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1 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO Campus Garanhuns CURSO: DISCIPLINA: PROF°: DISCENTE: GEOLOGIA E GEOMORFOLOGIA ESTRUTURA INTERNA DA TERRA Quando só existia o meio natural, o homem escolhia da natureza aquelas partes ou aqueles aspectos considerados fundamentais ao exercício da vida, valorizando diferentemente, segundo os lugares e as culturas, as condições naturais que constituíam a base material da existência do grupo. Para aproveitar ao máximo os fatores naturais, os indivíduos precisam compreender a formação e a dinâmica do relevo, a origem de fenômenos às vezes catastróficos, como os sismos e o vulcanismo, e localizar os recursos úteis e exploráveis. Esse conhecimento deve permitir às sociedades, de acordo com seus meios, agir e reagir de maneira consciente, racional e responsável sobre os aspectos físicos dos espaços em que vivem. Com o desenvolvimento dos estudos sismográficos e dos métodos de observação e análise do interior do planeta, novas zonas de transição foram encontradas, delineando com maior precisão as esferas internas, suas composições, densidades e estruturas. Mostrou-se que a crosta, o manto e o núcleo são zonas heterogêneas. Partindo das velocidades de propagação das ondas sísmicas, calculam-se as densidades das camadas principais e de suas subdivisões, para em seguida buscar a identificação das rochas presentes nessas camadas. As camadas são subdivididas em: 1. Litosfera ou epigeosfera subdividida em: Crosta continental e oceânica 2. Manto superior e inferior 3. Núcleo externo e interno Entre essas camadas encontramos as zonas de transição denominadas de descontinuidade. 1 Litosfera ou Epigeosfera ou Crosta Terrestre é a mais exterior das camadas. Apresenta uma profundidade média de 75 km, variando de menos de 50 km a mais de 125 km. É mais espessa sob os continentes do que sob os oceanos. Segundo alguns cientistas como Jurandyr Ross, admite-se, atualmente que a litosfera se divide, na verdade, em duas crostas uma continental ou granítica (SIAL/silício e alumínio), rica em silicatos de alumínio e outra crosta oceânica ou basáltica (SIMA/silício e magnésio), constituída em grande parte por silicatos de magnésio e por rochas básicas como os basaltos e os diabásios. A crosta oceânica apresenta maior densidade do que a crosta continental. 2 Manto Terrestre é constituído por um material fluídico, pastoso e incandescente. Entre o manto e a crosta existe uma camada denominada de ASTENOSFERA (do grego asthenes = “fraqueza”, e spheaera = “esfera”). Nela ocorrem os movimentos das correntes de convecção do manto, responsáveis pelo deslocamento das placas tectônicas. É dela que provem o material vulcânico. O manto encontra-se separado da crosta terrestre pela chamada Descontinuidade de Mohorovicic e representa aproximadamente 83% do volume do planeta. Está subdividido em: Manto superior apresenta uma espessura de aproximadamente 970 km e se mostra em estado de fusão ou também conhecido como magnético. É nesta zona que ocorrem os sistemas de correntes de convecção do manto. Manto inferiorapresenta uma espessura de cerca de 1900 km e, supõe-se, encontrar-se em estado sólido, uma vez que as ondas P e S nele se propagam. 3 Núcleo Central da Terra (NIFE/níquel e ferro) é constituído provavelmente pelos dois elementos mais pesados existentes na pirosfera, devido à força centrípeta do movimento de rotação da Terra. É a camada que produz o campo eletromagnético do Planeta. O contato do campo eletromagnético com o vento solar contribui para a formação

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO

Campus Garanhuns

CURSO:

DISCIPLINA:

PROF°:

DISCENTE:

GEOLOGIA E GEOMORFOLOGIA

ESTRUTURA INTERNA DA TERRA

Quando só existia o meio natural, o homem escolhia da natureza aquelas partes ou aqueles aspectos considerados fundamentais ao exercício da vida, valorizando diferentemente, segundo os lugares e as culturas, as condições naturais que constituíam a base material da existência do grupo.

Para aproveitar ao máximo os fatores naturais, os

indivíduos precisam compreender a formação e a dinâmica do relevo, a origem de fenômenos às vezes catastróficos, como os sismos e o vulcanismo, e localizar os recursos úteis e exploráveis. Esse conhecimento deve permitir às sociedades, de acordo com seus meios, agir e reagir de maneira consciente, racional e responsável sobre os aspectos físicos dos espaços em que vivem.

Com o desenvolvimento dos estudos sismográficos e dos métodos de observação e análise do interior do planeta, novas zonas de transição foram encontradas, delineando com maior precisão as esferas internas, suas composições, densidades e estruturas. Mostrou-se que a crosta, o manto e o núcleo são zonas heterogêneas. Partindo das velocidades de propagação das ondas sísmicas, calculam-se as densidades das camadas principais e de suas subdivisões, para em seguida buscar a identificação das rochas presentes nessas camadas. As camadas são subdivididas em: 1. Litosfera ou epigeosfera subdividida em: Crosta – continental e oceânica 2. Manto – superior e inferior 3. Núcleo – externo e interno Entre essas camadas encontramos as zonas de transição denominadas de descontinuidade.

1 – Litosfera ou Epigeosfera ou Crosta Terrestre – é a

mais exterior das camadas. Apresenta uma profundidade média de 75 km, variando de menos de 50 km a mais de 125 km. É mais espessa sob os continentes do que sob os oceanos. Segundo alguns cientistas como Jurandyr Ross, admite-se, atualmente que a litosfera se divide, na verdade, em duas crostas – uma continental ou granítica (SIAL/silício e alumínio), rica em silicatos de alumínio e outra crosta oceânica ou basáltica (SIMA/silício e magnésio), constituída em grande parte por silicatos de magnésio e por rochas básicas como os basaltos e os diabásios. A crosta oceânica apresenta maior densidade do que a crosta continental. 2 – Manto Terrestre – é constituído por um material fluídico,

pastoso e incandescente. Entre o manto e a crosta existe uma camada denominada de ASTENOSFERA (do grego asthenes = “fraqueza”, e spheaera = “esfera”). Nela ocorrem

os movimentos das correntes de convecção do manto, responsáveis pelo deslocamento das placas tectônicas. É dela que provem o material vulcânico. O manto encontra-se separado da crosta terrestre pela chamada Descontinuidade de Mohorovicic e representa

aproximadamente 83% do volume do planeta. Está subdividido em:

Manto superior – apresenta uma espessura de

aproximadamente 970 km e se mostra em estado de fusão ou também conhecido como magnético. É nesta zona que ocorrem os sistemas de correntes de convecção do manto.

Manto inferior– apresenta uma espessura de cerca

de 1900 km e, supõe-se, encontrar-se em estado sólido, uma vez que as ondas P e S nele se propagam. 3 – Núcleo Central da Terra (NIFE/níquel e ferro) – é

constituído provavelmente pelos dois elementos mais pesados existentes na pirosfera, devido à força centrípeta do movimento de rotação da Terra. É a camada que produz o campo eletromagnético do Planeta. O contato do campo eletromagnético com o vento solar contribui para a formação

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das Auroras Boreais. O núcleo ocupa aproximadamente 17% do volume total da Terra. Estende-se desde 2.900 km até o centro do planeta. Divide-se em núcleo externo (líquido), separado do manto inferior pela Descontinuidade de Gutemberg, e o núcleo interno

(provavelmente sólido), separado do núcleo externo pela Descontinuidade de Lehmans.

MÉTODOS GEOFÍSICOS DE INVESTIGAÇÃO DA ESTRUTURA INTERNA DA TERRA

I. Sísmicos - permitem uma melhor compreensão do

deslocamento das ondas sísmicas através de camadas com atributos físicos particulares. As principais ondas analisadas são: P, S, Rayleigh e Love. Ondas P – Ondas Internas - são as primeiras ondas

vibratórias, longitudinais que se deslocam tanto por meios sólidos quanto pastosos. Sua intensidade varia dependendo da densidade do meio. Nas ondas P, as partículas do meio vibram paralelamente à direção de propagação correspondendo a deformações de dilatação e compressão da estrutura litosférica. Ondas S – Ondas Internas - são as vibrações

secundárias e transversais que ocorrem aproximadamente 200 segundos após as ondas P. São perpendiculares à direção de propagação se deslocando apenas por meios sólidos, provocando a sensação de sacudida vertical do terreno atingido. Correspondem a deformações tangenciais também chamadas de cisalhamento.

Ondas Rayleigh – Ondas Superficiais - a onda superficial

Rayleigh é uma combinação de vibrações P e S, apresentando tanto características de dilatação e contração, como também oscilações verticais. Possuem efeitos intensos podendo provocar a liquefação do relevo, ou seja, o desmanche de vulcões e montanhas. Ondas Love – Ondas Superficiais - as ondas Love

correspondem a superposições de ondas S com vibrações concentradas nas camadas mais externas da Terra. Também apresentam intenso caráter destrutivo. Uma característica das ondas superficiais é que a velocidade de propagação depende também do período da oscilação. As ondas Love, em geral, têm velocidade de propagação maior do que as ondas Rayleigh.

II. Gravimétricos – destinam-se a análise e a medição do

valor da gravidade em zonas diversas da Terra. Permite deduzir as densidades das camadas rochosas. III. Magnéticos – permitem investigar o valor do magnetismo

nas várias camadas terrestres. Por meio da aplicação desses métodos, pode-se identificar o corpo rochoso existente numa determinada região, uma vez que há rochas que têm elevado grau de magnetismo, às vezes quase nulo. Essas rochas apresentam minerais ferromagnéticos que

se mantêm direcionados de acordo com a direção do campo magnético do planeta no momento em que se solidificaram. Esses minerais fósseis nos possibilitam detectar as reversões do campo geomagnético e com isso entender com maior credibilidade o processo de expansão do assoalho oceânico.

AS CORRENTES DE CONVECÇÃO DO MANTO

“Pelo menos nas etapas primitivas da história terrestre, o resfriamento (da Terra) deve ter sido por convecção no substrato. Neste processo, as correntes de materiais relativamente quentes e leves foram subindo em certos lugares, produzindo-se deste modo o aquecimento da base da crosta, se bem que parte do calor pôde escapar dela por condução.

Ao chegarem à parte mais alta, as correntes se difundiram em todas as direções a partir de cada centro, até que encontraram as correntes similares a partir dos centros próximos e então voltaram para baixo. As correntes descendentes se compõem de materiais mais frios e ligeiramente mais pesados. A força de convecção aumenta com a diferença de densidade entre a coluna central e as marginais.

Esta espécie de circulação continuou até as proximidades do ponto de solidificação de material

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correspondente (...) Onde as correntes de convecção circulam horizontalmente ao longo da superfície inferior da crosta, exercem um poderoso arrasto sobre esta última, ocasionando tensão em pontos de divergência e compressão nos de convergência. Assim, seria de esperar que as zonas orogenéticas se formassem ali onde duas correntes próximas se voltam para o interior.

(HOLMES, A. Geologia Física, p. 406, 407)

Correntes de Convecção

Movimentos relacionados aos esforços tectônicos

Orogênese (do grego oro = “montanha” e génesis =

“nascimento”) – são pressões provocadas por movimentos horizontais na litosfera que dependendo da resistência oriunda da natureza da rocha podem formar as dobras ou falhas.

Nas dobras, que é o momento em que a rocha encontra-se do tada de certa plasticidade, pode ocorrer a formação de grandes cadeias montanhosas como os Andes, os Alpes, o Himalaia, as Rochosas e a Cadeia do Atlas.

Nas falhas, ocorre uma ruptura ou desnivelamento na continuidade das camadas que apresentam certo grau de rigidez. O índice de plasticidade é inexistente ou insuficiente para resistir ao esforço. É comum a formação de pilares tectônicos conhecidos também como Horst,

segundos os geólogos estruturalistas. As falhas e as dobras podem ocorrer em

qualquer tipo de rocha. Porém as dobras são mais comuns em formações sedimentares e as falhas em formações cristalinas.

Elementos de uma dobra: Sinclinal: Parte do dobramento em forma de “U”. Parte

côncava voltada para cima. Anticlinal: Parte do dobramento onde se localiza o topo das

montanhas. Parte convexa.

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Epirogênese - do grego épeiros = “continente” e génesis =

“nascimento”) - são movimentos lentos de subida (soerguimento) e descida (rebaixamento) dos continentes sem a ocorrência de grandes modificações estruturais como na orogênese. Podem ser, ainda, denominados isostasia, pois a litosfera tende a assumir uma forma de equilíbrio flutuante, como por exemplo os icebergs ou até mesmo um cubo de gelo dentro de um copo com água. Algo semelhante acontece quando estamos boiando em uma piscina ou mesmo no mar, observamos que a maior parte do nosso corpo fica submerso.

Além do arqueamento e rebaixamento, esse movimento provoca falhamentos ou sistemas de falhas na crosta, ocorridos normalmente nas bordas das placas tectônicas, bem como, transgressões (avanço) e regressões (recuo) marinhas, exercendo um importante papel na geomorfologia litorânea. - Fratura ou Diáclase: são áreas onde o movimento epirogenético provocou apenas a quebra das camadas rochosas, porém sem provocar deslocamentos nítidos entre as partes quebradas. São pontos onde a erosão passa a atuar com mais intensidade. - Falhas ou Paráclases: são movimentos lentos no

sentido vertical em rochas de estrutura resistente ou rígida e terminam por provocar a quebra ou ruptura das camadas rochosas e descolamentos nítidos das partes quebradas. O principal tipo de falha é a chamada Falha Normal, na qual encontraremos o horst (parte levantada da falha) e o graben ou fossa (parte rebaixada da falha).

Evolução do Graben/Horst

Observações complementares!!!

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TEORIA DA TECTÔNICA DE PLACAS

E A DERIVA CONTINENTAL

Em 1915, o climatologista alemão Alfred Wegener

lançou a Teoria da Deriva Continental. Em seu livro A Origem dos Oceanos e dos Continentes, Wegener dizia

que durantes o período Pré-Cambriano, os continentes formavam um só bloco denominado Pangea (termo grego que significa todos continentes). O pesquisador baseava-se na semelhança do contorno entre o litoral leste do Brasil e oeste africano, e a possibilidade de encaixe dos continentes como se fora um grande quebra-cabeças. Além disso, a semelhança entre a estrutura geológica e de alguns fósseis animais e vegetais encontrados em áreas separadas por milhares de quilômetros era uma prova de que os continentes estariam navegando à deriva, deslizando sobre as “Correntes de convecção do Manto”, na Astenosfera.

Teoria da Expansão dos Fundos Oceânicos

A partir de 1960, Hess dizia que o material de natureza

basáltica existente no fundo dos oceanos formar-se-ia nas dorsais submarinas, que são regiões de fortíssimas tensões na crosta. O material rochoso iria se afastando das dorsais, onde entraria material sucessivamente mais novo, provavelmente trazido pelas correntes de convecção do manto. A suposição de Hess era que o assoalho se expandisse, portanto, ao longo das cordilheiras submarinas e que uma nova camada rochosa, que se depositava, se deslocasse para ambos os lados da cordilheira.

A Teoria da tectônica de placas considera que a litosfera

compõe-se de grandes blocos rígidos em movimentos, denominados placas litosféricas, que se deslocam uns em relação aos outros, flutuando sobre a astenosfera.

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Direção e velocidade no deslocamento das Placas

Correntes de Convecção e as zonas de colisão e afastamento

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Tipos de Movimentos de Placas

Os limites onde as placas se encontram são claramente lugares dinâmicos, embora apresentem mudanças lentas. Movimentos Divergentes: (ZONAS DE ADUCÇÃO)

Corresponde ao movimento de separação entre as placas, constituindo uma fronteira construtiva. É exemplo dessa situação a relação entre as placas da África e da Somália. Como consequência dessa interação, tem-se a formação de lagos tectônicos, como os existentes no leste da África. Originados pela formação das fossas tectônicas, também conhecidas como rift valley, além das cordilheiras inter-oceânicas, denominadas de Dorsais meso-oceânicas, acompanhadas por uma rede de falhas laterais e transformantes.

Dorsais oceânicas

Dorsais do Pacífico e Atlântico

Limites divergentes ou construtivos

(afastamento das placas)

Rift valley

Movimentos Convergentes: (ZONAS DE SUBDUCÇÃO E OBDUCÇÃO) Corresponde ao movimento de colisão entre

as placas, que podem ocorrer entre: Crosta oceânica - Crosta continental - como exemplo de placas com esse movimento pode ser citada a de Nazca com a Sul-americana. Como conseqüências dessa interação têm-se a formação de: arcos vulcânicos, montanhas litorâneas, como os Andes e fossas oceânicas, isto é, áreas de maiores profundidades dos oceanos.

Crosta oceânica – Crosta oceânica – como exemplo de placas com esse movimento pode ser citada a do Japão com a do Pacífico. Como conseqüências dessa interação têm-se a formação de: fossas oceânicas, arcos de ilhas, cuja origem se dá a partir do vulcanismo submarino.

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Crosta Continental – Crosta continental - como exemplo de placas com esse movimento, pode ser citada a Indiana com a Euro-asiática. Nesse movimento uma característica presente é o cavalgamento da crosta oceânica localizada entre as duas crostas continentais, sobre a crosta continental denominado de obducção. Esse fenômeno é diagnosticado sobretudo, pela presença se linhas de ofiolitos que são rochas típicas da crosta oceânica. Como consequências dessa interação têm-se a formação de cadeias montanhosas continentais de elevada altitude e devido a compressão posterior de duas placas continentais espessas a probabilidade do surgimento do vulcanismo é reduzida e com o tempo se torna inexistente.

Movimento Transformante: Corresponde aos

deslizamentos laterais entre as placas. É um contato conservativo entre as placas, pois a litosfera não é criada ou destruída durante o movimento. A Falha de Santo André, localizada no contato entre as placas Juan de Fuca e Norte-americana, é o principal exemplo de movimento tangencial ou transformante.

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HOT SPOTS

São pontos quentes e estacionários que se formam no manto (plumas do manto). Formam sequências de cordilheiras submarinas com a presença de vulcões e ilhas oceânicas. São utilizados como referencial para medir a velocidade das placas através de um método conhecido como datação radiométrica.

AGENTES ENDÓGENOS, INTERNOS OU FORMADORES DO RELEVO

Vulcanismo – é o processo de exteriorização do magma interior através de fissuras na litosfera, provocado por pressões e explosões na base da litosfera. A sua ocorrência está associada a terrenos geologicamente novos. A maior concentração de vulcões ativos é o Círculo ou Cinturão de Fogo do Pacífico que se estende da Oceania, passando pelas ilhas Nipônicas (Japão), Estreito de Bering, Alasca, América do Norte, Central e do Sul.

Tipos de Vulcões

Círculo de Fogo do Pacífico

VULCANISMO NO BRASIL

Atualmente não existem vulcões ativos em nosso território, porém existem evidências geológicas que aqui ocorreram intensas atividades vulcânicas, principalmente durante a era Mesozóica, na região que vai de São Paulo até o Rio Grande do Sul, onde o intenso derrame basáltico, que deu origem mais tarde ao solo de terra roxa. Esse derrame é identificado pelos pesquisadores como o maior do planeta já registrado. Outras manifestações mais recentes ocorreram no final da era Mesozóica e início da era Cenozóica Terciária, apresentando como resultado à origem das ilhas oceânicas brasileiras como: Fernando de Noronha, Trindade e Martin Vaz, os Penedos de São Pedro e São Paulo.

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Abalos Sísmicos (Terremoto/Maremoto)

São tremores sofridos pela superfície da litosfera provocados principalmente por explosões na base da litosfera e deslocamento de placas tectônicas. Tem como causa também o acomodamento de terreno e explosões vulcânicas. A ocorrência do Abalo Sísmico propriamente dito está associada também a terrenos geologicamente novos. Estes abalos, quando ocorrem no continente, são chamados de Terremotos e, quando ocorrem no oceano, recebem o nome de Maremotos (no Japão o maremoto recebe o nome de “Tsunami”). A fonte de onde partem as ondas vibratórias é denominada Hipocentro, e o ponto da

superfície localizado diretamente sobre o foco é chamado de Epicentro. Terremoto

Escala Richter – desenvolvida em 1935 pelos sismólogos

Charles Francis Richter e Beno Gutenberg, mede a amplitude e a magnitude do terremoto. A escala Richter varia de 0 a 9 graus de acordo com a extensão do movimento do solo medindo ondas do tipo P e S.

Escala Mercalli – criada em 1902 pelo sismólogo italiano

Giusseppe Mercalli mede a intensidade e a capacidade destrutiva do terremoto. Essa escala, ao contrário da escala de Richter não se baseia em registros sismográficos e sim nos efeitos ou danos produzidos nas estruturas e percebido pelas pessoas nas imediações do abalo. Para um mesmo sismo, a intensidade pode ser diferente em diversas localidades reportadas.

Tipos de Terremotos Desmoronamentos Internos: Ocorrem nas camadas de

rochas no interior da Terra provocando terremotos locais de pequena intensidade. Causas Vulcânicas: São explosões Internas ou

acomodações de materiais nos bolsões ou vazios que surgem após a expulsão do magma do interior da Terra.

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Causas Tectônicas: Ocorrem nas bordas das placas

tectônicas e é de grande intensidade e violência. Maremoto - Tsunami

I. Causas tectônicas

II. Causas vulcânicas

Podem ocorrer também devido a deslizamentos de

massa submarinos ou ainda pela colisão de um asteróide de grandes proporções com o planeta.

Minerais e Rochas. Conceitos básicos Mineral - é definido como sendo “um elemento ou

composto químico de ocorrência natural formado como um produto de processos inorgânicos”.

Minério - é definido como um mineral que pode ser

explorado economicamente.

Jazida - constitui toda a concentração elevada de um

mineral ou mineralóide em áreas restritas na superfície terrestre. Rocha - é um agregado de minerais, embora possa ser

constituída apenas por um tipo de mineral.

CLASSIFICAÇÃO

Quanto à Cristalografia:

1- Holocristalina – quando todos os seus elementos estão

em forma de cristais. Ex. diabásio e granito.

2- Hemicristalina – quando os minerais se combinam de

forma mista, podendo se dispor em cristais ou ser amorfos. Ex. riolito, equivalente vulcânico do Granito

3- Vítrea – quando todos os seus elementos são amorfos. Ex.

Obsidiana (vidro vulcânico)

Ciclo Petrológico

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Quanto à origem:

Magmática ou ígnea ou efusiva – deve sua gênese ao

processo de solidificação do magma que pode ser de dois tipos: a) Intrusiva ou Plutônica – quando o magma solidifica-se lentamente no interior da geosfera. Ex. granito, gabro e diabásio. b) Extrusiva ou Vulcânica – quando o magma solidifica-se rapidamente no exterior da geosfera. Ex. basalto, traquito, siolitos e andesitos.

Obs:. As rochas cristalinas também podem ser divididas quanto à visualização a olho nu de seus cristais. Dizemos serem faneríticas quando os cristais podem ser vistos a olho nu e afaníticas quando são vistos apenas por

microscópios. Sedimentares ou Estratificadas – devem a sua origem a

acumulação de elementos diversos, pode ser de três tipos: a) Detrítica ou clásticas – a partir da sedimentação de detritos de outras rochas. Ex. areia, argila, travertino, dolomita, arenito, silte e etc. b) Orgânica – a partir da sedimentação de matéria orgânica. Ex. carvão mineral (antracito, hulha, linhito e turfa) e calcário. Obs:. Cerca de 90% do calcário existente no planeta é de

origem orgânica, porém também podem ser encontrados calcários de origem inorgânica. c) Química – a partir da sedimentação de elementos químicos. Ex. estalactite, estalagmite, sal-gema. Metamórfica – a sua origem tem como responsável a

transformação sofrida por uma rocha pré-existente em sua estrutura física e/ou química devido à variação de temperatura e pressão. Ex. - Granito se transforma em gnaisse - Calcário se transforma em mármore - Argila se transforma em ardósia - o quartzito surge do arenito quartzoso e etc.

Rochas hipoabissais

São rochas que se formam numa profundidade média entre as plutônicas ou abissais e as efusivas ou vulcânicas. Sua ocorrência é verificada através de lacólitos, filões etc. e pela textura microgranular.

ESTRUTURA GEOLÓGICA E RECURSOS MINERAIS

São reconhecidos três grandes domínios estruturais ou macroformas geológicas no relevo terrestre:

Crátons ou plataformas;

Bacias sedimentares;

As cadeias orogênicas ou cinturões orogenéticos. I. Crátons ou plataformas

São estruturas geológicas que no decorrer do

tempo sofreram intenso processo erosivo. De modo geral apresentam-se como formas de relevo rebaixadas ou desgastadas. São de origem Pré-cambriana e atualmente assumem feições de baixos planaltos ou até mesmo depressões. Quando aparecem sob forma de afloramentos rochosos de quilômetros de extensão, são denominados de escudos cristalinos. Quando se encontram encobertos por terrenos sedimentares, denominam-se plataformas. Essas

áreas apresentam grande potencial de minerais metálicos e não metálicos. Ex. Escudo Guiano, Brasileiro, Canadense, Chinês, Australiano, Russo-Fernosândico, Guineano e o Fino-Escandinavo. Representação esquemática

II. Bacias Sedimentares

Constituem-se áreas de crátons ou plataformas com feições côncavas que foram sendo preenchidas por sedimentos e detritos, assim como matéria orgânica ao longo do tempo geológico. Apresentam grande potencial para a formação de combustíveis fósseis como o petróleo, carvão mineral, gás natural e xisto betuminoso.

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Ex. Bacia sedimentar Amazônica, do Meio-Norte e do Paraná, no Brasil. A do Mississipi-Missouri, nos Estados Unidos. A do Chade, na África e também a do Centro-Norte da Europa e a do Centro-Sul da Austrália.

III. Cadeias orogênicas ou dobramentos antigos e recentes

Correspondem a grandes dobramentos provocados

por movimentos orogênicos ao longo das eras geológicas. Os dobramentos antigos remontam ao Pré-cambriano

e ao Paleozóico, como principais exemplos, destacam-se: os Montes Apalaches (EUA), Alpes Escandinavos (Península da Escandinávia), Montanhas Caledônicas (Escócia) e as Serras do Mar e Mantiqueira no Brasil, formadas durante o ciclo brasiliano.

Os dobramentos recentes ou terciários correspondem às cadeias montanhosas que se formaram durante episódios de orogênese no final do Mesozóico e início do Cenozóico (terciário). Dentre esses dobramentos podemos destacar: os montes Everest (8.848m) e Kanchejunga (8.586 m), K2 (8.611m), no Himalaia; o Aconcágua (6.962m), nos Andes; e o McKinley (6.194m), nas Montanhas Rochosas.

Pico nevado do K2 no Paquistão – A montanha da Morte

RELEVO

O relevo terrestre é todo o desenho apresentado pela

superfície da litosfera sendo o resultado da interação de forças (agentes) que ora agem no interior da geosfera (endógenos) e fora, no exterior da geosfera (exógenos). O resultado da luta entre essas forças é objeto de estudo da GEOMORFOLOGIA. “Ciência que estuda as formas de relevo, tendo em vista a origem, estrutura, natureza das rochas, o clima da região e as diferentes forças endógenas e exógenas que, de modo geral, entram como fatores construtores e destruidores do relevo terrestre.”

(Antônio Teixeira Guerra e Antônio José Teixeira Guerra. Novo Dicionário Geológico e Geomorfológico)

ERAS GEOLÓGICAS

A geologia histórica divide a idade da Terra (+/- 5 bilhões de anos) em eras, tendo como referência à evolução da vida. (zóica = vida).

Origem dos nomes dos períodos das eras geológicas CENOZOICO Quaternário

Pleistoceno – a maioria das espécies. Holoceno – todas as espécies atuais. Terciário

Paleoceno – período que possui animais primitivos. Eoceno – raras espécies atuais. Oligoceno – poucas espécies. Mioceno – aproximadamente a metade das espécies atuais. Plioceno – um número maior de espécies. MESOZOICO

Triássico – refere-se aos três tipos de terrenos que apareceram nessa idade (arenito, calcário e marga). Jurásssico – nome relacionado ao maciço de Jura na França, que contém terrenos desse período geológico. Cretáceo – termo que vem de Creta, que significa “giz” (calcário) em latim, encontrados em terrenos dotados desse período. PALEOZOICO Cambriano – vem de Câmbria, antiga denominação dada pelos romanos ao País de Gales. Ordoviciano e Siluriano- de ordovícios e siluros, antigos habitantes do País de Gales. Devoniano – origina-se do condado de Devon, na Grã-Bretanha. Carbonífero – corresponde aos grandes depósitos de carvão formados nesse período. Permiano – origina-se do distrito de Perm, localizado na Rússia.

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EVOLUÇÃO FÍSICA OU ESTRUTURAL DA TERRA

ERAS

CARACTERÍSTICAS OU ACONTECIMENTOS

GERAIS NO BRASIL

Cenozoica

Quaternário

+ ou – 1 milhão

Aparecimento do Homo sapiens. Últimas glaciações (Na América do Norte, a glaciação chegou até a região dos grandes lagos. Na Europa, as glaciações do quaternário receberam os nomes de rios da Alemanha: Günz, Mindel, Riss e Würm, correspondentes às glaciações de Nebraska, Kansas, Illinois e Wisconsin na América do Norte.

Sedimentação quaternária como a do Pantanal, as litorâneas e ao longo do vale amazônico, assim como na Ilha de Marajó. Sedimentação intensa no curso médio da bacia Amazônica e na porção norte do Patanal.

Terciário + ou –

69 milhões

Formação das cordilheiras atuais (dobramentos modernos): Alpes, Andes, Himalaia, Rochosas, Atlas (Terciário). --Desenvolvimento dos mamíferos e fanerógamos. Extinção dos grandes répteis.

Início da formação das bacias terciárias como a do Pantanal e a Amazônica. Atividade vulcânica e formação de Fernando de Noronha entre 2 e 12 milhões de anos.

Mesozoica (220 -69 milhões de anos)

Cretáceo Jurássico Triássico

Intensa atividade vulcânica. Início da separação da Pangea. Formação do Petróleo. Formação das bacias sedimentares. Répteis gigantes e florestas de coníferas.Primeiros mamíferos e aves.

Atividade vulcânica e formação da ilha de Trindade e Martin Vaz no início do Cretáceo e dos Rochedos de São Pedro e São Paulo.Derrames basálticos na Região Sul (Formação do planalto arenito-basáltico). Formação do Petróleo. Formação das bacias sedimentares como a Paranaica, Sanfranciscana e do Meio-Norte.

Paleozoica (600-220 milhões de anos)

Permiano Carbonífero Devoniano Siluriano Ordoviciano Cambriano

Desenvolvimento do processo de sedimentação e formação de bacias sedimentares.Formação de jazidas carboníferas. Anfíbios, criptógamos.

Diastrofismo caledoniano no Siluro-devoniano que origina as serras de Paranapiacaba (PR) e dos Pirineus (GO). Formação das bacias sedimentares antigas do varvito, rocha sedimentar glacial, em Itu (SP). Formação das jazidas carboníferas do sul do país. Início da formação das bacias sedimentares Paranaica e Sanfranciscana.

Peixes e vegetação no continente. Mar Devoniano e explosão da vida aquática.

Invertebrados, grande número de fósseis e vida aquática. Intensas glaciações.

Pré-Cambriano (mais de 2 bilhões de anos)

Proterozoíca (Algonquiano)

Formação das primeiras rochas sedimentares. Maior desenvolvimento da vida

Diastrofismo huroniano que dá origem aos dobramentos da Serra do Espinhaço (MG) e à Chapada Diamantina (BA). Formação dos escudos cristalinos (Brasileiro e Guiano). Formação das jazidas minerais metálicas.

Arqueozóica (Arqueano)

Aparecimento da vida nos oceanos (seres unicelulares) Formação de escudos cristalinos (rochas magmáticas e metamórficas). Formação de minerais metálicos. Formação das rochas mais antigas (magmáticas).

Diastrofismo laurenciano que originou os cinturões orogenéticos antigos das serras do Mar e da Mantiqueira.

Início da Terra ou Era Azóica (sem vida)

- Resfriamento da Terra. Solidificação de minerais e formação das primeiras rochas magmáticas e metamórficas. Ausência de vida.

SEM REGISTRO

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AGENTES EXÓGENOS, EXTERNOS OU MODELADORES

São aqueles que atuam no contato da epigeosfera com

a atmosfera, modelando o relevo através da destruição das rochas. A ação dos agentes pode ser através da erosão e do intemperismo. A diferença entre os dois fenômenos é que a erosão é formada pela destruição, transporte e sedimentação, enquanto o intemperismo é só a destruição. Esses fenômenos podem ser físicos quando existe a desagregação das partículas das rochas, através da temperatura, do vento, ou químico quando existe uma decomposição causada pela água. OBS.: existe além dos agentes físicos e químicos, o biológico. Porém não existe erosão biológica. Esse tipo de intemperismo pode ser observado, por exemplo, quando as raízes de uma árvore penetram entre as fissuras das rochas, quebrando-as, ou mesmo na ação dos liquens.

INTEMPERISMO OU METEORIZAÇÃO

Físico

O intemperismo físico atua pela desintegração

física e mecânica das rochas, promovendo um aumento da superfície especifica das partículas minerais, sem modificação na sua estrutura cristalina. Sua atuação acentua-se em função das mudanças bruscas de temperatura, por ação do congelamento das águas e por ação radicular de determinadas espécies vegetais.

As rochas, por serem formadas por minerais com

diferentes coeficientes de expansão, submetidas a ciclos de aquecimento, pela radiação solar, resfriamento, são origem a tensões diferenciadas que conduzem ao fissuramento e às desagregações. Este fenômeno deve-se também a diferenças de condutividade calórica, observadas na superfície da rocha, em relação à sua massa interna, mais protegida. Neste caso, aquecimentos e resfriamentos diferenciais tendem a ocasionar tensões laterais, que poderão contribuir para o fenômeno do desprendimento, das camadas superficiais da rocha, fenômeno denominado esfoliação, muito comum em rochas graníticas de regiões

de clima tropical. O congelamento das águas contidas no interior

das rochas, especialmente em rochas porosas, fraturadas e/ou fissuradas, promove significativo aumento de volume, de 9%, produzindo pressão equivalente a 15 t/cm², capaz de ampliar as fraturas e fragmentar a rocha. Este fenômeno, comum em regiões de clima frio, pode ser observado no Sul e Sudeste brasileiros, no período de inverno, onde, durante a noite, se observa congelamento da água retida no interior das rochas, seguido de degelo durante o dia.

Não se pode ignorar a importante ação

desagregadora promovida pelas espécies vegetais de raízes profundas que, ao penetrar nos vazios existentes nas rochas, provocam a ampliação de fendas e, por vezes, deslocamento de blocos rochosos e desagregação.

Ex:. Termoclastia

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Crioclastia

Químico

O intemperismo químico tem como condição

fundamental, a presença da água e temperatura, favorável ao desenvolvimento das reações, transformando os minerais primários, da rocha original, em mineral secundário, que passam a construir um complexo de alteração.

Entre os vários processos de alteração química das rochas, a hidrólise é, sem duvida, o mais importante.

Esta importância se revela, principalmente, em regiões de clima tropical e subtropical, como é o caso do nosso país.

Além da hidrolise, a água promove três outras reações que, normalmente, se processam na natureza de forma simultânea: hidratação, dissolução e carbonatação.

A hidratação consiste na combinação da água

com outros compostos químicos. Uma mesma substância pode dar origem a diferentes minerais hidratados, dependendo do número de moléculas de águas ligadas a ela.

O fenômeno de dissolução por ação da água

deve-se à sua impregnação com gás carbônico e outras substâncias ácidas, em especial os ácidos de natureza orgânica. Este fenômeno ocorre com frequência, porém com diferentes intensidades, dependendo principalmente do conteúdo de gás carbônico, acidez das soluções e da natureza dos minerais submetidos à alteração.

Existem minerais que se dissolvem com muita facilidade, como os cloretos, seguidos dos sulfatos e carbonatos, enquanto outros, como os silicatos de ferro e alumínio, são praticamente insolúveis nas condições normais da natureza.

A carbonatação é um fenômeno específico de

transformação de óxidos em carbonatos ou destes em bicarbonatos, por ação do anidrido carbônico, sobretudo

quando dissolvido na água. Os bicarbonatos de cálcio, liberando gás carbônico e água, se transformam novamente em calcita, que se precipita como o observado na formação de grutas calcárias.

Ex:. hidrólise total, hidrólise parcial, acidólise, oxidação.

Biológico

O intemperismo se caracteriza como biológico

quando o agente causador da degradação do material rochoso é um ser vivo, no entanto a maneira de atuação é realizada de maneira física, química ou físico-química. Ex. ação de raízes (biológico-físico) e liquens (biológico-químico)

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PRINCIPAIS AGENTES EXTERNOS EROSIVOS

AÇÃO EÓLICA

Deflação – consiste na erosão causada pelo vento com a conseqüente retirada superficial de fragmentos mais finos.

A deflação ocorre freqüentemente em regiões de campos de dunas com a retirada preferencial de material superficial mais fino (areia, silte), permanecendo, muitas vezes, uma camada de pedregulhos e seixos forrando a superfície erodida.

Pode ocorrer também uma forte corrasão/corrosão associada à deflação, esculpindo nas rochas formas ruiniformes e outras feições típicas de regiões desérticas e outras assoladas por fortes ventos.

Em locais de forte e constante deflação podem se formar zonas rebaixadas, em meio a regiões desérticas, e que com as escassas chuvas formam lagos rasos (playa), secos na maior parte do tempo; lama endurecida ou camadas de sal atapetam, muitas vezes essas playas.

Corrosão - Processo de desbaste físico das rochas através, principalmente, do impacto e/ou atrito de partículas transportadas pelo vento (eólica) pela água (fluvial, de marés, correntes) ou pelo gelo (de geleira).

Invasão de casas por dunas migratórias na região de Laguna (SC). Foto: P. C. F. Giannini. Exemplos de formações associadas à erosão eólica

No Nordeste brasileiro, as áreas litorâneas apresentam o relevo dunar ou dunares, como: Maranhão (lençóis maranhenses), cidade de Natal (Parque das dunas),foz do Rio São Francisco.

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Erg - região de deserto constituída por campos de dunas de areia em processo contínuo de deposição e erosão eólica, resultando em movimentação das dunas. Compõem-se por dunas gigantes chegando a alcançar cerca de 100m.

Erg no deserto da Namíbia

Estratificação cruzada em dunas do litoral de Natal (RN). Foto: J. B. Sígolo.

Loess - Depósito eólico, pouco ou não estratificado, de frações finas que sofreram deflação e foram acumuladas marginalmente a regiões desérticas, em regiões de menor energia eólica, propiciando a formação de terrenos de alta fertilidade, a base de quartzo e calcita comuns, e outros

minerais que não sofreram intemperismo químico significativo nas condições desérticas. É muito comum a presença de loess em vastas regiões da China, originando os solos amarelos que realçam a cor do rio Huang-Ho (rio Amarelo), devido a sua sedimentação no curso fluvial.

Depósito de loess

Distribuição na China

Barcana - Duna de areia com forma de um C ou de lua crescente com as pontas apontando para o lado contrário ao do vento (sotavento).

A barcana apresenta um perfil transversal com relevo

mais suave a barlavento e mais íngreme a sotavento. A altura pode atingir 30 m e a extensão, de ponta a ponta, até 300m. A origem está relacionada à existência de ventos moderados e relativamente constantes e suprimento moderado de areia.

Formações em áreas sobre erosão eólica

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Relevo ruiniforme – constitui numa das formas mais comuns registradas em áreas de corrasão sobre estruturas sedimentares dando origem a formas inusitadas como se fossem ruínas de construções antigas ou de uma cidade após um bombardeiro. Como por exemplo podemos citar os relevos em forma de taças.

Relevo em forma de taça

AÇÃO MARINHA

Abrasão – constitui-se de um processo erosivo ou de desgaste de rochas pelo impacto e/ou atrito/fricção de partículas ou fragmentos carregados por correntes eólicas, glaciais, fluviais, marinhas, de turbidez, pelo vai e vem de ondas. Exemplos de formações associadas à erosão marinha

Falésias - Escarpa, geralmente constituída de camadas sedimentares ou vulcano-sedimentares, acompanhando a linha costeira.

A erosão marinha da base da escarpa por ondas e correntes marinhas provoca desmoronamento das paredes da escarpa que tende a se apresentar verticalizada. Esse processo de desgaste também é conhecido como solapamento de base.

Falésias da Formação Barreiras – Praia de Pipa - RN

Falésias da Formação Barreiras – Praia de Pipa - RN

Formação de uma falésia

Falésias Vivas e Paleofalésias-Mortas

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Ilhas – constituem porções relativamente pequenas de

terras emersas circundadas de água doce ou salgadas. Algumas ilhas podem ser formadas pela ação constante da abrasão sobre os rochedos no mar, separando-os. As ilhas podem ser divididas em dois grandes grupos:

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Ilhas continentais ou costeiras – ilhas de erosão, de sedimentação de erosão e afundamento, de afundamento e residuais;

Ilhota da Coroa do Avião – Itamaracá – sedimentação

Formação de uma ilha costeira por erosão.

Ilhas oceânicas ou isoladas – ilhas vulcânicas e as de origem biológicas.

Praias – cordão arenoso que liga o mar ao continente (é

dado como a área de limite entre a maré alta e a maré baixa.

Porto de Galinhas

Tômbolo - Espécie de barra ou restinga arenosa

desenvolvida pela deposição de correntes litorâneas entre a costa e uma ilha e que pode ser submersa em maré alta.

Formação de um Tômbolo

Istmo – consiste em uma estreita faixa de terra situada

entre dois mares, correspondendo, de modo geral, a uma zona onde se verificam um afundamento do terreno, ou, ao contrário, uma invasão do mar.

O istmo mais famoso é o istmo através do qual passa o Canal do Panamá e que conecta a América do Norte à América do Sul.

Istmo do Panamá

Restinga – é uma barra arenosa extensa tendendo fechar

ou fechando pontões da linha de costa. Nessas áreas podem ser formadas lagoas de restinga como a dos Patos e a Mirim no litoral do Rio Grande do Sul.

Formação de uma restinga

Recifes - podem ser formados por depósitos antigos de

arenito que sofreram processo de sedimentação continuado, ou de “coral”, quando são resultantes do acúmulo de carapaças de certos animais marinhos e crostas de algas. Surgem em mares tropicais.

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Recife de arenito – Praia de Muro Alto - PE

Atol – são acumulações de corais de forma circular ou

semicirculares consolidadas, que formam ilhas e arquipélagos.

Formação de um atol

Atol na Polinésia, Oceano Pacífico

Costas de Rias

Originada de uma imersão do litoral com a

consequente invasão do mar nos vales modelados pela erosão fluvial. As costas desse tipo são altas e os rios afogados e de larga embocadura. A ria é, portanto, um tipo de costa de submersão, caracterizada por apresentar vales muito largos com a foz em forma de trombeta.

O nome ria foi introduzido por M. de Richthofen

para designar os golfos com litoral escarpado, como os da costa da Galícia, no noroeste da Espanha, onde se instalaram importantes portos como os de Pontevedra e Vigo.

Outros exemplos de ria podem ser observados na Bretanha (França) e no oeste africano (ria de Sine – Saloum, de Gâmbia e Casamance).

No litoral brasileiro, é na costa leste do Estado do

Pará e no noroeste do Maranhão onde se podem identificar certos exemplos de rias. Também no litoral oriental do Brasil têm-se as rias da Baía de Todos os Santos, Paraguaçu, Vitória e Guanabara.

Costa de Rias - Galícia - Espanha

Costa de Dálmata

Caracteriza-se por um tipo de costa com ilhas

paralelas ao litoral, onde ocorreu a subsidência de uma área continental, com cadeias de montanhosas também paralelas à linha de costa.

O termo refere-se a uma região da costa oriental

do Mar Adriático que abrange territórios da Croácia, Bósnia-Herzegovina e Montenegro. A Costa da Dalmácia tornou-se um dos destinos turísticos mais procurados da região devido a sua beleza natural que inclui um largo número de reentrâncias e ilhas, estreitos, baías e praias de diversos aspectos geomorfológicos.

No Brasil, segundo Ab´Sáber, a região do setor

Baía Grande no litoral Sul Fluminense apresenta em Angra dos Reis e Parati, um tipo local de costas “dálmatas” em terrenos gnaitico-graníticos do Brasil Tropical Atlântico.

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EROSÃO GLACIAL

Esse tipo de ação erosiva destaca-se pela ação

das geleiras sobre a paisagem glacial. A neve acumulada ao longo de milhares de anos compacta-se em megablocos de dureza equivalente a do aço, e iniciam lentamente o seu percurso montanha a baixo, devido à ação do seu peso e da gravidade, modelando a paisagem e originando formas específicas desses ambientes.

Inlandsis ou circo glacial

Exemplos de formações associadas à erosão glacial

Fiordes – consiste numa feição em litorais de ambientes

glaciais formada em antigos vales muito comuns nos países nórdicos da Europa (Noruega, Suécia e Finlândia), e que se caracteriza pela extensa entrada do mar ladeado por costões com paredes abruptas do antigo vale em U e que apresentam extensos afloramentos de rochas expostas pela ação erosiva do gelo durante períodos glaciais com nível do mar rebaixado eustaticamente.

Fiorde na Noruega

Litoral recortado por fiordes - Noruega

Morena ou Moraina – constitui uma acumulação colinosa e

caótica de detritos rochosos glaciais de tamanhos variados, normalmente grosseiros, dos lados ou à frente de uma geleira.

Morenas centrais e laterais

Icebergs – são megablocos flutuantes que se desprendem

das geleiras em contato com o mar. Normalmente carregam sedimento presos que serão abandonados no mar durante o seu trajeto e derretimento. Cerca de 90% da massa dos icebergs estão submersos. Causa grande perigo a navegação.

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Formação de icebergs

Proporção de um iceberg - isostasia

Imagem de satélite – desprendimento do iceberg

Banquisas– diferentemente dos icebergs, as banquisas se formam pelo congelamento superficial da água do mar próxima à costa.

Icebergs e banquisas

Geleira de Perito Moreno - Argentina

EROSÃO FLUVIAL

É o processo de erosão realizado pelos rios sobre o

próprio leito e margem. Por via de regra, o trabalho erosivo sobre o leito e transporte de material ocorre no curso superior, próximo a nascente (onde a inclinação do relevo é

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bastante acentuada) e acarreta a formação de vales em forma de “V” acentuado. Já no curso médio, o processo de erosão é menor, pois a declividade diminui e com esta a força da água. No curso inferior, onde o trabalho de deposição é superior, e a erosão sobre o leito deixa praticamente de existir, passando a efetuar-se em maior intensidade sobre as margens. Os vales formados apresentam a forma de “U”. Tipos de Foz

Delta – constitui numa formação plana, composta por

depósito sedimentar complexo, em maior parte aluvionar, cortada por muitos canais junto à desembocadura de um rio principal e que tem a forma triangular (letra delta do grego).

As planícies deltáicas podem ter grande extensão como, por exemplo, o delta da foz do rio Nilo. Em casos especiais, ocorrem deltas interiores desaguando em regiões desérticas, como o do rio Okavango, delta em Botsuana, África, na periferia do deserto de Kalahari.

Delta do rio Okavango

Delta do rio Nilo

No Brasil, destaca-se o delta do rio Parnaíba, entre os

estados do Maranhão e do Piauí é considerado um dos poucos deltas de grande porte em mar aberto mundo, além do delta na foz mista do rio Amazonas. Podemos destacar também outros trechos de deltas como a foz do rio Acaraú-CE, a do rio Piranhas-PB/RN e a do rio Paraíba do Sul-MG/RJ.

Delta do rio Parnaíba

Estuário - desembocadura ou foz de rio alargada e extensa, como uma baía fechada e estreita, onde se misturam água doce e salgada ao sabor da correnteza fluvial e dos fluxos de marés do mar. Comumente aparecem às formações de manguezais.

Foz em Estuário

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Pedologia – Solo

“[...]No Brasil, embora haja uma extensão territorial bastante expressiva, os estudos edafo-ambientais serão solicitados com maior freqüência em futuro próximo. A expansão dos centros urbanos, e principalmente dos rural-urbanos e da população como um todo, torna o uso da Terra cada vez mais competitivo, e todo e qualquer tipo de solo sofrerá pressão continuada para atender à crescente necessidade de se expandirem as infra-estruturas públicas e privadas e a produção de alimentos [...]. Muitas das decisões serão irreversíveis, por isso é de capital importância que o planejamento do uso da Terra seja feito em função de suas qualidades e características para atender as determinadas prioridades e/ou ocupação de qualquer espaço terrestre [...]”.

(Francesco Palmieri, Pedologia e Geomorfologia e meio ambiente; p, 115-116.)

Uma rocha submetida à ação intempérica dos fatores externos em determinado tipo climático e fatores bióticos e abióticos com a ação da gravidade e dos diversos tipos erosivos, com o tempo irá desintegrar e se fragmentar até dar origem ao “Solo” propriamente dito. Para a Agronomia solo é a camada superficial da crosta terrestre resultante da desagregação e decomposição das rochas e que possui vida microbiana. O solo pode ser ainda considerado um corpo tridimensional, ou seja, que possui cumprimento, largura e espessura, exercendo influência na escolha e no manejo de uma lavoura ou cultura. O tempo de formação do solo é determinado pela rapidez com a rocha-mãe ou matriz é meteorizada, formando o regolito.

Classificação dos Solos

Os solos podem ser agrupados em três categorias: Zonais: Tem sua origem bastante definida no sentido das

latitudes Compreendem aqueles em que o principal elemento responsável por sua formação é o clima. São solos bem formados (maduros) e geralmente apresentam os horizontes (A, B e C) bem caracterizados. Intrazonais: São solos bem desenvolvidos que se

formaram predominantemente a partir das influências locais, como a composição mineralógica da rocha ou o excesso de água no perfil, a vegetação e topografia. Azonais: São solos rasos, pouco profundos, podendo

aparecer em várias faixas de latitude, apresentam fatores de impedimento de desenvolvimento (pouco tempo geológico, topografia e condições climáticas menos favoráveis).

Quanto à origem, os solos podem ser:

Aluviais / aluvião / aluvional / alóctone

São solos formados pelo material sedimentar transportados de outras regiões pelos agentes de erosão. O material que o compõe possui origem em outro lugar. Como exemplos podemos citar os solos de várzeas fluviais que se formam após os períodos de enchentes, bem como os solos eólicos de loess na China.

Eluviais / eluvião / eluvional / autóctone

São solos cujo material que o compõe é originado no mesmo local de sua formação. Se desenvolvem devido ao intemperismo da rocha matriz tal como os solos de

massapé, resultantes da decomposição dos granitos e gnaisses ricos em feldspatos que ao serem intemperizados produzem as argilas. Outro exemplo são os solos de terra-roxa, resultantes do intemperismo dos basaltos e diabásios.

Diferenciação dos horizontes

À medida que os processos físicos e químicos,

denominados processos intempéricos, vão atuando, a camada de detritos vai se tornando mais espessa e se diferenciando em subcamadas morfologicamente distintas. Esta diferenciação realiza-se por meio da incorporação da matéria orgânica e da migração da matéria mineral e orgânica e no interior do solo.O processo de incorporação da matéria orgânica envolve desde a transformação dos restos vegetais e animais em produtos solúveis (sobretudo húmus) e produtos insolúveis (lignina, celulose e hemicelulose), até a incorporação propriamente dita desses produtos na fração mineral do solo.

Os movimentos da matéria no solo dependem, fundamentalmente, da água gravitacional (migração descendente) e ascensional (migração ascendente). A migração descendente realiza-se por certos mecanismos, que dependem do tipo de elemento mobilizado, são eles: Lixiviação: migração de substâncias solúveis,

principalmente sob a forma de sais; Queluviação: migração de certos elementos, como o ferro

e o alumínio, sob a forma de complexos organometálicos ou quelatos; Lessivage: migração de partículas em suspensão,

especialmente argilominerais.

A migração ascendente é bem mais rara que a descendente, ocorrendo por meio de fenômeno de capilaridade, ação indireta da vegetação e pela ascensão do lençol freático. No primeiro caso, sais solúveis são transportados das partes inferiores para a superfície do perfil, onde precipitam, pela elevação capilar da água retida nos micro e macroporos do solo; no segundo, espécies vegetais de raízes profundas, absorvendo elementos nutritivos das partes inferiores do perfil, mobilizam estes elementos para a superfície do terreno, que se incorporam no solo para pela humificação; no terceiro caso, dependendo do funcionamento hídrico local, a ascensão do lençol freático pode transportar elementos solúveis e partículas em suspensão que se precipitam nas camadas superiores do perfil.

Perfil ou horizontes do solo

Entende-se por perfil de solo a seção vertical de

um terreno constituída por uma sequência de horizontes ou camadas, bem definidas por suas características morfológicas, físicas, químicas, mineralógicas e biológicas. Para a engenharia civil, mais especificadamente no campo da Geotécnica, a acamada superficial, constituída essencialmente por minerais secundários ou transformados, como os argilominerais, óxidos e hidróxidos de ferro, manganês, titânio, e alguns casos de alumínio, recebe o nome de solo maduro. A camada subsuperficial, que ainda

guarda características herdadas da rocha de origem, é denominada solo residual jovem, solo saprolítico ou saprólito, abaixo do qual está a rocha alterada, onde os

minerais exibem sinais evidentes de alteração com perdas de brilho e cor. A esta seção vertical, os geotécnicos chamam de perfil de intemperismo.

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Em pedologia, o estudo dos solos visa conhecer sua gênese, classificação e distribuição geográfica, nos vários ambientes encontrados na superfície terrestre, de maneira a aplicar esse conhecimento a diferentes finalidades. Neste caso, os solos devem ser estudados, não somente por meio dos seus perfis verticais, mas também pelo entendimento das variações, mudanças ou transformações laterais dos horizontes. As características dos principais horizontes e camadas que formam os perfis do solo são resumidamente descritas a seguir. O: horizonte ou camada orgânica superficial constituído por

detritos vegetais e substancias húmicas acumuladas na superfície, em ambientes onde não há impedimento à drenagem. Ocorre, em geral, em áreas de florestas, distinguindo-se do horizonte mineral subjacente, pela coloração mais escura, e pelo conteúdo em matéria orgânica. Procura-se fixar, para horizonte O, o mínimo de 20% de matéria orgânica; H: horizonte ou camada orgânica, resultante do acúmulo de

resíduos e substâncias húmicas, em ambientes com água estagnada permanente ou por períodos prolongados. Ocorre em áreas de várzeas alagadiças ou depressões pantanosas, banhadas, brejos, etc. o horizonte H, por ocorrer em meio mal-drenado, saturado em água durante boa parte do ano, apresenta acúmulo não só de matéria orgânica, mas também de siltes, argilas e cátions básicos, provenientes das porções de montante e vertente, favorecendo a formação de minerais expansivos e acúmulo de ferro na forma reduzida; A: horizonte mineral superficial ou subjacente ao horizonte

ou camada O ou H, com incorporação de matéria orgânica mineralizada. É o horizonte de maior atividade biológica, apresentado coloração escurecida pela presença de matéria orgânica. Existem vários tipos de horizonte A, dependendo dos ambientes em que são formados, uns mais pobres em matéria orgânica e outros com maiores teores de compostos orgânicos; E: horizonte mineral, situado geralmente abaixo do

horizonte A, do qual se diferencia pela cor mais clara, resultante da remoção de argilominerais, compostos de ferro, alumínio e/ou matéria orgânica, com consequentes concentrações correspondentes de minerais resistentes, como quartzo, em geral na fração areia silte; B: horizonte mineral, subsuperficial situado sob o horizonte

A ou E. É considerado o horizonte diagnostico mais importante na diferenciação de classes de solo, resultando de transformações relativamente acentuadas do mineral originário e/ou ganho de constituintes minerais e/ou orgânicos migrados de outros horizontes; C: horizonte ou camada mineral, relativamente pouco

afetado pelos processos pedogenéticos, formado a partir da decomposição de rochas ígneas, metamórficas ou sedimentares ou, ainda, de sedimentos de natureza mineralógica e textural diversas. Em Pedologia constitui o que se denomina material de origem dos solos, ou substratos pedogenéticos. F: horizonte ou camada de material mineral consolidado,

ocorrendo sob os horizontes A, E ou B. É rico em compostos de ferro ou ferro e alumínio e pobre em compostos orgânicos. É conhecido como canga, couraça, grés-do-Pará, pedracanga, etc.;

R: camada de material consolidado, correspondente ao

substrato rochoso, constituído por rocha alterada ou sã.

Os principais solos agrícolas do mundo

Latossolos- são solos zonais típicos das regiões de clima

tropical úmido e semi-úmido, como o Brasil e da área central da África. Sua coloração pode ser vermelha, alaranjada ou amarela, em função da maior ou menor quantidade de minerais, como os óxidos de ferro e de alumínio que os compõem. Estes solos apresentam-se profundos, com espessura superior a 2m, bastante porosos, fortemente intemperizados e com pequena diferenciação entre os seus horizontes. Terra-Roxa- embora seja considerado também um

latossolo, merece destaque por sua fertilidade, por ser uma exceção à baixa fertilidade generalizada dos demais latossolos. A Terra roxa é um tipo de latossolo roxo, desenvolvido no clima tropical, em rochas eruptivas básicas ou magmáticas, como o basalto e o diabásio. Massapé- no Brasil, é um solo zonal típico do litoral oriental

do Nordeste. O massapê apresenta uma coloração cinza-escura e um elevado teor de argilas e calcário, sendo formado pela decomposição do granito e gnaisses em clima tropical com duas estações (ou semi-úmido). Loess- formado por sedimentos eólicos de granulação fina

e constituído de argilas com alto teor de quartzo e cálcio. A área climática de sua ocorrência é a subúmida, o que garante a existência de uma vegetação de gramíneas. Suas principais ocorrências estão na China e nos pampas da Argentina e vários países europeus. Tchernozion- solo zonal de origem orgânica que apresenta

uma coloração escura (Tcherno= negro e zion=terra) é rico em húmus. Corresponde às áreas de clima continental. Podzol- solo típico de regiões florestais de clima temperado

frio e frio, com o horizonte B enriquecido pela presença de húmus e óxidos de ferro. No Brasil, aparece em áreas de elevada altitude da Região Sul e é conhecido com “Salmourões”, decomposição de granitos e gnaisses.

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Degradação dos Solos

A erosão, no caso dos solos, consiste na retirada

ou no transporte destes ou de parte de seus componentes. Os principais agentes da erosão dos solos são a

água das chuvas e das enxurradas, o vento, os animais e também a ação antrópica. A aceleração do ritmo de erosão produz condições anormais: voçorocas queda de barreiras, inundações em campos e cidades ribeirinhas.

Nas áreas equatoriais (clima quente e úmido), os solos sofrem o processo de lixiviação e assoreamento.

ESTRUTURA GEOLÓGICA DO BRASIL

Do ponto de vista geológico, o território brasileiro é

bastante antigo ou de natureza cristalina datado da era Pré-Cambriana (Arqueozóico e Proterozóico), favorecendo a ação de agentes externos que provocaram desgaste e rebaixamento contínuo. Também devemos salientar que esta antiguidade geológica faz com que não registremos atualmente ocorrências de terremotos e atividades vulcânicas.

O relevo brasileiro apresenta grande variedade

morfológica (de formas) como, serras, planaltos, chapadas, depressões, planícies e outras resultantes da ação, principalmente, dos chamados agentes externos sobre estruturas geológicas de diferentes naturezas e idades. Os agentes externos que mais participaram da formação do relevo brasileiro foram o clima (temperatura, ventos e chuvas) além da ação dos rios. Dos tipos de estrutura geológica que distinguimos na crosta terrestre, o Brasil apresenta escudos cristalinos ou núcleos cratônicos (cráton = escudos), bacias sedimentares e cadeias de montanhas antigas. Não possui dobramentos modernos. As bacias sedimentares ocupam cerca de 64% da área total do território brasileiro. Formaram-se desde a era Paleozóica até a Cenozóica, apresentando várias idades. Os escudos ocupam cerca de 36% do território, tendo sido formados em épocas muito antigas (pré-cambriana). Os terrenos arqueozóicos correspondem a 32%, e os proterozóicos a 4% da área total do país, esse último, muito rico em minerais de alto valor econômico. O complexo Cristalino Brasileiro formou-se na Era Arqueozóica e é constituído por rochas magmáticas (granito) e metamórficas (gnaisse).

As principais províncias minerais do Brasil

1. Província geológica dos Carajás (ferro, ouro, etc.) 2. Serra Pelada (ouro) 3. Vale do Rio Tapajós (ouro) 4. Serra do Navio (manganês) 5. Rondônia (cassiteria/minério de estanho) 6. Quadrilátero ferrífero (ferro, manganês) 7. Vale do Rio Trombetas (alumínio)

Morfogênese do Relevo Brasileiro

Planalto, planície e depressão são as principais formas do relevo brasileiro.

CLASSIFICAÇÃO DO RELEVO BRASILEIRO

Classificação de Aroldo de Azevedo

Nos anos 40, o Prof. Aroldo de Azevedo elaborou com

melhor clareza uma nova classificação do relevo brasileiro, levando em consideração termos geomorfológicos para denominar as divisões gerais (planaltos e planícies) e critérios geológicos. Para diferenciar planalto de planície, usou como critério a altimetria, estabelecendo o limite de 200m para diferenciar uma forma da outra. 1. Planalto das Guianas 2. Planalto Brasileiro 2.1. Planalto Atlântico 2.2. Planalto Meridional 2.3. Planalto Central 3. Planície Amazônica 4. Planície Costeira 5. Planície do Pantanal

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Existem no total 8 formas de relevo distribuídas entre

planaltos e planícies.

Classificação de Aziz Ab´Saber

Na década de 60 Ab´Saber usa o critério

morfoclimático (que explica as formas de relevo pela ação do clima), ampliou a classificação de Aroldo de Azevedo, acrescentando novas unidades ao relevo brasileiro. Ab´Saber baseou-se nos processos de erosão e sedimentação para diferenciar planalto e planície, todas as superfícies onde predominam agentes de erosão são consideradas planaltos, e as superfícies onde a deposição de sedimentos é maior que a erosão são classificadas como planícies. 1. Planalto das Guianas 2. Planalto Brasileiro 2.1. Planalto do Meio Norte ou do Maranhão-Piauí 2.2. Planalto Nordestino ou da Borborema 2.3. Planalto Central 2.4. Planalto Meridional ou arenito-basáltico 2.5. Serras e Planaltos do Leste e Sudeste 3. Planalto Uruguaio-Rio-Grandense 4. Planície e Terras Baixas Amazônicas 5. Planície e Terras Baixas Costeiras 6. Planície do Pantanal Existem no total 10 formas de relevo distribuídas entre

planaltos e planícies.

Classificação de Jurandyr Ross

Com os levantamentos detalhados sobre as

características geológicas, geomorfológicas, de solo, hidrografia e vegetação do país, foi possível conhecer profundamente o relevo brasileiro e chegar a uma classificação mais próxima da realidade. É válido salientar que as inovações tecnológicas no sistema de cartografia como as imagens de satélite e radar do Projeto RADAM BRASIL serviram de importante instrumento para essa classificação da década de 90. Nessa classificação são consideradas três principais formas de relevo: planalto, planície e depressão.

De acordo com Jurandyr Ross os planaltos podem ser

definidos como: “Superfície irregular com altitude acima de 200 metros, resultante da erosão em rochas cristalinas ou sedimentares, forma de relevo predominante no país, o planalto pode ter morros, serras e chapadas.”

Planície: “Superfície plana geralmente com altitude

inferior a 100 metros, formada pelo acúmulo de sedimentos. Depressão: “Superfície com suave inclinação e

formada por prolongados processo de erosão. Menos irregular do que planalto situa-se em altitudes que vão desde 100 até 500 metros ou mais.

Esses conceitos aplicados ao território brasileiro levaram à criação de três níveis hierárquicos de classificação denominados de táxons.

O primeiro ligado prioritariamente à geomorfologia ou

à forma de relevo de maior destaque numa região, diferenciando planaltos, planícies e depressões.

O segundo está mais ligado à estrutura geológica,

destacando-se os planaltos esculpidos ou modelados. Discriminam-se: bacias sedimentares, intrusões e coberturas residuais da plataforma, núcleos cristalinos arqueados e cinturões orogenéticos.

O terceiro nomeia cada uma das unidades

morfoesculturais, aparando-se em denominações locais e regionais. Abrange três formas principais: planaltos, planícies e depressões.

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Com base nesses elementos, foram identificadas 28 unidades morfoesculturais.

Classificação dos compartimentos Planaltos

1) Planalto da Amazônia Oriental - constitui-se de terrenos de uma bacia sedimentar e localiza-se na metade leste da região, numa estreita faixa que acompanha o rio Amazonas, do curso médio até a foz. Suas altitudes atingem cerca de 400 m na porção norte e 300 m na porção sul. 2) Planaltos e Chapadas da Bacia do Parnaíba - constituem-se também de terrenos de uma bacia sedimentar, estendendo-se das áreas centrais do país (GO-TO), até as proximidades do litoral, onde se alargam, na faixa entre Pará e Piauí, sendo cortado de norte a sul, pelas águas do rio Parnaíba. Aí encontramos a predominância das formas tabulares, conhecidas como chapadas. 3) Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná - caracterizam-se pela presença de terrenos sedimentares e pelos depósitos de rocha de origem vulcânica, da era mesozóica. Localizam-se na porção meridional do país, acompanhando os cursos dos afluentes do rio Paraná, estendendo-se desde os estados de Mato Grosso e Goiás, até o Rio Grande do Sul, ocupando a faixa ocidental dessa região, atingindo altitudes em torno de 1.000 m. 4) Planalto e Chapada dos Parecis - estendendo-se por uma larga faixa no sentido leste-oeste na porção centro-ocidental do país, indo do Mato Grosso até Rondônia. Dominados pela presença de terrenos sedimentares, suas altitudes atingem cerca de 800 m, exercendo a função de divisor de águas das bacias dos rios Amazonas, Paraguai e Guaporé. 5) Planaltos Residuais Norte - Amazônicos - ocupam uma área onde se mesclam terrenos sedimentares e cristalinos, na porção mais setentrional do país, do Amapá até o Amazonas, caracterizando-se em alguns pontos pela definição das fronteiras brasileiras e em outros, pela presença das maiores altitudes do Brasil, como o Pico da

Neblina (2994 m), na divisa do estado de Roraima com a Venezuela. 6) Planaltos Residuais Sul - Amazônicos - também ocupam terrenos onde se mesclam as rochas sedimentares e cristalinas, estendendo se por uma larga faixa de terras ao sul do Rio Amazonas, desde a porção meridional do Pará até Rondônia. O destaque dessa subunidade é a presença de algumas formações em que são encontradas jazidas minerais de grande porte (é o caso da serra dos Carajás, no Pará). 7) Planaltos e Serras do Atlântico Leste e Sudeste - ocupam uma larga faixa de terras na porção oriental do país e, em terrenos predominantemente cristalinos, onde observamos a presença de superfícies bastante acidentadas, com sucessivas escarpas de planalto; daí o fato de ser chamada a região de "domínio dos mares de morros". Aí encontramos também formações de elevadas altitudes, como as serras do Mar e da Mantiqueira, que caracterizam este planalto como sendo a "região das terras altas". Na porção mais interior dessa subunidade, em Minas Gerais, encontramos uma importante área rica em minério, na serra do Espinhaço, na região denominada Quadrilátero Ferrífero. 8) Planaltos Serras de Goiás - Minas - terrenos de formação antiga, predominantemente cristalinos, que se estendem do sul de Tocantins até Minas Gerais, caracterizando-se por formas muito acidentadas que como a serra da Canastra, onde está as nascentes do rio São Francisco - entremeadas de formas tabulares, como as chapadas nas proximidades do Distrito Federal. 9) Serras e Residuais do Alto Paraguai - ocupam uma área de rochas cristalinas e rochas sedimentares antigas, que se concentram ao norte e ao sul da grande planície do Pantanal, no oeste brasileiro. Nesta área, na porção meridional, destaca-se a serra da Bodoquena, onde as altitudes alcançam cerca de 800 m. 10) Planalto da Borborema - corresponde a uma área de terrenos formados de rochas pré cambrianos e sedimentares antigas como a bacia do Tucano-Jatobá, aparecendo na porção oriental no nordeste brasileiro, a leste do estado de Pernambuco, como um grande núcleo cristalino e isolado, atingindo altitudes em torno de 1.000 m. 11) Planalto Sul-rio-grandense - superfície caracterizada pela presença de rochas de diversas origens geológicas, apresenta certo predomínio de material pré cambriano. Localiza-se na extremidade meridional do país, no sul do Rio Grande do Sul, onde encontramos as famosas "coxilhas", que são superfícies convexas, caracterizadas por colinas suavemente onduladas, com altitudes inferiores a 450 m. Depressões

12) Depressão da Amazônia Ocidental - corresponde a uma enorme área de origem sedimentar no oeste da Amazônia, com altitudes em torno de 200 m, apresentando uma superfície aplainada, atravessada ao centro pelas águas do rio Amazonas. 13) Depressão Marginal Norte Amazônia - localizada na porção norte da Amazônia, entre o planalto da Amazônia oriental e os planaltos residuais norte amazônicos, com altitudes que variam entre 200 e 300 m. Com rochas

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cristalinas e sedimentares antigas, e estende-se entre o litoral do Amapá e a fronteira do estado do Amazonas com a Colômbia. 14) Depressão Marginal Sul Amazônia - com terrenos predominantemente sedimentares e altitudes variando entre 100 e 400 m, está localizado na porção meridional da Amazônia, intercalando-se com as terras dos planaltos residuais sul amazônico. 15) Depressão do Araguaia - acompanha quase todo o vale do rio Araguaia e apresenta terrenos sedimentares, com uma topografia muito plana e altitudes entre 200 e 350 m. Em seu interior encontramos a planície do rio Araguaia. 16) Depressão Cuiabana - localizada no centro do país, encaixada entre os planaltos da bacia do Paraná, dos Parecis e do alto Paraguai, caracteriza-se pelo predomínio dos terrenos sedimentares de baixa altitude, variando entre 150 e 400 m. 17) Depressão do Alto Paraguai-Guaporé - superfície caracterizada pelo predomínio das rochas sedimentares localiza-se entre os rios Jauru e Guaporé, no estado de Mato Grosso. 18) Depressão do Miranda - atravessada pelo rio Miranda, localiza-se no MS, ao sul do Pantanal. É uma área em que predominam rochas cristalinas pré-cambrianas, com altitudes extremamente baixas, entre 100 e 150 m. 19) Depressão Sertaneja e do São Francisco - ocupam uma extensa faixa de terras que se alonga desde as proximidades do litoral do Ceará e Rio Grande do Norte, até o interior de Minas Gerais, acompanhando quase todo o curso do rio São Francisco. Apresentam variedade de formas e de estruturas geológicas, porém destacam-se a presença do relevo tabular, as chapadas, como as do Araripe (PE-CE) e do Apodi (RN). 20) Depressão do Tocantins - acompanha todo o trajeto do Rio Tocantins, quase sempre em terrenos de formação cristalinas pré cambriana. Suas altitudes declinam de norte para sul, variando entre 200 e 500 m. 21) Depressão Periférica da Borda Leste da Bacia do Paraná - caracterizada pelo predomínio dos terrenos sedimentares das eras Paleozóica e Mesozóica, aparece como uma larga faixa de terras, localizada entre as terras dos planaltos da bacia do Paraná e do Atlântico leste e sudeste. Suas altitudes oscilam entre 600 e 700 m. 22) Depressão Periféricas sul-rio-grandense - ocupam as terras sedimentares drenadas pelas águas do rio Jacuí e do Rio Ibicuí, no Rio Grande do Sul. Caracteriza-se por baixas altitudes, que variam em torno dos 200 m. Planícies

23) Planície do Rio Amazonas - a região das terras baixas amazônicas era considerada uma das maiores planícies do mundo, mas atualmente todo esse espaço divide-se em várias unidades, classificadas como planaltos, depressões e planície. Se considerássemos apenas a origem, seus, 1,6 milhões de quilômetros quadrados formariam uma grande planície, pois a origem é sedimentar. Se considerássemos a altimetria, também denominaríamos esta região de planície, pois não ultrapassa 150 m de altitude. Considerando-se, no entanto, o processo erosivo e deposicional, percebemos

que mais de 95% dessas terras baixas são, na verdade, planaltos ou depressões de baixa altitude, onde o processo erosivo se sobrepõe ao de sedimentação restando à planície verdadeira uma estreita faixa de terras às margens dos grandes rios da região. 24) Planície do Rio Araguaia - é uma planície estreita que se estende no sentido norte-sul, margeando o trecho médio do rio Araguaia, em terras dos estados de Goiás e Tocantins. Em seu interior, o maior destaque fica com a ilha do Bananal que, com uma área de cerca de 20.000 km

2, é a

maior ilha fluvial do planeta. 25) Planície e Pantanal do Rio Guaporé - trata-se de uma faixa bastante estreita de terras planas e muito baixas, que se alonga pelas fronteiras ocidentais do país, penetrando a noroeste, no território boliviano, tendo seu eixo marcado pelas águas do rio Guaporé. 26) Planície e Pantanal Mato-grossense - corresponde a uma grande área que ocupa porção mais ocidental do Brasil Central. É de formação extremamente recente, datando do período quaternário da era Cenozóica; por isso apresenta altitudes muito modestas, em torno de 100 m acima do nível do mar. É considerada a mais típica planície brasileira, pois está em constante processo de sedimentação. Todo ano, durante o verão, as chuvas aumentam o nível de águas dos rios, que transbordam. Como o declive do relevo é mínimo, o fluxo maior das águas que descem para o Pantanal supera a capacidade de escoamento do rio Paraguai, eixo fluvial que atravessa a planície de norte a sul, ocasionando, então, as grandes enchentes que transformam toda a planície numa enorme área alagada (vem daí o nome "pantanal"). Passado o verão, com a estiagem do inverno, o rio retorna ao seu leito normal, e o Pantanal transforma-se então numa enorme área plana, coberta de campos, como uma planície comum. 27) Planície da Lagoa dos Patos e Mirim - ocupa quase a totalidade do litoral gaúcho, expandindo-se na porção mais meridional até o território do Uruguai. A originalidade dessa planície está em sua formação dominantemente marinha e lacustre, com mínima participação da deposição de origem fluvial. 28) Planícies e Tabuleiros Litorâneos - correspondem a inúmeras porções do litoral brasileiro e quase sempre ocupam áreas muito pequenas. Geralmente localizam se na foz de rios que deságuam no mar, especialmente daqueles de menor porte. Apresentam-se muito largas no litoral norte e quase desaparecem no litoral sudeste. E em trechos do litoral nordestino, essas pequenas planícies apresentam-se intercaladas com áreas de maior elevação as barreiras-, também de origem sedimentar.

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Cortes dos perfis transversais do relevo brasileiro

Perfil Noroeste-Sudeste da Região Amazônica

Perfil Leste-Oeste da Região Nordeste

Perfil Noroeste-Sudeste das regiões Centro-oeste e Sudeste

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TOTAL DE QUESTÕES - 116 DESAFIOS!

1. Considerando o esboço de paisagem apresentado a seguir,é correto afirmar que:

a)a área não sofreu interferências tectônicas. b)o rio X está sofrendo uma nítida influência ruptural da estrutura geológica. c)não existem na área diferenças marcantes de estruturas rochosas. d)o rio X não possui mais poder de erosão, em face do estado de desenvolvimento do relevo. e)um trecho da área apresenta expressivas evidências de dobramentos. 2. Considere o mapa e as afirmações a seguir para responder à questão.

BRASIL – OCORRÊNCIA DE ABALOS SÍSMICOS

(www.unb.br/ig/sis/sisbra.htm. Adaptado)

Analisando as informações apresentadas, pode-se afirmar que a)a região Sul do Brasil é a menos afetada por sismos, em razão de sua formação geológica originada de dobramentos recentes.

b)os sismos de maior magnitude no Brasil ocorrem na Plataforma Continental, associados à grande atividade vulcânica. c)o grande número de sismos na proximidade do litoral de São Paulo e Rio de Janeiro devem-se à existência de placas com movimentos convergentes. d)terrenos de planície, na Amazônia e no Pantanal, apresentam maior número de sismos, em razão de o relevo ser ainda pouco consolidado. e)a sismicidade no Acre está relacionada à proximidade da Cordilheira dos Andes, onde ocorre maior número de sismos de maior magnitude. 3. A figura que segue, representa alguns dos fenômenos geológicos associados à dinâmica interna da Terra e ao deslocamento das placas tectônicas.

Os fenômenos estão corretamente denominados em

Oceânica

-Meso Cadeia

convecção

de Correntes

lcontinenta

Plataforma

oceânicas

Fossas)e

vulcânicas

IlhasVulcanismo

Oceânica

-Meso Cadeia

oceânicas

Fossas)d

geológicas

FalhasVulcanismo

Andes dos

aCordilheir

convecção

de Correntes)c

VulcanismoNúcleoOceânica

-Meso Cadeia

subducção

de Zona)b

Oceânica

-Meso Cadeia

convecção

de Correntes

Andes dos

aCordilheir

subducção

de Zona)a

4321

4. Interprete o texto abaixo. “A pobreza do Peru só amplificou o potencial destrutivo do grande terremoto – 8,0 pontos na escala Richter – da última quarta-feira. [...]. A maioria das casas da região é feita em barro – no Peru o índice de chuvas é baixíssimo – e não tem a menor resistência a um maior tremor. [...]. Com 700 mil habitantes, Ica, onde estão as três cidades mais destruídas, é um dos departamentos mais ricos do Peru. A renda per capita do país é 40% inferior à brasileira. Estimativas dizem que 60% dos peruanos vivem na pobreza. Ica vive da pesca e da agricultura, principalmente algodão, aspargos e uva, base para o pisco, licor nacional. O “boom” exportador dessas culturas atraiu milhares de camponeses do interior ainda mais pobre do país”.

Folha de S. Paulo, 19/08/2007.

A partir das reflexões desse texto e das informações do tema em foco, marque a alternativa que contém apenas afirmativas corretas.

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a)A área de ocorrência do terremoto está sob a influência da movimentação das placas tectônicas do Pacífico e a Sul Americana, em que o clima desértico predomina e influi o desenvolvimento das atividades econômicas tradicionais. O Peru é um país em que a exportação de matérias primas e de produtos primários move a economia. O deslocamento populacional é uma característica diretamente ligada ao nomadismo dos povos das regiões desérticas. b)A área de ocorrência do terremoto está sob a influência da movimentação das placas tectônicas de Nazca e Sul Americana, em que predomina o clima temperado. Ica é uma região em que a produção de aspargos, algodão e uva para a exportação tem atraído a população de outras partes do país e o subdesenvolvimento característico do Peru não aumenta os problemas causados pelo terremoto. c)A área de ocorrência do terremoto está sob a influência da movimentação das placas tectônicas do Pacífico e a Sul Americana, em que as casas da região foram praticamente arrasadas por serem feitas de barro.O Peru é um país em que a produção de aspargos, algodão e uva para exportação tem atraído a população de outros países da região. O subdesenvolvimento característico desse país não agrava, significativamente, as consequências do terremoto. d)A área de ocorrência do terremoto está sob a influência da movimentação das placas tectônicas de Nazca e Sul Americana, em que o clima desértico predomina e influi o desenvolvimento das atividades econômicas tradicionais. O Peru é um país em que a exportação de matérias primas e de produtos primários move a economia. O deslocamento populacional reflete a realidade socioeconômica dos países subdesenvolvidos. e) A área de ocorrência do terremoto está sob a influência do processo de obducção entre as placas continentais de Nazca e Sulamericana, em que o clima desértico predomina e dificulta o desenvolvimento econômico. O Peru é um país em que a importação de matérias primas e de produtos primários move a economia. O deslocamento populacional é uma característica diretamente ligada ao nomadismo dos povos das regiões desérticas. 5. Considere os itens a seguir para responder a questão. I.Consiste no derramamento do magma na superfície do planeta, o que pode ocorrer através de fendas ou orifícios na crosta. Na superfície, o magma esfria e torna-se sólido, formando uma nova camada rochosa. II.Ocorre em função do contato das rochas com as águas e a umidade, ocasionando reações de destruição da rocha original. Sua ação é mais intensa nas regiões tropicais úmidas e equatoriais. III.Trata-se da retirada de material rochoso das áreas mais altas do relevo terrestre pela água, que é transportado como materiais em suspensão para as áreas mais baixas e nelas se depositam, formando camadas de sedimentos. Sobre os agentes modificadores do relevo terrestre, descritos em I, II e III, pode-se afirmar que a)todos são agentes externos, ou seja, atuam modificando somente a parte superficial do relevo terrestre. b)I é um agente interno, formador do relevo, enquanto II e III são agentes externos esculpidores do relevo. c)I e II são agentes internos, por se tratarem de processos de transformações químicas das rochas, enquanto III é um agente erosivo externo.

d)apenas o agente III é atual, enquanto I e II atuaram no passado, criando as grandes formas do relevo. e)são todos agentes erosivos, ou seja, suas ações sobre a superfície destroem o relevo original. 6. No Brasil, entre o Jurássico e o Cretáceo, houve o surgimento de vários diques de diabásio com direção NW, além de campos de derrames basálticos. Podemos relacionar o aparecimento de tais diques e derrames basálticos a: a)transgressões marinhas em períodos de deglaciação, que depositaram os sedimentos basálticos. b)dobramentos do Pré-Cambriano que deram origem às escarpas dos escudos cristalinos. c)movimentos tectônicos do Mesozóico que resultaram em derrames vulcânicos, especialmente na bacia do Paraná. d)falhamentos e soerguimentos do Período Terciário que formaram o relevo de “mares de morros”. e)sedimentação de arenito e basalto na bacia do Paraná, na Era Mesozóica. 7.Uma grande parte da crosta terrestre, especialmente na porção mais superficial, encontra-se no domínio das rochas sedimentares. A seguir, apresentam-se algumas das principais características gerais dessas rochas. Uma dessas, contudo, não corresponde à realidade. Assinale-a.

A) Podem originar, em alguns casos, cavernas. B) São excelentes reservatórios hídricos. C) Podem apresentar estratificação. D) São afossilíferas. E) São, em geral, porosas e permeáveis. 8. Examine atentamente a figura acima e identifique os fenômenos geomorfológicos indicados pelas setas A, B, C, D e E.

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Assinale a alternativa que apresenta a correspondência corretamente. A) A seta A representa um aspecto de tectonismo plástico predominante em rochas cristalinas. B) A seta B representa uma escarpa de falha provocada por tectonismo quebrantável. C) A seta C apresenta retalhos de uma chapada, esculpida em terrenos de rochas magmáticas graníticas. D) A seta D indica uma erosão em sinclinal, ocasionada por fenômenos orogenéticos. E) A seta E retrata um cone vulcânico originado em uma zona de colisão de placas tectônicas. 9.Analise e julgue as afirmativas abaixo, referentes à observação da figura a seguir.

I. As diferenças de compartimentos de relevo decorrem unicamente das diferenças litológicas. II. A área A representa a parte aplainada de um topo de planalto desenvolvido em escudo cristalino. III. A área B foi formada pela erosão resultante do diferencial da estrutura litológica dos compartimentos A e C. IV. A área D evidencia estruturas que estiveram submetidas a um tectonismo plástico com reflexos topográficos. V. A área C, que é a mais elevada da região, foi o resultado de intensas manifestações vulcânicas, pois desenvolvem-se em áreas intrusivas. Está(ao) correta(s): a) I e II d) III e IV b) I, II e V e) apenas III. c) II, IV e V 10.A parte mais externa do planeta Terra é formada por diferentes materiais rochosos, que constituem o que se conhece como “crosta terrestre”. Sobre esse tema, não é

possível afirmar que: a) o ar atmosférico, carregado de umidade, penetra nas fissuras e poros das rochas, originando mudanças em suas estruturas originais. b) as rochas que se localizam próximas à superfície terrestre estão sujeitas a condições que alteram sua forma física e sua composição química. c) as rochas sedimentares compõem-se de partículas oriundas de outras rochas, de restos de organismos vivos ou da precipitação química; essas rochas contêm, às vezes, depósitos economicamente valiosos. d) as rochas metamórficas, como por exemplo, o gnaisse e o mármore, resultam da transformação de rochas pré-existentes decorrentes de elevadas pressões e temperaturas. e) as rochas ígneas intrusivas formam-se, na superfície terrestre, a partir do resfriamento rápido do material magmático. 11.Considere o mapa apresentado.

LOCALIZAÇÃO DOS MAIS IMPORTANTES DEPÓSITOS

MINERAIS DE ALUMÍNIO, MANGANÊS, FERRO, NÍQUEL, FOSFATO

E NIÓBIO

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(Decifrando a Terra. Oficina de Textos. USP)

A partir dos dados apresentados, assinale a alternativa correta. a)A maior quantidade de minerais concentra-se em áreas sedimentares, situadas em região de clima tropical de estações contrastadas e, em menor grau, na Amazônia. b)As áreas de escudos são responsáveis por grandes reservas de minerais, sendo as localizadas no Brasil-Central e no Atlântico as mais abundantes. c)Na Bacia do Paraná, encontram-se as maiores reservas de manganês no Brasil, associadas também a reservas de ouro e prata. d)No Maciço de Urucum, no Mato Grosso, as reservas de ferro e manganês situam-se em áreas sedimentares. e)O clima semiárido encontrado no Nordeste é o responsável pela ausência de grandes reservas de minerais metálicos. 12.Algumas das grandes cidades brasileiras têm sua expansão urbana ocupando espaços considerados como áreas de risco. Do ponto de vista geomorfológico, é correto afirmar que são áreas de risco as formas de relevo indicadas na seguinte alternativa: a)planícies de tabuleiro e topos de chapadas. b)superfícies aplainadas e topos de chapadas. c)tabuleiros costeiros e vertentes suaves. d)topos aplainados e tabuleiros costeiros. e)planícies de inundação e encostas íngremes. 13. A erosão, o desmatamento e as queimadas são fatores recorrentes de transformação da paisagem em função do uso do solo como recurso fundamental para as práticas de atividades humanas. Esses fatores são agentes causadores de impactos ambientais na agricultura de grande escala de produção. Nesse sentido, relacione os agentes citados na coluna da esquerda aos seus respectivos impactos ambientais descritos na coluna da direita:

A sequência correta é: a) 1, 5, 2, 4 b) 1, 3, 4, 5 c) 2, 4, 3, 5 d) 3, 5, 4, 2 e) 5, 2, 4, 3 14. Em relação aos aspectos físico-ambientais, costuma-se dizer que o Brasil é um “país abençoado pela natureza”. Esse privilégio é explicável, porque, nesse país, a) predominam temperaturas médias elevadas e baixos índices de amplitude térmica, por situar-se quase que inteiramente em zona temperada. b) destacam-se baixos índices de poluição, devido, especialmente, ao fato da Floresta Amazônica produzir mais oxigênio e absorver grande parte dos gases poluentes. c) localiza-se a maior bacia hidrográfica do mundo em volume d’água, devido ao seu extenso litoral. d) predomina condição absolutamente homogênea em sua biodiversidade. e) inexistem áreas com extremos naturais como: extensos desertos, vulcões, furacões, cordilheiras, frio longo e rigoroso. 15. Em numerosas áreas do território brasileiro pode-se encontrar o processo de laterização do solo, isto é, a) o aumento da acidez do solo que afeta sua fertilidade. b) a formação de crostas ferruginosas que impossibilita o uso do solo para a agricultura. c) a retirada dos nutrientes orgânicos do solo devido a grande volume de chuvas. d) a contaminação do solo pelo uso indiscriminado de fertilizantes químicos. e) a formação de sulcos provocados pela erosão em áreas de forte declividade. 16. A figura abaixo mostra um perfil topográfico do relevo brasileiro, com um corte no sentido oeste-leste que abrange os estados de MS e SP. Nele estão assinaladas três áreas, identificadas pelas letras A, B e C.

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Considere as descrições dos itens 1, 2 e 3 e assinale a alternativa que associe corretamente cada área à sua descrição: I- preenchida por sedimentos e com intrusões de lavas basálticas, onde aparecem colinas com topos aplainados e escarpas caracterizadas por frentes de cuestas. II- Essencialmente plana e nivelada, preenchida por deposição de sedimentos recentes de origem fluvial. III- Parte de sua gênese está vinculada a ciclos de falhamentos, que produziram escarpas acentuadas. Predominam morros de topos convexos e vales profundos. a) A-3, B-2, C-1 b) A-3, B-1, C-2 c) A-1, B-2, C-3 d) A-1, B-3, C-2 e) A-2, B-1, C-3 17. A Região de Carajás é uma das províncias minerais mais importantes do Brasil. Nela, são encontradas expressivas jazidas de ferro, manganês, cobre e bauxita, que têm uma participação destacada na pauta de exportações do país. A bauxita é utilizada sobretudo para a produção de: a)material de construção utilizado em viadutos e pontes. b)estanho metálico. c)filamento para lâmpadas. d)material para computadores. e)alumínio. 18. A degradação dos solos transforma muitas regiões em desertos. Assinale a alternativa incorreta sobre os fatores diretamente causadores de degradação do solo. a)A lixiviação de nutrientes provocada pela ação das chuvas sobre os solos desprotegidos.

b)O desmatamento e a consequente erosão dos horizontes do solo. c) O controle biológico de pragas e a adubação orgânica. d) As queimadas, que destroem a matéria orgânica. e)A compactação do terreno provocada pela atividade pecuária. 19. O ano de 2008 foi marcado pela redescoberta das riquezas do subsolo no Brasil, ligadas às reservas de petróleo da camada pré-sal (uma área da costa brasileira de 800 quilômetros, a qual se estende do Espírito Santo a Santa Catarina), que deu início a uma batalha, entre União, Estados e municípios, pela compensação financeira paga pelas empresas exploradoras. Quanto à gênese, à extração e ao aproveitamento desse recurso energético, é correto afirmar que

a)essa descoberta comprova que o petróleo é um recurso energético renovável a curto prazo, em razão da sua constante formação geológica. b)a extração e o aproveitamento do petróleo são atividades não poluentes, dada sua origem natural. c)a exploração de petróleo é realizada em áreas marinhas, onde também ocorreu a sua gênese pelo acúmulo de sedimentos originados de rochas cristalinas. d)a gênese do petróleo está ligada ao soterramento de grandes florestas em eras geológicas passadas. e)o petróleo é um recurso não renovável no tempo histórico, explorado em áreas continentais ou em áreas submarinas. QUESTÕES COMPLEMENTARES!

Questão 1. Levando em consideração a figura a seguir e os seus conhecimentos sobre terremotos, leia atentamente as proposições e assinale V (verdadeiro) ou F (falso):

( ) Os tsunamis são ondas gigantes ocasionadas pelo deslizamento costeiro ou marítimo, por deslocamento de placas tectônicas ou por erupções vulcânicas. No ano de 2004, foi registrado no Oceano Índico alto índice de mortes provocado por esse fenômeno. ( ) Os terremotos são vibrações das camadas da crosta da Terra produzidas pelo tremor e oriundas de fenômenos tectônicos ou vulcânicos. Esses fenômenos ocorrem quando as placas tectônicas entram em processo de choque ou acomodação. ( ) As vibrações causadas pelos terremotos são produzidas por ondas longitudinais e transversais, podendo ser consideradas fracas aquelas que não são notadas pelo homem, sendo, porém, registradas pelos sismógrafos. ( ) O alto risco de incidência de terremotos no Japão dá-se pela sua localização em uma região de encontro de placas tectônicas e pelo fato de a região conter várias falhas geológicas, além de inúmeros vulcões. ( ) Se comparados aos que ocorrem no Japão e na Califórnia, os abalos sísmicos no Brasil são de menor

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intensidade; esse fenômeno pode ser explicado pela situação geológica do país, que dificulta ocorrências de maior proporção. Marque a alternativa CORRETA: a) V, V, V, V, V b) V, F, V, F, V c) V, V, V, V, F d) F, V, F, V, F e) V, V, V, F, F Questão 2. Sobre o quadro natural, assinale a(s) proposição (ões) VERDADEIRA(S):

0-0) A litosfera, também chamada de crosta terrestre, corresponde à parte sólida do nosso planeta e é formada por minerais e rochas. 1-1) O petróleo e o carvão ocorrem em estruturas cristalinas pré-cambrianas. 2-2)Os minerais metálicos ocorrem predominantemente me estruturas sedimentares cenozóicas. 3-3)Ferro, manganês e carvão ocorrem indistintamente em todas as formações rochosas do mundo. 4-4) As estruturas sedimentares podem possuir jazidas de carvão e petróleo à medida que as condições de formação possibilitem.

Questão 3. Assinale a alternativa que indica apenas exemplos de rochas magmáticas: a) arenito e basalto; b) basalto e mármore; c) granito e basalto; d) arenito e calcário; e) gnaisse e mármore.

Questão 4. (UCARE-RS) A constituição de grandes cadeias montanhosas como os Alpes, os Andes, o Himalaia e as montanhas Rochosas, entre outras, além da extinção dos répteis gigantes e do desenvolvimento dos mamíferos, constituem características da Era:

a) Paleozóica b) Pré-Cambriana c) Mesozóica d) Cenozóica e) Primitiva

Questão 5. (PUC – MG) A tectônica de placas é conseqüência da dinâmica interna da Terra. Não é fenômeno relacionado à tectônica: a) Formação de cadeias montanhosas b) Deriva dos continentes c) Bacias sedimentares no interior dos continentes d) Erupções vulcânicas em áreas continentais e oceânicas e) Terremotos. Questão 6. (UFCE) A “Teoria da Tectônica de Placas” procura explicar a formação dos continentes e dos oceanos bem como do relevo submarino. Entre as proposições sobre esta teoria, considere as seguintes: I. A Cordilheira Meso-oceânica do Atlântico é formada a partir do afastamento de duas placas tectônicas.

II. A cordilheira dos Andes é formada a partir do afastamento de duas placas tectônicas. III. O vulcanismo e os terremotos podem ser consequências diretas da movimentação das placas tectônicas. Com relação às assertivas acima, é correto afirmar que: a) Apenas I é verdadeira b) Apenas II é verdadeira c) Apenas III é verdadeira d) I e III são verdadeiras e) I, II e III são verdadeiras. Questão 7. (UFCE) A Geomorfologia é uma disciplina de apoio Á Geografia na interpretação das condições no espaço geográfico. Neste sentido, está correto afirmar que a Geomorfologia: a) Analisa as condições de oscilações das chuvas. b) Avalia a qualidade e quantidade de minerais disponíveis nas rochas. c) Estuda as formas de relevo terrestre e os diferentes processos erosivos e deposicionais. d) Pesquisa as diferentes formações vegetais e sua distribuição espacial. e) Contribui para a identificação e quantificação dos mananciais de águas subterrâneas. Questão 8. (UFPE) “Consiste basicamente numa ruptura das rochas que compõem a crosta terrestre e o conseqüente deslocamento de um bloco contra o outro. Essa ruptura é produzida em decorrência de um determinado esforço que ultrapassa o limite de plasticidade das rochas.” (JATOBÁ, L & LINS, R.C. Introdução à Geomorfologia. Ed. Bagaço, 1998.) No texto acima, os autores estão definindo: a) Um fenômeno denominado dobramento de rochas plásticas. b) A interação entre fatores endógenos e exógenos do relevo. c) Uma falha geológica. d) A meteorização das rochas que atingiram o limite da plasticidade. e) A formação de montanhas de dobramentos. Questão 9. (UERN) Sobre a evolução da Terra, é correto afirmar: a) A terra tem idade aproximada de dois bilhões de anos. b) A sua era mais antiga é a Cenozóica, caracterizada pelo surgimento dos primeiros seres vivos, os mamíferos. c) A formação das grandes cordilheiras: Alpes, Andes, Rochosas e Himalaia, se deram na era Arqueozóica. d) O aparecimento do homem se deu no período final da era Cenozóica. e) Na era Proterozóica ocorreu um grande derramamento de lavas na área que corresponde, hoje, ao Sul do Brasil. Questão 10. (UFPE) Em relação as formas de relevo litorâneas, podemos afirmar: (I–II) (0–0) Podem resultar tanto da ação erosiva como da deposição, que caracterizam as costas escarpadas e as costas baixas ou planas.

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(1–1) A praia é o conjunto de sedimentos, depositados ao longo do litoral, que se encontra em constante movimento. (2–2) As restingas são formadas por faixas arenosas, depositadas paralelamente à praia, as quais se alongam, tendo ponto de apoio nos cabos e nas saliências do litoral. (3–3) No litoral do Rio Grande do Sul, extensa planície de restinga separa a Lagoa dos Patos das águas atlânticas. (4–4) Em geral, o sedimento dominante nas praias são as areias, mas também existem praias formadas por cascalho e seixos.

Questão 11. (UPE) O vulcanismo ocorre onde o magma consegue passar por entre áreas menos resistentes da litosfera. Sobre esse assunto, pode-se afirmar que:

(I – II) 0–0) sob a maioria dos vulcões parece haver um reservatório denominado câmara magmática. (1–1) a maior parte da atividade vulcânica ocorre nas proximidades das bordas das placas litosféricas. (2–2) o magma, que entra em contato com a superfície terrestre, é denominado de lava e grande parte desse material se solidifica nas imediações dos vulcões. (3–3) o vulcanismo se verifica sempre que ocorrem fases prolongadas de erosão no interior das placas litosféricas. (4–4) a maior parte da atividade vulcânica do Brasil ocorreu ao longo do Quaternário, na região Centro-Oeste. Questão 12. (Mackenzie-SP adaptada) Assinale a alternativa incorreta sobre a estrutura geológica e o relevo do Brasil. a) A área ocupada por escudos cristalinos é menor do que a de bacias sedimentares. b) É predominantemente planáltico. c) A maior parte do território é recoberta por rochas sedimentares. d) Os dobramentos recentes limitam-se a Serra do Mar. e) As maiores altitudes localizam-se no extremo norte. Questão 13. (UEL) De acordo com a classificação de Jurandyr Ross, o estado do Paraná apresenta, a grosso modo, três unidades de relevo: os Planaltos e Serras do Atlântico Leste-Sudeste, os Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná e entre eles: a) uma planície. b) uma depressão. c) um tabuleiro. d) uma escarpa. e) uma serra Questão 14. (Mackenzie-SP) Os maciços são porções da crosta correspondentes ao antigo assoalho de velhos dobramentos soerguidos, falhados e arrasados pela erosão. Assinale a unidade do relevo brasileiro que apresenta as características descritas acima.

a) Planície Amazônica. b) Planície Litorânea. c) Planalto Atlântico. d) Planalto Meridional e) Chapada dos Parecis. Questão 15. (PUC-MG) Adaptada. Refere-se ao relevo brasileiro:

I. As depressões foram geradas por processos erosivos ocorridos no contato das extremidades das bacias sedimentares com os maciços antigos. II. Os planaltos, em sua maioria, apresentam-se como formas de relevo residuais, ou seja, restos de antigas superfícies erodidas, que oferecem maior resistência ao desgaste. III. As planícies correspondem a pequena extensão do território, em áreas mais planas, formadas pela deposição de sedimentos. Marque a alternativa correta:

a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. b) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. c) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. d) se todas as afirmativas estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem incorretas. Questão 16. (U. E Ponta Grossa - PR) Assinale a afirmação incorreta com relação ao relevo do Brasil. a) A Borborema e a Ibiapaba ou Serra Grande são importantes feições planálticas do relevo da Região nordeste do Brasil. b) O Planalto Meridional Brasileiro é formado por duas regiões distintas: a sedimentar e a vulcânica, constituída por formações arenito-basálticas, e a Serra do Mar, modelada em rochas do complexo cristalino brasileiro. c) A Planície Amazônica é apenas uma fração do relevo da Amazônia. d) As Serras do Mar fazem parte dos maciços pré-cambrianos do Sudeste brasileiro e) A Chapada Diamantina, em território baiano, forma o divisor de águas dos rios que correm diretamente para o oceano Atlântico e os rios afluentes do rio São Francisco pela margem direita. Questão 17. Sobre as figuras A e B apresentadas a seguir, é correto afirmar que:

(0-0) representam fatos geomorfológicos que estão relacionados a um tipo de tectonismo conhecido como “tectonismo plástico”. (1-1) a figura A mostra uma superfície dobrada, que foi aplainada por prolongada fase erosiva. (2-2) as figuras mostram que o relevo terrestre é o resultado da interação entre tectonismo, erosão e litologia. (3-3)a figura B é o tipo de paisagem mais freqüentemente encontrada nas bacias sedimentares modernas do Brasil.

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(4-4) a figura A mostra um relevo cuja gênese esteve associada principalmente a um intenso falhamento ocorrido na área. Questão 18. Examine o corte geológico esquemático a seguir, correspondente a uma das grandes unidades estruturais verificadas na crosta terrestre.

Assinale a única afirmativa que não pode ser considerada verdadeira. a) 1, 2 e 3 são camadas rochosas vulcânicas, muito ricas, portanto, em hulha; a área deve ter uma grande importância geoeconômica regional. b) O corte mostra uma área deprimida, denominada bacia sedimentar. c) O substrato sobre o qual estão dispostas as camadas rochosas 1, 2 e 3 sofreu, ao longo da história, influências tectônicas. d) Das camadas rochosas indicadas por números, a 1 pode ser considerada a mais antiga. e) O tipo de estrutura geológica indicada no corte existe no território brasileiro. Questão 19: UFBA Os recursos minerais de um país são elementos vitais para o seu desenvolvimento. É importante, então, que o país tenha acesso garantido a eles, uma vez que, quanto mais depender de importações, maior será sua vulnerabilidade. O Brasil, um país em desenvolvimento, possui grandes reservas minerais nos terrenos cristalinos de origem proterozóica que afloram em 4% do seu território.

GARCIA; GARAVELLO, 1992, p. 131. A análise do texto e os conhecimentos sobre as rochas, os recursos minerais e sua produção e comercialização no Brasil e no mundo possibilitam afirmar: (0-0) Os minérios são extraídos de rochas constituídas de elementos químicos cujo teor apresenta valor econômico que viabiliza a exploração comercial das jazidas. (1-1) O granito e o basalto são rochas frequentes na crosta terrestre, sendo o granito a base da estrutura rochosa do assoalho oceânico, e o basalto, formador da superfície emersa da crosta. (2-2) Os minérios têm grande participação no volume das exportações e das importações de muitos países, destacando-se, entre os exportadores, a Austrália, o Canadá, a África do Sul, o Brasil e a Rússia. (3-3) O Quadrilátero Central, em Minas Gerais, a Serra dos Carajás, no Pará, e o Maciço de Urucum, em Mato Grosso do Sul, são as principais áreas de ocorrência e de produção do minério de ferro no Brasil. (4-4) A produção mineral é a base de sustentação dos países subdesenvolvidos, pois os custos de produção são baixos, e os preços dos minérios são sempre elevados no mercado. Questão 20: Sobre a estrutura geológica e o relevo do Nordeste, pode-se afirmar: A) Os dobramentos modernos são responsáveis pela presença dos inselbergs e dos matacões. B) A inexistência de bacias sedimentares explica por que, na região, não há formação de combustíveis fósseis.

C) Os escudos cristalinos estão limitados à porção ocidental da região. D) O relevo apresenta altitudes médias, sobressaindo pontos superiores a 1000 m na Chapada Diamantina. E) As planícies dominam todo o oeste da região, porque, nessa área, o processo de deposição suplanta o de erosão. Questão 21: (UCS) A paisagem da campanha, existente no sudoeste do Rio Grande do Sul, é formada por um relevo cujas bordas assumem feições diferenciadas. Na direção leste, a borda tem uma forma mais verticalizada e, na direção oeste, uma forma mais suavizada. Observe a figura abaixo:

A forma de relevo acima descrita e ilustrada denomina-se: A) recife; B) delta; C) planície; D) cuesta; E) mesa. Questão 22: (UEM) Assinale o que for correto a respeito da estrutura geológica e das formas de relevo, no território brasileiro. (0-0) As áreas cristalinas estão relacionadas aos escudos e são de formação muito antiga. Rochas magmáticas, como o granito, e metamórficas, como o gnaisse, são comuns nesse Complexo Cristalino. (1-1) O Brasil não apresenta dobramentos terciários, como a cadeia andina, situada na porção ocidental da América do Sul. As altitudes são, em geral, modestas, devido à estabilidade geológica dos terrenos e à ação erosiva. (2-2) As chapadas são planícies sedimentares de superfície aplainada, quase horizontal. (3-3) Em algumas regiões de contato entre estruturas sedimentares e cristalinas, comuns na Região Sudeste, cria-se um desnível que recebe o nome de Depressão Periférica. (4-4) As serras do Mar, da Mantiqueira e do Espinhaço fazem parte do conjunto de planaltos e de serras do Atlântico Leste-Sudeste. Questão 23: (UFF) Estima-se que hoje, no Brasil, as perdas de solo, em função da erosão, sejam da ordem de 822,7 milhões de toneladas, sendo cerca de 91% em áreas de lavouras e 9% em áreas de pastagens.

SANTOS, Thereza C. C. & CÂMARA, João B. (org.) - GeoBrasil 2002, IBAMA, p. 63.

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A partir da análise do mapa, pode-se concluir que: A) as áreas dominadas pelo clima subtropical, embora bastante exploradas, são as que apresentam a menor disposição aos processos erosivos; B) as áreas com a exploração baseada numa agricultura altamente mecanizada têm experimentado a redução de sua disposição à erosão; C) a expansão do agronegócio em associação com a ocorrência do clima tropical ajuda a explicar a vulnerabilidade dos solos no Cerrado brasileiro; D) um relevo bastante similar e o mesmo comportamento de seu regime de chuvas explicam as áreas com menor vulnerabilidade à erosão; E) o aumento da acidez das águas das chuvas nos grandes centros urbanos explica as áreas onde os solos estão mais expostos à erosão. Questão 24: (UFES)

No trecho compreendido entre os pontos A e B, na figura acima, verificam-se as seguintes formas de relevo: planície, planalto em bacia sedimentar, depressão, depressão, planalto em bacia sedimentar e depressão. De acordo com a classificação de Ross (1990), tais formas de relevo correspondem, respectivamente, às unidades do relevo brasileiro indicadas em uma das opções abaixo. Marque-a: A) Pantanal do Rio Guaporé; Planalto e Chapada dos Parecis; Depressão Sul-Amazônica; depressão periférica da

borda leste do Rio Paraná; planaltos e chapadas da Bacia do Parnaíba e Depressão Sertaneja e do São Francisco. B) Pantanal Mato-Grossense; planaltos e chapadas da Bacia do Paraná; Depressão do Araguaia-Tocantins; Depressão do Tocantins; planaltos e chapadas da Bacia do Parnaíba e Depressão Sertaneja e do São Francisco. C) Pantanal Mato-Grossense; planaltos e chapadas da Bacia do Paraná; Depressão Cuiabana; Depressão Araguaia-Tocantins; planaltos e chapadas da Bacia do Parnaíba e Depressão do Rio Miranda. D) Pantanal do Rio Guaporé; planaltos e chapadas da Bacia do Paraná; Depressão Cuiabana; Depressão do Tocantins; planaltos e chapadas da Bacia do Paranaíba e Depressão Sertaneja e do São Francisco. E) Pantanal Mato-Grossense; Planalto e Chapada dos Parecis; Depressão do Araguaia-Tocantins; Depressão Tocantins; planaltos e chapadas da Bacia do Parnaíba e Depressão do Rio Miranda. Questão 25: (UEPG/PR) Assinale a afirmação incorreta com relação ao relevo do Brasil: A) A Borborema e a Ibiapaba ou Serra Grande são importantes feições planálticas do relevo da região Nordeste do Brasil. B) O Planalto Meridional Brasileiro é formado por duas camadas distintas: a sedimentar e a vulcânica, constituída por formações arenito-basálticas. C) A Planície Amazônica constitui a maior porção do relevo da Amazônia. D) As serras do Mar e da Paranapiacaba fazem parte dos maciços pré-cambrianos do Sudeste Brasileiro. E) A Chapada Diamantina, em território baiano, forma o divisor de águas dos rios que correm diretamente para o Oceano Atlântico e os rios afluentes do Rio São Francisco pela margem direita. Questão 26: (UFES) No mapa abaixo, estão representados compartimentos do relevo brasileiro segundo a classificação de Jurandyr Ross, que é baseada em critérios morfogenéticos.

A legenda correta do mapa é: A) 1 – Depressões em estruturas sedimentares e 2 – Planaltos em bacias sedimentares. B) 1 – Planaltos em estruturas cristalinas e dobradas antigas e

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2 – Depressões em estruturas sedimentares. C) 1 – Planaltos em estruturas cristalinas e dobradas antigas e 2 – Planaltos em bacias sedimentares. D) 1 – Planaltos em estruturas cristalinas e dobradas antigas e 2 – Planícies em estruturas sedimentares recentes. E) 1 – Planícies em estruturas sedimentares recentes e 2 – Depressões em estruturas sedimentares. Questão 27: (ACAFE/SC) Considerando o quadro natural que caracteriza o território brasileiro, assinale a alternativa incorreta: A) O Brasil possui uma das maiores reservas hídricas superficiais do mundo, embora a ação humana venha provocando alterações quantitativas e qualitativas nas águas dos rios que cortam as diferentes regiões do país. B) A formação da Floresta Amazônica, com grande diversidade de espécies animais e vegetais, foi favorecida pelo clima equatorial dominante na região, onde as temperaturas são elevadas e as chuvas abundantes. C) O Planalto Meridional brasileiro era coberto em sua quase totalidade pela Mata de Araucária, também conhecida como Mata dos Pinhais, hoje intensamente devastada. D) A tropicalidade é a característica predominante do nosso clima, visto que a maior parte de seu território situa-se entre os trópicos, onde é grande a influência de massas úmidas como a tropical atlântica e a equatorial continental. E) O relevo do Brasil é dominado por extensos planaltos e grandes elevações originadas pelo intenso tectonismo decorrente de alterações de temperatura e pressão no interior da Terra em períodos geológicos recentes. Questão 28: (FGV/RJ) Em formações sedimentares como a série Barreiras no litoral da Bahia, a ação do mar dá origem a um relevo escarpado e íngreme chamado de: A) falésia; B) restinga; C) ilha litorânea; D) lagoa; E) tômbolo. Questão 29: (UFPE) Esta questão deverá ser respondida tomando-se por base o mapa observado a seguir:

(0-0) A área 1, por se encontrar em espaços topograficamente rebaixados, apresenta um clima seco, com vegetação xerófila. (1-1) A área 2 apresenta chuvas bem distribuídas, ao longo do ano, algumas manchas de mata de araucária e pode ser considerada como o domínio do clima subtropical.

(2-2) A área 3, de acordo com a classificação de Koppen, possui um clima do tipo BSh, que propicia a existência de uma cobertura vegetal do tipo caatinga. (3-3) As áreas 4 e 6 apresentam grandes semelhanças no que diz respeito aos regimes pluviométricos e possuem a mesma cobertura vegetal. (4-4) A área 5 é um espaço da Região Norte que tem um clima do tipo tropical e uma vegetação de cerrado. Questão 30: (UEL/PR) Processos físicos, químicos e biológicos associados às ações antrópicas alteram significativamente o revelo. Observe as figuras a seguir:

Com base nas figuras e nos conhecimentos sobre gênese e transformação do relevo, é correto afirmar: A) A figura II mostra que transformação do relevo e diferenças estruturais das rochas são fenômenos sem correlação entre si. B) Conforme indicam as figuras I a IV, ações antrópicas, tipos de rochas, clima, declividades topográficas e duração dos processos são fatores atuantes na diversificação das formas de relevo. C) A figura IV mostra que a gênese das formas de relevo está condicionada à dinâmica de apropriação e uso do solo urbano. D) As figuras I a IV mostram que intemperismo, erosão e cobertura vegetal são irrelevantes na transformação do relevo, cuja dinâmica revela a existência de processos autônomos. E) Como mostra a figura I, os processos de gênese e transformação do relevo são intensos nas médias e altas vertentes e nulos nas áreas de deposição. Questão 31: (UNIMONTES/MG) Observe a figura:

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Sobre o fenômeno representado, é correto afirmar que: A) as vibrações geradas pelo movimento dos blocos têm a mesma direção; B) a ruptura da crosta terrestre só ocorre quando a rocha se encontra estável; C) todas as rupturas que ocorrem nos sismos atingem a superfície; D) a crosta terrestre está sujeita a tensões, que não deformam as rochas; E) o ponto inicial da ruptura é chamado hipocentro ou foco do tremor. Questão 32: (UFPE) O geógrafo Aziz Nacib Ab’Saber identificou e mapeou, no Brasil, os vários domínios morfoclimáticos e as faixas de transição entre esses domínios. Sobre esse assunto, é correto dizer que: (0-0) o domínio amazônico possui climas quentes e úmidos, formações florestais caducifólias e relevo de amplas planícies; (1-1) o domínio das caatingas individualiza-se pela presença de amplos pediplanos, com relevos residuais do tipo "inselbergue" e chãos pedregosos; (2-2) o Domínio do "Mar de Morros" caracteriza-se por apresentar relevo mamelonizado, vertentes dominantemente convexas e solos bem desenvolvidos; (3-3) o domínio do cerrado possui uma vegetação xerófila, especialmente no fundo dos vales e relevo colinoso de idade pré-cambriana; (4-4) as faixas de transição são espaços situados entre domínios morfoclimáticos diversos; são paisagens geomorfológicas complexas. Questão 33: (UFPE) A ação geomorfológica do vento se manifesta em diversas zonas climáticas do planeta, mas a sua atuação é particularmente intensa nas regiões de clima seco. Sobre esse assunto, pode-se dizer que: (0-0) nas regiões desérticas, o vento origina grandes feições deposicionais denominadas "inselbergues"; (1-1) os processos de transporte e dispersão realizados pelo vento, em ambientes semiáridos, são designados, universalmente, como "processos de deflação"; (2-2) os sedimentos arenosos eólicos apresentam, em geral, uma estratificação irregular e oblíqua; (3-3) a acumulação de partículas finas, depositadas pelo vento, origina um material conhecido como "loess";

(4-4) o vento desempenhou um papel muito importante na Zona da Mata do Nordeste, abrindo amplos vales, durante o Cenozóico. Questão 34: (UFPE) Leia as definições a seguir relativas a feições de relevo verificadas em ambientes marinhos e costeiros: (0-0) Arco insular, como, por exemplo, as Aleutas, correspondem a uma cadeia curva de ilhas, formadas quando duas placas litosféricas oceânicas se encontram em uma zona de subducção. (1-1) Costa de ria é aquela zona costeira caracterizada por vales fluviais que foram invadidos pelo mar. (2-2) Delta é um depósito sedimentar exclusivamente marinho, originado pelo acúmulo de sedimentos, pelas correntes marinhas secundárias, na foz de um rio. (3-3) Tômbolo é uma feição sedimentar litorânea que se desenvolve paralelamente à linha da costa, provocando o fechamento de lagunas costeiras. (4-4) Terraço costeiro é um antigo relevo, situado acima do nível marinho atual, que representa uma paleolinha de praia. Questão 35: (UPE) “Poucos eventos naturais provocam tanta destruição maciça quanto os terremotos. Atacando geralmente sem avisar, geram vibrações violentas, que sacodem e podem rachar o solo, com resultados devastadores. Terremotos grandes e pequenos vêm sacudindo o planeta há bilhões de anos, porém suas causas permaneciam misteriosas até a década de 60.” Acerca do tema referido no texto, podemos afirmar que: (0-0) nas áreas de subducção de uma placa litosférica, os abalos sísmicos são mais fracos do que no interior das placas continentais; (1-1) nas áreas de colisão de placas litosféricas, produzem-se grandes terremotos, como, por exemplo, na faixa de contato da Placa Índica com a Eurasiática; (2-2) quando a tensão produzida pelos movimentos das placas litosféricas ultrapassa determinado nível, a energia acumulada é subitamente liberada, produzindo-se, assim, um terremoto; (3-3) o epicentro de um terremoto é o ponto na superfície terrestre diretamente acima do foco sísmico. (4-4) os principais abalos sísmicos verificados no território brasileiro, apesar de fracos, ocorrem em face da colisão da Placa Sul-Americana com a de Nazca. Questão 36. “Ao desenterrarem o fóssil de um hipsolofodonte, no estado americano de Dakota do Sul, os paleontólogos colocaram um pedaço de pedra que estava perto do peito do animal em um tomógrafo. Para surpresa, constatou-se ser um coração fossilizado que parou de bater há muitos milhões de anos. A descoberta foi anunciada em abril deste ano.”

Adaptado da Revista Super Interessante, 07/2000. Considerando o enunciado e com referência às macroformas estruturais e à escala geológicado tempo, é incorreto afirmar que: a) répteis gigantescos e coníferas povoavam o planeta durante a Era Mesozóica; b) o desenvolvimento dos mamíferos e fanerógamos datam do período Terciário da Era Cenozóica; c) que as macroformas estruturais do relevo terrestre estão representadas pelas plataformas ou crátons, pelas cadeias orogênicas e pelas bacias sedimentares;

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d) no território brasileiro, o escudo das Guianas é caracterizado preferencialmente por rochas metamórficas muito antigas do Pré-Cambriano; e) as cadeias orogênicas (cinturões orogênicos) correspondem aos terrenos mais elevados da superfície terrestre, estando entre os terrenos mais antigos produzidos pela tectônica. Questão 37. Na região da Chapada do Araripe, no Sul do Estado do Ceará, são encontrados fósseis de peixes e de insetos. Sobre o processo de fossilização, considere as assertivas a seguir: I. É um fenômeno geologicamente recente, resultante do derramamento de lavas de antigos vulcões. II. Pode ter-se desenvolvido em lagos e mares que foram recobertos por sedimentos. III. Desenvolveu-se em conseqüência dos fenômenos de secas climáticas que atingem a região. Com base nas assertivas acima, pode-se afirmar, de modo correto, que: a) I e II são verdadeiras. b) apenas I é verdadeira. c) apenas II é verdadeira. d) I e III são verdadeiras. e) II e III são verdadeiras. Questão 38. Observe o mapa a seguir:

Com relação ao movimento das placas tectônicas ilustrado no mapa, marque a alternativa correta. a) Por subducção, a placa 6 provoca terremotos no Oeste dos Estados Unidos; ao se encontrar com a placa 5, ocorre translação, como no Japão, provocando tremores e vulcanismo intenso. b) Entre as placas 3 e 4 há um movimento de dilatação, que provoca vulcanismo de fenda, o qual formou ilhas que representam o topo da cadeia montanhosa submersa, a Dorsal Atlântica. c) O choque entre as placas 2 e 6, pelo processo de subducção, formou a Cordilheira dos Andes; enquanto que o choque entre as placas 5 e 4 formou a Cordilheira do Himalaia, área de grande instabilidade tectônica. d) A placa 4 distancia-se da 5 chocando-se com a placa 3, o que tem provocado, por subducção, intensos terremotos na Europa e aumentado significativamente o fundo do Oceano Atlântico. e) A placa 1 ao colidir com a placa 5 provocou a formação do arquipélago da Islândia. Questão 39. A estrutura geológica da superfície terrestre constitui o embasamento do modelado do relevo, em contínuo processo de transformação. São grandes estruturas geológicas, EXCETO:

I- Os escudos cristalinos ou maciços antigos, resultantes da solidificação do material magmático e da ascensão de suas formações rochosas até a superfície. II- As bacias sedimentares, de formação antiga ou recente, resultantes da ação destrutiva da erosão sobre os maciços e da posterior deposição do material erodido sobre áreas rebaixadas ou de sedimentação em períodos mais recentes. III- Os dobramentos modernos, originados do entrechoque de placas, formando os episódios mais recentes de acomodação tectônica. IV- Os círculos de fogo, formadores de áreas de elevada instabilidade tectônica, com elevada incidência de atividade vulcânica, terremotos e maremotos. a) as afirmativas I e III b) apenas IV c) as afirmativas II e III d) apenas II e) as afirmativas I e III Questão 40. Assinale a alternativa que contém, apenas, rochas cristalinas e de consolidação muito antiga (Pré-Cambriano). a) Arenito, gnaisse e mármore b) Quartzo, calcário e granito c) Gnaisse, granito e quartzito d) Mármore, mica e arenito e) Granito, basalto, calcário Questão 41. O vulcanismo é um dos processos da dinâmica terrestre que sempre encantou e amedrontou a humanidade, existindo diversos registros históricos referentes a esse processo. Sabe-se que as atividades vulcânicas trazem novos materiais para locais próximos à superfície terrestre. A esse respeito, pode-se afirmar corretamente que o vulcanismo a) é um dos poucos processos de liberação de energia interna que continuará ocorrendo indefinidamente na história evolutiva da Terra. b) é um fenômeno tipicamente terrestre, sem paralelo em outros planetas, pelo que se conhece atualmente. c) traz para a atmosfera materiais nos estados líquido e gasoso, tendo em vista originarem-se de todas as camadas internas da Terra. d) ocorre, quando aberturas na crosta aliviam a pressão interna, permitindo a ascensão de novos materiais e mudanças em seus estados físicos. e) é o processo responsável pelo movimento das placas tectônicas, causando seu rompimento e o lançamento de materiais fluidos. Questão 42. Na lista das novas sete maravilhas do mundo, a Cidade de Petra na Jordânia aparece como a segunda maravilha mais votada. Ela se constitui em um conjunto de construções esculpidas pelos nabateus, no século IV a.C., sobre rochas calcárias cor-de-rosa, carmesim e púrpura. Com base no texto e nos conhecimentos de Geografia Física, considere as afirmativas abaixo, sobre a relação entre os calcários de Petra e os arenitos de Vila Velha no Paraná/Brasil. 1. Os calcários de Petra são produtos do metamorfismo causado pela ação das altas temperaturas do clima desértico

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da Jordânia, enquanto os arenitos de Vila Velha são produtos da compactação de areias em função do clima úmido do Paraná. 2. Os calcários de Petra e os arenitos de Vila Velha são exemplos de rochas sedimentares de origem orgânica e detrítica, respectivamente. 3. Os calcários de Petra tiveram origem no acúmulo das conchas de crustáceos que viveram nos antigos oceanos, enquanto os arenitos de Vila Velha originaram-se do metamorfismo de areias de um antigo oceano que cobriu o Paraná. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras. c) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras. d) Somente a afirmativa 2 é verdadeira. e) Somente a afirmativa 3 é verdadeira. Questão 43. Observe a figura.

(Suertegaray, D. M. A. - "Terra: Feições Ilustradas".

Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2003.) Sobre a forma de relevo representada é correto afirmar que se trata de a) um planalto cristalino bastante erodido pela ação das águas. b) uma chapada ou planalto sedimentar com topos aplainados. c) uma planície formada por camadas sedimentares horizontais. d) um planalto tabular sobre rochas magmáticas e metamórficas. e) uma planície fortemente erodida pelo intemperismo físico. Questão 44. Leia com atenção o texto a seguir: "Um projeto do Ceará foi aprovado na semana passada pela Unesco para ser o primeiro a receber o selo de geoparque no hemisfério Sul. Isso significa uma área de proteção especial a riquezas geológicas e paleontológicas, como reconhecimento internacional.(...) O geoparque cearense será sediado na chapada do Araripe, no sul do Estado, onde há mais de um terço de todos os pterossauros (répteis alados) descritos no planeta e mais de 20 ordens diferentes de insetos fossilizados, com idade estimada entre 70 milhões e 120 milhões de anos. (...) Os fósseis da chapada do Araripe reconstroem a quebra do supercontinente de Gonduana (que unia todas as terras emersas do Sul), completada há cerca de 120 milhões de anos. Fósseis do peixe Dastilbe, encontrados tanto na África quanto no Ceará, são tidos como uma prova de que ambos os continentes eram unidos. Além dos pterossauros, foram descritos na região pelo menos dois dinossauros, o Santanaraptor e o Irritator."

(FERMANDES, K. Chapada do Araripe vira parque geológico

in "Folha de São Paulo", 26 de Setembro de 2006.) A respeito das informações apresentadas no texto jornalístico, pode-se constatar que as afirmações apresentadas nas alternativas adiante estão corretas, EXCETO uma delas. Assinale a alternativa que apresenta-se INCORRETA: a) A grande quantidade de fósseis presentes nas rochas da chapada do Araripe sugere que a estrutura geológica local é de bacia sedimentar. b) O supercontinente de Gondwana (ou Gonduana, como apresentado no texto), originou-se a partir da divisão da massa continental denominada pelos geólogos de Pangéia. c) A presença de fósseis de grandes répteis, os dinossauros, na chapada do Araripe, revelam que esses depósitos rochosos correspondem na tabela geológica à última era, a Cenozóica ou Terciária, que se estende até a atualidade. d) A Chapada do Araripe, situada no sul do Ceará, bem como a da Dimantina, na Bahia e o Planalto da Borborema, em Pernambuco e Paraíba, constituem importantes formações geomorfológicas do Planalto Nordestino. e) Da mesma forma que as importantes descobertas arqueológicas da Serra da Capivara abriram uma nova opção econômica para a região de São Raimundo Nonato, no sul do Piauí, focada no turismo cultural, a criação do primeiro parque geológico do país, com seu rico acervo paleontológico, pode também oferecer uma alternativa econômica sustentável para a região da Chapada do Araripe. Questão 45. Na Região Sudeste do Brasil, existem dois tipos bem definidos de paisagem fisiográfica, representados, de um lado, pelas "serras" do Mar e da Mantiqueira e, do outro, pela serra do Espinhaço. Essas duas primeiras "serras" originaram-se em conseqüência do tectonismo. Quais as evidências dessa formação tectônica? 1- Solos bem desenvolvidos, sobretudo nas escarpas. 2- Adaptação da drenagem a uma rede de falhas. 3- Assimetria do relevo. 4- Domínio de colinas convexas e vales em V. 5- Patamares escalonados. Estão corretas apenas: a) 1 e 2 b) 3 e 4 c) 1, 2 e 3 d) 2, 3 e 5 e) 1, 2, 4 e 5 Questão 46. O estudo das ondas sísmicas e dos campos magnéticos permitiu o descobrimento e a caracterização de três importantes camadas internas da Terra: a Litosfera, o Manto e o Núcleo. Com relação a esse tema, estão corretas as afirmações abaixo: (0-0) O Manto envolve o Núcleo terrestre, ocupa a maior parte do volume do planeta e se comporta como um fluido que se move lentamente. (1-1) A Crosta Oceânica, uma porção da Litosfera, é composta fundamentalmente por rochas graníticas e não apresentam, em suas camadas inferiores, rochas basálticas. (2-2) Sob a Litosfera existe uma camada plástica, conhecida como Astenosfera; trata-se de uma zona de baixa velocidade sobre a qual "flutuam" as placas litosféricas.

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(3-3) O Núcleo é formado basicamente por níquel e alumínio; essa camada, que produz o campo magnético do planeta, apresenta elevadas temperaturas. (4-4) A Litosfera acha-se dividida em blocos mais ou menos rígidos designados como "placas"; essas placas são deslocadas por correntes de convecção que se formam no Manto. Questão 47. No que se refere aos aspectos gerais do relevo terrestre, podemos afirmar: (0-0) as pressões horizontais ou tangenciais à crosta sólida da Terra, quando atuam sobre formações de rochas plásticas, provocam o enrugamento das camadas da litosfera, sob a forma de falhas ou fraturas; (1-1) chamam-se intrusivas as rochas que se originam da solidificação do magma ao abrigo do ar, entre as camadas do subsolo, constituindo, diques, batólitos e veios; (2-2) o vulcanismo funciona como agente construtor do relevo pela acumulação de lavas e de outros materiais expelidos através das crateras; (3-3) a decomposição química das rochas manifesta-se de maneira diferente dependendo da natureza da rocha; (4-4) o relevo de uma região submetida à ação dos agentes externos reflete, antes de tudo, a diferença de resistência das rochas que compõem o seu solo. Questão 48. Julgue as afirmações a seguir, referentes a correspondências entre escala geológica do tempo e evolução física da Terra. (0-0) Ao período Terciário, durante o Cenozóico, corresponde a formação de escudos cristalinos, como o Brasileiro. (1-1) O soterramento de florestas de samambais e coníferas, durante o Carbonífero, deu origem a jazidas de carvão fóssil. (2-2) Ao Mesozóico corresponde o derrame vulcânico que se encontra na bacia sedimentar do Paraná. (3-3) No final do Pré-Cambriano, houve a divisão da Pangéia, constuindo-se os supercontinentes de Laurásia e de Gondwana. (4-4) Dobramentos modernos, como os Andes e o Himalaia, ocorreram no Cenozóico. Questão 49. O cientista Alfred Wegener elaborou, em 1912, a Teoria das Derivas Continentais, observando que as formas dos continentes de cada lado do Oceano Atlântico pareciam se encaixar perfeitamente. Ele sugeriu que os continentes estiveram unidos no passado. Com relação às derivas continentais, é INCORRETO afirmar que a) o contato entre as placas pode se dar por obducção nas zonas de convergência, quando ocorre o choque na porção continental em virtude da grande espessura das porções que colidem. b) existe uma semelhança entre as rochas localizadas nos litorais da América, Europa e África. Esse fato ajuda a comprovar que, num passado muito distante, os continentes estiveram unidos em um único bloco. c) a crosta terrestre é descontínua e fragmentada em vários blocos, os quais são formados por partes continentais e oceânicas que se deslocam pelos movimentos de convecção do magma. d) o contato entre as placas pode se dar por subducção nas zonas de convergência, quando elas se movem uma em direção à outra, e a placa oceânica, mais densa, submerge sob a continental, menos densa. e) os sismos não devem ser relacionados aos movimentos tectônicos da Terra, por se tratarem de um fenômeno de

vibração brusca e passageira da superfície terrestre. Além disso, não devem ter sua origem associada a processos vulcânicos ou no deslocamento de gases no interior da Terra. Questão 50. As paisagens geomorfológicas, em geral, refletem as influências dos fatores litológicos, tectônicos e morfoclimáticos. A paisagem esboçada a seguir pode ser caracterizada como um(a):

a) tipo de cuesta, em áreas costeiras litologicamente homogêneas. b) estrutura tectonicamente falhada em placas litosféricas divergentes. c) estrutura tectonicamente dobrada, com anticlinal e sinclinal. d) inselbergue de resistência, desenvolvido em ambientes morfoclimáticos semiáridos. e) brejo de altitude, no Agreste pernambucano, desenvolvido em litologias mais resistentes aos processos erosivos. Questão 51. A teoria da Tectônica de Placas explica como a dinâmica interna da Terra é responsável pela estrutura da litosfera, sendo INCORRETO afirmar: a) A litosfera é a parte rígida que compõe a crosta terrestre; é segmentada em placas que flutuam em várias direções sobre o manto. b) O movimento das placas pode ser convergente ou divergente, aproximando-as ou afastando-as, ou ainda deslizando-as uma em relação à outra. c) A tectônica é responsável por fenômenos como formação de cadeias montanhosas, deriva dos continentes, expansão do assoalho oceânico, erupções vulcânicas e terremotos. d) As placas continentais e oceânicas possuem semelhante composição mineralógica básica, uma vez que essas placas compõem a crosta terrestre. e) Áreas como o Japão, Indonésia e Cuba apresentam em comum o fato estarem localizadas em Arcos Insulares formados por processo de movimentos convergentes das placas tectônicas. Questão 52. Em relação às camadas internas da Terra podemos afirmar: (0-0) O estudo das camadas internas da Terra não pode ser realizado por processos de investigações diretas, tendo-se que recorrer a métodos indiretos de observação, o que dificulta o seu conhecimento. (1-1) Os especialistas dispõem de aparelhos muito sensíveis, chamados sismógrafos, capazes de registrar com grande precisão as vibrações da Terra, medindo a intensidade e localizando a origem destas vibrações. (2-2) O estudo detalhado de sismogramas, iniciado desde os primeiros anos do século XX, demonstra que o globo se

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divide, da superfície para o interior, nas seguintes unidades principais: crosta, manto e núcleo. (3-3) A crosta terrestre é a camada mais externa da Terra e encontra-se consolidada. Nela os elementos químicos distribuem-se de forma homogênea, havendo pequenas variações em peso e volume. (4-4) A Terra não apresenta a mesma densidade em todas as camadas, isto é, a densidade diminui de acordo com a profundidade. Questão 53. Observe a figura a seguir. Sobre o tema esquematicamente representado, é correto afirmar que:

(0-0) se trata de uma representação da estrutura geológica comumente designada como "fossas tectônicas". (1-1) esse tipo de estrutura geológica ocorre especialmente em áreas da crosta onde acontecem colisões de placas litosféricas. (2-2) essa estrutura geológica inexiste no Brasil, uma vez que esse país se situa numa margem passiva da placa sul-americana. (3-3) essa estrutura geológica ocorre quando os esforços tectônicos atuantes na crosta terrestre são de distensão. (4-4) nesse tipo de estrutura geológica, são encontradas feições de relevo estrutural designadas como "horst" e "graben". Questão 54. O mapa abaixo apresenta a atual proposta de identificação das macrounidades do relevo brasileiro, com 3 tipos de unidades geomorfológicas, que refletem suas gêneses: os planaltos, as depressões e as planícies.

Correlacione as unidades geomorfológicas aos números correspondentes e depois assinale a alternativa que contém a ordem correta: (05) ( ) Depressão sertaneja do São Francisco. (10) ( ) Planaltos e chapadas da Bacia do

Parnaíba. (19) ( ) Planalto da Borborema. (21) ( ) Depressão periférica da borda leste da bacia do Paraná. (02) ( ) Planaltos residuais norte-amazônicos. a) 10, 21, 19, 02 e 05. b) 02, 21, 19, 05 e 02. c) 19, 02, 10, 21 e 05. d) 19, 21, 10, 02 e 05. e) 10, 02, 19, 05 e 21. Questão 55. A dinâmica do relevo é o resultado da combinação dos processos que ocorrem no interior da Terra (endógenos), com os que ocorrem no ambiente de contato da litosfera com a atmosfera e a hidrosfera (exógenos). Em relação a esta afirmação, assinale a alternativa correta. a) As teorias da Deriva Continental e da Tectônica de Placas são fundamentais na explicação das avalanches e dos escorregamentos nas montanhas. b) A orogênese explica os diversos aspectos da ação das forças externas, resultantes das intervenções ambientais realizadas pelas sociedades humanas. c) Os escudos cristalinos de origem endógena são os terrenos mais antigos da crosta terrestre, sendo que no Brasil abrangem cerca de 3,5% do território nacional. d) Nas áreas de relevo inclinado, o processo de erosão é acelerado pela presença da cobertura vegetal de grande porte. e) Os processos exógenos geram, através do intemperismo das rochas, o sedimento que, quando formado junto à rocha matriz, é denominado depósito eluvial. Questão 56. Os processos tectônicos condicionam a formação das estruturas geológicas na superfície do nosso planeta, e as forças externas, atuando sobre estas ao longo do tempo geológico, modelam o relevo, estabelecendo, portanto, uma relação entre estrutura e forma. Marque a alternativa que apresenta uma correlação verdadeira entre as estruturas geológicas destacadas e as unidades de relevo existentes no Nordeste brasileiro. a) Sedimentar - Depressão Sertaneja com presença de inselbergs. b) Cristalina - Chapadas do Araripe, do Apodi e da Ibiapaba. c) Sedimentar - Planaltos e Chapadas da Bacia do Parnaíba. d) Cristalina - Planície e Tabuleiros Litorâneos. e) Sedimentar - Planalto da Borborema. Questão 57. Observe o esboço de paisagem a seguir e assinale o que as setas estão indicando.

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A) Relevo falhado B) Terraço fluvial C) Várzea fluvial D) Planície flúvio-marinha E) Reverso de planalto cristalino Questão 58. Um dos elementos mais freqüentemente encontrados na unidade de relevo denominada “Depressão Sertaneja” são os “inselbergues”. Essas feições de relevo são: A) possuidoras de solos bem desenvolvidos, onde, geralmente, realizam-se atividades de pecuária intensiva. B) originadas por processos de erosão eólica muito frequentes nos ambientes quentes e secos. C) diretamente responsáveis pela existência do clima semiárido que domina na depressão sertaneja. D) do tipo residuais e representam áreas de rochas mais resistentes ou antigos divisores d’água “ilhados” nos pediplanos. E) formadas por processos tectônicos, que agiram nas depressões sertanejas, durante o Quaternário, quando os climas eram bem mais úmidos do que os atuais. Questão 59. Observe o desenho esquemático a seguir.

Sobre essa paisagem, é correto afirmar que: A) ela não apresenta vestígios de tectonismo. B) a área 1 representa um talvegue, que, pelas características morfológicas, não apresenta erosão. C) a área 2 funciona como nível de base para a erosão. D) no talvegue 3, não estão ocorrendo processos erosivos, mas, apenas, deposicionais. E) ela não exibe marcas de processos morfogenéticos fluviais. Questão 60. A combinação correta entre o ambiente climático, processos erosivos e formas de relevo resultantes dessa interação está contida na alternativa: a) ambiente climático: tropical (quente e úmido); processo exógeno predominante: intemperismo químico das águas

fluviais e pluviais; exemplos de formas de relevo: topos arredondados nas áreas de serras e planaltos. b) ambiente climático: árido e semiárido; processo exógeno predominante: intemperismo químico maior que a ação eólica; exemplos de formas de relevo: campos e dunas e inselbergs surgidos após a pediplanação. c) ambiente climático: tropical (quente e úmido); processo exógeno predominante: intemperismo físico decorrente das variações térmicas; exemplos de formas de relevo: vales em U e depressões interplanálticas. d) ambiente climático: frio e seco; processo exógeno predominante: intemperismo químico maior que a ação eólica; exemplos de formas de relevo: topos arredondados nas áreas de serras e planaltos. e) ambiente climático: árido e semiárido; processo exógeno predominante: intemperismo químico das águas fluviais e pluviais; exemplos de formas de relevo: vales em U e depressões interplanálticas. Questão 61. Assinale a alternativa que contém, apenas, rochas cristalinas e de consolidação muito antiga (Pré-Cambriano). a) Arenito, gnaisse e mármore b) Quartzo, calcário e granito c) Gnaisse, granito e quartzito d) Mármore, mica e arenito e) diabásio, granito e ardósia. Questão 62. Sobre as grandes estruturas geológicas da terra, estão INCORRETAS as afirmações: I. Os Escudos Cristalinos são dobramentos antigos, surgidos do entrechoque das massas continentais ancestrais. ( ) II. Tectonismo é a denominação geral para a ação sobre a crosta gerada pela pressão dos materiais do magma. ( ) III. As Bacias Sedimentares originaram-se do entrechoque de placas ocorrido no final do período Cretáceo e início do período terciário. ( ) IV. Nos dobramentos antigos (Escudos Cristalinos), concentram-se os vulcões ativos e extintos e também as grandes fraturas da crosta. ( ) a) I e II b) II e III c) I e III d) III e IV e) I e IV Questão 63. No Brasil, as formas de relevo representadas nos blocos-diagrama a seguir incluem os tipos "mar de morros" e "cuestas". Eles correspondem, respectivamente, aos números

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a) 1 e 2. b) 1 e 3. c) 3 e 4. d) 2 e 4. e) 4 e 1. Questão 64. Estrutura geológica são diferentes tipos de rochas (e minerais) que compõem a litosfera. A respeito da estrutura geológica do Brasil, é INCORRETO afirmar que: a) o território brasileiro é formado fundamentalmente por duas estruturas geológicas: os maciços antigos e as bacias sedimentares. b) a base estrutural do nosso território é de natureza cristalina, portanto muito antiga e rígida. c) os afloramentos superficiais do embasamento cristalino só representam cerca de 36% do total da superfície do país, ao passo, que as áreas sedimentares representam em torno de 64%. d) os terrenos formados na era proterozóica são de grande importância, porque geralmente aparecem associados às jazidas de minerais metálicos. e) as bacias sedimentares apresentam camadas dispostas horizontalmente ou quase horizontalmente, o que evidencia a atuação de agentes internos. Questão 65. Predomínio de rochas vulcânicas, ocorrência de derrame de lavas no período mesozóico e intenso intemperismo que resultou na formação da terra roxa são características que marcam o: a) norte da Amazônia. b) Planalto Nordestino. c) vale do São Francisco. d) Planalto Meridional – arenito basáltico. e) litoral Oriental. Questão 66. Com o desenvolvimento da Teoria das Placas Tectônicas, nos anos 60 e 70, fenômenos como o vulcanismo, os terremotos e a formação de cadeias montanhosas vêm tendo uma compreensão mais aprofundada. Isto permite, inclusive, a previsão de eventos de alta intensidade destrutiva, conforme a possibilidade de que a Califórnia, nos próximos anos, venha a sofrer um grande terremoto, já que, nessa região, a crosta terrestre: a) apresenta uma zona de encontro de placas tectônicas com expansão do assoalho oceânico.

b) se encontra profundamente fraturada pela formação de uma dorsal oceânica. c) está sendo empurrada para baixo formando uma fossa abissal. d) forma uma área de separação de placa com forte epirogênese. e) se divide em duas placas que deslizam paralelamente em sentidos contrários. Questão 67. A paisagem geográfica indicada pelo número 1, comumente encontrada no domínio morfoclimático do ”mar” de morros, pode ser designada como:

A) planície lacustre. B) planície deltaica. C) planície flúvio-marinha. D) planície pediplanada. E) planície aluvial Questão 68: (UFES) Leia com atenção: I. O solo é constituído por rocha intemperizada, ar e matéria orgânica, formando um manto de intemperismo que recobre as rochas da crosta terrestre. II. O solo é resultado da ação conjugada de fatores físicos, químicos e biológicos, em função dos quais se apresenta sob diversos aspectos. III. A camada superior do solo, também chamada de horizonte A, é a mais importante para a agricultura, dada sua fertilidade. IV. Os solos podem ser eluviais, quando constituídos por sedimentos oriundos da rocha matriz, e aluviais, quando formados por agentes de transporte, tais como água e vento. Considerando as informações apresentadas sobre os solos, pode-se afirmar que estão corretas: A) apenas I e II B) apenas II e III C) apenas I e IV D) apenas I, II e III E) todas as informações Questão 69: (UEM) Assinale o que for correto sobre a degradação dos solos. (0-0) A laterização é um processo típico das áreas de clima tropical superúmido e caracteriza-se pela alta concentração de cálcio, que forma crostas na superfície do terreno. (1-1) A lixiviação natural é um processo de lavagem dos minerais solúveis pelas águas das chuvas. Resulta no

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empobrecimento dos solos, que perdem boa parte dos nutrientes necessários ao desenvolvimento das plantas. (2-2) Nas regiões áridas e nas áreas próximas aos desertos, os solos expostos podem sofrer com a erosão eólica, através da mobilização das areias pelo vento. (3-3) O horizonte A corresponde à camada superior do solo que contém o mais alto teor de matéria orgânica. O horizonte B corresponde à camada interna que é a mais vulnerável à lixiviação. (4-4) O assoreamento de um rio se dá pela deposição de sedimentos no seu leito. O desmatamento acelera o processo de assoreamento porque favorece a mobilização dos materiais constituintes do solo. (5-5) A atividade agrícola e o desmatamento são importantes fatores de degradação dos solos. O pastoreio, porém, é uma atividade que ajuda a recompor a qualidade das terras, contribuindo com o revolvimento e a adubação dos solos. (6-6) Os adubos químicos e os pesticidas podem ser levados para os rios pela águas das chuvas, comprometendo a vida aquática. Os pesticidas, principalmente quando aplicados de maneira inadequada, podem contaminar o ambiente e os produtos agrícolas e, direta ou indiretamente, prejudicar a fauna e as pessoas. Questão 70: MACKENZIE) Considere o mapa, analise as afirmações e assinale a alternativa correta:

I. A utilização de técnicas agrícolas arcaicas e a monocultura causam a perda e o empobrecimento do solo. II. Quanto mais desenvolvido o país, maior é o empobrecimento do solo, já que a produção agrícola é alta. III. O assoreamento, uma das consequências da perda de solo, está relacionado ao desmatamento. IV. O desgaste maior do solo ocorre exclusivamente em regiões de clima temperado, onde a quantidade de chuva é alta durante todo o ano. Estão corretas: A) apenas I, II e III; B) apenas I e III; C) apenas III e IV; D) apenas II e IV; E) I, II, III e IV. Questão 71: (UFES) Sobre a erosão dos solos, não é correto afirmar: A) Três fases distintas podem ocorrer durante a erosão superficial ou desgaste: o intemperismo, o transporte e a sedimentação.

B) A velocidade de escoamento depende da declividade do terreno e da densidade da cobertura vegetal. C) A intensidade de erosão hídrica está diretamente ligada à velocidade de escoamento superficial da água. D) A cobertura vegetal acelera a velocidade de escoamento superficial, uma vez que a água, encontrando diversos obstáculos, tais como: folhas, troncos, serrapilheira e raízes, infiltram-se em menor quantidade no solo. E) A ausência da camada de detritos vegetais não só aumenta a velocidade de escoamento superficial, intensificando a erosão, mas também diminui a quantidade de água que se infiltra no solo. Questão 72. Analise esta seqüência de figuras, em que está representada a formação do solo ao longo do tempo geológico, sabendo que as divisões que aparecem em cada figura e na legenda representam as etapas dessa evolução:

A partir dessa análise, é INCORRETO afirmar que essa seqüência de figuras sugere que a) a evolução e o aumento da espessura do solo estão condicionados à escala do tempo geológico. b) o crescimento aéreo e subterrâneo da vegetação é inversamente proporcional ao desenvolvimento do solo. c) o desenvolvimento do solo, ao longo do tempo, resulta na sua diferenciação em horizontes. d) o material inorgânico presente no solo resulta de alterações ocorridas na rocha. e) o horizonte B, perfil intermediário pode acumular minerais que são escoados do horizonte A, concentrando minerais. Questão 73. O estudo das ondas sísmicas e dos campos magnéticos permitiu o descobrimento e a caracterização de três importantes camadas internas da Terra: a Litosfera, o Manto e o Núcleo. Com relação a esse tema, assinale a alternativa incorreta:

a) O Manto envolve o Núcleo terrestre, ocupa a maior parte do volume do planeta e se comporta como um fluido que se move lentamente. b) A Crosta Oceânica, uma porção da Litosfera, é composta fundamentalmente por rochas graníticas e não apresenta, em suas camadas inferiores, rochas basálticas. c) Sob a Litosfera existe uma camada de rocha menos rígida, conhecida como Astenosfera; trata-se de uma zona de baixa velocidade sobre a qual "flutuam" as placas litosféricas. d) O Núcleo é formado basicamente por níquel e ferro; essa camada, que produz o campo magnético do planeta, apresenta elevadas temperaturas.

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e) A Litosfera acha-se dividida em blocos mais ou menos rígidos designados como "placas"; essas placas são deslocadas por correntes de convecção que se formam no Manto. Questão 74. (UPE) Observe atentamente a figura a seguir.

Que fenômeno geográfico está esquematicamente representado na figura? a) O ciclo das águas. b) O ciclo das rochas areno-argilosas. c) A dinâmica das placas litosféricas. d) O mecanismo de convecção na atmosfera terrestre. e) O fenômeno litosférico chamado "La Niña". Questão 75. (UPE) O movimento convectivo que age sob o manto superior e a crosta terrestre subdivide a litosfera em, pelo menos, 15 placas. Quando duas placas dessas, uma continental e outra oceânica, estão em colisão, a mais densa mergulha sob a outra. Desse fato, resulta a formação de A) dorsais oceânicas. B) grandes bacias sedimentares sem terrenos vulcânicos. C) vastos fiordes, como os que são encontrados na Noruega. D) cadeias de montanhas no interior da placa oceânica e planícies na placa continental. E) fossas submarinas. Questão 76. (UPE) Observe atentamente o bloco-diagrama a seguir. Ele está representando um(a)

A) morfoestrutura desenvolvida em rochas tectonicamente dobradas. B) bacia de sedimentação paleozóica. C) morfoescultura de dissecação. D) trecho de terrenos de escudo falhados. E) domínio de inselbergues e maciços residuais em áreas de fraturas. Questão 77. (UPE) As atividades vulcânicas constituem uma das manifestações da energia existente no interior da Terra. Sobre esse assunto, o que podemos afirmar?

(0-0) O vulcanismo se manifesta dominantemente em margens passivas de placas litosféricas, como no caso da Placa Sulamericana. (1-1) O magma se forma quando a rocha de uma placa oceânica, por exemplo, colide com uma placa continental e, forçada para o interior da Terra, se funde. (2-2) As ilhas, em arco vulcânico, se localizam em área de contato entre placas litosféricas oceânicas. (3-3) A atividade vulcânica submarina pode dar origem a movimentos ondulatórios altamente destrutivos denominados “tsunamis”. (4-4) No Brasil, em eras geológicas antigas, a atividade vulcânica ficou restrita à Região Sul, particularmente ao Estado do Paraná, onde há evidências de metamorfismo intenso. Questão 78. (UPE) O desenho, a seguir, esboça paisagens geomorfológicas de uma determinada região. Sobre essas paisagens, o que pode ou não ser dito?

(0-0) Nos compartimentos I e IV, não houve interferências tectônicas sobre a morfogênese do relevo. (1-1) Não há evidências, no compartimento IV, das ações indiretas do clima sobre a evolução do relevo. (2-2) Os compartimentos I, II e III sofreram as intervenções de um tectonismo ruptural. (3-3) Nos compartimentos III e IV, apenas os fatores litológicos influenciaram a gênese do relevo. (4-4) Não há, nas paisagens, evidências de movimentos tectônicos de caráter compressivo plástico. Questão 79. (UPE) O vulcanismo é um fenômeno natural surpreendente e que vem sendo profundamente investigado por geógrafos, físicos e geólogos. Esse fenômeno tem a propriedade de trazer à superfície materiais das áreas profundas da Terra.

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Sobre esse assunto, é correto dizer que (0-0) as áreas vulcanicamente ativas são, muitas vezes, zonas de subdução de placas litosféricas. (1-1) o mapa dos vulcões atualmente ativos na superfície terrestre revela que esse fenômeno se distribui por zonas estreitas e bem definidas. (2-2) não há fenômenos vulcânicos em áreas de separação de placas litosféricas. (3-3) todas as zonas vulcânicas são sismicamente ativas, mas o contrário não é verdadeiro. (4-4) as cristas oceânicas não constituem zonas de vulcanismo ativo, pois se encontram submersas. Questão 80. Leia com atenção: "James Hutton, meditando sobre um arroio [um pequeno córrego] escocês que carrega sedimentos para o mar, sentiu o peso do continente sólido deslizar inquietamente sob seus pés, e cidades e impérios esvaírem-se, insubstanciais como uma nuvem de verão. Ele descobriu algo intangível contra o qual a mente humana há muito se encouraçara: o tempo."

Loren EISELEY apud BRODY. D.; BRODY, A. "As sete

maiores descobertas científicas da história". S. Paulo: Cia. das Letras, 1999, p. 232.

Tendo em vista a dinâmica da crosta terrestre e seu relevo, o autor refere-se a) à deriva continental, responsável pela abertura dos oceanos e à formação dos continentes tais como os conhecemos atualmente. b) ao processo de erosão, que no longo tempo da natureza, é capaz de desgastar inteiramente, por exemplo, grandes cadeias montanhosas. c) ao movimento das placas tectônicas, que pode fazer grandes continentes sólidos deslizarem sob o magma. d) ao choque das placas tectônicas, que pode fazer a placa mais pesada mergulhar sob o magma, afundando lentamente continentes. e) ao processo de erosão típico das regiões geladas, que é sempre muito acelerado nos momentos de aquecimento das águas. Questão 81. No final de 2004, o tsunami, ondas gigantescas, assolaram o litoral asiático promovendo destruição e mortes; no segundo semestre de 2005, um forte abalo sísmico na Cachemira paquistanesa também provocou efeitos devastadores. Analise as afirmações sobre esses dois fenômenos. (I-II) (0-0) Parte da região onde ocorreram os fenômenos foi formada há cerca de 60 milhões de anos pelo deslocamento da placa tectônica de Nazca que também foi responsável pela formação do continente australiano. (1-1) Há uma grande instabilidade geológica em todo o sul do continente asiático incluindo as ilhas onde estão situadas a Indonésia, Filipinas e Malásia; próximo a essas áreas ainda aparecem fossas submarinas muito profundas. (2-2) A formação das grandes planícies fluviais da região, como a indogangética e a do Mekong, profundamente afetadas pelo tsunami, tiveram sua formação no Mesozóico, isto é, pré-levantamento do Himalaia e da ação das placas.

(3-3) O tsunami, resultou da movimentação do assoalho marinho em área onde a crosta terrestre apresentava maior espessura e, por causa disso, maior resistência às pressões do núcleo interno da Terra. (4-4) Nos dois eventos, os abalos tiveram origem em hipocentros no fundo do mar, locais de grande profundidade emissoras de ondas sísmicas que se manifestaram em pontos da superfície denominadas epicentros. Em ambos os casos, nas regiões dos epicentros o número de vítimas foi muito grande. Questão 82. (UFPE-2009) Observe a figura a seguir.

A partir da identificação dos aspectos paisagísticos contidos, é correto afirmar que: (0-0) esse tipo de relevo ocorre exclusivamente em ambientes onde existem falhas geológicas. (1-1) as variações climáticas ocorridas nessa bacia hidrográfica não interferem no crescimento dessa forma de relevo próxima ao oceano. (2-2) existe, na área, uma feição de relevo que é denominada planície deltáica. (3-3) ocorrem, na área, amplas falésias cristalinas, esculpidas pela milenar ação abrasiva do mar. (4-4) o trecho terminal do rio Amazonas apresenta morfoesculturas deposicionais que exemplificam esse tipo de relevo costeiro. Questão 83. (UFPE-2009) A figura a seguir, que mostra, de maneira esquemática, dois perfis distintos de solos, permite concluir que:

(0-0) as características dos solos associam-se, também, às condições climáticas ambientais em que se encontra a região. (1-1) o solo X apresenta um horizonte A mais desenvolvido porque as espécies vegetais da área são caducifólias e há muitas cactáceas.

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(2-2) o solo Y é tipico de florestas latifoliadas perenifólias, onde os processos de laterização são frequentemente encontrados. (3-3) o solo X é menos desenvolvido que o solo Y em decorrência do material de origem. (4-4) os solos evoluem muito mais em função da cobertura vegetal do que das condições climáticas ambientais; esse é o motivo que justifica solos tão desenvolvidos nas encostas do Agreste pernambucano. Questão 84. (UFPE-2009) A figura a seguir representa diversos aspectos da crosta terrestre, segundo a ótica da Tectônica de Placas. A análise dessa figura e os conhecimentos sobre esse assunto permitem concluir que:

(0-0) as fossas submarinas ou trincheiras oceânicas, como também são denominadas, são encontradas em locais de subdução de placas litosféricas. (1-1) a separação de placas pode ocasionar a formação de grandes rupturas na crosta, mais especificamente no assoalho submarino, conhecidas como falhas. (2-2) o mecanismo físico das correntes de convecção do manto é uma das causas mais importantes da separação das placas litosféricas. (3-3) a formação de cadeias orogenéticas se dá exatamente nas áreas em que duas placas litosféricas se afastam. (4-4) as cristas das dorsais oceânicas formam planos interrompidos em face da cinemática das placas litosféricas. Questão 85. (UFPE-2009) Sobre a paisagem esboçada a seguir, é correto afirmar que:

(0-0) essa área é típica do domínio morfoclimático denominado, pelo geógrafo Aziz Nacib Ab’Sáber, “Domínio dos Cerrados, com chapadões”.

(1-1) o setor A corresponde a uma ampla cuesta que foi dissecada por intensos processos erosivos de caráter fluvial. (2-2) o setor B, que apresenta potencialidades para o desenvolvimento de atividades agrícolas, corresponde a um terraço fluvial. (3-3) o setor C possui sedimentos mais recentes, pois se trata de uma área denominada “planície de inundação” ou várzea. (4-4) o rio principal D funciona como um nível de base aos processos erosivos que se verificam na área. Questão 86. (UFPE-2008) A análise do bloco-diagrama esquemático, apresentado a seguir, permite que se façam as seguintes considerações:

(0-0) a área representada está desenvolvida sobre uma estrutura rochosa granítica e eruptiva, que facilita o desenvolvimento de um relevo plano. (1-1) não há indícios, na paisagem, de fenômenos tectônicos que acarretaram rupturas da massa rochosa. (2-2) observam-se numerosas feições de relevo, típicas da morfologia desses corpos rochosos, conhecidas como “dolinas”. (3-3) a área está apresentando um desenvolvimento geomorfológico que se faz presente interna e externamente. (4-4) as paisagens geomorfológicas observadas são típicas de rochas carbonatadas, que evoluem com a ação química, sobretudo, da água e do CO2. Questão 87. (UFPE-2008) O Estado de Pernambuco corresponde a apenas 1,16% do espaço territorial nacional, apesar de ser um dos mais povoados. Sobre as características geográficas desse Estado, é correto afirmar que: (0-0) as diferenciações climáticas no território resultam, sobretudo, da quantidade e da distribuição das chuvas, uma vez que as variações térmicas são pouco significantes. (1-1) durante muito tempo, o Planalto da Borborema constituiu-se em uma barreira que separava o núcleo canavieiro da parte oriental do núcleo pastoril e produtor de algodão da porção ocidental. (2-2) a parte oriental do Estado possui um regime pluviométrico que é determinado pelas invasões de sistemas atmosféricos tropicais e extratropicais. (3-3) nas “áreas de exceção” do Agreste se instalou um sistema agrícola policultor, representado sobretudo por culturas de frutas, mandioca e de tomate; nessas áreas há grande difusão da pequena propriedade. (4-4) a maior parte do Estado desenvolve-se sobre uma estrutura geológica do tipo bacia sedimentar, que foi arrasada por prolongadas fases de pediplanação. Questão 88. (UFPE-2008) A composição e a dinâmica da atmosfera terrestre são dois temas de grande importância

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para a análise geográfica. Sobre esses temas, o que é correto afirmar? (0-0) Nas proximidades do solo, o ar atmosférico é composto predominantemente de nitrogênio, vindo, em seguida, o oxigênio; o vapor d’água e o gás carbônico existentes no ar absorvem a radiação emitida pelo solo. (1-1) Quando o ar atmosférico encontra-se muito carregado de poeira, o pôr-do–sol se apresenta com uma cor avermelhada, a cor avermelhada no pôr-do-sol apresenta-se também em função de uma camada mais espessa de atmosfera a ser atravessada pelos raios solares. (2-2) A camada de O3 existente na camada mais baixa da atmosfera, em contato com a superfície da crosta terrestre, absorve as radiações ultravioletas emitidas pelo Sol. (3-3) A distribuição da energia e a configuração dos centros de altas e baixas pressões criam condições necessárias para a existência da circulação geral da atmosfera. (4-4) Na zona equatorial, em face das baixas pressões e das elevadas temperaturas, o ar atmosférico é, caracteristicamente, dotado de movimentos subsidentes e divergentes. Questão 89. (UFPE-2007) ‘Costa’ é geograficamente definida como uma “faixa de terra de largura variável, que se estende da linha de praia para o interior do continente até as primeiras mudanças significativas nas feições fisiográficas.” A seguir, são analisados alguns aspectos desse ambiente. (0-0) A costa de abrasão caracteriza-se por apresentar litoral muito plano e predomínio de processos geológicos deposicionais. (1-1) A costa de submersão é aquela que foi tectonicamente soerguida, o que implicou uma regressão do mar; esse fato foi marcante em quase toda a costa brasileira durante o Quaternário. (2-2) O delta é um depósito sedimentar aluvial formado por um curso d’água que desemboca em um corpo líquido (oceano, mar ou lago); no Brasil, diversos trechos do litoral possuem áreas deltaicas do Quaternário. (3-3) Durante o Quaternário, ocorreram vários avanços e recuos do oceano, em relação aos continentes, decorrentes das fases glaciais e interglaciais. (4-4) O estuário é um tipo de delta caracterizado pelo permanente avanço de um rio sobre o mar; é típico de áreas tropicais úmidas. Questão 90. Um grupo de pesquisadores deslocou-se a uma determinada região do Brasil. Do topo de uma elevação, um deles fez um esboço geomorfológico da paisagem, conforme reproduzido a seguir.

Esse esboço permite as seguintes conclusões:

0-0) a paisagem é muito antiga e foi submetida a prolongadas fases erosivas, mas não recebeu influências tectônicas locais. 1-1) as áreas que possuem litologias mais resistentes, em especial rochas ígneas intrusivas, destacam-se na paisagem como áreas altimetricamente mais elevadas. 2-2) alguns rios sofreram um controle estrutural; isso pode ser deduzido mediante a observação do padrão de drenagem assumido. 3-3) os relevos tabulares observados em alguns trechos revelam restos de uma bacia sedimentar; são, portanto, exemplos de morfoestruturas. 4-4) são vistos na paisagem relevos residuais que podem ser incluídos na categoria de inselbergues e até de maciços residuais. Questão 91. Nas formações proterozóicas, que ocupam cerca de 4% do território nacional, encontramos a maior parte dos minerais metálicos do Brasil. No mapa a seguir, a área assinalada pela letra A exemplifica a importância econômica desses terrenos com a produção mineral de:

a) ferro, no Quadrilátero Central Mineiro, sob a exploração da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) associada a outras empresas. b) ouro, no Vale do Jequitinhonha, sob o comando da Indústria e Comércio de Minérios S.A. (ICOMI). c) manganês, na Serra do Navio, sob o controle do Grupo Antunes com capitais nacionais e estrangeiros. d) ferro e manganês, no Maciço de Urucum, controlada pela Indústria e Comércio de Minérios (ICOMI). e) bauxita, no Distrito de Paragominas, comandada pela Mineração Rio do Norte, associação da CVRD com outras empresas. Questão 92. A ação do mar é um dos importantes agentes de transformação do relevo costeiro. Quanto a este processo geomorfológico, é incorreto afirmar que:

a) O trabalho do mar realiza-se ao longo da costa, destruindo rochas pela abrasão marinha e acumulando sedimentos que contribuem para a formação de praias, restingas e cordões litorâneos. b) As costas altas resultantes da ação abrasiva do mar denominam-se falésias. c) Fiordes são antigos vales glaciais que foram invadidos posteriormente pelas águas oceânicas. d) Os recifes de coral são formações resultantes de consolidação da areia de antigas praias pelo processo de cimentação. São encontrados apenas nas zonas temperadas. e) As marés, ao penetrarem na desembocadura de certos rios, podem vencer a força da corrente fluvial e provocam, às vezes, grande efeito destruidor sobre as margens fluviais. Este é o caso da pororoca, no rio Amazonas.

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Questão 93. "O uso de instrumentos metálicos pelo homem remonta há mais de 3000 a.C". A reconstituição da história das sociedades humanas é uma tarefa difícil assim como é difícil reconstituir a história da Terra. Observe as figuras a seguir:

Sobre as formas de relevo apresentadas é correto afirmar que a) são características de áreas de alta latitude. b) demonstram a ação dos agentes internos. c) são típicos de áreas litorâneas. d) compõem conjuntos naturais nas proximidades do Equador. e) resultam de diferentes forças naturais como o tectonismo e a erosão, respectivamente. Questão 94. O vulcanismo constitui a atividade por meio da qual o material magmático é expulso do interior da terra para a superfície. Muitos vulcões ativos entram em erupção constantemente. Recentemente, na Colômbia o vulcão Nevado del Huila despertou preocupações na população local por causa das erupções verificadas. Observe a imagem a seguir.

Com relação ao Nevado del Huila, é correto afirmar que está localizado a) totalmente na placa Sul-americana; trata-se de uma região montanhosa onde já ocorreram várias erupções. b) entre a placa Sul-americana e a placa do Pacífico, onde, através de uma fratura, o magma chega à superfície, em um processo vulcânico resultante de sua localização. c) na placa de Nazca e se origina do movimento de afastamento e choque dessa placa com a do Pacífico. d) na zona de subducção, onde uma placa entra por debaixo da outra e origina o processo vulcânico. e) no famoso "Círculo de Fogo do Pacífico" e é resultante dos agentes exógenos responsáveis pela elevação da crosta. Questão 95.

Em 23 de abril de 2008, um tremor de terra assustou a população de São Paulo e a de mais três estados. Foram seis segundos de um tremor de 5,2 graus na escala Richter, com epicentro na costa brasileira (veja a figura acima). A onda sísmica tinha velocidade média de 4,8 km/s e fez com que escolas e universidades suspendessem aulas, além de assustar muitas pessoas. Há relatos inclusive de rachaduras em edifícios e em um hospital na Zona Leste de São Paulo. A ilustração acima mostra, aproximadamente, as distâncias percorridas pela onda desde seu hipocentro (região do interior da Terra onde se originou o sismo) até algumas cidades. Depois de aproximadamente quanto tempo essa onda será sentida por uma pessoa em Florianópolis? a) 23 segundos. b) 56 segundos. c) 1 minuto. d) 1 minuto e 19 segundos. e) 1 minuto e 30 segundos. Questão 96. Observe a foto abaixo do Grand Canyon, nos Estados Unidos, com as várias camadas de rochas que podem ser vistas em suas paredes. Localizado no meio de um deserto, o Grand Canyon é um grande e profundo cânion formado por muitas camadas de rocha. No passado, os movimentos na crosta terrestre ergueram essas camadas. Atualmente, o Grand Canyon apresenta 1,6 km de profundidade em determinadas partes. Qual a causa da grande profundidade do Grand Canyon

a) O rio Colorado provoca a erosão em camadas rochosas formando o cânion. b) Há cânions subterrâneos que desmoronaram. c) A aridez do deserto de Moshav é a principal causa da formação do cânion. d) A temperatura no Grand Canyon varia de 0ºC a mais de 40ºC, o que provoca forte intemperismo no vale do rio Oregon.

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e) O Grand Canyon resultou de forte degradação antrópica, hoje acelerada pelo grande número de turistas que visitam o parque nacional. Questão 97. No dia 6 de abril de 2009 ocorreu na cidade histórica de L’Aquila (Itália) um terremoto com escala de 6.3, matando mais de 270 pessoas e ferindo outras 1.100. Nos dias posteriores ao fato, divulgaram-se na imprensa as seguintes interpretações: Texto I O sismólogo Gioacchino Giuliani alertou que haveria um grande sismo na região, baseado em medições de elevação da concentração de radônio, um gás radioativo raro em estado livre na atmosfera. Segundo ele, antes de erupções, movimentos no interior da crosta terrestre podem liberar grandes quantidades desse gás, indicando a iminência de um grande sismo. Usando um carro com alto-falantes, ele chegou a pedir a evacuação do local, mas foi denunciado à polícia e ameaçado de prisão,sob a acusação de levar pânico à população.

Adaptado de La Reppublica, 12 de abril de 2009. Texto II O presidente do Instituto Nacional de Geofísica, Enzo Boschi, disse que uma previsão, para ser eficaz, tem que apontar a magnitude do terremoto; a área que será atingida; e a data de sua ocorrência. A previsão de Giuliani falhou nos três elementos. “O problema real da Itália é que temos terremotos, mas depois esquecemos e não fazemos nada. Não faz parte da nossa cultura tomar precauções ou construir de modo adequado em áreas onde pode haver grandes terremotos”, disse.

Adaptado de Reuters, 14 de abril de 2009.

Baseados nos textos, podemos concluir que: A) por mais apurado que seja o olfato de Giuliani, ele usa um método não científico, o que dá razão a Boschi, que exige o acerto da magnitude, área e data do evento. B) a proposta de Giuliani é construir um sistema de prevenção seguro, baseado em três variáveis, mas Boschi acha que o país estaria mais seguro com uma reforma das leis de construção civil.

C) Giuliani não usou um método científico, mas Boschi concordou com ele sobre a necessidade de precauções e previsões mais seguras de sismos. D) Giuliani é conhecido por suas previsões mensais sobre terremotos, sempre erradas, o que permite deduzir que Boschi está certo sobre a imprevisibilidade desses fenômenos. E) Giuliani pode ter uma nova forma de prever terremotos, mas Boschi acha que ele está errado, sendo melhor se construir bem, para reduzir os efeitos dos sismos. Observações e anotações complementares!

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Gabarito dos exercícios da

apostila

Geologia e Geomorfologia

DESAFIOS!

1.

2.

3.

4.

5.

6.

7.

8.

9.

10.

11.

12.

13.

14.

15.

16.

17.

18.

19.

QUESTÕES COMPLEMENTARES!

1. A

2. VFFFV

3. C

4. D

5. C

6. D

7. C

8. C

9. D

10. VVVVV

11. VVVFF

12. D

13. B

14. C

15. D

16. B

17. VVVFF

18. A

19. VFVVF

20. D

21. D

22. VVFVV

23. C

24. B

25. C

26. B

27. E

28. A

29. FVVFV

30. B

31. E

Page 56: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E …. Parte convexa. 4 Epirogênese - do grego épeiros = “continente” e génesis = “nascimento”) - são movimentos lentos de subida

56

32. FVVFV

33. FVVVF

34. VVFFV

35. FVVVF

36. E

37. C

38. B

39. B

40. C

41. D

42. D

43. B

44. C

45. D

46. VFVFV

47. FVVVV

48. FVVFV

49. E

50. C

51. D

52. VVVFF

53. VFFVV

54. C

55. E

56. C

57. B

58. D

59. C

60. A

61. C

62. D

63. C

64. E

65. D

66. E

67. E

68. E

69. FVVFVFV

70. B

71. D

72. B

73. B

74. C

75. E

76. A

77. FVVVF

78. FFVFV

79. VVFVF

80. B

81. FVFFF

82. FFVFV

83. VFFFF

84. VVVFV

85. FFVVV

86. FFVVV

87. VVVVF

88. VVFVF

89. FFVVF

90. FVVVV

91. A

92. D

93. E

94. A

95. D

96. A

97. E