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INSTITUTO FLORENCE MINICURSO: INTERPRETAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAIS / JUL - 2021 PROFª: SANDRA SANTOS 1 . Glóbulos vermelhos, Hemácias ou Eritrócitos O hemograma completo é o exame de sangue que avalia as células que compõem o sangue, como os leucócitos, conhecidos como glóbulos brancos, as hemácias, também chamadas de glóbulos vermelhos ou eritrócitos, e as plaquetas. A parte do hemograma que corresponde à análise das hemácias recebe o nome de eritrograma que, além de indicar a quantidade das células sanguíneas, informa sobre a qualidade das hemácias, indicando se estão do tamanho adequado ou com quantidades recomendadas de hemoglobina no seu interior, o que ajuda a esclarecer causas de anemia, por exemplo. Essas informações são fornecidas pelos índices hematimétricos, que são HCM, VCM, CHCM e RDW. Para a sua coleta não é necessário a realização de jejum, entretanto, recomenda-se não realizar atividade física 24 horas antes do exame e ficar 48 horas sem tomar nenhum tipo de bebida alcoólica, pois podem alterar o resultado. Para que serve O hemograma serve para auxiliar diagnóstico e acompanhar a evolução de doenças que provocam alterações no sangue, como: Anemias; Distúrbios da medula óssea; Infecções bacterianas, fúngicas ou virais; Inflamações; Câncer, especialmente leucemias ou linfomas; Alterações nas plaquetas, como o seu aumento (plaquetose) ou diminuição (plaquetopenia); HEMOGRAMA

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INSTITUTO FLORENCE

MINICURSO: INTERPRETAÇÃO DE EXAMES

LABORATORIAIS / JUL - 2021

PROFª: SANDRA SANTOS

1. Glóbulos vermelhos, Hemácias ou Eritrócitos

O hemograma completo é o exame de sangue que avalia as células que compõem o sangue, como os leucócitos, conhecidos como glóbulos brancos, as hemácias, também chamadas de glóbulos vermelhos ou eritrócitos, e as plaquetas. A parte do hemograma que corresponde à análise das hemácias recebe o nome de eritrograma que, além de indicar a quantidade das células sanguíneas, informa sobre a qualidade das hemácias, indicando se estão do tamanho adequado ou com quantidades recomendadas de hemoglobina no seu interior, o que ajuda a esclarecer causas de anemia, por exemplo. Essas informações são fornecidas pelos índices hematimétricos, que são HCM, VCM, CHCM e RDW. Para a sua coleta não é necessário a realização de jejum, entretanto, recomenda-se não realizar atividade física 24 horas antes do exame e ficar 48 horas sem tomar nenhum tipo de bebida alcoólica, pois podem alterar o resultado.

Para que serve O hemograma serve para auxiliar diagnóstico e acompanhar a evolução de doenças que provocam alterações no sangue, como: • Anemias; • Distúrbios da medula óssea; • Infecções bacterianas, fúngicas ou virais; • Inflamações; • Câncer, especialmente leucemias ou linfomas; • Alterações nas plaquetas, como o seu aumento (plaquetose) ou

diminuição (plaquetopenia);

HEMOGRAMA

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• Acompanhamento de situações que possam comprometer o funcionamento da medula óssea, como durante a quimioterapia, por exemplo.

Além disso, o hemograma é útil para acompanhar doenças crônicas que podem cursar com anemia, como insuficiência renal, artrite reumatoide, insuficiência cardíaca ou doenças pulmonares, por exemplo. Como interpretar o hemograma Para interpretar o hemograma o médico deverá observar seus resultados e verificar se os valores estão normais, altos ou baixo, além de correlacioná-los com possíveis sintomas apresentados pela pessoa e o resultado de outros exames que possam ter sido solicitados. Algumas situações que podem ser observadas num hemograma são:

❖ O Eritrograma é a parte do hemograma em que são analisadas as

características das células vermelhas do sangue, as hemácias,

também conhecidas como eritrócitos.

HT ou HCT - Hematócrito

Representa a porcentagem

do volume ocupado pelas hemácias no

volume total de sangue

Alto: Desidratação, policitemia e choque;

Baixo: Anemia, perda excessiva de sangue,

doença renal, deficiência de ferro e de proteínas

e sepse.

Hb - Hemoglobina

É um dos componentes das hemácias

e é responsável

pelo transporte de

oxigênio

Alta: Policitemia, insuficiência cardíaca,

doenças pulmonares e em altitudes elevadas;

Baixa: Gravidez, anemia por deficiência de ferro,

anemia megaloblástica, talassemia,

câncer, desnutrição, doença hepática e lúpus.

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Além da quantidade dos glóbulos vermelhos, um hemograma, também, deve analisar as suas características morfológicas, pois também podem indicar doenças. Esta avaliação é feita por meio dos seguintes índices hematimétricos: • VCM ou Volume Corpuscular Médio: mede o tamanho das hemácias,

que pode estar aumentada em alguns tipos de anemia, como por deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico, alcoolismo ou alterações na medula óssea. Caso esteja diminuído, pode indicar anemia por deficiência de ferro ou de origem genética, como a Talassemia, por exemplo

• HCM ou Hemoglobina Corpuscular Média: indica a concentração total de hemoglobina através da análise do tamanho e coloração da hemácia.

• CHCM (concentração da hemoglobina corpuscular média): demonstra a concentração da hemoglobina por hemácia, estando normalmente diminuído nas anemias, sendo essa situação denominada hipocromia;

• RDW (Amplitude de distribuição dos glóbulos vermelhos): é um índice que indica a porcentagem de variação de tamanho entre as hemácias de uma amostra de sangue, portanto, caso haja hemácias de tamanhos variados na amostra, o exame poderá vir alterado, o que pode ser uma pista para o início de anemias por deficiência de ferro ou vitaminas, por exemplo, e seus valores de referência estão entre 10 a 15%.

2. Glóbulos brancos (Leucócitos)

O Leucograma é um exame importante para ajudar a verificar a imunidade da pessoa e como o organismo consegue reagir a diferentes situações, como infecções e inflamações, por exemplo. Quando a concentração de leucócitos está elevada, a situação é denominada leucocitose, e o inverso, leucopenia.

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Neutrófilos Alto: Infecções, inflamação, câncer, trauma, estresse, diabetes ou gota.

Baixo: Falta de vitamina B12, anemia falciforme, uso de esteroides, pós cirurgia ou púrpura trombocitopênica.

Eosinófilos Alto: Alergia, verminoses, anemia perniciosa, colite ulcerativa ou doença de Hodgkin.

Baixo: Uso de betabloqueadores, corticoides, estresse, infecção bacteriana ou viral.

Basófilos Alto: Após retirada do baço, leucemia mielóide crônica, policitemia, catapora ou doença de Hodgkin.

Baixo: Hipertireoidismo, infecções agudas, gravidez ou choque anafilático.

Linfócitos Alto: Mononucleose infecciosa, caxumba, sarampo e infecções agudas.

Baixo: Infecção ou desnutrição.

Monócitos Alto: Leucemia monocítica, doença de armazenamento lipídico, infecção por protozoários ou colite ulcerativa crônica.

Baixo: Anemia aplásica

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3. Plaquetas As plaquetas são, na verdade, fragmentos de células que são muito importantes por serem responsáveis pelo início do processo de coagulação. O valor normal das plaquetas normal deve estar entre 150.000 a 450.000/ mm³ de sangue. As plaquetas elevadas são preocupantes pois podem causar coágulos e trombos sanguíneos, havendo risco de trombose e embolia pulmonar, por exemplo. Já quando estão reduzidas, podem aumentar o risco de sangramentos.

A análise bioquímica para avaliar a concentração de glicose no sangue é a glicemia em jejum, a qual exige do paciente um jejum de 12 horas e condições adequadas no ambiente de coleta para evitar estressá-lo. A fase pré-analítica é responsável por cerca de 70% do resultado final da análise laboratorial.

GLICEMIA

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A glicemia é a concentração de glicose no sangue ou, mais precisamente, no plasma. O nosso corpo transforma alguns carboidratos dos ingeridos em glicose e, a glicemia é o nível de glicose presente no nosso sangue. Ou seja, quando comemos muito, a glicemia aumenta, ao passo que quando comemos pouco, esta mantém-se baixa. O aumento da glicemia está intimamente relacionado ao consumo de carboidratos na dieta, sejam eles integrais (aumento glicêmico lento e seguro) ou refinados (aumento glicêmico rápido e perigoso), também levando em consideração para isso as combinações de alimentos numa refeição ou lanche.

Mede-se a glicemia através da confirmação dos sinais e sintomas clássicos da glicemia em jejum (exame de sangue onde são verificadas as taxas de glicose no sangue) e do teste padronizado de tolerância à glicose (TTG).

Estes critérios diagnosticados estão baseados nas recomendações da comunidade médico-científica atual

NORMAL Abaixo de 100mg/dl

Intolerância à glicose

Jejum:

111 a 125 mg/dL;

2 horas após 75g de glicose:

141 a 199 mg/dL

Diabetes Melitus Jejum:

˃ 126 mg/dL;

2 horas após 75g de glicose:

˃ 200 mg/dL

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Além da insulina, diabéticos podem controlar a glicemia através de dietas específicas e prática de exercícios físicos, que aumenta a ação da insulina, fazendo com que a glicose saia da corrente sanguínea, diminuindo, consequentemente, a glicemia.

Atualmente, tornou-se comum a "contagem de carboidratos" dos alimentos através do "índice glicêmico", um indicador de qualidade do carboidrato quanto à sua habilidade em aumentar e/ou influenciar a glicemia.

Influência na saúde

A manutenção da glicemia em valores fora do padrão normal, tanto para mais quanto para menos, acarreta uma série de complicações para a saúde, além do diabetes. Pesquisa publicada no respeitado periódico Neurology

(The PATH Study. Neurology. 2012 Sep 4;79(10):1019-26) em setembro de 2012 comprovou que, até mesmo valores de glicemia considerados um pouco acima do normal, são um grave perigo para a saúde cerebral. De acordo com o estudo, idosos que mantiveram os valores de glicemia bem próximos ao valor considerado normal (110 mg/dL) apresentaram uma perda de 6-10% no volume cerebral ao longo de quatro anos, o que pode acarretar doenças neurológicas como Alzheimer e demência. O encolhimento cerebral exibido por eles foi consideravelmente maior em comparação a idosos que possuíam valores de glicemia menores.

TIPOS DE DIABETES MELLITUS Diabetes do Tipo 1 – Auto-imune /idiopática: Destruição das células B – deficiência absoluta de insulina, manifesta-se de maneira mais abrupta e atinge principalmente crianças e adolescentes, o que não exclui a possibilidade de afetar adultos em qualquer idade. São frequentes os casos em que o diagnóstico é feito durante uma internação com quadro de cetoacidose. De um modo geral, as pessoas com diabetes do Tipo 1 são magras e não possuem história familiar da doença. Vão depender do uso de insulina por toda a vida, além de terem que efetuar controle da dieta e praticar uma atividade física.

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Diabetes do Tipo 2 – Resistência à insulina e deficiência relativa de insulina, é mais característico da fase adulta, ocorrendo preferencialmente em indivíduos obesos. Cerca de 50% dos diabéticos Tipo 2 permanecem sem serem diagnosticados, pois a instalação é muitas vezes lenta, diferente do diabetes Tipo 1. Todos os indivíduos precisam de uma quantidade de glicose circulante (glicemia). Os valores normais variam de 70 a 99 mg/dl, de acordo com o MS. Diabetes gestacional - ocorre pelas alterações hormonais na gravidez em pessoas com predisposição, podendo-se manter após a gestação. Cetoacidose – Caracteriza-se por taxas de glicose muito elevadas, desidratação e aumento de ácidos no sangue, devido à quebra das reservas de gorduras. Pode provocar um quadro bastante grave que exige cuidados imediatos e intensivos.

Os cuidados referentes à administração de insulinas são:

APLICAÇÃO COM SERINGA

APLICAÇÃO COM CANETA

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MEDIDOR CONTÍNUO DA INSULINA

Um sistema que faz a leitura da glicemia a cada cinco minutos e libera insulina para o pâncreas. Essa é a proposta da bomba de insulina com monitor contínuo de glicose. O monitor faz a leitura do nível de açúcar do sangue e a bomba fornece insulina de ação rápida por meio de uma cânula que é inserida sob a pele do usuário. A quantidade de insulina é programada pelo paciente, portanto é importante que o monitoramento dos níveis de açúcar no sangue seja checado para garantir a dose adequada. A bomba libera a dosagem na medida certa, sem que o paciente a acione. Se a curva glicêmica estiver fora do recomendado, a tecnologia dispara um alarme para avisar o usuário.

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A BOMBA FUNCIONA COMO PÂNCREAS ARTIFICIAL

Colesterol e triglicerídeos são os dois principais tipos de gordura (também chamados de lipídios) que circulam no sangue. Eles têm funções diferentes: os triglicerídeos fornecem energia ao corpo, enquanto o colesterol é usado para a produção de células e certos hormônios Colesterol faz mais diferença entre os homens. Um estudo de pesquisadores na Dinamarca mostrou que o nível de triglicérides sem jejum está relacionado a um risco maior de AVC em homens e mulheres. Já o colesterol alto está associado a tal risco apenas entre os homens.

COLESTEROL E

TRIGLICERÍDEOS

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Colesterol e triglicerídeos: conhecendo novas metas estabelecidas pelo Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC-DA)

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O aumento da concentração de creatinina no sangue é um sinal de insuficiência renal. A ureia é outra substância produzida no fígado, também como resultado da metabolização de proteínas da alimentação. Assim como a creatinina, a ureia também é eliminada pelos rins. O ácido úrico é o resultado do metabolismo das purinas, compostos encontrados principalmente nas células do corpo humano e em alguns alimentos. Em casos de Hiperuricemia, o ácido se deposita em alguns órgãos, como os rins, e lá causa a formação de cálculos renais (as dolorosas pedras) e até insuficiência.

URÉIA

CREATININA

ÁCIDO ÚRICO

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Além disso, sua abundância afeta as articulações e é um sinal importante da doença conhecida como gota, que causa inflamação e dor intensa. Alguns estudos relacionam níveis altos de ácido úrico a um maior risco para o desenvolvimento de disfunções cardiovasculares. Já a Hipouricemia, é uma condição mais rara. Ela está ligada a determinados males hepáticos e renais, assim como à exposição de substâncias tóxicas.

O exame é feito através de uma coleta simples de sangue, realizada em

poucos minutos. O ácido úrico também pode ser medido na urina, quando

o alvo da análise são os cálculos renais. Os resultados variam entre os

laboratórios e necessitam de uma análise do médico. Contudo,

normalmente são considerados saudáveis:

❖ Para HOMENS: entre 3,4 a 7 mg/dl de ácido úrico

❖ Para MULHARES: entre 2,4 e 6 mg/dl

O exame costuma ser solicitado conforme a suspeita de gota ou outros

distúrbios sistêmicos. As gestantes fazem o exame para investigar

condições específicas, como a toxemia gravídica. Ele também pode entrar

em alguns exames de checkup. Porém, não há qualquer recomendação

específica para a população saudável.

Cuidados e contraindicações

❖ O jejum não é obrigatório, mas precisa ser debatido.

❖ Já a ingestão de analgésicos pode alterar o nível das purinas – que

dão origem ao ácido úrico – no sangue. Por isso, o ideal é informar o

uso de qualquer medicamento ao profissional que pediu o teste.

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O exame de TGO é usado principalmente para verificar danos no fígado. Ele avalia os níveis da enzima transaminase glutâmico oxalacética (TGO) no sangue. A enzima TGO é encontrada em diversas células do corpo - as maiores concentrações estão no coração e rins, mas a enzima também é produzida no fígado e músculos, enquanto que, a TGP é encontrada quase que somente dentro das células do fígado. A TGP, é portanto, mais específica para doenças do fígado que a TGO. Ter níveis mais altos que o normal destas enzimas não indica, necessariamente, uma doença hepática estabelecida, porém apresenta alguns sintomas característicos de doença hepática, como:

• Fraqueza.

• Perda de apetite.

• Náuseas e vômitos.

• Inchaço e/ou dor abdominal.

• Icterícia (coloração amarela dos tecidos)

• Urina escura.

• Fezes claras ou esbranquiçadas.

TGO / TGP

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O TSH (hormona estimulante da tiroide, tirotrofina, tiroestimulina,) é um hormônio que induz a maior ou menor atividade da tireoide. É liberado pela adenoipófise e age nas células produtoras dos hormônios tireoidianos, tiroxina e triiodotironina. O T4 total corresponde à quantidade total de hormônio produzido, sendo avaliado tanto a quantidade que está conjugada a proteínas quanto a que está livre circulante no sangue, e tem sido utilizado para ajudar a diagnosticar Hipertireoidismo e Hipotireoidismo. No entanto, a dosagem de T4 total pode ser um pouco inespecífica, pois pode haver interferência com as proteínas que o hormônio pode se ligar. O teste T4 Livre é mais recente e não é afetado pelos níveis de proteína. No hipotireoidismo inicial ou na forma leve, o TSH estará alto mas o T4 pode estar normal. Neste caso, o seu médico vai avaliar os níveis de TSH para fazer o diagnóstico. Quando a causa do hipotiroidismo é a doença de Hashimoto, os exames podem detectar os anticorpos que atacam a tireoide. O exame T3 é solicitado quando os resultados do exame de TSH e T4 estão alterados ou quando a pessoa apresenta sintomas de hipertireoidismo.

T3 TOTAL

T3 LIVRE

T4 TOTAL

T4 LIVRE

TSH.

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VALORES DE REFERÊNCIA

ADULTOS

Parâmetro Homens Mulheres Parâmetros Referência Hemácias (106 /mm3 ) 4.3 – 5.7 3.8 –5.1 Leucócitos (103 /mm3 ) 4 – 11 Hemoglobina (g/dl) 13.5 – 17.5 12 – 16 Neutrófilos (103 /mm3 ) 1,8- 7,8 Hematócrito (%) 39 – 49 35 – 45 bastonetes (103 /mm3 ) 1,8- 7,8 VCM (fl) 80 – 100 80 – 100 segmentados (103 /mm3 ) 1,8 – 7,1 HCM (pg) 26 – 34 26 – 34 Linfócitos (103 /mm3 ) 1,0 – 4,5 CHCM (g/dl) 31 – 36 31 – 36 Monócitos (103 /mm3 ) 0,2 – 1,0 RDW (%) 12 - 15 12 - 15 Eosinófilos (103 /mm3 ) 0,02 – 0,60 Basófilos (103 /mm3 ) 0,02 – 0,20

CRIANÇAS

Idade Hemácias (106 /m m3)

Hemoglobina (g/dl)

Hematócrito (%)

VCM (fl)

HCM (pg)

CHCM (g/dl)

RDW (%)

RN (cordão

3.9 – 5.5 13.5 – 19.5 42 - 60 98 - 118 31- 37 30 –36 12 - 15

1 semana 3.9 – 6.3 13.5 – 21.5 42 - 66 88 -126 28- 40 28 –37 12 - 15 1 mês 3 – 5.4 10 - 18 31 - 55 85 - 123 28- 40 29 –37 12 - 15 2– 6 meses 2.7 – 4.9 9 - 14 28 - 42 74 – 108 25- 35 29 - 37 12 - 15 0,5–2 anos 3.7 – 5.3 10.5 – 13.5 33 - 39 70 - 86 23- 31 30 –36 12 - 15 2 – 6 anos 3.9 – 5.3 11.5 – 13.5 34 - 40 75 - 87 24- 30 31 –37 12 - 15 6– 12 anos 4 – 5.2 11.5 –15.5 35 - 45 77 - 95 25- 33 31–37 12 - 15

VELOCIDADE DE HEMOSSEDIMENTAÇÃO

Idade Homens Mulheres 0-17 10 mm 10 mm

18-50 10 mm 20 mm 51-60 12 mm 20 mm 61-70 14 mm 20 mm > 70 30 mm 35 mm

VALORES DE REFERÊNCIA

✓ PLAQUETAS (103 /mm3 ) = 150 – 450

✓ CONTAGEM DE RETICULÓCITOS= 0,5 a 1,5% (RN - 2,0 a 6,0%)

✓ GAMA GLUTAMIL TRANSFERASE (GGT) (soro, adulto): homens 10 – 50 U/L mulheres: 7

– 32 U/L

✓ FOSFATASE ALCALINA (FA) (soro, adulto): 44 - 147 IU/L

✓ URÉIA (soro, adulto): 15 – 39 mg/dL

✓ CREATININA (soro, adulto):- homens < 1,2 mg/dL mulheres

✓ FERRO (soro, colorimétrico, adulto): homens: 60 a 160 µ/dl mulheres: 50 a 145 µg/dl

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✓ CAPACIDADE TOTAL DE LIGAÇÃO DO FERRO (soro, colorimétrico, adulto): 250 a 450

µg/dl

✓ FERRITINA (soro, quimioluminescencia, adulto) - mulheres: 15-300 ng/mL Homens: 25-

350 ng/Ml

EXERCÍCIOS DE REVISÃO

1. O Sr João realizou durante seus exames periódicos os seguintes exames:

HBsAg – negativo Anti-HBc – positivo Anti HBs – positivo. Qual o

diagnóstico mais adequado

A) Portador crônico do vírus da Hepatite B

B) Hepatite B crônica

C) Imunidade adquirida por vacinação

D) Erro laboratorial – exame falso-positivo

E) Imunidade adquirida por infecção prévia

2. Assinale a alternativa correta sobre a coleta de urina para exames

laboratoriais

A) Pode ser feita em qualquer hora do dia, desde que a retencao vesical seja

de uma hora.

B) Pode ser feita em qualquer período do dia, desde que seja a primeira

miccao ou apos retencao vesical de quatro horas.

C) Deve ser feita pela manha, preferencialmente da primeira miccao do dia,

ou entao, apos retencao vesical de uma hora.

D) Deve ser feita pela manha, preferencialmente da primeira miccao do dia,

ou entao, apos retencao vesical de 30 minutos.

E) Deve ser feita pela manha, preferencialmente da primeira miccao do dia,

ou entao, apos retencao vesical de duas a tres horas.

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3. Durante a instrução para a coleta de exames, o profissional de saúde

recomendou que o paciente durante três dias não se alimentasse com

nenhuma espécie de carne nem com alimento preparado com caldo de

carne, verduras ou legumes, evitasse o uso de medicamento que tivesse

ferro e que coletasse o material no quarto dia da dieta. Para qual exame

se referem tais instruções?

A) Pesquisa de sangue oculto nas fezes.

B) Hemocultura

C)Endoscopia Digestiva

D)Colonoscopia

E)Coprocultura

4. Idosa, 65 anos, diabética, fazendo uso regular de insulina pela manhã

e à noite, compareceu à UBS para coletar sangue. Ao reconhecê-la, o

enfermeiro priorizou sua coleta, pois, devido ao jejum, pode vir a

apresentar um episódio de hipoglicemia que, entre outros sinais e

sintomas, caracteriza-se por:

A) rubor facial e náuseas.

B) sede e cefaleia.

C) suor frio e pegajoso e fraqueza.

D) taquicardia e hipertermia.

E) hálito com odor de cetona e sede.

5. C.N., 28 anos, sexo masculino, fumante, usuário de maconha há dez

anos, em tratamento para tuberculose pulmonar há 32 dias, compareceu

à unidade básica de saúde (UBS) para coletar uma amostra de escarro para

controle do tratamento. Ao realizar os procedimentos de coleta de

material, o enfermeiro deve:

A) Certificar-se de que C.N. tenha se alimentado bem na última hora.

B)Solicitar que C.N. faça a higiene oral imediatamente antes da coleta de

escarro, complementando a escovação dos dentes com o enxágue bucal

com solução antisséptica.

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C) Lavar as mãos antes de identificar e manipular o pote que será utilizado

para a coleta de material.

D) Oferecer o pote para a coleta de material, tampando-o e identificando-

o corretamente após a obtenção da amostra de escarro.

E) Coletar 2 a 3 mL de escarro e, após obtenção da amostra, fixar uma

etiqueta na tampa do pote contendo o nome completo e RG de C.N. e a

data da coleta do material.

6. Ana Maria, 28 anos, realizou exames de rotina e recebeu os resultados

com alterações. Analise e interprete estes resultados.

7. Carmen Lúcia, 38 anos, tem apresentado manchas roxas em vários

locais do corpo e, percebeu sua urina avermelhada, o que lhe causou

preocupações. Procurou o médico que solicitou alguns exames de sangue.

Ao receber o resultado, observou alterações no valor das plaquetas.

Analise a situação e interprete o resultado.

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8. Sebastião (38 anos), 1,72m,96kg, fez uso de cigarros por dez anos, tendo

deixado há 2 anos; faz caminhadas diariamente. Por ter histórico de

doença cardiovascular na família, sempre realiza exames de rotina para

acompanhamento. Como último resultado do colesterol, tem-se:

9.Felipe, 21 anos, 1, 77m, 68kg, ficou preocupado ao receber o resultado

do seu colesterol. Cheios de dúvidas, não compreendeu tal resultado, por

realizar práticas esportivas continuamente. Analise a situação e

interprete o resultado

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10. Paciente JCS, sexo feminino, 62 anos, aposentada, sem antecedentes patológicos relevantes, apresentou-se ao laboratório de análises com pedido de exames de rotina realizado por clínico geral. Ao questionário aplicado respondeu beber socialmente aos finais de semana. Analise a situação e interprete o resultado.

11. Analise a situação e interprete o resultado.

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12. Analise a pergunta abaixo e, marque a alternativa correta:

13. Analise a situação e interprete o resultado

Mulher de 39 anos, natural do CE, residente no Rio de Janeiro à cerca de

20 anos, procurou o serviço com queixa de aumento do volume cervical

notado há 8 meses. Sem queixas de disfunção tireoidiana. Ao exame

mostrava tireóide tópica, aumentada duas vezes, consistência firme e

irregular. Não fez os exames solicitados, tendo retornado ao ambulatório

após 11 meses com queixas de disfagia, emagrecimento, insônia,

nervosismo, intolerância ao calor, tremor de extremidades e

lacrimejamento. Os níveis de TSH não era detectáveis, T4 normal

(8,9µg/dL) e T3 elevado (282ng/dL).

14.CASO CLÍNICO: Paciente do sexo feminino, com 68 anos de idade,

relata que há 4 anos notou crescimento progressivo da região cervical.

Nega perda de peso e sintomas compressivos locais. Apresenta: Exames

Laboratoriais

Sangue: - TSH – 15,3 (0,4 - 4,0 uUI/ml)

T4 livre – 0,9 (0,8 - 1,9 ng/dl)

Colesterol Total – 270 mg/dl

LDL – 209 mg/dl

HDL – 40 mg/dl

Triglicerídeos – 106 mg/dl

Creatinina – 0,8 mg/dl

Glicose em jejum - 96 mg/dl

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Na análise do caso, o aluno deve:

a) Sugerir a hipótese diagnóstica b) Explicar a relação dos níveis de colesterol com a hipótese diagnóstica c)Elancar possíveis exames e propostas terapêuticas, justificando sua resposta d)Propor orientações de cuidado. (No mínimo 5)

15.Um dos principais exames laboratoriais para diagnóstico de SEPSE é a Hemocultura. Contudo, vários fatores podem interferir nos resultados finais deste exame, colocando em risco a qualidade e veracidade do laudo liberado. Diante disso, julgue as afirmativas abaixo:

a) Para um resultado eficiente da cultura de sangue devem ser observados pontos muito importantes, que precedem a realização de fato do exame microbiológico. Entre eles, a simples e eficaz medida de lavagem das mãos e a antissepsia adequada da pele do paciente.

( ) CERTO ( )ERRADO

b) No que diz respeito a antissepsia da pele, podem ser utilizados vários antissépticos de ação rápida e de grande eficácia, como a tintura de iodo tópico.

( ) CERTO ( )ERRADO

c)A coleta deve ser realizada, preferencialmente, por acesso venoso, uma vez que o sangue arterial não contribuirá para a captura de microorganismos

( ) CERTO ( )ERRADO

d)Observar se o paciente está em pico febril, pois é nesse momento do episódio febril que há a maior destruição microbiana, o que dificulta o isolamento e a recuperação dos mesmos. Neste caso, a coleta deve ser suspensa.

( ) CERTO ( )ERRADO

16.CASO CLÍNICO

BCA, 47 anos, sexo feminino, bióloga.

História pessoal: paciente queixando-se de fraqueza e desânimo há, aproximadamente, 2 meses, o que tem prejudicado seu desempenho no trabalho e nas tarefas rotineiras. Neste período notou, também, dispnéia aos esforços, ficando, por exemplo, muito cansada ao subir escadas. Relata que há 2 anos, vem apresentando sangramento menstrual de grande intensidade com duração de 8 a 10 dias por ciclo.

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História familiar: marido e dois filhos saudáveis. Pais falecidos. Mãe era hipertensa.

Exame físco:

• TA= 36,5°

• PA=120 X 80 Mmhg

• FC= 100Bpm

Paciente com estado geral bom, mucosas hipocoradas (++/4+), hidratada, anictérica, acianótica, afebril. Linfonodos não palpáveis. Sem edemas.

Aparelho Respiratório:

• Eupneica

• Murmúrio vesicular fisiológico

• Ausência de ruídos adventícios.

Aparelho Cardiovascular:

• Bulhas rítmicas

• Taquicárdicas

Ruídos Adventícios:

• Abdômen normotenso.

• Presença de massa palpável no hipogástrico.

• Fígado e baço não palpável

Exames Complementares:

• Hemograma: hemácias (5.100.000/mm3), hemoglobina (9.7g/dl), hematócrito (32%), R.D.W (18%), leucócitos (8.300/mm3), neut.bast (2%), neut.seg.(68%), linf.(21%), mon.(1%), eos.(8%), plaq. (500.000/mm3)

Anisocitose com predomínio de microcitose (++/4+), hipocromia (++/4+). Poliquilocitose discreta

• Contagem de Reticulócitos: 1.7%

• Capacidade Total de ligação de Ferro (colorimétrico)= 450 ug/dl

• Ferritina: 10ng/dl

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• Parasitológico de Fezes: ovos de Ancylostoma duodenale e cistos de Entamoeba coli

Exame de Imgem

• US Pélvia: Mioma uterino

Na análise do caso, o aluno deve:

a) Sugerir a hipótese diagnóstica e, informar a causa principal. b) Explicar os resultados exames destacando aqueles de maior relevância c)Elancar possíveis propostas terapêuticas, justificando sua resposta d)Propor orientações de cuidado. (No mínimo 5)

17.Um homem de 43 anos apresenta um pequeno nódulo palpável no polo inferior direito da tireoide. Foi realizada uma punção aspirativa por agulha fina (PAAF), e o nódulo apresentou características citológicas de uma neoplasia folicular benigna. No exame de cintilografia este nódulo não teve captação para o iodo radioativo (nódulo frio), e não há outros nódulos. De acordo com esses achados clínicos, os exames laboratoriais devem demonstrar:

a) Níveis de T4 livre baixo e TSH elevado

b)Presença de Imunoglobulinas contra o receptor de TSH

c)Presença de anticorpos Antitireoglobulina

d) Presença de anticorpos Antimicrossômicos

e) Níveis de T4 livre e TSH normais

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18. Analise os resultados laboratoriais abaixo e, dê seu PARECER

A- Paciente feminino: HEMOGRAMA COMPLETO

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B – Paciente feminino:

FUNÇÃO: HEPÁTICA, RENAL E TIREOIDEANA

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