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Instituições Sociais O conceito de instituição social é amplamente utilizado pela Sociologia. Entende-se por instituição social o conjunto de regras e procedimentos padronizados, reconhecidos, sancionados e aceitos pela sociedade e que possui um enorme valor social. Nada mais são do que os modos de pensar, de agir e de sentir que o indivíduo encontra estabilidade. Desde que nascemos, começamos a aprender as regras e os procedimentos que devemos seguir na vida em sociedade. À medida que a criança cresce e passa a entender melhor o mundo em que vive, percebe que em todos os grupos de que participa existem certas regras importantes, certos padrões de comportamento que a sociedade considera fundamentais. Essas regras, instituídas pelos nossos antepassados, sofreram modificações ao longo do tempo. A sociedade exerce pressão sobre cada indivíduo para que todas elas sejam cumpridas. A Família faz parte do primeiro grupo social que pertencemos, é o tipo de grupo social que tem a composição em variados aspectos que se variam de acordo com o tempo e o espaço. Estas variações podem estar relacionadas quanto ao tipo de família e autoridade ou quanto à forma de casamento, por exemplo. Ela é o primeiro grupo a ser colocado como exemplo, porém são inúmeras as instituições sociais que podemos citar tais como o Estado, as instituições Educacionais, e Igreja e as instituições Econômicas. Grupo Social e Instituição Social Os grupos sociais são reuniões de indivíduos com objetivos comuns, em processo de interação. Enquanto as instituições sociais se referem às regras e procedimentos que se aplicam a diversos grupos. Interdependência entre as Instituições Nenhuma instituição existe isolada das outras. Há sempre uma relação de interdependência, no sentido de que qualquer alteração em determinada instituição pode acarretar mudanças

Instituições Sociais

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Instituições Sociais

O conceito de instituição social é amplamente utilizado pela Sociologia. Entende-se por instituição social o conjunto de regras e procedimentos padronizados, reconhecidos, sancionados e aceitos pela sociedade e que possui um enorme valor social. Nada mais são do que os modos de pensar, de agir e de sentir que o indivíduo encontra estabilidade.

Desde que nascemos, começamos a aprender as regras e os procedimentos que devemos seguir na vida em sociedade. À medida que a criança cresce e passa a entender melhor o mundo em que vive, percebe que em todos os grupos de que participa existem certas regras importantes, certos padrões de comportamento que a sociedade considera fundamentais. Essas regras, instituídas pelos nossos antepassados, sofreram modificações ao longo do tempo. A sociedade exerce pressão sobre cada indivíduo para que todas elas sejam cumpridas.

A Família faz parte do primeiro grupo social que pertencemos, é o tipo de grupo social que tem a composição em variados aspectos que se variam de acordo com o tempo e o espaço. Estas variações podem estar relacionadas quanto ao tipo de família e autoridade ou quanto à forma de casamento, por exemplo. Ela é o primeiro grupo a ser colocado como exemplo, porém são inúmeras as instituições sociais que podemos citar tais como o Estado, as instituições Educacionais, e Igreja e as instituições Econômicas.

Grupo Social e Instituição Social

Os grupos sociais são reuniões de indivíduos com objetivos comuns, em processo de interação. Enquanto as instituições sociais se referem às regras e procedimentos que se aplicam a diversos grupos.

Interdependência entre as Instituições

Nenhuma instituição existe isolada das outras. Há sempre uma relação de interdependência, no sentido de que qualquer alteração em determinada instituição pode acarretar mudanças maiores ou menores nas outras. Ex: a libertação dos escravos, a mulher no trabalho fora de casa, a Internet, a questão salarial, etc.

Principais tipos de Instituição: A Família

É aquele tipo de agrupamento social cuja estrutura varia em alguns aspectos no tempo e no espaço. Essa variação pode se referir ao número e à forma de casamento, ao tipo de família e aos papéis familiares.

Números de casamentos

Neste caso, a família pode ser monogâmica ou poligâmica.

A família monogâmica é aquela em cada marido e cada mulher tem apenas um cônjuge.

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A família poligâmica é aquela em que cada esposo pode ter dois ou mais cônjuges. Entre os esquimós e algumas tribos do Tibet ocorre a poliandria (casamento de uma mulher com dois ou mais homens). Já em certas tribos africanas, entre os mórmons e os muçulmanos, ocorre a poliginia (casamento de um homem com várias mulheres).

Tipos de famílias e suas funções

Entre várias possibilidades, vamos classificar a família em dois tipos básicos:

Conjugal ou nuclear – é o grupo que reúne marido, mulher e filhos;

Consanguíneas ou extensa – além do casal e seus filhos, reúne outros parentes, como avós, netos, genros, noras, primos e sobrinhos.

Entre as principais funções da família podem ser destacadas:

Sexual ou reprodutiva – satisfação dos impulsos sexuais dos cônjuges e a perpetuação da espécie humana;

Econômica – assegurar os meios de subsistência e bem-estar de seus membros;

Educacional – transmissão dos valores e padrões culturais da sociedade.

A instituição familiar no Brasil

Em primeiro lugar devemos destacar que as mudanças ocorridas nos últimos anos estão relacionadas com o tipo de vida característico da sociedade industrial. Outro ponto a considerar, agora do ponto de vista legal, é a aprovação da Lei do Divórcio em 1977. Tanto é que o objetivo do casamento deixa de ser apenas a constituição de um lar, com muitos filhos, de preferência, e passa a ser o estabelecimento de uma comunhão de vida entre os cônjuges.

Outra inovação é o fato da responsabilidade da família passar a caber igualmente aos dois integrantes do casal, com os mesmos direitos, e não mais apenas ao pai como “chefe da família”. Bem como, em caso de separação, a guarda dos filhos não cabe mais exclusivamente à mãe, mas ao cônjuge que estiver em melhores condições.

Com toda justiça, cabe destacar que todas essas mudanças apenas dão cunho legal às transformações que estão ocorrendo na sociedade brasileira, na qual a mulher vem assumindo um papel destacado na estrutura familiar.

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4.2 – A Igreja

Uma coisa é fato, todas as sociedades conheceram e conhecem alguma forma de religião. E enquanto a origem de todas as outras instituições pode ser encontrada nas necessidades físicas do homem, a religião não corresponde a nenhuma necessidade material específica. De certa forma, cada povo tem nas crenças religiosas um fator de estabilidade social e de obediência às normas sociais da sociedade. Por isso, dizemos que a religião sempre desempenhou uma função importante e indispensável.

Bom, geralmente, todas as religiões têm seu lugar de culto: igrejas, templos, mesquitas, sinagogas, etc. E assim como a família, a religião, ou as religiões também sofreram muitas mudanças.

As religiões ocidentais sofreram profundas mudanças com o desenvolvimento da economia industrial, sendo que o progresso da ciência e da arte deu ao homem uma nova visão de si mesmo e da vida em geral. De certa forma, a partir desta nova situação, as várias religiões no mundo têm procurado conciliar suas doutrinas com o conhecimento científico.

Outra tendência é dar mais ênfase aos valores sociais do que aos dogmas religiosos. Prova disso é o surgimento, na Igreja Católica, da doutrina da Teologia da Libertação.

Percebe-se também um crescimento exagerado das mais diferentes seitas religiosas. Tal crescimento, possivelmente deve-se a fatores como: instabilidade social, dificuldades econômicas, crescimento demográfico, miséria e insegurança. Tais incertezas acentuam as crises existenciais dos seres humanos, que se voltam para a religião, na tentativa de encontrar uma saída para seu desamparo e sua angústia.

Devido à situação do mundo atual citada acima, percebe-se também diversas formas de renovação religiosa no cristianismo, no islamismo e no judaísmo nas últimas duas décadas.

Enfim, é inegável que a Religião continua sendo uma das principais instituições a influir no comportamento humano. Porém, ela não constitui condição imprescindível da ordem social.

4.3 – O Estado

Todos os recursos recolhidos pelo Estado, teoricamente deveriam ser investidos em investimentos de infraestrutura e preste os serviços sociais básicos à população, além, claro, manter a máquina administrativa do Estado.

Para retirar estes recursos da população, o Estado se baseia numa qualidade que é a essência dele mesmo: seu poder de coerção. Esse poder autoriza o Estado e recorrer a várias formas de pressão para fazer valer seu direito de cobrar impostos.

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Direito e poder do Estado

Em qualquer sociedade, apenas o Estado tem o direito de recorrer à coação para obrigar os indivíduos a cumprir suas leis.

É inegável que o Estado é o mais importante agente de controle social de uma sociedade. Ele exerce essas funções por meio de leis e, em última instância, pelo uso da força e da violência legítima, desde que baseado na lei.

Nas democracias representativas, como já sabemos, o poder do Estado se distribui pelos poderes Executivo (governo, administração pública, forças armadas), Legislativo (Congresso Nacional, Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores) e Judiciário (órgãos da Justiça).

Estado, nação e governo.

NAÇÃO é um conjunto de pessoas ligadas entre si por vínculos permanentes de idioma, religião, tradições, costumes e valores; é anterior ao Estado, podendo até existir sem ele (Ex: Ciganos, Palestinos e os Judeus antes da criação do Estado de Israel). Já um ESTADO pode compreender várias nações, como é o caso do Reino Unido ou Grã-Bretanha, formada pela Escócia, Irlanda do Norte, País de Gales e Inglaterra. Logo o Estado é uma nação com um conjunto de instituições políticas, entre as quais um GOVERNO que é um componente transitório do Estado que é permanente.

4.4 - Escola

Em um país onde o analfabetismo ainda assusta o processo seletivo para a universidade é excludente, falar das instituições educacionais e da própria escola é muito sério.

A Escola pode ser vista como um grupo social ou como instituição. Ou seja, por um lado ela é uma reunião de indivíduos com objetivos comuns e em contínua interação. Mas é também uma estrutura mais ou menos permanente que reúne normas e procedimentos padronizados, altamente valorizados pela sociedade, cujo objetivo principal é a socialização do indivíduo e a transmissão de determinados aspectos da cultura e do conhecimento.

Objetivos da Educação

É por meio da educação que os povos transmitem às gerações mais jovens sua herança cultural, seus conhecimentos, seu modo de vida e suas regras e valores. Ao passar por ela, os indivíduos adquirem as informações e condições necessárias para uma vida ativa (inclusive econômica) em sociedade e são preparados para conviver com os outros de acordo com as normas dos grupos sociais a que pertencem.

A Escola e as novas tecnologias

Um ponto que merece muita atenção e reflexão é o uso de novas tecnologias na educação. A Internet e os diversos meios de comunicação vieram para provocar mudanças na educação. Ao mesmo tempo em que traz inúmeras vantagens, e isto é indiscutível, traz o problema da socialização, da falta de contato físico e a pesquisa direto nas fontes. Ou seja, a educação não poderá em hipótese alguma se reduzir a estes novos equipamentos. É preciso reforçar a socialização dos alunos, procurando preservar as relações humanas e evitar o individualismo.