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FACULDADE IETEC ANA CRISTINA DA SILVA ANDRADE UMA ABORDAGEM PARA AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DE RISCOS EM PROJETOS DE SOFTWARE Belo Horizonte 2018

Instituto de Educação Tecnológica - UMA …...Orientador: Andrade, Ana Cristina da Silva. A553u Uma abordagem para avaliação e monitoramento de riscos em projetos de software

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FACULDADE IETEC

ANA CRISTINA DA SILVA ANDRADE

UMA ABORDAGEM PARA AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DE

RISCOS EM PROJETOS DE SOFTWARE

Belo Horizonte

2018

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ANA CRISTINA DA SILVA ANDRADE

UMA ABORDAGEM PARA AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DE

RISCOS EM PROJETOS DE SOFTWARE

Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado da Faculdade Ietec, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Engenharia e Gestão de Processos e Sistemas. Área de concentração: Engenharia e Gestão de Processos e Sistemas Linha de pesquisa: Gestão de Processos, Sistemas e Projetos.

Orientador: Prof. Dr. José Luis Braga Faculdade Ietec

Belo Horizonte

Faculdade Ietec

2018

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Andrade, Ana Cristina da Silva.

A553u Uma abordagem para avaliação e monitoramento de riscos em projetos de software / Ana Cristina da Silva Andrade. - Belo Horizonte, 2018.

48 f., enc.

Orientador: José Luis Braga.

Dissertação (mestrado) – Faculdade Ietec.

Bibliografia: f. 47-48

1. Gestão de projetos de software. 2. Gestão de riscos. 3. Requisitos não funcionais. 4. Metas flexíveis. I. Braga, José Luis. II. Faculdade Ietec. Mestrado em Engenharia e Gestão de Processos e Sistemas. III. Título.

CDU: 681.3.066

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Dedico essa dissertação aos meus pais Maria da Glória e José Fidêncio, exemplo de vida.

Ao meu marido

Fernando Agusto, maior companheiro desta jornada.

Aos meus filhos Luísa e Bruno, prova de amor incondicional.

Aos meus irmãos

Eudardo, Leonardo e Edvaldo, parceiros inseparáveis.

Ao meu orientador José Luis Braga, grande mentor.

E a todos amigos que me apoiaram.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, pela vida, pela oportunidade, por me amparar e fortalecer

nos momentos dificeis, por me ensinar a levantar após cada queda, por me mostrar

a cada dia qual o verdadeiro sentido desta jornada chamada vida e por me

proporcionar mais esta conquista.

Agradeço aos meus pais José Fidêncio e Maria da Glória referências de fé,

humildade e dignidade. Eles me mostraram que com esforço e confiança em Deus

tudo é possível.

Agradeço ao meu amado marido Fernando companheiro, amigo de todos

momentos. Soube compreender e apoiar a milha escolha. Sem seu incentivo, seu

amor, seu carinho e sua dedicação aos nossos filhos nos momentos que eu estava

ausente esta consquista não seria possível.

Agradeço aos meus filhos Luísa e Bruno, razão maior do meu viver, razão

para que eu queira ser sempre melhor. Com vocês eu aprendi a ser mãe, aprendi a

entender minha mãe, aprendi que um beijo cura feridas, aprendi o que é o amor

infinito. De vocês ganho beijos, abraços, sorrisos, cartinhas, amizade, amor... que

me transformam numa “super-heroina” capaz de enfrentar tudo e todos.

Agradeço aos meus irmãos Eduardo, Leonardo e Edvaldo, amigos e

parceiros de uma vida. A presença de vocês com certeza deu um sentido muito

especial a minha vida. É uma honra ter cada um de vocês como irmão.

Agradeço ao meu orientador o professor José Luis pela sua disponibilidade,

por confiar em mim, por conduzir este trabalho com tanta serenidade e por transmitir

tanto conhecimento de forma simples e objetiva. Suas atitudes e postura foram sem

dúvidas de um grande mestre. Um grande mentor com o qual adquiri conhecimentos

que levarei pelo resto da vida.

Agradeço aos colegas, professores e amigos do mestrado da Faculdade

IETEC. A colaboração, a parceria, as gargalhadas, os e-mails e mensagens de

vocês foram essenciais por tornar esta jornada mais suave.

Agradeço a todos os amigos que fizeram parte deste momento da minha

vida, as orações e torcida de cada um foi essencial para esta conquista.

Page 7: Instituto de Educação Tecnológica - UMA …...Orientador: Andrade, Ana Cristina da Silva. A553u Uma abordagem para avaliação e monitoramento de riscos em projetos de software

RESUMO

Em todas as etapas do processo de desenvolvimento de software existem riscos e

estes podem representar uma oportunidade ou ameaça para o projeto. A prática

precoce do gerenciamento de riscos em projetos de software possibilita conhecer e

controlar os fatores que impactam no projeto, contribuindo assim para sua qualidade

e sucesso. Esse trabalho tem como objetivo propor um modelo conceitual composto

pelos principais fatores de riscos em projetos de desenvolvimento de software que

possibilite aos gerentes de projetos avaliar e monitoriar riscos. Para atingir

resultados que satisfaçam os objetivos deste trabalho foram realizadas atividades de

maneira interativa de acordo com mapa mental previamente elaborado.

Considerando o risco como um requisito não-funcional, modelos para

gerenciamento de riscos foram propostos através do NFR (Non-Functional

Requirements) Framework e Framework i*. Através de um exemplo, conclui-se que

projetos que tratarem no tempo certo as operacionalizações de risco ou parte delas

podem ter maior chance de sucesso.

Palavras-chave: Gestão de Projetos de Software. Gestão de riscos. Requisitos Não-

Funcionais. Metas Flexíveis.

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ABSTRACT

In all stages of a software development process there are risks and these may

represent an opportunity or threat to the project. The early practice of risk

management in a software project enables to know and control the factors that

impact on the project, thus contributing to the quality and the success of the project.

This paper aims to propose a conceptual model composed by the main risk factors in

software development projects that allows the project managers to evaluate and

monitor risks. To achieve results that meet the objectives of this work, activities were

carried out in an interactive manner according to a previously elaborated mental

map. Considering risk as a non-functional requirement, risk management models

were proposed through the NFR (Non-Functional Requirements) Framework and

Framework i *. Through an example, it can be concluded that projects that treat in

the righ time the risk operations or part of them may have a greater chance of

success.

Keywords: Software Project Management. Risk Management. Non-Functional

Requirements. Softgoals.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Visão geral dos processos de Gerenciamento dos riscos do projeto ....... 15

Figura 2 – Exemplo de um SIG ................................................................................. 18

Figura 3 – Exemplo de um modelo i* ........................................................................ 20

Figura 4 – Mapa Mental elaboração dissertação – visão compactada ..................... 23

Figura 5 – Mapa Mental elaboração dissertação – completo .................................... 24

Figura 6 – Mapa Mental elaboração dissertação – fase desenvolvimento ................ 25

Figura 7 – Mapa Mental elaboração dissertação – fase artigo .................................. 26

Figura 8 – SIG de Gerenciamento de Riscos em Projetos de Software ................... 33

Figura 9 – Representação gráfica da utilização do modelo ...................................... 36

Figura 10 – SIG de Riscos: Operacionalizações das Metas de Gerenciamento de

Escopo ...................................................................................................................... 37

Figura 11 – Modelo SD de Gerenciamento de Escopo ............................................. 38

Figura 12 – Modelo de processo de negócio de gerenciamento de escopo na gestão

de projetos. ............................................................................................................... 41

Figura 13 – Modelo de processo de negócio de gerenciamento de escopo com

inserção dos elementos de risco ............................................................................... 44

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Notação NFR Framework........................................................................ 18

Quadro 2 - Notação Framework i* ............................................................................. 21

Quadro 3 - Fatores de Riscos de Projeto de Desenvolvimento de Software. ........... 28

Quadro 4 - Fatores de Riscos de Projeto de Desenvolvimento de Software x

Softgoals. .................................................................................................................. 30

Quadro 5 - Detalhamento Modelo SD de Gerenciamento de Escopo. ..................... 38

Quadro 6 - Detalhamento Modelo SD de Gerenciamento de Escopo:

Relacionamento entre atores. ................................................................................... 39

Quadro 7 - Detalhamento Modelo SD de Gerenciamento de Escopo – Tipos de

Dependência. ............................................................................................................ 39

Quadro 8 - Identificação das tarefas conforme processos PMBOK .......................... 42

Quadro 9 - Correspondência de Operacionalizações ............................................... 42

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BPM Business Process Modeling,

Modelo de Processos de Negócio

BPMN Business Process Modeling Notation,

Modelo e Notação de Processos de Negócio

EAR Estrutura Analítica dos Riscos

ISO International Organization for Standardization,

Organização Internacional de Normalização

I* IStar, IEstrela ou Intecionalidade Distribuída

MPS.BR Melhoria do Processo de Software Brasileiro

NFR Non-functional Requirements

PMBOK Project Management Body of Knowledge

RNFs Requisitos Não-Funcionais

SD Dependência Estratégica

SIG Softgooal Interdependency Graph

SR Razão Estratégica

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 9

2 OBJETIVOS ............................................................................................... 11

2.1 Objetivo geral ............................................................................................. 11

2.2 Objetivos específicos .................................................................................. 11

2.3 Objetivos propostos no projeto de dissertação .......................................... 11

3 REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................... 13

3.1 Gestão de Projeto de Software ........................................................................... 13

3.2 Gestão de Risco .................................................................................................. 14

3.3 Requisitos Não-Funcionais ................................................................................. 15

3.4 NFR Framework .................................................................................................. 17

3.5 Framework i* ....................................................................................................... 19

3.6 Trabalhos correlatos............................................................................................ 22

4 METODOLOGIA......................................................................................... 23

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................. 27

6 CONCLUSÕES .......................................................................................... 46

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 47

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1 INTRODUÇÃO

Devido à evolução tecnológica e maturidade nos processos de negócio, hoje as

organizações estão em busca de sistemas mais eficientes, com isso os sistemas

legados sofrem evoluções e novos softwares são construídos. Desenvolver um

software com qualidade e no menor tempo possível para satisfazer a demanda do

mercado dá a organização uma vantagem competitiva. Porém, incertezas e riscos

existem em todas as etapas de um projeto de desenvolvimento de software (ISLAM,

2014). Segundo Charette (1989), vários estudos mostram histórias de projetos de

softwares mal sucedidos.

Nas últimas décadas, embora a engenharia de software tenha evoluído muito,

falhas em projetos de desenvolvimento de software, onde mais recursos que o

planejado são utilizados, sempre foi um assunto preocupante. No Relatório CHAOS

de 2015 (HASTIE; WOJEWODA, 2015), publicado pelo Standish Group1, onde

foram estudados 50 mil projetos da indústria de desenvolvimento de software em

todo mundo, os seguintes números foram apresentados:

29% dos projetos obtiveram sucesso (concluídos no prazo, dentro do

orçamento e com o escopo acordado).

52% dos projetos não foram executados conforme acordado (atraso na

entrega, estouro de orçamento ou redução de escopo).

19% dos projetos falharam (foram cancelados ou não utilizados).

Esses percentuais, quando expressados em valores monetários, representam

uma quantia significativa para as organizações e, numa organização de

desenvolvimento de software, é um risco corporativo que pode significar sua

sobrevivência.

Com isso, as organizações produtoras de software buscam novas estratégias

para alcançar o sucesso dos projetos e a gestão de risco vem sendo adotada de

forma a minimizar o surgimento de impedimentos que gerem declínio de

produtividade e de qualidade dos softwares gerados (SILVA, 2013). Um projeto de

desenvolvimento de software precisa satisfazer a metas (qualidade, performance,

ambiente e outras) que, normalmente, são modeladas como requisitos não-

funcionais (RNF).

1 Standish Group é uma empresa internacional de consultoria em pesquisa de TI fundada em 1985 conhecida por

seus relatórios sobre projetos de implementação de sistemas de informação no setor público e privado.

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Requisitos não-funcionais são requisitos que não estão relacionados com os

serviços específicos oferecidos pelo software (o quê o software faz), eles estão

relacionados às propriedades do software, como confiabilidade e tempo de resposta

(como o software faz), (SOMMERVILLE, 2011).

Neste trabalho o risco será considerado um requisito não-funcional, visto que

trata-se de um fator subjetivo, dependente do domínio da aplicação e difícil de ser

avaliado pelas partes interessadas. Utilizando o NFR Framework é possível

visualizar o desdobramento da subjetividade de riscos em desenvolvimento de

software e através do modelo i* serão operacionalizadas ações e responsabilidades

para mitigação de riscos.

O estudo, dado risco como requisito não funcional e definidas suas

operacionalizações concretas que minimizem esses riscos, tem como objetivo

propor um modelo conceitual, composto pelas principais variáveis relacionadas com

risco no desenvolvimento de software, para permitir que gerentes de projetos de

software pensem em riscos sem esquecer detalhes.

Trata-se de um modelo dinâmico, em evolução, que com adoção e utilização,

será acrescido de operacionalizações de riscos e outros detalhes, que vão permitir

mais segurança no trato do risco em projetos de desenvolvimento de software.

Também faz parte do trabalho um método de uso do modelo e um exemplo que

permite aos gerentes de projetos prever como funcionará o processo acrescido das

atividades relativas a riscos e suas operacionalizações e avaliar se os projetos que

adotarem as operacionalizações ou parte delas (e porquê) podem ter maior chance

de sucesso.

Esta pesquisa foi influenciada pelos trabalhos de Chung et al. (2000) e Serrano

(2011) que modelam requisitos não-funcionais como uma rede de metas flexíveis.

De forma geral, este trabalho apresenta no Capítulo 2 o objetivo geral e objetivos

específicos da pesquisa. O Capítulo 3 apresenta o referencial teórico de Gestão de

Projetos de Software, Gestão de Riscos, Requisitos Não-Funcionais e Modelos

Intencionais (NFR Framework e Framework i*). O Capítulo 4 apresenta a

metodologia utilizada para elaboração do trabalho. No Capítulo 5 são apresentados

os principais fatores de riscos identificados no processo de desenvolvimento de

software, os modelos elaborados utilizando tais fatores, um método de uso para o

modelo e um exemplo de aplicação através de processo de negócio (BPM –

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Bussiness Process Modeling). E por fim, no capítulo 6, são apresentadas as

considerações finais e oportunidades de trabalhos futuros a partir deste.

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

O objetivo principal desta pesquisa é propor um modelo conceitual composto

pelas principais variáveis relacionadas com riscos no processo de desenvolvimento

de software, que permita aos gerentes de projetos avaliar e monitorar riscos

adequadamente nesse domínio de conhecimento.

2.2 Objetivos específicos

Como objetivos específicos pretende-se:

Identificar as principais variáveis de risco que têm impacto no processo de

desenvolvimento de software;

Compreender como estas variáveis se relacionam;

Criar um método de uso para o modelo;

Apresentar um exemplo de aplicação do modelo.

2.3 Objetivos propostos no projeto de dissertação

No momento da elaboração do projeto de dissertação o objetivo principal era

propor um modelo, composto pelas principais variáveis relacionadas com riscos no

processo de desenvolvimento de software, que permitisse a avaliação e

monitoramento de riscos nesse domínio de conhecimento.

Naquele momento, a ideia era construir um modelo utilizando dinâmica de

sistemas, realizar simulações, comparar os resultados destas simulações com casos

reais e produzir uma interface para facilitar a utilização do modelo.

No decorrer do levantamento bibliográfico e desenvolvimento dos modelos, não

foi possível conseguir dados reais disponíveis para alimentar os modelos e realizar

as simulações em bases reais. Esses dados certamente existem, mas nunca estão

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disponíveis em bases públicas que possam ser usadas para estudos e reprodução

de resultados. Tomou-se então a decisão de alterar o rumo do projeto, partindo para

modelagem qualitativa, que se mostrou efetiva e com bons resultados.

Mediante os estudos realizados, chegou-se ao modelo NFR Framework, utilizado

para modelar requisitos não-funcionais. Baseado neste modelo e trabalhos

promissores correlatos nesta área, foi feita a alteração de rumo no projeto, citada

acima. Iniciou-se então o redirecionamento da dissertação, tratando risco como

requisito não-funcional, o que permitiu avançar e terminar a pesquisa.

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3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 Gestão de Projeto de Software

Projeto é um conjunto de atividades que tem início e fim definidos, são

realizadas em grupo e destinadas a criar um produto, serviço ou resultado único

(PMBOK, 2017). A finalidade de um projeto de desenvolvimento de software é obter

um produto de software.

Segundo PMBOK (2017), gerenciamento de projetos é a aplicação de

conhecimento, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto para

atender a seus requisitos. Com o objetivo de garantir que o projeto satisfaça o

orçamento, o cronograma, a necessidade do cliente e seja entregue com qualidade,

o gerenciamento de projetos de software é uma parte primordial da engenharia de

software.

O gerenciamento de projetos pode proporcionar vantagens ao

desenvolvimento de software como cumprimento dos prazos, controle do

orçamento, flexibilidade para alterações de escopo, antecipação a possíveis

problemas, qualidade do produto entregue e outros. De acordo com Sommerville

(2011), um bom gerenciamento não garante o sucesso do projeto. Porém, o mau

gerenciamento normalmente resultará em falhas do projeto como entrega com

atraso, custo maior que estimado, software que não atende as expectativas dos

clientes e outros.

No gerenciamento de projetos de software, além de gerenciar o produto a ser

entregue, é necessário que seja feita a gestão de pessoas, processos, custos,

prazos e outros fatores que possam aparecer conforme evolução do

desenvolvimento do software.

Sommerville (2011) destaca que os critérios de sucesso para o

gerenciamento de projetos de software variam de um projeto para outro, mas, para a

maioria dos projetos, os benefícios mais importantes são: entregar o software ao

cliente no prazo estabelecido; manter os custos dentro do orçamento; entregar um

software que atenda às expectativas do cliente e manter uma equipe de

desenvolvimento que trabalhe bem e motivada.

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3.2 Gestão de Risco

Segundo PMBOK (2017), o risco é um evento ou condição incerta que, se

ocorrer, terá um efeito positivo (oportunidade) ou negativo (ameaça) sobre pelo

menos um objetivo do projeto envolvendo tempo, custo, escopo ou qualidade.

Macedo e Salgado (2015), baseado em Charette (2005), definem risco como um

evento ou o estado que pode causar danos, perda, ou atraso num projeto de

software.

O gerenciamento de risco é fundamental para a gestão de projetos, sendo

uma das dez áreas de conhecimento do PMBOK e também tratado por modelos de

avaliação da qualidade de processos de software como ISO/IEC15504 e MPS.BR.

O gerenciamento de risco do projeto, segundo o PMBOK (2017), é composto

pelos processos abaixo, com o objetivo de aumentar a probabilidade e o impacto

dos eventos positivos e diminuir a probabilidade e o impacto dos eventos adversos

ao projeto:

Planejar o gerenciamento dos riscos: etapa onde se define como as

atividades de gerenciamento de riscos do projeto serão realizadas;

Identificar os riscos: etapa que consiste na determinação dos riscos que

podem afetar o projeto e documentação destes;

Realizar a análise qualitativa dos riscos: etapa de priorização de riscos,

combinação de probabilidade de ocorrência e impacto;

Realizar a análise quantitativa dos riscos: etapa de análise numérica do

efeito dos riscos identificados nos objetivos gerais do projeto;

Planejar as respostas aos riscos: etapa para desenvolver opções e ações

para aumentar as oportunidades e reduzir as ameaças aos objetivos do

projeto;

Controlar os riscos: etapa para implementar planos de respostas aos

riscos, acompanhar os riscos identificados, monitorar riscos residuais,

identificar novos riscos e avaliar a eficácia do processo de gerenciamento

dos riscos durante todo o projeto.

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Figura 1 - Visão geral dos processos de Gerenciamento dos riscos do projeto

Fonte: Adaptado de Project Management Institute (2017)

De acordo com PMBOK (2017), aspectos do ambiente corporativo ou do

projeto, tais como práticas imaturas de gerenciamento, falta de sistemas integrados,

vários projetos simultâneos e dependências externas contribuiem para os riscos do

projeto.

Logo, para obter sucesso em seus projetos, é importante que, durante todo o

projeto, as organizações, pessoas ou grupos estejam comprometidos com um

tratamento proativo e eficaz de gerenciamento de riscos.

3.3 Requisitos Não-Funcionais

Na engenharia de software, requisitos são definidos como as descrições do

que o sistema deve fazer, os serviços que oferecem e as restrições a seu

funcionamento, refletindo as necessidades dos clientes para um sistema

(SOMMERVILLE, 2011).

Os requisitos de software são classificados em:

Requisitos Funcionais: descrevem “o que” o sistema deve fazer, como o

sistema deve reagir a entradas específicas e como o sistema deve se

comportar em determinadas situações.

Requisitos Não-Funcionais: fixam restrições sobre “como” os requisitos

funcionais serão implementados, ou seja, restringem "como" o sistema

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deve realizar o "o que", restrições custos de desenvolvimento,

performance, portabilidade, robustez e outros.

Ao contrário dos requisitos funcionais, os requisitos não-funcionais não

revelam nenhuma função a ser executada pelo software, e sim como o software

funcionará e restrições que ele deve satisfazer.

Um exemplo da diferença entre os tipos de requisitos:

Requisito funcional: “O sistema imprime recibos”

Requisito não-funcional: “O sistema imprime recibos rápido”.

Os requisitos não-funcionais são conhecidos como requisitos de qualidade do

software, como por exemplo, precisão, usabilidade, segurança, desempenho,

confiabilidade, segurança, (XAVIER et al, 2009).

Os requisitos não-funcionais surgem por meio das necessidades dos

usuários, devido a restrições de orçamento, políticas organizacionais, necessidade

de interoperabilidade com outros sistemas de software ou hardware, ou a partir de

fatores externos, como regulamentos de segurança ou legislações de privacidade.

A implementação de requisitos não-funcionais pode se propagar por todo o

software. Esses requisitos definem restrições globais do software, do processo de

desenvolvimento e do processo de implantação, sendo considerados globais no

sentido de que eles surgem de todas as partes do sistema e de suas interações

XAVIER et al.(2009), podendo afetar toda a arquitetura do sistema e não apenas

componentes individuais.

Requisitos não-funcionais são mais críticos no desenvolvimento de um

software, pois podem ser contraditórios entre si, são difíceis de especificar ou

modelar formalmente e muitas vezes não são considerados durante o

desenvolvimento do projeto.

A não identificação de um requisito não-funcional durante o desenvolvimento

do software pode gerar a necessidade de recodificação, que poderá ser demorada e

de difícil adaptação, e como consequência, elevar o custo do projeto gerando um

prejuízo.

Além disto, no projeto de software, se determinada função do sistema não for

implementada, o usuário pode encontrar uma maneira de contornar, porém, se um

requisito não-funcional não for atendido isso poderá significar a inutilização do

sistema.

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3.4 NFR Framework

O NFR Framework foi proposto em 2000 por Chung et al., tendo como foco a

modelagem de requisitos não-funcionais e suas operacionalizações, através da

construção de um gráfico SIG (Softgoal Interdependency Graph), que descreve as

dependências entre softgoals (metas-flexíveis) e como eles são decompostos

(SERRANO, 2011). Meta-flexível, sinônimo de softgoal, são qualidades (segurança,

desempenho, confiabilidade e outras) desejadas pelos atores que não possuem

critérios claros para sua satisfação, ou seja, são subjetivas e dependentes dos

pontos de vista dos interessados (OLIVEIRA et al., 2011).

Neste framework os requisitos não-funcionais são tratados como metas

(softgoal) que serão identificadas e refinadas, sendo representadas por uma

estrutura gráfica inspirada nas árvores And / Or (XAVIER et al., 2009). Um softgoal é

refinado até ao ponto em que as operacionalizações sejam atingidas, gerando

assim, requisitos funcionais em função da necessidade de detalhar os requisitos

não-funcionais.

Conforme colocado por Cysneiros e Yu (2004), o requisito não-funcional

quando operacionalizado resulta em novos requisitos funcionais, um processo

iterativo onde é possível visualizar o impacto de tomar uma decisão ao invés da

outra.

Para Chung et al. (2000) as metas estão relacionadas à intencionalidade dos

atores, enquanto requisitos (funcionais e não-funcionais) são características

implementadas por funções do software.

A figura 2 apresenta um exemplo de um SIG, onde o softgoal raiz foi refinado

em mais softgoals, formando então um grafo de dependências, onde uma

dependência pode contribuir parcialmente, positivamente, ou negativamente para o

nível superior na árvore.

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Figura 2 – Exemplo de um SIG

Fonte: Adaptado de Serrano (2011).

O quadro abaixo apresenta os principais símbolos da notação utilizada pela NFR Framework.

Quadro 1 - Notação NFR Framework

Softgoal – metas desejáveis que não possuem critérios claros para sua satisfação, ou seja, são subjetivas e dependem do ponto de vista dos interessados.

Operacionalização (uma possível operação para satisfazer um softgoal)

Observação (auxilia revisões futuras)

Help – os fluxos identificados com o Help indicam que o softgoal contribui positivamente para o elemento imediatamente superior.

Make – os fluxos identificados com o Make indica que há uma contribuição obrigatória para que a característica superior seja atendida.

Contribuição AND – Se todas as dependências forem atendidas, então a raiz também

Contribuição OR – Se uma das dependências for atendida, a raiz também será.

Contribuição positiva • Um filho satisfeito resulta num pai satisfeito • Um filho recusado resulta num pai recusado

• Contribuição negativa • Um filho satisfeito resulta num pai recusado • Um filho recusado resulta num pai satisfeito

Fonte: Adaptado Serrano (2011).

Importante: Além das relações HELP e MAKE, outras relações podem ser

definidas para indicar influência do tipo BREAK (provê contribuição negativa

suficiente para que a característica superior não seja atendida), HURT (provê

contribuição negativa parcial para que a característica superior não seja atendida) e

UNKNOWN (provê contribuição, porém não se sabe se negativa ou positiva).

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Através do gráfico de dependências, é possível avaliar as metas e apurar se

determinado requisito não-funcional está sendo alcançado em um projeto especifico.

Porém, conforme Xavier et al.(2009), as metas representam requisitos não-

funcionais e raramente estes podem ser considerados totalmente “satisfeitos”.

3.5 Framework i*

O modelo intencional tem como objetivo descrever processos que envolvem

vários atores, refletindo as motivações e interesses destes atores, bem como o

relacionamento entre eles. A modelagem é baseada em atores, metas, crenças,

habilidades e compromissos e representam a dependência mútua nas metas,

tarefas e recursos. Diferente das demais técnicas de modelagem, expressa o

porquê de determinada ação ou tomada de decisão (YU, 1995).

O Framework i* (i-estrela), proposto em 1995 por Eric Yu, é uma técnica de

modelagem conceitual para descrição de processos que envolvem vários atores

(SERRANO, 2011). Esta técnica concentra-se no relacionamento entre atores

(homens, softwares, hardwares ou ambos) e suas dependências, focando nas

razões ou motivações que estão associadas aos comportamentos (os porquês).

O i* possui representação gráfica na forma de uma rede de relacionamentos,

sendo formado por dois modelos básicos: o Modelo SD (modelo de dependência

estratégica) e o Modelo SR (modelo de razão estratégica).

O Modelo SD descreve relações de dependência estratégica entre vários

atores. É um modelo baseado em um conjunto de nós, que representam os atores,

e arestas, que define a dependência entre os atores.

Os atores dependem uns dos outros para alcançarem seus objetivos, realizar

tarefas e fornecer recursos. Através da cooperação um ator pode alcançar objetivos

que sozinho seria difícil.

O ator que depende de outro é chamado de depender e o ator responsável

por cumprir a dependência é chamado de dependee.

De acordo com OLIVEIRA et al. (2011), existem os seguintes tipos de

dependências entre atores:

Dependência por meta: o depender necessita do dependee para

alcançar um objetivo e não se importa como vai ser atingido.

Dependência por tarefa: o depender necessita do dependee para

alcançar um objetivo e estipula como vai ser feito.

Page 24: Instituto de Educação Tecnológica - UMA …...Orientador: Andrade, Ana Cristina da Silva. A553u Uma abordagem para avaliação e monitoramento de riscos em projetos de software

20

Dependência por recurso: o depender necessita que o dependee

forneça o recurso.

Dependência por meta-flexível: o depender tem a decisão final. A

satisfação desse tipo de objetivo é medida de forma subjetiva.

Identificados os atores relevantes e seus objetivos, o modelo SD pode ser

dado como finalizado e o modelo SR elaborado.

O Modelo SR explica como os atores atingem suas metas, visto que, este

representa de forma mais explicita como os interesses dos atores podem ser

atendidos ou como são afetados.

No Modelo SR os elementos intencionais, metas, tarefas, recursos e metas

flexíveis aparecem não apenas como dependências externas, mas também como

elementos organizados em estruturas hierárquicas com relacionamentos meio-fim,

decomposição de tarefas e relacionamento de contribuição.

De forna geral, o modelo SD pode ser entendido como um modelo em nível

maior de abstração, enquanto o modelo SR diminui esta abstração, possibilitando

entendimento mais detalhado sobre os atores envolvidos.

O Framework i* possui uma boa maturidade em função da sua propagação

na área de engenharia de software (workshops, livros, trabalhos publicados).

Figura 3 – Exemplo de um modelo i*

Fonte: Elaborado pelo autor (2018).

Page 25: Instituto de Educação Tecnológica - UMA …...Orientador: Andrade, Ana Cristina da Silva. A553u Uma abordagem para avaliação e monitoramento de riscos em projetos de software

21

O quadro abaixo apresenta os principais símbolos da notação utilizada pelo Framework i*. Quadro 2 - Notação Framework i*

Atores: entidades ativas que podem executar ações para atingir metas

Metas: objetivos dos atores

Tarefas: ações que os atores podem realizar no ambiente visando atingir suas metas.

Softgoal – metas desejáveis

Recurso – Entradas/Saídas

Dependência

Fonte: Adaptado Serrano (2011).

Importante: As relações HELP, MAKE, BREAK e HURT também podem ser

representadas no modelo i*.

No modelo da figura 3, é apresentado um exemplo genérico do

desenvolvimento de uma funcionalidade, visualmente apresentado a partir do

modelo SD de NFR Framework, sendo possível visualizar os atores do processo,

metas, recursos e suas dependências. Os atores envolvidos (stakeholder, gerente

de projeto e desenvolvedor) possuem como meta o Requisito Desenvolvido. Trata-

se de uma meta compartilhada entre eles, o stakeholder “quer” o requisito

desenvolvido, o desenvolver pode “dar” através da intervenção do gerente de

projetos. Para alcançar a meta, dependências de tarefas e recursos são criadas:

- é necessário que o stakeholder solicite o desenvolvimento do requisito para

que então o gerente de projetos encaminhe ao desenvolvedor;

- ao receber a demanda, para que o stakeholder valide a especificação do

requisito, é preciso que o desenvolver a elabore e disponibilize ao gerente do

projeto;

- para que o desenvolvedor desenvolva/entregue o produto é necessário que

o stakeholder aprove a especificação e envie ao gerente do projeto.

Cada dependência representa um relacionamento de cooperação entre os

atores.

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22

3.6 Trabalhos correlatos

Dentre trabalhos estudados, foram importantes para este estudo:

Charette, 1989: proporcionou mais conhecimento sobre riscos e impactos

deste no desenvolvimento de software. Charette apresenta dificuldades

antigas como superação de custos, atrasos no projetos e necessidades de

usuários não atendidas, que mesmo com toda evolução da Engenharia de

Software está presente nos projetos;

Schmidt, 2015; Lopes (2014) e Barki (2015): apresentam, no formato de

lista, os principais fatores de risco em projetos de desenvolvimento de

software, sendo destes extraídos e consolidados os dados para criação do

catalago de riscos utilizado neste estudo;

Chung et al. (2000); YU, E (1995) e Serrano (2011): modelam requisitos

não-funcionais como uma rede de metas flexíveis;

XAVIER et al. (2009): apresentam um estudo integrando Requisitos não

Funcionais a Processos de Negócios;

ISLAM et al. (2014): apresentam um modelo de gestão de risco em

projetos de softwares orientado por objetivos;

PMI - Um Guia Do Conhecimento Em Gerenciamento De Projetos. (Guia

Pmbok®) – Sexta Edição, 2017.

Page 27: Instituto de Educação Tecnológica - UMA …...Orientador: Andrade, Ana Cristina da Silva. A553u Uma abordagem para avaliação e monitoramento de riscos em projetos de software

23

4 METODOLOGIA

Para elaboração desse trabalho, foi realizada uma pesquisa, através dos

principais mecanismos de busca na web, para identificar os principais fatores de

risco em projetos de desenvolvimento de software. Após esta identificação foi

elaborado um modelo composto pelas principais variáveis de risco de um projeto de

desenvolvimento de software. Criado o e um exemplo de aplicação através de

processo de negócio (BPM – Bussiness Processs Modeling) foi implementado.

Essa pesquisa possui a seguinte classificação:

Quanto à natureza: aplicada, uma vez que visa obter resultados a serem

aplicados na solução de problemas das organizações.

Quanto aos seus objetivos: exploratória, visto que irá proporcionar maior

familiaridade com o problema e aprimorar idéias.

Quanto à forma de abordagem do problema: qualitativa, visto que irá buscar

entender o porquê de certas ocorrências, considerando uma relação entre o

mundo real e seu sujeito.

Quanto ao método de pesquisa: modelagem e simulação, visto que se

pretende construir um modelo e possibilitar simulações com dados fictícios.

Para alcançar os objetivos propostos pela pesquisa, foram executados de forma

incremental e iterativa, os passos contidos no mapa mental abaixo:

Figura 4 – Mapa Mental elaboração dissertação – visão compactada

Fonte: Elaborado pelo autor (2018).

A figura 5 apresenta uma visão completa do mapa mental, com detalhamento de

todas as atividades realizadas:

Page 28: Instituto de Educação Tecnológica - UMA …...Orientador: Andrade, Ana Cristina da Silva. A553u Uma abordagem para avaliação e monitoramento de riscos em projetos de software

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Figura 5 – Mapa Mental elaboração dissertação – completo

Fonte: Elaborado pelo autor (2018).

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A figura 6 apresenta uma visão do mapa mental, com foco nas atividades referente a fase de desenvolvimento:

Figura 6 – Mapa Mental elaboração dissertação – fase desenvolvimento

Fonte: Elaborado pelo autor (2018).

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A figura 7 apresenta uma visão do mapa mental, com foco nas atividades referente a fase de elaboração do artigo:

Figura 7 – Mapa Mental elaboração dissertação – fase artigo

Fonte: Elaborado pelo autor (2018).

Page 31: Instituto de Educação Tecnológica - UMA …...Orientador: Andrade, Ana Cristina da Silva. A553u Uma abordagem para avaliação e monitoramento de riscos em projetos de software

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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 Apresentação do Estudo

A literatura existente sobre gerenciamento de riscos em projetos de

desenvolvimento de software indica que um dos maiores motivos de falhas neste

tipo de projeto é a inadequada, ou até mesmo inexistente, avaliação dos fatores

de risco.

Apoiadores de gerenciamento de riscos de software afirmam que ações

para reduzir as chances de falhas de um projeto podem ser tomadas a partir da

identificação e análise das ameaças ao sucesso do projeto, ao longo de todo o

ciclo do processo de desenvolvimento (SCHMIDT, 2015).

Para avaliar os riscos de um projeto é necessário identificar quais são na

realidade esses riscos e conhecer aqueles que merecem maior atenção do

gerente de projeto. Porém, os gerentes de projetos encontram dificuldades para

identificar os riscos mais comuns num projeto de software.

Diante deste cenário, a primeira etapa deste trabalho foi identificar, através

da literatura, as principais variáveis de risco que impactam no processo de

desenvolvimento de software. Dentre as opções encontradas na bibliografia

disponível, Schmidt (2015) apresenta uma lista extensa de fatores de riscos em

projetos de software. Esta lista foi criada baseada em pesquisas realizadas em

diferentes países (Hong Kong, Finlândia e Estados Unidos), com base no

conhecimento de diferentes gerentes de projetos e, posteriormente, os resultados

das pesquisas foram comparados com outros fatores de riscos publicados.

Para este trabalho, a lista publicada por Schmidt foi então comparada com

publicações de Lopes (2014) e Barki (2015) que também apresentam fatores de

risco em projetos de software. Com base nesta comparação, os fatores referentes

à Planejamento e Comunicação foram adicionados à lista de Schmidt, definindo

assim, o conjunto de fatores de riscos abaixo que serviu como base para o

estudo apresentado:

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Quadro 3 - Fatores de Riscos de Projeto de Desenvolvimento de Software.

Lista de Fatores de Risco

1. Ambiente Corporativo

Mudança no ambiente empresarial e organizacional

Incompatibilidade entre cultura empresarial e novos processos

Falta de valor de negócio e apoio

Ambiente corporativo instável (pressões competitivas alteram radicalmente os requisitos do usuário)

Mudanças propriedade e/ou alta gerência

Inexistência Alinhamento Estratégico

2. Patrocínio / propriedade

Falta de comprometimento alta direção

Falta de aceitação do projeto

Falta comprometimento do usuário

Conflito entre departamentos

Falta de aprovação de todas as partes

3. Gestão de Relacionamento

Falta de gerenciar as expectativas do usuário

Envolvimento inadequado dos usuários

Falta de cooperação dos usuários

Falha na identificação/envolvimento de todos stakeholders

Aumento nas expectativas dos usuários

Gerenciando múltiplas relações com as partes interessadas

A falta de experiência adequada dos usuários chaves

4. Gerenciamento de Projetos

Não gerir ou gerir inadequadamente mudanças

Falta de habilidade/poder para gerenciar o projeto

Metodologia inexistente/inadequada

Definição inadequada dos papéis e responsabilidades

Controle pobre ou inexistente

Gerenciamento de riscos inexistente/inadequado

Escolha da estratégia de desenvolvimento errada

5. Escopo

Objetivos / Escopo mal entendidos e/ou mal definidos

Mudanças de escopo / objetivos

Má definição ou definição incompleta

Foco somente tecnológico /Ignorar requisitos de negócios

Muitas linhas de comunicação

Page 33: Instituto de Educação Tecnológica - UMA …...Orientador: Andrade, Ana Cristina da Silva. A553u Uma abordagem para avaliação e monitoramento de riscos em projetos de software

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6. Requisitos

Falta de Requisitos Congelados (Mudanças)

Má definição / entendimento

Falta de domínio/conhecimento do assunto

7. Financiamento

Custo de desenvolvimento mal estimado

Ausência de orçamento para custo de manutenção

8. Cronograma (Agendamento)

Prazo mal estimado

Prioridade inferior a outros projetos

9. Processo de desenvolvimento

Metodologia inexistente/inadequada

Nova metodologia / tecnologia

10. Pessoal (Personnel)

Falta de conhecimento / competência

Falta de competência / habilidade para gerenciamento

Relacionamento ruim da equipe

11. Pessoal (Sttafing)

Pessoal envolvido insuficiente / inapropriado

Rotatividade de pessoas

Uso excessivo de terceiros

Falta de conhecimento / competência e disponibilidade dos envolvidos

12. Tecnologia

Novas tecnologias

Instabilidade da arquitetura técnica

13. Dependências Externas

Dependências externas não atendidas

Múltiplos Fornecedores

Falta de controle sobre terceiros / fornecedores

14. Planejamento

Planejamento inexistente / inadequado

15. Comunicação

Comunicação inexistente / inadequada

Fonte: Elaborado pelo autor.

Para a construção desta lista foi realizada uma revisão bibliográfica, sendo

efetuadas pesquisas através dos principais mecanismos de busca na web, com o

objetivo de encontrar estudos que apresentassem a identificação de variáveis de

riscos. Não apareceram outras classificações que subjuguem as citadas acima,

utilizadas neste trabalho.

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Identificados os principais fatores de riscos de um projeto de software, o

próximo passo foi a criação de um modelo de gerenciamento de riscos através do

NFR Framework.

Como já afirmado antes, neste trabalho risco é tratado como meta-flexível

ou um softgoal conforme o trabalho de SERRANO (2011), baseado em CHUNG

et al. (2000). A partir desta premissa, utilizando o NFR Framework, foi possível

criar um SIG de Riscos, o que facilita a análise e o entendimento de como os

fatores de risco interagem entre si.

Para criação do SIG de Riscos, utilizando o Quadro 3, os fatores de riscos

foram renomeados apropriadamente para serem tratados como softgoals,

conforme apresentado no Quadro 4 e, posteriormente o softgoal Risco foi

refinado.

Quadro 4 - Fatores de Riscos de Projeto de Desenvolvimento de Software x Softgoals.

Lista de Fatores de Risco Softgoals

1. Ambiente Corporativo Ambiente Corporativo

Mudança no ambiente empresarial e organizacional

Volatilidade ambiente corporativo

Incompatibilidade entre cultura empresarial e novos processos

Incompatibilidade entre cultura empresarial e novos processos

Falta de valor de negócio e apoio Ausência de valor de negócio e apoio

Ambiente corporativo instável (pressões competitivas alteram radicalmente os requisitos do usuário)

Instabilidade ambiente corporativo

Mudanças propriedade e/ou alta gerência Modificabilidade de propriedade e/ou alta gerência

Inexistência Alinhamento Estratégico Inexistência Alinhamento Estratégico

2. Patrocínio / propriedade Propriedade

Falta de comprometimento alta direção Ausência de comprometimento alta direção

Falta de aceitação do projeto Ausência de aceitação do projeto

Falta comprometimento do usuário Ausência comprometimento do usuário

Conflito entre departamentos Incompatibilidade entre departamentos

Falta de aprovação de todas as partes Ausência de aprovação de todas as partes

3. Gestão de Relacionamento Relacionabilidade

Falta de gerenciar as expectativas do usuário Ausência de gerenciamento das expectativas dos usuários

Envolvimento inadequado dos usuários Envolvimento inadequado dos usuários

Page 35: Instituto de Educação Tecnológica - UMA …...Orientador: Andrade, Ana Cristina da Silva. A553u Uma abordagem para avaliação e monitoramento de riscos em projetos de software

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Falta de cooperação dos usuários Ausência de cooperação dos usuários

Falha na identificação/envolvimento de todos stakeholders

Falha na identificação / envolvimento de todos stakeholders

Aumento nas expectativas dos usuários Aumento de expectativas dos usuários

Gerenciando múltiplas relações com as partes interessadas

Gerenciabilidade de múltiplas relações com as partes interessadas

A falta de experiência adequada dos usuários chaves

Inexperiência dos usuários chaves

4. Gerenciamento de Projetos Gerenciabilidade

Não gerir ou gerir inadequadamente mudanças

Ausência de gestão / gestão inadequadamente mudanças

Falta de habilidade/poder para gerenciar o projeto

Ausência de habilidade/poder para gerenciar o projeto

Metodologia inexistente/inadequada Metodologia inexistente/inadequada

Definição inadequada dos papéis e responsabilidades

Ineficiente definição de papéis e responsabilidades

Controle pobre ou inexistente Ineficiente / inexistente controle

Gerenciamento de riscos inexistente/inadequado

Gerenciabilidade de riscos inexistente/inadequada

Escolha da estratégia de desenvolvimento errada

Ausência de assertividade na escolha da estratégia de desenvolvimento

5. Escopo Escopo

Objetivos / Escopo mal entendidos e/ou mal definidos

Ineficiente definição/entendimento de escopo e objetivos

Mudanças de escopo / objetivos Modificabilidade de escopo / objetivos

Má definição ou definição incompleta Ineficiente / Incompleta definição

Foco somente tecnológico /Ignorar requisitos de negócios

Foco exclusivamente tecnológico

Muitas linhas de comunicação

Variabilidade de linhas de comunicação

6. Requisitos Requisitos

Falta de Requisitos Congelados (Mudanças) Instabilidade

Má definição / entendimento Ineficiente definição / entendimento

Falta de domínio/conhecimento do assunto

Ausência de domínio/conhecimento do assunto

7. Financiamento Custo

Custo de desenvolvimento mal estimado Custo de desenvolvimento mal estimado

Ausência de orçamento para custo de manutenção

Ausência de orçamento para custo de manutenção

8. Cronograma (Agendamento) Tempo de Desenvolvimento

Prazo mal estimado Tempo de desenvolvimento mal estimado

Prioridade inferior a outros projetos Prioridade inferior a outros projetos

9. Processo de desenvolvimento Metodologia

Metodologia inexistente/inadequada Metodologia inexistente/inadequada

Nova metodologia / tecnologia Imaturidade da metodologia / tecnologia

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10. Pessoal (Personnel) Pessoas

Falta de conhecimento / competência Ausência de conhecimento / competência

Falta de competência / habilidade para gerenciamento

Ausência de competência / habilidade para gerenciamento

Relacionamento ruim da equipe Baixa afinidade da equipe

11. Pessoal (Sttafing) Pessoal (Sttafing)

Pessoal envolvido insuficiente / inapropriado Pessoal envolvido insuficiente / inapropriado

Rotatividade de pessoas Rotatividade de pessoas

Uso excessivo de terceiros Alto número de terceiro

Falta de conhecimento / competência e disponibilidade dos envolvidos

Ausência de conhecimento / competência dos envolvidos

12. Tecnologia Tecnologia

Novas tecnologias Novas tecnologias

Instabilidade da arquitetura técnica Instabilidade da arquitetura técnica

13. Dependências Externas Dependências Externas

Dependências externas não atendidas Dependências externas não atendidas

Múltiplos Fornecedores Múltiplos Fornecedores

Falta de controle sobre terceiros / fornecedores

Ausência de controle sobre terceiros / fornecedores

14. Planejamento Planejamento

Planejamento inexistente / inadequado Inexistente / inadequado

15. Comunicação Comunicação

Comunicação inexistente / inadequada Inexistente / inadequado

Fonte: Elaborado pelo autor.

Observa-se que todos os refinamentos foram realizados de acordo com o

Quadro 4: Fatores de Riscos de Projeto de Desenvolvimento de Software x

Softgoals, que é o Catálogo de Riscos de Software utilizado neste trabalho.

Com o SIG de Riscos elaborado, é possível compreender que ao gerenciar

Ambiente Corporativo, Propriedade, Relacionabilidade, Gerenciabilidade, Escopo,

Custo, Tempo de Desenvolvimento, Metodologia, Pessoas, Recursos do Projeto,

Tecnologia, Dependências Externas, Planejamento e Comunicação, os riscos do

projeto estarão sendo gerenciados. Neste caso, temos uma contribuição positiva

entre as dependências e se todas as dependências forem atendidas, então a raiz

também será.

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Figura 8 – SIG de Gerenciamento de Riscos em Projetos de Software

Fonte: Elaborado pelo autor (2018).

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O SIG de Riscos mostra como os requisitos não-funcionais, ou metas

flexíveis, contribuem para gestão de riscos de software, uma vez que além de

mostrar os desdobramentos, apresenta também o inter-relacionamento entre

diversos softgoals, bem como entre operacionalizações, mas também os

impactos negativos e positivos entre eles. O que pode ser transversal, ou seja,

ocorrer entre elementos de ramificações diferentes.

A árvore apresentada acima poderá ser utilizada pelos gerentes de

projetos como framework no momento da identificação de riscos de um projeto de

desenvolvimento de software. Através de sua aplicabilidade é possível verificar se

os fatores de risco mais comuns em projetos de softwares estão sendo

gerenciados e, ainda, gerar uma Estrutura analítica dos riscos (EAR) completa e

detalhada, uma vez que a árvore engloba fatores técnicos, organizacionais,

gerenciais e externos.

5.2 Método para uso do SIG de RISCOS

A criação do modelo de gerenciamento de riscos, através do NFR

Framework, possibilita que o gerente de projetos conheça os principais fatores de

riscos em um projeto de desenvolvimento de software e identifique quais destes

fatores deverão ser gerenciados em determinado projeto. Esta abordagem

permite que o gerente de projeto insira os requisitos não-funcionais, no caso os

riscos, em seu processo de desenvolvimento.

A abordagem consiste basicamente em oito fases:

Analisar do SIG de Riscos proposto;

Identificar os fatores pertinentes no projeto gerenciado;

Efetuar um recorte dos Riscos Eminentes;

Refinar os riscos identificados detalhando suas operacionalizações;

Elaborar o modelo SD;

Elaborar um modelo para o processo de desenvolvimento de software,

caso não exista;

Relacionar as tarefas do Processo x RNF x Operacionalizações;

Inserção das operacionalizações no modelo do processo de

desenvolvimento de software.

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Abaixo é apresentada uma descrição referente a cada fase:

1ª Fase - Analisar o SIG de Riscos proposto: essa fase consiste em, de

posse do SIG de Risco apresentado neste estudo, o gerente de projetos irá

conhecer os principais riscos de projetos de desenvolvimento de software.

2ª Fase - Identificar os fatores pertinentes no projeto gerenciado: sabe-se

que nenhum projeto é igual ao outro, logo os riscos também mudam. Nesta fase,

o gerente de projetos deverá então utilizar o SIG de Risco para identificar quais

são os riscos mais prováveis para determinado projeto.

3ª Fase - Efetuar um recorte dos Riscos Eminentes: Nesta fase, com os

riscos já identificados para o projeto, deverá ser efetuado um recorte no modelo

proposto, destacando apenas os riscos identificados como pertinentes.

4ª Fase - Refinar os riscos identificados detalhando suas

operacionalizações: Como o SIG de Riscos apresentado não detalha as

operacionalizações de todas as metas, este passo consiste em refinar os riscos

identificados (RNF) até que sejam descobertas as operacionalizações destes

requisitos para que se transformem em atividades dentro do modelo de processo

de negócio. Se existir algum catálogo para requisito não-funcional em questão,

desde que adaptado para o domínio do projeto, ele poderá ser utilizado.

5ª Fase - Elaborar o modelo SD: com objetivo de visualizar e identificar as

interações entre atores, processos, metas e metas flexíveis, um modelo SD

deverá ser elaborado. Com este modelo será possível conhecer de todas as

dependências e interações do processo.

6ª Fase - Elaborar um modelo para o processo de desenvolvimento de

software; caso não exista, deverá ser elaborado um modelo de processo de

negócio para o desenvolvimento de software. Sugere-se que este modelo de

processo seja elaborado utilizando BPMN, que é uma interface amigável e de

fácil compreensão para todos os envolvidos no processo de desenvolvimento de

software. É importante que este modelo seja refinado e validado com os usuários.

7ª Fase - Relacionar as tarefas do Processo x RNF x Operacionalizações:

de posse dos riscos identificados para o projeto especifico, nesta fase eles e suas

operacionalizações serão associados de forma explicita a uma tarefa do modelo

de processo de negócio.

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Para facilitar o rastreamento entre a tarefa do processo de negócio, o RNF

e a operacionalização, deverá ser criada uma tabela de relacionamento.

8ª Fase - Inserção das operacionalizações no modelo do processo de

desenvolvimento de software: e por último, o modelo de processo de negócio de

desenvolvimento de software deverá alterado, sendo inserido neste as

operacionalizações referentes aos RNF nas tarefas relacionadas.

Não é necessário que todas operacionalizações sejam inseridas no modelo

de processo, caberá ao gerente de projetos definir quais operacionalizações são

mais pertinentes ao projeto gerenciado.

No processo de negócio as operacionalizações se transformarão em

atividades ou macroprocessos, uma maneira explicita de introduzir no processo

de negócio a modelagem dos riscos do projeto.

A Figura 9 representa graficamente a sequência das fases a serem

executados na utilização do modelo:

Figura 9 – Representação gráfica da utilização do modelo

Fonte: Elaborado pelo autor (2018).

5.3 Um exemplo de Aplicação

De acordo com o método de utilização do modelo, para este exemplo, a

fase 1 será descartada, visto que a análise do SIG de Riscos faz parte do estudo

e não iremos tratar um projeto especifico, mas sim uma das áreas referentes a

gerenciamento de projetos, o Gerenciamento do Escopo.

Esta escolha é baseada na importância de Gerenciamento de Escopo na

estabilidade do projeto, visto que seus processos precisam estar bem integrados

com as outras áreas do gerenciamento de projeto para que resulte numa entrega

com sucesso, ou seja, produto esperado dentro do prazo e custo estimado.

Para atender a fase 2, serão considerados os riscos identificados no SIG

de Riscos referente ao nó Escopo. Logo, na fase 3, será feito um recorte do SIG

de Riscos referente a este nó.

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37

Já na fase 4, como o SIG de Riscos apresentado através da figura 8 não

detalha as operacionalizações de todas as metas, a figura abaixo, apresenta o

recorte do SIG de Riscos com a inserção das operacionalizações que serão

tratadas neste estudo para o caso de Gerenciamento do Escopo.

Figura 10 – SIG de Riscos: Operacionalizações das Metas de Gerenciamento de

Escopo

Fonte: Elaborado pelo autor (2018).

A fase 5 consiste em apresentar um exemplo de interação de agentes que

será aplicado sobre o domínio de Gerenciamento de Escopo.

De acordo com o PMBOK (2017), o gerenciamento do escopo do projeto

está relacionado com a definição e controle do que está e do que não está

incluso no projeto, sendo composto pelos processos:

Planejar o gerenciamento do escopo;

Coletar os requisitos;

Definir o escopo;

Criar a EAP;

Validar o escopo;

Controlar o escopo.

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Baseado nesta definição, os atores do processo de gerenciamento de

escopo foram identificados e o modelo SD apresentado na figura 11 foi

desenvolvido.

Figura 11 – Modelo SD de Gerenciamento de Escopo

Fonte: Elaborado pelo autor (2018).

Ao analisar o modelo SD observa-se que as metas e metas-flexíveis estão

interligadas através das dependências, correlações e contribuições. É possível

visualizar os atores do processo, seus objetivos (metas) e as metas-flexíveis da

seguinte forma:

Quadro 5 - Detalhamento Modelo SD de Gerenciamento de Escopo. DETALHAMENTO MODELO SD DE GERENCIAMENTO DE ESCOPO

Atores Stakeholder, Gerente de Projeto e Desenvolvedor

Metas Especificação de Requisitos Aprovada

Metas-Flexíveis Comunicação, qualidade, escopo/objetivo bem definido, escopo/objetivo bem entendido, foco não só tecnológico, sem mudanças de escopo.

Fonte: Elaborado pelo autor (2108).

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É possível também visualizar o relacionamento entre atores conforme

descrito no quadro abaixo:

Quadro 6 - Detalhamento Modelo SD de Gerenciamento de Escopo: Relacionamento entre atores.

DETALHAMENTO MODELO SD DE GERENCIAMENTO DE ESCOPO –

RELACIONAMENTO ENTRE ATORES

Ator demandante

Ator Responsável

Atividade Recurso

Stakeholder Gerente de Projetos

Solicita o desenvolvimento do requisito.

Requisito

Gerente de Projetos

Desenvolvedor Solicita a especificação do requisito

Requisito

Desenvolvedor - Especifica o requisito

Desenvolvedor Gerente de Projetos

Disponibiliza especificação para validação

Especificação de Requisito

Gerente de Projetos

Stakeholder Disponibiliza especificação para validação

Especificação de Requisito

Stakeholder - Valida especificação de requisitos Especificação de Requisito

Stakeholder Gerente de Projetos

Disponibiliza especificação para revisão

Especificação de Requisito a revisar

Gerente de Projetos

Desenvolvedor Disponibiliza especificação para revisão

Especificação de Requisito a revisar

Desenvolvedor - Revisa a especificação Especificação de Requisito

Desenvolvedor Gerente de Projetos

Disponibiliza especificação revisada para validação

Especificação de Requisito

Gerente de Projetos

Stakeholder Disponibiliza especificação para validação

Especificação de Requisito

Stakeholder - Valida especificação de requisitos Especificação de Requisito

Stakeholder Gerente de Projetos

Disponibiliza especificação validada

Especificação de Requisito validada

Fonte: Elaborado pelo autor (2018).

Percebe-se também que diferentes tipos de dependências são apresentados no modelo: Quadro 7 - Detalhamento Modelo SD de Gerenciamento de Escopo – Tipos de Dependência.

TIPOS DE DEPENDÊNCIAS IDENTIFICADOS

Tipo de Dependência Atores Dependentes Exemplo da dependência

Dependência por meta Stakeholder e Gerente de Projetos

Especificação de requisitos aprovada

Gerente de Projetos e Desenvolvedor

Especificação de requisitos entregue

Dependência por tarefa Gerente de Projetos e Validar a especificação

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40

Stakeholder

Dependência por recurso Gerente de Projetos e Stakeholder

Requisito

Gerente de Projetos, Stakeholder e desenvolvedor

Especificação

Dependência por meta-flexível

Gerente de Projetos e Stakeholder

Escopo / objetivo bem definido; Evitar mudanças de escopos.

Gerente de Projetos e Desenvolvedor

Escopo / objetivo bem entendido; Foco Tecnológico.

Gerente de Projetos, Stakeholder e desenvolvedor

Comunicação; Qualidade.

Fonte: Elaborado pelo autor (2018).

Com a criação do SIG de Riscos e do SD de Gerenciamento de Escopo, é

possível validar os requisitos de riscos relacionados a gerenciamento de escopo e

suas operacionalizações e visualizar as dependências entre atores, metas e

metas-flexíveis.

A figura 12 apresenta um exemplo de aplicabilidade dos modelos

elaborados. Para tal, de acordo com a fase 6 da metodologia, foi elaborado o

modelo de processo baseada na notação Business Process Modeling Notation

(BPMn) referente ao gerenciamento do escopo de um projeto. O BPMN é uma

notação padrão para desenho de fluxogramas de processos de negócios, com

uma interface amigável, porém, uma deficiência da notação está não descrição

de requisitos não-funcionais (XAVIER et al, 2009).

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Figura 12 – Modelo de processo de negócio de gerenciamento de escopo na gestão de projetos.

Fonte: Elaborado pelo autor (2018).

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Observa-se que o modelo apresenta as tarefas relevantes de

gerenciamento de escopo de acordo com os processos propostos pelo PMBOK

(2017), sendo possível identificá-las conforme abaixo:

Quadro 8 - Identificação das tarefas conforme processos PMBOK

Atividades do processo de Planejar o gerenciamento.

Atividades do processo de Coletar Requisitos.

Atividades do processo de Definir Escopo.

Atividade do processo de Criar EAP.

Atividades do processo de Validar o Escopo.

Atividade do processo Controlar Escopo.

Fonte: Elaborado pelo autor (2018).

Após análise do SD, é possível verificar que o processo de Gerenciamento

de Escopo, apresentado através da figura 7, representa o processo de negócio,

mas não contempla níveis de detalhe referente às atividades relacionadas aos

requisitos não-funcionais.

Baseados no estudo apresentado por Xavier et al.(2009), após desenho do

processo, identificação dos requisitos não-funcionais e definidas suas

operacionalizações, elas serão inseridas no processo de negócio.

Para atender a fase 7 da metodologia, conforme proposto por Xavier et

al.(2009), o quadro abaixo foi elaborado para facilitar o rastreamento entre as

tarefas, requisitos não-funcionais associados e operacionalizações:

Quadro 9 - Correspondência de Operacionalizações Tarefa RNF Associado Operacionalização

Planejar o gerenciamento,

Controlar Escopo e Definir

Escopo

Ineficiente

definição/entendimento

de escopo e objetivos

Realizar Status Report.

Controlar Escopo Modificabilidade de

escopo / objetivos

Registrar Mudanças e

Impactos

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Planejar o gerenciamento Incompletude ou má

definição

Elaborar/Definir Indicadores de

Qualidade

Planejar o gerenciamento Foco exclusivamente

tecnológico

Elaborar Plano de

Gerenciamento de Técnicas e

Ferramentas

Planejar o gerenciamento Variabilidade de linhas

de comunicação

Elaborar / Publicar Plano de

Comunicação

Planejar o gerenciamento Apurar / Publicar Plano de

Comunicação

Fonte: Elaborado pelo autor (2018).

Desta forma, utilizando as operacionalizações propostas no SIG de Riscos

e as dependências do SD de Gerenciamentos de Escopo, o processo

apresentado para Gerenciamento de Escopo foi alterado com a inserção dos

requisitos não-funcionais de forma explicita no processo de negócio, atendendo a

fase 8 da metodologia, conforme apresentado na Figura 13.

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Figura 13 – Modelo de processo de negócio de gerenciamento de escopo com inserção dos elementos de risco

Fonte: Elaborado pelo autor (2018).

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Observa-se que desta forma é possível aumentar o nível de detalhamento do

processo, visto que atividades do gerenciamento de riscos, que até então faziam

parte do conhecimento tácito dos envolvidos no processo, foram inseridas

explicitamente no processo, sem afetar a eficiência do processo original.

É importante ressaltar que nem todas as operacionalizações do SIG e

dependências do SD apareceram no processo, até mesmo porque nem sempre

todas serão aplicáveis. Porém, quanto mais implementadas, mais detalhado será o

modelo, permitindo aos envolvidos a visualização de todas as possibilidades.

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6 CONCLUSÕES

A principal contribuição desta pesquisa foi a obtenção do modelo conceitual

(qualitativo) de riscos em projeto de software, agrupando em uma única estrutura de

grafo para facilitar seu entendimento e aplicação prática em projetos.

Embora existam trabalhos isolados citados no corpo deste documento, foi

possível reunir as contribuições principais de todos eles em uma única estrutura que

pode ser considerada um framework conceitual para ajudar projetistas e gerentes de

projeto a enxergar melhor as situações de riscos em cada projeto, sem esquecer

detalhes, e a tratá-los adequadamente. As variáveis identificadas foram agrupadas

no Catálogo de Risco de Software, utilizado na sequência para criar o SIG de

Riscos, pelo uso da NFR Framework.

O Catálogo de Risco de Software elaborado neste trabalho é dinâmico e

representa o primeiro passo para elaboração de um catálogo mais completo, de fácil

utilização para gerenciar riscos, contribuindo positivamente para a qualidade e

sucesso do produto de software. O SIG de Riscos permitiu mostrar uma forma de

validar os requisitos de riscos através da análise de rede de metas flexíveis, com a

utilização do Catálogo de Risco de Software.

Conclui-se que os modelos e exemplos apresentados podem contribuir para

os gestores de projetos identificarem e gerenciarem os riscos do projeto em fase

inicial, o que irá gerar um alerta prévio dos possíveis problemas, possibilitando uma

ação preventiva e aumentando as chances de sucesso do projeto.

É importante ressaltar que trata-se de um modelo dinâmico, em evolução,

que com adoção e utilização, será acrescido de operacionalizações de riscos e

outros detalhes, que vão permitir mais segurança no trato do risco

Ainda há muito estudo a ser feito referente à abordagem de gestão de riscos

utilizando requisitos não-funcionais. Como trabalho futuro sugere-se a aplicação do

modelo às demais áreas de gerenciamento de projeto do PMBOK, visto que o

exemplo apresentado é somente referente ao gerenciamento de escopo. E, por fim,

um pouco mais desafiador, seria a aplicação das variáveis e modelos até aqui

apresentados para criação de um sistema de agentes intencionais.

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