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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CURSO DE GESTÃO, DESIGN E MARKETING
LAÍS FERREIRA DIAS SILVA
A LINGUAGEM VISUAL E SUA INFLUÊNCIA EM PROJETOS DE INTERIORES RESIDENCIAIS
CAMPOS DOS GOYTACAZES/RJ
2016
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LAÍS FERREIRA DIAS SILVA
A LINGUAGEM VISUAL E SUA INFLUÊNCIA EM PROJETOS DE INTERIORES RESIDENCIAIS
Artigo apresentado ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense – Campus Campos - Centro, como requisito parcial para conclusão do curso de Gestão, Design e Marketing. Orientadora: Joelma Alves de Oliveira
.
CAMPOS DOS GOYTACAZES/RJ 2016
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Resumo: Este artigo aborda a importância do design de interiores nos projetos de
decoração residencial. Demonstra como a percepção visual contribui para promo-
ver conforto e bem-estar aos moradores, através do uso dos elementos e princí-
pios do design e aplicação de linguagem visual nos ambientes decorados, assim
como aborda a influência do design na geração de significados dos ambientes,
instigando o comportamento dos usuários. Além disso, é mostrado como se dá a
interação entre o ambiente e seus ocupantes promovendo o conforto ambiental, a
partir das necessidades dos usuários e características físicas do ambiente. Como
resultado do estudo fica evidenciado que a linguagem visual aplicada através do
design interfere de maneira direta na decoração dos espaços residenciais.
Palavras Chave: Linguagem visual. Design. Projetos de interiores.
Abstract: This article talk about of inside design in the residential decorating projects. It show us
how visual perception helps to promote comfort and well being at home, through the use of ele-
ments and principles of design and application of visual language in furnished enviroment. As well
as address the influence of design in generating meaning of enviroments and instigating the be-
havior of users. It's shown how the interaction between enviroment and occupants is promoting en-
viromental comfort. They need of users and physical characteristics of the enviroment. As a result
of the study evidenced that visual language applied through design interfere in a direct way in the
decoration of residential space
Keywords: Visual language. Design. Interior designs.
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1. Introdução
Na arquitetura, especificamente em projetos de interiores residenciais é im-
prescindível a criação de imagens para transmitir a resolução projetual, o que
pressupõe o uso da linguagem visual, um tipo de comunicação feita através de
imagens e símbolos.
Dondis (2003, p.6) expõe que “A experiência visual humana é fundamental no
aprendizado para que possamos compreender o meio ambiente e reagir a ele; a
informação visual é o mais antigo registro da história humana”. Quando se cria
uma mensagem visual o significado não está presente somente no resultado da
disposição dos elementos básicos da imagem, mas também está na resposta do
espectador, que pode modifica-la e interpreta-la a partir de seus critérios subjeti-
vos, pois cada um tem o seu repertório mental de signos e significados.
Tudo que é projetado, desenhado, esboçado, pintado é composto por ele-
mentos básicos. Dondis (2003, p.51) argumenta que elementos visuais constitu-
em a substância básica daquilo que vemos, e seu número é reduzido: o ponto, a
linha, a forma, a direção, o tom, a cor, a textura, a dimensão, a escala e o movi-
mento, mesmo que sejam poucos, são a matéria-prima de toda informação visual.
Diante disso, se tornou importante compreender melhor como acontece a
aplicação da linguagem visual em projetos de interiores residenciais e a influên-
cias do design e a identificação dos princípios do design nos ambientes projeta-
dos, e também como esta influência é capaz de indicar estilos e instigar compor-
tamentos.
Inicialmente será abordada a importância do design de interiores na elabora-
ção de projetos que visam o bem estar e conforto dos seus clientes em suas resi-
dências por meio da utilização dos elementos básicos do design.
Neste contexto, falaremos da importância da percepção visual utilizada como
estratégia de comunicação nos projetos de interiores e sobre os princípios do de-
sign utilizados para comunicar uma mensagem.
Posteriormente será mostrado como essas interferências definem o caráter e
a atmosfera da composição, gerando um significado para o ambiente e a impor-
tância da interação do ambiente com seus usuários.
A metodologia usada foi de pesquisa bibliográfica e de imagens em mídia im-
pressa e digital.
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2. O design de interiores e sua importância
Desde sua origem o homem sempre buscou refugiar-se em um habitat, ca-
vernas, copas de árvores, saliências rochosas ou tendas feitas de galhos e cober-
tas de folhas ou pele de animais, sendo utilizados assim como moradias.
Segundo Rebello e Leite (2007),
O comportamento instintivo dos primeiros seres humanos de se pro-teger das intempéries e predadores, encontrar abrigo para descansar e renovar as forças foi o que provavelmente originou a criação do que hoje denominamos por habitações ou moradias. O morar, hábito humano imemorial, encontra sua definição nos dicionários como o ato de permanecer ou de tardar em um lugar, sendo talvez a mani-festação arquitetônica mais antiga e extensiva de que se tem notícia, bem como o artifício que possivelmente nos permitiu sobreviver fren-te aos desafios do meio, quando outros animais maiores em tama-nho e capacidade física sucumbiram.
Daquela época ate os dias atuais muitas coisas mudaram e evoluíram, mas a
necessidade de abrigar-se é a mesma. Hoje a busca pelo bem estar e conforto é
constante para o homem e sua moradia deve atender a tais necessidades para
seu benefício.
Nesse contexto, o design de interiores é de suma importância. Segundo a
ABD (Associação Brasileira de Designers de interiores, 2012) “Muitas variáveis in-
fluenciam um projeto de interiores na busca de soluções criativas, técnicas e este-
ticamente atraentes que resultam em qualidade de vida, bem-estar e cultura para
os usuários do ambiente.” É importante salientar que o ambiente é uma extensão
de seu usuário, portanto ao se projetar um ambiente o arquiteto deve entender as
necessidades do usuário.
Deste modo, para desenvolver um projeto de interiores o profissional harmo-
niza em um espaço, moveis, objetos para uso e decoração. Pensa em matérias,
acabamentos, cores e iluminação, tudo utilizado conforme o ambiente, adequando
o projeto às necessidades, preferências e disponibilidade financeira do cliente,
proporcionando conforto, praticidade e beleza.
O design é fundamental em um projeto de interiores, porque objetiva uma so-
lução criativa para um problema ou necessidades especificas, utilizando varias
ferramentas. Gurgel (2011) relata que o design não é desenho, mas o desenho
faz parte dele e descreve seis elementos que definem um bom design:
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Espaço: É necessário coletar informações das diferentes necessidades de
cada ambiente, família, indivíduo, profissão e, por fim, atividade que será realiza-
da no espaço a ser criado, para que o mesmo seja organizado de acordo com os
objetivos, conforme a figura 01. O levantamento de informações físicas e emocio-
nais relevantes a um projeto é, sem dúvida, uma das partes mais importantes.
Figura 01: Elementos – Espaço Fonte: Projetando Espaços – Miriam Gurgel
Forma e Contorno: A forma dos objetos, das paredes, do espaço e seu con-
torno estão interligados. A forma pode ser bidimensional ou tridimensional. O con-
torno sempre será chapado (bidimensional). Na figura 02 , o desenho em planta
esta representado o contorno e as formas são mostradas na perspectiva.
Figura 02: Elementos – Formas e Contorno Fonte: Projetando Espaços – Miriam Gurgel
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Linhas: Cada tipo de linha num projeto acrescentará diferentes características
a ele. A linha reta é mais direta e masculina, a horizontal ajuda a relaxar, e a ver-
tical pode alongar e sofisticar, a linha quebrada está ligada a um efeito mais instá-
vel e ao movimento, dando dinamismo ao ambiente, a linha curva ocasiona maior
suavidade e feminilidade. No quarto da figura 03 as linhas retas foram quebradas
com uso das linhas curvas nas bordas das pranchas.
Figura 03: Elementos - Linhas Fonte: Projetando Espaços – Miriam Gurgel
Texturas e Padronagens: Tanto as texturas quanto as padronagens possuem
propriedades e características fundamentais em um projeto, além de servir de
complemento para o “estilo” do ambiente. A textura quando utilizada em um es-
paço, cria pontos de interesse, diversidade, estímulo sensorial e algumas até au-
xiliam no conforto ambiental. O tipo de textura a ser utilizado em um projeto será o
que melhor atender às características das atividades que serão desenvolvidas em
cada ambiente, bem como ao estilo escolhido para o ambiente. A padronagem é
um componente visual do projeto que esta ligada às sensações e sempre será
impressa, estampada ou pintada sobre uma superfície e por isso deve-se ter cui-
dado para não extrapolar na variedade num mesmo ambiente. Quando diversos
padrões são utilizados em um mesmo projeto, deve-se ter como elemento unifica-
dor a cor destes, que pode ser utilizada em suas mais diversas nuances e tonali-
dades. De acordo com as figuras 04 e 05 , as texturas são mais relacionadas as
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sensações táteis e as padronagens são componentes visuais, pois sempre serão
impressos, estampados ou pintados
Figura 04: Elementos - Textura Fonte: Projetando Espaços – Miriam Gurgel
Figura 05: Elementos - Padronagem Fonte: Projetando Espaços – Miriam Gurgel
Luz: A iluminação pode alterar a atmosfera de um ambiente pelo simples to-
que no interruptor. O importante em um projeto de iluminação é que ele seja fun-
cional, prático, criativo e flexível, conforme a figura 06. Não se deve pensar ‘luz’ e
‘cor’ separadamente, pois elas interagem sempre. A luz modificará uma tonalida-
de, do mesmo modo que diversas cores refletirão a luz sobre elas de maneira dis-
tinta.
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Figura 06: Elementos - Luz Fonte: Projetando Espaços – Miriam Gurgel
Cor: As cores apresentam influencias psicológica sobre nos, por isso enten-
der as cores e suas características é fundamental para o sucesso de um projeto
de interiores. Usar as cores a favor dos usuários deve ser o alvo de qualquer pro-
jeto. Cores frias (azul) ou quentes (vermenlho) em um mesmo ambiente
modificam a sensação do espaç, o como é visto na figura 07.
Figura 07: Elementos - Cores Fonte: Projetando Espaços – Miriam Gurgel
De tal modo, o profissional deve incorporar a sua criatividade, seu conheci-
mento sobre o design, visando resultados satisfatórios atendendo as necessida-
des de seu cliente.
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2.1. Ambientes
A residência é base para ser humano. É onde se tem privacidade, conforto e
segurança. Sendo assim é importante idealizar cada espaço conforme as ativida-
des que serão realizadas pelos seus usuários. De acordo com Gurgel (2011) Ca-
da ambiente possui características únicas e necessitam de alguns elementos bá-
sicos:
Sala de Estar: Um espaço para conversa familiares, ouvir musica, receber vi-
sitas, ler ou assistir TV pode ser algumas das possibilidades e para cada uma de-
las , deverá haver uma distribuição , materiais, iluminação e ventilação adequa-
dos.
Alguns elementos básicos: Sofás, poltronas, puffs, mesa de canto, mesa de
centro, cores e iluminação.
Sala de Jantar: Local reservado para refeições, em algumas residências, esse
ambiente é utilizado apenas em ocasiões especiais.
Alguns elementos básicos: mesa, cadeiras, aparador ou buffet, iluminação.
Cozinha: Espaço reservado pra cozinhar, de um simples projeto para o dia a
dia até “cozinha gourmet”, alguns detalhes não devem se alterar. Podem ser de
concepção “aberta” ou “fechada”, de acordo com o estilo de vida dos moradores.
Alguns elementos básicos: bancadas, cubas, armários, materiais, suportes de
paredes, lixeiras, cores e iluminação.
Área de serviço: Neste ambiente acontecem basicamente cinco atividades,
preparar, lavar, secar e passar roupas. Neste espaço, alguns pertences como tê-
nis, aparatos para bicicletas, etc. podem ser guardados.
Alguns elementos básicos: bancadas de apoio, tanque, maquina de lavar rou-
pas, varal e/ou secadoras, tabua de passar, armário, materiais e cores.
Dormitórios: pode-se dizer que é o ambiente mais “pessoal” de uma residên-
cia. É um espaço para dormir, um refúgio para estar sozinho, para relaxar, é im-
portante que cada dormitório seja o reflexo real de seus usuários, e não uma so-
lução impessoal. No o quarto do casal o importante é aconchego e conforto pa-
ra um descanso ou relaxamento; para os adolescentes, o quarto é o lugar on-
de passam muitas horas, pois além das horas de sono, ali também estu-
dam e recebem os amigos, assim, é importante adaptar uma bancada de
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estudos e possibilitar a eles a troca nas cores dos objetos de decoração
conforme seu momento, sua dinâmica; para as crianças, deve-se projetar
móveis com bordas arredondadas e elementos bem fixos às paredes, para
garantir a segurança dos pequenos, além é claro, de incorporar baús e pra-
teleiras para guardar seus brinquedos, e uma bancada para estudos; e o quarto
do bebê, deve ter cores frias e delicadas, trabalhando a harmonia a tranquilidade
e a segurança, e nada de exagerar nos enfeites, pois compromete sua funcionali-
dade.
Alguns elementos básicos: cama, criado-mudo, cômoda, cadeira de apoio/
poltrona, puff, mesa, cores, iluminação, armários.
Banheiros: Ambientes importantes em uma residência podem ser privados, ou
compartilhados por mais de um dormitório ou por visitas, ou podem ser lavabos,
que ficam geralmente localizados próximos as áreas comuns e podem ser facil-
mente utilizados pelas visitas.
Alguns elementos básicos: pia, vaso sanitário, chuveiro, cores, iluminação.
Escritório: É a arte do trabalho em casa, o projeto desses ambientes é relati-
vamente complexo, é necessário equipamentos, mesas de apoio, áreas para ar-
quivos. Pode ser utilizado por toda família ou por um único membro.
Alguns elementos básicos: bancadas, iluminação.
2.2. Mobiliário
Segundo a Constru Facil RJ (2015)
O mobiliário certamente surgiu como resposta às necessidades do ser humano. [...] Podemos supor, desta maneira, que o primeiro mó-vel se destinava a defender alimentos das investidas dos animais ou a proteger objetos preciosos. Seria, então, qualquer coisa semelhan-te a uma caixa que, posteriormente, teria como derivados o baú, o armário, a cômoda, e todos os outros móveis conhecidos como “móveis de guardar”. Talvez a própria caixa servisse inicialmente de apoio e assento para o ser humano, cujos hábitos e postura estavam se modificando. Poderíamos, então, imaginar que o ser humano de-senvolveu um banco e muito depois uma cadeira, cama, sofá, poltro-na, enfim, os chamados móveis de descanso.
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Atualmente o uso do mobiliário é imprescindível no uso domiciliar, pois em
conjunto com diversos equipamentos e acessórios que compõem as necessida-
des domesticas atendem a diversas funções dos seus usuários. Essas funções
pode ser as de uso, as operacionais, as estético-formais, as psicológicas, as sim-
bólicas e semióticas (GOMES, 2003, p.128).
2.3. Conforto Ergonométrico
Cada indivíduo possui características singulares, tais como: altura, peso, ca-
pacidade física, idade, sexo. Todas essas características são fundamentais para
elaboração de um projeto de interiores. É neste contexto que se insere a ergono-
mia que, segundo o dicionário Aurélio, significa um “conjunto dos estudos que têm
por objeto a organização do trabalho em função do fim proposto e das condições
de adaptação do homem ao seu trabalho.” Nesse sentido, a ergonomia mostra-se
uma ferramenta eficaz na detecção e solução de problemas, na medida em que
estuda interação das pessoas com o ambiente de trabalho.
Além disso, a ergonomia, “tem como objetivos, as intervenções e projetos que
visem melhorar de forma integrada, a segurança, o conforto, o bem-estar e a efi-
cácia das atividades humanas”. (Associação Brasileira de Ergonomia, 2001).
Existem diretrizes para dimensões humanas e essas dimensões podem ser
estruturais e funcionais. As estruturais são ilustradas quando o homem esta nas
posicionado de pé, sentado, deitado ou observando, enquanto as dimensões fun-
cionais variam de acordo com as atividades a serem executadas, como por
exemplo, o modo como sentamos em uma mesa ou esticamos o braço para al-
cançarmos algo em uma prateleira. Ching (2005, p.55), representa estas dimen-
sões, como pode ser visto na figura 08.
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Figura 08: Dimensões estrturais e funcionais Fonte: Arquitetura de interiores ilustrada
2.4. Conforto Ambiental
O conforto ambiental considera as condições naturais e/ou artificiais do espa-
ço, para garantir comodidade, bem-estar e saúde para seus usuários. O uso de
certos materiais, objetos e mobiliários em um projeto determina o padrão de con-
forto do ambiente. Gomes (2003, p.212, 213) argumenta que o conforto é propor-
cionado por meios artificiais ou mecânicos, e refere-se às condições ergonomi-
camente adequadas de climatização, que visam garantir a qualidade de vida do
usuário, sempre de acordo com as funções de uso e das tarefas executadas. Para
que haja o conforto ambiental na residência vários fatores são levados em consi-
deração, tais como: tipo e localização da residência, clima da região onde está lo-
calizada e níveis de ruídos do entorno.
3. Percepção visual
É através da percepção que o ser humano percebe o mundo e tudo que está
a sua volta. Segundo Dondis (2003, p.18, 19):
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Apreendemos a informação visual de muitas maneiras. A percepção e as forças cenestésicas, de natureza psicológica, são de importân-cia fundamental para o processo visual. O modo como nos mante-mos em pé, nos movimentamos, mantemos o equilíbrio e nos prote-gemos, reagimos à luz ou ao escuro, ou ainda a um movimento súbi-to, são fatores que têm uma relação importante com nossa maneira de receber e interpretar as mensagens visuais. Todas essas reações são naturais e atuam sem esforço; não precisamos estudá-las nem aprender como efetua-las. Mas elas são influenciadas, e possivel-mente modificadas, por estados psicológicos e condicionamentos culturais, e, por último, pelas expectativas ambientais. O modo como encaramos o mundo, quase sempre afeta aquilo que vemos. O pro-cesso é, afinal, muito individual pura cada um de nós.
Desta forma é de extrema importância pensar sobre a percepção como uma
das estratégias para serem utilizadas nos projetos de interiores residenciais. As
noções sobre percepção, sensações e emoções devem ser percebidas como pe-
ças chaves nos projetos, pois ao entrarmos em um ambiente, imediatamente a
nossa percepção irá nos transmitir uma sensação, de acordo com os mobiliários,
cores, materiais, luz, etc. presentes no espaço.
O fato de conseguirmos ver está ligado diretamente a presença da luz no es-
paço, De acordo com Dondis (2003, p 17 ):
O que a luz nos revela e oferece é a substância através da qual o homem configura e imagina aquilo que reconhece e identifica no meio ambiente, isto é, todos os outros elementos visuais: linha, cor, forma, direção, textura, escala, dimensão, movimento.
No entanto o que determina as manifestações visuais em um ambiente é a
origem do que está sendo projetado e para auxiliar na criação de mensagens vi-
suais, além de entender como as pessoas percebem um projeto visual, deve-se
atrelar a percepção e o uso dos princípios do design.
4. Princípios do Design e seu uso na estrutura de projetos de interiores
Gurgel (2010, apud SCARPIN e GOUVEIA et al., 2014) define o design como:
A arte de combinar formas, linhas, texturas, luzes, materiais e cores para criar um espaço ou objeto que satisfaça três pontos fundamentais: a função, as necessidades objetivas e subjetivas dos usuários e a utilização coerente e harmônica dos materiais.
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Em um projeto de interiores essas premissas são essenciais para garantir a
funcionalidade do ambiente em questão e atender as necessidades do morador
e/ou seus visitantes.
Mesmo se apropriando das palavras ou imagens, o design possui alguns
princípios básicos utilizados para comunicar uma mensagem. A forma como estes
princípios são utilizados determina a estrutura dos projetos de interiores e afeta a
legibilidade da mensagem que estamos tentando comunicar ao espectador. Se-
gundo Gurgel (2011), nos processos criativos de uma decoração de uma residên-
cia deveram considerar princípios básicos como:
Equilíbrio – Organiza os elementos visuais em um arranjo esteticamente pra-
zeroso, que pode ser simétrico (quando um ambiente é dividido visualmente no
meio, os objetos de um lado se repetem no outro), assimétrico (quando não há
simetria) ou radial (circular, quando há como um movimento que vai ou vem de
um ponto central) de acordo com a figura 09.
Figura 09: Princípios - Equilíbrio Fonte: Projetando Espaços – Miriam Gurgel
Harmonia – Está relacionada diretamente a disposição formal bem organiza-
da e proporcional no todo ou entre partes de um todo. As formas, texturas, cores,
iluminação, distribuição, materiais, devem se relacionar e nunca brigar entre si.
Na figura 10 a combinação das linhas retas e curvas em objetos distintos criam
harmonia no ambiente.
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Figura 10: Princípios - Harmonia Fonte: Projetando Espaços – Miriam Gurgel
Ritmo – Cria dinamismo na composição do ambiente, ao fazer a ligação visual
entre diferentes pontos. O ritmo é a repetição do movimento das cores, formas,
valores, espaços e texturas de um elemento, é a forma como você faz o olhar
“andar” por um ambiente. No ambiente da figura 11, a repetição das linhas hori-
zontais e verticais nas prateleiras e na mesa cria ritmo no arranjo do espaço.
Figura 11: Princípios - Ritmo Fonte: Projetando Espaços – Miriam Gurgel
Escala – É a comparação entre a medida de uma representação e a medida
real do que está sendo representado. Em design de interiores podem ser utiliza-
dos dois tipos de escala, quando são comparadas medidas entre o homem e os
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objetos utiliza-se a escala humana conforme a figura 12. Se comparadas as me-
didas entre os objetos de um mesmo ambiente, utiliza-se a escala visual. A escala
humana utiliza ergonometria para determinar as dimensões dos objetos e a esca-
la visual e intuitiva é a que percebemos quando entramos num ambiente.
Figura 12: Princípios – Escala Fonte: Projetando Espaços – Miriam Gurgel
Proporção – Refere-se ao tamanho relativo. Todos os elementos devem for-
mar uma composição agradável, deve-se avaliar a relação dos móveis entre si,
com o tamanho, o pé direito e objetos do ambiente.
Contraste – A combinação de diferentes elementos do design para destacar
suas diferenças e criar equilíbrio, elementos contrastantes quando colocados jun-
tos, são enriquecidos. Na sala de jantar da figura 13, a mesa de refeições com
uma cor clara contrasta com o piso escuro, equilibrando o ambiente.
Figura 13: Princípios - Contraste Fonte: Projetando Espaços – Miriam Gurgel
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Unidade – Cria uma sensação de continuidade, um estilo, em todos os ambi-
entes através da repetição de forma variada os mesmos elementos (que po-
dem ser cores, formas, texturas, etc) em todos os ambientes ou em um só
ambiente.
Variedade – A variação de formas, texturas, cor, etc. evita um ambiente mo-
nótono.
Ênfase e centros de interesse – Os centros de interesse são utilizados para
atrair a atenção e acrescentar movimento à composição. O uso exagerados
de pontos enfatizados, poderá criar um ambiente agitado.
Na Figura 14, a repetição de elementos e variação de formas criam unidade
e variedade no espaço em destaque e utilizam-se do centro de interesse em
duas formas diferentes.
Figura 14: Princípios – Unidade, Variedade e Centro de interesse Fonte: Projetando Espaços – Miriam Gurgel
4.1. Aplicação dos princípios de design nos projetos
Na sala, representada nas figuras 15 e 16, repetição de linhas horizontais,
cria um ritmo que diminui a força visual das janelas verticais, apesar da mobília
baixa que permite total visualização do exterior. As cores usadas são harmonio-
sas, e criam uma atmosfera de tranquilidade que as linhas horizontais favorecem.
Há um equilíbrio é assimétrico (devido o abajur comprido e os puffs no lado direi-
to). O centro de interesse é o sofá baixo com almofadas em verde forte, para di-
minuir o interesse das enormes janelas. Os elementos sobre a mesa de centro
trazem variedade de cores e maior informalidade e interesse ao ambiente. Os
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móveis são proporcionais ao ambiente em largura, porem desproporcionais em al-
tura para permitir a visão total do exterior.
Figura 15: Aplicação dos Princípios – Exemplo 01 Fonte: Simples decoração
Figura 16: Aplicação dos Princípios – Exemplo 01
Fonte: Simples decoração
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As formas circulares que se repetem na mesa, no banco e em outros itens
evidenciados nas figuras 17 e 18, criam um ritmo neste ambiente e o uso de co-
res (rosa e verde, vermelho e amarelo) contrastantes e idênticas em diferentes
elementos distribuídos nesta sala relacionam-se umas com as outras originando
harmonia entre os elementos.
Figura 17: Aplicação dos Princípios – Exemplo 02 Fonte: Simples decoração
Figura 18: Aplicação dos Princípios – Exemplo 01
Fonte: Simples decoração
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As figuras 19 e 20 apresentam uma sala onde, o equilíbrio é assimétrico
(considere uma linha vertical no meio do sofá: os dois lados estão equilibrados,
mas são um pouco diferentes), os girassóis quebram a simetria. Neste ambiente a
combinação de texturas e estampas usando apenas tons de azul e o branco, traz
de uma vez a unidade, conseguida com a repetição dos azuis, variedade, ritmo
harmonia e contraste. O centro de interesse é o quadro que se destaca por ser
colorido e alegre.
Figura 19: Aplicação dos Princípios – Exemplo 03 Fonte: Casa da idea
Figura 20: Aplicação dos Princípios – Exemplo 03 Fonte: Casa da idea
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O contraste entre o preto e branco demonstrado nas figuras 21 e 22 , torna o
sofá o centro de interesse desta sala, que apresenta uma variedade de formas e
texturas.
Figura 21: Aplicação dos Princípios – Exemplo 04 Fonte: Simples decoração
Figura 22: Aplicação dos Princípios – Exemplo 04 Fonte: Simples decoração
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Nas 23 e 24 figura é possível notar que não há contraste entre as cadeiras e
a parede, neste caso as cadeiras quase “desaparecem” e não recebem o desta-
que que mereciam.
Figura 23: Aplicação dos Princípios – Exemplo 05 Fonte: Simples decoração
Figura 24: Aplicação dos Princípios – Exemplo 05 Fonte: Simples decoração
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Observando as figuras 25 e 26, percebemos que o quadro está proporcional ao
pé-direito desta sala, mas a mesa de centro está muito pequena em relação ao ta-
manho da sala e perde sua funcionalidade por estar muito distante do sofá e das
cadeiras. O espaço ocupado neste ambiente ficou desproporcional ao espaço vazio.
Figura 25: Aplicação dos Princípios – Exemplo 06 Fonte: Simples decoração
Figura 26: Aplicação dos Princípios – Exemplo 06 Fonte: Simples decoração
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5. A influência do Design na significação dos ambientes
O projeto de design de interiores envolve um denso estudo sobre o perfil dos
usuários de cada ambiente, compreendendo não só as suas necessidades, gos-
tos e características, mas também as caraterísticas e possibilidades do ambiente
físico.
O uso de certos elementos do design, a criatividade, o aproveitamento e
adaptações de algumas caraterísticas arquitetônicas do espaço, influência da ilu-
minação, das cores dos ambientes e dos princípios do design, definem o caráter e
a atmosfera da composição gerando um significado para o ambiente.
5.1. Caráter do ambiente
De acordo com Gurgel (2011, p. 73) “o caráter de um ambiente será criado a
partir da compilação de diferentes elementos, como: forma de distribuição dos
móveis, tipo de lâmpadas e iluminação, materiais e suas texturas, complementos
decorativos, entre outros”.
Cada tipo caráter possui suas caraterísticas distintas:
Formal: Equilíbrio simétrico, cores sobreas como bordô, azul- marinho, viole-
ta, roxo, vermelhos e preto, linhas predominantemente retas e verticais, texturas
mais clássicas e acabamentos nobres e iluminação mais direcionada e elaborada.
As figuras 27 e 28 indicam um caráter formal aplicado em uma sala de estar.
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Figura 27: Caráter Formal Fonte: Moda de casa
Figura 28: Caráter Formal Fonte: Moda de casa
Informal: Equilíbrio assimétrico, linhas inclinadas presentes na composição,
utilização de texturas rusticas, acabamentos mais aconchegantes e menos bri-
lhantes, os ambientes são claros com iluminação geral difusa.
O caráter informal pode ser percebido no ambiente evidenciado nas figuras
29 e 30.
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Figura 29: Caráter Informal Fonte: Moda de casa
Figura 30: Caráter Informal Fonte: Moda de casa
Sofisticado: presença de tons violetas, vermelhos- azulados ou cereja acin-
zentados, além doa amarelos alaranjados, mostarda, ouro ou bronze, texturas
nobres, acabamentos brilhantes, uso de matérias com vidro, cristal, espelho,
mármore, granito couro, entre outras coisa e a iluminação é elaborada.
Este caráter é demonstrado nas figuras 31 e 32.
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Figura 31: Caráter Sofisticado
Fonte: Moda de casa
Figura 32: Caráter Sofisticado Fonte: Moda de casa
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Exótico: Uso de cores como terracota, canela, caramelo e mel ou azuis-
esverdeados e ênfase nos complementos do ambiente, como indicado nas fi-
guras 33 e 34.
Figura 33: Caráter Exótico Fonte: Quintela Torres
Figura 34: Caráter Exótico Fonte: Quintela Torres
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Masculino: tons azuis, verde e preto e uso de linhas predominantemente re-
tas, como pode ser visto nas figuras 35 e 36.
Figura 35: Caráter Masculino Fonte: Moda de casa
Figura 36: Caráter Masculino Fonte: Moda de casa
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Feminino: Tons pastel de vermelho e laranja e uso de linhas predominante-
mente curvas, perceptível no quarto das figuras37 e 38.
Figura 37: Caráter feminino Fonte: Moda de casa
Figura 38: Caráter feminino
Fonte: Moda de casa
5.2. Atmosfera do ambiente
Ao entrar em um ambiente, através de impacto visual, percebem-se alguns
significados devido ao comando inconsciente que o ambiente transmite. Gurgel
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(2011, p. 77) destaca que esses comandos poderão ser: “comporte-se” ou “rela-
xe-se”, “fale baixo” ou “não imposta o barulho que vamos fazer” e completa que
as cores transmitem vibrações e energia que nos afetam diretamente criando os
diferentes tipos de atmosfera.
Para criar uma atmosfera tranquila, calma e relaxante são utilizados tons cla-
ros a médios, tons pastel de azul ou verde e lavanda, as linhas predominantes
são horizontais e curvas e a iluminação é suave e intimista o que é evidenciado
nas figuras 39 e 40.
Figura 39: Atmosfera tranquila, calma e relaxante Fonte: MRV decora
Figura 40: Atmosfera tranquila, calma e relaxante
Fonte: MRV decora
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Com a utilização do branco, cores “off-White” ou esquema de cores neutras
obtém-se uma atmosfera luminosa. Variedade nas texturas, texturas brilhantes
(refletem a luminosidade) e luz difusa também auxiliam nessa atmosfera, como
apresentado nas figuras 41 e 42.
Figura 41: Atmosfera luminosa Fonte: Moda de casa
Figura 42: Atmosfera luminosa Fonte: Moda de casa
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Nas figuras 43 3 44 uma atmosfera espaçosa é apresentada com uso de co-
res frias e tons claros. Padronagens pequenas podem ser utilizadas, pois tam-
bém aumentam a sensação espacial do ambiente.
Figura 43: Atmosfera espaçosa Fonte: Moda de casa
Figura 44: Atmosfera espaçosa Fonte: Moda de casa
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Equilíbrio simétrico, iluminação intimista, textura mais rusticas, são as melho-
res opções para uma atmosfera aconchegante. As cores quentes são mais acon-
chegantes que as frias, elas aproximam as superfícies do observador. Os com-
plementos decorativos podem ajudar na finalização deste ambiente, como de-
monstrado nas figuras 45 e 46.
Figura 45: Atmosfera aconchegante Fonte: Moda de casa
Figura 46: Atmosfera aconchegante Fonte: Moda de casa
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A atmosfera dinâmica e estimulante está ligada a movimento e estimulo visu-
al, portanto cores vivas são sempre utilizadas. Distribuição assimétrica, linhas
curvas, quebradas ou angulares devem prevalecer nesta composição. As figuras
47 e 48 demonstram esta atmosfera.
Figura 47: Atmosfera dinâmica e estimulante Fonte: Moda de casa
Figura 48: Atmosfera dinâmica e estimulante Fonte: Moda de casa
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6. Interação do ambiente decorado e seus usuários
O ambiente pode ser dito como um espaço físico delimitado (ambiente fecha-
do), que envolve ou está à volta de alguma coisa ou pessoa. Para Gomes (2003,
p.207) “o conceito de ambiente abrange e acolhe inúmeras atividades humanas e
apresenta também categorias, varias classe e características de uso”. O autor
ainda cita que isso acontece em função dos diferentes contextos culturais em re-
lação a múltiplos aspetos da vida: sociais, psicológicos, comportamentais, políti-
cos, econômicos, etc., principalmente no que se refere aos espaços habitacionais.
A decoração de um ambiente refere-se a torná-lo esteticamente mais agradável,
proporcionando o prazer pessoal, conforto e bem-estar aos seus usuários.
O processo de interação entre o ambiente e os usuários se dá desde o início
do projeto de decoração. Gurgel (2011, p. 17) argumenta que todo projeto deve
partir de um “briefing”, ou seja, o perfil do cliente. Nesse momento é fundamental
o levantamento das características de cada uma das pessoas as quais se desti-
nam o projeto, como particularidades, temperamentos, anseios, hobbies, expecta-
tivas e prioridades.
Além disso, é essencial saber o que os usuários desejam em cada ambiente,
por exemplo, dimensões mínimas, iluminação, mobiliários, estímulos visuais, en-
tre outras necessidades. Portanto entender cada usuário envolvido, a finalidade
do ambiente e as características existentes do espaço físico são o ponto de parti-
da para uma boa decoração.
Em muitos casos, a colocação dos objetos e dos mobiliários usados na deco-
ração é uma escolha de quem a ocupa, tendo em vista o conforto e a interação do
ambiente com o usuário. Em uma reportagem da revista de decoração Casa
Claudia, foi descrito o caso de um empresário, o Celso Freitas, recém-separado
que comprou um apartamento e a filha, Paula, arquiteta que o ajudou na decora-
ção do novo lar.
Na entrevista ele afirma que, “Aqui tem muita opinião minha”, e que foi ele
quem definiu os tons das paredes, bolou a mesa de refeições, comprou alguns
moveis e objetos de decoração.
Paula deu ótimas ideias, mas não abri mão de algumas escolhas, como o fendi fechado nas paredes. Adoro essa cor, superaconche-gante. Gosto do contraste com o branco do teto e do painel atrás do
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sofá, desenhado por ela para emoldurar a estante, que ocupou o ni-cho da lareira. [...] Minha filha foi essencial para definir o layout do apartamento e as medidas dos moveis. Ao encontrar o pendente que queria liguei para ela da loja e descrevi. Paula aprovou. Só não co-mentei que iria pinta-lo de dourado por dentro.
Neste caso, o usuário teve total interação com o ambiente desde a compra do
apartamento até a finalização da decoração, com o auxilio da arquiteta eles cria-
ram um ambiente que propicia o bem-estar, conforto visual e com a identidade do
proprietário, como pode ser observado na figura 49.
Figura 49: Atmosfera dinâmica e estimulante Fonte: Revista Cláudia
7. Considerações Finais
Ao termino deste artigo, pode ser considerado que, através da percepção vi-
sual os usuários dos ambientes experimentam sensações e emoções de acordo
com as cores, materiais, mobiliários, etc. presentes no espaço. Isso é resultado
da utilização dos princípios do design que contribuem para a transmissão dessas
mensagens visuais.
O design também contribui no sentido de gerar significados ao ambiente.
Quando seus elementos são aplicados adequadamente, eles determinam o cará-
ter, a atmosfera e o estilo do espaço decorado.
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Ficou evidenciado que para que a decoração torne os ambientes agradáveis
e proporcione conforto aos seus ocupantes é necessário que haja uma interação
entre o ambiente e o usuário. Para isso é preciso saber as reais necessidades
dos usuários e a características físicas do ambiente.
Contudo, este artigo se mostra de extrema importância para profissionais da
área de arquitetura e design de interiores, por demonstrar resultados satisfatórios
em projetos de decoração.
8. Referências
Atmosfera de um ambiente. Disponível em: <https://modadecasa.wordpress.com/?s=atmosfera+de+um+ambiente>. Acesso em: Abril/2016
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