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Versão consolidada, com alterações até o dia 08/12/2014 LEI COMPLEMENTAR Nº 156/2013. INSTITUI O PLANO DIRETOR DO MUNICÍPIO DE GUARUJÁ E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. MARIA ANTONIETA DE BRITO, Prefeita Municipal de Guarujá, faço saber que a Câmara Municipal decretou em Sessão Extraordinária, realizada no dia 17 de dezembro de 2013, e eu sanciono e promulgo o seguinte: TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Em atendimento ao disposto na Constituição da República Federativa do Brasil (artigo 182, § 1º), no Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257/2001 - Capítulos II e III) e na Lei Orgânica do Município de Guarujá, fica aprovado, nos termos desta Lei Complementar, o Plano Diretor do Município de Guarujá. O Plano Diretor, abrangendo a totalidade do território municipal, a ilha de Santo Amaro, constitui-se no instrumento básico da política de desenvolvimento urbano do Município de Guarujá e parte integrante do processo de planejamento municipal, devendo o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual incorporar as diretrizes e as prioridades nele contidas. O Plano Diretor instituído por esta Lei Complementar deverá, a contar de sua publicação, ser revisto no máximo a cada 10 (dez) anos, estando seus planos e instrumentos sujeitos a avaliação em até 5 (cinco) anos. TÍTULO II DA POLÍTICA URBANA CAPÍTULO I DOS PRINCÍPIOS São princípios condutores da política urbana: I - a função social da Cidade; II - a função social da propriedade; III - a eqüidade; IV - o desenvolvimento sutentável da Cidade; www.leismunicipais.com.br Art. 1º Art. 2º Art. 3º Art. 4º Plano Diretor de Guarujá - SP https://www.leismunicipais.com.br/a1/plano-diretor-guaruja-sp 1 de 68 29/07/2015 15:49

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Versão consolidada, com alterações até o dia 08/12/2014

LEI COMPLEMENTAR Nº 156/2013.

INSTITUI O PLANO DIRETOR DO MUNICÍPIO DE GUARUJÁ E DÁOUTRAS PROVIDÊNCIAS.

MARIA ANTONIETA DE BRITO, Prefeita Municipal de Guarujá, faço saber que a Câmara Municipaldecretou em Sessão Extraordinária, realizada no dia 17 de dezembro de 2013, e eu sanciono epromulgo o seguinte:

TÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Em atendimento ao disposto na Constituição da República Federativa do Brasil (artigo 182, §1º), no Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257/2001 - Capítulos II e III) e na Lei Orgânica do Municípiode Guarujá, fica aprovado, nos termos desta Lei Complementar, o Plano Diretor do Município deGuarujá.

O Plano Diretor, abrangendo a totalidade do território municipal, a ilha de Santo Amaro,constitui-se no instrumento básico da política de desenvolvimento urbano do Município de Guarujá eparte integrante do processo de planejamento municipal, devendo o plano plurianual, as diretrizesorçamentárias e o orçamento anual incorporar as diretrizes e as prioridades nele contidas.

O Plano Diretor instituído por esta Lei Complementar deverá, a contar de sua publicação, serrevisto no máximo a cada 10 (dez) anos, estando seus planos e instrumentos sujeitos a avaliação ematé 5 (cinco) anos.

TÍTULO IIDA POLÍTICA URBANA

CAPÍTULO IDOS PRINCÍPIOS

São princípios condutores da política urbana:

I - a função social da Cidade;

II - a função social da propriedade;

III - a eqüidade;

IV - o desenvolvimento sutentável da Cidade;

www.leismunicipais.com.br

Art. 1º

Art. 2º

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V - a gestão democrática e participativa.

A função social da Cidade será cumprida quando atender às diretrizes da política urbanaestabelecidas na Constituição Federal de 1988, na Constituição do Estado de São Paulo, na LeiOrgânica do Município de Guarujá e no Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257/2001), compreendendoos direitos à terra urbana, à moradia digna, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, aosserviços públicos, ao transporte coletivo, à mobilidade urbana, ao trabalho, à cultura e ao lazer.

A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais deordenação da cidade expressas neste Plano Diretor, respeitando as diretrizes e os objetivos neleprevistos e assegurando o atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, àjustiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas.

Parágrafo Único - Caberá ao Poder Público fiscalizar o cumprimento da função social da propriedade.

O princípio da eqüidade será cumprido quando as diferenças entre as pessoas e os grupossociais forem respeitadas e, na implementação da política urbana, as disposições legais foreminterpretadas e aplicadas de forma a reduzir as desigualdades socioeconômicas no uso e na ocupaçãodo solo deste Município.

Sustentabilidade urbana é o desenvolvimento local socialmente justo, ambientalmenteequilibrado e economicamente viável, visando garantir qualidade de vida para a presente e as futurasgerações, por meio de políticas setoriais urbanas que incorporem essas dimensões de forma integradae harmônica, respeitando as diferenças sociais e culturais da população.

A gestão da política urbana será feita de forma democrática, incorporando a participação dosdiferentes segmentos da sociedade em sua formulação, execução e acompanhamento.

CAPÍTULO IIDOS OBJETIVOS

Os objetivos gerais fixados para a política urbana do Município são os seguintes:

I - promover o desenvolvimento econômico do Município e o uso socialmente justo e ambientalmenteequilibrado de seu território, de modo a assegurar o bem-estar de seus habitantes da presente e dasfuturas gerações;

II - valorizar e incentivar o turismo, promovendo os planos e os projetos voltados para esse segmento;

III - consolidar e ampliar as atividades portuárias e retroportuárias e a operação do aeroportometropolitano, em áreas e localizações apropriadas para cada atividade e, ainda, compatibilizando ouso e a ocupação do solo no seu entorno;

IV - associar o planejamento e a execução das políticas públicas locais às regionais por intermédio dacooperação e da articulação com os demais Municípios da Região Metropolitana da Baixada Santista eda Macrometrópole Paulistana, contribuindo para a gestão integrada e para o desenvolvimento dosprojetos de interesse regional;

V - aumentar a eficiência econômica da Cidade, de forma a ampliar os benefícios sociais e reduzir oscustos operacionais para os setores público e privado, inclusive por meio do aperfeiçoamentoadministrativo do setor público;

VI - garantir o direito à moradia digna, ampliando a oferta de áreas para a habitação de interesse social

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Art. 8º

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com qualidade e promovendo a urbanização e a regularização fundiária das áreas ocupadas porpopulação de baixa renda;

VII - elevar a qualidade de vida da população pelo desenvolvimento de políticas de saneamentoambiental, infra-estrutura, serviços públicos de qualidade, equipamentos sociais e espaços verdes e delazer qualificados a serem distribuídos eqüitativamente;

VIII - elevar a qualidade do ambiente urbano com a preservação, proteção e recuperação dosambientes natural e construído, por meio do efetivo monitoramento e controle ambiental;

IX - garantir a justa distribuição dos benefícios e dos ônus decorrentes do processo de urbanização,recuperando e transferindo para a coletividade a valorização imobiliária decorrente da ação do PoderPúblico;

X - promover a inclusão social, reduzindo as desigualdades por meio de políticas públicas sustentáveise afirmativas nas diretrizes dos planos e projetos setoriais, de interesse coletivo;

XI - regular o uso, ocupação e parcelamento do solo urbano considerando-se as característicasnaturais e paisagísticas, além da capacidade de suporte do meio físico e da infra-estrutura instalada,evitando sua sobrecarga ou ociosidade e efeitos negativos sobre o meio ambiente;

XII - controlar ou promover o adensamento construtivo de acordo com as condições de infra-estruturade cada área;

XIII - consolidar um sistema de centralidades nos bairros do Município com a ampliação da infra-estrutura e a dinamização de serviços e cultura;

XIV - manter e aperfeiçoar um sistema de informações geo-referenciadas, com dados sobre asdiferentes utilizações da terra urbana, seu parcelamento e tipologias construtivas, assim como daparcela do território municipal não ocupado, para subsidiar a gestão do uso e ocupação do solo;

XV - combater a especulação imobiliária da qual resulte a subutilização ou não utilização de imóveisurbanos;

XVI - proteger e valorizar o patrimônio histórico, artístico, urbanístico e paisagístico, contribuindo para apreservação e a difusão da memória e da identidade da Cidade;

XVII - estimular parcerias entre os setores público e privado, locais, regionais, nacionais einternacionais, em projetos de urbanização, ampliação e transformação de espaços públicos, quandofor de interesse público e subordinado à função social da Cidade;

XVIII - incrementar as funções econômicas e sociais da Cidade;

XIX - melhorar a qualidade e a eficácia dos elementos de identificação dos logradouros e a orientaçãopara sua acessibilidade por veículos, pedestres e bicicletas;

XX - facilitar o acesso de todos os cidadãos a qualquer ponto do território municipal, por intermédio darede viária e do sistema de transporte coletivo;

XXI - criar mecanismos democráticos no planejamento e na gestão da Cidade;

XXII - rever, consolidar e adequar a legislação municipal vigente aos preceitos definidos no PlanoDiretor instituído por esta Lei Complementar.

Parágrafo Único - Com base nos objetivos gerais fixados neste artigo para a política urbana do

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Município, serão especificadas, particularizadas e implementadas, por meio de normas específicas, asdiretrizes das políticas setoriais relacionadas no Título III e outras que venham a ser implementadaspelo Poder Público Municipal.

TÍTULO IIIDAS POLÍTICAS SETORIAIS

CAPÍTULO IDA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL

São diretrizes da política de desenvolvimento econômico e social:

I - estimular o desenvolvimento econômico local endógeno associado aos interesses dedesenvolvimento da Baixada Santista e do País;

II - incentivar as iniciativas e as oportunidades de investimentos públicos e privados, inclusive por meiode parcerias e convênios com órgãos e instituições nacionais e internacionais, das quais resultem aampliação dos setores econômicos locais, a melhoria da infra-estrutura da Cidade e a dinamização dasua cadeia produtiva;

III - aproveitar o potencial de áreas disponíveis para implantar e desenvolver atividades econômicas,incluindo-se a ampliação das atividades portuárias, retroportuárias e industriais, a instalação doaeroporto metropolitano da Baixada Santista e o desenvolvimento das áreas de entorno;

IV - estimular o associativismo, o empreendedorismo e a formação de redes de cooperaçãoempresarial de micro e pequenas empresas como alternativas para a geração de trabalho e renda;

V - valorizar e preservar os recursos naturais e paisagísticos, bem como assegurar a suficiência noabastecimento de energia e água para consumo nos meses de alta temporada, como ações paraaumentar os atrativos para o turismo e o lazer;

VI - incentivar e qualificar a pesca, o artesanato e as demais atividades geradoras de renda para ascomunidades tradicionais caiçaras;

VII - fortalecer as atividades comerciais, de qualquer porte e segmento, e os serviços de apoio àprodução em geral, qualificando as áreas onde houver concentração das mesmas e buscando aparticipação dos agentes envolvidos;

VIII - fortalecer a indústria de construção civil, relacionando-a com o adequado uso do solo urbano e dainfra-estrutura instalada;

IX - combater a exclusão e as desigualdades sociais, adotando políticas públicas que promovam eampliem a melhoria da qualidade de vida dos seus munícipes.

X - incentivar e qualificar a agricultura, a avicultura, a pecuária, a pesca, o artesanato e as atividadesgeradoras de renda para as comunidades tradicionais caiçaras.

CAPÍTULO IIDA POLÍTICA DE TURISMO

Constituem diretrizes da política de turismo do Município:

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I - elaborar e implementar planos, projetos e programas destinados a criar e a incentivar a melhoria dainfra-estrutura do turismo, o aproveitamento sustentável do potencial paisagístico da ilha de SantoAmaro, incentivando a consolidação de diversas modalidades, como o turismo de negócios, deeventos, histórico-cultural e gastronômico, além de prever a inclusão de importantes segmentos comoa terceira idade;

II - elaborar estudos e implementar políticas que visem à redução dos impactos da sazonalidade sobrea atividade turística, bem como a otimizar a ocupação de imóveis de segunda residência, de modo aprojetar o crescimento dos fluxos turísticos durante o ano e do tempo de permanência do turista noMunicípio;

III - construir infra-estrutura de apoio às atividades produtivas nas áreas de interesse turístico, emespecial na orla marítima, adequando o mobiliário urbano, quiosques e demais equipamentos ànecessidade de desocupação da faixa de areia e de uso racional do espaço físico de calçadões eáreas de circulação de pessoas, respeitando a legislação, em particular a relativa à matéria ambiental;

IV - implementar formas de articulação regional para o desenvolvimento de atividades turísticas;

V - executar programas de sensibilização, conscientização e capacitação de recursos humanos,visando à melhoria da qualidade dos serviços turísticos;

VI - executar ações que visem à formatação de produtos turísticos, bem como sua promoção e apoio àcomercialização;

VII - manter serviços de informações ao turista;

VIII - consolidar a política municipal de turismo por meio da elaboração de um Plano Gestor de Turismodo Município pelo Conselho Municipal de Turismo.

Parágrafo Único - O Poder Público municipal poderá implementar ações, políticas públicas ouequipamentos turísticos por meio de convênios celebrados com empresas públicas ou privadas einstituições.

CAPÍTULO IIIDA POLÍTICA DE PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL

São diretrizes da política de proteção ao patrimônio histórico e cultural do Município:

I - proteger e recuperar o patrimônio natural e cultural;

II - revitalizar e divulgar as expressões materiais e imateriais do legado cultural da Cidade, inclusivepela criação de equipamentos como museus e bibliotecas com acervos que possibilitem a sua difusão;

III - promover o reconhecimento, pelos munícipes, do valor cultural do patrimônio de sua Cidade e doseu papel na preservação e recuperação desse patrimônio;

IV - promover o uso, a conservação e o restauro do patrimônio material histórico, cultural epaisagístico, de forma compatível com as suas características físicas e seus requisitos legais;

V - implementar os mecanismos e os instrumentos para a preservação do patrimônio, como o restauro,a fiscalização ostensiva e qualificada, as compensações, os incentivos e os estímulos à preservação eos mecanismos de captação de recursos para a política de preservação e conservação;

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VI - favorecer a manutenção das atividades econômicas tradicionalmente exercidas pelascomunidades caiçaras por meio de melhorias do padrão urbanístico e fundiário;

VII - implementar, por meio de Conselho Municipal, um plano municipal de proteção do patrimôniohistórico e cultural;

VIII - promover o reconhecimento territorial e cultural nas comunidades tradicionais de caiçaras,ribeirinhas, descendentes de quilombolas e indígenas, assim também, promover geração de renda ede subsistência através do cultivo nas áreas não urbanizadas e da pesca, trazendo dignidade àspessoas dessas comunidades.

§ 1º Entende-se como patrimônio material as expressões e transformações de cunho histórico,artístico, arquitetônico, paisagístico, urbanístico, científico e tecnológico.

§ 2º Entende-se como patrimônio imaterial os conhecimentos e modos de criar, fazer e viveridentificados como elementos pertencentes à cultura comunitária, tais como os rituais e festas quemarcam a vivência coletiva do trabalho, a religiosidade, o entretenimento e outras práticas da vidasocial, bem como as manifestações literárias, musicais, plásticas, cênicas e lúdicas.

§ 3º São consideradas comunidades tradicionais caiçaras ocupações antigas da Ilha de Santo Amaroque conservam algumas de suas características históricas e culturais e são residentes na PrainhaBranca, na Ponta da Armação, no Sítio Cachoeira, no Sítio Limoeiro, no Sítio Pedrinha, no Sítio BomJardim, no Sítio Tijucopava, na Ponta Grossa e no Sítio Sambaqui, no Canal de Bertioga, em parte daPraia do Perequê, assim como na Praia do Góes, na Praia de Santa Cruz dos Navegantes e no SítioConceiçãozinha, conforme delimitações constantes no Anexo 1 - Mapa 3.

CAPÍTULO IVDA POLÍTICA DE PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE

São diretrizes da política de proteção do meio ambiente:

I - proteger e recuperar o patrimônio natural, urbano e cultural;

II - conscientizar a população sobre a importância da preservação ambiental, assim como da utilizaçãosustentável de seus recursos, a fim de manter um ambiente equilibrado e saudável;

III - aplicar os instrumentos de gestão ambiental estabelecidos na legislação pertinente;

IV - criar mecanismos de compensação ambiental que garantam a implantação e a manutenção dereservas públicas e privadas em áreas de interesse ambiental e paisagístico;

V - garantir a insolação das praias, impedindo intervenções urbanas e edilícias que provoquem osombreamento das áreas públicas de banho, excetuando-se as áreas de alta densidade, já edificadasem seu conjunto;

VI - adotar medidas que garantam a conservação dos manguezais e seu uso sustentável para pesca,turismo e educação ambiental;

VII - controlar a redução dos níveis de poluição e de degradação em quaisquer de suas formas,incluindo-se a visual, sonora, atmosférica, das águas e do solo;

VIII - garantir que as atividades em áreas públicas mantenham a integridade dos locais, antes, durante

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e após os eventos, através de práticas sustentáveis;

IX - incentivar a adoção de hábitos, costumes, posturas, práticas sociais e econômicas que visem àproteção e à restauração do meio ambiente, incluindo-se o uso de fontes de energia com menorpotencial poluidor;

X - ampliar e manter a gestão democrática das áreas verdes;

XI - estabelecer o zoneamento ambiental compatível com as diretrizes para a ocupação do solo e aconservação dos recursos naturais e da paisagem;

XII - elaborar e implementar mecanismos municipais de controle e de licenciamento ambientalrelacionados à implantação e ao funcionamento de fontes poluidoras de impacto local;

XIII - promover ações visando ao saneamento urbano, em especial a coleta e o tratamento de resíduossólidos e líquidos, a drenagem urbana e a efetiva separação de líquidos provenientes de resíduos dosesgotos em relação aos de drenagem;

XIV - promover ações para que as águas de drenagem não separadas de forma garantida dosresíduos do esgoto urbano recebam tratamento semelhante ao destinado aos esgotos;

XV - aplicar os instrumentos de gestão ambiental estabelecidos nas legislações federal, estadual emunicipal, bem como criar outros instrumentos, adequando-os às metas estabelecidas pelas políticasambientais.

XVI - garantir a produção e a divulgação do conhecimento sobre o meio ambiente por um sistema deinformações integrado;

XVII - criar incentivos ao estabelecimento de unidades de conservação de manejo sustentável;

XVIII - dinamizar a utilização do Fundo Municipal de Meio Ambiente - FMMA com a finalidade de darsuporte financeiro a planos, programas e projetos que visem ao uso racional e sustentável de recursosnaturais, ao controle, à fiscalização, defesa e recuperação do meio ambiente e às ações de educaçãoambiental;

XIX - implantar unidades de conservação de manejo sustentável nos maciços florestais do Município enas áreas de interesse ambiental especialmente protegidas, como a Área de Proteção Ambiental daSerra do Guararú, do Parque Ecológico do Perequê, do Parque Ecológico do Saco do Funil, a partir dacota de 10 metros, nos termos da legislação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação -SNUC.

XX - instituir a Política Municipal de Meio Ambiente e o Plano Diretor Ambiental através da SecretariaMunicipal do Meio Ambiente - SMA, e do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente(CONDEMA).

XXI - garantir a conservação e a ampliação da arborização urbana existente, através de um PlanoMunicipal de Arborização.

XXII - garantir a implementação de corredores ecológicos para as áreas de fragmentos florestais.

SEÇÃO IDA PROTEÇÃO DAS ÁREAS VERDES DO MUNICÍPIO

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As áreas verdes do Município são constituídas por espaços ajardinados e arborizados, depropriedade pública ou privada, existentes e os que vierem a ser criados, necessários à manutençãoda qualidade ambiental urbana, tendo por objetivo a preservação, a proteção, a recuperação e aampliação desses espaços.

São diretrizes do plano de proteção de áreas verdes do Município:

I - tratar adequadamente a vegetação como elemento integrador na composição da paisagem urbana;

II - ampliar a relação área verde por habitante no Município por meio da manutenção e ampliação daarborização de ruas, praças, parques;

III - criar instrumentos legais destinados a regulamentar a implantação e manutenção de áreas verdese de espaços ajardinados ou arborizados assim como da arborização urbana em vias públicas,estimulando parcerias entre setores público e privado.

IV - recuperar áreas verdes degradadas, especialmente as de importância paisagístico-ambiental ecultural;

V - disciplinar as atividades culturais, esportivas e de interesse turístico, nas praças e nos parquesmunicipais, compatibilizando-as ao caráter de interesse ecológico desses espaços;

VI - criar programas para a efetiva implantação das áreas verdes previstas em conjuntos habitacionaise loteamentos;

VII - estimular o envolvimento da população na criação e na manutenção de áreas verdes, em especialnas áreas urbanas;

VIII - restringir as derrubadas de árvores em bosque ou mata;

IX - criação de corredores verdes no sistema viário e nos parques lineares para circulação da faunaentre os maciços preservados de vegetação natural da ilha de Santo Amaro.

SEÇÃO IIDA PROTEÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS

São diretrizes do plano de proteção de recursos hídricos no Município:

I - garantir a existência e o desenvolvimento das condições básicas de conservação da qualidade e daquantidade de recursos hídricos do Município;

II - implantar mecanismos que garantam a manutenção ou a ampliação de áreas permeáveis,especialmente nas áreas de recarga dos aqüíferos;

III - recuperar e preservar as matas ciliares, as cabeceiras de drenagem e a cobertura vegetal existentenas áreas de mananciais de água do Município;

IV - recuperar e preservar as matas ciliares e a cobertura vegetal existente nas margens dos rios doMunicípio;

V - recuperar e conservar a qualidade das águas subterrâneas;

VI - criar e aperfeiçoar ações sustentáveis para a produção e o abastecimento de água para a

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comunidade;

VII - criar alternativas de reutilização de água e de captação, seja por iniciativa individual, coletiva oupública;

VIII - obrigar os responsáveis pelas edificações de grande porte e atividades de grande consumo deágua pela implantação de instalações para reuso de água para fins não potáveis;

IX - incentivar a economia de água, desestimulando o desperdício e promovendo a redução das perdasfísicas da água tratada;

X - incentivar a alteração de hábitos e iniciativas que resultem na redução dos padrões de consumo;

XI - implantar instalações para reuso de água para fins não potáveis;

XII - adotar medidas que garantam a recuperação das águas litorâneas e dos níveis de balneabilidadedas praias.

SEÇÃO IIIDO SANEAMENTO AMBIENTAL INTEGRADO

São diretrizes do plano de saneamento ambiental integrado do Município:

I - fornecer serviços de saneamento ambiental adequados a todo o território municipal, especialmentenas áreas deficitárias;

II - investir prioritariamente no serviço de esgotamento sanitário buscando reduzir a vulnerabilidade decontaminação da água potável por infiltração de esgotos e demais poluentes nas redes deabastecimento e de drenagem das águas pluviais;

III - estabelecer metas progressivas de redução de perdas de água em toda a Cidade medianteentendimentos com a concessionária e instalação de hidrômetros individuais ou outra tecnologia demedição, com vistas a restringir o consumo supérfluo de água;

IV - fornecer água para consumo residencial e outros usos, de qualidade compatível com os padrõesde potabilidade, em quantidade suficiente para atender às necessidades básicas;

V - implantar sistema de drenagem própria para o escoamento das águas pluviais em toda a áreaocupada do Município, de modo a propiciar a proteção do solo, a recarga dos aqüíferos e a segurançae o conforto aos seus habitantes;

VI - criar mecanismos para evitar a contaminação da rede de águas pluviais por esgotos e resíduossólidos, coibindo ligações clandestinas e realizando monitoramentos periódicos;

VII - garantir que todas as águas de drenagem que estejam misturadas com resíduos de esgotourbano, incluindo-se aqueles provenientes de assentamentos informais ou de áreas sem coletaadequada de esgotos, sejam encaminhadas para tratamento semelhante ao dispensado aos esgotos;

VIII - elaborar e implementar um sistema de gestão de resíduos sólidos, garantindo a ampliação dacoleta seletiva de lixo e da reciclagem, bem como a redução de sua geração;

IX - criar oportunidades de trabalho e de renda para a população de baixa renda pelo aproveitamentode resíduos domiciliares, comerciais e de construção civil, desde que aproveitáveis, em condições

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seguras e saudáveis, buscando contribuir para a erradicação do trabalho infantil;

X - realizar tratamento ou disposição ambientalmente seguro dos resíduos sólidos não aproveitáveis;

XI - repassar o custo das externalidades negativas aos agentes responsáveis pela produção deresíduos que sobrecarregam as finanças públicas;

XII - destinar recursos financeiros necessários à implementação da política de saneamento ambiental,bem como das fontes de financiamento e das formas de aplicação;

XIII - implementar programas de investimento em obras e outras medidas relativas à utilização,recuperação, conservação e proteção do sistema de saneamento ambiental.

CAPÍTULO VDA PAISAGEM URBANA

São diretrizes para a proteção da paisagem urbana do Município:

I - proteger e recuperar as paisagens notáveis do Município;

II - garantir o direito do cidadão à fruição da paisagem pela identificação, leitura e apreensão de seuselementos constitutivos por meio de instrumentos técnicos, institucionais e legais de gestão dapaisagem urbana;

III - garantir a qualidade ambiental do espaço público, assegurando a harmonia entre os diversoselementos que compõem a paisagem urbana, evitando a poluição visual;

IV - fiscalizar o cumprimento das disposições normativas a respeito da instalação de publicidadeexterior.

V - implementar programas de educação ambiental visando conscientizar a população a respeito davalorização da paisagem urbana como fator de melhoria da qualidade de vida;

VI - criar novos padrões de comunicação institucional, informativa ou indicativa;

VII - estabelecer critérios, normas e padrões para quiosques de vendas de mercadorias, alimentação ebebidas na orla, bem como bicicletários, paradas de ônibus, lixeiras, totens de informação turísticas edemais itens do mobiliário urbano;

VIII - definir parâmetros de dimensões, posicionamento, quantidade e interferência mais adequados àsinalização de trânsito, aos elementos construídos e à vegetação, considerando a capacidade desuporte da região;

IX - garantir a eficiência na fiscalização das diversas intervenções na paisagem urbana.

CAPÍTULO VIDA POLÍTICA DE HABITAÇÃO

São diretrizes da política de habitação do Município:

I - garantir a moradia digna, dispondo de instalações sanitárias e infra-estrutura urbana adequadas,

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serviços públicos essenciais e acesso aos equipamentos sociais básicos;

II - requalificar os parâmetros urbanísticos e de regularização fundiária dos assentamentoshabitacionais precários e irregulares;

III - estimular o adensamento em áreas vazias ou subutilizadas, com infra estrutura já implantada eadequada, inibindo a ampliação de núcleos habitacionais precários;

IV - coibir a não utilização ou subutilização da terra urbana para o uso habitacional nas áreasconsolidadas, utilizando para esse fim, os instrumentos previstos na Lei Federal 10.257/2001 - Estatutoda Cidade e nesta lei complementar;

V - criar Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS, definidas em lei complementar específica;

VI - prever mecanismos para estimular a oferta e a melhoria das condições de habitabilidade dapopulação de baixa renda pela iniciativa privada, na produção de Habitação de Interesse Social - HIS ede Habitação do Mercado Popular - HMP, principalmente nas Zonas Especiais de Interesse Social -ZEIS,

VII - priorizar os procedimentos de aprovação dos projetos de produção habitacional;

VIII - incentivar e apoiar a formação de agentes promotores e financeiros não estatais, a exemplo dascooperativas e associações comunitárias de autogestão, na execução de programas habitacionais;

IX - garantir alternativas habitacionais para a população removida das áreas de risco ou depreservação ambiental, coibindo novas ocupações nessas áreas;

X - promover a recuperação ambiental de áreas legalmente protegidas, ocupadas por moradia, nãopassíveis de urbanização e de regularização fundiária;

XI - promover ações de fiscalização para inibir que novas ocupações irregulares ocorram no Município,em especial em áreas ambientalmente frágeis, como mangues e encostas de morros;

XII - formular instrumentos normativos, operacionais e financeiros que viabilizem a constituição de umbanco de terras destinado a programas habitacionais de interesse social;

XIII - reabilitar e repovoar áreas não ocupadas, utilizando-se de instrumentos que estimulem apermanência da população e atraiam moradores de diferentes segmentos de renda;

XIV - promover, apoiar e orientar programas e projetos de acesso à moradia, seja pela aquisição,locação, auto-construção ou mutirão;

XV - proteger o meio ambiente, adotando tecnologias de projeto, construção e manutenção deempreendimentos habitacionais voltados para o desenvolvimento sustentável, incluindo-se alternativasde conservação de água e de disposição de resíduos sólidos, além de recuperação de áreas verdes,preservação ambiental e de reciclagem dos resíduos;

XVI - estimular a realização de parcerias com universidades e institutos de pesquisa para odesenvolvimento de alternativas de menor custo e maior qualidade e produtividade das edificaçõesresidenciais;

XVII - utilizar parte dos recursos provenientes da valorização imobiliária em programas habitacionaisde interesse social nas áreas equipadas de infraestrutura e serviços urbanos, empregando, para essefim, os instrumentos previstos na Lei Federal 10.257/2001 - Estatuto da Cidade;

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XVIII - facilitar o acesso da população de baixa renda à moradia, por meio de mecanismos definanciamento de longo prazo, investimento de recursos orçamentários a fundo perdido, permissão deuso e subsídio direto, pessoal, intransferível e temporário na aquisição ou locação social,reservando-se parcela das unidades habitacionais para o atendimento aos idosos e às pessoas comdeficiência;

XIX - realizar periodicamente as Conferências Municipais da Habitação para definição da PolíticaMunicipal de Habitação;

XX - articular planos e políticas de financiamento habitacional da Baixada Santista, do Estado e daUnião, a fim de potencializar suas ações e criar um banco de dados de uso compartilhado cominformações sobre a demanda e a oferta de moradias, programas de financiamento, custos deprodução e projetos;

XXI - elaborar o Plano Municipal de Habitação;

XXII - instituir o Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH e demaisinstâncias de participação necessárias, para promover a definição de programas, projetos e prioridadesda política urbana e habitacional do Município;XXIII - instituir o Fundo Municipal de DesenvolvimentoUrbano para o financiamento de infraestrutura e equipamentos urbanos e o Fundo Municipal deHabitação de Interesse Social - FMHIS para o financiamento de habitações populares.

Para os fins desta Lei Complementar, considera-se:

I - Habitação de Interesse Social - HIS - é aquela destinada à população com renda familiar mensal até6 (seis) salários mínimos, ou até o limite definido pela política habitacional do Governo Federal,produzida diretamente pelo Poder Público municipal ou com sua expressa anuência, possuindo, nomáximo, 1 (um) banheiro por unidade habitacional e 1 (uma) vaga de estacionamento;

II - Habitação de Mercado Popular - HMP é aquela destinada à população com renda familiar mensalsituada na faixa entre 6 (seis) e 10 (dez) salários mínimos, ou entre os limites definidos pela políticahabitacional do Governo Federal, produzida pelo mercado imobiliário, possuindo, no máximo, 1 (um)banheiro e 1 (uma) vaga de estacionamento por unidade habitacional;

III - Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS são áreas do território municipal com destinaçãoespecífica e normas próprias de uso e ocupação do solo, destinadas primordialmente à produção,manutenção e sustentabilidade de habitação de interesse social.

Parágrafo Único - Os parâmetros e elementos caracterizadores para os empreendimentoshabitacionais descritos nos incisos I e II serão regulamentados em legislação específica

CAPÍTULO VIIDA POLÍTICA DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

São diretrizes da política de regularização fundiária:

I - regularizar a ocupação informal de áreas urbanas, promovendo melhorias na qualidade de vida dapopulação ali residente, respeitada a legislação ambiental e outros preceitos normativos aplicáveis;

II - garantir o direito à moradia da população de baixa renda;

III - garantir assessoria técnica, social e jurídica à população de baixa renda;

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IV - oferecer segurança jurídica da posse como forma de garantir a permanência das pessoas noslocais que ocupam;

V - promover condições adequadas de habitabilidade;

VI - permitir a participação da população beneficiada em todas as etapas do processo de regularizaçãofundiária com a apresentação das propostas de intervenção;

VII - promover a articulação dos diversos agentes envolvidos no processo de regularização comorepresentantes do Ministério Público, do Poder Judiciário, do Cartório de Registros Públicos, dosGovernos Federal, Estadual e Municipal, da Secretaria do Patrimônio da União, bem como dos grupossociais envolvidos;

VIII - promover a inclusão social por meio de programas pós-regularização fundiária;

IX - promover parcerias com o Governo Federal, para solucionar questões relativas aos terrenos demarinha, em todo o território do Município;

X - dar prioridade às áreas de Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS e as comunidadestradicionais caiçaras, de ribeirinhos, pescadores, quilombolas, indígenas e áreas de ocupação jáconsolidadas, respeitados os direitos adquiridos nesta;

XI - regularizar a terra urbana em áreas que ainda tenham inscrição no Instituto Nacional deColonização e Reforma Agrária - INCRA.

Parágrafo Único - As áreas irregulares ocupadas por população de média e alta renda poderão sofrerprocessos de regularização jurídica mediante contrapartida em favor da Cidade, de acordo comregulamentação específica.

CAPÍTULO VIIIDOS IMÓVEIS PÚBLICOS

São diretrizes da gestão e do uso dos imóveis públicos:

I - estabelecer programas que assegurem que toda e qualquer propriedade pública atenda à funçãosocial da Cidade e da propriedade;

II - promover a regularização fundiária e de urbanização dos imóveis públicos ocupados por populaçãode baixa renda;

III - complementar política de ações de reintegração de posse, associada, quando pertinente, aprogramas habitacionais, das áreas públicas que não cumprirem função social;

IV - estabelecer efetivo controle sobre os bens imóveis públicos, com o apoio da comunidade doentorno de cada área quando necessário;

V - estabelecer critérios para a utilização de imóveis públicos por terceiros, com fiscalizaçãopermanente da adequação do uso aos termos da cessão;

VI - gerenciar e monitorar o uso de logradouros públicos, no subsolo, em suas superfícies e no espaçoaéreo, por redes de infraestrutura e mobiliário urbano;

VII - possibilitar alienação de forma onerosa dos imóveis considerados inaproveitáveis para uso

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público, em especial aqueles com dimensões reduzidas, topografia inadequada, condições de soloinadequadas à edificação e com formato inadequado, respeitadas as cautelas legais;

VIII - viabilizar formas de aquisição de imóveis a fim de atender à utilidade e à necessidade pública eao interesse social e que não se enquadrem em casos de desapropriação;

IX - disciplinar por meio do Código de Posturas, revisto quando necessário, as condições e osparâmetros para uso das áreas e espaços públicos por atividades, equipamentos, infraestrutura,mobiliário e outros elementos subordinados à melhoria da qualidade da paisagem urbana, ao interessepúblico, às funções sociais da cidade e às diretrizes deste Plano Diretor;

X - formular instrumentos normativos, operacionais e financeiros para permitir as cessões das áreaspúblicas com o objetivo de compatibilizar sua finalidade com as necessidades da cidade, inclusive parahabitação de interesse social, adequar as contrapartidas tendo em conta os valores do mercadoimobiliário, avaliar e reparar irregularidades, cobrando indenizações e demais combinações previstasna legislação.

Nos programas de regularização fundiária dos terrenos de Marinha ocupados por população debaixa, média e alta renda, poderão ser utilizados os instrumentos previstos na legislação federal, queserão gratuitos, quando outorgados para população de baixa renda, e onerosos, para a população demédia e alta renda.

Parágrafo Único - Toda e qualquer inscrição de ocupação de terrenos de marinha pela Uniãodependerá de aprovação prévia do Poder Público Municipal, que analisará as necessidades relativasao planejamento urbano do Município e os requisitos de regularização de parcelamento do solodisciplinados por esta Lei Complementar.

CAPÍTULO IXDA POLÍTICA DE MOBILIDADE URBANA

São diretrizes da política de mobilidade e acessibilidade urbana:

I - dar prioridade à acessibilidade cidadã - pedestres, ciclistas, idosos, crianças, pessoas comnecessidades especiais e mobilidade reduzida;

II - adequar o Município ao que preconizam as Leis Federais nº 10.048/2000, nº 10.098/2000, eDecreto nº 5.296/2004, para atender às pessoas com necessidades especiais de acessibilidade;

III - melhorar e ampliar a rede de transporte público coletivo, aumentando a acessibilidade e amobilidade da população de baixa renda e garantindo o acesso ao sistema público de transporte detoda a população;

IV - adotar políticas tarifárias para a promoção da inclusão social;

V - dar prioridade ao transporte coletivo em relação ao transporte motorizado e individual;

VI - implantar o sistema cicloviário;

VII - readequar o sistema viário considerando as demandas manifestas referentes à mobilidadeurbana;

VIII - articular o sistema de mobilidade municipal com o regional e o estadual;

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IX - garantir e melhorar a circulação e o transporte urbano, proporcionando deslocamentos intra einterurbanos que atendam às necessidades da população;

X - minimizar o impacto de tráfego de passagem, notadamente nas áreas de ocupaçãopredominantemente residencial;

XI - reduzir a necessidade de deslocamento;

XII - garantir fluidez do trânsito e do transporte de cargas e mercadorias, mantendo-se os níveis desegurança definidos pela comunidade técnica;

XIII - garantir a restrição ao transporte pesado de cargas, especialmente aquele destinado àsatividades portuárias e retroportuárias, em áreas urbanas que não sejam adequadas para essasatividades, conforme definido no zoneamento proposto por esta Lei Complementar;

XIV - promover alternativas de sistema viário que garantam a separação do tráfego de cargasdestinado ao porto e ao retroporto, dos demais tráfegos da Cidade;

XV - implementar o avanço tecnológico-ambiental nos componentes do sistema;

XVI - promover a segurança, a educação e a paz no trânsito;

XVII - adotar medidas de fiscalização, ostensiva e eletrônica, para controle de velocidade e indução daobediência à legislação do trânsito;

XVIII - ampliar e aperfeiçoar a participação comunitária na gestão, fiscalização e controle do sistemade transporte;

XIX - garantir o acesso universal às praias do município, bem como, às demais zonas de interesseturístico, ou seja, bens públicos.

XX - ampliar a oferta de sistemas de transporte público hidroviário, ferroviário e aeroviário.

CAPÍTULO XDA POLÍTICA DE SAÚDE

Constituem diretrizes da política de saúde:

I - garantir o acesso universaLEIgualitário aos serviços de saúde para a população, por meio de açõesde promoção, prevenção e recuperação da saúde;

II - articular as ações da Secretaria Municipal de Saúde referentes à gestão estratégica e participativa,com os diversos setores, governamentais e não-governamentais, relacionados com os condicionantese determinantes da saúde;

III - elaborar o Plano Municipal de Saúde e sua discussão com representações da sociedade civil eoutras esferas de Governo em conformidade com a legislação pertinente;

IV - elaborar a proposta orçamentária do Sistema Único de Saúde - SUS - em conformidade com oPlano de Saúde;

V - incrementar o programa de assistência farmacêutica básica no Município;

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VI - estabelecer métodos e mecanismos para a análise da viabilidade econômico-sanitária deempreendimentos em saúde;

VII - implantar os complexos reguladores, de assistência ambulatorial e hospitalar, no intuito deaperfeiçoar e de organizar a relação entre a oferta e a demanda, qualificando o acesso da populaçãoaos serviços de saúde no Sistema Único de Saúde - SUS;

VIII - divulgar informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuáriodo Sistema Único de Saúde - SUS;

IX - implementar e fortalecer a atenção básica à saúde e à promoção da saúde, tendo como principalmecanismo a estratégia do Programa Saúde da Família - PSF;

X - garantir a oferta efetiva e significativa de cursos de qualificação e de especialização dosprofissionais de saúde e de regulação profissional no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS;

XI - promover Plenárias e Conferências de Saúde em parceria com os setores governamentais e nãogovernamentais, para o fortalecimento do Conselho Municipal de Saúde;

XII - apoiar o processo de controle social do Sistema Único de Saúde - SUS, para o fortalecimento daação do Conselho Municipal de Saúde;

XIII - formular e coordenar a política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social,a redução de riscos de doenças e outros agravos à saúde da população, melhorando o perfilepidemiológico do Município;

XIV - utilizar epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e aorientação programática;

XV - implantar o Código Sanitário Municipal para fortalecer as ações de Vigilância à Saúde e garantir aqualidade dos produtos e serviços oferecidos à população.

CAPÍTULO XIDA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

A Política Municipal de Assistência Social, que tem por base as diretrizes previstas na LeiOrgânica de Assistência Social, Lei Federal 8.742/1993, na Política Nacional de Assistência Social edemais normas reguladoras, tem por objetivo planejar, regular e nortear a gestão do Sistema Único deAssistência Social no Município, através de um conjunto integrado de ações da iniciativa pública e dasociedade civil organizada, que assegurem a proteção integral aos indivíduos, grupos e famílias emsituação de vulnerabilidade social, risco sociaLEInsegurança alimentar.

Parágrafo Único - Constituem diretrizes da política de assistência social:

I - Fortalecer o órgão gestor da Política Municipal de Assistência Social, para consolidar suacompetência na formulação, implantação, implementação e gerenciamento de serviços, programas,projetos e benefícios, operando em rede os serviços de proteção social básica, proteção socialespecial, de segurança alimentar e nutricional e de gestão e planejamento, com os seguintes objetivos:

* ampliar o acesso das pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade e risco social àsoportunidades de desenvolvimento social;* elevar a eficácia das ações integradas para garantia de direitos;* ampliar o acesso à alimentação suficiente e adequada para a população em situação de insegurança

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alimentar;* implantar e implementar política de gestão do trabalho com foco na valorização de trabalhadoressociais, conselheiros, gestores, organizações não governamentais e governamentais, usuários, entreoutros atores, orientada por princípios éticos, políticos e técnicos, para garantir a qualidade naprestação dos serviços socioassistenciais;* implementar sistemas de informação, mediante levantamento de indicadores e índicesterritorializados das situações de vulnerabilidade social, executando ações de monitoramento aavaliação dos serviços assistenciais; e,* ampliar a inclusão de pessoas e famílias em situação de extrema pobreza, integrando as ações daAssistência Social com as demais políticas públicas.

II - Intensificar a participação popular da sociedade civil na formulação e controle da política deassistência social, através do Conselho Municipal de Assistência Social, instituído pela Lei 2.538/1997,assim como de conferências e fóruns ampliados de assistência social.

CAPÍTULO XIIDA POLÍTICA DE EDUCAÇÃO

Constituem diretrizes da política de educação:

I - atender a totalidade da demanda para a educação infantil e o ensino fundamental, assegurando ocumprimento da Lei de Diretrizes e Bases;

II - buscar a superação progressiva do analfabetismo, objetivando atender as pessoas com 15 (quinze)anos e mais, não alfabetizadas ou que apenas concluíram curso de alfabetização de adultos;

III - adequar os cursos profissionalizantes, às novas demandas do mercado de trabalho, articulandocom outros projetos voltados à inclusão social e em regiões com maiores índices de exclusão social;

IV - implementar a Política Municipal de Educação, garantindo os preceitos da educação inclusiva;

V - adequar as estruturas físicas de educação, garantindo os princípios de acessibilidade universal;

VI - garantir a capacitação dos profissionais de educação assegurando os princípios e diretrizes daeducação inclusiva, bem como garantir acesso à informação para o combate de qualquer forma depreconceito nas relações pedagógicas e educacionais;

VII - assegurar a qualidade da educação;

VIII - elaborar o Plano Municipal de Educação, em conjunto com representações da sociedade civil eoutras esferas de governo;

IX - implantar a gestão democrática da educação, por meio da implementação do Conselho Municipalde Educação e dos conselhos gestores das unidades educacionais, bem como realizar asConferências Municipais de Educação.

TÍTULO IVDO ORDENAMENTO TERRITORIAL

Consoante os objetivos gerais da política urbana, o ordenamento territorial obedece àsseguintes diretrizes:

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I - o planejamento do desenvolvimento da Cidade, da distribuição espacial da população e dasatividades econômicas do Município, de modo a evitar e a corrigir as distorções do crescimento urbanoe seus efeitos negativos sobre o meio ambiente;

II - a integração e a complementaridade entre a destinação da porção urbanizada do território e asáreas de interesse ambiental;

III - a ordenação e o controle do uso e da ocupação do solo, de forma a combater e a evitar:

I - a utilização inadequada dos imóveis urbanos;

II - a proximidade ou conflitos entre usos e atividades incompatíveis ou inconvenientes;

III - o uso ou o aproveitamento excessivo ou inadequado em relação à infra-estrutura urbana;

IV - a retenção especulativa do imóvel urbano que resulte na sua subutilização ou não utilização;

V - a deterioração das áreas urbanizadas e dotadas de infra-estrutura, especialmente as centrais;

VI - o uso inadequado dos espaços públicos;

VII - a poluição e a degradação ambiental;

VIII - novas ocupações irregulares do território.

CAPÍTULO IDO MACROZONEAMENTO E DO ZONEAMENTO

O Macrozoneamento fixa as regras fundamentais de ordenamento do território municipal, tendocomo referência: as características geomorfológicas, os ecossistemas predominantes, ascaracterísticas de uso e ocupação do solo, bem como da paisagem, a partir dos quais serãoestabelecidas as diretrizes, ações e normas de preservação, de uso e ocupação do solo.

O território do Município fica dividido em 2 (duas) macrozonas distintas e integradas entre si,delimitadas no Anexo 1 - Mapa 1, assim definidas:

I - a Macrozona Urbana;

II - a Macrozona de Proteção Ambiental.

Parágrafo Único - A divisão em macrozonas tem como objetivos:

I - fazer cumprir as funções sociais da Cidade e da propriedade urbana, tendo em vista o estado deurbanização, as condições de implantação da infra-estrutura de saneamento básico, do sistema viárioe do meio físico;

II - atribuir diretrizes específicas de preservação, uso e ocupação do solo por setores;

III - direcionar e otimizar investimentos públicos e privados em infra-estrutura urbana;

IV - facilitar a análise de novos empreendimentos, pelos setores públicos e privados;

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V - reduzir conflitos de uso e a degradação do patrimônio ambiental do Município;

VI - viabilizar o uso sustentável do solo e reduzir conflitos com a legislação ambiental.

As Macrozonas são constituídas por setores que qualificam os espaços em seu interior, pormeio dos seguintes aspectos:

I - características geomorfológicas;

II - grau de preservação dos ecossistemas naturais;

III - uso e ocupação do solo;

IV - infra-estrutura;

V - situação fundiária;

VI - uso predominante;

VII - equipamentos públicos;

VIII - extensão, importância e significação da cobertura vegetal;

IX - importância e significação paisagística;

X - possibilidade de ocupação antrópica com vistas ao desenvolvimento econômico controlado;

XI - existência de ocupação antrópica prévia com possibilidade de expansão.

A Setorização institui as regras gerais de uso e ocupação do solo para cada um dos setores quecompõem a macrozona urbana e a macrozona de proteção ambiental, delimitados no Anexo 1 - Mapa2.

SEÇÃO IDA MACROZONA URBANA

A Macrozona Urbana corresponde à porção urbanizada do Município, sendo caracterizada peloambiente construído reconhecido por pelo menos 2 (dois) dos requisitos seguintes, previstos nalegislação federal:

I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;

II - rede de abastecimento de água potável;

III - sistema de esgotos sanitários;

IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;

V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 km (três quilômetros) do imóvelconsiderado.

A Macrozona Urbana apresenta diferentes graus de consolidação e infra-estrutura básicainstalada, tendo como objetivos:

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I - controlar e direcionar o adensamento urbano, adequando-o à infra-estrutura disponível;

II - garantir a utilização dos imóveis não edificados, subutilizados e não utilizados;

III - possibilitar a instalação de usos múltiplos no território do Município, desde que atendidos osrequisitos de instalação definidos nesta Lei Complementar, no Código de Edificações e Instalações, noCódigo de Posturas e nas normas que os complementarem ou sucederem.

Na Macrozona Urbana, ao longo das águas nascentes, correntes ou dormentes e dosreservatórios de água deverão ser constituídas áreas envoltórias de proteção, nos termos da legislaçãode proteção ambiental.

(VETADO).

A Macrozona Urbana é constituída pelos seguintes setores, delimitados no Anexo 1 - Mapa 2:

I - Setor de Urbanização Qualificada;

II - Setor de Qualificação Urbana;

III - Setor de Reestruturação Urbana;

IV - Setor de Recuperação Urbana.

SUBSEÇÃO IDO SETOR DE URBANIZAÇÃO QUALIFICADA

O Setor de Urbanização Qualificada caracteriza-se pelo uso urbano e infraestruturaconsolidada, nas áreas delimitadas no Anexo 1 - Mapa 2.

São objetivos no Setor de Urbanização Qualificada:

I - ordenar o adensamento construtivo;

II - evitar a saturação do sistema viário;

III - permitir o adensamento construtivo onde este ainda for possível, como forma de aproveitar a infra-estrutura disponível;

IV - ampliar a disponibilidade de equipamentos públicos, os espaços verdes e de lazer;

V - valorizar e proteger o patrimônio cultural.

VI - manter e otimizar a qualidade do espaço urbanizado.

SUBSEÇÃO IIDO SETOR DE QUALIFICAÇÃO URBANA

O Setor de Qualificação Urbana caracteriza-se pelo uso urbano e infraestrutura a serconsolidada, nas áreas delimitadas no Anexo 1 - Mapa2.

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São objetivos no Setor de Qualificação Urbana:

I - promover o adensamento construtivo nas áreas disponíveis;

II - compatibilizar a capacidade do sistema viário;

III - complementar a infra-estrutura urbana;IV - ampliar a disponibilidade de equipamentos públicos, osespaços verdes e de lazer;

V - investir na qualificação do espaço urbano.

VI - valorizar e proteger o patrimônio cultural.

SUBSEÇÃO IIIDO SETOR DE REESTRUTURAÇÃO URBANA

O Setor de Reestruturação Urbana caracteriza-se pelo uso urbano, carência de equipamentospúblicos e infra-estrutura a ser consolidada, nas áreas delimitadas no Anexo 1 - Mapa 2.

São objetivos no Setor de Reestruturação Urbana:

I - promover o adensamento construtivo nas áreas disponíveis e evitar a expansão da área urbanizada;

II - reconverter e implantar novos usos e atividades, separando os incompatíveis;

III - requalificar a paisagem;

IV - estabelecer um controle ambiental eficiente;

V - complementar a infra-estrutura e os equipamentos públicos;

VI - valorizar e proteger o patrimônio cultural;

SUBSEÇÃO IVDO SETOR DE RECUPERAÇÃO URBANA

O Setor de Recuperação Urbana caracteriza-se pelo uso informal, desqualificado ou obsoleto,carência de infraestrutura e equipamentos, nas áreas delimitadas no Anexo 1 - Mapa 2.

São objetivos no Setor de Recuperação Urbana:

I - requalificar o uso e a ocupação do solo;

II - implantar e complementar a infraestrutura;

III - complementar os equipamentos públicos;

IV - promover a regularização fundiária;

V - adequar os usos existentes em relação à capacidade de suporte das áreas;

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VI - estabelecer um controle ambiental eficiente;

VII - valorizar e proteger o patrimônio cultural.

SEÇÃO IIDA MACROZONA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

A Macrozona de Proteção Ambiental é caracterizada pelos elementos geomorfológicos naturaisdo Município, abrangendo as Serras do Guararú e de Santo Amaro, os morros, as praias, os costões,os manguezais e as restingas da ilha de Santo Amaro.

A Macrozona de Proteção Ambiental tem, como critério fundamental para a definição dos usos eatividades, a compatibilidade destes com a proteção dos recursos ambientais em cada setor que acompõe.

A Macrozona de Proteção Ambiental tem como objetivos:

I - garantir a proteção dos recursos naturais e da paisagem do Guarujá;

II - recuperar as áreas ambientalmente degradadas e promover a regularização urbanística e fundiáriados assentamentos nelas existentes;

III - contribuir com o desenvolvimento econômico sustentável;

IV - servir de banco de terras para compensações ambientais em processos de licenciamento deempreendimentos no Município.

V - permitir ocupação urbana nos setores de Desenvolvimento Compatível e Ocupação Dirigidaobservando-se os aspectos de sustentabilidade, preservação e compensação ambiental.

VI - permitir as atividades de agricultura, avicultura, pecuária e pesca, exceto em áreas de preservaçãoambiental como mangues, encostas, margens de cursos d` água e cobertas com mata atlântica.

Parágrafo Único - O imposto predominante sobre a propriedade da terra nesta Macrozona serádefinido pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA, excetuando-se partes doSetor de Desenvolvimento Compatível e do Setor de Ocupação Dirigida, onde incidirá o Imposto sobrea Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU.

A Macrozona de Proteção Ambiental subdivide-se em:I - Setor de Preservação Ambiental;II - Setor de Proteção da Orla;III - Setor de Recuperação Ambiental;IV - Setor de Desenvolvimento Compatível;V - Setor de Ocupação Dirigida.

A Macrozona de Proteção Ambiental subdivide-se em:

I - Setor de Preservação Ambiental;

II - Setor de Proteção da Orla;

III - Setor de Recuperação Ambiental;

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IV - Setor de Desenvolvimento Compatível;

V - Setor de Ocupação Dirigida;

VI - Setor Rural. (Redação dada pela Lei Complementar nº 176/2014)

É permitido aos proprietários de lotes em loteamentos aprovados e averbados em áreassituadas na Macrozona de Proteção Ambiental, nos setores de Preservação Ambiental, de OcupaçãoDirigida, de Desenvolvimento Compatível e de Recuperação Ambiental e que não estejam ocupados, atransferência de potencial construtivo para outras áreas situadas na Macrozona Urbana, comomecanismo de compensação, nos termos desta lei.

As definições sobre a forma de ocupação e de preservação, bem como o monitoramento sobrea Macrozona de Proteção Ambiental, serão acompanhadas de parecer da autoridade competente deproteção do meio ambiente, sendo exigido ainda o cumprimento das seguintes obrigações para aimplantação de novos empreendimentos nesta Macrozona ou a expansão dos existentes:

I - solicitar e obter autorização prévia da Secretaria de Planejamento e Gestão, da Secretaria deInfraestrutura e Obras e da Secretaria do Meio Ambiente ou órgãos municipais equivalentes que ossucedam;

II - obter aprovação do CMDUH - Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Ambiental e doCONDEMA - Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente;

III - obter licença ambiental emitida pelo órgão competente;

IV - adotar medidas compensatórias voltadas à preservação ambiental, observada a legislação vigente.

SUBSEÇÃO IDO SETOR DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

O Setor de Preservação Ambiental é composto pelas áreas de alta restrição à ocupação devidoàs características geomorfológicas, topográficas e/ou por apresentarem aspectos geológicos,biológicos, hidrológicos ou paisagísticos de interesse ambiental, estando delimitado no Anexo 1 - Mapa2.

São objetivos no Setor de Preservação Ambiental:

I - garantir a preservação dos recursos naturais e da paisagem;

II - garantir a manutenção da qualidade do ar, das águas e do solo;

III - dar sustentabilidade ao ecoturismo, à preservação do patrimônio histórico e paisagístico e à pescaartesanal;

IV - controlar a ocupação e impedir atividades que comprometam a conservação dos ecossistemas;

V - incentivar a criação de reservas públicas e privadas e atividades compatíveis com a conservaçãodos recursos naturais, incluindo ações ou medidas de compensação ambiental de empreendimentos.

VI - permitir as atividades de agricultura, avicultura, pecuária e pesca, em áreas já ocupadas comessas atividades.

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O Setor de Preservação Ambiental se estende por serras, morros isolados e manguezais einclui trechos contíguos de florestas de restinga preservadas, devendo ser observada a legislaçãoflorestal vigente no tocante a áreas protegidas.

SUBSEÇÃO IIDO SETOR DE PROTEÇÃO DA ORLA

O Setor de Proteção da Orla é definido para toda a orla do Município, considerando-se asseguintes definições:

I - Praia - área coberta e descoberta periodicamente pelas águas, acrescida da faixa subseqüente dematerial detrítico, tal como areias, cascalhos, seixos e pedregulhos, até o limite onde se inicie avegetação natural, ou, em sua ausência, onde comece outro ecossistema;

II - Costão - trecho de encosta que penetra em direção ao oceano, terminando abruptamente em formade escarpa.

III - Manguezal - ecossistema costeiro, de transição entre os ambientes terrestre e aquático onde háencontro de águas de rios com a do mar, que está sujeito ao regime das marés, sendo dominado porespécies vegetais típicas, às quais se associam outros componentes vegetais e animais, instalados emsubstratos de vasa de formação recente, de pequena declividade.

IV - Margens do estuário - sem vegetação de mangue, com ou sem ocupação humana.

Parágrafo Único - A delimitação do Setor de Proteção da Orla deverá abranger, no mínimo, os terrenosde marinha, correspondentes à faixa de 33 (trinta e três) metros a contar da linha de preamar média doano de 1831, assim como os acrescidos de marinha.

São objetivos no Setor de Proteção da Orla:

I - garantir o uso compatível com as características ambientais de cada elemento considerado;

II - garantir a conservação dos recursos costeiros;

III - garantir a conservação ou preservação dos elementos de paisagem natural;

IV - garantir a balneabilidade das praias por meio de medidas adequadas de saneamento e drenagem;

V - promover a utilização adequada para o turismo, o lazer e as atividades náuticas e portuárias.

Para fins de gerenciamento do uso e ocupação deste Setor, as praias, costões, manguezais edemais margens do estuário estão classificados em Zonas em função de suas características e graude restrição de uso decrescente estabelecidas pelo Zoneamento Ecológico Econômico doGerenciamento Costeiro em nível federal e estadual.

SUBSEÇÃO IIIDO SETOR DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL

O Setor de Recuperação Ambiental caracteriza-se pela existência de ocupações desordenadase ambientalmente inadequadas, possuindo elevada densidade populacional e deficiência de

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equipamentos públicos e infra-estrutura urbana básica, bem como áreas degradadas pordesmatamentos, pela extração mineral ou disposição de resíduos sólidos ou materiais de dragagem,com polígonos delimitados no Anexo 1 - Mapa2 .

São objetivos no Setor de Recuperação Ambiental:

I - a reabilitação ambiental de áreas impactadas pela urbanização ou por outras atividades que tenhamprovocado a supressão da cobertura vegetal;

II - a diminuição das áreas habitacionais de risco;

III - a recuperação da paisagem;

IV - a recuperação e a proteção dos recursos naturais de forma compatível com o uso estabelecido.

SUBSEÇÃO IVDO SETOR DE DESENVOLVIMENTO COMPATÍVEL

O Setor de Desenvolvimento Compatível caracteriza-se por apresentar baixa ocupaçãoantrópica, ecossistemas e paisagem pouco alterados e potencial para novas atividades urbanas e/oueconômicas compatíveis com a conservação da paisagem e dos recursos naturais, com polígonosdelimitados no Anexo 1 - Mapa 2.

São objetivos no Setor de Desenvolvimento Compatível:

I - permitir a ocupação urbana e/ou atividades econômicas compatíveis com a conservação dosrecursos naturais e da paisagem;

II - promover a manutenção da qualidade ambiental;

III - incentivar a criação de Reservas Particulares do Patrimônio Naturais - RPPNs e outras formas depreservação de áreas naturais.

SUBSEÇÃO VDO SETOR DE OCUPAÇÃO DIRIGIDA

O Setor de Ocupação Dirigida caracteriza-se por apresentar atividades em áreas já ocupadasou antropizadas em ambientes de interesse de preservação da paisagem e dos ecossistemas naturaise com potencial de uso misto, predominantemente pelas atividades turística e habitacional, compolígonos delimitados no Anexo 1 - Mapa 2, com os seguintes objetivos:

I - Compatibilizar a ocupação existente ou novas ocupações com as necessidades de ocupação dapaisagem e dos recursos naturais;

II - Qualificar urbanisticamente as atividades e assentamentos existentes;

III - Promover a manutenção ou recuperação da qualidade ambiental;

IV - Promover a melhoria paisagística.

Parágrafo Único - As glebas existentes no interior destes perímetros, ainda não loteadas, terão uso

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sujeito a licenciamento ambiental.

SUBSEÇÃO VIDO SETOR RURAL

O Setor Rural caracteriza-se por abrigar atividades Rurais, compreendendo agricultura, pecuáriae aquicultura.

CAPÍTULO IIDOS DISTRITOS REGIÕES E BAIRROS

O território do Município é dividido em dois Distritos, conforme estabelece a lei estadual 8.092de 28 de fevereiro de 1964:

I - Distrito Sede de Guarujá;

II - Distrito de Vicente de Carvalho.

§ 1º O Distrito Sede de Guarujá está dividido em duas Regiões: Região I e Região III.

§ 2º O Distrito de Vicente de Carvalho está dividido em duas Regiões: Região II e Região IV.

São os seguintes os bairros oficiais do Município de Guarujá, distribuídos nas 4 (quatro) regiões:

I - Região I: Pitangueiras, Astúrias, Tombo, Guaiúba, Santa Cruz dos Navegantes, Barra Grande,Marinas, Vila Ligia, Santa Maria, Santa Rosa, Las Palmas, Helena Maria, Santo Antonio e Cachoeira;

II - Região II: Itapema, Bocaina, Parque Estuário, Paecará, Jardim Progresso, Vila Áurea, BoaEsperança, Conceiçãozinha e Porto de Guarujá;

III - Região III: Enseada, Cidade Atlântica, Virgínia, Pedreira, Península, Mar e Céu, Pernambuco,Acapulco, Santo Amaro, Perequê e Guararú;

IV - Região IV: Morrinhos, Vila Zilda, Retroporto, Vargem Grande e Saco do Funil.

Parágrafo Único - A delimitação dos Distritos, Regiões e Bairros está indicada no Anexo 1 - Mapa 3.

CAPÍTULO IIIDAS MICRO-REGIÕES

Micro-regiões são conjuntos de vias e quadras onde serão admitidos tratamentos diferenciados,às expensas dos contribuintes diretamente envolvidos, com relação aos serviços públicos e ao uso dosolo, salvaguardadas as atribuições legalmente atribuídas ao Poder Público fixadas nesta LeiComplementar e na legislação vigente.

Será permitida a criação de micro-regiões na Macrozona Urbana e nos Setores deDesenvolvimento Compatível e de Ocupação Dirigida da Macrozona de Proteção Ambiental.

Serão prerrogativas das micro-regiões:

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I - controle do acesso, em conformidade com o que for estabelecido no decreto de criação de cadamicro-região, sendo impedido o fechamento absoluto de áreas públicas para qualquer cidadão;

II - definição do zoneamento e do uso do solo em seu perímetro, restrito às vias locais, conformedefinido nesta Lei Complementar.

Serão obrigações mínimas a serem cumpridas nas micro-regiões:

I - coleta e disposição final de lixo não domiciliar produzido em seu perímetro;

II - manutenção de vegetação e paisagismo urbano em seu perímetro;

III - serviços de segurança patrimonial no interior de seu perímetro.

Parágrafo Único - Entende-se por lixo não domiciliar, aquele proveniente de áreas coletivas.

As micro-regiões que já tenham sido aprovadas por decreto municipal na publicação desta LeiComplementar terão 12 (doze) meses para se adaptar às novas condições previstas neste capítulopara manterem essa condição.

Os projetos para a criação de novas micro-regiões serão aprovados pelo Conselho Municipal deDesenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH e oficializados por meio de Decreto do ExecutivoMunicipal.

As micro-regiões têm personalidade jurídica própria, podendo definir o funcionamento e aestruturação de acordo com estatuto próprio, aprovado no mínimo por três quartos de seusparticipantes, além de um plano de ação para a sua delimitação, implantação e funcionamento.

TÍTULO VDAS ZONAS ESPECIAIS

As Zonas Especiais compreendem a áreas do território que exigem tratamento especial nadefinição de parâmetros reguladores de usos e ocupação do solo, sobrepondo-se ao zoneamento esendo classificadas em:

I - Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS;

II - Zonas Especiais de Interesse Público - ZEIP;

III - Zonas Especiais de Interesse Turístico - ZEIT;

IV - Zonas Especiais de Proteção do Patrimônio - ZEIPAT;

§ 1º Todos os empreendimentos propostos para as zonas especiais referidas neste artigo deverãorealizar o Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV.

§ 2º Os empreendimentos localizados na Macrozona de Proteção Ambiental também deverão sersubmetidos ao licenciamento ambiental.

§ 3º Os parâmetros urbanísticos serão definidos pelas leis municipais que regulamentarão cada umadas classes nomeadas nos incisos I a IV, conforme proposição aprovada pelo Conselho Municipal deDesenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH.

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§ 4º As leis referidas no parágrafo anterior deverão estabelecer diretrizes para compatibilização entrediferentes classes de zonas especiais, na hipótese de sobreposição das mesmas.

Outras áreas do território poderão ser definidas como Zonas Especiais por meio de legislaçãoespecífica.

CAPÍTULO IDAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL

As Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS são áreas do território municipal com normaspróprias de uso e ocupação do solo, destinadas primordialmente à produção, manutenção esustentabilidade de habitação de interesse social e estão indicadas no Anexo 1, Mapa 9.

As Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS subdividem-se nas seguintes categorias:

I - Zonas Especiais de Interesse Social 1 - ZEIS-1: áreas públicas ou privadas ocupadasespontaneamente, parcelamentos ou loteamentos irregulares, habitados por população de baixa rendafamiliar, onde exista interesse em se promover a regularização jurídica da posse, a legalização doparcelamento do solo e sua integração à estrutura urbana;

II - Zonas Especiais de Interesse Social 2 - ZEIS-2: áreas públicas ou privadas não edificadas ou nãoutilizadas ou subutilizadas que, por sua localização e características, sejam de interesse para aimplantação de programas habitacionais de interesse social.

CAPÍTULO IIDAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE PÚBLICO

As Zonas Especiais de Interesse Público - ZEIP são áreas do território municipal com normaspróprias de uso e ocupação do solo, destinadas primordialmente à implantação de projetosestratégicos de grande impacto no desenvolvimento urbano e econômico do Município, incluindo-seequipamentos públicos, privados ou em regime de parceria público-privada, com parâmetros de uso eocupação do solo diferenciados.

As Zonas Especiais de Interesse Público delimitadas neste Plano constam do Anexo 1 - Mapa 5e são as seguintes:

I - a área do Retroporto, localizado a leste da Via Cônego Domenico Rangoni;

II - as áreas do CING - Complexo Industrial e Naval de Guarujá e seu entorno;

III - a Zona Aeroportuária e Portuária;

IV - o prologamento da Avenida D. Pedro I, no sentido da Enseada para Perequê, até a RodoviaAriovaldo de Almeida Viana;

V - a ligação da Avenida D. Pedro I até a Avenida Marjory Prado pela Avenida do Bosque;

VI - a faixa de transmissão de energia da Companhia Docas do Estado de São Paulo - CODESP,localizada em Vicente de Carvalho, entre as Ruas Mato Grosso e Guilherme Guinle e a Prainha, comvistas à ligação seca com a Ilha de São Vicente;

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VII - o sistema viário de transporte de cargas;

VIII - a região da praia e do parque do Perequê;

IX - área entre o morro do Sítio Morrinhos e a Rodovia Cônego Domenico Rangoni, à beira do canal daBertioga.

Os projetos para o aproveitamento, expansão, ampliação, implantação e funcionamento naszonas especiais tratadas neste Capítulo deverão ser objeto de lei específica.

Parágrafo Único - Para o cumprimento do que dispõe o "caput", o Projeto de Lei deverá conter parecerdo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH.

CAPÍTULO IIIDAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE TURÍSTICO

As Zonas Especiais de Interesse Turístico são áreas destinadas à dinamização da atividadeturística do Município, nas quais, desde que respeitadas as limitações legais, poderão ser implantadosequipamentos públicos, privados ou em regime de parceria público-privada, com parâmetros de uso eocupação do solo diferenciados.

Parágrafo Único - Estas áreas estão delimitadas no Anexo 1 - Mapas 5, compreendendo Ponta dasGalhetas; área de preservação permanente do Rio Santo Amaro; Reserva do Saco do Funil; Anfiteatroda Pedreira, no bairro da Enseada, no sopé da serra do Santo Amaro; Ilha do Mar Casado; Morro doPernambuco; Praia e Parque do Perequê; Morro da Armação das Baleias; Forte do Itapema e seuentorno ao longo do Estuário, desde a Estação das Barcas de Itapema até a Base Aérea, o AeroportoMetropolitano, a faixa entre o canal de Bertioga e a cota 20, ao longo da Rodovia Guarujá - Bertioga(SP - 55), mirantes localizados nos morros na Ponta das Galhetas, Morro da Campina e Morro Grandede Santo Amaro e vias à beira mar nas praias do Guaiúba, Tombo, Guarujá (Astúrias), Pitangueiras,Enseada, Penambuco e Perequê.

Outras regiões poderão receber a classificação de Zonas Especiais de Atividade Turística,sendo necessária a sua aprovação pelo Conselho Municipal de Turismo e pelo Conselho Municipal deDesenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH.

Os projetos para aproveitamento dessas zonas deverão ser aprovados pelo Conselho Municipalde Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH e os respectivos planos de ação para a suaimplantação deverão ser aprovados por Decreto Municipal.

CAPÍTULO IVDAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE DO PATRIMÔNIO

As Zonas Especiais de Interesse do Patrimônio - ZEIPAT são áreas formadas por sítios, ruínas econjuntos de relevante expressão arquitetônica, histórica, cultural e paisagística, cuja manutenção sejanecessária à preservação do patrimônio cultural do Município.

As Zonas Especiais de Interesse do Patrimônio - ZEIPAT estão delimitadas no Anexo 1 - Mapa5, compreendendo: o conjunto da Fortaleza da Barra Grande; a Capela de Santo Amaro e Fortim daPraia do Góes; o conjunto da armação das Baleias, as Ruínas da Capela de Santo Antônio do Guaibê;as Ruínas da Fortaleza São Felipe; o Forte Vera Cruz do Itapema; o Instituto Santa Emília e as áreas

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de preservação natural tombadas pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico,Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo - CONDEPHAAT nos morros do Botelho, Monduba,do Pinto, do Icanhema, e na Serra do Guararú.

Outros sítios ou regiões poderão requerer a classificação de Zonas Especiais de Interesse doPatrimônio, devendo para tanto ser aprovados como tais pelo Conselho Municipal de Cultura e peloConselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH.

CAPÍTULO VDOS PROJETOS ESTRATÉGICOS

Os projetos estratégicos municipais consistem em ações e propostas prioritárias de intervençãono espaço geográfico municipal, urbano ou de preservação ambiental, destinados à melhoria daqualidade de vida por meio da recuperação, reestruturação, requalificação e melhoria de áreasdegradadas do Município, bem como destinados ao desenvolvimento econômico equilibrado.

§ 1º Os projetos estratégicos municipais estão incluídos nas Zonas Especiais de Interesse Público -ZEIP; Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS, Zonas Especiais de Interesse Turístico - ZEIT,Zonas Portuária/Industrial - ZPI, Retroportuária/Industrial - ZRI e Aeroportuária/Portuária - ZAP e nasampliações dos sistemas viário e de drenagem.

§ 2º O Poder Público Municipal poderá incluir, alterar ou excluir os projetos estratégicos relacionadosneste capítulo de acordo com os critérios estabelecidos pelo Conselho Municipal de DesenvolvimentoUrbano e Habitacional - CMDUH.

§ 3º O poder público municipal somente poderá alterar, incluir ou substituir os projetos estratégicosrelacionados nesse capítulo mediante aprovação do plenário da Câmara Municipal.

TÍTULO VIDA OCUPAÇÃO, DO USO E DO PARCELAMENTO DO SOLO NA MA CROZONA URBANA

CAPÍTULO IDA OCUPAÇÃO DO SOLO NA MACROZONA URBANA

São parâmetros urbanísticos reguladores da ocupação do solo:

I - taxa de ocupação (TO);

II - coeficiente de aproveitamento (CA);

III - altura das edificações (h);

IV - recuos;

V - taxa de permeabilidade do solo.

A taxa de ocupação do lote (TO) é a relação máxima entre a projeção horizontal das áreasedificadas (PE) e a área do terreno ou lote (AT), estabelecida pela seguinte fórmula: TO = PE/AT.

O coeficiente de aproveitamento do lote (CA) é a relação entre a soma das áreas computáveisde todos os pavimentos da edificação (AC) e a área do terreno ou lote (AT), estabelecida pela seguinte

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fórmula: CA = AC/AT, não sendo computáveis as áreas de garagens, áreas comuns, circulaçõeshorizontais e verticais, caixas d`água, barrilete, casas de máquinas de elevadores e a área em balançodas varandas.

§ 1º O coeficiente de aproveitamento (CA) se subdivide em três parâmetros:

I - O coeficiente de aproveitamento mínimo, indica o valor abaixo do qual o lote passa a serconsiderado desocupado ou subutilizado, podendo ser objeto de utilização compulsória;

II - O coeficiente de aproveitamento básico, é o maior coeficiente de aproveitamento que o proprietáriopode utilizar sem ônus;

III - O coeficiente de aproveitamento máximo, é o maior coeficiente de aproveitamento que oproprietário pode utilizar, adquirindo a diferença de potencial construtivo em relação ao coeficiente deaproveitamento básico, através de outorga onerosa pelo Poder Público ou de transferência de outrosimóveis.

§ 2º O coeficiente de aproveitamento máximo somente pode ser outorgado nas quadras com frentepara vias estruturais e coletoras.

A altura das edificações (h) é a dimensão vertical máxima em metros entre o nível do piso dopavimento térreo e o ponto mais alto da edificação, excluindo caixas de água, casas de máquinas deelevadores e antenas.

Os recuos são definidos pela distância mínima da construção às divisas do lote.

§ 1º Será permitida a construção de varandas abertas em balanço, nos recuos acima de 3 metros,acima do embasamento, com profundidade máxima de 1/4 (um quarto) do recuo em até 25% dasfachadas laterais e de fundos e em 50% da fachada frontal.

§ 2º Nas edificações será permitida a construção de saliências ou balanço de áreas fechadas acima dopavimento térreo, sobre o recuo frontal obrigatório, em até 50 % da fachada com profundidade quesomada à de varandas abertas não deverá ocupar mais de 1/4 do recuo frontal.

§ 3º A projeção dos beirais da cobertura não deve ultrapassar 1,20 metros sobre os recuos mínimos,garantindo-se que as águas pluviais não se projetem sobre os lotes vizinhos.

Os parâmetros e os incentivos à adoção de taxa de permeabilidade do solo, para os imóveisconstruídos, serão definidos no Código de Edificações.

Os parâmetros urbanísticos de ocupação do solo para a Macrozona Urbana são aquelesdefinidos no Anexo 3 - Zoneamento de Ocupação e a distribuição da Zonas de Ocupação do Solo noterritório da Município encontra-se descrita no Anexo 1, Mapa 4.

§ 1º O Anexo 3 estabelece os parâmetros de ocupação nas diferentes Zonas, indicando a Taxa deOcupação Máxima (TO), os Coeficientes de Aproveitamento (CA) Mínimo, Básico e Máximo, oGabarito Máximo e os Recuos Mínimos.

§ 2º Os parâmetros de ocupação nas áreas tombadas e em seus entornos, são estabelecidos emResoluções do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico doEstado de São Paulo.

§ 3º O Anexo 3b estabelece os recuos mínimos das edificações em relação às divisas dos lotes,conforme as diferentes formas de lotes, altura das edificações e vias em que se localizam.

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Excluem-se de regras definidas neste Título as Zonas de Especial Interesse Público, InteresseSocial, Interesse do Patrimônio e Interesse Turístico, que deverão ter legislações municipais própriaspara sua ocupação, aproveitamento e uso de solo.

SEÇÃO IDAS ZONAS DE ALTA DENSIDADE

As Zonas de Alta Densidade são caracterizadas pelo alto índice de aproveitamento do solo, comcoeficiente de aproveitamento (CA) mínimo de 0,1 (um décimo), básico de 4 (quatro) e máximo de 5(cinco) e localizadas nos bairros de Pitangueiras e parte de Astúrias, na Macrozona Urbana.

A altura máxima das edificações nas zonas de alta densidade é de 75 (setenta e cinco) metrosde altura, o recuo frontal é de 5 (cinco) metros e o de fundos de 4 (quatro) metros, observando-se osrecuos laterais de acordo com os seguintes critérios:

A altura máxima das edificações nas zonas de alta densidade é de 75 (setenta e cinco) metrosde altura, o recuo frontal é de 5 (cinco) metros, observando-se os recuos laterais e de fundos deacordo com os seguintes critérios: (Redação dada pela Lei Complementar nº 176/2011)

I - em edificações com altura até 8 (oito) metros de altura, recuos laterais de 1,5 (um e meio) metros;

I - em edificações com altura até 8 (oito) metros, recuos laterais de 1,5 (um e meio) metros e o defundos de 3 (três) metros; (Redação dada pela Lei Complementar nº 176/2014)

II - em edificações de 8 (oito) a 11 (onze) metros de altura, recuos laterais de 1,5 (um e meio) metros +(h - 8 metros)/2;

II - em edificações de 8 (oito) a 11 (onze) metros de altura, recuos laterais de 1,5 (um e meio) metros +(h - 8)/2 metros e o de fundos de 3 (três) metros; (Redação dada pela Lei Complementar nº 176/2014)

III - em edificações com altura entre 11 m (onze metros) e 75 m (setenta e cinco metros), recuoslaterais de 3 m (três metros) mais h/20 (altura do edifício dividida por vinte).

III - em edificações com altura entre 11 (onze) metros e 75 (setenta e cinco) metros, recuos laterais de3 (três) metros + h/20 (altura do edifício dividida por vinte) metros e o de fundos de 4 (quatro) metros.(Redação dada pela Lei nº 176/2014)

Parágrafo Único - Em edificações com altura superior a 11m (onze metros), poderá ocorrerembasamento como volume destacado da torre, com altura de até 11 m (onze metros) e recuosobedecendo ao inciso II deste artigo.

Nas Zonas de Alta Densidade, a taxa de ocupação (TO) máxima será de 0,6 (seis décimos) daárea dos respectivos lotes.

As unidades residenciais na Zona de Alta Densidade deverão dispor de 2 (duas) vagas degaragem, no mínimo.

SEÇÃO IIDAS ZONAS DE MÉDIA DENSIDADE

As Zonas de Média Densidade, estão situadas na Macrozona Urbana, nas áreas afastadas do

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Centro de Guarujá, das praias e dos morros e são caracterizadas pelo coeficiente de aproveitamento(CA) mínimo de 0,1 (um décimo), básico de 2,5 (dois e meio) e máximo equivalente a 3 (três).

Parágrafo Único - Poderão ser criadas Zonas de Média Densidade nos setores de DesenvolvimentoCompatível da Macrozona de Proteção Ambiental, desde que licenciadas nos órgãos de proteçãoambiental.

A altura máxima das edificações nas Zonas de Média Densidade I é de 60 (sessenta) metrosde altura e nas Zonas de Média Densidade II é de 30 metros, com recuo frontal de 5 (cinco) metros, defundos de 4 (quatro) metros e recuos laterais de acordo com os seguintes critérios:

I - em edificações com altura até 8 (oito) metros de altura, recuos laterais de 1,5 (um e meio) metros;

II - em edificações de 8 (oito) a 11 (onze) metros de altura, recuos laterais de 1,5 (um e meio) metros +(h - 8 metros)/2;

III - em edificações com altura entre 11 m (onze metros) e 60 m (sessenta metros), recuos laterais de 3m (três metros) mais h/20 (altura do edifício dividida por vinte).

Parágrafo Único - Em edificações com altura acima de 11m (onze metros) o embasamento com alturade até 11 m (onze metros) poderá formar volume destacado com recuos obedecendo ao inciso II desteartigo.

Nas Zonas de Média Densidade, a taxa de ocupação (TO) máxima será de 0,6 (seis décimos)da área dos respectivos lotes.

Nas Zonas de Média Densidade I as unidades residenciais unifamiliares e multifamiliares comaté 50 m² (cinqüenta metros quadrados) de área útil, deverão dispor de no mínimo uma vaga degaragem, e com mais de 50 m² de área útil, deverão dispor de pelo menos 2 (duas) vagas de garagem.

Nas Zonas de Média Densidade II as unidades residenciais unifamiliares e multifamiliaresdeverão dispor de 1 (uma) vaga de garagem, no mínimo.

SEÇÃO IIIDAS ZONAS DE BAIXA DENSIDADE

As Zonas de Baixa Densidade constituem-se em áreas especiais, seja por proteção ambiental,seja pela preservação da paisagem, quando próximas da orla marítima, em loteamentos residenciais,pela proximidade do Aeroporto Metropolitano ou para manter baixo o custo dos lotes em áreasresidenciais de população de baixa renda.

Parágrafo Único - Poderão ser criadas Zonas de Baixa Densidade nos setores de Ocupação Dirigida eDesenvolvimento Compatível da Macrozona de Proteção Ambiental, desde que licenciados nos órgãosde proteção ambiental.

As Zonas de Baixa Densidade permitem coeficiente de aproveitamento (CA) mínimo de 0,1 (umdécimo), básico de 1 (um) e máximo de 1,2 (um e dois décimos), gabarito máximo de 11 (onze) metros,recuo frontal de 5 m (cinco metros) e recuos laterais e de fundos de acordo com os seguintes critérios,indicados no Anexo 3a:

I - em edificações com altura até 8 (oito) metros de altura, recuos laterais de 1,5 (um e meio) metros;

II - em edificações de 8 (oito) a 11 (onze) metros de altura, recuos laterais de 1,5 (um e meio) metros +

Art. 101

Art. 102

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Art. 106

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(h - 8 metros)/2;

§ 1º Para terrenos em desnível, a altura da edificação será definida a partir do nível do piso dopavimento térreo, acompanhando o perfil natural do terreno conforme demonstrado no Anexo 3b.

§ 2º Nos lotes das zonas de baixa densidade inseridos nas zonas mistas turísticas poderão serconstruídos motéis e condohoteis com altura máxima de 12,5m (doze virgula cinco metros).

Nas Zonas de Baixa Densidade, a taxa de ocupação (TO) máxima será de 0,6 (seis décimos)da área dos respectivos lotes.

Nas Zonas de Baixa Densidade as unidades residenciais unifamiliares e multifamiliares,deverão dispor de no mínimo uma vaga de garagem.

CAPÍTULO IIDO USO DO SOLO NA MACROZONA URBANA

Na Macrozona Urbana encontram-se as seguintes zonas de uso do solo:

I - GUARUJÁ:

a) Zonas Residenciais;b) Zonas Mistas Turísticas;c) Zonas Mistas;d) Zona Industrial Naval e Pesqueira.

II - VICENTE DE CARVALHO:

a) Zona Mistas;b) Zona Portuária e Industrial;c) Zona Retroportuária e Industrial;d) Zona Aeroportuária e Portuária.

Os usos e atividades a se instalarem na Macrozona Urbana devem obedecer às condiçõesestabelecidas neste Capítulo, determinadas em função:

I - das características das zonas;

II - dos objetivos do planejamento;

III - de sua potencialidade como geradores de incomodidades, de impacto à vizinhança e interferênciano tráfego.

Os usos permitidos no Município de Guarujá, classificados conforme o Código Nacional deAtividades Econômicas - CNAE do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, constam doAnexo 4a, agrupados em categorias e subcategorias.

Os usos não permitidos no Município de Guarujá classificados conforme o Código Nacional deAtividades Econômicas - CNAE, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, constam doAnexo 4b.

As categorias e subcategorias dos usos e atividades permitidas em cada Zona de Uso do Soloe em cada categoria de via (local, coletora ou estruturadora) estão indicadas no Anexo 4c.

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Art. 108

Art. 109

Art. 110

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O licenciamento do uso residencial e das atividades econômicas de comércio, serviços eindústria deverão obedecer à distribuição nas Zonas de Uso do Solo estabelecidas no Anexo 1, Mapa5 e às restrições indicadas nas tabelas do Anexo 4.

SEÇÃO IDOS USOS RESIDENCIAIS

Os usos residenciais destinam-se à habitação permanente, e podem correspondera umahabitação por lote (R1) ou a mais de uma habitação por lote, dispostas em agrupamentos horizontais(R2), agrupamentos verticais (R3) e apart-hotéis (R4).

Parágrafo Único - As categorias dos usos residenciais e as exigências para sua implantação constamdos Anexos 4a e 4c.

As residências unifamiliares agrupadas horizontalmente ou verticalmente com mais de umatorre, com acesso interno pelo lote, deverão atender às seguintes exigências:

I - as vias de acesso interno deverão ter largura mínima de 9 metros, com leito carroçável de 6 metrosde largura e passeios de 1,50 metros de largura;

II - as vias com comprimento acima de cem metros, a partir do acesso, deverão incluir balão de retornocom diâmetro mínimo de 18 metros no leito carroçável;

III - para efeito das frações ideais do terreno, não serão computadas as áreas doadas ao Município eas reservadas a comércio fora do condomínio;

IV - as vagas de garagem podem ser cobertas ou descobertas, integradas à respectiva unidaderesidencial, ou localizadas externamente em estacionamento coletivo, sem cômputo para efeito decoeficiente de aproveitamento e taxa de ocupação; as vagas cobertas não poderão estar dentro dosrecuos mínimos exigidos.

V - se a área onde for instalado o agrupamento horizontal ou vertical com mais de uma torre, comacesso interno, não pertencer a loteamento aprovado (no caso de glebas) será exigida doação deáreas públicas, fora da área condominial, correspondentes a 5% (cinco por cento) da gleba para finsinstitucionais e de 10% (dez por cento) para o sistema de lazer;

VI - é obrigatória a implantação de sistema de tratamento do esgoto do condomínio, com instalaçõesde fossa séptica, filtro anaeróbio e estação de tratamento dos efluentes, quando não existir redecoletora de esgoto na via pública.

SEÇÃO IIDOS USOS COMERCIAIS, DE SERVIÇOS E INDUSTRIAIS

Os usos comerciais são classificados conforme o porte das mercadorias oferecidas e omercado atendido, a saber: comércio varejista de âmbito local (C1), comércio varejista diversificado(C2) e comércio atacadista (C3).

Os usos referentes à prestação de serviços são classificados conforme o porte das atividades eo mercado atendido, a saber: serviços de âmbito local (S1), serviços de apoio ao turismo (S2), serviçosdiversificados especializados (S3), serviços de médio porte (S4), serviços de transporte rodoviário (S6),

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serviços náuticos (S), serviços portuários (S8), serviços ferroviários (S9), serviços de transportesespeciais (S10), serviços de transporte aéreo (S11) e serviços de carga e descarga em geral (S12).

Os uso industriais são classificados conforme o porte das atividades e o mercado atendido, asaber: indústrias de pequeno porte não incômodas (I1), indústrias diversificadas, (I2), indústrias degrande porte (I3), indústrias pesqueiras e navais (I4).

São proibidas no Município de Guarujá as atividades que são nocivas ao patrimônio natural ecultural do Município em função de sua extensão territorial, características geomorfológicas, acervo defauna e flora assim como pelo potencial dano ambiental.

Nos loteamentos, já existentes, com cláusulas mais restritivas em relação ao uso, serãoadotadas as regras determinadas pelos mesmos, salvo em caso de anuência expressa, aprovada emassembléia da entidade representativa, apresentada por escrito, com a respectiva ata de aprovação.

Os usos permitidos ao longo das vias coletoras e estruturadoras poderão ser permitidos naprimeira quadra das vias transversais, a critério do CMDUH com base em parecer técnico favorável.

Atividade não prevista dependerá de análise e aprovação do Conselho Municipal deDesenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH e do Conselho Municipal de Defesa do MeioAmbiente - CONDEMA, quando comprovado que não é geradora de incomodidades, de impacto àvizinhança e interferência no tráfego.

SEÇÃO IIIDAS ZONAS RESIDENCIAIS

Consideram-se Zonas Residenciais aquelas situadas em Zonas de Baixa Densidade,destinadas à moradia unifamiliar e multifamiliar, correspondente a uma ou mais habitaçõespermanentes por lote.

§ 1º As zonas residenciais correspondem aos loteamentos com cláusulas restritivas em relação ao uso,previstas no registro de imóveis desses parcelamentos, onde devem ser adotadas as regrasdeterminadas pelos mesmos, salvo em casos de decisão judicial ou de anuência expressa, aprovadacom maioria qualificada de 2/3 (dois terços) dos proprietários em assembléia da entidaderepresentativa, apresentada por escrito, com a respectiva ata de aprovação.

§ 2º Nas zonas residenciais serão permitidos, além de residências unifamiliares, outros usos de âmbitolocal ou turístico previstos no registro dos loteamentos.

São objetivos das Zonas Residenciais:

I - ordenar a distribuição de usos preservando o uso residencial para população fixa e flutuante;

II - manter as características residenciais de alto padrão em loteamentos criados com essa finalidade.

SEÇÃO IVDAS ZONAS MISTAS

Consideram-se Zonas Mistas aquelas situadas nas Zonas de Alta, Média e Baixa Densidades,que permitem atividades urbanas voltadas para habitação, comércio, serviços e uso institucional e deinteresse turístico, além de indústrias de pequeno porte, autorizadas conforme a categoria da via em

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Art. 120

Art. 121

Art. 122

Art. 123

Art. 124

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que venham a se situar, compatíveis com os critérios de incomodidade definidos nesta LeiComplementar.

§ 1º Em Guarujá ficam criadas as Zonas Mistas Turísticas em que os usos residenciais sãocomplementados com atividades de comércio e serviços voltadas às atividades turísticas;

§ 2º Em Guarujá ficam criadas também Zonas Mistas que além de abrigar os usos residenciais eurbanos em geral, compreendem aqueles que dão suporte às atividades das Zonas Industriais Navaise Pesqueiras.

§ 3º Em Vicente de Carvalho ficam criadas Zonas Mistas que além de abrigar usos residenciais eurbanos compreendem aqueles que dão suporte às atividades das seguintes Zonas: Portuária eIndustrial; Retroportuária e Industrial; Aeroportuária e Portuária.

§ 4º O zoneamento dos usos nas Zonas Mistas constam no Anexo 4c.

São objetivos na Zona de Uso Misto:

I - garantir as áreas urbanas para o uso habitacional da população fixa e flutuante;

II - complementar a oferta dos serviços essenciais à população;

III - promover a diversificação de atividades comerciais e de serviços;

IV - promover a diversificação de usos na cidade;

V - contribuir para a geração de emprego e renda no Município;

VI - preservar o ambiente urbano, restringindo as atividades incômodas.

SEÇÃO VDA ZONA PORTUÁRIA E INDUSTRIAL

Considera-se Zona Portuária aquela restrita às atividades operacionais direta ou indiretamenteligadas ao porto, envolvendo atracação de navios e embarcações, grande fluxo de mercadorias eveículos pesados de carga, incompatíveis com a atividade habitacional, sendo admitido comércio,serviços e usos institucionais de apoio às referidas atividades.

§ 1º A Zona Portuária situa-se às margens do Estuário, devendo ter acesso direto, sem interferênciacom as Zonas Residenciais e Zonas Mistas, à Rodovia SP-55 Cônego Domenico Rangoni, à ZonaRetroportuária e às ligações secas com as áreas portuárias da ilha de São Vicente.

§ 2º A implantação de novas instalações portuárias às margens do Estuário devem ser acompanhadasdo respectivo Estudo de Impacto Ambiental - EIA e Relatório de Impacto Ambiental - RIMA, bem comodo Relatório de Impacto de Vizinhança - RIV, com atribuição das compensações ambientais previstasna legislação pertinente, além de compensações sociais e urbanísticas definidas pelo CONDEMA ECMDUH e obrigatoriamente deverão passar pela aprovação da Câmara Municipal, conforme dispõe oart. 80 desta Lei.

§ 3º O aproveitamento, uso e ocupação do solo desta zona portuária, bem como demais regramentosurbanísticos e ambientais deverão ser objeto de legislação municipal específica, contendo anormatização da atividade portuária no município.

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Art. 128

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SEÇÃO VIDA ZONA RETROPORTUÁRIA E INDUSTRIAL

Na Zona Retroportuária e Industrial são permitidas atividades operacionais de apoio ao porto,como depósitos de mercadorias e contêineres, parqueamento de veículos de carga e apoio aoscaminhoneiros, indústrias não poluidoras e serviços de grande porte, incompatíveis com as áreashabitacionais e geradores de incomodidade, além de comércio, serviços e usos institucionais de apoioàs referidas atividades, principalmente centros de pesquisa, desenvolvimento e ensino tecnológico.

§ 1º Para a Zona Retroportuária e Industrial deverá ser desenvolvido um Projeto de Lei específico, comdefinições de uso e ocupação de solo, aproveitando o regramento das atividades, seguindo asdiretrizes deste Plano Diretor.

§ 2º A implantação de novos empreendimentos na Zona Retroportuária e Industrial ou a expansão dosexistentes requer o cumprimento das obrigações de licenciamento previstas na Macrozona deProteção Ambiental.

§ 3º As atividades retroportuárias hoje existentes entre a Avenida Santos Dumont e a Rodovia CônegoDomenico Rangoni, em especial aquelas destinadas a armazenamento, movimentação e reparação decontêineres, deverão manter um afastamento mínimo de 50 metros das zonas onde são permitidosusos residenciais.

SEÇÃO VIIDA ZONA AEROPORTUÁRIA E PORTUÁRIA

A Zona Aeroportuária e Portuária caracteriza-se por ser de uso aeroviário, portuário eretroportuário, onde podem ser desenvolvidas atividades de movimentação de cargas e passageiros,incluindo instalações de apoio e estruturas intermodais, incompatíveis com as áreas habitacionais.

Parágrafo Único - A Zona Aeroportuária e Portuária localiza-se integralmente na área da atual BaseAérea, a oeste da Rodovia Cônego Domenico Rangoni, limitada ao norte pelo Canal de Bertioga e aoSul pela área urbana de Vicente de Carvalho.

O desenvolvimento da Zona Aeroportuária e Portuária deverá ser baseado em Projeto de Leiespecífico, definindo sua ocupação e que leve em conta:

I - Base Aérea da Aeronáutica;

II - Aeroporto Civil Metropolitano de Guarujá;

III - usos portuários;

IV - pista para pouso e decolagem de aeronaves de asa fixa;

V - plataformas para pouso e decolagem de aeronaves de asa móvel;

VI - sistema viário para veículos de carga;

VII - sistema viário para veículos de passageiros;

VIII - estudo de impacto nas áreas residenciais próximas;

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IX - áreas com restrições de uso e gabarito no cone de aproximação da pista;

Parágrafo Único - A implantação de empreendimentos nesta Zona requer o cumprimento dasobrigações de licenciamento previstas na Macrozona de Proteção Ambiental, além da adoção demedidas que minimizem impactos nas áreas urbanas próximas, especialmente quanto a ruídos e usodo sistema viário.

SEÇÃO VIIIDA ZONA INDUSTRIAL NAVAL E PESQUEIRA

Considera-se Zona Industrial Naval e Pesqueira aquela restrita às atividades de transformação,ligadas às atividades navais e pesqueiras, com graus variáveis de incomodidade devido ao porte,geração de ruídos, odores e fluxo de veículos.

Parágrafo Único - A implantação de empreendimentos nesta Zona requer a adoção de medidas queminimizem impactos nas áreas urbanas próximas, especialmente quanto a ruídos e uso do sistemaviário.

CAPÍTULO IIDOS USOS GERADORES DE INCÔMODO, IMPACTO À VIZINHANÇ A E INTERFERÊNCIA NOTRÁFEGO

SEÇÃO IDOS USOS GERADORES DE INCÔMODO

Considera-se incomodidade urbana o estado de desacordo de uso ou atividade com oscondicionantes locais, causando reação adversa sobre a vizinhança, tendo em vista suas estruturasfísicas e vivências sociais.

Para análise do nível de incomodidade deverão ser observados os seguintes fatores:

I - poluição sonora: geração de impacto causada pelo uso de máquinas, utensílios ruidosos, aparelhossonoros ou similares no entorno próximo;

II - poluição atmosférica: lançamento na atmosfera de matéria ou energia provenientes do uso decombustíveis nos processos de produção ou, simplesmente, lançamento de material particulado inertena atmosfera acima dos níveis admissíveis;

III - poluição hídrica: descarte de efluentes líquidos que alterem a qualidade da rede hidrográfica ou aintegridade do sistema coletor de esgotos ou poluição do lençol freático;

IV - geração de resíduos sólidos: produção, manipulação ou estocagem de resíduos sólidos, comriscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública;

V - vibração: impacto provocado pelo uso de máquinas ou equipamentos que produzam choquesrepetitivos ou vibração sensível, causando riscos potenciais à propriedade, ao bem estar ou à saúdepública;

VI - periculosidade: atividades que apresentem risco ao meio ambiente e à saúde, em função deprodução, comercialização, uso ou estocagem de materiais perigosos, como explosivos, gás liquefeito

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de petróleo (GLP), inflamáveis, tóxicos e equiparáveis, conforme normas técnicas e legislaçãoespecífica.

Parágrafo Único - A avaliação das categorias de incomodidades permitidas em relação ao sistemaviário no qual se encontrem cada atividade ou empreendimento seguirá as diretrizes colocadas noAnexo 4, devendo ser regulamentada por legislação específica e em conformidade com o Código dePosturas e a legislação ambiental pertinente.

SEÇÃO IIDOS EMPREENDIMENTOS DE IMPACTO À VIZINHANÇA

Os empreendimentos de impacto à vizinhança são todos aqueles que possam vir a causaralteração significativa no ambiente natural ou construído, ou sobrecarga na capacidade de atendimentoda infra-estrutura básica, quer se instalem em empreendimentos públicos ou privados, residenciais ounão-residenciais.

São considerados empreendimentos que causam impacto à vizinhança:

I - as edificações não-residenciais com área construída igual ou superior a 1.500 m² (um mil equinhentos metros quadrados);

II - os empreendimentos residenciais com mais de 100 (cem) unidades habitacionais ou implantadosem terrenos com metragem igual ou maior que 10.000 m² (dez mil metros quadrados).

III - os empreendimentos residenciais ou não residenciais com mais de 200 (duzentas) vagas deestacionamento.

Parágrafo Único - Empreendimentos habitacionais condominiais em glebas não loteadas, sem aberturade vias públicas, devem reservar 5% de sua área, para fins institucionais, com acesso para via públicaoficial.

São considerados empreendimentos causadores de impacto à vizinhança, independentementeda área construída:

I - centrais de armazenamento e movimentação de carga e contêineres;

II - pátios e linhas ferroviárias e estações de carga ou transbordo de mercadorias;

III - centrais de abastecimento;

IV - estações de tratamento de efluentes ou lixo;

V - terminais de transportes rodoviário, ferroviário, aeroviário e hidroviário;

VI - transportadoras;

VII - garagens de veículos de transporte de passageiros e cargas, máquinas e equipamentos;

VIII - cemitérios e crematórios;

IX - presídios e centros de triagem e detenção;

X - postos de serviço com venda de combustível;

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XI - depósitos de gás liquefeito de petróleo (GLP);

XII - depósitos de inflamáveis, tóxicos e equiparáveis;

XIII - supermercados, hipermercados, lojas de departamentos e shopping centers;

XIV - casas de espetáculos, boates e locais com música ao vivo;

XV - estações de rádio-base, tais como antenas de telecomunicações e de repetidoras de televisão;

XVI - antenas transmissoras de telefonia celular;

XVII - centros de convenções, casas de festas ou eventos e entretenimento;

XVIII - comércio atacadista, armazenamento e beneficiamento de resíduos e sucatas;

XIX - recondicionamento e recuperação de motores;

XX - construção e reparação de embarcações;

XXI - manutenção de aeronaves;

XXII - manutenção e fabricação de reboques e carrocerias;

XXIII - abate e preparação de produtos de carne e pescado;

XXIV - templos, igrejas e locais de culto;

XXV - hospitais;

XXVI - oficinas mecânicas, funilaria e pintura, serralherias e marcenarias;

XXVII - academias de ginástica e artes marciais;

XXVIII - restaurantes;

XXIX - clubes recreativos ou esportivos, boliches;

XXX - empreendimentos que requeiram movimento de terra com volume igual ou superior a trinta milmetros cúbicos;

XXXI - túneis, viadutos e vias expressas rodoviárias e metroviárias;

XXXII - edificações ou grupamento de edificações com uso industrial, qualquer que seja sua áreaconstruída ou de terreno.

Parágrafo Único - As atividades portuárias, retroportuárias, aeroportuárias e industriais deverão contarcom plano de contingência, controle e emergência de logística objetivando garantir a qualidade dasaúde pública.

A instalação, a ampliação e o funcionamento de empreendimentos causadores de impacto àvizinhança são condicionados à aprovação pelo Poder Executivo Municipal de Estudo de Impacto deVizinhança - EIV, além de Estudo de Impacto Ambiental - EIA quando requerido pela legislaçãoambiental pertinente.

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§ 1º As compensações exigidas pelo poder público decorrentes dos impactos de vizinhança causadospelo empreendimento, não devem ultrapassar 5% do custo do empreendimento e serão destinados aoFundo de Desenvolvimento Urbano.

§ 2º A exigência de compensações superiores a 5% decorrentes de impactos de vizinhançaextraordinários devem ter a aprovação do CMDUH - Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano eHabitacional.

SEÇÃO IIIDOS USOS GERADORES DE INTERFERÊNCIA NO TRÁFEGO

Para os fins desta Lei Complementar são considerados usos geradores de interferência notráfego as seguintes atividades:

I - geradoras de carga e descarga;

II - geradoras de embarque e desembarque;

III - geradoras de tráfego de pedestres;

IV - caracterizadas como pólos geradores de tráfego.

Os parâmetros para enquadramento como Uso Gerador de Interferência no Tráfego e asexigências da análise técnica serão definidos pela legislação municipal.

§ 1º A análise dos usos geradores de interferência no tráfego será feita pelo órgão municipalcompetente.

§ 2º A análise técnica dos Usos Geradores de Interferência no Tráfego não dispensa o Estudo deImpacto de Vizinhança - EIV e o licenciamento ambiental, quando requerido pela legislação ambientalpertinente.

CAPÍTULO IIIDO PARCELAMENTO DO SOLO

O parcelamento do solo será regulado pelos capítulos IV e V da Lei Complementar 14, de 21de maio de 1992, e seguindo as seguintes diretrizes para os loteamentos residenciais:

I - Loteamento tipo "A";

II - Loteamento tipo "B".

Os loteamentos tipo "A" serão permitidos em todas as zonas de uso onde os usos residenciaise mistos sejam admitidos, atendidas as disposições da legislação pertinente.

§ 1º Da área total do terreno destinado à implantação dos loteamentos previstos no caput deverá serdoada uma área não inferior a 35 % (trinta e cinco por cento) para as áreas públicas ao Município,sendo no mínimo 5% para edifícios públicos e 10% para sistema de lazer.

§ 2º A área mínima dos lotes será de 250m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados) e frente mínima

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de 10 m (dez metros).

§ 3º Nos loteamentos existentes, por iniciativa do proprietário de um lote individual, será admitido ofracionamento em dois lotes de 125m² (cento e vinte e cinco metros quadrados), desde que a frentetenha no mínimo 5 (cinco) metros, sendo permitida a geminação da edificação na divisa com o outrolote fracionado, respeitando-se os recuos frontais e de fundos do lote original.

§ 3º Nos loteamentos existentes, por iniciativa do proprietário de um lote individual, será admitido ofracionamento em dois lotes de 125m² (cento e vinte e cinco metros quadrados), desde que a frentetenha no mínimo 5 (cinco) metros, sendo permitida a geminação da edificação na divisa com o outrolote fracionado, respeitando-se os recuos frontais, laterais e de fundos do lote original. (Redação dadapela Lei Complementar nº 176/2014)

Os loteamentos tipo "B" são tidos como sendo de interesse social em áreas de urbanizaçãoespecífica e atenderão as características urbanísticas e edilícias especiais estabelecidas pela leicomplementar que dispõe sobre uso e ocupação das Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS.

Os lotes remanescentes de loteamentos aprovados anteriormente à vigência desta LeiComplementar que contrariem as dimensões mínimas ora indicadas poderão manter inalteradas suasdimensões.

O parcelamento do solo implantado irregularmente poderá obter a devida regularizaçãocumprindo:

I - os requisitos jurídicos e urbanísticos dispostos em Legislação Específica;

II - o estabelecimento de procedimentos que garantam o cumprimento das obrigações do loteadorirregular, ainda que as obras necessárias à regularização sejam executadas pelo Poder PúblicoMunicipal ou por associação de moradores;

III - as normas que garantam as condições de habitabilidade, acessibilidade, salubridade e segurançado sítio.

Os loteamentos novos deverão seguir os requisitos jurídicos e urbanísticos dispostos na LeiFederal 6.766/1979, com suas alterações e regulamentações posteriores.

TÍTULO VIIDO USO, OCUPAÇÃO E PARCELAMENTO DO SOLO NA MACROZON A DE PROTEÇÃOAMBIENTAL

O uso, a ocupação e o parcelamento do solo na Macrozona de Proteção Ambiental deveobservar as características e os objetivos previstos para cada um de seus setores.

CAPÍTULO IDO USO DO SOLO NA MACROZONA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

A Macrozona de Proteção Ambiental tem como critério fundamental para a definição dos usose atividades a compatibilidade destes com a proteção dos recursos ambientais em cada setor.

O uso do solo na Macrozona de Proteção Ambiental fica classificado em:

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Art. 144

Art. 145

Art. 146

Art. 147

Art. 148

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I - residencial;

II - não-residencial;

III - misto.

§ 1º Considera-se uso residencial aquele destinado à moradia unifamiliar e multifamiliar.

§ 2º Considera-se uso não-residencial aquele destinado ao exercício das seguintes atividades:

a) industrial;b) comercial;c) de prestação de serviços;d) institucional;e) de ecoturismo e turismo sustentável;f) de agricultura, pecuária e avicultura;g) de aqüicultura;h) manejo de espécies nativas.

§ 3º Considera-se uso misto aquele constituído pelos usos residencial e não-residencial no mesmosetor.

A instalação ou ampliação de qualquer uso ou atividade na Macrozona de Proteção Ambientaldeverá ser submetida a licenciamento ambiental, conforme legislação pertinente, além das medidas derecuperação e compensação ambiental estabelecidas pela autoridade ambiental competente.

SEÇÃO IDO USO NO SETOR DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

No Setor de Preservação Ambiental serão admitidos o uso residencial controlado e usosreferentes à pesquisa, educação, ecoturismo e turismo sustentável e atividades humanas, desde quecompatíveis com o objetivo de preservação deste setor:

I - preservação integral dos ecossistemas;

II - implantação de unidades de conservação, públicas ou privadas;

III - infra-estrutura e atividades de pesquisa científica e ensino ligados à preservação ambiental;

IV - infra-estrutura e atividades de ecoturismo de baixo impacto;

V - atividades de educação ambiental;

VI - atividades de manufatura sustentável de produtos da floresta;

VII - compensações ambientais;

VIII - atividades agrícolas e de pesca artesanal controlada;

IX - ocupação humana de baixos efeitos impactantes.

O Poder Público municipal poderá criar um plano específico para a ocupação deste setorprevendo a normatização de uso e mecanismos tributários de incentivo e compensações à

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preservação ambiental.

SEÇÃO IIDO USO NO SETOR DA ORLA

Para fins de gerenciamento do uso e ocupação, as praias e costões estão classificados em 3(três) categorias em função de suas características e grau de restrição de uso decrescente:

I - Categoria 1: praias e costões preservados, sem acesso por veículos terrestres e com suascaracterísticas ambientais naturais próximas à situação original, onde é prevista preservação integraldos ecossistemas, além de atividades de pesquisa científica e ensino ligados à preservação e àeducação ambiental;

II - Categoria 2: praias e costões urbanos, de uso limitado, situados em áreas de baixa densidade deocupação, onde é previsto: preservação dos ecossistemas; implantação de unidades de conservação,públicas ou privadas; infra-estrutura e atividades de pesquisa científica e ensino ligados à preservaçãoambiental; infra-estrutura e atividades de ecoturismo de baixo impacto; atividades de educaçãoambiental; atividade pesqueira artesanal controlada; ocupação humana de baixos efeitos impactantes.

III - Categoria 3: praias e costões urbanos, freqüentados pela população fixa e flutuante, situados emZonas de baixa, média e alta densidade de ocupação, onde é prevista atividade humana de baixosefeitos impactantes, ligados ao turismo e ao lazer.

Os manguezais são considerados áreas de preservação permanente que podem abrigaratividades de pesquisa científica e ecoturismo sustentável admitindo-se uso e ocupação apenas emcasos de intervenções localizadas, de interesse público, com licenciamento ambiental.

O uso e a ocupação das margens do estuário sem vegetação de mangue, com ou semocupação humana poderão abrigar atividades turísticas, culturais, náuticas ou portuárias, compatíveiscom as zonas em que se inserem e com o Zoneamento Ecológico Econômico do GerenciamentoCosteiro.

O Poder Público Municipal disciplinará o uso sustentável do Setor da Orla, nos termos destePlano Diretor, por meio de um plano específico para o uso e a ocupação, em conformidade com asdiretrizes do Zoneamento Ecológico Econômico do Gerenciamento Costeiro em nível estadual efederal, prevendo ainda incentivos à preservação ambiental do entorno, em conformidade com oCódigo de Posturas do Município.

SEÇÃO IIIDO USO NO SETOR DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL

Os usos permitidos no Setor de Recuperação Ambiental são os seguintes:

I - obras e melhorias para a reabilitação ambiental de áreas impactadas ou redução de riscos deacidentes;

II - urbanização de áreas ocupadas de forma a contribuir com o equilíbrio ambiental;

III - implantação de equipamentos públicos de cultura, lazer, esporte e apoio a serviços urbanos.

Parágrafo Único - Nas áreas atualmente ocupadas por atividades de transbordo de resíduos sólidos, e

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apoio aos serviços de limpeza urbana, deverá ser promovida a recuperação ambiental.

SEÇÃO IVDO USO NO SETOR DE DESENVOLVIMENTO COMPATÍVEL

Os usos permitidos no Setor de Desenvolvimento Compatível são:

I - assentamentos de média e baixa densidade;

II - estruturas de hospedagem;

III - atividade retroportuária e industrial;

IV - outros usos a serem definidos pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional- CMDUH.

V - demais usos previstos no Setor de Preservação Ambiental.

Parágrafo Único - No Setor de Desenvolvimento Compatível, serão adotados os índices de ocupaçãomais restritivos previstos na Tabela de Zoneamento de Ocupação para este Setor e para a Zona deOcupação da Macrozona Urbana que lhe está sobreposta. (Redação acrescida pela Lei Complementarnº 176/2014)

SEÇÃO VDO USO NO SETOR DE OCUPAÇÃO DIRIGIDA

Os usos permitidos no Setor de Ocupação Dirigida são:

I - estruturas de hospedagem;

II - atividades de interesse ambiental, cultural ou de preservação do patrimônio histórico earqueológico;

III - assentamentos urbanos compatíveis de baixa densidade;

IV - estruturas e atividades comerciais e de serviços de baixo impacto voltados ao turismo e ao lazer;

V - equipamentos comunitários básicos;

VI - demais usos previstos no Setor de Preservação Ambiental.

Parágrafo Único - No Setor de Ocupação Dirigida, serão adotados os índices de ocupação maisrestritivos previstos na Tabela de Zoneamento de Ocupação para este Setor e para a Zona deOcupação da Macrozona Urbana que lhe está sobreposta. (Redação acrescida pela Lei Complementarnº 176/2014)

CAPÍTULO IIDO PARCELAMENTO DO SOLO NA MACROZONA DE PROTEÇÃO AM BIENTAL

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O parcelamento do solo na Macrozona de Proteção Ambiental, será aplicável somente nossetores de Desenvolvimento Compatível e Ocupação Dirigida, nos termos da Lei Federal 6.766/1979 emediante licenciamento ambiental.

TÍTULO VIIISISTEMA VIÁRIO

O Sistema Viário do Município fica definido por este Plano Diretor por meio dos seguintesmodos de acessibilidade:

I - rodoviário;

II - ferroviário;

III - hidroportuário;

IV - aeroportuário.

§ 1º Em qualquer parte do território do Município é proibida a implantação de instalações rodoviárias,ferroviárias, hidroportuárias e aeroportuárias sem a prévia autorização do Poder Público Municipal.

§ 2º A implantação de qualquer sistema de transporte que altere a estrutura física e geomorfológica doMunicípio, deverá ser compatível com os objetivos e diretrizes desta Lei Complementar e aprovadapelo Executivo Municipal mediante parecer favorável do Conselho Municipal de DesenvolvimentoUrbano e Habitacional (CMDUH) e Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (CONDEMA).

§ 3º Todos os modos do sistema viário municipal, existente e a ser implantado, deverão obedecer aoscritérios de mobilidade e acessibilidade universal e passar por reformas para atender aos requisitosestabelecidos nesta Lei Complementar.

Considera-se sistema rodoviário o conjunto de vias terrestres, existentes no Município,destinadas à circulação pública de veículos rodoviários e de pedestres e outras formas de mobilidade,como a cicloviária.

Considera-se sistema ferroviário o conjunto de linhas, estações, terminais, equipamentos emáquinas destinadas ao transporte de carga ou passageiros que tenham seus percursos fixados portrilhos ou outros elementos condicionadores do trajeto.

Parágrafo Único - Para os efeitos desta Lei Complementar e de acordo com as característicasoperacionais, o sistema ferroviário obedecerá à seguinte classificação:

I - transporte de passageiros;

II - transporte de carga.

Considera-se sistema hidroviário o conjunto das rotas de navegação, cais, dársenas, marinas,clubes náuticos, piers, equipamentos e máquinas destinadas ao transporte de passageiros ou demercadorias que, direta ou indiretamente, utilizam os recursos hídricos do Município.

Parágrafo Único - A localização dos terminais de navegação marítima, dos respectivos pátios decargas e descargas de mercadorias e acessos de passageiros, assim como a utilização de rotasfluviais para navegação e a localização dos respectivos embarcadouros, ficam sujeitos a orientação econtrole das autoridades competentes, obedecidas as disposições da legislação municipal de uso e

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ocupação do solo.

Considera-se sistema aeroviário o conjunto de pistas de pouso e decolagem, helipontos,estações, terminais, hangares, equipamentos e vias de circulação rodoviária destinadas ao transportede carga ou passageiros por via aérea.

Parágrafo Único - Para os efeitos desta Lei Complementar e de acordo com as característicasoperacionais, o sistema aeroviário obedecerá à seguinte classificação:

I - aeroportos;

II - helipontos.

CAPÍTULO IDO SISTEMA RODOVIÁRIO URBANO

O sistema rodoviário urbano está subdividido nas seguintes categorias, indicadas no Anexo 1 -Mapas 6, 7 e 8, e descritas nos anexos 5 e 6:

I - Vias Estruturais:

a) de Interesse Macrometropolitano;b) de Interesse Metropolitano;

II - Vias Coletoras ou de Interesse Metropolitano Secundário;

III - Vias Locais;

IV - Ciclovias;

V - Vias de Pedestres.

São consideradas Vias Estruturais todas aquelas que têm importância macrometropolitana oumetropolitana, ou seja, atendem aos principais destinos do Município e também servem para asconexões regionais, fazendo a ligação com as vias de Interesse Viário Metropolitano Secundário ouColetoras.

São consideradas Vias Estruturais de Interesse Macrometropolitano aquelas que realizam asligações do Município com o sistema viário macrometropolitano, sendo constituídas por:

I - rodovias estaduais, que correspondem às ligações do Município, os sistemas viários da BaixadaSantista e do Estado;

II - marginais das rodovias, que cumprem o papel de interligação das rodovias com os bairros ou áreaslindeiras às mesmas.

As Vias Estruturais de Interesse Metropolitano compreendem a malha formada pelas ligaçõesdas vias macrometropolitanas com as áreas centrais do Município, os polos de atividade econômica eos núcleos de assentamentos urbanos, devendo atender aos seguintes requisitos:

I - ter canteiro central, dividindo as mãos de direção, ciclovia unidirecional em cada mão de direção,uma via em cada mão de direção para suporte de transporte coletivo e no mínimo mais uma paratransporte individual;

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II - devem suportar estacionamento;

III - ter calçada com largura de 4 (quatro) metros.

As Vias de Interesse Metropolitano Secundário ou Coletoras, são aquelas que realizam ainterligação entre as Vias Estruturais e as Vias Locais e consistem na rede viária formada pelas viasmunicipais que permitem a circulação entre os bairros do Município e o acesso a equipamentos einstituições de porte e interesse urbano ou relacionados ao sistema de transporte e trânsito deinteresse para a região metropolitana.

As Vias de Interesse Metropolitano Secundário ou Coletoras devem atender aos seguintesrequisitos:

I - podem ter uma ou duas mãos de direção;

II - devem suportar transporte coletivo e individual;

III - devem comportar estacionamento e ciclovia e ter calçadas com no mínimo 3 (três) metros delargura.

As Vias Locais são todas as que não estão indicadas nas condições descritas nasclassificações acima, servindo de acesso aos lotes e glebas e à circulação intra-urbana de veículos debaixo fluxo e prioritariamente a pedestres ou ciclovias delimitadas no Anexo 01, Mapa 06 e descritasno Anexo 05.

As Vias Locais deverão prever circulação de transporte individual, estacionamento, ciclovia ecalçadas.

As Vias Cicloviárias consistem em vias exclusivas para utilização de bicicletas, demarcadas esinalizadas no sistema viário da cidade.

As Vias de Pedestres consistem em passeios públicos, calçadões, passeios junto às faixas daorla, vielas e vias de passagem exclusiva em loteamentos.

As vias de pedestres poderão contar com leito carroçável com até 3,00 metros de larguraquando tiverem largura superior a doze metros.

CAPÍTULO IIDAS DIRETRIZES VIÁRIAS

Constituem diretrizes de expansão do sistema rodoviário:

I - ligação seca da Ilha de Santo Amaro com a Ilha de São Vicente, com ligação por via expressa com aRodovia Cônego Domenico Rangoni;

II - ligação seca da Estrada da Bertioga com o continente, sobre o Canal da Bertioga;

III - implantação da Avenida Perimetral Portuária junto à Avenida Santos Dumont, com separação dosfluxos urbano e portuário;

IV - implantação de ligação da Avenida Perimetral Portuária com a Rodovia Cônego DomenicoRangoni para fluxo exclusivo do tráfego portuário, sem travessia da área urbanizada;

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Art. 171

Art. 172

Art. 173

Art. 174

Art. 175

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V - implantação do sistema viário retroportuário, articulado com a Rodovia Cônego Domenico Rangonie os acessos à área portuária e à área aeroportuária;

VI - implantação de ligação viária da área aeroportuária com a Rodovia D. Domenico Rangoni e com oRetroporto;

VII - reformulação, melhoria e ampliação do sistema viário de acesso da Rodovia Cônego DomenicoRangoni à Avenida D. Pedro I;

VIII - implantação da ligação entre o prolongamento da Avenida D. Pedro I até a Avenida MarjoryPrado, utilizando o traçado da Avenida do Bosque;

IX - implantação da ligação entre o prolongamento da Avenida D. Pedro I e a estrada da Bertioga(SP-61);

X - implantação de sistema viário interligando a Avenida Antonio Pimentel em Morrinhos com aAvenida Rafael Vitiello na Vila Zilda;

XI - reestruturação do binário das Ruas Guilherme Guinle e Mato Grosso;

XII - consolidação do eixo formado pelas Avenidas Mário Daige, Antonio Freire, Projetada "A" eAcaraú;

XIII - interligação da Avenida Mario Daige com Avenida Lídio Martins Correa;

XIV - complementação viária de ligação do bairro das Astúrias com o bairro de Santa Cruz dosNavegantes.

XV - Prolongamento das Avenidas 1, 2 e 3 de Morrinhos para permitir a expansão deste bairro emdireção ao Norte.

As definições quanto a classificação, dimensionamento, capacidades, geometria e demaisespecificações técnicas das ruas e avenidas, estão presentes no Anexo 5.

Constitui diretriz de expansão do sistema cicloviário o Mapa 7, de mobilidade cicloviária, doAnexo I.

Constitui diretriz do sistema ferroviário implantação de sistema de transporte de passageirosurbano e metropolitano.

Constituem diretrizes de expansão do sistema hidroviário:

I - implantar linhas de transporte coletivo hidroviário interligando os diversos terminais hidroviários doMunicípio;

II - implantar linhas de transporte coletivo hidroviário interligando com os demais Municípios daBaixada Santista, o aproveitamento dos rios e do estuário.

III - implantar linhas e terminais de transporte hidroviário de cargas interligando os terminaishidroviários de cargas do Município e da Baixada Santista.

Constituem diretrizes do sistema aeroportuário:

I - Implantação do Aeroporto Civil Metropolitano na área da Base Aérea em Vicente de Carvalho;

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II - Implantação de sistema de helipontos para acesso de passageiros aos diversos bairros doMunicípio e para estabelecer sistema de salvamento de banhistas e embarcações nas praias, no mar eno Estuário.

CAPÍTULO IIIDAS DIRETRIZES DE DRENAGEM URBANA

As diretrizes de drenagem urbana serão definidas no Plano de Macrodrenagem do Município, aser instituído por legislação específica após aprovação pelo Conselho Municipal de DesenvolvimentoUrbano e Habitacional - CMDUH e pelo Conselho de Defesa do meio Ambiente - CONDEMA.

As diretrizes definidas no Plano de Macrodrenagem deverão ser obedecidas pelos proprietáriosde glebas e terrenos quando da implantação de parcelamento ou arruamento.

As diretrizes incidentes em lotes ou glebas já parceladas serão consideradas como deinteresse público.

TÍTULO IXDOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA URBANA

Para a promoção, planejamento, controle e gestão do desenvolvimento urbano, serãoadotados, dentre outros, os instrumentos de política urbana estabelecidos na Constituição daRepública Federativa do Brasil (artigo 182, § 4º)e no Estatuto da Cidade(Lei Federal 10.257/2001,artigos 5º a 8º).

CAPÍTULO IDO PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU UTILIZAÇÃO COMPULSÓR IOS

São passíveis de parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, os imóveis nasseguintes condições:

I - não edificados, entendendo-se como tais os terrenos e glebas cujas áreas sejam superiores a3.000m² (três mil metros quadrados), que não tenham sido objeto de parcelamento e estejamlocalizados na Macrozona Urbana ou no Setor de Desenvolvimento Compatível da Macrozona deProteção Ambiental com área limítrofe à área urbana;

II - não edificado, entendendo-se como tal o lote urbano cujo coeficiente de aproveitamento verificadoseja igual a 0 (zero), desde que seja legalmente possível sua utilização.

III - subutilizados, entendendo-se como tais os terrenos e glebas cujo coeficiente de aproveitamento(CA) seja inferior ao coeficiente de aproveitamento mínimo definido para o setor onde se situam;

IV - não utilizados, entendendo-se como tais as edificações não terminadas que estejam com as obrasparalisadas há mais de 5 (cinco) anos.

V - não utilizado entendendo-se assim o lote urbano de uso residencial ou não residencial, que tenhasua área construída desocupada e não utilizada, para o fim para a qual foi edificada, há mais de 5(cinco) anos e que apresente uma ou mais das seguintes características:

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Art. 184

Art. 185

Art. 186

Art. 187

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a) uso não residencial:1 - última licença municipal de funcionamento encerrada há mais de 5 (cinco) anos;2 - corte de energia elétrica;3 - corte ou supressão do fornecimento de água;4 - obra paralisada.b) uso residencial:1 - corte de energia elétrica;2 - corte ou supressão do fornecimento de água;3 - obra paralisada.

§ 1º Em qualquer uma das situações descritas nos incisos I a IV, são ressalvados os imóveis quecomprovem a impossibilidade de sua utilização devido a litígio judicial ou onde haja incidência derestrições jurídicas, alheias à vontade do proprietário, que inviabilizem atingir o coeficiente deaproveitamento mínimo.

§ 2º Excetuam-se do disposto neste artigo os terrenos destinados ao uso não residencial que, para seupleno funcionamento, necessitem de área construída inferior ao coeficiente de aproveitamento mínimo,tais como estacionamentos de automóveis e pátios de contêineres com situação regular perante aPrefeitura.

§ 3º A utilização do imóvel ou parte dele para o efeito de guarda ou vigilância da propriedade nãoconfigura a utilização do lote urbano de que trata este artigo.

§ 4º A utilização temporária ou sazonal do imóvel não configura a utilização do lote urbano de que trataeste artigo.

§ 5º A comprovação da não utilização do imóvel dar-se-á de acordo com os procedimentosadministrativos a cargo do órgão de fiscalização de obras da Prefeitura.

§ 6º Fica facultado, aos proprietários dos imóveis de que trata o caput, propor ao Executivo oestabelecimento do Consórcio Imobiliário como forma de viabilização financeira do aproveitamento doimóvel, conforme disposições do artigo 46 do Estatuto da Cidade.

Os imóveis nas condições a que se refere o artigo anterior serão identificados e seusproprietários notificados pela Prefeitura do Município de Guarujá para promover o adequadoaproveitamento.

§ 1º A notificação far-se-á, por determinação do Chefe do Poder Executivo:

I - por funcionário do órgão competente ao proprietário do imóvel ou, no caso de este ser pessoajurídica, a quem tenha poderes de gerência geral ou administração e será realizada:

a) pessoalmente para os proprietários que residam no Município de Guarujá;b) por carta registrada com aviso de recebimento quando o proprietário for residente fora do territóriodo Município de Guarujá;

II - por edital, quando frustrada por 3 (três) vezes a tentativa de notificação na forma prevista peloinciso I deste artigo.

§ 2º A notificação referida no "caput" deste artigo deverá ser averbada na matrícula do imóvel noCartório de Registro de Imóveis, pela Prefeitura do Município de Guarujá.

§ 3º Uma vez promovido, pelo proprietário, o adequado aproveitamento do imóvel na conformidade doque dispõe esta lei, caberá à Prefeitura do Município de Guarujá efetuar o cancelamento da averbação

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tratada no § 2º deste artigo.

Os proprietários notificados deverão, no prazo máximo de 1 (um) ano, a partir do recebimentoda notificação, comunicar à Prefeitura do Município de Guarujá uma das seguintes providências:

I - início da utilização do imóvel;

II - protocolamento de um dos seguintes pedidos:

I - alvará de aprovação de projeto de parcelamento do solo;

II - alvará de aprovação e execução de edificação.

§ 1º Quando a área não possuir cadastro urbano, o proprietário deverá solicitá-lo junto à Prefeitura.

§ 2º As obras de parcelamento ou edificação deverão iniciar-se no prazo máximo de 2 (dois) ano, apartir da expedição do alvará de aprovação do projeto de parcelamento do solo ou alvará de aprovaçãoe execução de edificação, exigindo-se no ato o cronograma de execução das obras e o termo decompromisso de cumprimento das etapas previstas no cronograma.

§ 3º O proprietário terá o prazo de até 5 (cinco) anos, a partir do início de obras previsto, paracomunicar a conclusão do parcelamento do solo, ou da edificação do imóvel.

§ 4º O prazo para conclusão das obras poderá sofrer apenas uma dilação de até 180 dias corridos,caso tenha havido motivo justificado e comprovado para o atraso, desde que seja aceito pela PrefeituraMunicipal.

§ 5º Em empreendimentos de grande porte, em caráter excepcional, poderá ser prevista a conclusãoem etapas, assegurando-se que o projeto aprovado compreenda o empreendimento como um todo.

§ 6º A transmissão do imóvel, por ato inter vivos ou causa mortis, posterior à data da notificação,transfere as obrigações de parcelamento, edificação ou utilização, sem interrupção de quaisquerprazos.

Ficam estabelecidos, para aplicação de parcelamento, edificação ou utilização compulsórios,os seguintes perímetros:

I - Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS - 2A e ZEIS 2B, delimitadas pela legislação em vigor.

II - Imóveis situados na Macrozona Urbana e nos Setores de Desenvolvimento Compatível da MacroZona de Proteção Ambiental, com condições de acesso e infraestrutura lindeiros que justifiquem autilização urbana.

Parágrafo Único - Ficam excluídos da obrigação de parcelamento, edificação ou utilização compulsóriaos imóveis:

I - utilizados para a instalação de atividades econômicas que não necessitem de edificações paraexercer suas finalidades;

II - que exerçam função ambiental essencial, tecnicamente comprovada pelo órgão municipalcompetente;

III - de interesse do patrimônio histórico cultural ou ambiental.

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Art. 190

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CAPÍTULO IIDO IPTU PROGRESSIVO NO TEMPO

Em caso de descumprimento das condições e dos prazos estabelecidos na notificação deparcelamento, edificação ou utilização compulsórios, o Município aplicará alíquotas progressivas doImposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU, majoradas anualmente, pelo prazo de5 (cinco) anos consecutivos até que o proprietário cumpra com a obrigação de parcelar, edificar ouutilizar, conforme o caso.

§ 1º Lei específica baseada no parágrafo 1º do artigo 7º do Estatuto da Cidade e neste artigoestabelecerá a gradação anual das alíquotas progressivas e a aplicação deste instituto, não excedendoduas vezes o valor referente ao ano anterior, respeitada a alíquota máxima de 15% (quinze por cento).

§ 2º Caso a obrigação de parcelar, edificar e utilizar não esteja atendida no prazo de 5 (cinco) anos, oMunicípio manterá a cobrança pela alíquota máxima, até que se cumpra a referida obrigação.

§ 3º É vedada a concessão de isenções ou de anistias relativas à tributação progressiva de que trataeste artigo.

CAPÍTULO IIIDA DESAPROPRIAÇÃO COM PAGAMENTO EM TÍTULOS

Decorridos os 5 (cinco) anos de cobrança do IPTU Progressivo prevista no capítulo anterior,sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, oMunicípio poderá proceder a desapropriação do imóvel com pagamento em títulos da dívida pública,nos termos da Lei Federal 10.257/2001.

CAPÍTULO IVDO ABANDONO

O imóvel urbano que o proprietário abandonar, com intenção de não mais o conservar em seupatrimônio, e que não se encontrar na posse de outrem, poderá ser arrecadado como bem vago epassar, 3 (três) anos depois, para a propriedade do Município.

Parágrafo Único - Presumir-se-á de modo absoluto a intenção a que se refere este artigo quando,cessados os atos da posse, deixar o proprietário de satisfazer os ônus fiscais.

No caso de qualquer imóvel se encontrar na situação descrita no artigo anterior, o PoderPúblico Municipal deverá instaurar processo administrativo para arrecadação do imóvel como bemvago em conformidade com a legislação vigente.

CAPÍTULO VDO USUCAPIÃO ESPECIAL DE IMÓVEL URBANO

Poderá haver outorga de título de domínio para usucapião de imóvel urbano em conformidadecom o disposto no Estatuto da Cidade.

Art. 191

Art. 192

Art. 193

Art. 194

Art. 195

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CAPÍTULO VIDO DIREITO DE SUPERFÍCIE

O Direito de Superfície poderá ser exercido em todo o território municipal, nos termos dalegislação federal pertinente.

O Poder Público poderá conceder onerosamente o Direito de Superfície do solo, subsolo ouespaço aéreo nas áreas públicas integrantes do seu patrimônio, para exploração por parte dasconcessionárias de serviços públicos.

O Município poderá receber em concessão, diretamente ou por meio de seus órgãos,empresas ou autarquias, o direito de superfície, nos termos da legislação em vigor, para viabilizar aimplementação de diretrizes constantes desta Lei Complementar, inclusive mediante a utilização doespaço aéreo e subterrâneo.

Este instrumento poderá ser utilizado para realização de consórcios imobiliários, operaçõesurbanas consorciadas e na implantação de redes de equipamentos de infra-estrutura urbana instaladosno solo, subsolo ou espaço aéreo de logradouros e bens públicos.

CAPÍTULO VIIDO DIREITO DE PREEMPÇÃO

O direito de preempção confere ao Poder Público Municipal preferência para aquisição deimóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares, em conformidade com o disposto noEstatuto da Cidade.

O direito de preempção poderá incidir nas áreas nas quais está prevista a implementação dosProjetos Estratégicos, assim como na Macrozona Urbana e nas áreas de Desenvolvimento Compatívelda Macrozona de Preservação Ambiental limítrofes com a Macrozona Urbana, a partir da promulgaçãode lei específica, com prazo de vigência não superior a 5 (cinco) anos, renovável após o decurso doprazo inicial de vigência.

O Poder Executivo Municipal deverá notificar os proprietários dos imóveis sobre os quaisincidirá o direito de preempção, no prazo disposto, a partir da vigência da lei municipal específicareferida no artigo anterior.

Lei estabelecerá os mecanismos para compra e venda de imóveis em áreas em que incida odireito de preempção.

CAPÍTULO VIIIDA OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR

O Executivo Municipal poderá exercer a faculdade de outorgar onerosamente o exercício dodireito de construir acima do coeficiente de aproveitamento básico adotado, mediante contrapartidafinanceira a ser prestada pelo beneficiário, conforme disposições dos artigos 28 a 31 do Estatuto daCidade, e de acordo com os critérios e procedimentos definidos em lei.

As áreas passíveis de Outorga Onerosa situam-se na Macrozona Urbana e nas áreas definidaspara as Operações Urbanas Consorciadas, com base nos índices da Tabela de Zoneamento de Uso eOcupação do Solo, mediante análise e aprovação do Conselho Municipal do Desenvolvimento Urbano

Art. 196

Art. 197

Art. 198

Art. 199

Art. 200

Art. 201

Art. 202

Art. 203

Art. 204

Art. 205

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e Habitacional - CMDUH.

A concessão da Outorga Onerosa do Direito de Construir poderá ser negada pelo ConselhoMunicipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH caso se verifique a possibilidade deimpacto não suportável pela infra-estrutura ou o risco de comprometimento da paisagem urbana.

Lei específica estabelecerá as condições a serem observadas para a outorga onerosa dodireito de construir determinando:

I - o cálculo da área construída computável máxima que pode ser adicionada a um imóvel por outorgaonerosa;

II - o cálculo para a cobrança da contrapartida financeira, bem como os meios para a sua efetivação;

III - os casos passíveis de isenção do pagamento da contrapartida financeira;

IV - as formas de pagamento da contrapartida financeira;

V - o prazo para sua utilização.

CAPÍTULO IXDA TRANSFERÊNCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR

O direito de construir poderá ser transferido de setores da Macrozona de Proteção Ambientalpara os setores de Desenvolvimento Compatível e setores da Macrozona Urbana.

A transferência de potencial construtivo para outras áreas situadas na Macrozona Urbana,como mecanismo de compensação de glebas ou lotes em loteamentos aprovados e averbados emáreas situadas nos setores de Preservação Ambiental, de Ocupação Dirigida, de DesenvolvimentoCompatível e de Recuperação Ambiental e não ocupados, obedecerá aos seguintes critérios:

§ 1º A regulamentação da transferência do potencial construtivo será definida em lei municipal eaprovada pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH.

§ 2º A transferência do potencial construtivo deverá ser averbada à matrícula do lote, passando omesmo, a figurar como reserva particular do patrimônio natural - RPPN.

§ 3º As reservas particulares do patrimônio natural - RPPN criadas a partir da venda de potencialconstrutivo não poderão figurar como compensação ambiental de novos empreendimentos.

§ 4º As áreas onde será permitida a aplicação do potencial construtivo transferido nos termos previstosneste artigo, serão os imóveis localizados na Macrozona Urbana e nos Setores de DesenvolvimentoCompatível da Macrozona de Preservação Ambiental.

§ 5º Caso incida Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU, na área quetransmitiu potencial construtivo, será permitida a redução do imposto a partir da reavaliação do valorvenal, em conformidade com o Código Tributário Municipal.

CAPÍTULO XDAS OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS

Art. 206

Art. 207

Art. 208

Art. 209

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Operação Urbana Consorciada é o conjunto de intervenções e medidas coordenadas peloPoder Público Municipal, com a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes einvestidores privados, com o objetivo de alcançar em uma área, transformações urbanísticasestruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental.

As operações urbanas consorciadas têm como finalidades:

I - implantar equipamentos estratégicos para o desenvolvimento urbano;

II - otimizar áreas envolvidas em intervenções urbanísticas de porte e reciclagem de áreasconsideradas subtilizadas;

III - implantar programas de Habitação de Interesse Social - HIS;

IV - ampliar e melhorar a rede estrutural de transporte público coletivo;

V - implantar espaços públicos;

VI - valorizar e criar bens do patrimônio ambiental, histórico, arquitetônico, cultural e paisagístico;

VII - melhorar e ampliar a infra-estrutura e a rede viária estrutural;

VIII - dinamizar atividades econômicas.

Cada Operação Urbana Consorciada será criada por lei específica que, de acordo com asdisposições dos artigos 32 a 34 do Estatuto da Cidade, conterá, no mínimo:

I - delimitação do perímetro da área de abrangência;

II - finalidades da operação;

III - programa básico de ocupação da área e intervenções previstas;

IV - Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança - EIV;

V - programa de atendimento econômico e social para a população diretamente afetada pela operação;

VI - solução habitacional dentro de seu perímetro ou vizinhança próxima, no caso da necessidade deremover os moradores de favelas e cortiços;

VII - garantia de preservação dos imóveis e espaços urbanos de especial valor cultural e ambiental,protegidos por tombamento ou lei;

VIII - contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores privados emfunção dos benefícios recebidos;

IX - forma de controle e monitoramento da operação, obrigatoriamente compartilhado comrepresentação da sociedade civil;

X - conta ou fundo específico que deverá receber os recursos de contrapartidas financeirasdecorrentes dos benefícios urbanísticos concedidos.

Todas as Operações Urbanas Consorciadas deverão ser previamente aprovadas peloConselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH.

Art. 210

Art. 211

Art. 212

Art. 213

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Os recursos obtidos como contrapartida pelo Poder Público em operações urbanasconsorciadas serão aplicados exclusivamente no programa de intervenções, definido na lei de criaçãoda Operação Urbana Consorciada.

Poderão ser previstas nas Operações Urbanas Consorciadas, entre outras medidas:

I - a modificação de índices e características de parcelamento, uso e ocupação do solo e subsolo, bemcomo alterações das normas edilícias, considerado o impacto ambiental delas decorrente;

II - a regularização de construções, reformas ou ampliações executadas em desacordo com alegislação vigente.

Serão permitidas as operações urbanas em áreas isoladas, desde que exista umacompensação social, aplicada diretamente através do aporte de recursos ao Fundo Municipal deDesenvolvimento Urbano e Habitacional.

Parágrafo Único - O valor do aporte de recursos será definido pelo Conselho Municipal deDesenvolvimento Urbano e Habitacional, para cada proposta de operação urbana apresentada,levando-se em consideração, no mínimo, um décimo da valorização a ser obtida em cadaempreendimento.

Para os projetos de operações urbanas isoladas, será obrigatório o estudo de impacto devizinhança não sendo incluídos no aporte de recursos as possíveis intervenções urbanas necessáriaspara a viabilização de cada empreendimento.

As operações urbanas isoladas poderão acontecer de duas formas distintas:

I - Em áreas de média densidade: para terrenos com área maior ou igual a três mil metros quadrados,será possível o aumento do potencial construtivo, para até três vezes a área do terreno, sendoconsiderado como aumento do potencial a diferença entre duas e meia vezes e a área proposta,limitada a três vezes, incluída neste cálculo toda e qualquer área construída.

II - Em áreas de alta densidade:

a) será permitido o acréscimo de área, desde que restrito ao gabarito de onze metros de altura;b) para estes projetos, será possível esgotar o potencial de construção definido para a alta densidade,na torre dos andares tipo, ficando a parte inferior do edifício, como possível área para acréscimo depotencial construtivo;c) para esta parte inferior do projeto, não será permitida a construção de unidades habitacionais, sendopermitido atividades de uso múltiplo, garagens e atividades para outros usos que não habitacional;d) para o caso de outros usos, como comércio ou serviços, por exemplo, deverão ser observadas,especialmente, as normas gerais de zoneamento deste plano.

Parágrafo Único - Para todos os casos será obrigatório o respeito às regras gerais constantes do PlanoDiretor e do Código de Obras do Município de Guarujá.

CAPÍTULO XIDO CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO

Considera-se Consórcio Imobiliário a forma de viabilização de planos de urbanização ouedificação, por meio do qual o proprietário transfere ao Poder Público Municipal o seu imóvel e, após arealização das obras, recebe como pagamento, unidades imobiliárias devidamente urbanizadas ouedificadas.

Art. 214

Art. 215

Art. 216

Art. 217

Art. 218

Art. 219

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O Poder Público Municipal poderá aplicar o instrumento do Consórcio Imobiliário além dassituações previstas no artigo 46 do Estatuto da Cidade, para viabilizar empreendimentos de Habitaçãode Interesse Social - HIS, na Zona de Reestruturação Urbana, na Zona de Recuperação Urbana e nasZonas de Especial Interesse Social - ZEIS.

Parágrafo Único - O Executivo Municipal poderá promover o aproveitamento do imóvel que receber portransferência nos termos deste artigo, direta ou indiretamente, mediante concessão urbanística ououtra forma de contratação.

O valor das unidades imobiliárias a serem entregues ao proprietário será correspondente aovalor do imóvel antes da execução das obras, observado o disposto no parágrafo 2º do artigo 8º doEstatuto da Cidade.

O Consórcio Imobiliário aplica-se tanto aos imóveis sujeitos à obrigação legal de parcelar,edificar ou utilizar nos termos desta Lei, quanto àqueles por ela não abrangidos, mas necessários àrealização de intervenções urbanísticas previstas nesta Lei Complementar.

Os consórcios imobiliários deverão ser formalizados por termo de responsabilidade eparticipação pactuado entre o proprietário urbano e a Municipalidade, visando à garantia da execuçãodas obras do empreendimento, bem como das obras de uso público.

O consórcio imobiliário deverá ser efetuado em conformidade com a Lei Federal 8.666/1993.

CAPÍTULO XIIDO ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Os empreendimentos que causarem grande impacto urbanístico e ambiental, adicionalmenteao cumprimento dos demais dispositivos previstos na legislação urbanística, terão sua aprovaçãocondicionada à elaboração e aprovação de Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV e do Relatório deImpacto de Vizinhança - RIV, a ser apreciado pelos órgãos competentes da Administração Municipalpara obtenção das licenças ou autorizações de construção, ampliação ou funcionamento.

Parágrafo Único - Casos não previstos na legislação poderão ser submetidos a esta obrigatoriedadepor determinação do Executivo Municipal.

O Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV será realizado pelo empreendedor de atividadeshabitacionais, de serviços, comerciais, industriais, portuárias, retroportuárias, de transporte ouinfraestrutura, sempre que obrigatório por esta Lei Complementar, sendo analisado e aprovado pelaSecretaria Municipal do Meio Ambiente ou órgão técnico que venha a sucedê-la.

Parágrafo Único - O relatório será um documento técnico oficial, com responsabilidade técnicacomprovada pelos respectivos Conselhos Profissionais, por meio de recolhimento de Anotação ouRegistro de Responsabilidade Técnica.

O Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV deverá contemplar os aspectos positivos e negativosdo empreendimento sobre a qualidade de vida da população residente ou usuária da área em questãoe seu entorno, devendo incluir, no que couber, a análise e a proposição de solução para as seguintesquestões:

I - adensamento populacional resultante;

II - uso e ocupação do solo permitido pela legislação e previsto no projeto;

Art. 220

Art. 221

Art. 222

Art. 223

Art. 224

Art. 225

Art. 226

Art. 227

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III - valorização e desvalorização imobiliária;

IV - impactos na paisagem urbana e no patrimônio natural e cultural;

V - capacidade da infraestrutura urbana, incluindo abastecimento de água e de energia elétrica, bemcomo geração e destinação de resíduos sólidos, líquidos e efluentes;

VI - equipamentos comunitários, como os de saúde e educação;

VII - sistema de circulação e transportes, incluindo, entre outros, tráfego gerado, acessibilidade,estacionamento, carga e descarga, embarque e desembarque;

VIII - poluição sonora, atmosférica e hídrica;

IX - vibração;

X - periculosidade;

XI - geração de resíduos sólidos;

XII - riscos ambientais;

XIII - impacto socioeconômico na população residente ou atuante no entorno.

O Executivo Municipal, para eliminar ou minimizar impactos negativos a serem gerados peloempreendimento, deverá solicitar como condição para aprovação do projeto alterações ecomplementações no mesmo, bem como a execução de melhorias na infra-estrutura urbana e deequipamentos comunitários, tais como:

I - ampliação das redes de infra-estrutura urbana;

II - área de terreno ou área edificada para instalação de equipamentos comunitários em percentualcompatível com o necessário para o atendimento da demanda a ser gerada pelo empreendimento;

III - ampliação e adequação do sistema viário, faixas de desaceleração, ponto de ônibus, faixa depedestres, semaforização;

IV - proteção acústica, uso de filtros e outros procedimentos que minimizem incômodos da atividade;

V - manutenção de imóveis, fachadas ou outros elementos arquitetônicos ou naturais considerados deinteresse paisagístico, histórico, artístico ou cultural, bem como recuperação ambiental da área;

VI - cotas de emprego e cursos de capacitação profissional, entre outros;

VII - percentual de habitação de interesse social no empreendimento;

VIII - possibilidade de construção de equipamentos sociais em outras áreas da cidade;

IX - manutenção de áreas verdes.

§ 1º As exigências previstas nos incisos anteriores deverão ser proporcionais ao porte e ao impacto doempreendimento.

§ 2º A aprovação do empreendimento ficará condicionada à assinatura de Termo de Compromisso pelo

Art. 228

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interessado, em que este se compromete a arcar integralmente com as despesas decorrentes dasobras e serviços necessários à minimização dos impactos decorrentes da implantação doempreendimento e demais exigências apontadas pelo Poder Executivo Municipal, antes da finalizaçãodo empreendimento.

§ 3º O Certificado de Conclusão da Obra ou o Alvará de Funcionamento só serão emitidos mediantecomprovação da conclusão das obras previstas no parágrafo anterior.

A elaboração do Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV não substitui o licenciamentoambiental requerido nos termos da legislação ambiental.

Dar-se-á publicidade aos documentos integrantes do Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV eRelatório de Impacto de Vizinhança - RIV, que ficarão disponíveis para consulta, no órgão municipalcompetente, por qualquer interessado.

§ 1º Serão fornecidas cópias do Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV e Relatório de Impacto deVizinhança - RIV, quando solicitadas pelos moradores da área afetada ou suas associações.

§ 2º O órgão público responsável pelo exame do Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV e Relatório deImpacto de Vizinhança - RIV deverá realizar audiência pública, antes da decisão sobre o projeto,sempre que sugerida, na forma da lei, pelos moradores da área afetada ou suas associações.

TÍTULO XDA GESTÃO DA POLÍTICA URBANA

CAPÍTULO IDO SISTEMA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO

Fica criado o Sistema Municipal de Planejamento e Gestão - SMPG, instituindo estruturas eprocessos democráticos e participativos, que visam ao desenvolvimento contínuo, dinâmico e flexíveldo planejamento e gestão da política urbana.

São objetivos do Sistema Municipal de Planejamento e Gestão:

I - criar canais de participação da sociedade na gestão municipal da política urbana;

II - garantir eficiência e eficácia à gestão, visando a melhoria da qualidade de vida;

III - instituir um processo permanente e sistematizado de detalhamento, atualização e revisão do PlanoDiretor.

O Sistema Municipal de Planejamento e Gestão deve atuar nos seguintes temas:

I - formulação das estratégias, das políticas e da atualização do Plano Diretor;

II - gerenciamento do Plano Diretor assim como a formulação e aprovação dos programas e projetospara a sua implementação;

III - monitoramento e controle dos instrumentos urbanísticos e dos programas e projetos aprovados.

O Sistema Municipal de Planejamento e Gestão é composto por:

I - Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão;

Art. 229

Art. 230

Art. 231

Art. 232

Art. 233

Art. 234

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II - Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH;

III - Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano - FMDU;

IV - Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social - FMHIS.

V - Sistema de Informações Municipais.

SEÇÃO IDA SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO

A Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão é o órgão do Poder Executivo Municipalencarregado de implantar, desenvolver e controlar o sistema municipal de planejamento e gestão.

SEÇÃO IIDO CONSELHO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO E H ABITACIONAL

O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH é órgão consultivoe deliberativo sobre a política urbana municipal, vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão,composto por representantes do Poder Público, da sociedade civil e dos movimentos sociais.

O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional será composto por 17(dezessete) membros titulares e respectivos suplentes, conforme segue:

I - 6 (seis) representantes do Poder Público Municipal, assim distribuídos, ou pelso órgãos que venhama substituí-los:

a) 1 (um) da Secretaria Municipal de Habitação;b) 1 (um) da Secretaria Municipal de Meio Ambiente;c) 1 (um) da Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão;d) 1 (um) da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Portuário;e) 1 (um) da Advocacia Geral do Município;f) 1 (um) da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras;

II - 11 (onze) representantes da sociedade civil, organizações não-governamentais, entidades técnicasou profissionais, assim distribuídos:

a) 1 (um) representante do setor imobiliário e construção civil;b) 1 (um) representante do setor de turismo;c) 1 (um) representante do setor portuário;d) 1 (um) representante do setor do comércio;e) 1 (um) representante do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia;f) 1 (um) representante da Ordem dos Advogados do Brasil;g) 1 (um) representante do Conselho de Arquitetura e Urbanismo;h) 2 (dois) representantes de associações de bairros;i) 1 (um) representante do movimento de moradia;j) 1 (um) representante do movimento ambientalista.

§ 1º Os representantes do Conselho terão mandato de 2 (dois) anos, podendo haver reeleição.

Art. 235

Art. 236

Art. 237

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§ 2º O presidente do Conselho fará parte do grupo do Poder Público Municipal, e será o representanteda Secretaria de Planejamento e Gestão.

§ 3º Os representantes do Poder Público serão indicados pelo Chefe do Executivo municipal.

§ 4º O Poder Público Municipal deverá possibilitar todas as condições para a participação dosrepresentantes da sociedade civil, inclusive por meio de ajuda de custo, nos casos em que se fizernecessário.

§ 5º O Poder Público Municipal nomeará, sempre que julgar necessário ou quando solicitado peloConselho, uma Comissão Técnica composta por membros do quadro técnico da Prefeitura Municipalou por especialistas contratados quando o assunto o exigir, para a elaboração de pareceres técnicos.

Compete ao Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH:

I - Fiscalizar, assessorar, estudar, propor e aprovar diretrizes para o desenvolvimento urbano eregional, com participação sociaLEIntegração das políticas fundiárias e planejamento territorial e dehabitação, saneamento ambiental, trânsito, transporte, mobilidade urbana e rural e políticas de caráterambiental;

II - acompanhar permanentemente a implementação e a revisão do Plano Diretor, analisando edeliberando sobre questões relativas à sua aplicação;

III - definir as questões relevantes para o desenvolvimento socioeconômico e preservação ambientalde todo o território de Guarujá, em especial aquelas com rebatimento urbano;

IV - deliberar, a partir de parecer técnico elaborado pela Comissão Técnica com esse fim, sobreproposta de alteração da Lei do Plano Diretor;

V - deliberar, a partir de parecer técnico elaborado pela Comissão Técnica com este fim, aregulamentação dos instrumentos urbanísticos previstos no Plano de Diretor;

VI - acompanhar e fiscalizar a aplicação dos instrumentos urbanísticos no Município;

VII - acompanhar e fiscalizar a execução de planos e projetos de interesse do desenvolvimento urbano,inclusive os planos setoriais;

VIII - deliberar sobre projetos de lei de interesse da política urbana, antes de seu encaminhamento àCâmara Municipal;

IX - definir a política municipal de habitação, integrando-a com as políticas estaduais e federaisrelativas ao desenvolvimento habitacional e urbano;

X - gerir através de Grupos Gestores os recursos do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano -FMDU e do Fundo Municipal de Habitação;

XI - aprovar a concessão de Outorga Onerosa do Direito de Construir e a aplicação da transferência dodireito de construir;

XII - aprovar e acompanhar a implementação das Operações Urbanas Consorciadas;

XIII - acompanhar e fiscalizar a implementação dos demais instrumentos urbanísticos;

XIV - aprovar a implantação de empreendimentos e obras,a partir de parecer técnico elaborado pelaComissão Técnica com este fim, quando exigido por lei;

Art. 238

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XV - zelar pela integração das políticas setoriais;

XVI - deliberar sobre as omissões e casos não perfeitamente definidos pela legislação urbanísticamunicipal;

XVII - convocar, organizar e coordenar as Conferências e Assembléias Territoriais;

XVIII - convocar Audiências Públicas;

XIX - elaborar e aprovar o Regimento Interno.

O Poder Executivo Municipal garantirá suporte técnico e operacional exclusivo ao ConselhoMunicipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH, necessário para seu plenofuncionamento.

O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH terá suasprincipais diretrizes fixadas durante a realização das Conferências da Cidade.

Os integrantes do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUHrepresentantes da sociedade civil, organizações não governamentais e entidades técnicas ouprofissionais serão eleitos em Audiência Pública, convocada na forma definida pelo Regimento, commandato de 2 (dois) anos.

O Regimento Interno do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional -CMDUH será aprovado definido em Audiência Pública e estabelecido por decreto do Poder Executivo.

SEÇÃO IIIDOS FUNDOS MUNICIPAIS DE DESENVOLVIMENTO HABITACION AL E URBANO E DEHABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL

Ficam criados o Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano - FMDU e o Fundo Municipal deHabitação de Interesse Social- FMHIS.

§ 1º O Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano será formado pelos seguintes recursos:

I - próprios do Município;

II - transferências intergovernamentais, do Estado e da União;

III - transferências de instituições privadas nacionais, com ou sem fim lucrativo;

IV - transferências do exterior de entidades privadas com ou sem fim lucrativo;

V - transferências de pessoas físicas;

VI - receitas provenientes da Concessão do Direito Real de Uso de áreas públicas, exceto nas zonasespeciais de interesse social - ZEIS;

VII - recursos provenientes das operações urbanas;

VIII - rendas provenientes da aplicação financeira dos seus recursos próprios;

Art. 239

Art. 240

Art. 241

Art. 242

Art. 243

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IX - receitas provenientes de doações;

X - outras receitas que lhe sejam destinadas por lei.

§ 2º O Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social será formado pelos seguintes recursos:

I - próprios do Município;

II - transferências intergovernamentais, do Estado e da União;

III - transferências de instituições privadas nacionais, com ou sem fim lucrativo;

IV - transferências do exterior de entidades privadas com ou sem fim lucrativo;

V - transferências de pessoas físicas;

VI - receitas provenientes de Outorga Onerosa do Direito de Construir;

VII - receitas provenientes da Concessão do Direito de Superfície;

VIII - recursos provenientes das operações urbanas;

IX - rendas provenientes da aplicação financeira dos seus recursos próprios;

X - receitas provenientes de doações;

XI - outras receitas que lhe sejam destinadas por lei.

Os recursos dos Fundos Municipais de Desenvolvimento Urbano e de DesenvolvimentoHabitacional serão controlados por Grupos Gestores compostos por membros do Conselho Municipalde Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH.

Os recursos do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano - FMDU e do Fundo Municipal deDesenvolvimento Habitacional - FMDH poderão ser empregados integrados a programas e parceriascom entidades públicas e privadas, nacionais ou internacionais.

A regulamentação do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano - FMDU e do FundoMunicipal de Desenvolvimento Habitacional - FMDH será uma prerrogativa do Conselho Municipal deDesenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH.

SEÇÃO IVDO SISTEMA DE INFORMAÇÕES MUNICIPAIS

O Sistema de Informações Municipais - SIM - tem como objetivo fornecer informações para oplanejamento, o monitoramento, a implementação e a avaliação da política urbana, subsidiando atomada de decisões ao longo do processo.

§ 1º O Sistema de Informações Municipais deverá conter e manter atualizados dados, informações eindicadores sociais, culturais, econômicos, financeiros, patrimoniais, administrativos, físico-territoriais,inclusive cartográficos, ambientais, imobiliários e outros de relevante interesse para o Município.

§ 2º Para a consecução dos objetivos do SIM, as Secretarias Municipais deverão compilar e manteratualizadas as informações referentes a suas áreas de atuação, enviando-as anualmente, ou sempre

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Art. 245

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Art. 247

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que solicitadas, à Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão.

§ 3º A Secretaria de Planejamento e Gestão será a unidade administrativa e executora deplanejamento e controle do SIM.

O Sistema de Informações Municipais deverá obedecer aos princípios:

I - da simplificação, economicidade, eficácia, clareza, precisão e segurança, evitando-se a duplicaçãode meios e instrumentos para fins idênticos;

II - democratização, publicização e disponibilização das informações, em especial as relativas aoprocesso de implementação, controle e avaliação do Plano Diretor.

CAPÍTULO IIDOS INSTRUMENTOS DE DEMOCRATIZAÇÃO DA GESTÃO

Fica assegurada a participação da população em todas as fases do processo de gestãodemocrática da política urbana, mediante as seguintes instâncias de participação:

I - Conferências Municipais de Política Urbana;

II - Assembléias Territoriais de Política Urbana;

III - Audiências públicas;

IV - Iniciativa popular de projetos de lei, de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;

V - Plebiscito e referendo popular;

VI - Conselho Municipais de Desenvolvimento Urbano e Habitacional,

Anualmente, o Executivo encaminhará ao Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano eHabitacional - CMDUH relatório de gestão do exercício, Plano Plurianual e Plano Local deDesenvolvimento Sustentável.

SEÇÃO IDA CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE POLÍTICA URBANA

As Conferências Municipais de Política Urbana ocorrerão ordinariamente a cada dois anos e,extraordinariamente, quando convocadas pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano eHabitacional - CMDUH.

Parágrafo Único - As conferências serão abertas à participação de todos os cidadãos.

A Conferência Municipal de Política Urbana deverá, dentre outras atribuições:

I - estabelecer as diretrizes da política urbana do Município;

II - propor ao Executivo adequações nas ações estratégicas destinadas a implementação dosobjetivos, diretrizes, planos, programas e projetos;

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Art. 250

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Art. 252

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III - deliberar sobre plano de trabalho para o biênio seguinte;

IV - sugerir propostas de alteração da Lei do Plano Diretor, a serem consideradas no momento de suamodificação ou revisão.

SEÇÃO IIDAS ASSEMBLÉIAS TERRITORIAIS DE POLÍTICA URBANA

As Assembléias Territoriais de Política Urbana ocorrerão, sempre que necessário, com oobjetivo de consultar a população das unidades territoriais de planejamento sobre as questões urbanasrelacionadas àquela territorialidade, de forma a ampliar o debate e dar suporte à tomada de decisõesdo Poder Executivo, do Poder Legislativo e dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Urbano eHabitacional - CMDUH e de Defesa do Meio Ambiente - CONDEMA.

SEÇÃO IIIDA GESTÃO ORÇAMENTÁRIA PARTICIPATIVA

A gestão orçamentária participativa incluirá a realização de debates, audiências e consultaspúblicas sobre as propostas do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e do orçamentoanual, como condição obrigatória para sua aprovação pela Câmara Municipal.

TÍTULO XIDAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

O Município de Guarujá deve manter atualizados os seguintes diplomas legais:

I - Regulamentação dos dispositivos do Estatuto da Cidade;

II - Lei regulamentando a implantação e a manutenção de arborização urbana e áreas verdes;

III - Lei complementar do Código de Obras;

IV - Lei complementar do Código de Posturas;

VI - Lei complementar das Zonas Especiais de Interesse Social;

VII - Lei complementar do Código Sanitário Municipal;

VIII - Lei Complementar do Plano de Mobilidade Urbana;

IX - Lei do Plano Diretor de Saneamento Ambiental;

X - Lei do Plano Diretor de Macrodrenagem;

XI - Lei de Resíduos Sólidos.

Fazem parte integrante desta Lei Complementar, os seguintes Anexos:

I - Anexo 1 - MAPAS

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Art. 254

Art. 255

Art. 256

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Mapa 1 - Macrozoneamento;Mapa 2 - Macrozoneamento e Setorização;Mapa 3 - Distritos, Regiões, Bairros e Comunidades Tradicionais;Mapa 4 - Zoneamento de Ocupação do Solo;Mapa 5 - Zoneamento de Uso do Solo;Mapa 6 - Mobilidade 1: rodovias, ferrovias e hidrovias;Mapa 7 - Mobilidade 2: ciclovias e vias de pedestres;Mapa 8 - Mobilidade 3: rodovias para transporte de cargas;Mapa 9 - Zonas Especiais de Interesse Social.

II - Anexo 2 - Parâmetros de Classificação dos Setores;

III - Anexo 3 - Zoneamento de Ocupação do Solo;

Anexo 3a - Zoneamento de Ocupação do Solo;Anexo 3b - Recuos mínimos das Edificações nos lotes;

IV - Anexo 4 - Zoneamento de Usos do Solo;

Anexo 4a - Classificação dos Usos;Anexo 4b - Usos Não Permitidos;Anexo 4c - Zoneamento de Usos na Macrozona Urbana.

V - Anexo 5 - Quadro de Hierarquia do Sistema Viário.

VI - Anexo 6 - Padrões de Dimensionamento do Sistema Viário.

VII - Anexo 7 - Padrões para urbanização de glebas.

Parágrafo Único - Todos os mapas relacionados neste artigo estão baseados no MapeamentoPlanialtimétrico Digital da Região Metropolitana da Baixada Santista - RMBS, Sistema CartográficoMetropolitano da Baixada Santista, SCM-BS.

Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas asdisposições em contrário, em especial a Lei Complementar nº 108, de 26 de janeiro de 2007, e o artigo41 da Lei nº 1.259, de 21 de dezembro de 1975.

Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação ficando revogadas asdisposições em contrário.

Prefeitura Municipal de Guarujá, em 20 de dezembro de 2013.

PREFEITA

Proc. nº 11369/70351/2005.Registrada no Livro Competente

Renata Disaró LacerdaPront. nº 11.130, que a digitei e assino

Download: Lei Complementar nº 156/2013 - Guarujá-SP(www.leismunicipais.com/SP/GUARUJA/VANEXO-LEI-COMPL EMENTAR-156-2013-GUARUJA-SP.zip)

Data de Publicação no Sistema LeisMunicipais: 17/12/2014

Art. 257

Art. 258

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