25
Instituto Butantan Outubro, 2011

Instituto Butantan - Cidadão · vírus 1 porcino), Adenovirus Poxvirus: - Vacina de vírus recombinante expressando a glicoproteína rábica (VRG) - Vacina oral

Embed Size (px)

Citation preview

Instituto ButantanOutubro, 2011

Instituto Butantan | 1

EVOLUÇÃO E TIPOS DE VACINA DE RAIVA

Neuza Maria Frazatti Gallina

Gerente de Projetos

Instituto butantan

[email protected]

V SEMINÁRIO DO DIA MUNDIAL CONTRA A RAIVA

Águas de Lindóia- setembro 2011

Instituto Butantan |

CONTROLE DA RAIVA

2

CONTROLE DA RAIVA

VACINAÇÃO EDUCAÇÃOEPIDEMIOLOGIA

Instituto Butantan |

VACINA DE RAIVA (USO HUMANO)

3

HISTÓRICO

23 AC (Babilônia) - 1ª descrição da doença

Raiva - origem do sânscrito ”rabbans” = violento

Lyssa = loucura (grego)

1º Século DC Cornelio Celsius - termo“hydrophobia”

1584 - Girolano Fracastoro: sintomas clínicos doença

irreversível

1804 - Zinke: transmissão da doença pela saliva

1879 - Victor Galtier: transmissão do vírus de cão/coelho,

coelho/coelho imunização de carneiros e cabras

Instituto Butantan |

VACINA DE RAIVA (USO HUMANO)

4

HISTÓRICO

1881 - Pasteur (Roux, Chamberland e Thiiler)- principal sítio

de replicação viral sistema nervoso central

1885 - 1ª vacina de raiva (Pasteur)

Após Pasteur – 3 gerações de vacina

1a Geração

- tecidos de animais adultos (coelhos, carneiros e cabras)

- camundongos lactentes

- ovos embrionados de pato

Instituto Butantan |

VACINA DE RAIVA (USO HUMANO)

5

HISTÓRICO

1908 Vacina tipo Fermi

1911 Vacina tipo Semple efeitos neurológicos graves

1925 Vacina tipo Hempt

1955 Vacina tipo Fuenzalida & Palácios

1956 DEV (“Duck Embryo Vaccine”)

1985 PDEV (“Purified Duck Embryo Vaccine”)

Instituto Butantan |

VACINA DE RAIVA (USO HUMANO)

6

HISTÓRICO

2a Geração: cultura de células e purificadas

1º Grupo: culturas primárias de mamíferos

1960 PHKCV (“Primary Hamster Kidney Cell Vaccine”)

1978 DKC (“Dog Kidney Cell”)

2º Grupo: células diplóides de origem humana ou animal

1978 HDCV (“Human Diploid Cell Vaccine”)

1982 RVA (“Rhesus Vaccine Adsorbed”)

1984 HDCV – considerada referência pela OMS

Instituto Butantan |

VACINA DE RAIVA (USO HUMANO/VETERINÁRIO)

7

2a Geração: cultura de células e purificadas

3º Grupo: culturas de células heteroplóides

1981- PVRV (“Purified Vero Rabies Vaccine”)

Vero: linhagem contínua - rim de macaco verde da África

(Cercopithecus aethiops) estabilizada no em 1962 (Japão).

Instituto Butantan |

VACINA DE RAIVA (USO HUMANO/VETERINÁRIO)

8

2a Geração: cultura de células e purificadas

4º Grupo: vacinas baseadas em vírus atenuados

- Vacina oral de animais silvestres: Cepa base SAD “Street

Alabama Dufferin” (ERA- Evelyn Rokitniki Abelseth)

Ex. de vacinas: SAG- mutação do SAD vírus

- SAD-Bern - 1,3 milhões de iscas - 3 casos de reversão

- SAD-B19 (1983)- milhões de iscas distribuídas na Europa

- SAG1, SAG 2, ERA, Vnukovo-32 (Europa, Canadá e Rússia)

Instituto Butantan |

VACINA DE RAIVA (USO HUMANO/VETERINÁRIO)

9

HISTÓRICO

3a Geração

Vacinas de subunidades

Baseadas na utilização da glicoproteína do vírus rábico

expressa em:

- células de insetos infectadas com vetor recombinante de

baculovírus, leveduras, etc

- células transfectadas

- plantas transgênicas - vegetais e frutas

Ex bananas, batatas, tomates , espinafre

Instituto Butantan |

VACINA DE RAIVA (USO HUMANO/VETERINÁRIO)

10

HISTÓRICO

Vacinas de DNA

Plasmídeos vetores - vacinas DNA

Vantagens: estáveis, induz resposta para o Ag específico,

adjuvante (vetor bacteriano)

Vetores virais recombinates: Poxvirus, Herpes vírus (herpes

vírus 1 porcino), Adenovirus

Poxvirus:

- Vacina de vírus recombinante expressando a glicoproteína

rábica (VRG)

- Vacina oral – vacinação de animais silvestres

Instituto Butantan |

VACINA DE RAIVA (USO HUMANO/VETERINÁRIO)

11

HISTÓRICO

Vacinas de DNA

Vetores Adenovírus:

Ad humano sorotipo 5(AdHu5)

Ad canino sorotipo 2 (Ad2)

Ad Chimpanzé (AdC)

Ad aviário (Celo vírus)Esquema do Adenovírus 2

Instituto Butantan |

VACINA DE RAIVA (USO HUMANO)

12

Vacinas deuso humano aprovadas e utilizadas atualmente

Em países desenvolvidos

Vacinas em cultura de células primárias ou de linhagem

purificadas

Em países sub-desenvolvidos

Vacinas de tecido nervoso de lactentes ou animais adultos

Brasil

Vacina em cultura de células de linhagem Vero e HDCV

Instituto Butantan |

VACINA DE RAIVA (USO HUMANO/VETERINÁRIO)

13

Estratégias para implementação das Vacinas

1 Uso de adjuvantes

- Otimização da resposta imunológica ao antígeno vacinal

- Redução do nº de doses e volume/dose redução dos

custos da vacina

Exemplos de adjuvantes:

- Hidróxido de Alumínio, Saponina, MPLA, etc

- ODNs (CpG oligodeoxynucleotídeos): agentes anti vírus

específico complementares para RNA ou mRNA viral

Instituto Butantan |

VACINA DE RAIVA (USO HUMANO/VETERINÁRIO)

14

Estratégias para implementação das Vacinas de Raiva

2 Produção de vacinas em larga escala

Pequena escala

(Frascos para cultura de células)

Média Escala

(Sistema de frascos “roller”, Sistema “Cell factories”,

biorreatores pequenos de 5 a 30L)

Larga escala

(Biorreatores grandes de 70 a 1.000L)

Instituto Butantan |

PRODUÇÃO DA VACINA DE RAIVA (USO HUMANO) NO I BUTANTAN

15

Pequena escala

Frascos para cultura de células

Instituto Butantan | 16

Biorreator de 30 L

PRODUÇÃO DA VACINA DE RAIVA (USO HUMANO) NO I BUTANTAN

Média escala

“Cell Factory System”

Instituto Butantan | 17

PRODUÇÃO DA VACINA DE RAIVA (USO HUMANO) NO I BUTANTAN

Biorreator de 150 L

Larga escala

Instituto Butantan |

VACINA DE RAIVA (USO HUMANO/VETERINÁRIO)

18

Estratégias para implementação das Vacinas de Raiva

2 Produtos mais purificados e mais seguros

PRODUÇÃO

DA

VACINA

GMP “Good Manufacturing Procedure”

BPF (Boas práticas de Fabricação- RDC

17-ANVISA)

Utilização de meios livre de soro e

reagentes livres de proteína animal

Metodologias de purificação e inativação

viral mais eficientes e de menor custo

Instituto Butantan | 19

PRODUÇÃO DA VACINA DE RAIVA (USO HUMANO) NO I BUTANTAN

Produção segundo as BPF (Boas práticas de Fabricação)

Instituto Butantan | 20

VACINA DE RAIVA (USO HUMANO/VETERINÁRIO)

EVOLUÇÃO DAS VACINAS DE RAIVA

Imunogenica

Alto teor de pureza Boa potência

Efeitos colaterais

brandos

< volume/dose

Baixos custos

VACINA

Eficaz

Instituto Butantan | 21

Vacina de raiva (uso humano)

Alta pureza, uso de reagentes

e meios sem proteína de

origem animal

VACINA DE RAIVA (USO HUMANO/VETERINÁRIO)

Baixos custos

Excelente imunogenidade

Larga escala

bom rendimento viral

EVOLUÇÃO DAS VACINAS DE RAIVA - SITUAÇÃO NO BRASIL

Instituto Butantan | 22

VACINA DE RAIVA (USO HUMANO/VETERINÁRIO)

EVOLUÇÃO DAS VACINAS DE RAIVA - SITUAÇÃO NO BRASIL

Rendimento viral baixo

Baixo teor de pureza Produção em larga escala

Uso de adjuvantes para se ter uma

resposta imunológica satisfatória

Baixos custos

Vacina de raiva (uso veterinário)

Problemas com efeitos adversos

Instituto Butantan | 23

Substituição das técnicas que usam animais por técnicas

em células

em camundongos - duração 14 dias

(40 animais adultos/amostra)

em células- 2 dias

(20amostras/placa

96 orifícios)

AVANÇOS NA TÉCNICAS DE CONTROLE DE QUALIDADE

Testes de neutralização viral e titulação viral

VACINA DE RAIVA (USO HUMANO/VETERINÁRIO)

Instituto Butantan | 24

Av. Vital Brasil, 1500 - Butantã

São Paulo – SP

Zip Code - 05503-900

(+ 55 11) 3726.7222

www.butantan.gov.br

OBRIGADA PELA ATENÇÃO!