80

A tabela a seguir fornece os valores típicos daspotências e capacidades térmicas de condicionadores dear conforme [4].

Potência(VA)

Potência(W)

Capacidade(BTU/h)

1.100 900 7.100

1.550 1.300 8.500

1.650 1.400 10.000

1.900 1.600 12.000

2.100 1.900 14.000

2.860 2.600 18.000

3.080 2.800 21.000

4.000 3.600 30.000

7.0 – OUTRAS CARGAS

Em prédios com vários andares deve-se preverum alimentador para elevadores. Em geral, estainformação é fornecida pelo próprio fabricante. Dequalquer forma, a referência [2] fornece uma metodologiapara o cálculo da potência necessária.

Para bombas de incêndio a situação ésemelhante. Neste caso, o Corpo de Bombeiros da PolíciaMilitar fornece a potência do motor, conforme suasespecificações e exigências.

As bombas de recalque, por outro lado, devemser especificadas e, para tanto, sugere-se o procedimentodesenvolvido em [2]. O mesmo é válido para aespecificação de aquecedores elétricos centrais.

8.0 – NÚMERO MÍNIMO DE TOMADAS CONFORME ACONCESSIONÁRIA

Algumas concessionárias de energia elétricaadotam critérios diferentes, as quais, praticamente, levamaos mesmos resultados. As do Estado de São Paulo, porexemplo, adotam o número mínimo de tomadas emfunção da área construída da edificação. A tabela aseguir, retirada de [4], exemplifica.

Área Total(m2)

Tomadas(100 W)

TomadasCozinha(600 W)

Total

≤ 8 1 1 2

>8 e ≤ 15 3 1 4

>15 e ≤ 20 4 2 6

> 20 e ≤ 30 5 2 7

> 30 e ≤ 50 6 3 8

> 50 e ≤ 70 7 3 10

> 70 e ≤ 90 8 3 11

> 90 e ≤ 110 9 3 12

> 110 e ≤ 140 10 3 13

> 140 e ≤ 170 11 3 14

> 170 e ≤ 200 12 3 15

> 200 e ≤ 220 13 3 16

> 220 e ≤ 250 14 3 17

9.0 – TOMADAS DUPLAS E TRIPLAS

Em quaisquer das situações, para efeito decálculo, tanto de quantidade como de potência, astomadas duplas e triplas montadas em uma mesma caixadevem ser computadas como uma única.

10.0 – QUADRO DE PREVISÃO DE CARGAS

De forma a facilitar a divisão de circuitos, seutraçado em planta e posterior especificação dos várioscomponentes da instalação, é conveniente elaborar umquadro ou tabela de previsão de cargas.

Tal quadro, como mostrado a seguir, deve contero nome do recinto, suas dimensões, as cargas referentes àiluminação, as tomadas de uso geral, bem como, as deuso específico.

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Parte II: Projetos de Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 5: Previsão de Cargas - 50

Dimensões Iluminação Tom. Uso Geral Tom. Uso Esp.Recinto Área

(m2)Perim.

(m)Qtd. dePontos

PotênciaUnit. (VA)

PotênciaTotal (VA)

Qtd. dePontos

PotênciaUnit. (VA)

PotênciaTotal (VA)

Aparelho Potência(W)

Totais

11.0 – EXEMPLO DE PREVISÃO DE CARGAS -HABITAÇÕES

A figura 1 mostra a planta baixa de uma pequenaresidência.

Figura 1 – Planta baixa de uma residência

11.1 – Cargas de Iluminação

Utilizando-se como exemplo a sala, tem-se, parauma área de 15,01 m2:

6 m2 (primeiros) - 100 VA; 4 m2 (subsequentes) - 60 VA; 4 m2 (subsequentes) - 60 VA; 1,01 m2 - desprezado;

Total 15,01 m2 - 220 VA.

Portanto, a potência prevista para a iluminaçãoda sala é de 220 VA. Como, apesar de normalizado, estevalor é superdimensionado, adotar-se-á 200VA.

Na cozinha, por outro lado, é comum o empregode lâmpadas fluorescentes. Neste caso, tem-se:uma área de 15,01 m2:

6 m2 (primeiros) - 100 VA; 4 m2 (subsequentes) - 60 VA; 2,51 m2 - desprezado;

Total 12,51 m2 - 160 VA.

Como tem-se lâmpadas fluorescentes:

25% de 160 VA = 40 VA.

Ou 2 lâmpadas de 20 VA.

As lâmpadas necessitam de um reator, cujapotência deve ser obtida em um catálogo. Neste caso, ovalor típico é de 20 VA.

Assim, a potência total prevista é de 60 VA.

11.2 – Tomadas de Uso Geral

A área da sala é superior a 6 m2 e, em sendoassim, emprega-se o cálculo através do perímetro. Comoele é de 15,50 m tem-se:

15,50/5 = 3,1 ou 4 tomadas.

Se o recinto fosse a cozinha, o perímetro é 14,20m, o que resulta em:

14,20/3,5 = 4,057 ou 4 tomadas.

Neste caso, 3 tomadas seriam, obrigatoriamente,de 600 VA. A quarta, por sua vez, será de 100 VA ou acorrespondente à uma carga específica.

11.3 – Tomadas de Uso Específico

Pode-se prever várias tomadas para cargasespecíficas, como o chuveiro no banheiro.

Observe-se que, na cozinha, a quarta tomadacitada no item anterior, poderia ser utilizada naalimentação de um forno de microondas, por exemplo.

11.4 – Quadro de Distribuição de Cargas

O quadro de distribuição de cargas para aresidência em análise é o mostrado a seguir:

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Parte II: Projetos de Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 5: Previsão de Cargas - 51

Dimensões Iluminação Tom. Uso Geral Tom. Uso Esp.Recinto Área

(m2)Perim.

(m)Qtd. dePontos

PotênciaUnit. (VA)

PotênciaTotal (VA)

Qtd. dePontos

PotênciaUnit. (VA)

PotênciaTotal (VA)

Aparelho Potência(W)

Sala 15,01 15,50 1 200 200 4 100 400

Cozinha 12,51 14,20 1 60 60 3 600 1.800 Microndas 1.500

1 100 100Banheiro 4,05 8,401 60 60

1 100 100 Chuveiro 6.200

Dorm. 1 14,40 15,40 1 200 200 4 100 400

Dorm. 2 13,72 15,00 1 200 200 3 100 300

Totais 59,69 68,50 6 820 15 3.000 2 7.200

12.0 – EXEMPLO DE PREVISÃO DE TOMADAS EMESCRITÓRIOS

Supondo-se uma sala comercial com dimensões3,5 x 3,1 m, tem-se que a sua área é 10,85 m2 e o seuperímetro é de 13,2 m.

Desta forma, aplicando-se os procedimentoscorrespondentes, resulta:

a) 4,43

2,13

3===

perimetroTomadas

b) 71,24

85,10

4=== Área

Tomadas

O maior valor é o do item a e, portanto, deve-seter, no mínimo, 5 tomadas.

Observa-se a conveniência de se prever umatomada para computadores e periféricos, devido àdisseminação do uso destes equipamentos. A tomada éespecífica de 1.000 VA em média e possuirá dois pólos eo terra.

Para a utilização de um aparelho de arcondicionado, tem-se

ÁreaacdeDensidadePotência *arg =

ou:

VA 65185,10*60 ==Potência

Como se verifica na tabela correspondente, oequipamento com valor mais próximo é 7100 BTU/h,com potência de 1100 VA e 900 W.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] - Associação Brasileira de Normas Técnicas - “NBR-5410 - Instalações Elétricas”. Rio de Janeiro, ABNT,1988;

[2] - Negrisoli, M. E. M. - “Instalações Elétricas -Projetos Prediais em Baixa Tensão.”. Edgard BlücherLTDA., 1983;[3] – Cotrim A. A. M. B. - “Instalações Elétricas”. Mac-Graw Hill, 1982, 2a. ed.;

[4] - CESP/CPFL/ELETROPAULO - "Norma TécnicaUnificada NTU.01 - Fornecimento de Energia Elétricaem Tensão Secundária a Edificações Individuais" - SãoPaulo, 1995.

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Parte II: Projetos de Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 6: Distribuição de Circuitos e Quadro de Cargas - 52

CAPÍTULO 6: DISTRIBUIÇÃO DE CIRCUITOS EQUADRO DE CARGAS

“Há coisas que ainda não são verdadeiras e que, talvez, não tenham odireito de serem verdadeiras, mas o poderão ser amanhã. Fazemosparte desse amanhã”.

Jung

RESUMO

Este capítulo apresenta os critérios para aalocação das cargas de uma instalação elétrica em várioscircuitos.

1.0 - INTRODUÇÃO

Após a definição da quantidade de pontos de luze tomadas, ou seja das cargas previstas para a instalação,o projetista deve distribuí-las em vários circuitos.

Esta divisão possui como objetivosfundamentais:

Restringir os efeitos de uma falta qualquer,(por exemplo, um curto-circuito), isolandoe desligando o circuito defeituoso;

Facilitar a manutenção dos circuitos; Reduzir as correntes e, em conseqüência,

as bitolas dos condutores e quedas detensão;

Facilitar a passagem dos condutores emeletrodutos e as suas ligações às váriascargas;

Diminuir a capacidade nominal dosdispositivos de comando e proteção;

Evitar que haja o desligamento total dainstalação, como no caso em que haja umafalta em um único circuito.

2.0 – CIRCUITOS INTERNOS OU TERMINAIS

Como se sabe, um circuito elétrico é o conjuntode cargas alimentadas pelos mesmos condutores eprotegidos pelo mesmo dispositivo de proteção.

Observe-se que esta definição é válida tanto paraa alimentação do sistema de iluminação, quanto para astomadas de uso geral e de uso específico, indistintamente.

Tais circuitos devem sempre se originar noquadro de distribuição geral (QD), como nos exemplosdas figuras a seguir [1].

Figura 1 – Exemplo de circuitos internos [1]

Figura 2 – Exemplo de circuito de iluminação [1]

Figura 3 – Exemplo de circuito de tomada de uso geral[1]

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Parte II: Projetos de Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 6: Distribuição de Circuitos e Quadro de Cargas - 53

Figura 4 – Exemplo de circuito de tomada de usoespecífico [1]

3.0 – CRITÉRIOS PARA A DIVISÃO DE CIRCUITOS

Algumas condições são importantes para sedeterminar a quantidade de circuitos, ou seja:

O seu número não deve ser inferior a umcircuito para cada 60 m2 ou fração emedificações com fins habitacionais;

Idem, para cada 50 m2 ou fração em lojas eescritórios;

A menor bitola permitida para condutorespela NBR 5410 [2] é de 1,5 mm2, quepermite a condução de 15,5 A a 300 C detemperatura ambiente, três condutores poreletroduto e isolamento de PVC 700 C;

Os circuitos devem ser distribuídos entreas fases de forma a mais equilibradapossível.

Considerando-se o exposto, sugere-se que nadistribuição dos circuitos adote-se os seguintesprocedimentos:

As tomadas e pontos de iluminação devemser agrupados em locais fisicamentepróximos, para evitar excesso de cabos e,em conseqüência, aumento de custos, nãosó dos próprios cabos, mas principalmenteda mão de obra;

Deve haver um circuito específico para astrês tomadas de 600 VA relativas àcozinha, copa-cozinha e área de serviços;

Além disto, cada tomada para finsespecíficos deve ter seu próprio circuito.

Agrupar as tomadas de 100 VA eiluminação em circuitos de até 1.400 VA.Nestas condições, a bitola dos cabos aserem utilizados é de 2,5 mm2 em 127 V.Note-se que a bitola resultante é superior àmínima exigida por norma. Esteprocedimento permite grande uma folgano circuito. Ela é necessária comogarantia, pois o usuário comum nuncaatentará para qual é a potência admissívelde uma tomada ou de uma lâmpada.Observe-se que o preço de cabos combitolas de 1,5 mm2 e o de 2,5 mm2 sãomuito próximos, não implicando emgrandes ônus para o custo final dainstalação;

Como critério básico, deve-se sempre separar-se os circuitos de iluminação daqueles relativos àstomadas de uso geral e específico.

4.0 – QUADRO DE CARGAS

Os Quadro de Cargas possuem a função derepresentar a distribuição e o dimensionamento doscircuitos. Facilita o traçado dos circuitos em planta, bemcomo, o dimensionamento da proteção e bitolas doscabos.

A tabela 1 sugere os quesitos a considerar noconstrução deste quadro, exemplificando para ainstalação analisada no capítulo anterior.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] Cesp/Pirelli – “Instalações Elétricas Residenciais”.São Paulo, 1996.

[2] Associação Brasileira de Normas Técnicas - “NBR-5410 - Instalações Elétricas”. Rio de Janeiro, ABNT,1988.

QUADRO DE CARGAS

Lâmpadas Tom. UG Pot. Tensão Prot. CaboCircuito 20 40 60 100 Reator 100 600

Tom.UE (W) (V) (A) (mm2)

Notas

01 02 01 07 01 (20 W) 820 127

02 12 1.200 127

03 03 1.800 127 Cozinha

04 01 1.500 127 Microondas

05 01 6.200 220 Chuveiro

Totais 02 01 07 01 12 03 02 11.520 220

Tabela 1 – Quadro de Cargas (sugestão)

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Parte II: Projetos de Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 7: Simbologia e Diagramas Elétricos - 54

CAPÍTULO 7: SIMBOLOGIA E DIAGRAMASELÉTRICOS

“Quem nos entende, pode nos transformar”.

Henry Drummond

RESUMO

Este texto apresenta a simbologia empregada emdesenhos ou diagramas elétricos, associando-a com amontagem de instalações.

1.0 - INTRODUÇÃO

Para o projetista transmitir o que idealizou paraseu projeto deve localizar em planta todos os pontos deutilização de energia elétrica e telefonia. De forma a serfacilmente compreendido, é necessário empregar umasimbologia gráfica.

Apesar da norma “NBR 5444 – SímbolosGráficos para Instalações Elétricas Prediais” da ABNT,definir tal simbologia, o fato é que não há propriamenteuma simbologia padrão a ser adotada, sendo que ela variade projetista a projetista. Sendo assim, é fundamental queela seja definida no início do projeto e indicada através delegendas na folhas dos desenhos que o compõem.

2.0 – COTAS PARA A INSTALAÇÃO DE TOMADAS,INTERRUPTORES E QUADROS

Para a instalação de tomadas, interruptores equadros em paredes, existem algumas medidas ideais. Onível mais baixo nunca deve ser cogitado em áreasmolhadas e o mais alto, é conveniente para bancadas detrabalho ou chuveiros. A figura 1 ilustra as cotas.

Figura 1 – Cotas para a montagem de componentes

3.0 - SIMBOLOGIA

Neste texto será adotada a simbologia básicadada na figura 2.

Figura 2 – Simbologia adotada

As figuras 3 a 10 auxiliam na compreensão, pelomenos parcialmente, da simbologia adotada.

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Parte II: Projetos de Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 7: Simbologia e Diagramas Elétricos - 55

Figura 3 – Quadro de distribuição

Figura 4 - Pontos de luz.

Figura 5 – Tomadas

Figura 6 – Interruptores

Figura 7 – Interruptores paralelos (Three way)

Figura 8 – Campainhas e pulsadores

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________________________________________________________________________________ Capítulo 7: Simbologia e Diagramas Elétricos - 56

Figura 9 – Eletrodutos

Figura 10 – Condutores

Em relação aos condutores, tem-se que eles sãoencontrados nas mais diversas cores, mas é convenienteque se dê preferência para a padronização da ABNT, ouseja:

Condutores vivos, ou seja, aquelescorrespondentes às fases, devem ser dascores vermelho, branco e preto. O preto édestinado para a terceira fase e é raramenteutilizado em instalações residenciais;

Condutor de retorno, de cor preta; Condutor neutro, deve ser de cor azul; Condutor de proteção ou terra, de cor

verde ou verde amarelo.

Figura 11 – Condutores e cores

4.0 - COMANDO DE LAMPADAS

Para que uma instalação forneça conforto paraseus usuários sempre que se desejar acender umalâmpada, deverá existir um interruptor em um localacessível e próximo.

Baseando-se nesta idéia, é conveniente que elesestejam instalados nas entradas e saídas dos recintos quese deseja utilizar em distâncias superiores a 2 metros unsdos outros.

A figura 12, mostra o comando de lâmpadas apartir de um único ponto.

Figura 12 – Comando de lâmpadas a partir de um ponto –interruptor simples.

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________________________________________________________________________________ Capítulo 7: Simbologia e Diagramas Elétricos - 57

Em planta, as ligações são representadas comona figura 13.

Figura 13 - Comando de lâmpadas a partir de uminterruptor simples – Diagrama em planta

Observe-se que o condutor que se inicia nointerruptor em direção à lâmpada é chamado de retorno.

A figura 14, por outro lado, ilustra a ligação delâmpadas utilizando-se um interruptor de duas seções.

Figura 14 – Comando de lâmpadas a partir de um ponto –interruptor de duas seções.

Em alguns casos, é necessário que o comando deum mesmo conjunto de lâmpadas seja realizado de doispontos distintos.

Como visto anteriormente, para que isto sejapossível, utiliza-se o interruptor paralelo ou, comoconhecido no jargão técnico, “three way”.

Figura 15 - Comando de lâmpadas a partir de dois pontos– interruptor paralelo (tree-way)

A figura 16 mostra um exemplo de diagrama emplanta.

Figura 16 - Comando de lâmpadas a partir de dois pontoscom interruptor paralelo (three-way) – Diagrama em

planta

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________________________________________________________________________________ Capítulo 7: Simbologia e Diagramas Elétricos - 58

Se, por outro lado, desejar-se ligar uma lâmpadade três ou mais pontos deve-se empregar o interruptorintermediário, como mostrado na figura 17.

Figura 17 – Interruptor intermediário

Nos caso de ligações de lampas exteriores, pode-se utilizar as ligações mostradas na figura 18.

Figura 18– Ligação de lâmpadas em exteriores.

5.0 - TOMADAS

As ligações de tomadas são as mostradas nasfiguras a seguir.

Figura 19 – Tomadas em um mesmo circuito

Figura 20 – Tomada monofásica

Figura 21 – Tomada bifásica

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Parte II: Projetos de Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 7: Simbologia e Diagramas Elétricos - 59

6.0 – EXEMPLO DE DIAGRAMA

A figura 22 exemplifica a ligações de lâmpadas,tomadas e interruptores em uma planta.

Figura 22 – Diagrama em planta da instalação de umasala comercial

NOTA IMPORTANTE

GRANDE PARTE DOS DESENHOSFORAM EXTRAÍDOS OU EDITADOSDE:

CESP/PIRELLI – “INSTALAÇÕESELÉTRICAS RESIDENCIAIS”. SÃOPAULO, 1996.

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Parte II: Projetos de Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 8: Roteiro para Executar a Distribuição Elétrica em Planta - 60

CAPÍTULO 8: ROTEIRO PARA EXECUTAR ADISTRIBUIÇÃO ELÉTRICA EM PLANTA

“Somos o que repetidamente fazemos. A excelência, portanto,não é um feito, mas hábito”

Aristóteles

RESUMO

Este texto fornece um roteiro para o traçado emplanta da distribuição elétrica interna de uma instalaçãoresidencial ou comercial.

1.0 - INTRODUÇÃO

Como analisado em capítulo anterior, o projeto éum dos investimentos de maior importância para se obterbons resultados finais em qualquer empreendimento.

Assim, é necessário que o projetista desenvolvauma sistemática de trabalho. Evidentemente, podem seradotados vários caminhos para tanto.

Qualquer que seja a filosofia adotada, oprojetista deve localizar em planta todos os pontos de

utilização de energia elétrica e telefonia, empregando osas respectivas características nominais previstasanteriormente.

Assim, com o projeto arquitetônico da instalaçãoem mãos pode-se executar a planta correspondente àdistribuição elétrica.

2.0 – EXEMPLO

A seqüência mostrada, a seguir fornece osprocedimentos, devidamente ilustrados para o traçado dodiagrama em planta.

Considera-se o pavimento tipo de um prédio deapartamentos.

Locar quadro de disjuntores no apartamento

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Parte II: Projetos de Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 8: Roteiro para Executar a Distribuição Elétrica em Planta - 61

Locar pontos de iluminação e interruptores

Locar tomadas

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Parte II: Projetos de Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 8: Roteiro para Executar a Distribuição Elétrica em Planta - 62

Traçar a distribuição dos eletrodutos

Identificar os circuitos elétricos

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Parte II: Projetos de Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 8: Roteiro para Executar a Distribuição Elétrica em Planta - 63

Locar os pontos de telefone

Locar os pontos de interfone e televisão (se houverem)

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Parte II: Projetos de Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 8: Roteiro para Executar a Distribuição Elétrica em Planta - 64

Repetir o processo para os demais apartamentos

Repetir o processo para as áreas comuns

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Parte II: Projetos de Instalações Elétricas

_________________________________________________________________________________________________________________________________ Capítulo 8: Roteiro para Executar a Distribuição Elétrica em Planta - 65

Resultado final

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Parte II: Projetos de Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 9: Especificação da Cablagem, Proteção e Eletrodutos - 66

CAPÍTULO 9: ESPECIFICAÇÃO DA CABLAGEM,PROTEÇÃO E ELETRODUTOS DOS CIRCUITOS

INTERNOS

“Aqueles que aprendem lentamente supõe que a lentidão é a essênciado conhecimento.”

Nietzsche

RESUMO

Este capítulo apresenta os critérios para aespecificação de condutores, eletrodutos e proteção doscircuitos de distribuição internos de uma instalaçãoelétrica residencial ou comercial.

1.0 - INTRODUÇÃO

O dimensionamento, a especificação econstrução do ramal interno e das instalações elétricasinternas da unidade consumidora devem atender àsprescrições da NBR-5410 da ABNT [1] em sua últimarevisão/edição.

Naturalmente, esta atividade se constitui deextrema importância para a segurança e bom desempenhoda instalação.

A determinação da bitola (seção transversal) doscondutores deve atender três critérios básicos, ou seja:

a) Capacidade de condução de corrente(Ampacidade);

b) Quedas de tensão devido a utilização docondutor; e,

c) Capacidade de suportar curto-circuitos.

Além disto, influenciam a temperatura ambiente,a forma de instalação dos condutores e o tipo de isolante.

Em instalações residenciais e comerciais, tem-secomo características:

a) Pequenas distâncias, em geral. Assim, ocritério de queda de tensão pode serdesconsiderado normalmente;

b) Os cabos de baixa tensão suportamgrandes esforços de curto-circuito e,portanto, é dispensável a verificaçãodeste quesito na determinação dasbitolas;

c) Na maioria dos casos, o eletrodutoflexível ou rígido é empregado;

d) O isolante dos condutores, na maioriaabsoluta dos casos, é o PVC.

Desta forma, considerando estes aspectos, seráadotado, para este tipo de instalação, oprocedimento para o dimensionamento decondutores, eletrodutos e proteção dos circuitosmostrados a seguir.

2.0 – DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES

2.1 – Bitolas Mínimas

De acordo com a NBR 5410 [1], as bitolasmínimas para os condutores são:

Tipo de circuito Seção mínima (mm²)

Iluminação 1,5

Força (Uso geral ou específico) 2,5

Tabela 1 – Seção (bitola) Mínima dos Condutores,conforme ABNT [1]

Entretanto, por segurança, é conveniente utilizar-se os seguintes limites:

Circuitos Seção mínima (mm²)

Potência até 1.400 VA 2,5

Chuveiros e cargas resistivas paraaquecimento em geral

4,0

Outros 2,5

Tabela 2 – Seção (bitola) Mínima dos Condutores(adotado)

2.2 – Determinação das Bitolas

As bitolas podem ser dimensionadas,calculando-se a corrente do circuito, ou seja:

Tensão

arentePotênciaApI circuito = (1)

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Parte II: Projetos de Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 9: Especificação da Cablagem, Proteção e Eletrodutos - 67

A presença de vários condutores sendopercorridos por corrente (carregados) em um mesmoeletroduto resulta em uma elevação de temperatura, aqual pode ser superior à admissível pelo isolamento.Neste caso, a suas vidas úteis serão diminuídas,comprometendo a segurança da instalação.

Para não ser necessário limitar a corrente docircuito, é conveniente nesta situação sobredimensionaros condutores. Desta forma, deve-se verificar o númerode circuitos que serão lançados nos eletrodutos e, emfunção deles, corrigir a corrente para a especificaçãoatravés da tabela 3.

Número deCircuitos

Fator deAgrupamento

1 1,00

2 0,8

3 0,7

4 0,65

5 0,60

6 0,56

7 0,55

Tabela 3 – Fatores de Agrupamento

A corrente corrigida é:

upamentoFatordeAgr

II circuito= (2)

Com o valor obtido, verificar a bitola na tabela4.

Seção (mm2) Corrente Máxima (A)

1 12,0

1,5 15,5

2,5 21,0

4 28,0

6 36,0

10 50,0

16 68,0

25 89,0

35 111,0

50 134,0

70 171,0

Tabela 4 – Ampacidade

2.3 – Bitolas dos Condutores do Neutro e Terra

As bitolas dos condutores correspondentes aoNeutro e ao Terra (Proteção) serão iguais aos dos

circuitos a que se referem, até 35 mm2 e 25 mm2,respectivamente.

A partir destes valores, as bitolas são asfornecidas nas tabelas 5 e 6.

Seção dosCondutores (mm2)

Seção do Neutro(mm2)

35 25

50 25

70 35

95 50

Tabela 5 – Bitolas para o condutor Neutro.

Seção dosCondutores (mm2)

Seção do Condutorde Proteção (mm2)

25 16

35 16

50 25

70 35

95 50

Tabela 6 – Bitolas para o condutor Terra.

3.0 – DIMENSIONAMENTO DOS ELETRODUTOS

De modo que haja uma maior dissipação decalor e permitir um eventual lançamento de condutoresno futuro, é recomendável que esses ocupem uma área de40 % da do eletroduto, como ilustrado na figura 1.

Figura 1 – Ocupação de eletroduto.

Após a decisão sobre o seu tipo, se flexível ourígido, para cada trecho de eletroduto deve-se:

a) Contar o número de condutorescontidos no trecho na planta do projeto;

b) Verificar qual é a maior seção destescondutores.

Adotando-se que todos os condutores possuembitolas iguais a maior delas, deve-se consultar a tabela 7para se obter o tamanho nominal do eletroduto adequadoa este trecho. Tal atitude, praticamente, garante a reservade 60 % de área citada.

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Parte II: Projetos de Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 9: Especificação da Cablagem, Proteção e Eletrodutos - 68

Número de Condutores no Eletroduto

2 3 4 5 6 7 8 9 10

SeçãoNominal

(mm2) Tamanho Nominal do Eletroduto (mm)

1,5 16 16 16 16 16 16 20 20 20

2,5 16 16 16 20 20 20 20 25 25

4 16 16 20 20 20 25 25 25 25

6 16 20 20 25 25 25 25 32 32

10 20 20 25 25 32 32 32 40 40

16 20 25 25 32 32 40 40 40 40

25 25 32 32 40 40 40 50 50 50

35 25 32 40 40 50 50 50 50 60

50 32 40 40 50 50 60 60 60 75

70 40 40 50 60 60 60 75 75 75

95 40 50 60 60 75 75 75 85 85

120 50 50 60 75 75 75 85 85 -

150 50 60 75 75 85 85 - - -

185 50 75 75 85 85 - - - -

240 60 75 85 - - - - - -

Tabela 7 – Diâmetros de eletrodutos em função das bitolas e números de condutores

4.0 – DIMENSIONAMENTO DA PROTEÇÃO

Conforme a NBR 5410 [1], os condutores vivosdevem ser protegidos por um ou mais dispositivos deseccionamento automático contra sobrecargas e contracurtos-circuitos. Tais proteções devem ser devidamentecoordenadas, de modo que a energia que o dispositivo deproteção contra curtos-circuitos deixa passar, por ocasiãode um curto, não seja superior á que pode suportar, semdanos, o dispositivo de proteção contra sobrecargas.

Para a realização destas proteções, nasinstalações modernas emprega-se os disjuntorestermomagnéticos ou o residual diferencial.

Neste casos, a norma recomenda que a utilizaçãode disjuntor diferencial residual de alta sensibilidade emcircuitos terminais que sirvam a:

a) tomadas de corrente em cozinhas,lavanderias, locais com pisos e/ourevestimentos não isolantes e áreasexternas;

b) tomadas de corrente que, emborainstaladas em áreas internas, possamalimentar equipamentos de uso emáreas externas;

c) aparelhos de iluminação instalados emáreas externas.

E, a partir de janeiro de 1999, a ABNTdeterminou que a utilização de proteção diferencialresidual (disjuntor) de alta sensibilidade é obrigatória em:

a) instalações alimentadas por rede dedistribuição pública em baixa tensão,onde não puder ser garantida aintegridade do condutor PEN (proteçãoe neutro);

b) circuitos de tomadas de corrente embanheiros.

Os demais circuitos poderão ser protegidos pordisjuntores termomagnéticos.

De modo que haja a coordenação entre oscondutores e o dispositivo de proteção em termos desobrecarga, a NBR 5410 [1] estabelece que a correntenominal do disjuntor deve ser maior que a corrente docircuito e menor ou igual à capacidade de condução decorrente dos condutores.

Em relação ao curto-circuito, a capacidade deruptura do disjuntor e tempos de atuação são, em geral,adequados neste tipo de instalação, se respeitada acondição anterior.

Desta forma, como regra prática, emprega-seque a corrente nominal do disjuntor deve ser igual, oucom valor maior mais próximo do padronizado, a 125 %da corrente do circuito.

As correntes nominais de disjuntorestermomagnéticos são:

10 A; 15 A; 20 A; 25 A; 35 A; 50 A; 60 A; 70 A; 90 A; e,100 A

Os diferenciais residuais da Siemens, porexemplo, apresentam as seguintes correntes nominais:

16 A; 20 A; 25 A; 35 A; 50 A; 63 A

Eles podem ser bi ou tetrapolares com correntesnominais de fuga de 30 ou 300 mA e 10 kA decapacidade de ruptura.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) -“NBR-5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão -Procedimento”.

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Parte II: Projetos de Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 10: Cálculo de Demandas (CEMIG) - 69

CAPÍTULO 10: CÁLCULO DE DEMANDAS (CEMIG)

"Os números não mentem, mas os mentirosos fabricam números."

Itamar Franco

RESUMO

Este capítulo apresenta os procedimentos para adeterminação da potência prevista para o uso efetivo nainstalação, fornecendo subsídios para a especificação dasbitolas de cabos, da proteção e determinação da categoriade atendimento do consumidor.

1.0 - INTRODUÇÃO

Em uma instalação, verifica-se estatisticamenteque todas as cargas unitárias não operam de formasimultânea, ou seja, enquanto algumas trabalham à plenacarga, outras encontram-se desligadas. Sendo assim,apenas o conhecimento da potência total não reflete ocomportamento da instalação e, naturalmente, ascorrentes envolvidas serão inferiores à que existiriam,caso a instalação exigisse a potência total.

Desta forma, após a quantificação das citadascargas é necessário determinar a potência que seráefetivamente fornecida à instalação.

Para tanto existem vários critérios Observa-seque as concessionárias estabelecem critérios e valoresdiferentes para os vários fatores envolvidos.

Pelo exposto, é imprescindível que o projetistaconsulte as normas específicas sobre o assunto daconcessionária do local onde o projeto será implantado.

Observe-se que os critérios descritos neste textosão específicos para a CEMIG – Companhia Energéticade Minas Gerais S/A.

2.0 – TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES

Alguns termos e definições são de uso correnteem relação a este assunto, sendo os mais importantes:

Potência ou Carga Instalada é a soma daspotências de todos os aparelhos eequipamentos elétricos (ou cargaselétricas) do consumidor‚ dada em KW ouKVA;

Demanda é a potência elétrica médiasolicitada por um equipamento, circuito oupela instalação do consumidor em umintervalo de tempo definido;

Demanda Média: A demanda média é arelação entre a energia elétrica ativaconsumida em um determinado intervalode tempo e o número de horas desteintervalo; sendo assim, chamando-se oconsumo de "C" e "T" o período, tem-se:

DC

Tmed = (1)

onde: Dmed é a demanda média.

Demanda Máxima Medida: É a maiordemanda verificada por medição emqualquer intervalo de 15 minutos, duranteo período de faturamento.

Fator de Demanda é a relação entre ademanda máxima média e a potênciainstalada, ou seja:

inst

máxd P

Df = (2)

3.0 – ENTRADAS INDIVIDUAIS

Para a CEMIG, o dimensionamento da entradade serviço das unidades consumidoras urbanas com cargainstalada superior a 15 kW deve ser feito pela demandaprovável da edificação, cujo valor pode ser igual ouinferior a sua carga instalada [1]. Para potênciasinstaladas inferiores a este limite, ela será a demanda doconsumidor.

A metodologia sugerida é subjetiva, pois énecessário imaginar quais tipos de eletrodomésticos oconsumidor irá utilizar ao longo do tempo, além dascargas de uso específico

Desta forma, para o cálculo da demanda totalsugere a seguinte expressão:

fedcbaD +++++= (3)

Onde:

“D” é a demanda provável em kVA; “a” é demanda referente a iluminação

resultante da aplicação dos fatores dedemanda fornecidos pela tabela 1 no caso deconsumidores residenciais e da tabelas 2 paraos não residenciais.

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Parte II: Projetos de Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 10: Cálculo de Demandas (CEMIG) - 70

Carga instalada (CI) emkW

Fator deDemanda [%]

CI ≤ 1 86

1 < CI ≤ 2 81

2 < CI ≤ 3 76

3 < CI ≤ 4 72

4 < CI ≤ 5 68

5 < CI ≤ 6 64

6 < CI ≤ 7 60

7 < CI ≤ 8 57

8 < CI ≤ 9 54

9 < CI ≤ 10 52

CI > 10 45

Tabela 1 - Fatores de demanda para iluminação e tomadas- Unidades consumidoras residenciais.

Descrição Fator deDemanda [%]

Auditórios, Salões para exposição,Cinema e Semelhantes

100

Bancos, Lojas e Semelhantes 100

Barbearias, Salões de Beleza eSemelhantes

100

Clubes e Semelhantes 100

Escolas e Semelhantes100 para os primeiros 12

KVA50 para o que exceder

12 KVA

Escritórios e Salas Comerciais100 para os primeiros 20

KVA70 para o que exceder

20 KVA

Garagens Comerciais eSemelhantes 100

Restaurantes, Bares, Padarias eSemelhantes 100

Clínicas, Hospitais e Semelhantes40 para os primeiros 50

KVA20 para o que exceder

50 KVA

Igrejas, Templos e Semelhantes 100

Hotéis e Semelhantes50 para os primeiros 20

KVA40 para o que exceder

20 KVA

Áreas Comuns e Condomínios100 para os primeiros 10

KVA25 para o que exceder

10 KVA

Oficinas, Indústrias e Semelhantes100 para os primeiros 20

KVA80 para o que exceder

20 KVA

Tabela 2 - Fatores de demanda para iluminação e tomadas- Unidades consumidoras não residenciais.

Para lâmpadas fluorescentes e tomadas,deve-se considerar 1 kVA = 1 kW / 0,85.

“b” é a demanda relativa aos aparelhoseletrodomésticos e de aquecimentoresultante da aplicação dos fatores dedemanda fornecidos pelas tabelas 3 e 4.

Fator de Demanda [%]NO de

aparelhos Potência até 3,5kW

Potência superior a3,5 kW

1 80 80

2 75 65

3 70 55

4 66 50

5 62 45

6 59 43

7 56 40

8 53 36

9 51 35

10 49 34

Tabela 3 - Fatores de demanda de fornos e fogõeselétricos

NO deaparelhos

Fator deDemanda [%]

NO deaparelhos

Fator deDemanda [%]

1 100 16 43

2 92 17 42

3 84 18 41

4 76 19 40

5 70 20 40

6 65 21 39

7 60 22 39

8 57 23 39

9 54 24 38

10 52 25 38

11 49 26 a 30 37

12 48 31 a 40 36

13 46 41 a 50 35

14 45 51 a 60 34

15 44 61 ou mais 33

Tabela 4 - Fatores de demanda para equipamentos deaquecimento, de refrigeração e eletrodomésticos.

Tais fatores, devem ser aplicados,separadamente, à carga instalada dosseguintes grupos de aparelhos:

♦ chuveiros, torneiras e cafeteiraselétricas;

♦ aquecedores de água por acumulaçãoe por passagem;

♦ fornos, fogões e aparelhos tipo ‘Grill;♦ máquinas de lavar e secar roupas, de

lavar louças e ferro elétrico:♦ demais aparelhos (TV, conjunto de

som, geladeira, freezer, etc.).Deve-se considerar 1 kW = 1 kVA paracargas de aquecimento e 1 kVA = 1 kW /0,85 para as demais

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Parte II: Projetos de Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 10: Cálculo de Demandas (CEMIG) - 71

“c” é a demanda relativa aos aparelhoscondicionadores de ar resultante daaplicação dos seguintes fatores dedemanda:

♦ 100%, para os primeiros 5 aparelhos;.♦ 86 %, para os demais

No caso de condicionador central de ar,utilizar fator de demanda igual a 100%.Deve-se considerar 1 kVA = 1 kW / 0,85.

“d” é a demanda de motores monofásicos etrifásicos resultante da aplicação dosfatores de demanda fornecidos pelastabelas 5 e 6, respectivamente;

“e” é a demanda de máquinas de solda etransformador, determinada por:♦ 100% da potência do maior aparelho;♦ 70% da potência do segundo maior

aparelho;♦ 40% da potência do terceiro maior

aparelho;♦ 30% da potência dos demais

aparelhos.No caso de máquina de solda atransformador com ligação V-v invertida, apotência deve ser considerada em dobro.

“f” é a demanda dos aparelhos de Raios-X,determinada por:

♦ 100% da potência do maior aparelho;♦ 10% da potência dos demais

aparelhos.

4.0 – EXEMPLO DE CÁLCULO DE DEMANDA –CONSUMIDORES INDIVIDUAIS

Supondo-se, a titulo de exemplo, que em umaresidência serão utilizadas as seguintes cargas [1]:

PotênciaQuantidade Descrição

Unit. Total15 Lamp. incandescente 60 900

05 Lamp. incandescente 100 500

02 Aquecedor água p/acumulação de 80 l

1500 3000

01 Freezer vertical 300 300

01 Geladeira 250 250

03 TV a cores 300 900

01 Ferro de passar roupas 1000 1000

02 Condicionador ar tipojanela (8500 BTU/h)

1300 2600

01 Máq. de lavar roupas 1000 1000

01 Máq. de secar roupas 3500 3500

01 Máq. de lavar louças 1500 1500

01 Enceradeira 300 300

01 Exaustor 150 150

01 Conjunto de som 100 100

01 Aspirador de pó 600 600

Total Geral (W) 16.600

O cálculo da demanda (D) será:

Demanda de iluminação (a):

Conforme a tabela 1, para uma carga de iluminaçãoinstalada de 1.400 W , o fator de demanda é 81%. Destaforma, tem-se

a = 81% 1.400 = 1,134 kVA

Demanda de aparelhos eletrodomésticos e deaquecimento (b):

Neste caso, o cálculo deve ser feito por gruposde aparelhos e, assim, para:

♦ O aquecedor de água, obtêm-se da tabela 3para 2 aparelhos, o fator de demanda é92%.A demanda (b1) será:

b1 = 92% 3000 = 2,76 kVA

♦ As máquinas de lavar roupas, a de lavarpratos, a de secar roupas e ferro elétricoterão, em conjunto, o fator de demanda de76%. Portanto, para os 4 aparelhos ademanda (b2) será:

b2 = 76% x 7.000 = 5,32 kVA

♦ Os 9 eletrodomésticos restantes terão , emconjunto, o fator de demanda de 54%.Portanto, a demanda (b3) será:

b3 = 54% x 2.600 = 1,40 kVA

A demanda total para este grupo de cargas será:

b = b1 + b2 + b3

b = 2,76 + 5,32 + 1,40 = 9,48kVA

Demanda de condicionador de ar (c):

Para até 5 aparelhos, o fator de demanda é100%. Portanto:

100% 2.600 = 2,6 kW

Considerando-se 1 kVA = 1 kW / 0,85, tem-se:

2,6/0,85 = 3,1 kVA

Demanda total (D):

A demanda total, desta forma, será:

D = a + b + c

D = 1,13 + 9,48 + 3,1 = 13,71 kVA

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Parte II: Projetos de Instalações Elétricas

__________________________________________________________________________________________________________________ Capítulo 10: Cálculo de Demanda (CEMIG) - 72

Valores Nominais do Motor Demanda Individual Absorvida da Rede – kVAPotência

EixoCV

AbsorvidaRede (kW)

cosϕϕϕϕ ηηηηCorrente(220 V)

A

1 Motor(I)

2 Motores(II)

3 a 5Motores

(III)

Mais de 5Motores

(IV)1/4 90,39 0,63 0,47 2,8 0,62 0,50 0,43 0,37

1/3 0,52 0,71 0,47 3,3 0,73 0,58 0,51 0,44

½ 0,66 0,72 0,56 4,2 0,92 0,74 0,64 0,55

¾ 0,89 0,72 0,62 5,6 1,24 0,99 0,87 0,74

1,0 1,10 0,74 0,67 6,8 1,49 1,19 1,04 0,89

1,5 1,58 0,82 0,70 8,8 1,93 1,54 1,35 1,16

2,0 2,07 0,85 0,71 11 2,44 1,95 1,71 1,46

3,0 3,07 0,96 0,72 15 3,20 2,56 2,24 1,92

4,0 3,98 0,94 0,74 19 4,15 3,32 2,91 2,49

5,0 4,91 0,94 0,75 24 5,22 4,48 3,65 3,13

7,5 7,46 0,94 0,74 36 7,94 6,35 5,56 4,76

10,0 9,44 0,94 0,78 46 10,04 8,03 7,03 6,02

12,5 12,10 0,93 0,76 59 13,01 10,41 9,11 7,81

Notas:1) O fator de potência e rendimento são valores médios, referidos a 3600 rpm;2) Para obter a corrente nominal em 110V, multiplicar os valores indicados por 2;3) Exemplo de aplicação da Tabela:- 2 motores de 1./2 CV Coluna IV 2 x 0,55 = 1,10- 4 motores de 1,0 CV (mais de 5 motores) 4 x 0,89 = 3,56- 1 motor de 2,0 CV 1 x 1,46 = 1,46

Total: = 6,12 kVA4) No caso de existirem motores monofásicos e trifásicos na relação de carga do

consumidor, a demanda individual deve ser computada considerando a quantidadetotal de motores.

Tabela 5 - Demanda individual – Motores monofásicos

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Parte II: Projetos de Instalações Elétricas

__________________________________________________________________________________________________________________ Capítulo 10: Cálculo de Demanda (CEMIG) - 73

Valores Nominais do Motor Demanda Individual Absorvida da Rede – kVAPotência

EixoCV

AbsorvidaRede (kW)

cosϕϕϕϕ ηηηηCorrente(220V)

A

1 Motor(I)

2 Motores(II)

3 a 5 Motores(III)

Mais de 5Motores

(IV)

1/6 0,25 0,67 0,49 0,9 0,37 0,30 0,26 0,22

1/4 0,33 0,69 0,55 1,2 0,48 0,38 0,34 0,29

1/3 0,41 0,74 0,60 1,5 0,56 0,45 0,39 0,34

1/2 0,57 0,79 0,65 1,9 0,72 0,58 0,50 0,43

3/4 0,82 0,76 0,67 2,8 1,08 0,86 0,76 0,65

1,0 1,13 0,82 0,65 3,7 1,38 1,10 0,97 0,83

1,5 1,58 0,78 0,70 5,3 2,03 1,62 1,42 1,22

2,0 1,94 0,81 0,76 6,3 2,40 1,92 1,68 1,44

3,0 2,91 0,80 0,76 9,5 3,64 2,91 2,55 2,18

4,0 3,82 0,77 0,77 13 4,96 3,97 3,47 2,98

5,0 4,78 0,85 0,77 15 5,62 4,50 3,93 3,37

6,0 5,45 0,84 0,81 17 6,4 5,19 4,54 3,89

7,5 6,90 0,85 0,80 21 8,12 6,50 5,68 4,87

10,0 9,68 0,90 0,76 26 10,76 8,61 7,53 6,46

12,5 11,79 0,89 0,78 35 13,25 10,60 9,28 7,95

15,0 13,63 0,91 0,81 39 14,98 11,98 10,49 8,99

20,0 18,40 0,89 0,80 54 20,67 16,54 14,47 12,40

25,0 22,44 0,91 0,82 65 24,66 19,73 17,26 14,80

30,0 26,93 0,91 0,82 78 29,59 23,67 20,71 17,76

50,0 44,34 0,90 0,83 125 49,27 - - -

60,0 51,35 0,89 0,86 145 57,70 - - -

75,0 62,73 0,89 0,88 180 70,48 - - -Notas:1) O fator de potência e rendimento são valores médios, referidos a 3600 rpm;2) Exemplo de aplicação da Tabela:

- 1 motor 2,0 CV coluna III 1 x 1,68 = 1,68- 3 motores 5,0 CV (3 a 5 motores) 3 x 3,93 = 11,79

Total = 13,47 kVANo caso de existirem motores monofásicos e trifásicos na relação de carga do

consumidor, a demanda individual deve ser computada considerando a quantidadetotal de motores.

Tabela 6 - Demanda individual – Motores trifásicos

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Parte II: Projetos de Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 10: Cálculo de Demanda (CEMIG) - 74

5.0 – ENTRADAS COLETIVAS

Para entradas coletivas, tais como emcondomínios, a CEMIG [2] estabelece que,inicialmente, a demanda de cada consumidor sejaestabelecida individualmente, ou seja, para osapartamentos, áreas comuns e lojas, se houverem.

Os critérios para tanto são os mesmos mostradospara as entradas individuais, sendo válidos todos osquesitos e fatores de demanda, exceto para o caso decondicionadores de ar. Os fatores de demanda para taisaparelhos, neste caso, são os dados na tabela 7.

Número de aparelhos Fator de demanda (%)1 a 10 100

11 a 20 66

21 a 30 80

31 a 40 78

41 a 50 75

51 a 75 70

76 a 100 65

Acima de 100 60

Tabela 7 - Fatores de demanda para condicionadores dear.

O dimensionamento dos componentes da entradade serviço (ramais de ligação e de entrada, alimentadores)das edificações deve ser feito pela demanda total daedificação, cujo valor mínimo é dado por:

lojascondomínioapto DDfDD ++= 4,1 (4)

onde:

Dapto é a demanda por apartamento em função de sua áreaútil, dada na tabela 8;

“f” é o fator de diversidade ou de multiplicação dedemanda fornecido na tabela 9.

Nas edificações de uso coletivo somente às unidadesresidenciais é aplicável os valores da tabela 8. Para asunidades consumidoras não residenciais e ao condomínioé aplicável o processo tradicional que considera os gruposde carga e os respectivos fatores de demanda, função dototal da carga ou da quantidade de equipamentos de cadagrupo.

Deve-se atentar para o caso das edificações de usocoletivo onde existem grupos de apartamentos de áreasdiferentes. Para utilizar, os dados da tabela 8, o cálculo dademanda por área/n0 de apartamentos pode ser efetuadode duas formas:

a) considerando isoladamente cada conjuntode apartamentos e somando as demandasdos vários conjuntos (desde que nenhumdeles tenha menos que quatroapartamentos, já que este critério é válidopara 3 ou mais apartamentos);

b) considerando a média ponderada das áreasenvolvidas e aplicando-se o fator dediversidade correspondente ao total deapartamentos em conjunto com a demandapor área relativa a área média obtida.

O critério de utilização da média ponderada dasáreas deverá ser usado quando houver grupo(s) deapartamentos de mesma área com 1, 2 ou 3 apartamentospor grupo.

Assim, se uma edificação, por exemplo, possui17 apartamentos, sendo 10 de 100 m2, 3 de 130 m2, 2 de200 m2 e 2 de 400 m2, a média ponderada da área é:

24,15217

40022002130310010m

xxxxÁreaUtil =+++=

Da tabela 8, para a área calculada, tem-se 3,28kVA de demanda.

Considerando-se os 17 apartamentos, tem-se databela 9 um fator de diversidade igual a 15,10. Assim, ademanda geral, será:

kVAxxD 34,6928,310,154,1 ==

Área útil(m2)

Demanda(kVA)

Área útil(m2)

Demanda(kVA)

Até 15 0,39 141-150 3,10

16-20 0,51 151-160 3,28

21-25 0,62 161-170 3,47

26-30 0,73 171-180 3,65

31-35 0,84 181-190 3,83

36-40 0,95 191-200 4,01

41-45 1,05 201-220 4,36

46-50 1,16 221-240 4,72

51-55 1,26 241-260 5,07

56-60 1,36 261-280 5,42

61-65 1,47 281-300 5,76

66-70 1,57 301-350 6,81

71-75 1,67 351-400 7,45

76-80 1,76 401-450 8,29

81-85 1,86 451-500 9,10

86-90 1,96 501-550 9,91

91-95 2,06 551-600 10,71

96-100 2,16 601-650 11,51

101-110 2,35 651-700 12,30

111-120 2,54 701-800 13,86

121-130 2,73 801-900 15,40

131-140 2,91 901-1000 16,93

Tabela 8 – Demanda em função da área útil

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS

Parte II: Projetos de Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 10: Cálculo de Demanda (CEMIG) - 75

Qtd.Apto Fat. Div Qtd.Apto Fat. Div Qtd.Apto Fat. Div Qtd.Apto Fat. Div Qtd.Apto Fat. Div Qtd.Apto Fat. Div

1 - 51 35,90 101 63,59 151 74,74 201 80,89 251 82,73

2 - 52 36,46 102 63,84 152 74,89 202 80,94 252 82,74

3 - 53 37,02 103 64,09 153 75,04 203 80,99 253 82,75

4 3,88 54 37,58 104 64,34 154 75,19 204 81,04 254 82,76

5 4,84 55 38,14 105 64,59 155 75,34 205 81,09 255 82,77

6 5,80 56 36,70 106 64,84 156 75,49 206 81,14 256 82.78

7 6,76 57 39,26 107 65,09 157 75,64 207 81,19 257 82,79

8 7,72 58 39,82 108 65,34 158 75,79 208 81,24 258 82,80

9 8,68 59 40,38 109 65,59 159 75,94 209 81,29 259 82,81

10 9,64 60 40,94 110 65,84 160 76,09 210 81,34 260 82,82

11 10,42 61 41,50 111 66,09 161 76,24 211 81,39 261 82,83

12 11,20 62 4206 112 66,34 162 76,39 212 81,44 262 82,84

13 11,98 63 42.82 113 66,59 163 76,54 213 81,49 263 82,85

14 12,76 64 43,18 114 66,84 164 76,69 214 81,54 264 82,66

15 13,54 65 43,74 115 67,09 165 76,84 215 81,59 265 82,87

16 14,32 66 44,30 116 67,34 166 76,99 216 81,64 266 82,86

17 15,10 67 44,86 117 67,59 167 77,14 217 81,69 267 82,89

18 15,88 68 45,42 118 67,84 168 77,29 216 81,74 268 82,90

19 16,66 69 45,98 119 68,09 169 77,44 219 81,79 269 82,91

20 17,44 70 46,54 120 68,34 170 77,59 220 81,84 270 82,92

21 18,04 7? 47,10 121 68,54 171 77,74 221 81,89 271 82,93

22 18,65 72 47,66 122 68,84 172 77,84 222 81,94 272 82,94

23 1925 73 48,22 123 69,09 173 78,04 223 81,99 273 82,85

24 19,86 74 48,78 124 69,34 174 78,19 224 82,04 274 82,96

25 20,46 75 49,34 125 69,59 175 76,34 225 82,09 275 82,97

26 21,06 76 49,90 126 69,79 176 78,44 226 82,12 276 83,00

27 21,67 77 50,46 127 69,99 177 78,54 227 82,14 277 83,00

28 22,27 78 51,58 128 70,19 178 78,64 228 82,17 278 83,00

29 22,88 79 5158 129 70,39 179 78,74 229 82,19 279 83,00

30 23,48 80 52,14 130 70,59 180 78,84 230 82,22 280 83,00

31 24,08 81 52,70 131 70,79 181 78,94 231 82,24 281 83,00

32 24,89 82 53,26 132 70,99 182 79,04 232 82,27 282 83,00

33 25,29 83 53,82 133 71,19 183 79,14 233 82,29 283 83,00

34 25,90 84 54,38 134 71,39 184 79,24 234 82,32 284 83,00

35 26,50 85 54,94 135 71,59 185 79,34 235 82,34 285 83,00

36 27,10 86 55,50 136 71,79 186 79,44 236 82,37 286 83,00

37 27,71 67 56,06 137 71,99 187 79,54 237 82,39 285 83,00

38 28,31 88 56,62 138 72,19 188 79,64 238 82,42 288 83,00

39 28,92 89 57,18 139 72,39 189 79,74 239 82,44 289 83,00

40 29,52 90 57,74 140 72,59 190 79,84 240 82,47 290 83,00

41 30,12 91 59,30 141 72,79 191 79,94 241 82,49 291 83,00

42 30,73 92 58,86 142 72,99 192 80,04 242 82,52 292 83,00

43 31,33 93 59,42 143 73,19 193 80,14 243 82,54 293 83,00

44 31,94 94 59,98 144 73,39 194 80,24 244 82,57 294 83,00

45 32,54 95 60,54 145 73,59 195 80,34 245 82,59 295 83,00

46 33,l0 96 61,10 146 73,79 196 80,44 246 82,62 296 83,00

47 33,66 97 61,66 147 73,99 197 84,54 247 82,64 297 83,00

48 34,22 98 62,22 148 74,19 198 80,64 248 82,67 296 83,00

49 34,78 99 62,78 149 74,39 199 80,74 249 82,69 299 83,00

50 35,34 100 63,34 150 74,59 200 80,84 250 62,72 300 83,00

Tabela 9 – Fatores de multiplicação de demanda (diversidade) em função do número de apartamentos (f)

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS

Parte II: Projetos de Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 10: Cálculo de Demanda (CEMIG) - 76

6.0 – EXEMPLO DE CÁLCULO DE DEMANDA –ENTRADAS COLETIVAS

Seja, a título de exemplo, um edifício comunidades residenciais e comerciais com 14 pavimentos,onde:

o 10 pavimento possui 10 lojas com 150 m2; do 20 ao 120 pavimento haverão 4

apartamentos com 120 m2; e, do 130 e 140 pavimento serão construídos 2

apartamentos duplex (cobertura) de 240 m2.

As cargas que, supostamente, serão utilizadassão:

Condomínio

Potência (W)Qtd. Descrição

Unit Total50 Lâmpada incandescente 60 3.000

120 Lâmpada fluorescente 40 4.800

50 Tomadas simples 100 6,000

15 Tomadas força 600 9.000

02 Motor trifásico - 5 CV / 220V (Bomba d’água)

4780 9.560

04 Motor trifásico -7,5 CV / 220V (Elevador)

6900 27.600

01 Chuveiro elétrico 3600 3.600

Total 63.560

Lojas

Potência (W)Qtd. Descrição

Unit Total06 Lâmpada incandescente 100 600

05 Tomadas simples 100 500

01 Ar condicionado tipo janela(8.500 BTU/h)

1.300 1.300

Total 2.400

Apartamento de 120 m2

Potência (W)Qtd. Descrição

Unit Total20 Lâmpada incandescente 60 1.200

10 Lâmpada fluorescente 40 400

30 Tomadas simples 1.00 3.000

04 Tomadas força 6.00 2.400

03 Chuveiro elétrico 3.600 10.800

01 Forno elétrico 4.500 4.500

01 Torneira elétrica 2.500 2.500

01 Secadora de roupa (elétrica) 3.500 3.500

01 Máquina de lavar louça 1.500 1.500

01 Máquina de lavar roupa 1.000 1.000

01 Aquecedor de água (banheira dehidromassagem)

4.000 4.000

Total 34.800

Apartamento de 240 m2

Potência (W)Qtd. Descrição

Unit Total24 Lâmpada incandescente 60 1.440

20 Lâmpada fluorescente 40 800

34 Tomadas simples 100 3.400

06 Tomadas força 600 3.600

04 Chuveiro elétrico 3.600 14.400

01 Forno elétrico 4.500 4.500

01 Torneira elétrica 2.500 2.500

01 Secadora de roupa (elétrica) 3.500 3.500

01 Máquina de lavar louça 1.500 1.500

01 Máquina de lavar roupa 1.000 1.000

01 Aquecedor de água (banheira dehidromassagem)

6.000 6.000

Total 42.540

6.1 – Demanda do Condomínio

Demanda de iluminação e tomadas:

Como citado anteriormente, para as lâmpadasfluorescentes e tomadas, deve-se considerar 1 kVA = 1kW / 0,85. Assim, a carga total em kVA, será:

Lâmpadas incandescentes 3,00Lâmpadas fluorescentes 4,80/0,85 = 5,65Tomadas simples 6,00/0,85 = 7,06Tomadas de força 9,00/0,85 = 10,58Total 26,29 kVA

Conforme a tabela 2, para uma carga deiluminação e tomadas emprega-se um fator de demandaigual a 100 % para os primeiros 10 kVA e 25 % para oskVA excedentes. Desta forma, a demanda de iluminaçãoe tomadas (Dit), será:

Dit = 10 x 100% + 16,29 x 25% = 14,07 kVA.

Demanda de aparelhos de aquecimento

Para o chuveiro elétrico conforme a tabela 4, o fatorde demanda é igual a 1, portanto, a demanda é de 3,6kVA

Demanda dos motores

Para a aplicação da tabela 6, deve ser considerado ototal de motores, no caso, 6 motores. Desta forma, osvalores de demanda individual serão os da coluna IV dacitada tabela. Portanto, a demanda devido aos motores é:

2 x 3,37 + 4 x 4,87 =26,22 kVA

Demanda Total do Condomínio

kVADcondomínio 89,4322,266,329,26 =++=

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Parte II: Projetos de Instalações Elétricas

________________________________________________________________________________ Capítulo 10: Cálculo de Demanda (CEMIG) - 77

6.2 – Demanda das Lojas

Para as lojas, a demanda será:

Demanda de iluminação e tomadas

Tem-se como cargas

Lâmpadas incandescentes 0,60Tomadas simples 0,50/0,85 = 0,59Total 1,19 kVA

Conforme a tabela 2, para uma carga deiluminação e tomadas, o fator de demanda é de 100%,portanto:

Dit = 1,19 x 100% = 1,19 kVA

Demanda de condicionador de ar

Como será apenas 1 aparelho de arcondicionado, o fator de demanda dado na tabela 7 é de100%. Portanto, considerando-se os valores típicosfornecidos no Capítulo 5, tem-se:

Dca = 1,55 x 100% = 1,55 kVA

Demanda Total de Uma Loja

kVADDD itcaloja 74,219,155,1 =+=+=

6.3 – Demanda do Apartamento de 120 m2

Demanda de iluminação e tomadas

Para as unidades residenciais, o cálculo dademanda de iluminação e tomadas baseia-se na tabela 1.Desta forma, sendo a carga instalada de:

Lâmpadas incandescentes 1,20Lâmpadas fluorescentes 0,40/0,85 = 0,47Tomadas simples 3,00/0,85 = 3,53Tomadas de força 2,40/0,85 = 2,82Total 8,02 kVA

O fator de demanda será igual a 54%. Então:

Dit = 8,02 x 54% = 4,33 kVA

Demanda de aparelhos eletrodomésticos e deaquecimento

Neste caso, como citado anteriormente, o cálculodeve ser feito por grupos de aparelhos e, assim, para:

♦ chuveiro e torneira elétrica a carga será de10.800 + 2.500 = 13,30 kVA

Como se trata de 4 aparelhos, o fator dedemanda obtido na tabela 4 é de 76%. E, sendoassim:

D1 = 76% x 13,30 = 10,11 kVA

♦ aquecedor de água (banheira dehidromassagem) a carga é de 4,00 kVA e,da tabela 4, para 1 aparelho o fator dedemanda é de 100%. Portanto:

D2 = 4,00 kVA

♦ forno elétrico, a carga é de 4,5 kW, entãoda tabela 3, o fator de demanda é de 80%para um aparelho. Assim:

D3 = 80%x4,5 = 3,6 kVA

♦ máquina de lavar louça, secadora de roupae máquina de lavar roupa a carga é de

3,50 + 1,50 + 1,00 kVA = 6,00 kVA.

Como são 3 aparelhos o fator de demandaobtido na tabela 4 é de 84 % e:

D4 = 84% x 6,00 = 5,04 kVA

Demanda Total do Apartamento de 120 m2

Dapto120 = D1 + D2 + D3 + D4 + Dit

Dapto120 = 10,11 + 4,00 +3,6 + 6,00 + 4,33

Dapto120 = 28,04 kVA

6.4 – Demanda do Apartamento de 240 m2

Demanda de iluminação e tomadas

Para as unidades residenciais, o cálculo dademanda de iluminação e tomadas baseia-se na tabela 1.Desta forma, sendo a carga instalada de:

Lâmpadas incandescentes 1,44Lâmpadas fluorescentes 0,80/0,85 = 0,94Tomadas simples 3,40/0,85 = 4,00Tomadas de força 3,60/0,85 = 4,23Total 10,61 kVA

O fator de demanda será igual a 45%. Então:

Dit = 10,61 x 45% = 4,77 kVA

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________________________________________________________________________________ Capítulo 10: Cálculo de Demanda (CEMIG) - 78

Demanda de aparelhos eletrodomésticos e deaquecimento

Neste caso, como citado anteriormente, o cálculodeve ser feito por grupos de aparelhos e, assim, para:

♦ chuveiro e torneira elétrica a carga será de14.400 + 2.500 = 16,90 kVA

Como se trata de 5 aparelhos, o fator dedemanda obtido na tabela 4 é de 70%. E, sendoassim:

D1 = 70% x 16,90 = 11,83 kVA

♦ aquecedor de água (banheira dehidromassagem) a carga é de 6,00 kVA e,da tabela 4, para 1 aparelho o fator dedemanda é de 100%. Portanto:

D2 = 6,00 kVA

♦ forno elétrico, a carga é de 4,5 kW, entãoda tabela 3, o fator de demanda é de 80%para um aparelho. Assim:

D3 = 80%x4,5 = 3,6 kVA

♦ máquina de lavar louça, secadora de roupae máquina de lavar roupa a carga é de

3,50 + 1,50 + 1,00 kVA = 6,00 kVA.

Como são 3 aparelhos o fator de demandaobtido na tabela 4 é de 84 % e:

D4 = 84% x 6,00 = 5,04 kVA

Demanda Total do Apartamento de 240 m2

Dapto240 = D1 + D2 + D3 + D4 + Dit

Dapto240 = 11,83 + 6,00 +3,6 + 6,00 + 4,77

Dapto240 = 32,20 kVA

6.5 – Demanda Total dos Apartamentos

A demanda dos apartamentos pode ser calculadaatravés de:

Soma das demandas individuais

Neste caso, como são 44 apartamentos de 120m2, tem-se das tabelas 8 e 9:

Dapto = 2,54

f = 31,94

Para os duplex 2 apartamentos de 240 m2 emdois andares, ou seja, equivalente a quatro com esta área.Assim, das tabelas 8 e 9, tem-se:

Dapto = 4,72

f = 3,88

Portanto, a demanda total dos apartamentos,conforme a expressão (4), é de:

DaptoTot = 1,4 (31,94 x 2,54 + 3,88 x 4,72) = 139,22 kVA

Média ponderada das áreas

A média ponderada das áreas é:

213048

240412044m

xxÁreaUtil =+=

Desta forma, das tabelas 8 e 9, tem-se:

Dapto = 2,73

f = 34,22

E, então:

DaptoTot = 1,4 x 34,22 x 2,73 = 130,7 kVA

6.6 – Demanda Total do Edifício

A demanda total da edificação será:

lojascondomínioaptoTot DDDD ++=

ou seja, pelo critério da soma das demandas individuais:

kVAxD 51,21074,21089,4322,139 =++=

ou, pelo critério da média ponderada das áreas:

kVAxD 20274,21089,4370,130 =++=

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG-“ND-5.1 – Fornecimento em Tensão Secundária,Rede de Distribuição Aérea, EdificaçõesIndividuais”;

[2] Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG -“ND-5.2 – Fornecimento em Tensão Secundária,Rede de Distribuição Aérea, Edificações Coletivas”.

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________________________________________________________________________________ Capítulo 11: Categoria de Atendimento e Entrada de Serviço (CEMIG) - 79

CAPÍTULO 11: CATEGORIA DE ATENDIMENTO EENTRADA DE SERVIÇO (CEMIG)

"Faça o que pode, com o que tem, onde estiver."

Roosevelt

RESUMO

Este capítulo relaciona os critérios adotados pelaCEMIG relativos ao fornecimento de energia, tais comoas categorias de atendimento e a definição de entradas deserviço.

1.0 - INTRODUÇÃO

Os manuais de distribuição ND-5.1 [1] e ND-5.2[2] da CEMIG, estabelecem os critérios parafornecimento de energia pela concessionária aconsumidores individuais e edificações coletivas,respectivamente.

Estabelecem que as unidades consumidorassomente serão ligadas após vistoria e aprovação dopadrão de entrada por ela, de acordo com as condiçõescontidas nos citados manuais.

De acordo com a ND-5.2, as edificações de usocoletivo, bem como os agrupamentos, devem seratendidos através de uma única entrada de serviço,visando a ligação de todas as suas unidadesconsumidoras, independentemente da carga instaladadestas unidades e da demanda total da edificação. Nestescasos, cada unidade consumidora da edificação, deve sercaracterizada de forma individual e independente como,por exemplo, as lojas, escritórios, apartamentos e a áreado condomínio (inclusive serviço e sistema de prevençãoe combate a incêndio).

Por outro lado, as edificações constituídas poruma consumidor individual que venha a ser transformadaem edificações de uso coletivo ou agrupamento devem tersuas instalações elétricas modificadas visando separar asdiversas unidades consumidoras correspondentes deacordo com as condições estabelecidas nesta Norma.

O dimensionamento, a especificação econstrução do ramal interno e das instalações elétricasinternas da unidade consumidora devem atender àsprescrições da NBR-5410 da ANBT [3] em sua últimarevisão/edição.

A CEMIG deixa claro nos manuais que oatendimento ao pedido de ligação não transfere aresponsabilidade técnica à ela, quanto a segurança eintegridade das instalações elétricas internas

2..0 - TENSÕES DE FORNECIMENTO

O fornecimento de energia é efetuado em umadas seguintes tensões secundárias de baixa tensão:

127/220V, sistema trifásico, estrela comneutro multiaterrado, freqüência 60 Hz;

127/254V, sistema monofásico com neutromultiaterrado, freqüência 60 Hz, emsubstituição gradativa a 120/240V, de acordocom a padronização de tensões secundáriasestabelecidas pelo DNAEE [4].

3.0 - LIMITES DE FORNECIMENTO DE ENERGIAPARA CONSUMIDORES INDIVIDUAIS

O fornecimento de energia é efetuado em tensãosecundária de distribuição, às unidades consumidoras queapresentarem carga instalada igual ou inferior a 75 kW,ressalvados os casos indicados no Capítulo 1 - item 2.1da ND-5.1 e casos que se enquadrarem no artigo 60 daPortaria 466/1997 do DNAEE [4]. Para os casos deunidades com carga instalada superior a este limite, ofornecimento é feito em tensão primária de distribuição.

A ligação de cargas especiais, tais comomáquinas de solda a transformador e tipo motor-gerador,bem como os motores elétricos monofásicos e trifásicos,devem atender as limitações definidas para cada tipo defornecimento.

As unidades consumidoras com cargas acionadaspor motores com partidas freqüentes (ou simultâneas) ouespeciais (aparelhos de Raios-X, máquinas de solda) cujaoperação venha a introduzir perturbações indesejáveis narede, tais como flutuações de tensão, rádio-interferência,harmônicos, etc., prejudicando a qualidade dofornecimento a outras unidades, serão notificadas pelaCEMIG quanto:

a) as condições em que tais cargas podemoperar;

b) as alterações no padrão de entrada visandoadequá-lo ao tipo de fornecimentocompatível com o funcionamento e ascaracterísticas elétricas destas cargas.

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________________________________________________________________________________ Capítulo 11: Categoria de Atendimento e Entrada de Serviço (CEMIG) - 80

4.0 - CRITÉRIOS DE ATENDIMENTO DASEDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO

Os critérios de atendimento às edificações de usocoletivo e agrupamentos são definidos em função dademanda total utilizada para o dimensionamento doscomponentes da entrada de serviço coletiva.

As edificações são classificadas em:

4.1 - Edificações de Uso Coletivo com DemandaIgual ou Inferior a 95 kVA

As edificações de uso coletivo que se enquadramnesta faixa, são atendidas através de ramal de ligaçãoaéreo, trifásico, de baixa tensão, com o ponto de entregasituado no poste particular ou na armação secundáriafixada na parede da edificação.

4.2 - Edificações de Uso Coletivo com DemandaEntre 95 e 245 kVA

As edificações de uso coletivo que se enquadramnesta faixa são atendidas por ramal de ligaçãosubterrâneo, trifásico, de baixa tensão, com o ponto deentrega situado na caixa de inspeção instalada no limiteda via pública com a edificação.

4.3 - Edificações de Uso Coletivo com Demandaentre 245 e 1.500 KVA

Nesta faixa o atendimento é feito através deramal de ligação subterrâneo, trifásico, em alta tensão,para alimentação do(s) transformador(es) da CEMIGinstalados em câmara construída pelos consumidores,dentro dos limites de propriedade. Neste caso, o ponto deentrega situa-se nos bornes secundários do transformador.

4.4 - Edificações de Uso Coletivo com DemandaSuperior a 1500 KVA

Para estas edificações é necessário solicitar umprojeto especial da CEMIG para situações do tipo deatendimento aplicável.

4.5 - Edificações com Unidade(s) Consumidora(s)com Carga Instalada Superior a 75 KW

Nas edificações de uso coletivo,independentemente de sua demanda total, contendo umaou mais unidades consumidoras com carga instaladasuperior a 75 KW, o atendimento é efetuado em baixatensão, em conjunto com as demais unidades, de acordocom os critérios dos itens anteriores.

4.6 - Edificações Agrupadas (Agrupamentos)

Aplicam-se a estas edificações, os mesmoscritérios estabelecidos anteriormente para as edificaçõesde uso coletivo, servidas, entretanto, por ramais deligação aéreo com duas ou três fases, dependendo dovalor total da carga instalada.

5.0 - TIPOS DE FORNECIMENTO

Os tipos de fornecimento são definidos emfunção da carga instalada, da demanda, do tipo de rede elocal onde estiver situada a unidade consumidora, ou seja:

5.1 - Tipo A:. Fornecimento de energia a 2 fios (Fase-Neutro)

Abrange as unidades consumidoras urbanasatendidas por redes secundárias trifásicas ou monofásicas(127 V), com carga instalada até 10 kW e da qual nãoconstem:

a) motores monofásicos com potêncianominal superior a 2 c.v.;

b) máquina de solda a transformador compotência nominal superior a 2 kVA.

5.2 - Tipo B: Fornecimento de energia a 3 fios (2Condutores Fases-Neutro)

Abrange as unidades consumidoras situadas emáreas urbanas, atendidas por redes secundárias trifásicas(127/220 V) ou monofásicas (127/254 V) que não seenquadram no fornecimento tipo A, com carga instaladaentre 10 kW e 15 kW e da qual não constem:

a) os aparelhos vetados ao fornecimento tipoA, se alimentados em 127 V;

b) motores monofásicos, com potêncianominal superior a 5 c.v., alimentados em220 V ou 254 V;

c) máquina de solda a transformador, compotência nominal superior a 9 kVA,alimentada cm 220 V ou 254 V.

5.3 - Tipo C: Fornecimento de Energia a 3 Fios (2Condutores Fases-Neutro)

Abrange as unidades consumidoras situadas emáreas rurais ou de periferias de núcleos urbanos (sítios,chácaras, etc.), atendidas por redes secundáriasmonofásicas (3 fios), com carga instalada entre 10 kW e20 kW e da qual não constem:

a) os aparelhos vetados aos fornecimentostipo A, se alimentados em 127V;

b) motores monofásicos com potêncianominal superior a 5 c.v., alimentados em254V.

Neste tipo de fornecimento, a CEMIG exige queela analise as possíveis perturbações na rede dedistribuição se forem utilizados motores monofásicos de7,5 c.v. e 10 c.v.. Além disto, estabelece que o padrão deentrada deverá ser construído com a caixa polifásica CM-2 para que, numa eventual troca da rede secundáriamonofásica por uma rede secundária trifásica, não sejamnecessárias modificações em sua alvenaria.

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________________________________________________________________________________ Capítulo 11: Categoria de Atendimento e Entrada de Serviço (CEMIG) - 81

5.4 - Tipo D: Fornecimento de energia a 4 fios (3Condutores Fases-Neutro)

Abrange as unidades consumidoras urbanas, aserem atendidas por redes secundárias trifásicas(127/220V), com carga instalada até 75 kW, que não seenquadram nos fornecimentos tipo A, B e C e da qual nãoconstem:

a) os aparelhos vetados aos fornecimentostipo A, se alimentados em 127V;

b) motores monofásicos com potêncianominal superior a 5ev, alimentados em220V;

c) motores de indução trifásicos compotência nominal superior a 15 C.v..

d) máquina de solda tipo motor-gerador, compotência nominal superior a 30 kVA;

e) máquina de solda a transformador, compotência nominal superior a I5kVA,alimentada em 220V - 2 fases ou 220V - 3fases em ligação V-v invertida.

f) máquina de solda a transformador, compotência nominal superior a 30 kVA ecom retificação em ponte trifásica,alimentada em 220V-3 fases.

A ligação de cargas, com características elétricasalém dos limites estabelecidos para este tipo defornecimento, somente poderá ser efetuada após liberaçãoprévia da CEMIG, que analisara suas possíveisperturbações na rede de distribuição e unidadesconsumidoras vizinhas. Além disto, para a ligação demotores de indução trifásicos com potência nominalsuperior a 5 c.v., devem ser utilizados dispositivosauxiliares de partida.

5.5 - Tipo E: Fornecimento de Energia a 3 fios (2Condutores Fases-Neutro)

Abrange as unidades consumidoras situadas emarcas rurais, obrigatoriamente atendidas por redes dedistribuição monofásicas rurais de média tensão, comtransformadores monofásicos exclusivos (127/254V),com carga instalada até 37,5kW e da qual não constem:

a) os aparelhos vetados aos fornecimentostipo A, se alimentados em 127 V;

b) motores monofásicos com potêncianominal superior a 10 c.v., alimentados em254 V.

Os motores monofásicos com potênciasnominais de 12,5 c.v. e 15 c.v. poderão ser ligados nestetipo de fornecimento, desde que utilizados os dispositivosauxiliares de partida.

5.6 - Tipo F: Fornecimento de Energia a 4 Fios (3Fases-Neutro)

Abrange as unidades consumidoras situadas cmáreas rurais, obrigatoriamente atendidas por redes dedistribuição trifásicas rurais de média tensão e com

transformadores trifásicos exclusivos (127/220V), comcarga instalada até 75kW e da qual não constem:

a) motores de indução trifásicos com potêncianominal superior a 50 c.v..

b) motores monofásicos com potêncianominal superior a l0 c.v., alimentados cm220V.

c) máquinas de solda vetadas aofornecimento Tipo D.

Motores trifásicos com potências nominais de 60c.v. e 75 c.v., bem como os monofásicos com potênciasnominais de 12,5 c.v. e 15 c.v., poderão ser ligados nestetipo de fornecimento, desde que utilizados os dispositivosauxiliares de partida.

5.7 - Tipo H: Fornecimento de Energia a 3 Fios (2condutores Fases - Neutro)

Abrange as unidades consumidoras situadas emáreas urbanas, atendidas por redes secundárias trifásicas(127/220V) ou monofásicas (127/254V) que não seenquadram no fornecimento tipo B, mas que terão o seufornecimento de energia elétrica a 3 fios, a pedido doconsumidor com carga instalada até 10kW e da qual nãoconstem:

a) carga monofásica superior a 2,54 kW parao fornecimento tipo H1;

b) carga monofásica superior a 5,08 kW parao fornecimento tipo H2;

c) os aparelhos vetados ao fornecimento tipoB.

5.8 - Tipo I: Fornecimento de Energia a 4 Fios (3condutores Fases - Neutro)

Abrange as unidades consumidoras situadas emáreas urbanas, a serem ligadas a partir de redessecundárias trifásicas (127/220V) que não se enquadramno fornecimento tipo D, mas que terão o seufornecimento de energia elétrica a 4 fios, a pedido doconsumidor com carga instalada até 15kW e da qual nãoconstem:

a) carga monofásica superior a 1,90 kW parao fornecimento tipo I1;

b) carga monofásica superior a 3,81 kW parao fornecimento tipo I2;

c) carga monofásica superior a 5,08 kW parao fornecimento tipo I3;

d) os aparelhos vetados ao fornecimento tipoD.

5.9 - Tipo J: Fornecimento de Energia a 4 Fios (3condutores Fases - Neutro)

Abrange as unidades consumidoras constantesdos itens 2. 1 .b, e, e f, Capítulo 1 da ND-5.1, situadas emáreas urbanas, a serem ligadas a partir de redessecundárias trifásicas (127/220V) , com carga instaladaentre 75,1 a 150 kVA.

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________________________________________________________________________________ Capítulo 11: Categoria de Atendimento e Entrada de Serviço (CEMIG) - 82

6.0 - FAIXAS DE DIMENSIONAMENTO UNITÁRIO

A entrada de serviço de uma unidadeconsumidora situada em área urbana ou rural deve serdimensionada para uma das faixas indicadas nas Tabelas1 a 5 da ND-5.1.

7.0 - DIMENSIONAMENTO DA ENTRADA DESERVIÇO COLETIVA

Nas edificações de uso coletivo, odimensionamento do ramal de ligação, ramal de entrada eproteção geral, deve corresponder a uma dos faixas dedemanda, indicadas nas Tabelas 1, 2 e 3 da ND-5.2. Omesmo é válido para o dimensionamento dosalimentadores principais e respectivas proteções, onde,entretanto:

a) As seções mínimas dos condutores devemser verificadas pelo critério de queda detensão, obedecidos os seguintes valoresmáximos a b partir do ponto de entrega eaté os pontos de utilização da energia:♦ edificações com demanda até 215

KVAIluminação 4 %Força 4 %

♦ edificações com demanda superior a215 KVA

Iluminação 5 %Força 8 %

Nestes limites, devem ser também consideradasas quedas nos ramais internos das unidadesconsumidoras.

Nas edificações agrupadas com até 3 unidadesconsumidoras a entrada de serviço deve ser dimensionadapela Tabela 4, página 6-4 da ND-5.2. Os casos nãoprevistos nesta Tabela (mais de uma unidadeconsumidora trifásica ou unidade consumidora trifásicacom carga instalada superior a 23 kW ou ainda mais detrês unidades consumidoras), a entrada de serviço deveser dimensionada pela demanda total do agrupamento,sendo necessária a instalação de proteção geral,utilizando-se as tabelas aplicáveis a edificações de usocoletivo.

8.0 – EXEMPLOS DE DIMENSIONAMENTO -CONSUMIDORES INDIVIDUAIS

Para a residência exemplo do capítulo anterior(página 56), a carga instalada prevista é de 16,6 kW e ademanda total estimada é de 13,71 kVA.

Desta forma, o tipo de fornecimento é o “D”,com 4 fios (3 fases e 1 neutro). Da tabela 1 da ND-5.1,verifica-se que, pelo valor da demanda total, a entrada de

serviço deve ser dimensionada pela faixa D1 ( D < 15kVA)

9.0 – EXEMPLOS DE DIMENSIONAMENTO -EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO

Para o edifício exemplo do capítulo anterior(página 61), tem-se:

UnidadeConsumidora

Carga InstaladaPrevista (kW)

Demanda TotalEstimada (kVA)

Condomínio 63,56 43,89

Apartamentosde 120 m2 42,54 28,04

Apartamentosde 240 m2 34,80 32,20

Lojas 2,40 2,74

Total 210,50

De acordo com a ND-5.2, tem-se:

UnidadeConsumidora

Fornecimento Tipo Tabela(ND-5.2)

Condomínio Trifásico D5 5

Apartamentosde 120 m2 Trifásico D3 5

Apartamentosde 240 m2 Trifásico D4 5

Lojas Monofásico A1 5

TotalTrifásico

SubterrâneoItem 14 2

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) -“ND-5.1 – Fornecimento em Tensão Secundária,Rede de Distribuição Aérea, EdificaçõesIndividuais”;

[2] Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) -“ND-5.2 – Fornecimento em Tensão Secundária,Rede de Distribuição Aérea, Edificações Coletivas”.

[3] Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) -“NBR-5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão- Procedimento”;

[4] Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica(DNAEE) – “Portaria 466 - Condições Gerais deFornecimento a Serem Observadas na Prestação eUtilização do Serviço Público de Energia Elétrica”,de 12 de novembro de 1997.

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ANEXOS

ATENÇÃO

TEXTOS NÃO EDITADOS

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Anexos

________________________________________________________________________________________________ Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 84

ANEXO I: AUTOCAD R 14

Elaborado por: Adilson S. Engelmann

1.0 INTRODUÇÃO

A tela do Autocad apresenta cincopartes diferentes de informação que são: área

gráfica, barra de ferramentas, menus Pull-Down, região de comandos e região deinformações, como ilustrado na figura 1.

Figura 1 - Tela principal do Autocad.

A área gráfica é a parte central da telaonde se localizará o desenho. Na parte superiortemos o menu Pull-Down onde se localiza todosos comandos do Autocad. Pode-se selecionarum comando também através dos íconeslocalizados na parte superior (abaixo do menuPull-Down) e na lateral esquerda. Esses íconessão as barras de ferramentas, que podem ser

alteradas, movidas de acordo com a preferênciado usuário. Na parte inferior se localiza a regiãode comandos, onde os comandos podem serescritos, essa região é muito importante poisnela o Autocad conversará com o usuário. Logoabaixo da região de comandos temos a regiãode informações que exibe as coordenadas docursor e mostra as opções que estão ativas comoGRID, SNAP e outras.

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS

Anexos

________________________________________________________________________________________________ Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 85

1.1 REGIÃO DE COMANDOS

Na região de comandos o Autocadfornecerá as informações que deverão serescolhidas pelo usuário como por exemplo: nocomando para execução de uma linha, oAutocad pergunta onde você deseja começar alinha e até onde ela vai terminar.

Command: LineFrom point: 0,0To point: 10,10

Comandos com varias opçõesaparecerão de maneira diferente, isto é:

ON / OFF / <lower left corner> <0.00,0.00>:

A instrução que aparece entre ossímbolos “< >” é a opção que está sendo pedidapelo Autocad. Logo após aparecem os valores,também entre os símbolos “< >”, sendo a opçãopadrão do Autocad, que para ser aceita é sópressionar Enter. Para mudar a opção que estasendo pedida pode-se utilizar aquelas que estãoseparadas por barras “/”, digitando a instruçãointeira ou somente as letras que se apresentamem maiúsculo.

2.0 COORDENADAS

O Autocad trabalha com três diferentessistemas de coordenadas, as CoordenadasAbsolutas, Coordenadas Relativas e asCoordenadas Polares.

• Coordenadas Absolutas:

As coordenadas absolutas são utilizadasquando se conhece a localização do pontodesejado. Para inserir algum ponto utilizando acoordenada absoluta, especifica-se X,Y doponto em relação a origem. Por exemplo ocomando line:

Command: Line From point: 10,10

To point: 20,30

seria traçada uma linha da coordenada X=10 eY=10 em relação a origem até o ponto X=20 eY=30 também em relação a origem.

• Coordenadas Relativas:

As coordenadas relativas são utilizadasquando se sabe qual o deslocamento em relaçãoa um ponto anterior, (para se inserir acoordenada relativa devemos iniciar com osímbolo “@”). Por exemplo:

Command: Line From point: 10,10

To point: @20,0

seria traçada uma linha com origem no pontoX=10 e Y=10 até uma distância em X igual a20, ou seja uma linha horizontal com 20unidades.

• Coordenadas Polares:

As coordenadas polares são utilizadasquando se conhece a distância e o ângulo derotação, (para se inserir a coordenada polardevemos iniciar com o símbolo “@” a distânciae o ângulo de ser iniciado com o sinal “<”),

@distância do ponto < ângulo

Por exemplo:

Command: Line From point: 10,10

To point: @20<0

Obs.: O sistema angular segue o sentido Anti-horário.

3.0 DEFININDO A ÁREA DE TRABALHOAntes de começar a desenhar, é

importante configurar o ambiente de trabalho deacordo com as características do projeto. Essascaracterísticas incluem a definição de limites,usar ou não pontos de ajuda. Essas definiçõespodem ser alteradas durante o projeto conformenecessidade do usuário.

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS

Anexos

________________________________________________________________________________________________ Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 86

LIMITS

Esse comando define a área de desenhodo Autocad pelo usuário. Para acessar estecomando, digite LIMITS. Na região decomando aparecerá:

Command: LIMITS aciona o comandoON / OFF / <Lower left corner>: especifique o cantoinferior esquerdo da margem.Upper right corner <420.0000,297.0000>: especifiqueo canto superior direito da margem.

Normalmente utilizamos padrões defolhas conhecidas como o A4, A0 e outrosvalores, a tabela 1 apresenta os valores padrõesde folha em milímetros.

Sigla Tamanho (mm,mm)A4 210,297A3 297,420A2 420,594A1 594,840A0 840,1188

Tabela 1 – Tamanhos de folhas.

3.1 COMANDOS DE AUXÍLIO

No menu Pull-Down, na opção TOOLSvamos acionar o comando DRAWING AIDS,que nos permite ajustar algumas configuraçõesna área gráfica de auxílio no desenho, como porexemplo: colocar um Grid, na tela na qualtorna-se como se fosse um papel milimetrado.A figura 2 mostra a caixa de dialogo docomando DRAWING AIDS.

Figura 2 – Caixa de dialogo auxiliar para configuração da área de trabalho.

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Anexos

________________________________________________________________________________________________ Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 87

Na parte direita da caixa de diálogotemos a opção GRID onde devemos definir oespaçamento dos pontos na tela tanto em Xcomo em Y e acionar ou desligar com a opçãoOn.

Na parte central encontra-se a opçãoSNAP que nos permite fazer com que o cursortenha um deslocamento incremental na tela deacordo com as definições de espaço em X e emY, também deve ser acionado ou desligado coma opção On.

Na parte esquerda temos um quadropara acionarmos ou desligarmos as opçõesOrtho (restringe/libera o cursor paramovimentos ortogonais), Solid Fill (controla opreenchimento de multilinhas, sólidos), QuickText (se ativado, exibe uma caixa ao invés dotexto), Blips (se ativado, aparece um marcadoronde você especifica um ponto), Highlight (seativado, os objetos selecionados ficam emdestaque), Groups (permite agrupar objetos),Hatch (permite ativar ou desativar hachuras).

Na parte inferior direita, temos a opçãoIsometric Snap/Grid que permite fazerisométricos com maior facilidade. Se essaopção estiver ligada, posicionará o grid, o snape o cursor em um dos planos isométricos.Obs.: Esse comandos também podem serativados ou desativados utilizando as teclas defunção, ou seja:

F8 -- Ativa ou desativa a opção OrthoF9 -- Ativa ou desativa a opção SnapF7 -- Ativa ou desativa a opção GridF5 -- Altera o plano de isométrico

OSNAP

O Autocad permite ao usuário desenharconstruções geométricas com precisão, ativandouma atração automática a um ponto notável doobjeto.

Para utilizarmos os modos deaproximação devemos pressionarsimultaneamente a tecla “SHIFT” e o botão dadireita do mouse. Aparecerá um menumostrando as opção que podemos utilizar.

Outra maneira de torná-los sempre

ativos, é utilizando o menu TOOLS a opçãoOBJETC SNAP SETTINGS. Com isso elesficarão ativos até que você deseje desativar.Exemplos de opções de OSNAP:

Endpoint: Atrai para o ponto mais próximo aextremidade de objetos como segmentos de retae arcos.

Midpoint: Atrai para o ponto médio de objetoscomo segmentos de reta e arcos.Intersection: Atrai para o ponto de interseçãoentre dois objetos.

Center: Atrai para o centro de um círculo, arcoou elipse.

Quadrant: Atrai para o quadrante mais próximode um arco, circulo ou elipse (pontos a 0°, 90°,180° e 270° graus).

4.0 VISUALIZAÇÃO

ZOOM

Este comando é utilizado para que ousuário consiga visualizar na tela exatamenteaquilo que deseja. Algumas das opções são asseguintes:

WINDOW: Com o mouse selecione uma janela,por dois pontos, na área que deve seramplificada.

ALL: Retorna para a maior tela possível, ondeaparecerão todos objetos feitos.

EXTEND: Mostra na tela visão com a extensãodo desenho feito.

PREVIOUS: Retorna a última opção zoom quefoi usada.

PAN

Desloca a tela numa determinadadistância sem alterar a ampliação da vista.

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Anexos

________________________________________________________________________________________________ Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 88

REDRAW

Remove os blips marcadores e resíduosde tela deixados por comandos de edição.

UNDO

Desfaz o último comando. Pode-seacessá-lo pressionando somente U.

5.0 FERRAMENTAS DE PRODUÇÃO

LINE

Este comando nos permite traçar umsegmento de reta ou um conjunto de segmentosde retas.

Command: Line aciona o comandoFrom point: P1 origem da linhaTo point: P2 segundo pontoTo point: novo ponto

O Autocad continuará a pedir um novoponto sucessivamente, para encerrar deve-seapenas pressionar a tecla Enter.

CIRCLE

Desenho de circunferências . Para sedesenhar uma circunferência temos váriasopções, cada uma delas levando em conta omodo mais fácil de se desenhar. O modo maiscomum é selecionar o ponto central onde selocalizará a circunferência e depois digitar oraio ou o diâmetro.

Command: Circle aciona o comando.3P / 2P / TTR / <Center point>: ponto ondelocalizará o centro da circunferência.Diameter / <Radius>: valor doraio ou opção de diâmetro.Também podemos desenhar a circunferência apartir de 3P:

Command: Circle aciona o comando.3P / 2P / TTR / <Center point>: 3P selecionadesenhar a partir de 3 pontos.

First point: especifique o primeiroponto.Second point: especifique o segundoponto.Third point: especifique o terceiroponto.

2P – Desenha a circunferência por dois pontosextremos do diâmetro.

Command: Circle aciona o comando.3P / 2P / TTR / <Center point>: 2P selecionadesenhar a partir de 2 pontos.First point on diameter: especifique o primeiroponto.Second point on diameter: especifique o segundoponto.

TTR – Desenha a circunferência tangente a doisobjetos, com um raio especificado

Command: Circle aciona o comando.3P / 2P / TTR / <Center point>: TTR selecionadesenhar tangente a dois objetos.Enter Tangent spec: selecione o primeiro objeto.Enter second Tangent spec: selecione o segundoobjeto.Radius <atual>: especifique o raio.

DONUT

Desenha coroas circulares ou círculospreenchidos.

Command: Donut aciona o comando.Inside diameter <atual>: digite o diâmetrointerno.Outside diameter <atual>: digite o diâmetroexterno.Center of doughnut: ponto que corresponderá aocentro do Donut.

ARC

Existem várias opções para se fazer umarco. Pode-se desenhar a partir de 3 pontos(ponto inicial, segundo ponto, ponto final), ouatravés de dois pontos e uma outra dimensão(ângulo entre os pontos, distância entre ospontos, raio do arco). Essas opções podem sermelhores especificadas no menu Pull-Dowm,

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Anexos

________________________________________________________________________________________________ Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 89

opção DRAW comando ARC.Obs.: Deve-se sempre entender quais são osprincipais pontos notáveis no desenho do arcopara nos facilitar qual opção devemos acionar.

Command: Arc aciona o comando.

ELLIPSE

Desenha uma elipse.

Command: Ellipse aciona o comando.Arc / Center / Isocircle / <Axis endpoint 1>:primeiro ponto de um dos eixos da elipse.Axis endpoint 2: segundo ponto de um dos eixos daelipse.<Other axis distance> / Rotation: outro ponto daelipse no outro eixo.

RECTANGLE

Desenho de retângulos.

Command: Rectang aciona o comando.Chamfer / Elevation / Fillet / Thickness / Width<First corner>: 1° canto do retângulo.Other corner: 2° canto do retângulo.

Podemos com as outras opções desenharum retângulo chanfrado, ou com um arco emseus cantos.

Chamfer: Define a distância de chanfropara desenhar o retângulo.

Fillet: Define o raio dos cantos paradesenhar o retângulo.

Elevation: Utilizado em 3D.Thickness: Utilizado em 3D.

Width Espessura da linha com que serádesenhado o retângulo.

Obs.: Ao desenhar o retângulo deve-se notarque suas linha estão agrupadas formando umúnico bloco.

POLYGON

Desenha um polígono.

Command: Polygon aciona o comando.Number of sides <atual>: número de lados dopolígono.Edge / <Center of polygon>: ponto onde selocalizará o centro do polígono.Inscribed in circle / Circunscribed about circle (I/C)<I>: inscrito ou circunscrito ao círculo que odefine.Radius of Circle: raio do polígono.

Opção Edge desenha o polígono através dadimensão de um dos lados.

5.1 COMANDOS DE TEXTO

Para definir uma forma de letra noAutocad, ou seja definir o tamanho da letra ,inclinação e forma. Devemos ir no menu Pull-Dowm na opção FORMAT comando TEXTSTYLE. O Autocad abrirá uma caixa de dialogocomo ilustrado na figura 3.

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Anexos

________________________________________________________________________________________________ Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 90

Figura 3 – Caixa de dialogo Text Style.

Onde pode-se alterar a altura da letra(tamanho) a fonte de letra (forma da letra) e oestilo de letra.

Deve-se notar que uma alteração nessequadro de diálogo implica em termos queescrever nossos texto com os padrões definidos,até que seja feita mudanças nessa caixa dediálogo.

Para utilizar o Autocad exclusivamentepara projetos, procure utilizar as fontes padrõespois são mais aplicáveis a projetos e são bemmais otimizadas.

TEXT

Cria texto de apenas uma linha

Command: Text aciona o comando.Justify / Style / <Start point>: ponto inicial dotexto.Height <0.200>: altura do texto.

Rotation angle <0>: ângulo de rotação do texto.Text: digite o texto.

Justify – permite o ajuste do texto a um espaçodefinido pelo usuário, ou seu alinhamento.Alguns exemplos de alinhamento:

Middle Alinha pelo ponto médio do texto.TL Alinha pelo topo, à esquerda.TC Alinha pelo topo, ao centro.TR Alinha pelo topo, à direita.MC Alinha pelo ponto médio ao centro.BL Alinha pela base, à esquerda.BC Alinha pela base, ao centro.BR Alinha pela base, à direita.

DTEXT

Cria um texto, podendo ser umparágrafo.

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Anexos

________________________________________________________________________________________________ Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 91

Command: Dtext aciona o comando.Justify / Style / <Start point>: ponto inicial dotexto.Height <0.200>: altura do texto.Rotation angle <0>: ângulo de rotação do texto.Text: digite o texto.Text: digite o texto.

Esse comando pedirá para digitar umtexto até que seja digitado apenas Enter,fazendo assim com que ele encerre o parágrafo.Também permite o ajuste do texto com a opçãoJustify.

DDEDIT

Para alteramos um texto ou atributos nodesenho.

Command: DDEDIT aciona o comando.Select objets: selecione os textos a seremmodificados.

O comando apresentará uma caixa detexto, com o texto a ser modificado.

5.2 CRIAÇÃO DE POLILINHAS

Uma polilinha é definida por uma série desegmentos contíguos, formando uma seqüênciade linhas com características de uma únicaentidade.

PLINE

Cria uma polilinha.

Command: Pline aciona o comandoFrom point: ponto inicialArc / Close / Halfwidth / Length / Undo / Width<End point of line>: 2° pontoArc / Close / Halfwidth / Length / Undo / Width<End point of line>: 3° ponto

Arc: Troca desenho de linhas por arcos napolilinha.Close: Fecha a polilinha com um segmento delinha criando uma entidade fechada.

Width: Determina a largura de uma polilinha.Undo: Remove o último segmento desenhado.

MLINE

Cria segmentos de várias linhasparalelas.

Command: Mline aciona o comandoJustification / Scale / Style / <From point>: pontoinicial.To point 2° pontoUndo / To point 3° pontoClose / Undo / To point 4° ponto

Close: fecha a polilinha com um segmento delinhaJustification: determina como a linha serádesenhada em relação ao ponto de clique,podendo ser com o cursor no topo da multilinha(Top), desenha com o cursor centralizado(Zero), desenha com o cursor abaixo da linha(Bottom).Scale: Altera as larguras da multilinha.Style: Altera o estilo de linha.

SPLINE

Criação de curvas quadráticas oucúbicas.

Command: Spline aciona o comandoObject / <Enter first point> ponto inicialEnter point: 2° pontoClose / Fit tolerance / <Enter point>: 3° pontoEnter start tangent: ponto que formará com oponto inicial a tangente do início da spline.Enter end tangent: ponto que formará com oponto final a tangente do fim da spline.

5.3 ALTERANDO POLILINHAS

PEDIT

Permite a edição das PLINES.

Command: Pedit aciona o comandoSelect polyline: selecione a polilinha.

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Anexos

________________________________________________________________________________________________ Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 92

Close / Join / Width / Edit vertex / Fit / Spline /Decurve / Ltype gen / Undo / eXit <X>: escolhauma opção.

Close: cria um segmento unindo o último pontoao primeiro, tornando-a fechada.Width: solicita uma nova largura para apolilinha.Fit: cria uma curva suave formada por pares dearcos.Spline: cria n-splines a partir de uma polilinhaDecurve: cria uma polilinha com segmentos dereta.

SPLINEDIT

Edita Splines.

Command: Splinedit aciona o comandoSelect spline: selecione uma spline.

Fit Data / Close / Move vertex / Refine / rEverse /Undo / eXit <X>: escolha uma opção.

Fit Data: edita dados de adaptação.Close: fecha uma spline aberta.Move vertex: reposiciona pontos de controleReverse: reverte a direção da spline.

5.4 CRIAÇÃO DE HACHURAS

BHATCH

Cria hachuras associadas aos objetosque formam limites.

Command: Bhatch aciona o comando

Ao acionarmos o comando, o quadro dediálogo da figura 4 será mostrado na tela.

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Anexos

________________________________________________________________________________________________ Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 93

Figura 4 – Quadro de diálogo de hachuras.

Na parte superior esquerda, temos aopção PATTERN que permite a visualizaçãodos tipos de hachuras disponíveis. No cantosuperior direito temos a opção PICK POINTS,que permite selecionarmos a área pelo clique domouse em uma área interna da região que sedeseja hachurar. A opção PREVIEW HATCHnos mostra como a hachura ficará no objetoantes de aplicarmos, com a opção Scale, naparte inferior esquerda, podemos alterar a escalada hachura. Para aplicarmos a hachura devemosclicar na opção APPLY.

6.0 FERRAMENTAS DE EDIÇÃO

ERASE

Apaga objetos do desenho.

Command: Erase aciona o comando.Select objets: selecione os objetos.

Obs.: Caso você selecione um objeto errado,pode-se remove-lo pressionando “r” Enter, oAutocad pedirá para que você remova osobjetos selecionados errados.

U

Desfaz o último comando

Command: U aciona o comando e já desfaz oúltimo.

COPY

Copia objetos de um desenho. Podendofazer apenas uma cópia como também pode-sefazer várias cópias.

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Anexos

________________________________________________________________________________________________ Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 94

Command: Copy aciona o comando.Select objets: selecione os objetos a seremcopiados.<Base point or displacement:> / Multiple: selecioneum ponto normalmente próximo ao objeto ao qualdeseja copiar, ou selecione M caso queira fazervarias copias. Se teclar M, em seguida serásolicitado o ponto base novamente.Second point or displacement: ponto ao quallocalizará a copia do objeto.

MOVE

Move objetos de um desenho

Command: Move aciona o comando.Select objets: selecione os objetos a seremmovidos.Base point or displacement: selecione um pontonormalmente próximo ao objeto ao qual se desejamover.Second point or displacement: ponto ao quallocalizará o objeto.

OFFSET

Cria uma cópia paralela do objeto a umadistância determinada pelo usuário.

Command: Offset aciona o comando.Offset distance or Through <atual>: especifiqueuma distância.Select object to offset: selecione o objeto a sercopiado paralelamente.Side to offset: lado que quer a cópia.

TRIM

Corta o excedente de um objeto até oslimites definidos por outros.

Command: Trim aciona o comando.Select object: selecione os objetos queserão limites de corte.<Select object toTrim> / Poject / Edge / Undo:selecione os trechos do objeto que deseja apagar.

EXTEND

Estende objetos até se encontrarem comoutro que funcionam como limite.

Command: Extend aciona o comando.Select object: selecione os objetos queserão limites de extensão.<Select object toTrim> / Poject / Edge / Undo:selecione os trechos do objeto que deseja estender.

MIRROR

Copia um objeto simetricamente a umeixo (espelhamento) determinado pelo usuário.

Command: Mirror aciona o comando.Select objets: selecione os objetos a seremespelhados.First point of mirror line: selecione um pontoda linha de espelhamento.Second point: segundo ponto da linha deespelhamento.Delete old objects? <N>: deseja apagar o antigoobjeto, N mantém o objeto, Y apaga o objeto.

CHAMFER

Cria chanfros entre objetos. Criandouma nova linha para que o chanfro possa sercriado.

Command: Chamfer aciona o comando.(Trim mode) Current chamfer Dist1=1, Dist2=1.5Polyline / Distance / Angle / Trim / Method <Selectfirst line>: selecione 1° objetos que fará partedo chanfro.Select second line: selecione 2° objeto que faráparte do chanfro.

Polyline: Chanfra uma polilinha 2D inteira.Distance: Define as distâncias do chanfro a partir dolado selecionado. Você pode definir as distânciascomo zero, fazendo assim uma concordância entreas linhas.Angle: Define as distância do chanfro usando umadistância e um ângulo.Trim: Controla se o Autocad corta os ladosselecionados até os pontos extremos da linha.Method: Controla a maneira de entrar com asdistâncias (usa duas distâncias ou uma distância eum ângulo).

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Anexos

________________________________________________________________________________________________ Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 95

FILLET

Executa arredondamento entre objetos.Criando um arco para que o arredondamentopossa ser criado.

Command: Fillet aciona o comando.(Trim mode) Current fillet radius=30Polyline / Radius / Trim / <Select first line>:selecione 1° objetos que fará parte do Fillet.Select second line: selecione 2° objeto que faráparte do Fillet.

Polyline: Arredonda uma polilinha 2D inteira.Radius: Define o raio de concordância.Trim: Controla se o Autocad corta os ladosselecionados até os pontos extremos da linha.

ARRAY

Cria cópias de um objeto com umespaçamento pré-determinado. Copias feitas deum modo polar (feitas em relação a um centro eum raio), e o modo retangular (distâncias emrelação ao eixo X e Y).

Modo Retangular

Command: Array aciona o comando.Select objects: selecione os objetos.Rectangular or Polar array (R/P) <atual>: Rescolha a opção de array retangular.Number of rows (---) <3>: Número de linhas.Number of columns: Número de colunas.Unit cell distance between rows (---): Distânciaentre linhas.Distance between columns: Distância entre colunas.

Modo Polar

Command: Array aciona o comando.Select objects: selecione os objetos.Rectangular or Polar array (R/P) <atual>: Pescolha a opção de array polar.Center point of array: centro do array.Number of itens: Número de itens a criar.Angle to fill (+=ccw, -=cw) <360>: Ângulo depreenchimento com os itens.Rotate objects as theys are copied? <Y>:rotacionar os objetos durante a cópia ou não.

ROTATE

Rotaciona objetos em torno de um pontodeterminado.

Command: Rotate aciona o comando.Select objets: selecione os objetos.Base point: selecione um ponto normalmentepróximo ao objeto ao qual se deseja rotacionar.<Rotation angle> / Reference: entre com o ângulode rotação desejado.

SCALE

Amplia ou reduz os objetosselecionados.

Command: Scale aciona o comando.Select objets: selecione os objetos.Base point: ponto a partir do qual você quer oobjeto ampliado ou reduzido.<Scale factor> / Reference: digite a escala deampliação ou redução desejada.

BREAK

Permite remoção de parte de um objeto,mesmo sem usar outros como limites.

Command: Break aciona o comando.Select objets: selecione o objeto para corteassumindo o ponto de seleção como o 1° ponto decorte.Enter second point (or F for first point): F selecione o segundo ponto para imediatamentecortar ou tecle F para voltar e escolher o primeiroponto.Enter first: entre com o 1° ponto de corte.Enter second point: entre com o 2° ponto decorte.

7.0 ORGANIZAÇÃO DO DESENHO

Todos os objetos criados no Autocadpossuem propriedades que os identificam, queincluem, entre outros layer, cor e tipo de linha.Os layers são camadas transparentes esuperpostas uma às outras nas quais seorganizam e se agrupam diferentes tipos de

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS

Anexos

________________________________________________________________________________________________ Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 96

informações do desenho. Para cada layerassociamos uma cor e um tipo de linha. A corajuda a distinguir rapidamente elementos dodesenho e determina a espessura da linhadurante a plotagem. Os tipos de linha ajudam aperceber facilmente a diferença entre oselementos de desenho.

LAYERS

Os objetos desenhados no Autocad estãorelacionados a algum layer, seja o padrão ou

outro criado pelo usuário. Eles servem comoum método de organizar o seu desenho emgrupos.

O número de layers criados é ilimitado.O usuário pode designar um nome para cadalayer e selecionar qualquer combinação delayers para apresentar.

Para criar e modificar os layers, vamosentrar na opção FORMAT no menu Pull-Down,comando LAYERS, como ilustra a figura 5.

Figura 5 – Configuração dos Layers de trabalho.

A opção NEW cria um novo Layer como nome inserido na caixa de texto pelo usuário.

A opção DELETE apaga um layer selecionadopelo usuário. CURRENT torna o layerselecionado o atual.

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS

Anexos

________________________________________________________________________________________________ Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 97

Ao lado do nome dos layers temosvários símbolos representando opções decaracterísticas dos layers. O símbolorepresentado por uma lâmpada (On/Off), tornavisível/invisível o layer selecionado na área detrabalho, mas o Autocad irá processar eregenerar os objetos deste layer. Os próximostrês símbolos (Freeze) servem paracongelar/descongelar as viewports se vocêestiver em paper space. O símbolo representadopor um cadeado (Lock), chaveia o conteúdo dolayer não permitindo qualquer tipo de alteração.A opção Color permite selecionar a cor dolayer, a cor que os objetos serão desenhadoscaso a cor esteja setada para by layer. E a opçãoLynetype, permite selecionar o tipo de linha dolayer.

A opção DETAILS mostra as mesmasinterações acima, só que de maneira maisdescritiva.

O quadro LINETYPE, nos apresenta umquadro de diálogo, onde é possível mudar o tipode linha de um layer.

7.1 MODIFICAÇÃO DE PROPRIEDADES

Para alterar as propriedades de umobjeto, ou seja, sua cor, tipo de linha, layer.Deve-se no menu Pull-Down através da opçãoMODIFY escolher o comando PROPERTIES.Este comando apresenta formas diferentes dequadros de diálogo, selecionando vários objetosde uma vez, o quadro de diálogo é compostopelos botões Color, Layers e Linetype, quealteram a cor, o layer, e o tipo de linha, estecomando para ser acionado, na região decomandos deve-se digitar:

Command: DDCHPROP aciona o comandoSelect objects: selecione os objetos.

Selecionando apenas um objeto aparecerá oquadro de diálogo, onde pode-se alterar nãoapenas o layer, cor, tipo de linha, mas também oponto inicial, ponto final da linha, um texto, etc.

Para acionar este comando deve-se digitar naregião de comandos:

Command: DDMODIFY aciona o comandoSelect objects: selecione os objetos.

8.0 CRIAÇÃO E UTILIZANDO UMABIBLIOTECA DE SIMBOLOS.

Os objetos desenhados no Autocad podemser agrupados em blocos formando assim um sóobjeto. Isso serve para agilizar o processo dodesenho, também pode-se criar símbolos emarquivos para que possam ser utilizados emvários desenhos.

BLOCK

Cria um bloco a partir da seleção dosobjetos.

Command: Block aciona o comando.Block name (?): nome do bloco a ser geradoInsertion base point: ponto que será dado comoreferência na hora de inserir o bloco.Select objects: selecione os objetos quefarão parte do bloco.

WBLOCK

Salva um bloco como arquivo.

Command: WBlock aciona o comando. Abre umcaixa de diálogo, para que o usuário escolha odiretório e o nome do arquivo que será salvo obloco.Block name: nome do bloco a ser salvo.

DDINSERT

Inserir blocos no desenho.

Command: Ddinsert aciona o comando. Abre oquadro de dialogo, para que o usuário selecione oarquivo a ser inserido ou o bloco.Insertion point: o ponto onde vai serinserido o bloco.

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS

Anexos

________________________________________________________________________________________________ Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 98

X scale factor <1> / Corner / XYZ: fator deescala no eixo X.X scale factor (default=X): fator de escala noeixo Y.Rotation angle <0>: ângulo de rotação.

EXPLODE

Comando para desmembrar um blocoem seus objetos componentes.

Command: Explode aciona o comando.Select object: selecione o bloco.

9.0 PLOTAGEM

Para cada desenho o usuário pode definirseus parâmetros de impressão, que são caneta,área, origem, escala e rotação.

PRINT ou PLOT

Comando para impressão do desenho.

Command: Plot aciona o comando. Abre acaixa de diálogo para impressão como ilustrado nafigura 6.

Figura 6 – Caixa de diálogo de impressão.

A opção Device and Default Selectionpermite ao usuário alterar o plotter ouimpressora. Pen Assigments permite ao usuárioatribuir espessura e cores as canetas. No quadro

Addional Parameters o usuário escolhe o queserá impresso, ou seja, se será impresso a telaatual, ou uma área selecionada. Paper Size andOrientation, este quadro pode ser definido o

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS

Anexos

________________________________________________________________________________________________ Anexo I: AUTOCAD R. 14 - 99

tamanho da folha. Scale, Rotation and Origindefine a rotação e a escala de impressão dodesenho. Plot Preview exibe uma imagem a serimpressa.

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS

Anexos

Visual Electric - 100

ANEXO II: VISUAL ELECTRIC

Elaborado por: Ricardo C. Campos

1. Inicialização do Visual Electric

Para iniciar o Visual Electric, deve-se acessar oícone correspondente, localizado no MENU INICIAR >PROGRAMAS > VISUAL ELECTRIC. Em seguida,confirme a inicialização do Visual Electric no prompt doAutoCAD R14 (basta apertar a letra “s”). Surgirá, destaforma, uma tela de trabalho parecida com a do AutoCADR14 , porém com um menu superior diferente, próprio doVisual Electric.

1.1 Iniciando um Projeto

Figura 1 – Caixa de Diálogo paraConfiguração da Área de Trabalho

Acesse o menu ARQUIVO >INICIAR PROJETOe para selecionar a opção para o formato do papel (A0,A1, A2, A3 ou A4), a unidade de trabalho (m, cm oumm) e a escala do seu desenho (1:1, 1:2, 1:50, 1:100,1:200, 1:500, etc.).

Uma vez iniciado o projeto, o próximo passo écomeçar a fazer o desenho.

O primeiro a ser feito é o desenho do projetoarquitetônico, ou seja, o desenho das paredes, portas,janelas, etc. Somente depois de pronto o arquitetônico éque se pode começar a desenhar o projeto elétrico.

1.2 Considerações

Algumas considerações devem ser feitas comrespeito a utilização de escalas.

O Visual Electric possui uma escala globalpadronizada em metros. Se o usuário preferir trabalharem metros, isto proporcionará maiores facilidades emfuturas conversões indesejadas de selos, símbolos, textose outros objetos que necessitem de alteração de escalas.

Uma outra consideração importante é que nomenu do Visual Electric existem dois comandosESCALA. Um está situado no menu EDIÇÃO e o outro nomenu UTILIDADES. O comando ESCALA do menuEDIÇÃO é correspondente ao comando SCALE doAutoCAD R14. Com ele, o desenhista pode alterar otamanho de objetos diretamente na tela de trabalho. Já ocomando ESCALA do menu UTILIDADES estárelacionado com a escala do projeto em andamento. Casoo usuário altere seu valor, por exemplo de 1:100 para1:50, isto significa que todos os símbolos pertencentes àbiblioteca do Visual Electric que forem ser inseridos nodesenho agora estarão na nova escala.

2. Desenho do Projeto Arquitetônico

O desenho do projeto arquitetônico pode serexecutado de diversas maneiras. Esta apostila descreveaquela em que são usados os comandos do VisualElectric. Entretanto, caso o projetista prefira desenhar oarquitetônico de modo diferente ao descrito, não existeproblema algum. Inclusive, o Visual Electric permite quedesenhos arquitetônicos situados em outros arquivospossam ser inseridos na sua área de trabalho através domenu DESENHOS > INSERIR.

Porém, se o projetista escolher um métododiferente do método próprio do Visual Electric, ele deveestar atento com relação a escala do seu desenho, umavez que a escala dos símbolos que serão inseridos podeestar diferente da escala do desenho arquitetônico feito ouinserido.

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Anexos

Visual Electric - 101

Na utilização dos comandos do Visual Electricpara o desenho do projeto arquitetônico, os layersreferentes a paredes, portas e janelas são criadosautomaticamente.

Figura 2 – Projeto Arquitetônico

2.1 Desenho de Paredes

Para se desenhar paredes no Visual Electricutiliza-se o comando PAREDE, que se encontra no menusuperior DESENHO.

O usuário deve entrar com o ponto inicial, quepode ser um ponto qualquer, ou um ponto já existente, ecom o ponto final, que também poderá ser qualquer, outambém já existente.

Para se definir a largura da parede, logo depoisde selecionado o comando, digitar a letra L, referente alargura. Digita-se o valor desejado e pressione ENTER.

Para sair do comando basta clicar com o botãodireito do mouse ou, se preferir fechar a arquitetura,digitar FE, referente a fechar.

Comando: PAREDEInformações: Largura (0.15)

Ponto InicialPonto Final

Caso o projetista tenha que desenhar uma paredea uma determinada distância de um ponto de referência,ele pode digitar R, relativo a referência. Em seguida, eledeve selecionar o ponto de referência, o lado dereferência e a distância. Este procedimento é similar aocomando OFF-SET do AutoCAD R14.

2.2 Desenho de Portas

Para o desenho de portas, deve-se utilizar ocomando PORTA, localizado no menu superiorDESENHO.

O usuário deve fornecer a largura da porta, o seuponto fixo e o lado de abertura.

Comando: PORTAInformações: Largura (0.80)

Ponto Fixo

Lado de Abertura

Assim como para o desenho de paredes, oprojetista pode colocar o ponto fixo da porta a umadeterminada distância de referência. Basta digitar R einformar a distância desejada.

Além disso, se o projetista já possuir umabiblioteca própria de portas, o Visual Electric permite queestas sejam inseridas no desenho sem nenhum problema,respeitando sempre a escala.

2.3 Desenho de Janelas

Para o desenho de janelas, deve-se utilizar ocomando JANELA, localizado no menu superiorDESENHO.

O usuário deve fornecer as seguintesinformações ao programa: a largura da janela, o seu pontoinicial, situado no lado externo da parede, a face opostada parede e um ponto qualquer oposto ao inicial, situadona mesma face da parede.

Comando: JANELAInformações: Largura (1.20)

Ponto InicialFace OpostaPonto Oposto ao Inicial

A observação feita para o desenho de portasreferente a existência de biblioteca pessoal também valepara o desenho de janelas.

3. Desenho do Projeto Elétrico

3.1 Distribuição das Cargas Elétricas

Para a distribuição das cargas elétricas énecessário tomar conhecimento prévio do ponto onde sedeseja colocar uma determinada carga.

O próximo passo é inserir no desenho ossímbolos elétricos referentes às cargas desejadas. Nomenu superior SÍMBOLOS se encontram todos símbolosnecessários, tais como os de iluminação, tomadas,interruptores, sinalizadores, quadros e motores.

3.1.1 Iluminação

O acesso às bibliotecas de iluminação se dá pelomenu superior SÍMBOLO. Neste menu, tem-se diversasopções de iluminação. Em ILUMINAÇÃO DIVERSASpodem ser encontrados os símbolos referentes àslâmpadas incandescentes comuns, arandelas, lâmpadas demercúrio e vapor de sódio, e holofotes. Em

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Visual Electric - 102

ILUMINAÇÃO FLUORESCENTE podem ser encontradosos símbolos referentes aos diversos tipos de lâmpadasfluorescentes.Neste exemplo, será inserido uma lâmpada incandescentede 100W num cômodo do desenho arquitetônico doexemplo. Deve-se ter conhecimento, além da potência, dequal circuito faz parte a lâmpada, do retorno e do fator depotência.

Primeiramente, deve-se acessar o menuSÍMBOLOS > ILUMINAÇÃO DIVERSAS e selecionar aopção INCANDESCENTE.

O usuário deve informar para o Visual Electric oponto de inserção e o ângulo de rotação do símbolo. Emseguida, aparecerá uma caixa de diálogo onde o usuáriodeve-se fornecer o circuito, retorno, fator de potência epotência da lâmpada inserida.

Comando: INCANDESCENTEInformações: Ponto de Inserção

Ângulo de RotaçãoDados Elétricos

Nota: O Visual Electric, no instante da inserção dosímbolo no desenho, automaticamente cria o layer (ounível) correspondente ao símbolo inserido.

Figura 3 – Caixa de Diálogo para Entrada de Dados de Iluminação

3.1.2 Tomadas

O acesso às tomadas se dá pelo menuSÍMBOLOS. Neste menu, existem diversas opções detomadas a serem inseridas, tais como tomadas de energia,telefone, TV, som, além de tomadas diversas, comocampainha, cigarra e antena.

Como exemplo, será inserido uma tomada baixa2x4 no mesmo cômodo de arquitetura no qual foi inseridoa lâmpada de 100W. Da mesma forma, deve-se terconhecimento prévio do ponto de inserção do símbolo,bem como os parâmetros elétricos da tomada (circuito,potência e fator de potência).

A caixa de diálogo, neste caso, é bem parecidacom a da lâmpada incandescente, utilizada no exemploanterior, diferenciando apenas no nome do bloco queaparece no canto superior esquerdo da caixa. Também écriado automaticamente um layer correspondente aosímbolo inserido.

Comando: TOMADA ENERGIAInformações: Ponto de Inserção

Ângulo de RotaçãoDados Elétricos

3.1.3 Interruptores

Acessando o menu SÍMBOLOS >INTERRUPTORES pode-se inserir diversos tipos deinterruptores no desenho (de 1 a 4 seções, em paralelo ouintermediário, de minuteria, com tomada anexa, etc.). OVisual Electric exige a informação do ponto de inserção,que já deve ser conhecido, do ângulo de rotação e doretorno. Como exemplo, será inserido um interruptorsimples de uma seção que comanda o funcionamento dalâmpada de 100W inserida anteriormente. O quadro dediálogo que surgirá na tela será o seguinte:

Comando: INTERRUPTORInformações: Ponto de Inserção

Ângulo de RotaçãoDados Elétricos

Figura 4 – Caixa de Diálogo paraEntrada de Dados de Interruptores

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Visual Electric - 103

3.1.4 Quadro de Distribuição de Circuitos

Após o procedimento da definição dos pontoselétricos no desenho, deve-se definir a posição onde seencontrará o QDC (Quadro de Distribuição de Circuitos).

O acesso ao símbolo de QDC se dá pelo menuSÍMBOLOS > QUADROS onde se encontram ossímbolos dos quadros de distribuição de circuitoselétricos e telefônicos, além do da caixa de passagem.

Como exemplo, será inserido apenas um quadro,devido a simplicidade do projeto. Deve-se terconhecimento prévio do local onde será inserido talsímbolo. Automaticamente, o Visual Electric cria umlayer correspondente ao símbolo.

Comando: QDCInformações: Ponto de Inserção

Ângulo de RotaçãoNome do QDC

O Visual Electric possui um comando, oCENTRO DE CARGA, localizado no menu CÁLCULOSque indica uma posição teórica para o Quadro deDistribuição de Circuitos. Porém, esta posição pode nãoser a conveniente, por motivos de segurança, estética ouaté mesmo por impossibilidade de se instalar o quadro naposição indicada.

Figura 5 – Fase Inicial do Projeto Elétrico(Distribuição das Cargas e Quadros)

3.1.5 Tubulações Elétricas

Após a definição dos pontos de energia eposição dos quadros de distribuição de circuitos, opróximo passo será o traçado de tubulações elétricas.

O acesso aos tipos de tubulações se dá através domenu TUBULAÇÕES. Neste menu, encontram-setubulações elétricas, telefônicas, som, TV, alarme,intercomunicador, etc. Para todos os tipos de tubulaçõesexistem algumas opções que devem ser escolhidas demodo a atender o projeto, tais como:

- Maneira de instalar o eletroduto (Ex. embutido naparede, contido em canaleta fechada, contido em

canaleta aberta, embutido em alvenaria, fixado noteto, enterrado no solo, ao ar livre, etc.).

- Representação do eletroduto (Ex. traço simples ouduplo e linha contínua, tracejada ou outro tipo).

- Espessura do eletroduto.- Material do Eletroduto (Ex. Rígido Aço-Carbono ou

PVC).

Como treinamento, será inserido no desenho atéagora utilizado um eletroduto embutido no teto, feito dePVC, com traço simples e contínuo.

Para o traçado de tubulação deve-se informar aoprograma o ponto de início da tubulação e os próximospontos, dependendo de quantos existirem.

Para finalizar o traçado das tubulações, deve-sedigitar a letra F, correspondente a fim. Caso o projetistafinalize de outra maneira o traçado de uma tubulação, oVisual Electric não reconhecerá a tubulação no momentoda representação dos circuitos.Em algumas situações, pode acontecer do projetista ter decontornar alguns obstáculos fazendo com o que atubulação seja desenhada formando um arco. Pararealizar tal tarefa, o desenhista deve fazer váriossegmentos de reta em seqüência e depois utilizar ocomando TUBULAÇÕES > AJUSTA CURVA. Com estecomando pode-se fazer com vários segmentos de reta setornem um arco.

Figura 6 – Caixa de Diálogo para Traçado de Tubulações

3.1.6 Representação dos Circuitos

Representar os circuitos é informar que tipos decircuitos passam por determinada tubulação. Os circuitospodem monofásicos, bifásicos ou trifásicos, com ou sema presença do condutor de terra e/ou de neutro.

O acesso a este comando se dá pelo menuSÍMBOLOS > CIRCUITOS. Deve-se informar aoprograma: a seqüência de inserção (direta ou aleatória), seos símbolos serão inseridos em conjunto ou em separadose os condutores que formarão o circuito (1 fase - 1 neutro,1 fase - 1 retorno, 2 fases - 1 neutro, 3 fases - 1 neutro - 1terra, etc.).

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Anexos

Visual Electric - 104

Além das informações acima, que são dadas emuma caixa de diálogo, devem ser informados no promptos seguintes dados:

- Tubulação do Circuito: qual eletroduto possuirá o(s)circuito(s) escolhido(s).- Ponto Elétrico de chegada do circuito: geralmente umadas cargas instaladas.- Ponto de Inserção: um ponto qualquer sobre oeletroduto.- Ângulo de Rotação- Dados Elétricos: número do circuito, retorno, etc.

Figura 7 – Caixa de Diálogo paraRepresentação dos Circuitos Elétricos

Figura 8 – Projeto Elétrico Completo(Cargas, Quadro, Tubulações e Circuitos)

3.2 Geração de Quadro de Cargas

Após o procedimento de inserção das cargas equadros elétricos, traçado de tubulações e representaçãodos circuitos, o próximo passo é a geração do quadro decargas, que realizará todos os cálculos necessários para odimensionamento dos condutores, balanceamento defases e respectivas proteções.

Para gerar um quadro de cargas é utilizado ocomando CÁLCULOS > GERAR QDC. O seguinteprocedimento deve ser adotado para o preenchimento doquadro.

- Escolha do nome para o quadro: QDC-01.

- Seleção de cargas: abre-se uma janela selecionadorasobre as cargas que pertencerão ao QDC-01.

Note que aparecerão no quadro gerado aspotências ativas, reativas e totais correspondentes àscargas selecionadas.

Agora, selecionando individualmente cadacircuito do quadro, deve-se informar os seguintes dados:

- Tipo de Circuito: mono, bi ou trifásico.- Comprimento máximo do circuito desde sua origem atéa carga terminal.- Fator de demanda das cargas.- Descrição do circuito: iluminação, tomadas, chuveiro, arcondicionado, etc.- Tensão fase-fase: 220V, 380V ou 440V.- Sistema de atendimento: TT, TN ou IT.

É importante dizer que deve-se informar taisdados inclusive para a última linha do quadro, quecorresponde a soma das cargas dos circuitos.

Em seguida, deve-se apertar o botãoDIMENSIONAR..., para informar ainda alguns dados, demodo que o programa possa efetuar os cálculospertinentes ao circuito.

Figura 9 – Quadro de Cargas referente ao Projeto Elétrico apresentado

Surgirá, então, uma caixa de diálogo contendoduas tabelas.

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Visual Electric - 105

Figura 10 – Tabela para Dimensionamento de Condutores

A tabela de condutores, possui valores decapacidade de corrente para cada seção nominal decondutores e também as influências para 2 ou 3condutores carregados.

A tabela do alimentador geral possui os valoresde capacidade de condução de corrente e suas respectivasproteções, a qual atua sobre o dimensionamento da somade cargas elétricas do quadro.

Além escolha de valores das duas tabelas, deve-se informar a queda de tensão e a respectiva proteção,apresentada na tabela proteção que possui as faixas deatuação de disjuntores, e da corrente de curto circuito dosistema, em [kA].

Figura 11 – Tabela para Dimensionamento da Proteção

Feito isso, basta inserir o quadro de cargas noAutoCAD.

Figura 12 – Quadro de Cargas Simplificadoreferente ao Projeto Elétrico apresentado

3.3 Diagrama Unifilar Geral

A inserção do Diagrama Unifilar Geral ébastante simples e se dá pelo comando CÁLCULO >ESQUEMA UNIFILAR.

O usuário deve informar o nome do respectivoquadro e o ponto de inserção do diagrama.

Figura 13 – Diagrama Unifilar referenteao Projeto Elétrico apresentado

4. Outros Recursos do Visual Electric

4.1 Alteração de Parâmetros Elétricos

Caso seja necessário alterar algum dadoreferente aos símbolos do Visual Electric inseridosdurante o projeto, basta acessar o menu EDIÇÃO >PARÂMETROS ELÉTRICOS.

Porém, se os cálculos relacionados ao projeto játiverem sido executados no momento da alteração dosparâmetros elétricos, todos os cálculos devem ser refeitos.4.1 Lista de Materiais

O Visual Electric, além de efetuar os cálculos doquadro de cargas, também gera a lista de todo o materialelétrico empregado na confecção do projeto, tais comolâmpadas, interruptores, tubulação, disjuntores,condutores, etc.

Para isso, deve-se acessar o comandoCÁLCULOS > LISTA DE MATERIAL e informar algunsdados ao programa. Tais dados são:

- Cargas elétricas que serão listadas: deve-se selecionarabrindo uma janela sobre o desenho ou selecionarindividualmente.- Nome do Quadro de Cargas.- Fator de Repetição.- Fator de Segurança.- Ponto de inserção no desenho.

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Anexos

Visual Electric - 106

Figura 13 – Lista de Materiais referenteao Projeto Elétrico apresentado

4.2 Legendas

Pode-se também gerar a legenda dos símbolosutilizados no projeto. O acesso a este comando se dá pelomenu DESENHO > LEGENDAS. O símbolos do VisualElectric estão em concordância com a ABNT. Oprojetista deve escolher o tipo de legenda desejado einformar o ponto de inserção.

Figura 15 – Caixa de Diálogo para Inserção de Legendas

4.3 Entrada de Energia e Aterramento

O Visual Electric possui padrões de entrada deenergia em baixa tensão e alta tensão, entrada telefônica eaterramento. Conforme a escolha, o projetista deveinformar apenas o ponto de inserção no desenho.

Figura 16 – Caixa de Diálogo para Inserção do Padrão de Entrada

Figura 17 – Entrada de Energia em Baixa Tensão

4.4 Pára-raios

O Visual Electric possui ainda padrões deprojeto de pára-raios. Estes se encontram no menuDESENHO > PÁRA-RAIOS. Se o projetista desejarincluir em seu projeto algum pára-raios, deve acessar talmenu, escolher o desenho conveniente e o ponto deinserção.

Figura 18 – Caixa de Diálogopara Inserção de Pára-Raios

4.4 Motores Elétricos

O Visual Electric possui ainda uma biblioteca desímbolos de motores, que se encontra no menuSÍMBOLOS > MOTORES. Através dela, pode-se inserir

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Anexos

Visual Electric - 107

motores elétricos aos circuitos do projeto, de modo que oprograma os inclui nos seus cálculos.

Figura 19 – Caixa de Diálogo para Inserção de Motores

4.5 Detalhes Diversos

Também fazem parte da biblioteca do VisualElectric alguns detalhes que geralmente sãopadronizados, tais como Cabine AT, Subestação emPoste, Quadros Telebrás, Modelos de Demanda, MuflasAT, Casa de Máquinas, entre outros.

Figura 20 – Caixa de Diálogo para Inserção de Detalhes

4.6 Cálculo de Iluminação Interna

O Visual Electric executa o cálculo deiluminação interna através do Método dos Lúmens,localizado no menu CÁLCULOS > MÉTODO DOSLÚMENS.

Através deste comando, o Visual Electric calculao número de luminárias que devem ser instaladas dentrode um ambiente fechado por 4 paredes, bem como faz adistribuição simétrica das luminárias dentro desta área.

O primeiro passo é, então, ter um ambientefechado por 4 paredes. Este ambiente pode ser obtido acritério do projetista, ou seja, pode ser desenhado a partirdos comandos do Visual Electric ou do AutoCAD R14,assim como pode ser inserido como um bloco vindo deum arquivo diferente.

Figura 21 – Ambiente Fechado paraExecução do Cálculo da Iluminação Interna

Em seguida, acessa-se o comando no menu doVisual Electric. Aparecerá uma caixa de diálogoconforme a aparesentada abaixo.

Figura 22 – Caixa de Diálogo do Método dos Lúmens

Nesta caixa de diálogo devem ser informadostodos os dados necessários para que o programa executeos cálculos para a distribuição da iluminação interna. Oprojetista deve informar os seguintes dados:

- Dados do Local: altura, comprimento e largura doambiente. O comprimento e a largura são informadosselecionando com o mouse os segmentos de retainternos das paredes, um na horizontal e outro navertical.

- Definição do Nível de Isolamento: se o cômodo é umasala de escritório, indústria, comércio, hospital, etc.

Figura 23 – Caixa de Diálogo para

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Anexos

Visual Electric - 108

Definição do Nível de Iluminação- Fator de Depreciação: é função da luminária utilizada- Fator de Utilização: é função das reflectâncias e do

tipo de luminária utilizada- Tipo de Lâmpada

Após estas informações serem dadas, pode-sepressionar o botão Calcular, o programa executará oscálculos baseados nos parâmetros indicados.

Como resultado destes cálculos tem-se o númerode luminárias que deve ser utilizadas, bem como o luxreal gerados por essas luminárias

Para se distribuir as luminárias na arquitetura,deve-se primeiro informar quantas luminárias na direçãoX (horizontal) o projetista deseja. Este número deve sercoerente de modo que a multiplicação do número deluminárias na horizontal vezes o número de luminárias davertical seja próximo do número de lumináriascalculadas. Então, selecione o botão Preview e confirmepara instalar as luminárias.

Aparecerá uma caixa de diálogo solicitandoinformações a respeito do circuito, retorno, potência efator de potência das luminárias. Inicialmente estes dadospodem ser omitidos. Porém, caso o projetista queirainserir tais cargas aos cálculos do Visual Electric, ele teráde fornecer tais informações através do recursoapresentado na seção 4.1.

Figura 24 – Distribuição das Luminárias peloMétodo dos Lúmens em Ambiente Fechados

AUTOLUX

1.0 Introdução

O programa AutoLux, é um complemento doVisual Electric, para cálculo de iluminação externa. Oprocedimento de iluminação se baseia no método ponto aponto.

1.1 Inicializando o Autolux

Para inicializarmos o Autolux devemosprimeiramente acionar o Visual Electric. Seguindo osprocedimentos para o mesmo, ou seja, no menu arquivodevemos ir na opção Iniciar o projeto, fazendo assim aescolha das unidades de trabalho e escalas do desenho.

2.0 Definição da Área

Deverão ser consideradas linhas que limitem oterreno a ser iluminado (área inicial), onde será feito ocálculo médio de iluminamento.

No menu pull-down devemos escolher a opçãoCALCULOS>AUTOLUX que acionará a caixa de diálogoda figura 1.

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Anexos

Visual Electric - 109

Figura 1 – Caixa de diálogo AutoLux.

Esta caixa de diálogo apresenta todas asferramentas disponíveis para a execução do cálculo deiluminação externa.

Na parte superior esquerda da caixa de diálogotemos a opção SELECIONAR onde devemos selecionar alinhas perpendiculares que limitam a área inicial. Oaplicativo retornará os valores de Comprimento e delargura do terreno, e sua respectiva área.

3.0 Parâmetros de Cálculo

Deve-se então definir o nível de iluminamentorequerido, na opção NÍVEL DE ILUMINAÇÃO localizadona parte de Dados da caixa de diálogo, essa opção jáfornecerá o valor de Lux requerido automaticamente.Também deve-se considerar a altura do poste e adistância entre os mesmos em metros, e a quantidade deluminárias do poste. Após preencher os campos acima,seleciona-se o botão CALCULAR, será apresentado entãoo numero de postes e o nível de iluminação médio.

Com esses valores é possível então escolher otipo de luminária, localizada na parte superior direita dacaixa de diálogo. Pode-se também alterar o ângulo daluminária em relação ao eixo vertical do poste, com aopção Ângulo da Luminária.

Figura 2 – Cálculos da quantidade de postes e Lux médio.

4.0 Inserção de Postes

Para inserir os postes, deve-se selecionar o botãoINSERÇÃO DE POSTE. Coloca-se então os postes naplanta, informando ponto de inserção, altura do poste eângulo de rotação. Deve-se inserir a quantidadenecessária para que seja feita a distribuição correta doiluminamento esperado. A cada poste inserido deve-seindicar a sua altura.

A figura 3 ilustra uma área com os postes jáinseridos.

Figura 3 – Inserção de postes.

5.0 Verificação dos Níveis deIluminamento

O procedimento de verificação consiste naplotagem na planta, dos níveis de iluminamentocalculados ponto a ponto em cores resultantes de umacomparação do nível médio, com o nível no próprioponto em distâncias definidas pelo usuário.

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Anexos

Visual Electric - 110

As cores podem ser configuradas selecionando-se o botão DEFINIÇÃO DE COR/PORCENTAGEM.Podendo assim definir as cores e os percentuais entre onível médio e o nível calculado no ponto que serãoassumidos no comando verificar, caixa de diálogoapresentada na figura 4.

Figura 4 – Cores e porcentagem de iluminação.

Ao acionar o comando VERIFICAR, o usuáriodeve entra com o ponto inicial da sua área, isto é, deveselecionar o ponto final da linha que limita o terrenoanalisado (linha horizontal), deve se indicar o numero depostes e o espaçamento entre eles para que a analise sejafeita. Seleciona-se então cada poste individualmente,fazendo assim com que seja plotado os cálculos descritos,como ilustra a figura 5.

Esse procedimento de verificação cria textoscoloridos na planta, que podem ser retirados através dobotão DESFAZER, que apagará todos os textos plotados.

Figura 5 – Verificação dos níveis de iluminamento.

6.0 Visualização

Com o botão VISUALIZAÇÃO pode-se gerarvista em 3D Isométricas ou em perspectiva dos projetosrealizados.

Figura 6 – Visualização em 3D.

7.0 Relatórios

Com o botão RELATÓRIOS o AutoLux permitea inserção na planta de um relatório contendo osresultados dos cálculos efetuados pelo aplicativo, comomostra a figura 7. Também pode-se gerar uma lista demateriais utilizando-se do comando já conhecido doVisual Electric.

Figura 7 – Relatório de cálculo.

8.0 Cadastramento de Luminárias

Com o botão CADASTRA LUMINÁRIAS, épossível inserir novas luminárias diretamente noaplicativo. O cadastramento de luminárias se baseia nainserção das curvas isolux dos fabricantes.

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Anexos

Visual Electric - 111

Ao acionar esse comando, uma caixa de diálogoabri-se, figura 8, onde deve-se indicar o nome daluminária, o campo com o fluxo da luminária em lumens,os valores relativos em “cd/1000lm” (candelas por 1000lumens) para os ângulos Teta e Alfa, esse valores serãoachados diretamente na curva isolux da luminária(catálogo do fabricante). O ângulo Teta permite que oaplicativo localize o ponto de análise em relação a umângulo no plano X, Y, que se localiza na face frontal àluminária ou na face atrás do poste. Já o ângulo alfapermite a localização vertical do ponto de análise.

Figura 8 – Cadastramento de luminárias.

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Anexos

AutoLux - 112

ANEXO III: AUTOLUX

Elaborado por: Adilson S. Engelmann

1.0 Introdução

O programa AutoLux, é um complemento doVisual Electric, para cálculo de iluminação externa. Oprocedimento de iluminação se baseia no método ponto aponto.

1.1 Inicializando o Autolux

Para inicializarmos o Autolux devemosprimeiramente acionar o Visual Electric. Seguindo osprocedimentos para o mesmo, ou seja, no menu arquivodevemos ir na opção Iniciar o projeto, fazendo assim aescolha das unidades de trabalho e escalas do desenho.

2.0 Definição da Área

Deverão ser consideradas linhas que limitem oterreno a ser iluminado (área inicial), onde será feito ocálculo médio de iluminamento.

No menu pull-down devemos escolher a opçãoCALCULOS>AUTOLUX que acionará a caixa de diálogoda figura 1.

Figura 1 – Caixa de diálogo AutoLux.

Esta caixa de diálogo apresenta todas asferramentas disponíveis para a execução do cálculo deiluminação externa.

Na parte superior esquerda da caixa de diálogotemos a opção SELECIONAR onde devemos selecionar alinhas perpendiculares que limitam a área inicial. Oaplicativo retornará os valores de Comprimento e delargura do terreno, e sua respectiva área.

3.0 Parâmetros de Cálculo

Deve-se então definir o nível de iluminamentorequerido, na opção NÍVEL DE ILUMINAÇÃO localizadona parte de Dados da caixa de diálogo, essa opção jáfornecerá o valor de Lux requerido automaticamente.Também deve-se considerar a altura do poste e adistância entre os mesmos em metros, e a quantidade deluminárias do poste. Após preencher os campos acima,seleciona-se o botão CALCULAR, será apresentado entãoo numero de postes e o nível de iluminação médio.

Com esses valores é possível então escolher otipo de luminária, localizada na parte superior direita dacaixa de diálogo. Pode-se também alterar o ângulo daluminária em relação ao eixo vertical do poste, com aopção Ângulo da Luminária.

Figura 2 – Cálculos da quantidade de postes e Lux médio.

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS

Anexos

AutoLux - 113

4.0 Inserção de Postes

Para inserir os postes, deve-se selecionar o botãoINSERÇÃO DE POSTE. Coloca-se então os postes naplanta, informando ponto de inserção, altura do poste eângulo de rotação. Deve-se inserir a quantidadenecessária para que seja feita a distribuição correta doiluminamento esperado. A cada poste inserido deve-seindicar a sua altura.

A figura 3 ilustra uma área com os postes jáinseridos.

Figura 3 – Inserção de postes.

5.0 Verificação dos Níveis deIluminamento

O procedimento de verificação consiste naplotagem na planta, dos níveis de iluminamentocalculados ponto a ponto em cores resultantes de umacomparação do nível médio, com o nível no próprioponto em distâncias definidas pelo usuário.

As cores podem ser configuradas selecionando-se o botão DEFINIÇÃO DE COR/PORCENTAGEM.Podendo assim definir as cores e os percentuais entre onível médio e o nível calculado no ponto que serãoassumidos no comando verificar, caixa de diálogoapresentada na figura 4.

Figura 4 – Cores e porcentagem de iluminação.

Ao acionar o comando VERIFICAR, o usuáriodeve entra com o ponto inicial da sua área, isto é, deveselecionar o ponto final da linha que limita o terrenoanalisado (linha horizontal), deve se indicar o numero depostes e o espaçamento entre eles para que a analise sejafeita. Seleciona-se então cada poste individualmente,fazendo assim com que seja plotado os cálculos descritos,como ilustra a figura 5.

Esse procedimento de verificação cria textoscoloridos na planta, que podem ser retirados através dobotão DESFAZER, que apagará todos os textos plotados.

Figura 5 – Verificação dos níveis de iluminamento.

6.0 Visualização

Com o botão VISUALIZAÇÃO pode-se gerarvista em 3D Isométricas ou em perspectiva dos projetosrealizados.

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS

Anexos

AutoLux - 114

Figura 6 – Visualização em 3D.

7.0 Relatórios

Com o botão RELATÓRIOS o AutoLux permitea inserção na planta de um relatório contendo osresultados dos cálculos efetuados pelo aplicativo, comomostra a figura 7. Também pode-se gerar uma lista demateriais utilizando-se do comando já conhecido doVisual Electric.

Figura 7 – Relatório de cálculo.

8.0 Cadastramento de Luminárias

Com o botão CADASTRA LUMINÁRIAS, épossível inserir novas luminárias diretamente noaplicativo. O cadastramento de luminárias se baseia nainserção das curvas isolux dos fabricantes.

Ao acionar esse comando, uma caixa de diálogoabri-se, figura 8, onde deve-se indicar o nome daluminária, o campo com o fluxo da luminária em lumens,os valores relativos em “cd/1000lm” (candelas por 1000lumens) para os ângulos Teta e Alfa, esse valores serãoachados diretamente na curva isolux da luminária(catálogo do fabricante). O ângulo Teta permite que o

aplicativo localize o ponto de análise em relação a umângulo no plano X, Y, que se localiza na face frontal àluminária ou na face atrás do poste. Já o ângulo alfapermite a localização vertical do ponto de análise.

Figura 8 – Cadastramento de luminárias.