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INSTITUTO BRASILEIRO DE TERAPIA INTENSIVA LUIZA MARIA PAES DE MIRANDA LESÕES DE PELE COMO ELEMENTO FACILITADOR PARA INFECÇÕES HOSPITALARES EM RECÉM NASCIDOS EM UNIDADE DE TRATAMENTO INTENSIVO NEONATAL

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INSTITUTO BRASILEIRO DE TERAPIA INTENSIVA

LUIZA MARIA PAES DE MIRANDA

LESÕES DE PELE COMO ELEMENTO FACILITADOR PARA INFECÇÕES HOSPITALARES EM RECÉM NASCIDOS EM UNIDADE DE TRATAMENTO

INTENSIVO NEONATAL

RIO DE JANEIRO2011

LUIZA MARIA PAES DE MIRANDA

LESÕES DE PELE COMO ELEMENTO FACILITADOR PARA INFECÇÕES HOSPITALARES EM RECÉM NASCIDOS EM UNIDADE DE TRATAMENTO

INTENSIVO NEONATAL

Dissertação apresentada à Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva – SOBRATI, como requisito para conclusão do Mestrado Profissionalizante.

Orientador: Prof º Dr. Douglas Ferrari CarneiroInstituto Brasileiro de Terapia Intensiva- IBRATI

RIO DE JANEIRO2011

LUIZA MARIA PAES DE MIRANDA

LESÕES DE PELE COMO ELEMENTO FACILITADOR PARA INFECÇÕES HOSPITALARES EM RECÉM NASCIDOS EM UNIDADE DE TRATAMENTO

INTENSIVO NEONATAL

Data de Aprovação:____/____/____

BANCA EXAMINADORA

Douglas Ferrari Carneiro Doutor em Terapia Intensiva

Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva Médico Intensivista

Rodrigo Martins Tadine Fisioterapeuta Intensivista Mestre em Terapia Intensiva

Coordenador da Especialização em Fisioterapia

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a Deus e minha Mãe por esta sempre presente em minha vida.

AGRADECIMENTOS

Aos familiares por terem suportado os momentos de ausência para a conclusão deste

trabalho.

A Deus por ter nos colocado frente a frente com esse desafio o por ter nos dado a

maior de todas as armas que foi a fé , a esperança e o amor.

A amiga Dolores Fernandes por ter nos ajudado em tantos momentos de dificuldades .

Ao professor Doutor Douglas Ferrari Carneiro por ter sido mola propulsora deste

trabalho.

A toda equipe do Hospital Ferreira Machado pela ajuda e participação na realização

deste trabalho, acolhendo-nos e fornecendo tudo que foi necessário para pesquisa .

LISTA DE ABREVIATURAS

1) H.I- INFECÇÃO HOSPITALAR

2) C.D.C- CENTER FOR DISEASE CONTROL

3) UTIN- UNIDADE DE TRATAMENTO INTENSIVO NEONATAL

4) H.F.M- HOSPITAL FERREIRA MACHADO

5) ET AL- E OUTROS

EPÍGRAFE

“ Não podemos fazer muito sobre a extensão de nossa vida ,mas podemos fazer muito

sobre a largura e a profundidade dela”

Evan Esar

RESUMO

Esta pesquisa consiste em uma revisão da literatura sobre a importância das

lesões de pele no favorecimento de infecção hospitalar em recém nascidos internados em

unidades de terapia intensiva neonatal. A pesquisa revelou que lesões de pele podem

constituir fator de risco adicional para infecção. Os Neonatos prematuros são os mais

suscetíveis a tais lesões devido às suas características de menor imunidade. A prevenção de

lesões de pele deve ser uma prioridade nos cuidados da equipe de enfermagem para com

esses pacientes em particular a fim de evitar desfechos adversos. O procedimento mais

simples e efetivo para evitar infecção hospitalar seria a lavagem das mãos dos profissionais

que lidam com este tipo de cliente.

Palavras-chave: Lesões ; pele ; recém nascido .

ABSTRACT

The incidence of infection in newborns hospitalized in neonatal intensive care

units is still a matter of major concern. Neonatal cutaneous infections with opportunistic

fungal pathogens have been reported with increasing frequency as advances in medical

technology have improved the survival rate in very low birth weight neonates. Those

infections range from generally benign conditions to potentially fatal ones. Studies in this area

are of relevant importance since the actual rates of these infections show high impact on

morbidity and mortally, the length of hospital stay and hospital cost. The present work

consists of a review in literature of the influence of skin lesion in the onset of hospital

infection and/or sepsis in newborns being cared for in neonatal intensive care units. The study

showed that skin lesion may be an additional risk factor for nosocomial infection and/or

sepsis. The destruction of barrier functions of the skin represents an open door for infection.

Premature neonatal babies are the most susceptible due to their immature immune system.

The prevention of skin lesions must be a priority for the bedside caregiver when in contact

with this specific group of patients in order to avoid adverse outcomes. A good technique of

hand washing is recommended as being the most simple and effective procedure in

preventing.

Key Words: Lesions; skin ; neonatal

SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO.......................................................................................11

2- OBJETIVOS.............................................................................................11

2.1- GERAL..................................................................................................11

2.2- ESPECIFICOS.......................................................................................11

3- JUSTIFICATIVA.....................................................................................12

4- REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................13

5-METODOLOGIA......................................................................................24

6-RESULTADOS/DISCUSSÕES ................................................................24

7-CONCLUSÕES......................................................................................... 28

8-REFERÊNCIAS.........................................................................................30

1- INTRODUÇÃO

A infecção hospitalar (IH) e/ou sepse nosocomial existe em todo o mundo,

constituindo uma das principais causas de morbidade e mortalidade nos doentes internados e

um peso significativo tanto para esses pacientes como para a rede de saúde pública.

O Center for Disease Control (CDC) divulgou que taxas de infecção nosocomial em

hospitais nos EUA aumentaram em 37% no período entre 1975 a 1995, a um custo de mais de

4,5 bilhões de dólares em cuidados com a saúde, com taxa de acometimento de 5% a 10% ou

5 a 10 infecções por 1.000 pacientes/dia (WENZEL & EDMOND, 2003).

Entre as prováveis causas de infecção hospitalar e/ou sepse em recém-nascidos

internados nas unidades de tratamento intensivo neonatal está a quebra de barreira natural

representada pelas lesões de pele, cuja incidência nas UTINs ainda é bastante alta,

decorrentes, em geral, do pouco conhecimento e/ou da falta de cuidados adequados com a

pele desses pacientes por parte da equipe de enfermagem.

Dentro deste contexto iremos realizar uma revisão da literatura nos últimos 10 anos,

referente a importância desse tipo de lesão no desencadeamento de sepse em recém nascido.

2- OBJETIVOS

GERAL

- Analisar definições e características associadas as lesões de pele que favorecem a

infecção hospitalar nos recém-nascidos internados em UTIP.

ESPECÍFICOS

- Identificar procedimentos mais efetivos no reconhecimento precoce dessas lesões .

- Mostrar a importância da prevenção das lesões através dos cuidadores.

3- JUSTIFICATIVA

Em recém-nascidos prematuros, já comprometidos no seu desenvolvimento, a quebra

da barreira epidérmica pode ser uma porta de entrada para organismos bacterianos,

provocando infecção e/ou sepse hospitalar. Portanto, a maioria da população neonatal está sob

risco para problemas da integridade da pele, e, em conseqüência, à infecção e/ou sepse

nosocomial a eles relacionadas (POLAK, 2004).

Pesquisas sobre infecção hospitalar e/ou sepse revestem-se de grande importância,

uma vez que determinam impacto importante na morbidade e mortalidade, no tempo de

permanência hospitalar e, conseqüentemente, nos custos da internação (GOLDMANN, 1989).

Nesta abordagem, o presente estudo pode vir a oferecer informações relevantes aos

profissionais de saúde responsáveis pelos cuidados com recém-nascidos em especial os

prematuros de muito baixo peso internados nas unidades de tratamento intensivo neonatal.

4- REFERENCIAL TEÓRICO

4.1 A pele do recém-nascido

Nos cuidados de recém-nascidos em unidades de terapia intensiva, torna-se um desafio

manter a integridade da pele, sendo de fundamental importância o extremo cuidado com esta

membrana, que representa, ao nascimento, cerca de treze por cento da superfície corporal,

tendo em vista que vários procedimentos realizados na pele levam a quebra desta barreira.

(HAHN,2001).

As práticas de cuidados com a pele realizadas diariamente nas UTIN incluem o banho,

a lubrificação com óleos emolientes, o uso de soluções cutâneas para anti-sepsia, fixação de

adesivos para o apoio à vida e para os aparelhos de monitorização, compressas adesivas

transparentes, e cuidados com a perda de água e com a perda de calor. Essas atividades podem

causar traumas à pele, interrompendo sua função de barreira. Dados epidemiológicos

registrados na literatura médica revelam que 80% dos recém-nascidos prematuros

desenvolvem alguma injúria na pele até o primeiro mês de vida. Aproximadamente 25% de

todos os prematuros de baixo peso terão ao menos um episódio de sepse até o terceiro dia de

vida, sendo a pele a principal porta de entrada para a infecção e/ou sepse. (HAHN,2001).

4.2 Manutenção da integridade da pele

Nos cuidados de recém-nascidos em unidades de terapia intensiva, torna-se um

desafio manter a integridade da pele, sendo de fundamental importância o extremo cuidado

com esta membrana, que representa, ao nascimento, cerca de treze por cento da superfície

corporal, tendo em vista que vários procedimentos realizados na pele levam a quebra desta

barreira.

Em seu trabalho, Short (2004) recomenda uma avaliação da pele, se possível, à luz

natural, a fim de verificar cor, integridade e presença de descolorações ou erupções. Nos

recém-nascidos de termo, a epiderme e os anexos cutâneos apresentam desenvolvimento

completo, não havendo diferença na absorção cutânea da criança ou do adulto. Já os

prematuros, principalmente os abaixo de 32 semanas, possuem pele imatura incapaz de

exercer seu papel de barreira, resultando em um aumento das perdas de água e calor, bem

como na absorção de toxinas do meio ambiente, comprometendo defesas antimicrobianas.

Além disso, dispositivos de apoio à vida, coleta de sangue e aplicação de substâncias tópicas

proporcionam injúrias à pele imatura, permitindo que parte significativa da morbidade e

mortalidade desses bebês possa ser atribuída a práticas inadequadas que provocam traumas ou

alterações na função normal da pele. (FIG.1)

FIGURA 1 Dispositivos de apoio à vida

FONTE: Hahn, 2001

A camada mais externa da pele consiste em um estrato córneo, camada bilamelar que

funciona como uma barreira epidérmica, composta por lipídios hidrofóbicos, ácidos graxos,

colesterol e ceramidas, firmemente aderidas entre si, que são cobertas por um envoltório

celular cornificado, rico em proteína e queratina. Entretanto, nos recém-nascidos prematuros,

a imaturidade estrutural da pele faz com que o extrato córneo e a epiderme apresentem uma

camada mais fina, com permeabilidade pouco desenvolvida, causando mais perda insensível

de água, aumento da demanda calórica, perda de calor, aumento do potencial de absorção de

toxinas, comprometendo assim sua função de defesa contra microorganismos.

A maturação da pele do RN prematuro demora mais a ocorrer, visto que o extrato

córneo se desenvolve mais lentamente após o nascimento e quanto menor for a idade

gestacional. (FIG. 2, FIG. 3)

FIGURA 2 Estrato córneo, formação e imaturidade da pele

FONTE: Hahn, 2001

FIGURA 3 Funções da pele do recém-nascido

FONTE: Hahn, 2001

Nas duas ilustrações seguintes (FIG. 4, FIG. 5), pode-se observar a diferença entre a

pele de um recém-nascido de termo e a de um prematuro. Note-se bem a fina pele do bebê

prematuro em comparação com a do bebê de termo e a facilidade com que se observa a

vascularização sob a pele do RN prematuro.

FIGURA 4 Pele de um recém-nascido prematuro

FONTE: Hahn, 2001

FIGURA 5 Pele de um recém-nascido de termo

FONTE: Hahn, 2001

Dados epidemiológicos registrados na literatura médica revelam que 80% dos recém-

nascidos prematuros desenvolvem alguma injúria na pele até o primeiro mês de vida.

Aproximadamente 25% de todos os prematuros de baixo peso terão ao menos um episódio de

sepse até o terceiro dia de vida, a pele é a principal porta de entrada para a infecção e/ou

sepse.

4.3 Prevenção e controle de infecção e/ou sepse neonatal

Uma avaliação cuidadosa da pele do recém-nascido patológico muitas vezes serve de

orientação no diagnóstico presuntivo de uma doença cutânea primária, uma doença sistêmica

ou de ambas. Durante o exame inicial, é muitas vezes difícil estabelecer um diagnóstico

dermatológico exato. O diagnóstico evolui, no entanto, através da análise descritiva da

morfologia (refere-se ao padrão das lesões), configuração (refere-se à área corporal) e

distribuição das lesões cutâneas. De acordo com esta pesquisadora, uma observação atenta

com iluminação e uma pequena lente de aumento identificam o tipo de lesão cutânea primária

ou secundária.

No recém-nascido saudável, existem muitas lesões cutâneas que são normais e

transitórias mas que requerem diagnóstico diferencial com as lesões permanentes, patológicas,

ou indicativas de condições subjacentes. Muitas das lesões cutâneas presentes nos neonatos

requerem pouca ou nenhuma terapia. ( MARGILETH,1999).

Um programa de prevenção e controle de infecções e/ou sepses nosocomiais exige,

necessariamente, a formação de uma equipe multiprofissional com a atribuição e a

responsabilidade de implantar um programa abrangente que inclua desde a adequação do

ambiente físico ao estabelecimento de normas de conduta, bem como aplicar técnicas de

vigilância epidemiológica e microbiológica. Dessa equipe ou comissão devem fazer parte

médicos e enfermeiras com treinamento nas técnicas de controle de IH e com experiência

infectológica. A atuação desses profissionais deve, de preferência, ser independente e

autônoma em relação à equipe da unidade-alvo, contando ainda com o suporte laboratorial e a

supervisão microbiológica .(NELSON, 1992)

Estudos têm demonstrado que 90% das infecções hospitalares adquiridas podem ser

prevenidas com boa técnica de lavagem de mãos, em colaboração com outras medidas de

assepsia. (TABLAN, 1991)

Por ora, a ação mais importante para esse fim é utilizar todos os recursos disponíveis

para a detecção precoce e precisa de uma infecção hospitalar e/ou sepse, lançando mão do

máximo rigor com mínima subjetividade na busca ativa desta condição.

4.4 Processo infeccioso: conceituações básicas

Inflamação

A inflamação é uma reação local do tecido vascularizado às agressões, e essa resposta

inclui a fagocitose do agente lesivo, a retenção do agente agressor pelas células especializadas

(hemócitos), além da neutralização dos estímulos lesivos pela hipertrofia da célula ou algumas

de suas organelas. Nas formas mais evoluídas da escala zoológica, o que caracteriza o

processo inflamatório é a reação dos vasos sanguíneos, levando ao acúmulo de fluido e

células sanguíneas. (ROBBINS et al., 1986)

Resposta inflamatória

A área de manifestação da resposta inflamatória é o tecido conjuntivo vascularizado,

incluindo plasma, células circulantes, vasos sanguíneos e os constituintes celulares e

extracelulares do tecido conjuntivo. (ROBBINS et al., 1986)

Infecção hospitalar

Segundo Peter e Cashore (1990), a infecção hospitalar é uma doença causada por um

vírus, bactéria, fungo ou parasita, não presente nem em incubação no momento da admissão

hospitalar, e que se desenvolve durante o período da internação. Outros dois conceitos

também importantes no que se refere ao recém-nascido em especial são a colonização e a

infecção, visto serem eventos intra hospitalares.

Infecção neonatal

O processo infeccioso poderá instalar-se no período pré, intra e pós-natal. Os

microrganismos responsáveis pela infecção neonatal têm variado com os anos, provavelmente

devido ao uso indiscriminado de antibióticos, levando à resistência de certos tipos de bactérias

aos antibióticos disponíveis. (BERKOW et al.,2002).

A Sepse neonatal

A sepse é uma das causas mais comuns de mortalidade neonatal, podendo ser

identificada sob duas manifestações clínicas: precoce, com início nas primeiras 72 horas de

vida e relacionada com fatores de riscos Perinatais, ou tardia, adquirida após 72 horas do

nascimento, em geral no próprio ambiente hospitalar. Em 85% dos casos, os sintomas da

sepse neonatal surgem dentro de 24 horas após o nascimento, e costuma ser adquirida

diretamente da mãe, via placenta ou através do canal do parto. No caso da sepse que se

desenvolve após uma semana, é quase sempre transmitida pelo ambiente e/ou

cuidadores(LUCEY,2005).

4.5 Os cuidados com a pele do recém nascido

Preparo da pele para venopunção

O preparo da pele para a venopunção é indicado para minimizar o risco de

bacteriemia e conseqüente sepse, e deve ser realizado nas seguintes situações: inserção de

cateter IV, punções venosa e arterial, punção de calcanhar, caterização de vasos umbilicais e

inserção de tubo torácico. Para isso, recomenda-se usar gaze ou algodão estéril umedecido

com clorexidina a 0,5%, com duas exposições e intervalo de dez segundos, ou uma

exposição de trinta segundos. Após o procedimento, pode-se retirar o excesso com gaze

estéril umedecida com água estéril, sendo contra-indicado o uso de iodopolvidona pelo risco

de hipotireidismo ( HAHN, 2001)

A preparação da pele com álcool a 70% para punção arterial é uma prática diária nos

serviços de terapia intensiva, para coleta de sangue para exames. No entanto, deve-se tomar

o cuidado de passar o algodão somente umedecido e não encharcado em álcool, para

evitar aplicação em excesso. Além disso, ao preparar a pele para punção com soluções

cutâneas, o ideal é removê-lo com água estéril, diminuindo assim os efeitos maléficos do uso

dessas substâncias. (FIG. 6 e 7)

FIGURA 6 Preparação da pele para punção

FONTE: HAHN, 2001

FIGURA 7 Soluções

FONTE: HAHN, 2001

Aplicação e remoção de adesivos

Em prematuros, é frequente observar o efeito traumático da remoção de adesivos, que

inclui abrasão da pele, eritemas e ulcerações. Estes, por sua vez, causam a redução da função

de barreira, o aumento da perda trans dérmica de água e da permeabilidade da pele. (FIG. 8)

FIGURA 8 Aplicação e remoção de adesivos.

FONTE: Hahn, 2001

Nas ilustrações a seguir (FIG. 9, FIG. 10), observam-se a duas fases de uma lesão

causada pela retirada de micropore usado para manter o Oxímetro em contato com a pele:

antes da terapêutica e após a cicatrização.

FIGURA 9 Lesão da pele antes do início da terapêutica.

FONTE: HAHN, 2001

FIGURA 10 Lesão da pele após a cicatrização.

FONTE: HAHN, 2001

A seguir (FIG. 11), observam-se lesões no tronco causadas por retirada de adesivos.

FIGURA 11 Lesões causadas por retirada de adesivos.

FONTE: VIDEIRA & IBARRA, 2005

Cuidados na utilização destes materiais devem ser realizados, tais como:

6) limitar o uso de adesivos na pele para o estritamente necessário;

7) remover eletrodos somente na certeza de que estes não serão mais

necessários;

usar um produto que sirva de barreira entre a pele e o adesivo quando

for necessário fixar cânulas;cateteres ou coletores;

usar gel nos eletrodos;

utilizar faixas de espuma como substitutas de adesivos para posicionar

eletrodos;

cotonetes com água estéril podem ser usados para remover adesivos;

utilizar algodão ou gaze em esparadrapos para imobilização de

membros puncionados .

FIGURA 12 Cuidados na utilização de adesivos

FONTE: HAHN, 2001

Lubrificação da pele

O estrato córneo da pele do RN pré-termo é seco e apresenta reduzida capacidade de

conter água, quando comparado com RN de termo e adultos, e sua hidratação é de

fundamental importância. Estudos preliminares sugerem que a utilização tópica de óleos pode

trazer benefícios aos recém-nascidos de muito baixo peso ao proteger a integridade do estrato

córneo e reforçar a função da barreira epidérmica ( HAHN, 2001).

5- METODOLOGIA

Trata-se de um estudo retrospectivo com revisão de literatura com levantamento de

artigos científicos publicados em periódicos brasileiros e internacionais com o tema lesões

cutâneas, publicados nos últimos 10 anos em livros e biblioteca eletrônica como Scielo ,

Lilacs , tendo sido a busca realizada através da palavra chave : infecção hospitalar , sepse

neonatal, lesão de pele, recém-nascido prematuro e unidade de tratamento intensivo neonatal.

6- RESULTADOS E DISCUSSÕES

Apesar de as infecções hospitalares e/ou sepses nas unidades de tratamento intensivo

neonatal terem sido reconhecidas há muitos anos como um problema primordial (GOLDMAN

et al., 1981) — inclusive com relatos do CDC, em 1984, de uma taxa média de 1,4% de

infecção hospitalar para recém-nascidos, em um estudo envolvendo 51 hospitais americanos,

com variações de 0,9% para hospitais gerais, e 1,7% em hospitais universitários de

referência , apenas recentemente esses dados foram documentados na literatura. (SOHN et al.,

2001; KAWAGOE et al., 2001; STOVER et al., 2001; NAGATA et al., 2002)

Em 1988, pesquisas de Gaynes e cols. revelaram relação importante entre o tempo

total de internação do recém-nascido e a possibilidade de desenvolver infecção nosocomial,

ocasionando um aumento nas taxas de IH de 12% para 20% quando o período de internação

passou de 10 dias para 50 dias.

Outros autores relacionaram os altos valores do Pediatric Risk of Mortality (PRISM

Score) com a possibilidade de desenvolvimento de IH (POLLOCK, 1990; SINGH-NAZ,

1991). Ainda em 1991, em uma nova pesquisa, Gaynes e cols. obtiveram os seguintes dados

sobre relação entre as taxas de infecção hospitalar e o tempo de internação do recém-nascido

(FIG. 1).

FIGURA 1 – Relação entre as taxas de infecção hospitalar e o tempo de internação do recém-nascido. FONTE: Gaynes et al., 1991

Para Peter e Cashore (1990), a infecção hospitalar e/ou a sepse relacionam-se

diretamente com a morbiletalidade e com os custos da internação, sendo estimado que 5% a

10% dos 38 milhões de internações que ocorrem por ano nos EUA sejam complicadas por

esses quadros infecciosos, aumentando o tempo de internação por nove dias em média.

Em seu estudo prospectivo, Nelson (1992) relacionou o risco de IH com aumento do

tempo de internação, duração da permanência de cateteres arteriais e venosos, entubação

traqueal, ventilação mecânica, monitorização da pressão intracraniana e uso de bloqueio

neuromuscular. Segundo o pesquisador, no Children's Hospital Medical Center, em Boston, a

taxa de IH estava em 5,8% na UTI neonatal entre 1974 e 1977, caindo para 1,8% nos dois

anos subseqüentes, após reestruturação da área física. No Brasil, trabalho de Bousso e cols.

(1995) revelou que no Hospital Universitário da USP, durante o ano de 1993, a taxa de IH no

berçário de recém-nascidos normais foi de 2,8%, comparados com 24,6% na UTI neonatal.

Atribuiu-se também à infecção hospitalar e/ou sepse a morte de 3,8% de todos os pacientes.

Tais observações indicam a necessidade de políticas hospitalares mais sensíveis às

necessidades de adoção de um monitoramento contínuo e observacional de infecções

hospitalares e/ou sepses. Desta forma, tornar-se-á possível a redução do excesso de período de

permanência na UTIN, dos custos adicionais decorrentes da estadia prolongada e dos

antibióticos extras atribuíveis a infecções nosocomiais da corrente sanguínea.

(APOSTOLOPOULOU, 2004)

Com relação à faixa etária, sabe-se que as taxas de infecção são muito mais elevadas

em crianças com menor idade. Outro fator importante ao se analisarem esses percentuais é o

local em que o doente está internado, posto que a incidência de infecção hospitalar e/ou sepse

é duas a cinco vezes mais elevada em unidades de terapia intensiva, provavelmente refletindo

a maior utilização de procedimentos invasivos e a presença de doenças debilitantes, atingindo

níveis superiores a 30% em unidades de terapia intensiva neonatais (PETER & CASHORE,

1990; FREIJ & MACCRAKEN, 1994).

Ao analisar o impacto global da infecção como causa de óbito neonatal, Stoll (1997)

observou que 7% a 54% da mortalidade neonatal precoce e 30% a 40% da tardia estavam

associadas à infecção. Até então, geralmente, as taxas de mortalidade por sepse neonatal

variavam de 15% a 60%, dependendo da idade gestacional, do patógeno envolvido, da idade

de ocorrência da doença no período neonatal e da adequação dos cuidados intensivos.

(FERRERI, 1990)

Para Tamez e cols. (1999), as infecções no período neonatal são responsáveis por um

índice bem significante de mortalidade e morbidade de recém-nascidos, e os fatores

contribuintes são uma deficiência no sistema imunológico associada com procedimentos

invasivos feitos na UTI neonatal. Segundo as autoras, os sinais e sintomas de infecção no

neonato são sutis e rápidos, sendo extremamente importante uma equipe treinada e atenta a

estas mudanças que prenunciam o referido quadro.

Ainda no Brasil, a infecção específica do período neonatal foi notificada como causa

básica de morte em 4.222 e 4.570 registros, respectivamente, em 1993 e 1994. Entretanto,

esse número de óbitos foi subestimado em 20% devido à sub notificação, principalmente em

algumas regiões do país. (NASCIMENTO, 2004)

No que se refere aos recém-nascidos prematuros extremos, ou sejam, aqueles de peso

ao nascer inferior a 1.000 g, os avanços nos cuidados intensivos têm-lhes possibilitado maior

sobrevida. Um exemplo a ser citado é o do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de

Ribeirão Preto (HCFMRP-USP), onde, há cerca de 20 anos, 50% das crianças assistidas, com

peso ao nascer < 1.500 g, não sobreviviam, em comparação aos 19% dos dias atuais. Esse

remanescente percentual de sobrevida tem sido associado à elevação da incidência de

infecção nosocomial nas UTI neonatais, sendo a sepse uma manifestação bastante comum

nesse grupo de pacientes mais suscetíveis à infecção hospitalar, dadas as suas peculiaridades

imunitárias, associadas a uma alta invasividade dos procedimentos diagnósticos e

terapêuticos. Tal fato tem sido detectado não só nos países desenvolvidos, mas também no

Brasil. (MUSSI-PINHATA & REGO, 2005)

Também em prematuros extremos, densidades de incidência de infecções nosocomiais

ainda mais elevadas foram detectadas em outra unidade brasileira (NAGATA, 2002). A taxa

de mortalidade para os recém-nascidos < 1.500 g sépticos foi de 18%, significativamente

maior do que a de crianças sem infecção (7%) no estudo da rede norte-americana neonatal

(STOLL, 2002), que relatou incidência geral de sepse hospitalar de 21%, com freqüência

significantemente maior quanto menor a idade gestacional, com destaque para ocorrências em

recém-nascidos prematuros extremos.

Dados de vigilância epidemiológica de infecções nosocomiais na unidade de terapia

intensiva neonatal do HCFMRP-USP, durante o ano de 2001, indicaram taxas de incidência

acumulada de infecções de 57,3 e 43,9 por 100 crianças expostas a risco, e com peso ao

nascer < 1.000 g e entre 1.001 e 1.500 g, respectivamente. Nessa unidade, as densidades de

incidência de infecção nosocomial observadas nesse período foram de 34,6 e 42,7 por 1.000

pacientes/dia, em prematuros com peso <1.000 g e entre 1.001 a 1.500 g, respectivamente.

Nesta UTIN, 17,6% dos 324 recém-nascidos sob vigilância no ano de 2001 foram a óbito,

sendo que essas ocorrências foram mais frequentes nas crianças com diagnóstico de infecção

nosocomial do que naquelas em que esse diagnóstico não foi feito (21,6% versus 12,8%),

havendo também a demonstração de que a infecção foi a causa associada à mortalidade na

maioria (75,7%) das crianças que apresentaram um ou mais episódios de infecção,

principalmente nas categorias de peso ao nascer < 1.000 g. (CELINI, 2003).

De acordo com alguns estudos (SOHN et al., 2001; STOVER et al., 2001; NAGATA

et al., 2002), as taxas globais de infecção variam de 8,9 a 62 infecções por mil pacientes/dia

ou de 6% a 25% da população da UTIN. Como era de se esperar, a maior variação está

relacionada a taxas de infecção de locais específicos por peso de nascimento. (POLAK, 2004)

Segundo Steed (1999), Sohn e cols. (2001) e Nagata e cols. (2002), as infecções

nosocomiais podem estar relacionadas não somente com o processo de doença primária do

paciente como também com ações dos cuidadores. Neste contexto, as infecções de pele e do

tecido celular subcutâneo do recém-nascido representam uma grande preocupação em

ambiente hospitalar, pois a ocorrência deste tipo de infecção traduz o rompimento de uma das

primeiras barreiras anti-infecciosas naturais, deixando o neonato vulnerável a infecções

graves e/ou sepse. (BORROZINO, 2004)

Considerando, pois, os altos índices de infecção hospitalar e/ou sepse ora mencionados

e, ainda, que a maioria dos bebês com sepse se apresentam com sinais e sintomas não-

específicos, quase sempre observados primeiramente pelos cuidadores (nas UTINs, a

enfermeira assistencialista), e não pelo médico, e também no intuito de facilitar um maior

entendimento do processo infeccioso e das melhores formas de prevenção e controle a serem

adotadas no tocante a cuidados especiais com a pele dos recém-nascidos .

7- CONCLUSÃO

A ocorrência deste tipo de infecção traduz que com a perda desta função da pele

deixará o neonato vulnerável a infecções graves. Por isso, o reconhecimento e o tratamento

precoce destas afecções merecem atenção especial, tornando urgente a prevenção das

infecções cutâneas, visto que são altamente contagiosas.

Os instrumentos básicos para a redução desses percentuais de infecções hospitalares

e/ou sepses têm sido pautados nas medidas preventivas gerais para detecção precoce e

controle. Assim, algumas medidas de controle de infecção são recomendadas para diminuir a

transmissão, e incluem a ênfase na lavagem das mãos antes e após manipular o recém-

nascido; o cuidado com a manutenção da integridade da pele e o uso individual de objetos,

tais como sabonetes, escovas e/ou pentes. De modo geral, essas ações estendem-se a todas as

infecções de pele.

Indispensável também é que os profissionais de saúde identifiquem intervenções

efetivas para minimizar os riscos de infecções nosocomiais. Especial atenção deve ser

direcionada à educação continuada do pessoal de enfermagem e à qualidade de cuidado para

esses neonatos, tornando os administradores hospitalares e elaboradores de políticas

hospitalares mais sensíveis às necessidades de adoção de um monitoramento contínuo e

observacional de infecções hospitalares e/ou sepses. Desta forma, tornar-se-á possível a

redução do excesso de período de permanência na UTIN, dos custos adicionais decorrentes da

estadia prolongada e dos antibióticos extras atribuíveis a infecções nosocomiais da corrente

sanguínea.

É essencial ainda que uma equipe multidisciplinar dentro da cultura individual da

UTIN identifique fatores de risco e estratégias subsequentes para diminuir as taxas de

infecção hospitalar e/ou sepse em sua unidade. Assim sendo, esforços futuros devem estar

focados em procedimentos básicos da unidade e seus efeitos sobre as infecções hospitalares.

Neste aspecto, pequenas mudanças podem ter grande impacto.

Complementarmente, um amplo conhecimento dos fatores epidemiológicos

envolvidos e da etiopatogenia também é essencial para a racionalização de medidas de

detecção, prevenção e controle da infecção hospitalar e/ou sepse. Importante ainda é conhecer

o padrão de sensibilidade dos principais agentes. Neste aspecto, as estratégias para aumentar a

sensibilidade dos métodos de vigilância das infecções e/ou sepses nosocomiais têm-se

mostrado indispensáveis para a determinação dessas regras e condutas. Destaca-se neste

campo a aplicação de novos sistemas multicêntricos de vigilância em hospitais brasileiros, e o

melhor modelo até o momento tem sido o National Nosocomial Infection Surveillance System.

7- REEFERÊNCIAS

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