107
INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZGNIA - INPA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS - UFAM MOSCAS-DAS-FRUTAS (DIPTERA: TEPHRITIDAE): ESPÉCIES, DISTRIBUIÇÃO, MEDIDAS DA FAUNA E SEUS PARASITÓIDES (HYMENOPTERA: BRACONIDAE) NO ESTADO DO AMAPÁ MARCELO IVAN PANTOJA CREÃO Engenheiro Agrônomo Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Biologia Tropical e Recursos Naturais do convênio Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e Universidade Federal do Amazonas (UFAM), como parte dos requisitos para obtenção do titulo de MESTRE em Ciências Biológicas, área de concentração em ENTOMOLOGIA.

INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZGNIA - INPA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS - UFAM

MOSCAS-DAS-FRUTAS (DIPTERA: TEPHRITIDAE):

ESPÉCIES, DISTRIBUIÇÃO, MEDIDAS DA FAUNA E

SEUS PARASITÓIDES (HYMENOPTERA: BRACONIDAE)

NO ESTADO DO AMAPÁ

MARCELO IVAN PANTOJA CREÃO Engenheiro Agrônomo

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Biologia Tropical e Recursos Naturais do convênio Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e Universidade Federal do Amazonas (UFAM), como parte dos requisitos para obtenção do titulo de MESTRE em Ciências Biológicas, área de concentração em ENTOMOLOGIA.

Page 2: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZONIA - INPA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS - UFAM

MOSCAS-DAS-FRUTAS (DIPTERA: TEPHRITIDAE):

ESPÉCIES, DISTRIBUIÇÃO, MEDIDAS DA FAUNA E

SEUS PARASIT~IDES (HYMENOPTERA: BRACONIDAE)

NO ESTADO DO AMAPÁ

MARCELO IVAN PANTOJA CREÃO Engenheiro Agrônomo

!

-ientadora: Profa. DP. Beatriz Ronchi-Teles. : Dissertação apresentada .ao Programa de Pós-Graduação em Biblogia Tropical *e Recursos Naturais do convênio Instituto Nacional de ' Pesquisas da Amazania (INPA) e Universidade Federal do Amazonas (UFAM), como parte dos requisitos para obtenção do titulo de MESTRE em Ciências Biológicas, área de concentração em ENTOMOLOGIA.

Page 3: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

-

i

FICHA CATALOGRAFICA

Creão, Marcelo Ivan Pantoja

Moscasdas-Frutas (Diptera: Tephritidae): Espécies, Distribuição, Medidas da

Fauna e seus parasitóides (Hymenoptera: Braconidae) no Estado do Amapá/

Marcelo Ivan Pantoja Creão. Manaus: INPAIUFAM, 2003.

XV + 90 folhas. ilustrações

Dissertação de mestrado

1. Tephritidae 2. B a c t r o m carambolae 3. Anastrepha spp. 4. Parasitóides

5. Amapá 6. Amazônia

CDD 19 ed. 595.77

Sinopse:

Foi realizado um estudo sobre espécies, distribuição, medidas da fauna e

Ildelimitação da comunidade das moscasdas-frutas (Diptera: Tephritidae) e seus 1 1) parasitóides. coletados em frutos nos 16 municípios do Estado do Amapá. Foram 1 Ilcoletados 15 espécies de frutos. Emergiram 8 espécies de moscas da família 1

Tephritidae e três espécies de parasitóides da família Braconidae.

Palavras-chave: I. Inseto. 2. Anastrepha spp.. 3. Tephritidae. 4. Bactrocera

carambolae. 5. Praga quarentenária 6. Amapá. 7. Amazônia.

Page 4: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Dedico a três pessoas essenciais na minha vida,

as quais não consegui colocar por ordem

de importância na minha vida;

por isso fiz por idade.

Alexandre Brazão Creão (meu filho) -

por ter, a sua maneira, entendido a

importância da minha ausência.

Patrícia Albuquerque Brazão Creão

(minha esposa) - pelo apoio, incentivo e

afeto. O crescimento vem nos

momentos de dificuldade.

Esmeralda Pantoja Creão (minha mãe) -

simplesmente por ela existir

na minha vida.

Dedico também a:

Geraldo Lopes Creão (meu pai in

memoriam) - pelas Últimas palavras ditas

a mim: "vai meu fílho, segue teu caminho,

vai estudar, vai fazer o que tu gostas".

Page 5: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

- - - - - - - - - . -. - ..- - - - - - - .

i i i

AGRADECIMENTOS

k A Deus por sempre ter iluminado minha vida com muitas vitórias.

3 Ao Governo brasileiro que me proporcionou estes estudos.

> Ao INPA pela disponibilização de sua estrutura em meu favor.

> A Doutora Beatriz Ronchi-Teles que desde o meu primeiro contato sempre me

atendeu prontamente e principalmente por toda a confiança depositada na minha

capacidade de realizar, em todas as etapas do mestrado.

> Ao Doutor Neliton Marques da Silva, pelas contribuições no meu plano de

trabalho, na aula de qualificação e como seu auxiliar na disciplina de

Entomologia Básica.

> A Doutora Neusa Hamada por suas valiosas contribuições.

> Aos professores do curso, dos quais pude extrair conhecimentos para minha

formação como entomólogo e profissional.

P Aos colegas com os quais comecei (Carlos Augusto Azevedo, Carlos Eduardo D.

Sanhudo, Edílson P. Fagundes, Femando B. P. Gouveia, Liliane C. da R. Nery,

Luis Henrique M. Gomes, Marcus Aurélio da S. Pereira, Maria Ivonei C.

Albuquerque, Ronildo B. Alencar, Rozilete L. Guimarães, Tomaz L. Gualberto) e

com os quais terminei (A. Priscilla Tregue Costa; Ftancimeire G. Pinheiro; Eric

Luis R. de Sá; Domingos Leonardo; Carlos Gustavo N. da Silva; Ana Paula C.

Marques; Aldenira da Silva; Klilton B. da Costa; Jaime de Liege; Adalberto A. V.

Freire; Niviane F. Fraga e José Moacyr Ribeiro) o mestrado.

> Aos companheiros de muitos trabalhos Arlindo Serpa Filho e Alexandre Coletto

da Silva.

> Em especial a dupla que comigo, formamos o trio Tephritidae (a Pri e o John),

por todo o conhecimento e amizade que construímos juntos.

Page 6: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

---- -

JNDICE

an

AP

Bc

CA

cu

Di

DT

E

F

FG

Hosp.

Hs

II

IT

le

LJ

MC

MF

Mun.

1 NIF

DE ABREVIATURAS USADAS

Anastrepha antunesi

Municipio de Arnapá

Bactrocera carambolae

Município de Calçoene

Município de Cutias

Anastrepha distincta

Densidade Total

Percentual de Ernergência

Frequente

Município de Ferreira Gomes

Hospedeiro

Hexachaeta seabrai

lndice de Infestação

Municipio de Itaubal

Anastrepha leptozona

Municipio de Laranjal do Jari

Município de Macapá

Muito freqüente

Municipio

Município de Mazagão

Nível de Snfestação de frutos

0 1 Município de Oiapoque

Page 7: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Parasitóide

Municipio de Pedra Branca do Amapari

Pequeno

Pouco frequente

Município de Porto Grande

População

Percentual de Parasitismo

Município de Pracuúba

Quantidade

Razão Sexual

Município de Santana

Anasú-epha sewen fina

Super frequente

Município de Serra do Navio

Anastrepha súiata

Município de Tartarugalzinho

Tropical

Anastrepha furpiniae

Municipio de Vitória do Jari

Viabilidade Pupal

Page 8: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

I- P =

abela 1. Valor das perdas anuais de produção (em US$), de países

I das Américas Central e do Sul, pelo estabelecimento da

I moscas da carambola, Bactrocelã carambolae (Di ptera:

Tephritidae).

AP~TULO I

I abela P

1.1. Espécies de frutíferas amostradas no período de agosto12001

a fevereird2002 nos 16 municípios do Estado do Amapá. 20

Tabela 1.2. Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em

coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002

nos 16 municípios do Estado do Amaps. 24

Tabela 1.3. Análise de Cluster para os municípios do Estado do Amapá e

espécies de moscas-das-frutas coletadas no período de

agosto1200 1 a fevereirol2002.

P= Tabela 2.1. índices (Emerggncia [E], Viabilidade Pupal WP], Nível de

Infestação dos Frutos [NIF], [ndice de Infestação [II],

Densidade Total [DT], Razão sexual [RS] e Percentual de

Parasitismo [PP]) das populações de moscas e parasitóides

por município, em coletas realizadas no período de

agosto12001 a fevereiro/2002, no Estado do Arnapá. 46

Page 9: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

vii

Tabela 2.2. índices de diversidade (a) das moscas-das-frutas e

parasitóides no Estado do Amapá, em frutos coletados no

período de agosto12001 a fevereirol2002. 4

Tabela 2.3. Abundância absoluta e relativa das espécies de moscasdas-

frutas (fêmeas) criadas de frutos, coletados no periodo de

agosto12001 a fevereiro12002 no Estado do Arnapá. 48

Tabela 2.4. Freqüência das espécies de moscas-das-frutas amostradas

em hospedeiros coletados no período de agosto12001 a

fevereiroQOO2 no Estado do Amapá. 53

CAP~TULO 3

P . Tabela3.1. Frutos infestados com larvas de moscas-das-frutas

parasitadas por Braconidae em 10 municípios do Estado do

Amapá no período de agosto12001 a fevereirol2002. 63

Tabela3.2. Abundância de frutos por amostra, quantidade de frutos

infestados por larvas de Tephritidae e número de frutos com

larvas parasitadas, coletados no periodo de agosto12001 a

fevereiro/2002, no Estado do Amapá. 65

Tabela 3.3. Associação entre parasitóides, fruto e moscas-das-frutas em

municipios do Estado do Amapá, de coletas realizadas no

período de agosto12001 a fevereirol2002. 71

Page 10: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Tabela 3.4 índices de parasitismo e razão sexual dos parasitóides

(Hymenoptera: Braconidae) em 10 municípios no Estado do

Amapá, em amostragens realizadas no período de

agosto1200 1 a fevereirol2002. 73

LISTA DE FIGURAS

P - Figura 1,l Frutos de goiaba (Psidium guajava) no município de Porto

Grande. Setembrol2001. 11

Figura 1.2 Frutos de taperebá (Spondias mombim) acondicionados após

coleta. 11

Figura 1.3 A - peneira com malha de 1,5 mm; B - peneira com malha

de 2,O mm. 42

Figura 1.4 Pesagem em laboratório de fruto de taperebá (Spondias

mombim). 12

Figura 1.5 Individualização dos frutos de ingá (Inga edulis) em bandeja

de plástico. 13

Figura 1.6 Frutos de carambola (Ayenhoa carambola) acondicionados

após coleta no Oiapoquel2001. 13

Figura 1.7 Individualização dos frutos em copos de plástico. A - Manga

(Mangifera indica); 6 - Goiaba (Psidium guajava); C - Acerola (Malpighia glabra) . 14

Page 11: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Figura 1.8

Figura 1.9

Figura 1.10

Figura I .I 1

Figura 1.12

Figura 1 .I3

Figura 1.14.

Figura 1.15.

Figura 1.16.

Figura 1 .I7

Figura 1.18

Copos contendo pupários para emergência dos adultos.

Número de espécies hospedeiras infestadas e não infestados

por larvas, em função do total coletado.

Número de espécies frutíferas infestadas com larvas de

moscas-das-frutas por família vegetal, em coletas no Estado

do Amapá no período de agosto12001 a fevereirol2002.

Relação entre quantidade de frutos e seu respectivo peso,

em gramas, de coletas realizadas no período de agosto/2001

a fevereiro12002 nos 16 municípios no Estado do Arnapá.

Quantidade de machos e fêmeas por gênero de moscasdas-

frutas em coletas realizadas no periodo de agosto/2001 a

fevereirol2002.

Percentual dos gêneros de moscas coletadas no período de

agostoi2001 a fevereiro12002 no Estado do Amapá.

Detalhe da asa de um exemplar do gênero Anasfrepha.

Detalhe da asa de um exemplar do gênero Bacfrocera.

Detalhe da asa de um exemplar do gênero Hexachaefa.

Distribuição geográfica das espécies de moscasdas-frutas

(Diptera: Tephritidae) por município do Estado do Arnapá,

coletadas no período de agostol2001 a fevereirol2002.

Dendograma representativo das espécies de moscas-das-

frutas do Estado do Amapá coletadas no período de

agostoi2001 a fevereiroi2002, por UPGMA e distância do

Coeficiente de Jaccard (média).

Page 12: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

P-

Figura 2.1. Abundância de moscas-das-frutas por cultura em coletas

A - G. realizadas no período de agosto12001 a fevereirol2002, nos

municípios do bloco 1 no Estado do Amapá (n = número de

moscasdas-frutas). 49

Figura 2.2. Abundância de moscas-das-frutas por cultura em coletas

A - F realizadas no período de agosto/2001 a fevereirol2002,

nosmunicípios do bloco 2 no Estado do Amapá (n = número

de moscasdas-frutas). 50

Figura 2.3. Abundância de moscas-das-frutas por cultura em coletas

A - H realizadas no período de agosto12001 a fevereirol2002, nos

municípios do bloco 3 no Estado do Amapá (n = número de

moscasdas-frutas). 51

Figura 2.4. Relação da constância absoluta e relativa das ocorrências de

moscadas-frutas coletadas no período de agosto12001 a

fevereiro12002 no Estado do Amapá. 52

Figura 2.5. Dendograma representativo da delimitação das comunidades

pelos municípios através da análise de Cluster em função da

presença e ausência de pupas de moscasdas-frutas, obtidas

de hospedeiros amostrados no período de agosto/2001 a

fevereirol2002. 54

Page 13: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

CAP~TULO 3

P

Figura 3.1. Freqüência das espécies de Braconidae parasitando larvas de

moscas-das-frutas em frutos amostrados no período de

agosto12001 a fevereiro12002 no Estado do Amapá. 64

Figura 3.2. Percentagem das espécies de Braconidae, parasitóides de

moscas-das-frutas, coletados no período de agosto/2001 a

fevereiro12002 no Estado do Ama pá. 69

Figura 3.3 Espécimes de parasitóides atacando larvas de moscasdas-

frutas coletadas nos municípios do Estado do Amapá em

amostragens realizadas no período de agosto/2001 a

fevereirol2002. 69

Figura 3.4. Distribuição geográfica das espécies de parasitóides da

família Braconidae (Hymenoptera), encontrados em larvas de

tefritídeos em frutos amostrados nos 16 municípios do Estado

do Amapá, em coletas realizadas no período de agosto/2001 a

fevereirol2002. 70

Page 14: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Ficha Catalográfica.

Sinopse.

Dedicatória.

Agradecimentos.

fndice de Abreviaturas.

Lista de Tabelas.

Lista de Figuras.

Introdução Geral.

xii

Página

I

I

ii

iii

iv

vi

viii

I

CAPÍTULO 1

Moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae): Espécies, hospedeiros e distribuição

geográfica no Estado do Arnapá.

Resumo.

Abstract.

I. 1. Introdução.

1.2. Material e Métodos.

1.2.1. Descrição e localização do Estado.

I .2.2. Locais de coleta.

1.2.3. Coleta de frutos.

1.2.4. Tratamento dos frutos no laboratório.

I .2.5. Preparo dos pupários para emergência dos adultos.

1.2.6. Conservação dos insetos adultos.

Page 15: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

xiíi

2.2.7. Identificação taxonõmica das moscasdas-frutas.

1.2.8. Distribuição geográfica das espécies de moscas-das-

frutas. 16

1.2.9. Análise de Cluster. 16

I .3. Resultados e Discussão. 17

1.3.1. Hospedeiros de moscas-das-frutas.

1.3.2. Frutos infestados.

1.3.3. Espécies de moscasdas-frutas. 21

1 -3.3.1. Características das Espécies 24

1.3.3.2. Chave de identificação de espécies para adultos de

Anasfrepha (Diptera: Tephritidae) do Estado do Amapá, Brasil. 3 1

1.3.4. Distribuição geográfica das espécies de moscas-das-frutas. 32

1.3.4.1. Análise de Cluster 33

1.4. Conclusões. 36

Medidas da Fauna das Moscas-das-frutas (Diptera:Tephritidae) no Estado do

Amapá.

Resumo. 37

Abstract. 38

2.1. Introdução. 39

2.2. Material e Métodos. 40

Page 16: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios
Page 17: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

3.2.1. Descrição e localização do Estado.

3.2.2. Locais de coleta.

3.2.3. Coleta de frutos.

3.2.4. Tratamento dos frutos no laboratório.

3.2.5. Preparo dos pupários para emergência dos adultos.

3.2.6. Identificação taxonômica dos parasitóides.

3.2.7. Associação de parasitóides x moscas-das-frutas x fruto.

3.2.8. Percentual de parasitismo.

3.3. Resultados e Discussão.

3.3.1. Espécies de Braconidae.

3.3.1.1. Características das espécies.

3.3.2. Distribuição geográfica das espécies.

3.3.3. Associação de parasitóides x moscas-das-frutas x fruto.

3.3.4. Percentual de parasitismo por município.

3.4. Conclusões.

4. Referências Bibliográficas.

Page 18: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

INTRODUÇÃO GERAL

A agricultura mundial tem tido constantes aumentos da produção de horti-

fruti-grangeiros. Com a demanda internacional por produtos saudáveis e livres de

pragas agrícolas, a política de importação de muitos países tem se tornado

extremamente rigorosa com a entrada de produtos "in natura" em seus territórios.

Assim, as barreiras fitossanitárias, uma das formas de impedir a entrada de pragas,

tornaram-se frequentes nas transações comerciais, mesmo no âmbito interestadual.

As moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) são os insetos-praga que

mais causam prejuízos à fruticultura, sendo que muitas espécies são consideradas

pragas quarentenárias (Malavasi, 2001). Zucchi (2000a) relata que quatro gêneros

são de importância econdmica no Brasil: Anasfrepha Schiner, 1868, Bactrocera

Macquart, 1835, Ceratitis MacLeay, 1829 e Ragholetis Loew, 1862. Destas pragas,

duas ainda não foram registradas para o Estado do ~rnapá, Ceratitis capifafa

(Wiedemann, 1824) e o gênero Ragholetis. A primeira é a mais cosmopolita e

invasora, sendo neste sentido a que mais causa danos a fruticultura no mundo

(Zucchi, 2001).

Bactrocera carambolae Drew & Hancock, jA registrada no Estado do

AmapQ (Silva et al., 1997), é um dos insetos considerados praga-chave na

fruticultura de muitos países. Estudo conduzido pelo USDAIAPHIS indica que se

essa praga se estabelecer no Brasil, trará perdas na ordem de 2,5% para caju, fruta-

pão, acerola e, até 50% para carambola. Além das perdas diretas, alguns países

teriam a exportação de frutas frescas interrompida, causando grandes prejuízos,

conforme a Tabela 1 (Malavasi, 2001).

Page 19: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Tabela 1. Valor das perdas anuais de produção (em US$) de países das Américas

Central e do Sul, pelo estabelecimento da mosca da carambola Bactrocera

carambolae (Diptera: Tephritidae).

Pais Perda (US$) Suriname 849.041 Guiana Guiana Francesa Brasil República Dominicana Haiti Trinidade e Tobago Venezuela 526.662 Fonte: Malavasi, 2001.

No Brasil o primeiro registro de um Tephritidae foi feito por Ihering em

1901, relatando a presença da C. capifafa em plantios de café (Zucchi, 2001). Com o

avanço dos estudos detectou-se que as moscas-das-frutas que causam grande

empecilho na exportação de produtos brasileiros são as do gênero Anasfrepha e

Ceratitis. Porém, Bactrocera (recém introduzida) e Rhagoletis, também têm espécies

de importância econômíca (Zucchi, 2000a).

Na Amazônia brasileira, o conhecimento sobre moscasdas-frutas até o

início da década de 90 era baseado em informações esparsas e restrita a área de

taxonomia (Silva & Ronchi-Teles, 2000). A primeira citação para a Amaz6nia

referenciando moscas-das-frutas como insetos de importância agrícola foi feita por

Sefer (1961). Com um interstício de 23 anos de pesquisas nesta área para a região

norte, Z u M i (1984) descreveu uma nova espécie - Anastrepha megacantha. Silva

(1993) ampliou a lista de espécies de moscas-das-frutas na região amazônica,

correlacionando-as com as espécies de hospedeiros. A espécie C. capifata foi

registrada no Estado de Rondônia, ampliando sua área de distribuição (Ronchi-Teles

Page 20: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios
Page 21: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios
Page 22: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios
Page 23: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

I. I. INTRODUÇAO.

É necessário conhecer as espécies, seus hospedeiros e sua distribuição

para o sucesso das ações de controle de moscas-das-frutas. As moscas-das-frutas

pertencem a ordem Diptera, subordem Brachycera, infraordem Muscomorpha, seção

Schizophora, superfamilia Tephritoidea, familia Tephritidae (McAlpine, 1989).

Essa família tem distribuição mundial e abrange 481 gêneros (Norrbom,

2003), com 4257 espécies, agrupados em três subfamílias. Algumas espécies são

vulgarmente conhecidas como moscasdas-frutas.

Calcula-se que cercà de 20 espécies de tefritídeos são responsáveis

pelos maiores danos causados a fruticultura mundial (Bateman, 1972).

São destacados quatro gêneros de importância econômica no Brasil - Anastrepha, Bactmcera, Ceratitis e Ragholetis. Destes, apenas Ragholetis não

ocorre na regiao Norte. As espécies que causam maiores danos a frutos e a

produção pertencem aos gêneros Anastrepha e Ceratitis (Zucchi, 2000a).

O representante do gênero Bactmcem na América do Sul é B.

carambolae (moscada-carambola). De origem sul-asiática, foi introduzida neste

continente, no Suriname, em 1975. Inicialmente foi identificada como Dacus dorsalis

(Hendel, 1928), atualmente Bactmcera carambolae Drew & Hancock (van Sauer-

Muller, 1993).

O gênero Anastrepha, restrito a região Neotropical, possui 201 espécies,

(Norrbom et a/., 1999 e Norrbom, 2002) sendo que 94 (46,7%), ocorrem no Brasil

(Zucchi, 2000b). Na Amazônia brasileira ocorrem 43,6% (41 espécies) das

registradas para o Brasil e destas, 19 espécies ocorrem exclusivamente na

Page 24: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Amazônia do Brasil (Ronchi-Teles, 2000 e Silva & Ronchi-Teles, 2000). Dentro das

41 espécies registradas para a Amazônia brasileira, sete espécies novas ainda não

foram descritas que, provavelmente, são também exclusivas da Amazônia (Ronchi-

Teles, 2000) aumentando desta forma a lista de espécies exclusivas da referida

região de 19 para 26.

A distribuição atual dos Tephritidae pode mudar em função de

erradicações ou introduções de espécies (Malavasi et a/., 2000), no entanto,

Anastrepha, gênero nativo 'da região Neotropical tem espécies na região Neártica

(Zucchi, 1 988).

Endêmica do Novo Mundo, Anastrepha está estabelecida na América

Central e do Sul, exceto no Chile e sul da Argentina, ocorrendo ainda na maioria das

ilhas do Caribe, México e sul dos Estados Unidos (Norrbom & Foote, 1989;

Hernández-Ortiz, 1993 e Aluja, 1994).

Os tefritídeos têm sua distribuição geográfica intimamente associada a i

ocorrência dos seus frutos hospedeiros, pelo fato das larvas se desenvolverem

obrigatoriamente no interior dos mesmos, onde se alimentam (Malavasi et a/., 2000).

Muitos trabalhòs foram realizados enfatizando os estudos de diversidade

e distribuição: México (Aluja ef a/., 1987; Malo et a/., 1987; Hernández-Ortiz, 1992),

Costa Rica (Gbnzalez et al., 1988; Jiron et a/., 1988), Guatemala (Eskafi &

Cunnigham, 1987), Argentina (Blanchard, 1961), Cuba (Fernandez et a/., 1997), .

Peru (Korytkowki & Ojeda, 1968 e 1969; Cuculiza & Torres, 1975), Venezuela

(Caraballo, 1981). No Brasil encontram-se: (Aguiar Menezes, & Menezes, 1997;

Aguiar Menezes, 2000; Araújo, 2002; Araújo et a/. 1996; Araújo ef a/. 2000; Arrigoni,

1984; Bressan, & Teles, 1991 ; Canal-Daza et a/. 1994; Canal-Daza, 1993; Canal-

Page 25: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Daza, 1997; Creão ef a/. 2002; Garcia & Corseuil, 1998; Leonel Jr. 1991; Leonel Jr.et

al. 1995; Malavasi, 2001) dentre outros.

Existem, entre nativas e exóticas, 176 espécies de frutíferas na região

Norte do Brasil (Cavalcante, 1991). Espécies de Anastrepha no Brasil se hospedam

em 31 famílias de plantas (Zucchi, 2000b) e, na Amazônia, os Tephritidae, infestam

14 famílias botânicas (Silva & Ronchi-Teles, 2000). No Estado do Amazonas foram

identificadas 1 1 famílias de plantas hospedeiras de moscas-das-frutas (Silva et a/.,

1996). Em outro trabalho para o Amazonas foram amostradas 13 famílias entre

nativas e exóticas (Ronchi-Teles, 2000). Ainda neste Estado foram estudadas as

interações das moscas-das-frutas em frutos de taperebá e abiu (Guimarães e Silva,

2002).

Levantamentos das espécies de mosca-das-frutas, suas plantas

hospedeiras e seus parasitóides enquadram-se entre os estudos fundamentais para

uma melhor compreensão desse grupo de insetos (Zucchi, 2000b). O Brasil é um

dos palses que mais tem se dedicado ao conhecimento das espécies de moscas-

das-frutas e seus hospedeiros (Aluja, 1999).

Com o intuito' de contribuir no avanço do conhecimento deste grupo

principalmente na região Norte do Brasil, é que coletou-se informações sobre os

hospedeiros, espécies e distribuição de moscas-das-frutas no Amapá.

Page 26: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

1.2. MATERIAL E M~TODOS.

1.2.1. Descrição e localização do Estado.

O Estado do Amapá está localizado no extremo Norte do Brasil, quase

que inteiramente no hemisfério Norte. Por suas características geo-físicas faz parte

da região Amazônica.

A configuração do mapa do Estado é de um losango imperfeito, tendo

seus vértices dirigidos para os pontos cardeais. A linha do Equador passa ao sul do

Estado, sobre a capital, Macapá, é banhada pelo braço norte do rio Amazonas.

Este Estado possui uma área de 146.995,30 Km2. O seu litoral, com 242

km de extensão, vai do cabo Orange ao cabo Norte, isto é, da foz do rio Oiapoque a

foz do rio Amazonas.

O Amapá limita-se ao Norte e a Noroeste com a Guiana Francesa e

Suriname, respectivamente. A Leste e Nordeste com o Oceano Atlântico, ao Sul e

Sudeste com o canal do Norte e braço esquerdo do rio Amapá, a Oeste e Sudeste

com o Estado do Pará.

1.2.2. Locais de coleta.

O Estado do Amapá possui 16 municípios, cujas sedes são separadas

por grandes distâncias. Dessa forma optou-se neste trabalho por separá-los em

blocos, utilizando como critérios a proximidade entre os mesmos, e a facilidade de

acesso. Esse procedimento, foi necessário para facilitar os deslocamentos para

coletas de frutos. ~rês.blocos foram definidos:

Bloco 1 (municípios de Itaubal, Cutias, Ferreira Gomes, Porto

Grande, Pedra Branca do Amaparí e Serra do Navio);

Page 27: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Bloco 2 (municípios de Mazagão, Laranjal do Jari, Vitória do Jari,

Santana e Macapá);

Bloco 3 (municípios de Oiapoque, Calçoene, Tartarugalzinho,

Pracuúba e Amapá).

A coleta de frutos foi efetuada por meio de expedições até a sede de

cada municipio. Os frutos foram obtidos em pomares de quintais agroflorestais

urbanos, onde existe uma grande variedade e quantidade de espécies

potencialmente hospedeiras de moscas-das-frutas.

Os pomares foram escolhidos pelos seguintes criterios: 1°) pomares já

estabelecidos, ou seja, com árvores de porte grande; 2O) hospedeiros em

frutificação.

1.2.3. Coleta de frutos.

A metodologia de coleta de frutos deste levantamento, foi feita segundo o

procedimento de amostragem de frutos (Nascimento et aí., 2000).

Os frutos foram coletados na planta ou sobre o solo (Figura 1.1), e

acondicionado em bandèja plástica de 40 x 30 x 10 cm (Figura 1.2 e 1.6) contendo

areia fina peneirada e umedecida. Como forma de uniformizar a areia, a mesma foi

peneirada antecipadamente em malha de 1,5 mm (Figura 1.3-A) e posteriormente

homogeneizada. Esta areia serviu de substrato para amparar os frutos coletados,

antes da chegada ao laboratório.

As bandejas foram, devidamente identificadas, com a data de coleta,

nome da espécie de planta, nome do municipio, nome da comunidade, nome da

Page 28: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

11

propriedade e nome do produtor. Foram transportadas em caixas de isopor a fim de

evitar o contato com as chuvas do período e altas temperaturas.

1.2.4. Tratamento dos frutos no laboratório.

No laboratório, os frutos foram contados, numerados, pesados (Figura

1.4) e individualizados em copos de plástico de 500 ml (Figura 1.7-A, B e C) ou

bandeja plástica branca de tamanho 40 x 30 x 10 cm (Figura 1.5) dependendo do

tamanho do fruto. No fundo de cada copo ou bandeja foi adicionada uma porção de

areia lavada umedecida que serviu de substrato para a pupação. As amostras, foram

mantidas em temperatura e umidade ambientes.

Figura 1 . I . Frutos município de Porto

de goiaba (Psidium guajava) I Grande. Setembro/2001.

Figura 1.2. Frutos de taperebá (Spondias mombim) acondicionados ap6s coleta.

Page 29: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Figura 1.3. A - peneira com malha de 1,5 mm$ B - peneira com malha de 2,O mm

Figura 1.4. Pesagem em laboratório de fruto de taperebá (Spondias mombim).

Page 30: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Figura 1.5. Individualização dos frutos de ingá (Inga edulis) em bandeja plástico.

Figura 1.6. Frutos de carambola (Averrhoa carambola) acondicionados ap6s coleta em Oiapoque/2001.

Page 31: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Figura 1.8. Copos contendo pupários para emergência dos adultos.

Page 32: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Decorridos 5, 10 e 15 dias da data de coleta dos frutos, o substrato foi

peneirado, em uma peneira com malha de 2 mm (Figura 1.3 - B) para se obter os

pupários.

Todos os procedimentos laboratoriais foram realizados no laboratório

de Entomologia da Embrapa Amapá em Macapá-AP.

1.2.5. Preparo dos pupários para emergência dos adultos.

Os pupários obtidos foram contados e depositados em outro copo de

plástico com as informações de coleta do fruto, até a emergência dos adultos (Figura

1.8).

1.2.6. Conservação dos insetos adultos.

Após a emergência, as moscas adultas, foram mantidas vivas por um

período de 24 a 48 h para a formação das manchas alares, caráter importante para

a identificação taxonômica das espécies. Após esse período, os adultos foram

fixados e acondicionados em um recipiente contendo álcool a 70%, para

determinação.

. 1.2.7. Identificação taxonômica das moscas-das-frutas.

Para a identificação taxonômica foi utilizado o laboratório de Entomologia

Agrícola da Coordenação de Pesquisas em Entomologia, do Instituto Nacional de

Pesquisas da Amazônia.

Todas as moscasdas-frutas encontradas foram sexadas (machos e

fêmeas) sendo somente as fêmeas utilizadas para identificação em nível de espécie.

Page 33: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

As identificações foram realizadas com o auxílio de um microscópio

estereoscópio com aumento de 40 X, onde foram observados caracteres

morfológicos, como as manhas alares das asas e a genitália (acúleo). Para as

identificações específicas, foram utilizadas chaves taxonômicas de Steyskal (1977);

Zucchi (1 978); Silva (1 993) e Silva & Ronchi-Teles (2000).

Espécimes voucher foram depositados na Coleção de Invertebrados do

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e na Coleção Entomológica do

Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (IEPA).

1.2.8. Distribuição geográfica das espécies de moscasdas-frutas

Visto que as moscasdas-frutas, principalmente as do gênero

Anastrepha, estão distribuídas por todo o Brasil, convencionou-se que a presença de

determinada espécie num determinado local, obtida por meio da coleta de fruto,

seria o parâmetro da sua distribuição para aquele município.

I .2.9. Análise de cluster das moscasdas-frutas.

Esta análise, que consiste em agrupar classes de indivíduos similares,

tem o princípio de agrupamento de unidades experimentais denominadas de

Unidades Taxonômicas Operacionais (OTU1s), por métodos numéricos baseados no

valor de seus caracteres (Sneath & Sokal, 1973). Adotou-se a distância de Jaccard,

empregando-se o algorítmo de agrupamento "Unweighted Pair Group Method with

Arihmetic Averagesn (U PGMA).

Page 34: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

O critério de agrupamento utilizado foi a presença ou ausência de

espécies, correlacionando-as com os municipios.

1.3. RESULTADOS E DISCUSSÃO.

1.3.1. Hospedeiros de moscas-das-frutas.

No periodo de agosto de 2001 a fevereiro de 2002, foram amostrados

frutos de 15 espécies vegetais ocorrentes no Amapá. Estas estão agrupados em 12

gêneros, distribuídas em nove famílias (Tabela 1 .I).

A goiaba (Psidium guajava L.) foi o hospedeiro mais disponíveis durante

o periodo de coleta nos municipios. O araçá-boi (Eugenia stipitata McVaugh) e a

pitanga (Eugenia uniflora L.) foram as espécies com menor disponibilidade nas

coletas.

Das 15 espécies vegetais amostradas, apenas 7 (46%) (Averrhoa

carambola L., Citrus sp., Inga edulis Mart., Psidium guajava, P. acutangulum DC,

Pouteria caimito e Spondias mombim L.) apresentaram larvas e conseqüentemente

adultos de moscas-das-frutas elou parasitóide. Embora os outros frutos sejam

considerados hospedeiros primários de Tephritidae em outras regiões (Malavasi, et

ai., 1980), não foi obtida nenhuma larva (Figura 1.9).

Em outras regiões, a goiaba é associada a A. zenildae (Araújo et ai.,

1996 e Canal Daza, 1997), entretanto esta espécie de mosca não foi encontrada nos

levantamentos.

Das espécies infestadas, a família Myrtaceae foi a que apresentou mais

representantes (duas espécies), os outros frutos foram das famílias Anacardiaceae,

Mimosaceae, Oxalidaceae, Rutaceae e Sapotaceae, todas com uma espécie (Figura

Page 35: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

1.10). Malavasi et a/. (1 980) e Arrigoni (1 984) também registraram a preferência de

moscasdas-frutas pelas duas primeiras famílias assinaladas aqui no presente

trabalho.

As coletas foram realizadas em período (sazonal) de estiagem, porém

ocorreram em locais de alta concentração demográfica. Portanto, é possível que as

espécies de moscas que normalmente se hospedam nas fruteiras não infestadas no

Amapá, não ocorram no Estado.

Estudos sobre frutos silvestres (hospedeiros nativos) são inexistentes

para o Estado, e uma das razões para essa falta de informações é a ausência do

conhecimento completo da identificação e principalmente fenologia para realizar-se

as coletas dos frutos.

1.3.2. Frutos infestados.

Nos 16 municípios do Amapá foram coletados 2.415 frutos, destes 597

estavam infestados por pelo menos uma larva de moscadas-frutas. Dos frutos

infestados foram obtidas 2.229 pupários, dos quais emergiram 1.592 indivíduos

entre. moscas e parasitóldes. O percentual total de emergência foi de 71,41%,

representado por 1492 (66,931) moscas e 100 (4,481) parasitóides.

Foram coletados 1 15.340,94 g de frutos de 15 espécies vegetais. Por

peso, a goiaba foi a espécie mais abundante e a pitanga a menos abundante (Figura

1 .I 1).

Das 1492 moscas emergidas, 1441 (96,58%) pertenciam ao gênero

Anastrepha (780 9 e 661 $), 48 indivíduos (3,21 %) a 6. carambolae (13 9 e 35 8)

e três indivíduos, todas fêmeas, (0,20 %) a H. seabrai (Figura 1.13).

Page 36: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Total de frutos

-

Frutos não infestados

Frutos '

infestados

O 2 4 6 8 10 12 14 16

Número de espécies de írutos hospedeiros

Figura 1.9. Número de espécies hospedeiras infestadas e não infestados

por larvas, em função do total coletado.

2

Número de , , Espécies

o

f Famílias

Figura 1.10. Número de espécies frutíferas infestadas com larvas de rnoscas-

das-frutas por família vegetal, em coletas no Estado do Amapá no período de

Page 37: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Tabela 1 .I. Espécies de frutlferas amostradas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municipios do Estado do

Família Municípios Espécie IT CU FG PG PB SN MZ LJ 'VJ AS MC 01 CA TA PR AP

Anacardiaceae Anarcadium occidentale (Caju) N x x X X - - x - x x - - X Mangifera indica (Manga) E - - - - - - x - x - Spondias mombim (Taperebá) N - - x - - - x x - -

Com bretaceae Terminalia catappa (Castanhola) E x x x - x - x - x x - - x - X

Mimosaceae Inga edulis (Ingá Cip6) N - - - x x - - x x x - - x X

Malpighiaceae Malphigia glabra (Acerola) E x - - x x - x - X X X X X X X X

M yrtaceae Eugenia malaccensis (Jambo) E - - - - - - - - - x - - Eugenia stipitafa (Araçá Boi) E - - - - - - - - x - Eugenia uniflora (Pitanga) N - - - - - - - x - Psidium acutangulum (Araçá-pêra) N x . x - x - - x - x - Psidium guajava (Goiaba) N x x x x x X x x x x x x x x x X

Oxalidaceae Averrhoa carambola (Carambola) E x - - x - X X - x x x x - - X

Passifloraceae Passiflora edulis (Maracujá) N - x - x - - - - - - - x -

Sapotaceae Pouteria caimifo (Abiu) N - - - x - - - - x x x - -

Rutaceae Citrus sp. (Laranja) E x x - x - X x - - - - x x - X

Coleta de fruto 11 Sem coleta

Abreviaturas - vide lista de Abreviaturas.

Le enda da origem da fruteira: h Nativa Ex6tica

Page 38: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Das 1492 moscas emergidas, 1441 (96,58%) pertenciam ao gênero

Anastrepha (780 Q e 661 $), 48 individuos (3,21 %) a B. carambolae (1 3 Q e 35 $)

e três indivíduos, todas fêmeas, (0,20 %) a H. seabrai (Figura 1.12).

1.3.3. Espécies de moscas-das-frutas.

Três gêneros e oito espécies de moscas-das-frutas foram registradas no

Estado do Amapá. Anastrepha foi o mais abundante, seguido de Bactrocera e

Hexachaeta (Figura 1.13). As espécies registradas neste trabalho foram A. turpinae

Stone, A. distincta Greene, A. leptozona Hendel, A. striata Schiner, A. serpentina

(Wied.), A. antunesi Lima, Bactrocera carambolae Drew & Hancock e Hexachaeta

seabrai Lima, 1953. Com exceção de A. striata e B. carambolae, todas são

registradas pela primeira vez para este Estado.

Frutas

Figura 1 .I 1. Relação entre quantidade de frutos e seu respectivo peso em gramas, , ,

de coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16

municípios no Estado do Amapá.

Page 39: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Figura 1.12. Quantidade de machos e fêmeas por gênero de moscas-das-frutas em

coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereirol2002.

s A espécie Bactrocera carambolae, de acordo com os levantamentos,

permanece isolada na porção norte do Estado, no município de Oiapoque, desde o

registro de sua ocorrência feito por silva et al. (1997).

É importante ressaltar que a espécie C. capitata, registrada no Norte do

. Brasil, em Rondônia (Ronchi-Teles & Silva, 1996) e Pará (Silva et a/., 1998), não foi

coletada no Arnapá. Em 1990, Nascimento definiu o limite norte desta praga em

Cruz das Almas (BA). Em seguida o limite foi expandido para Fortaleza (CE), onde a

praga foi encontrada infestando Terminalia catappa L. (Morgante, 1991).

Page 40: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Na Amazônia brasileira as espécies A. striata, A. distincta, A. turpinae, A.

serpentina, A. leptozona, A. distincta e A. antunesi já haviam sido encontradas

(Silva, 1993; e Ronchi-Teles, 2000).

Hexachaeta sp. 0,20%

Anastrepha

SPP. 96,58%

uactrocera sp. 3,22%

Figura 1.13. Percentual dos gêneros de moscas coletadas no período de

agosto/2001 e fevereiro12002 no Estado do Amapá.

As oito espécies de moscas-das-frutas emergidas infestaram seis

espécies de frutas diferentes. A goiaba foi a mais infestada, tanto em diversidade

como em abundância de Tephritidae (Tabela I .2).

A: stnata infestou quatro espécies de frutos diferentes S. mombin, I.

edulis, P. acutangulum e P. guajava. Seis espécies de moscas (A. antunesi, A.

distincta, A. leptozona, A. striata, A. turpiniae e H. seabrao. infestaram apenas uma

espécie de fruto P. guajava (Tabela 1.2).

Page 41: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Tabela 1.2. Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas

realizadas no período de agosto/2001 a fevereiro12002 nos 16 municípios do Estado

do Amapá.

Família Botânica Espécie de Tephritidae

Espécie da fruteira

Anacardiaceae Spondias mombim (taperebá) a e

Mimosaceae Inga edulis (ingá cipó) • a

Myrtaceae Psidium acutangulum (araçá-pêra) a Psidium guajava (goiaba) a a a a a a

Oxalidaceae Averrhoa carambola (carambola) •

Sapotaceae Pouteda caimito (abiu) a

1.3.3.1. Características das Espécies

O gênero Anastrepha, representado neste trabalho por oito espécies, tem

um exemplar com d-etalhe da asa na Figura 1.14.

Figura 1.14. Detalhe da asa de exemplar do gênero Anastrepha.

Page 42: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

A. leptozona Hendel, 1914

Espécie pequena a grande, mesonoto com distintas faixas medianas e

laterais, mediotergito sem faixas escuras laterais. Apice do acúleo com reduzidos

dentes sobre mais da metade apical.

Essa espécie é reconhecida por apresentar a curvatura apical da nervura

Mi+2 bem acentuada, redução ou ausência do ramo dista1 da faixa em V e dentes

sobre mais da metade do ápice de acúleo.

Ocorre desde o sul do México até a Guiana, ~rinidade, Bolívia e Brasil

(Norrbom et a/., 1999).

No Amapá, foi detectada nos municípios de Itaubal, Ferreira Gomes,

Santana e Amapá.

A planta hospedeira desta espécie neste trabalho foi a goiaba (P. guajava,

Myrtaceae), corroborando com os resultados de Silva (1 993).

A. antunesi Lima, 1938

Espécie de tamanho pequeno a médio. Mesonoto amarelo escuro com

áreas amarelo pálidas nò úmero e escutelo. Mediotergito amarelo. Asas (7,O mm de

comprimento) com faixas amarelas, faixa S e C unidas sobre a faixa V completa,

um pouco difusa no vértice e separada da faixa S. Dentes da membrana eversivel bem

iilesenvolvido. Apresenta forma triangular, com ganchos dispostos em três ou quatro

fileiras.

Acúleo (2,30 mm de comprimento) apresentando eixo com lados paralelos e

ápice com aproximadamente cinco dentes na metade apical.

Page 43: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Facilmente reconhecida pelo desenho torácico com estrias amarelo-

pálidas. Mediotergito amarelado, desenho e coloração das faixas alares, e pela

forma do ápice do acúleo com aproximadamente 5 dentes conspícuos assimétricos

e não pontiagudos. E separada de A. obliqua e A. frate~ulus porque estas

apresentam manchas escuras no mediotergito, faixas alares bem definidas e a forma

do ápice do acúleo é diferente.

Ocorre da Guatemala até a Venezuela, Trinidade, Peru e Brasil (Norrbom

et a/., 1999). No Brasil sua ocorrência foi registrada nos Estados de Paraiba (Araujo

et al., 2000), Bahia, Pará e Pemambuco (Malavasi et aí., 1980) e Amazonas (Silva,

1 993).

Sua distribuição no Estado do Arnapá esta restrita ao município de

Santana.

A planta hospedeira desta espécie neste trabalho foi a goiaba (P. guajava,

Myrtaceae).

A. distincta Greene, 1934

Espécie pequèna, mesonoto com faixas laterais e mediana bem nítidas.

Mediotergito lateralmente escurecido. Asa com faixas C e S unidas; faixa V

separada e com o vértice difuso. Acúleo com mais de 2,O mrn e ápice com dentes

pouco salientes e arredondados sobre menos da metade apical.

Ocorre no sul dos Estados Unidos da América, México, Peru e Brasil

(Norrbom et ai., 1999). No Brasil ocorre nos estados de Pernambuco (Malavasi,

1980), Bahia (Nascimento et ai., 1982), Espirito Santo (Martins et a/., 1996), Rio de

Janeiro (Aguiar-Menezes & Menezes, 1996), São Paulo (Souza Filho, 1999), Goiás

Page 44: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

27 ''

(Veloso ef a/., 2000) e Amazonas (Silva, 1993; Ronchi-Teles, 2000), em Santa

Catarina (~arc ia et a/. , 2002) e no Rio Grande do Sul (Kovaleski et al. 1999).

: No Amapá ocorreu nos municlpios de Itaubal, Santana e Vitória do Jari.

Sua planta hospedeira neste trabalho: goiaba (P. guajava, Myrtaceae).

A. turpiniae Stone, 1 942

Espékie pequena, mediotergito sem mancha. Asas com faixas C e S

unidas na nervura Faixa V separada da faixa S, e geralmente com os braços

separados apicalmente. Acúleo com ápice delgado agudo e com as serras sobre

mais da metade apical.

E semelhante a A. fratercuius e A. zenildae, sendo separada da primeira

por apresentar base da serra sem constrição e ápice mais delgado. Da segunda

difere por apresentar a porção serrada mais curta e os braços da banda V mais

estreitos. Foi citada erroneamente na região amazônica por Silva (1993) como A.

fra terculus.

Apresenta ampla distribuição e está associada a vários hospedeiros no

Brasil (Araújo et a/., 2000):

No Amapá ocorreu nos municípios de Itaubal, Porto Grande, Vitória do

Jari, Santana, Macapá, Oiapoque e Arnapá.

Planta hospedeira neste trabalho: goiaba (P. guajava, Myrtaceae) e

taperebá (S. mombim, Anacardiaceae). No Estado do Amazonas, foi encontrada nos

municípios de Manaus, Iranduba, Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva (Ronchi-

Teles, 2000). Nesta região infesta exclusivamente frutos de castanholeira

(Terminalia catfapa, Combretaceae) também conhecidos como sete copas ou

amendoeira.

Page 45: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

A. serpentina (Wied., 1830)

Espécie média a grande, coloração marrom-escura, mesonoto escuro

com faixas média e laterais claras. Mediotergito de marrom-alaranjado a marrom-

escuro. Asas com faixas escuras, área hialina costa1 de forma triangular, faixas C e

S unidas, faixa V separada de S e com apenas o ramo proximal fino. Abdome ,

marrom com faixa média amarela. Ápice do acúleo com diminutos dentes sobre mais

da metade apical.

Na região amazônica foi encontrada no Estado do Amazonas nos

municípios de Iranduba, Nianacapuni, Careiro, Presidente Figueiredo, Rio Preto da

Eva, Itacoatiara e Barcelos e, no Estado de Roraima, em Boa Vista (Ronchi-Teles,

2000). Esta espécie infestou abiu no Amazonas (Silva et a/. 1996).

No Estado do Amapá foi detectada exclusivamente no município de Porto

Grande.

Seu hospedeiro neste trabalho foi abiu (P. caimito, Sapotaceae). Em

vários trabalhos é registrada como infestante de espécies da família Sapotaceae.

A. striafa Schiner, 1868 -

Espécie pequena a média, mesonoto com faixas mediana e laterais

escuras formando um 'U'. Mediotergito com manchas escuras lateralmente. Asas

com faixas C e S unidas e faixa V geralmente com o braço dista1 reduzido. Acúleo

com 2,O mm de comprimento, ápice liso.

Esta espécie é facilmente reconhecida pelo padrão torácico, pode ser

confundida com A. bisfrigata, até o momento não encontrada na região amazônica-

Page 46: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios
Page 47: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Considerada uma praga de importância quarentenária em todo mundo,

sua presença significa uma séria ameaça a produção e comercialização de frutas na

América Latina.

Durante o desenvolvimento deste trabalho B. carambolae foi encontrada

apenas no município do Oiapoque, em frutos de taperabá (S. mombim,

Anacardiaceae).

4 mm

Figura 1 .I 5. Detalhe da asa de exemplar do gênero Bactrocera.

Hexachaeta Loew (Figura 1 .I 6).

Este gênero é composto por 29 espécies com distribuição desde o

sudeste dos Estados Unidos até a Argentina (Hernández-Ortiz, 1999). Não tem

importância agrícola porque alimenta-se de frutos não-comerciais.

Esta espécie foi coletada em armadilhas tipo McPhail nos municípios de

Manacapurú (AM) e diretamente de frutos de Aegiphila sp. (Verbenaceae) em Apui

(AM). Costa Lima (1 935) cita H. eximia infestando esses frutos (Ronchi-Teles, 2000).

No Estado do Amapá foi coletada nos municípios de Porto Grande e

Amapá, em frutos de goiaba (P. guajava, Myrtaceae) e inga (Inga edulis, Mimosaceae).

Page 48: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

4mm '

Figura 1 .I 6. Detalhe da asa de exemplar do gênero Hexachaeta.

1.3.3.2. Chave de identificação de espécies para adultos de

Anastrepha (Diptera: Tephritidae) de importância econômica do Estado do Amapá,

Brasil.

I. Coloração escura; faixa V apenas com o ramo proximal; dentes sobre mais da

metade apical ............................................................................. A. serpentina (Wied).

1 I. Faixa V com ramos proximal e dista1 ...................................................................... 2.

2. ~esonoto com faixas escuras longitudinais; ovipositor com 2,2 mm de

....... comprimento; ápice dilatado na base e sem dentes distintos ;..A. striata Schiner.

2'. Mesonoto sem faixas escuras longitudinais; ovipositor maior que de 0,05 mm de

comprimento. ..... .:. ....................................................................................................... 3.

3. Faixas costa1 e S unidas .......................................................................................... 4.

3'. Faixas costal e S separadas; rasper sem dentes desenvolvido; faixa V incompleta

com ramo distal ausente ou reduzido; ovipositor com 2,O a 3,O mm de comprimento;

......... ápice com diminutos dentes sobre mais da metade apical A. leptozona Hendel.

4. Mediotergito com faixas escuras laterais; faixa V e S da asa separadas ............... 5.

4'.Mediotergito sem faixas escuras laterais ................................................................. 6.

Page 49: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

-- --

32

5. Apice do ovipositor com acentuada constrição ........................... A. turpiniae Stone.

I 5'. Apice do ovipositor com constrição moderada ou sem; dentes pequenos sobre

menos da metade apical; ovipositor com mais de 2 mm. de

comprimento ................................................................................. A. distincta Greene.

6. Ovipositor com dentes sobre menos da metade apical e comprimento de 2,4 mm;

ápice com poucos dentes conspícuos .............................................. A. antunesi Lima.

1.3.4. Distribuição geográfica das espécies de moscas-das-frutas.

B. carambolae é uma espécie de importância econômica, tem sua zona

de dispersão restrita ao norte do Estado, no municipio do Oiapoque.

H. seabrai foi encontrada em goiaba, no município de Porto Grande, na

porção central do Estado, e no municipio de Oiapoque, em ingá (Figura 1.17). Costa

Lima (1935) e Ronchi-Teles (2000) encontraram este gênero de mosca em frutos de

Aegiphila sp. (Verbenaceae). Este é o primeiro registro desta espécie em frutos

cultivados.

A Figura 1 .I 7 mostra a distribuição das moscas-das-frutas no Estado.

Com exceção de Itaubal e Santana, A. striata foi encontrada em todos os

municípios. O maior número de espécies de moscasdas-frutas (quatro) foi

encontrado em Porto Grande e Amapá, talvez por estes terem grandes pólos

fruticolas.

Em Serra do Navio, Pedra Branca do Amapari, Calçoene, Laranjal do

Jari, Itaubal, Tartarugalzinho e Pracuúba só foi encontrada uma espécie. Santana foi

o local onde só se encontrou um único exemplar de A. antunesi.

Page 50: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

A. obliqua predominante no Amazonas e em outros Estados do Brasil,

não ocorreu no Amapá. Isto pode ter acontecido por ela existir em uma população

muito baixa que não foi encontrada nas coletas ou por ela se hospedar em espécie

vegetal não coletada neste trabalho.

1.3.4.1. Análise de agrupamento das moscas.

Utilizando os dados presença e ausência e o coeficiente de Jaccard, as

espécies de moscasdas-frutas do estado foram agrupadas, em função dos

municípios (Figura 1.18 e Tabela 1.3).

Os grupos similares são compostos por A. antunesi e A. leptozona (33%);

A. distincta e A. turpiniae (40%) e o terceiro agrupamento de A. serpentina com H.

seabrai (50%).

A-striata teve similaridade de 16% com as espécies A. distincta e A.

turpiniae. Este nó foi similar com 13% ao A. serpentina e H. seabrai Em seguida B.

carambolae foi similar em apenas 5% este grupo anterior, restando o último nó de '

apenas 3% que foi o agrupamento de A. antunesi e A. leptozona como citado.

Page 51: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Oiapoque

A Serra do Navio4 A

Pedra Branca do Amapari 4 Pracuúba A

Porto Grande

Laranjal do Jari A 4

Vitória do Jari 4 I - Santana AA A A A

A. turpiniae A A. distincta A 6. carambolae O

A. striata A A. serpentina A H. seabrai

A. leptozona A A. antunesi A

Figura 1 .I7 Distribuição geográfica das espécies de moscas-das-frutas (Diptera:

Tephritidae) por município do Estado do Amapá, coletadas no período de

Page 52: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

UPGMA

r l = . i : g o Z a

1 7 B. carambolae H. seabrai A. serpentina

Y A. stria ta A. distincta i A. turpiniae

Jaccard's Coeffcient - Data log(e) transformed

Figura 1.1 8 Dendograma representativo das espécies de moscas-das-frutas do

Estado do Amapá coletadas no periodo de agosto12001 a fevereirol2002, por

UPGMA e distância do Coeficiente de Jaccard (média).

Tabela 1.3. Análise de Cluster para os municípios do Estado do Amapá e espécies

de moscas-das-frutas coletadas no período de agosto12001 a fevereiro12002.

Municipio Espécies de moscasdas-frutas A. turpiniae A. distincta A.leptozona A.striata Aserpentina A.antunesi B.carambolae H. seabrai

IT i 1 i O O O O O

Page 53: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Análise de Agrupamento Nó

8 Variáveis x 16 casos 1 Dados transformados: Log(e) 2 UPGMA 3 Coeficiente de Jaccard 4

5 6 7

Grupo 1

A.serpentina A. turpiniae A. leptozona Nó 2 Nó 4 Nó 5 Nó 6

Grupo 2

H. seabrai A. distincta A. antunesi A. striata Nb I B. carambolae Nó 3

Similaridade Objetos no Grupo

2 2 2 3 5 6 8

I .4. CONCLUS~ES.

P No Estado do Amapá foram detectadas moscas-das-frutas das espécies A.

turpinae, A. distincta, A. leptozona, A. striata, A. serpentina, A. antunesi, B.

carambolae e H. seabrai.

> A. striata é a espécie que apresentou mais ampla distribuição no Estado.

> As fruteiras P. guajava, P. acutangulum, S. mombim, 1.edulis e A. carambola

foram os hospedeiros preferenciais de moscas-das-frutas no Estado do

Ama pá.

> B. carambolae, espkcie de importância quarentenária, continua restrita no

município ao Oiapoque.

> H. seabraifoi coletada em frutos de ingá e goiaba.

Page 54: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Medidas da Fauna das Moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae)

no Estado do Amapá.

RESUMO.

A análise faunística é uma ferramenta utilizada para entender as relações

entre as comunidades de moscas-das-frutas e estas com o ambiente, podendo

fornecer informações para o manejo dessas pragas. Por meio da coleta de frutos,

obtenção e identificação das moscas-das-frutas, além da similarização da

composição da fauna deste grupo é que objetivou-se conhecer as comunidades de

tefritídeos pelos cálculos dos indices das populações de mosca por município. A

frequência, abundância e constância foram apresentadas graficamente. Outras

informações para o conhecimento das moscas-das-frutas como a emergência,

viabilidade pupal, índice de infestação, densidade total de infestação e razão sexual

também foram avaliados. A maior emergência foi em Itaubal, em frutos de goiaba

98,33%. A viabilidade pupal teve o maior valor em Pracuúba (97,89%). Vários

municípios apresentaram 100% de nível de infestação dos frutos. O índice de

Infestação que se destacou dos demais locais de coleta foi 15,54%, em Serra do

Navio. A maior e menor densidade total (pupárioslkg) foram de 327,29 em goiaba e

0,69 em carambola, em Serra do Navio e Oiapoque, respectivamente. A razão

sexual teve em diversos locais os mesmos indices. A. sfríata é a espécie mais

importante por sua abundância, frequência e constância.

Page 55: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

ABSTRACT.

The faunistic analysis is an approach used to understand the

relationships between communities and environment, and it could supply information

for pest managernent. By fruit collection, obtaining and identification of the fruit flies,

besides the similation of the composition of the fauna of this group we aimed to know

the Tephritidae communities for the calculations by indexes of fiy populations for

municipal district. Frequency, abundance and constancy are presented graphically.

Other information for the knowiedge of fruit fiies like emergency, viability pupal,

infestation index, total density of infestation and sexual reason are also registered.

The largest emergency was in Itaubal, in fruits of guava 98,33%. The viability pupal

had the largest value in Pracuúba (97,89%). Severa1 municipal districts presented

100% of leve1 of infestation fruits. The index of infestation that stood out of the other

collection places was 15,54%, in Serra of Navio. The largest and smaller total density

(pupaekg) were of 327,29 in guava and 0,69 in star fniit, in Serra of Navio and

Oiapoque, respectively. The sexual reason had at severa1 places the same indexes.

A. sfriafa it is the most important species for its abundance, frequency and

constancy.

Page 56: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

2.1. INTRODUÇAO.

Quando as rnoscasdas-frutas tomaram-se uma preocupação agricola no

Brasil, os trabalhos se limitavam apenas aos registros de ocorrência. Posteriormente

passou-se a fazer a correlação entre as moscas e seus hospedeiros. A partir da

década de 1980, iniciaram-se as pesquisas sobre análise faunistica das moscas-

das-frutas em determinadas áreas. Atualmente as pesquisas sobre análise faunística

de moscas-das-frutas, mesmo a despeito de sua importância para o controle desta

praga, são escassas e se limitam aos trabalhos pioneiros, em algumas áreas do

Brasil.

Na Bahia, foi elaborada uma análise faunística das espécies de

Anastrepha, caracterizando as comunidades por meio de índices de frequência,

constância, abundância e dominância (Nascimento ef a/., 1983). Ainda neste

trabalho os autores discutem características ecológicas que podem influenciar o

comportamento das moscas.

No Estado de São Paulo, Arrigoni (1984) observou que das 14 espécies

de Tephritidae coletadas nos municípios de Piracicaba, Limeira e Jundiaí, C. capitafa

foi a predominante.

Nascimento (1990) fez uma análise faunística das espécies de

Anastrepha, procurando estabelecer a importância de A. obliqua em cinco

municípios de três estados brasileiros. Ele observou que os índices sugeriam um

comportamento diferente em cada local estudado. Caracterizou as comunidades

com os índices de frequência, constância e dominância, concluindo que A. obliqua,

importante praga da manga, não foi predominante em nenhum dos locais, já A.

Page 57: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

somrcula destacou-se sobre A. fraferculus e apareceram outras espécies

dominantes associadas a vegetação nativa da região.

No norte do Estado do Espírito Santo, importante produtor de mamão,

Martins ef al. (1996) calcularam os indices de diversidade, frequência e dominância

para as espécies de moscas-das-frutas coletadas com armadilhas, em três locais,

sendo C. capitata e A. fraterculus as principais espécies.

Em Porto Alegre, em amostragem de A. fraterculus de ambos os sexos e

do total, houve significância para os meses coletados e para a comunidade de

tefritideos (Garcia & Corseuil, 1998).

O primeiro trabalho desenvolvido para a região Norte do Brasil foi o de

Silva (1993), que por meio da coleta de frutos hospedeiros, wracterizou quatro

locais de dois municípios no Estado do Amazonas. As principais espécies foram A.

obligua, A. turpiniae, erroneamente citada como A. fraterculus e A. bahiensis, sendo

A. obligua a espécie predominante.

Com o objetivo de conhecer as medidas da fauna das moscas-das-frutas,

este capítulo apresenta aspectos da análise faunística das espécies nos municípios

do Estado do Amapá. -

2.2. MATERIAL E MÉTODOS.

Foram seguidos os mesmos procedimentos adotados no capítulo 1 para:

Descrição geral da área de coleta; Locais de coleta; Coleta de frutos; Tratamento

dos frutos no laboratório; Preparo dos pupários para emergência dos adultos;

Conservação dos insetos adultos e Identificação taxonômica das moscas-das-frutas.

Page 58: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

2.3. ANALISE DE DADOS

2.3.1. fndices das populações de moscasdas-frutas por município.

Foi empregada estatística descritiva através das avaliações comparativas b1 I i' L!

entre as relações (moscas x parasitóides x hospedeiro) dos municípios, por meio r , , 4' das seguintes fórmulas. ' I

h

Viabilidade Pupal (VP): é definida pelo número de moscas emergidas dividido pelo

número total de pupários coletados dos frutos, isto multiplicado por cem.

VP = no de moscas emerqidas x 100 no total de pupários

Emergência (E): é calculada dividindo-se o número de insetos emergidos pelo

número total de pupários, isto multiplicado por cem.

E = no de adultos emergidos x 100 no total de pupários

Nível de Infestação dos Frutos (NIF): é o resultado do número de frutos infestados

dividido pelo total de frutos, isto multiplicado por cem.

NIF = no de frutos infestados x 100 Total dos frutos

índice de Infestação (11): o número de pupários dividido pelo número total de frutos.

II = no de pupários no total de frutos

Page 59: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Densidade Total de Infestação (DT): é expresso pelo número de pupários dividido

pelo peso total de frutos. Foram seguidos os trabalhos de Bressan & Teles (1991) e

Silva (1993), que consideram hospedeiros principais de moscas-das-frutas, aqueles

com densidade de infestação acima de I00 pupárioslkg de fruto.

DT = no de puoários peso total de frutos

Razão Sexual (RS): é o resultado da divisão entre o número de fêmeas e o

somatório do número de fêmeas e machos, isto multiplicado por cem.

RS = no de fêmeas x 100 no de fêmeas + no de machos

2.3.2. Análise da Fauna dos municípios.

2.3.2.1. Caracterização da comunidade.

índice de Diversidade:

É a relação èntre o número de espécies e o número de indivíduos de

uma comunidade. Expressa a diversidade de espécies de um ecossistema. Este

índice será calculado pela fórmula proposta por Margalef em 1951 citada por Silveira

Neto et al. (1 976).

a - índice de diversidade. S - I S - número de taxa coletados.

a = In - logaritmo neperiano. In N N - número total de exemplares coletados na área amostrada.

Page 60: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Para o cálculo do índice de diversidade das moscas-das-frutas foi usado

somente o número de fêmeas, visto que pelos machos não pode-se chegar a

identificação especifica. Já para o índice de diversidade de parasitóides, foram

usados machos e fêmeas, pois neste grupo, pode-se chegar a espécie considerando

os exemplares de ambos os sexos.

A frequência, constância e abundância foram apresentadas graficamente.

A abundância absoluta é o número de indivíduos de uma espécie numa

área. A reiativa é definida pela razão entre a abundância absoluta de uma espécie e

o sornatório das abundâncias de todas as espécies presentes na mesma área

(Watanabe, 1 997).

Aa spl Aa - Abundância absoluta.

Ar= x 100 Ar - Abundância relativa.

Z Aa spl + Aa sp.2 ... sp - Espécie.

Para o cálcuIo. da constância, fez-se a porcentagem de localidades ou

amostras, onde é encontrada determinada espécie pelo número total das localidades

amostradas ou amostras (Watanabe, 1997).

A freqüência das espécies ocorrentes no Estado e nos municípios, foi

representada graficamente pelo número de ocorrências da espécie em relação ao

total de espécies analisadas, expresso em porcentagem (Watanabe, 1997).

Page 61: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

2.3.2.2. Delimitação das comunidades.

Para a delimitação, foram correlacionadas as espécies de moscas-das-

frutas com os municípios, a fim de se detectar a semelhança entre estes parâmetros,

usando-se as descrição da análise conforme o item 1.2.8.

2.4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.

2.4.1. índices das populações de mosca por município.

Todos os índices foram calculados isoladamente para cada município e

espécie de fruto. Os índices máximo e mínimo que se referem a amplitude daquele

determinado parâmetro para uma espécie de fruto em cada local, estão destacados .

enfocando para qual município houve este maior evento. Para um índice em que

houve o mesmo valor máximo ou mínimo, em dois ou mais municípios, não houve

destaque.

A tabela 2.1 enfoca os resultados, onde a maior emergência foi para os

frutos de goiaba provenientes de Itaubal 98,33%. A viabilidade pupal teve o maior

valor em Pracuúba (97,89%). Vários municípios apresentaram 100% de nível de

infestação dos frutos. O índice de infestação que se destacou dos demais locais de

coleta foi 15,54%, em Serra do Navio. A maior e menor densidade total (pupárioslkg)

foram de 327,29 em goiaba e 0,69 em carambola, em Serra do Navio e Oiapoque,

respectivamente. A razão sexual teve em diversos locais os mesmos índices.

A goiaba é o fruto hospedeiro mais citado e com os mais variados índices

de infestação por todo o Brasil (Zucchi, 2000b). Bressan & Teles (1 991) encontraram i

infestação de 55,3 pupárioslkg de goiaba, em Ribeirão Preto (SP). Canal Daza et a/.

(1998), encontraram infestações de até 116 larvaslkg, em Minas Gerais. No Pará,

Page 62: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

em 1994, foram verificadas infestações médias de 7 a 52%, passando, em 1995,

para 88% (Ohashi et ai., 1997). Na região de MossorólAssÚ a maior intensidade de

infestação, com índices médios, foi nos frutos de juá, cajarana e goiaba de 67; 32,3

e 32,l pupárioslkg, respectivamente (Araújo, 2002). Altos índices de infestação

como de 301,89 a 832,25 pupárioslkg O(eloso, 1997) e encontrando 572,51

pupárioslkg (Silva, 1993) são sempre citados em diversas regiões do Brasil. índices

baixos, como 6,5 e 3 pupárioslkg foram encontrados em taperebá e goiaba no

Amazonas respectivamente (Ronchi-Teles, 2000).

Os índices médios para o Estado do Amapá foram: emergência 60,11%,

viabilidade pupal foi de 54,12%, nível de infestação de frutos 76,73%, índice de

infestação de 3,29 (pupárioslfruto), densidade total 61,74 (pupárioslkg), razão sexual

de 50,03 e percentual de parasitismo de 4,21%.

Vários autores detectam infestação de C. capitata em diversas espécies

de frutos, porém esta espécie de mosca não ocorreu nas coletas no Estado do

Amapá.

Page 63: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Tabela 2.1. índices (Emergéncia [E], Viabilidade Pupal D/P], Nivel de Infestaçilo dos Frutos [NIF], rndice de Infestação [II], Densidade Total [DT], Razão sexual [RS] e Percentual de Parasitismo [PP]) das populações de moscas e parasitóides por município, em coletas realizadas no período de agosto/2001 a fevereiro/2002, no Estado do Amapá.

Peso No Total de Total Total Total Total de

Mun. Hosp. Quant. de de de de Adultos E" VP" NIF" II DT RS PP" Frutos Pupas Moscas Parasit. Emergidos - Frutos* Infestados

IT Goiaba 37 1,574 37 130 86 2 88 67,69 66,15 100,OO 3,51 82,60 60,47 1,54 CU Goiaba 58 2,970 58 120 115 3 118 98,33 95,83 100,OO 2,07 40,40 51,30 2,50 CU Laranja 7 1,238 2 2 O 1 1 50,OO 0,OO 28,57 0,29 1,62 0,OO 50,OO FG Goiaba 17 1,350 17 48 38 2 40 83,33 79,17 100,OO 2,82 35,56 42,1 4,17 PG Goiaba 78 5,650 78 252 184 8 192 76,14 73,OI 100,OO 3,23 44,60 55,43 3,17 PG Abiu 13 0,377 5 6 2 O 2 33,33 33,33 38,46 0,46 15,92 100,OO 0,OO PB Taperebá 25 0,336 4 8 2 O 2 25,OO 25,OO 16,OO 0,32 23,83 100,OO 0,OO SN Goiaba 13 0,617 13 202 164 8 172 85,15 81 ,I9 100,OO 15,54 327,39 50,OO 3,96 MZ Goiaba 40 3,638 40 7 1 42 4 46 64,79 59,15 100,OO 1,78 19,52 52,38 5,63 LJ Goiaba 15 1,168 15 1 42 80 O 80 56,34 56,34 100,OO 9,47 121,58 46,25 0,OO VJ Goiaba 17 1,522 16 77 63 2 65 84,42 81,82 94,12 4,53 50,59 53,97 2,60 SA Goiaba 27 1,789 2 1 51 46 O 46 90,20 90,20 77,78 1,89 28,51 54,35 0,OO MC Goiaba 80 2,610 59 183 94 O 94 51,37 25,14 73,75 2,29 70,11 58,70 0,OO MC Araçá Pêra 30 1,564 30 117 95 9 104 88,89 91 $20 100,OO 3,90 74,83 54,74 7,69 01 Taperebá 46 0,422 3 3 O O O 0,OO 0,OO 6,52 0,OO 7,10 0,OO 0,OO 01 Carambola 60 4,325 3 3 O O O 0,OO 0,OO 5,OO 0,OO 0,69 0,OO 0,OO 01 Carambola 46 2,500 9 3 1 18 O 18 58,06 58,06 19,57 0,67 12,40 77,78 0,OO 01 Taperebá 60 0,743 60 232 116 46 162 69,83 50,OO 100,OO 3,87 312,25 45,69 19,83 01 Goiaba 60 4,234 55 280 121 13 134 47,86 43,21 91,67 4,67 66,13 55,37 4,64 CA Goiaba 9 0,680 9 4 1 36 1 37 90,24 87,80 100,OO 4,56 60,33 44,44 2,44 CA Ingá 10 1,133 10 95 93 O 93 97,89 97,89 100,OO 9,50 83,84 46,24 0,OO TA Goiaba 28 1,165 24 45 32 O 32 71,lI 71,11 85,71 1,61 38,62 43,75 0,OO PR Ingá 2 0,515 2 6 2 O 2 33,33 33,33 100,OO 3,OO 11,65 50,OO 0,OO PR Goiaba 1 0,047 1 1 O O O 0,OO 0,OO 100,OO 1,OO 21,23 0,OO 0,OO AP Ing4 8 1,614 5 1 O 6 O 6 60,OO 30,OO 62,50 1,25 6,20 100,OO 0,OO AP Goiaba 22 1,525 21 73 57 1 58 79,45 78,08 95,45 3,32 47,86 57,89 1,37 Total 809 45,305 597 2229 1492 100 1592 60,11 54,12 76,?3 3,29 61,74 50,03 4,21 * Peso em quilograma da amostra do fruto coletado. " (%)

Page 64: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

2.4.2. Análise das medidas da fauna dos municípios.

2.4.2.1. Caracterização da comunidade.

índice de Diversidade (a).

Foram calculados os índices de diversidade, em âmbito estadual, tanto de

moscas-das-frutas (a,) como para os parasitóides (a,) coletados neste estudo. Os

índices encontrados para o Estado, pela formula de Margalef, são: a, = 1 ,O5 e a, = 0,43

(Tabela 2.2). O índice de diversidade para parasitóides está sendo calculado pela

primeira vez em trabalho realizado na Amazônia.

Em outras regiões do Brasil este índice para moscas, também foi calculado,

como em dois locais no Estado de Goiás: Chácara São Domingos e na Escola de

Agronomia-UFG, com a, = 1,5 e 0,88 respectivamente (Veloso, 1997). Em Minas

Gerais foi encontrado a, = 2,26 e 1,19 (Canal Daza et a/., 1998). Também em cinco

municipios do Recôncavo Baiano foram encontrados os seguintes índices para moscas-

das-frutas: 1,88; 1,74; 1,80; 0,96 e 1,18 (Nascimento,l980). No Estado de Mato Grosso

do Sul, nas localidades de Terenos e Anastácio os valores de a, foram 3,19 e 3,21,

respectivamente (Uchôa-Fernandes, 1999). Em oito municípios do Estado do

Amazonas, foram calculados diversos índices incluindo o de Margalef obtendo maior

valor em Careiro, com 2,48 e menor em Itacoatiara, 1,23 (Ronchi-Teles, 2000).

Segundo Silveira Neto et a/. (1976), os indices de diversidade tendem a ser

baixos em locais onde fatores lirnitantes e a competição intraespecífica atuam

intensamente, e as espécies mais comuns aumentam suas populações e as raras ficam

em baixo nível populacional.

Page 65: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Tabela 2.2 Indices de diversidade (a) das moscasdas-frutas e parasitóides no Estado

do Amapá, em frutos coletados no período de agostoí2001 a fevereiro/2002.

S N a Moscasdas-frutas 8 780 1,051 1 Parasitóides 3 I00 0,4342 S - Número de espécies. N - Número de indivíduos.

Abundância

A. sfriata e A. antunesi foram as espécies com maior e menor abundância

relativa no Estado do Arnapá respectivamente, 71,31% e 0,13 % vabela 2.3.). Mesmo

B. carambolae sendo uma espécie aitamente agressiva teve uma abundância de 1,34.

Tabela 2.3. Abundância absoluta e relativa das espécies de moscasdas-frutas

(fêmeas) criadas de frutos, coletados no período de agosto/2001 a fevereiro12002 no

Estado do Amapá.

Espécie Número de moscas (fêmea) % A. striata 536 68.71 A. turpiniae A. distinsta '

A. leptozona B. carambolae H. seabrai A. serpentina A. antunesi Total 780 I OO~OO

As figuras 2.1 A - G; 2.2 H - M e 2.3 N - U, exibem a abundância relativa

das espécies de rnoscasdas-frutas nos hospedeiros coletados em cada município.

Page 66: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

A - IT Goiaba (n=52) B - CU Goiaba (n=58) C - FG Goiaba (n=16)

D - PG Goiaba (n=106) E - PG Abiu (n=2) F - PB Taperebá (n=2)

G - SN Goiaba (n=82)

Figura 2.1. A-G. Abundância de moscas-das-frutas por cultura em coletas

realizadas no período de agosto12001 a fevereirol2002, nos municípios do bloco

I no Estado do Amapá (n = numero de moscas-das-frutas).

Page 67: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

H - MZ Goiaba (n=21: I - LJ Goiaba (n=37) J - VJ Goiaba (n=34)

k - SA Goiaba (n=24) L - MC Goiaba (n=57) M - MC Araçápéra (n=52)

Figura 2.2. A-F. Abundância de moscasdasfrutas por cuitura em coletas

realizadas no período de agosto/2001 a fevereiro/2002, nos municípios do bloco

2 no Estado do Arnapá (n = número de moscasdas-frutas).

Constância

A espécie mais constante foi A. stnata, que ocorreu em 14 dos 16

municípios do Estado (Figura 2.4). Esta espécie apresentou uma constância de 87, 5%

em relação as outras. A. antunesi, A. serpentina e B. cammbolae foram as moscas

menos constante (6,25%), ocorrendo em um único município cada: Santana, Porto

Grande e Oiapoque, respectivamente (Figura 2.4).

Page 68: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

N - OI Carambola (n=18) O - OI Taperebá (n=53) P - OI Goiaba (n=67)

Q - CA lngá (n=43) R - TA Goiaba (n=14)

S - PR Ingá (n=01) T - AP lngá (n=03) U - AP Goiaba (n=33)

Figura 2.3. A-H. Abundância de moscas-das-frutas por cultura em coletas

I I [I j.l I':

realizadas no período de agosto/2001 a fevereirol2002, nos municípios do bloco

3 no Estado do Amapá (n = numero de moscas-das-frutas). 1 : ,i

SI

Page 69: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

B S 2 (O i? a a o> p C

O g .i? .i? 9 e S .,c O 2 s s o) e 2 5' is" a s Q e T- 2 o)

s a T- T- e o) * s" 2 T- 43. m Constância

Espécies de moscas-das-frutas -e%

Figura 2.4. Relação da constância absoluta e relativa das ocorrências de moscas-das-

frutas coletadas no período de agosto12001 a fevereiro de 2002 no Estado do Amapá.

Freqüência

Das espécies coletadas, A. striata e A. turpiniae foram espécies super

frequentes e A. antunesi foi pouco frequente (Tabela 2.4).

Page 70: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Tabela 2.4. Freqüência das espécies de moscasdas-frutas amostradas em

hospedeiros coletados no período de agosto/2001 a fevereiro/2002 no estado do

Espécie Freqüência A. antunesi PF A. distincta A. leptozona A. serpentina A. striata A. turpiniae B. catambolae H. seabrai F

2.4.2.2. Delimitação das comunidades.

A partir da Tabela 1.3. foi formada a Figura 2.5, e esta delimitou as moscas

agrupando-as em "nós" junto aos municípios.

0 s municípios de PR, TA, CA, MC, LJ, MZ, SN, PB e CU apresentaram

100% de similaridade. A segunda maior similaridade foi entre PG e AP com 75%, em

terceiro lugar vieram os agrupamentos de VJ com IT e PG com AP que similarizaram-se

em 50%, respectivamente. O município de 01 agrupou-se a AP e PG em 45%, que por

sua vez, a 32% juntou-se a VJ e IT. Os dois últimos nós foram de 24 e 3%,

respectivamente.

Page 71: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

UPGMA

Jaccard's Coefficient - Data log(e) transformed

Figura 2.5. Dendograma representativo da delimitação das comunidades pelos

municípios através da análise de Cluster em função da presença e ausência de pupas

de moscas-das-frutas, obtidas de hospedeiros amostrados no período de agosto12001 a

fevereirol2002.

Análise de Agrupamento ' Nó

8 Variáveis x 16 casos 1 Dados transformados: Log(e) 2 UPGMA 3 Coeficiente de Jaccard 4

5 6 7 8 9 1 o 11 12 13 14 15

Grupo 1 Grupo 2 Objetos Similaridade no Grupo

Page 72: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

2.5. CONCLUS~ES.

P- O índice de diversidade de moscasdas-frutas para o Estado do Amapá foi C(m=

1 ,O5 e o de parasitóides a,= 0,43.

> A. striata é a espécie mais importante, por sua abundância, freqüência e

constância, para a fruticultura amapaense.

9 Serra do Navio é o município com maior índice de infestação e densidade total

de infestação.

Page 73: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

CAP~TULO 3

Parasitóides (Hymenoptera: Braconidae) de

moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) no Estado do Amapá.

RESUMO.

Os parasitóides da família Braconidae (Hymenoptera) são os principais

agentes de controle biológico das moscasdas-frutas (Diptera: Tephritidae), que são

consideradas em nível mundial, um dos principais grupos de pragas da fruticultura.

Conhecimentos básicos como: diversidade de espécies nativas, percentual de

parasitismo, associação com as espécies de moscas-das-frutas, distribuição

geográfica, densidade e dinâmica populacional são essenciais para o sucesso de

programas de controle. Existem alguns trabalhos publicados sobre o assunto, mas

na Amazônia as informações são insipientes. O presente trabalho tem como objetivo

incrementar o conhecimento sobre as moscas-das-frutas e seus parasitóides no

Estado do Amapá, Brasil. Foram coletados, no período de agosto de 2001 a

fevereiro de 2002, frutos potencialmente hospedeiros de moscas-das-frutas nos 16

municípios do Estado do Amapá. Quinze espécies de frutos foram amostradas.

Foram obtidos 2.229 pupários de moscas-das-frutas, de onde emergiram 1.492

moscas e I00 parasitóides. 0 s gêneros Anasfrepha Schiner, Bacfmcera Macquart e

Hexachaefa Loew foram identificadas. As espécies de parasitóides emergidos foram

das espécies Dorycfobracon areolafus (Szépligeti), Ufefes anastrephae (Viereck) e

Opius bellus (Gahan) todos Braconidae: Opiinae. A espécie que apresentou maior

distribuição geográfica dentro do Estado foi D. areolatus. Os maiores índice de

parasitismo foram alcançados por D. areolatus em laranja no município de Cutias,

Page 74: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

I

I

seguido por U. anastrephae em taperebá, no município de Oiapoque. O. areolafus foi I

associado a A. sfriafa em goiaba.

ABSTRACT.

The parasitoids of the family Braconidae (Hymenoptera) are the main I I

f , ' , : I

biological control agents of fruit flies (Diptera: Tephritidae). These Diptera are ,i:** considered as a worldwide main pests for agriculture. Basic knowledges as native * I

species diversity, parasitism percentage, fruit flies association, geographical 1 li' distribution, population and dynarnic density are essential information for the success &I,! of control. There are some works published on this subject, but for Arnazonian region

the information are incipient. The present work has as objective to increase the

knowledge on the fruit flies and their parasitoids in the state of Amapá, Brazil. It were

coHected fruits considered potentially hosts, from August/2001 to Februaryí2002, in f ' ~

the 16 counties of State of Amapá. A survey of fifteen fruits species were made. We t

f I

obtained 2229 fniit fies pupae, from where 1415 flies and 100 parasitoids emerged. I

! 4 ' 5 '

bl n

The genera Anastrepha Schiner, Bactmcera Macquart and Hexachaeta Loew were

identified. The parasitoids Braconidae: Opiinae were Dorycfobracon areolafus

(Szépligeti), Utetes anastrephae (Viereck) and Opius bellus (Gahan). The species

county, followed by U. anastrephae in taperebá (Spondias mombim) in the 1 11 municipolity of Oiapoque. D. areolatus was associated with the parasitism of A.

lu/ i:/

F 1 1

i/ I I that presented larger geographical distribution in the state Amapá was O. areolatus.

The largest index of parasitisrn was registred by D. areolatus in orange, in Cutias

striata in guava fruits.

t

I

I

I I'

1.1

Page 75: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

3.1. INTRODUÇAO.

Para o controle das moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae), além dos

inseticidas, tem sido adotado, em muitos países, o controle biológico: uma prática

mais saudável.

A implementação de táticas de controle biológico como parte importante

do manejo integrado de pragas ainda carece de vários estudos em condições de

campo (Cruz, 2002).

No mundo, a pesquisa e utilização de parasitóides como inimigos de

moscasdas-frutas começou no século XX, quando a ilha do Havaí foi invadida por

Ceratitis capifata (Carvalho et ai. , 2000).

As famílias Braconidae, Chalcididae, Diapriidae, Eulophidae, Pteromalidae

e Figitidae já foram registradas no mundo como parasitóides de moscas-das-frutas

(Clausen, 1956; Wharton & Gilstrap, 1983, Carvalho et ai., 2000 e Ovruski e f ai.,

Braconidae, pertencente a superfamília Icheneurnonoidea, é uma das

maiores dentro da ordem Hymenoptera. A maioria das espécies de Braconidae é

parasitóide de outros insetos, principalmente de larvas de Lepidoptera, Coleoptera e

Diptera vharton, 1997) e podem ser ecto ou endoparasitas (Parra et al., 2002).

As subfamílias Opiinae e Alysiinae (Braconidae) formam um grupo

monofilético carcterizado pelo seu desenvolvimento como endoparasitóides

coinobiontes, sendo que a fêmea oviposita dentro dos ovos ou larvas do seu

hospedeiro, principalmente Diptera Cyclorrhapha, os quais permanecem vivos até a

fase de pupa para que o parasitóide complete o seu desenvolvimento (Wharton,

1993; 1997).

Page 76: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios
Page 77: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

60

Um dos primeiros trabalhos reportando o gênero Opius como parasitóide

de moscas-das-frutas nas Américas, incluiu a descrição de novas espécies e

apresentava como uma chave de identificação (Costa Lima, 1937 a,b e 1938).

Em São Paulo foram relacionadas três espécies de Opiinae a seus

hospedeiros (Arrigoni, 1984).

Na Bahia foi estudado o parasitismo de D. areolatus, sobre Anastrepha

1 spp. (Nascimento et a/. , 1984).

Em várias localidades brasileiras foram coletadas espécies de

braconídeos (uma de Alysiinae e cinco de Opiinae), além de parasitóides de

Cynipidae e Diapriidae, sendo a maioria de Opiinae (Leonel Jr., 1991). 1 * /

Na região amazônica, Silva (1993) coletou 2.631 parasitóides emergidos

de 38.878 pupários de Tephritidae, a partir de 431,899 kg de frutos hospedeiros. I I Canal Daza (1993) encontrou Opiinae (D. areolatus, 0. bellus, Opius sp. e U.

anastrephae) e Alysiniinae (Phaenocarpa anastrephae Muesebeck, 1958). Ronchi-

Teles (2000), encontrou as mesmas espécies referidas por Canal-Daza (1993), 1 II

Informações essenciais para ações de controle biológico, como a

diversidade de espécies de parasitóide nativas, quais são as espécies de

parasitóides que atacam as de moscas-das-frutas e sua distribuição são os objetivos

deste trabalho.

i, ,, porém acrescentando a estas D. brasiliensis (Szépligeti, 1911). Espécies de

Braconidae e Figitidae foram encontradas em Manaus-AM (Guimarães e Silva,

2002).

I

'

/i

Page 78: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

3.2. MATERIAL E METODOS.

3.2.1. Descrição e localização do Estado.

A descrição do Estado do Amapá, consta no capítulo 1, item 1.2.1.

3.2.2. Locais de coleta.

Os critérios para escolha dos locais de coleta estão descritos no capítulo

1, item 1.2.2.

3.2.3. Coleta de frutos.

Para as coletas foram seguidos os mesmos procedimentos descritos no

capítulo I, item 1.2.3.

3.2.4. Tratamento dos frutos no laboratório.

O manejo dos frutos no laboratório para a obtenção dos parasitóides foi o

mesmo descrito no capítulo 1, item1.2.4.

3.2.5. Preparo dos pupários para emergência dos adultos.

Os cuidados para a emergência dos adultos estão detalhados no capitulo

1, item 1.2.5.

3.2.6. Identificação taxonômica dos parasitóides.

A identificação especifica dos parasitóides, foi realizada com base nos

insetos adultos.

Page 79: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Para identificar as espécies de parasitóides, foram feitas observações em

um microscópio estereoscópio com aumento de 40 X, de caracteres como

mandíbulas, nervuras das asas, propódeo e tíbias posteriores, que por sua vez

foram comparadas com chaves taxon6micas proposta por Leonel Jr. (1991), Canal-

Daza et aí.' (1994) e Canal Daza & Zucchi (2000).

Espécimes voucher estão depositados na Coleção de Invertebrados do

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e na coleção Entornológica do

Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (IEPA).

3.2.7. Associação de parasitóides x mosca-das-frutas x fruto.

Para fazer uma associação mais confiavel só se fez esta relação

(parasitóides X mosca-das-frutas) quando somente uma espécie de mosca e de

parasitóide emergiram a partir de cada amostra de frutos.

3.2.8. Percentual de parasitismo.

PP = no de parasitóides emergidos x 100 no de pupários de moscas coletados

3.3. RESULTADOS E DISCUSSÃO.

3.3.1. Espécies de Braconidae.

Foram coletados frutos de 15 espécies vegetais (Tabela 1 .I .), nos 16

municípios. Em quatro espécies vegetais, P. guajava, P. acufangulum, Cifnrs sp. e

S. rnornbim (Tabela 3.1) houve a recuperação de larvas parasitadas.

Page 80: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios
Page 81: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

3.2). Para estas duas espécies, Aguiar-Menezes (2000), encontrou em Seropédica-

RJ, 61,8 e 8,7%, respectivamente. A abundância de D. areolatus foi também

detectada por Aguiar-Menezes et al. (1 992); Aguiar-Menezes & Menezes (1 997);

Arrigoni (1984); Nascimento et al. (1984); Penteado-Dias (1987); Canal Daza et al.

(1994); Leonel Jr. et a/., (1995, 1996); Matrangolo et a/. (1998) e Ronchi-Teles

(2000), em diversas partes do Brasil.

Figura 3.1. Freqüência das espécies de Braconidae parasitando larvas de moscas- 1 I

das-frutas em frutos amostrados no período de agosto12001 a fevereiro12002 no

Estado do Amapá. I

Outros autores também encontraram Braconidae representando a

maioria dos parasitóide de moscas-das-frutas (Canal Daza et a/., 1994; Leonel Jr. et I I f a/., 1998 e Araújo, 2002). I I

Page 82: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios
Page 83: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Todas as espécies deste gênero são provavelmente parasitóides de

moscas-das-frutas. A separação específica, através de caracteres morfológicos, é

difícil por falta de estudos detalhados, mas a identificação em alguns casos é feita

pela diferença de coloração (Wharton & Marsh, 1978).

Doryctobracon é caracterizado pelo bordo anterior do clípeo sinuoso;

ausência de carena occipital; carena dorsal entre o pronoto e o mesonoto bem

desenvolvida; segunda célula cubital curta; nervura recorrente unindo-se a primeira

célula cubital e pós-nervelo desenvolvido.

Doryctobracon areolatus (Szépligeti, 191 1 )

Biosteres areolatus Szépligeti, 191 1

Opius cereus Gahan, 1919

Opius saopaulensis Fischer, 1961

Doryctobracon areolatus (Szépligeti, 191 1 ) Wharton & Marsh, 1978.

Coloração geral vermelho-amarelada. Antenas, ápice das mandibulas,

olhos, triângulo ocelar, tégula, metade dista1 da tíbia posterior, tarsos, bainhas do

ovipositor e dorso do abdome enegrecidos. Clípeo com a margem anterior

ligeiramente sinuosa e com espaço entre este e as mandíbulas quando fechadas.

Asas hialinas com nervuras e estigma escurecidos. Fêmures, tíbias anteriores e

medianas amareladas e propódeo areolado.

Gênero Opius Wesmael, 1835

Complexo, inclui grande número de grupos morfológicos e apresenta 21

sinonímias. As espécies do Novo Mundo são parasitóides de Tephritidae e são

caracterizados pela ausência de pós-nervelo (Wharton & Marsh, 1978).

Page 84: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Opius bellus Gahan , 1 930

Opius gomesi Lima, I 938

Opius turicai Blanchard, 1966

Espécie vermelho-amarelada. Antenas, triângulo ocefar, olhos,

extremidade das mandíbulas, metade posterior da tégula e bainhas do ovipositor

I pretas; tíbias posteriores enegrecidas na base e no ápice; tarsos apicais pretos.

Margem anterior do clípeo sinuosa e sem espaço entre o clípeo e as mandíbulas

quando fechadas. Asas esfumawdas com nervuras escurecidas; nervura recorrente

unindo-se à primeira célula cubital; segundo segmento radial mais comprido que o

primeiro intercubital; terceiro segmento discoidai ausente; ausência de pós-nervelo.

Propódeo com carena longitudinal mediana, que se bifurca posteriormente.

Gênero ütetes Foerster, 1862

Wharton (1989) definiu este gênero por possuir margem da carena

hipostomal bem desenvolvida; sulco malar ausente; pronoto com uma depressão;

estigma em forma de cunha com a inserção da RI levemente deslocada do meio a

base; segunda célula cubital alargada e ausência de pós-nervelo. Dividiu ainda este

em dois subgêneros: Bracanastrepha e Utefes, sendo o primeiro caracterizado pela

ausência de carena occipital.

ütetes (Bracanastrepha) anastrephae (Viereck, 191 3)

Opius (Utetes) anastrephae Viereck, 191 3

Opius anastrephae Wereck) Gahan, 191 5

Bracanastrepha argentina Brethés, 1924

Opius mombimpraeopfantis Fischer, 1966

Page 85: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Opius (Bracanasfrepha) anasfrephae (Viereck) Fischer, 1972

Bracanastrepha anastrephae (líiereck) Fischer, 1977

Utefes (Bracanastrepha) anasfrephae (Mereck) Wharton, 1989

Coloração geral vermelho-amarelada. Antenas e ocelos nas

extremidades dista1 das mandíbulas, tarsos apicais do primeiro e segundo pares de

pernas e bainha do ovipositor pretos. Margem anterior do clípeo côncavo,

apresentando espaço entre este e as mandíbulas quando fechadas. Asas hialinas

com nervuras pretas; segunda nervura radial mais longa do que a primeira

intercubital; nervura recorrente alcançando a segunda célula cubital; ausência de

pós-nervelo. Propódeo areolado anteriormente.

3.3.2. Distribuição geográfica das espécies.

O parasitóide D. areolafus foi a espécie que apresentou mais ampla

distribuição dentre as coletadas (Figura 3.2). Esta espécie é um dos parasitóides de

tefritídeos mais comuns e amplamente distribuídos, ocorrendo desde a Argentina até

o sul do Estados Unidos (Wharton & Marsh, 1978; Wharton & Gilstrap, 1983;

Hemández-Ortiz et al., 1994 e López ef al., 1999) e é considerado o mais agressivo

dos inimigos naturais das moscas-das-frutas (Carvalho ef aí., 2000).

Para a região amazônica, D. areolafus foi registrado como a espécie de

maior distribuição para os estados do Amazonas e Roraima (Ronchi-Teles, 2000).

U. anastrephae foi a espécie com menor abundância, tendo somente três

exemplares, correspondendo a 3% do total de indivíduos emergidos (Figura 3.2.)

O município do Oiapoque foi de onde obteve-se o maior número de

parasitóides (Figura 3.3).

Page 86: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Utetes anastrephae

3%

44% 53%

Opius bellus Doryctrobracon areolatus

Figura 3.2. Percentagem das espécies de Braconidae, parasitóides de moscas-das-

frutas, coletados no período de agosto12001 a fevereiro12002 no Estado do Amapá.

i!! Itaubal Cutias

O Ferreira gomes 5

9 O Porto Grande IiU Serra do Navio O Mazagão HVitória do Jai O Macapá IU Oiapoque H Amapá

Figura 3.3. Quantidade de espécimes de parasitóides atacando larvas de moscas- 11 111

"li das-frutas coletadas nos municípios do Estado do Amapá em amostragens k i

realizadas no período de agosto12001 a fevereirol2002. i

Page 87: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Oiapoque II

Cutias

Itau bal

Doryctobracom areolatus ip

Utetes anastrephae

Opius bellus

Figura 3.4. Distribuição geográfica das espécies de parasitóides da família

Braconidae (Hymenoptera), encontrados em larvas de tefritídeos em frutos

amostrados nos 16 municípios do Estado do Amapá, em coletas realizadas no

período de agosto12001 a fevereiro12002. .

Page 88: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

3.3.3. Associação de parasitóides x mosca-das-frutas x fruto.

Das 15 especies de frutas amostradas, nos 16 municipios, pôde-se fazer

uma associação que se repetiu em quatro municípios: O braconídeo D. areolatus foi

obtido de pupários de A. striata em frutos de goiaba nos municipios de Cutias, Serra

do Navio, Mazagão e Oiapoque (Tabela 3.3).

Tabela 3.3. Associação entre parasitóides, fruto e moscas-das-frutas em municípios

do Estado do Amapá, de coletas realizadas no período de agosto12001 a

fevereirol2002.

Município Parasitóides Fruto Mosca-das-frutas CU, SN, MZ, 01 D. areolatus goiaba A. striata

O1 D. areolatus taperebá A. turpiniae U. anastrephae 0. bellus

Em MossorólAssú (Araújo, 2002) encontrou a associação deste

parasitóide com pupas de A. obliqua, A. zenildae e C. capitata. Outros autores

encontraram associações semelhantes em locais como Limeira e Piracicaba (SP)

(Leonel Jr. et a/., 1996) e em Itaguai (RJ) (Aguiar-Menezes & Menezes, 1997).

Constataram que os Braconidae são generalistas por parasitarem várias espécies de

Anastrepha e C. capitata, em diversas plantas hospedeiras (Hernández-Ortiz, 1994;

Leonel Jr. et al., 1995; Leonel Jr. et a/., 1996; López et a/. , 1999; Souza Filho, 1999 e

Canal Daza & Zucchi, 2000).

Trabalhos sobre interações tróficas de parasitóide x mosca x hospedeiro

são raras, bem como sobre as relações que co-evoluíram ao longo da existência das

espécies. Canal-Daza et al. (1994), verificou braconideos atacando larva de A.

Page 89: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

obliqua em S. mombim no Estado do Amazonas. Em São Paulo, Souza Filho (1 999)

associou o parasitóide Asobara anasfrephae x A. obliqua x carambola além de

relatar também este A. anastrephae x C. capifata x Terminalia catappa

3.3.4. Percentual de parasitismo por município.

A razão sexual dos 100 espécimes de Braconidae emergidos (40 machos

x 60 fêmeas) no Estado do Arnapá foi 0,6 machos para uma fêmea.

Dos índices de parasitismo calculados para cada município do Amapá

(Tabela 3.4), o maior ocorreu no município de Cutias, em fruto de laranja, com a

espécie D. areolafus (50 %). O parasitismo em laranja foi de 50 %, porkm somente

foram coletados dois pupários (Tabela 3.4) sendo, dessa forma, desconsiderado

nesta análise. Seguindo-se de Opius bellus em taperebá (19,83 %) em Oiapoque.

Os parasitóides foram obtidos em maior número em frutos atacados por

moscas-das-frutas e que apresentam pericarpo fino e mesocarpo raso, tais como

taperebá (S. mombim) e mapati (Pourouma cecmpiaefolia Mart.) (Canal Daza,

1993).

O gênero Psidium foi o mais amplamente coletado e apresentou uma

variação de parasitismo entre 139 e 7,69%.

Page 90: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios
Page 91: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

ai., 1997); pois quanto mais adaptado o parasitóide estiver ao fruto, mais facilmente

encontra a larva hospedeira.

Malavasi & Morgante (1980) também citam que vArios fatores

determinam os niveis de infestação em cada hospedeiro. Entre eles, podem se

destacar a densidade populacional e as características do fruto susceptível ou não a

oviposição e desenvolvimento das larvas.

3.4. CONCLUS~ES.

> No Estado do Amapá foram recuperadas as espécies D. areolafus, 0. bellus e

U-anastrephae atacando larvas de moscas-das-frutas.

> D. areolatus está amplamente distribuído de norte a sul do Estado, sendo

neste sentido, a espécie predominante.

P A distribuição de 0. bellus ficou restrita ao norte do Estado, no município de

Oiapoque.

> É possível prever a associação entre D. areolatus x A. sfflafa x goiaba.

> O maior indice de parasitismo de D. areolafus, U. anastrephae e 0. bellus, foi

evidenciado em taperebá (S. mombim), no município do Oiapoque.

Page 92: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Ag uiar-Menezes, E. L. 2000. Aspectos ecológicos de populações de parasitóides

Braconidae (Hymenoptem) de Anastrotpha spp. Schiner, 1868 (Diptera:

Tephritidae) no municipio de Seropédica, RJ. Rio de Janeiro. Tese de Doutorado

- Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. 133 p.

Aguiar-Menezes, E.L. & Menezes, E.B. 1996. Fiutuação populacional das moscas-

das-frutas e sua relação com a disponibilidade hospedeira em itaguaí, RJ.

An. Soc. Ent Bras., 25(2):223-232.

Aguiar-Mt3n~~eS~ €.L. & Menezes, E.B. 1997. Natural oairence of parasitoid of

Anastrepha spp. Schiner, 1868 (Diptera: Tephritidae) in different host plants, in

Itaguai (RJ), Brazil. Biof- Conáol, 8: 1-1 6.

Aguiar-Menezes, E.L.; Leonel Jr., F.L.; Menezes, E.B. & Zucchi, R.A. 1992. Natural

enemies of fruit fly Anasfrepha spp. on different host in the Itaguai country, state

of Rio de Janeiro, Brazil. ln: Meefing Of The Working Group On Fruit Of The

bVestern Hemisphere, 1, San Jose, Costa Rica.

Aliniaze, N.T. 1985. Opiinae parasitoids (Hymenoptera: Braconidae) of Rhagoletis

pomonella and R. zephyna (Diptera: Tephritidae) in the Willamete Valley, Oregon.

Can. Entomol., Ottawa, 1 17(2): 164-6.

Aluja, M. 1994. Bionomics and management of Anasfrepha. An. Rev. Entomol. 39: 155-

178.

Aluja, M. 1999. A pesquisa com moscasdas-frutas (Diptera: Tephritidae) na América

Latina: mitos, realidades e perspectivas. An. Soc. Enf. Brasil, 28(4) 565-594.

Page 93: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Aluja, M.; Cabrera, M.; Rios, E.; Guillén, J.; Celedonio-Hurtado, H.; Hendrichs, J. &

Liedo, P. 1987. A survey of the economically important fruii flies (Diptera:

Tephritidae) present in Chiapas and a few other fruit growing regions in Mexico. Fia.

Entomologist, 70: 320-329.

Araújo, E.L. de. 2002. Díptems Frugívoms (Tephrífídae e Lanchaeidae) na ggião de

Mossoró/Assu, Estado do Rio Grande do Norte. Piracicaba, São Paulo. Tese de

Doutorado - Escola Superior de Agriaiitura "Luiz de Queirof. Universidade de

São Paulo. I t 2 p.

Araújo, E.L. de; Zucchi, R.A. & Canal Daza, N.A. 1996. Caracterização e ocorrência

de Anastrepha zenildae Zucchi (Diptera: Tephritidae) e seus parasitóides

(Hymenoptera: Braconidae) numa nova planta hospedeira, no Rio Grande do

Norte. An. Soc. Ent. Brasil, 25(1): 1 47-1 50.

Araújo, E.L. de; Batista, J.L. & Zucchi, R.A. 2000. Paraíba. P. 227-2228. ln:

idalavasi, A. & R. A. Zucchi (Eds.), Moscas-das-fnrtas de importância econ6rnica

no Brasil. Conhecime'nto básico e aplicado. Hoios-FAPESP, Ribeirão Preto.

327p.

Arrigoni, E. B. 1 984. Dinâmica Populacianal de moscas-úas-Mas (Diptera:

Tephritidae) em três regiões do Estado de São Paulo. Piracicaba. Tese de

Doutorado, 166 p. Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queirof, Universidade

de São Paulo.

Bateman, M.A. 1972. The ecology of fruit fly. An. Rev. Entomol. 17: 493-51 8.

Page 94: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Blanchard, E.E. 1961. Espécies argentinas de1 gênero Anastrepha Schiner (Diptera:

Tephritidae). Rev. Invest. Agr., 1 5: 281 -342.

Bressan, S. & Teles, M.C. 1991. Lista de hospedeiros e índices de infestação de

algumas espécies do gênero Anastrepha Schiner, 1868 (Diptera: Tephritidae) na

reg&o de Ribeirão Preto - SP. An. Soc. Ent. Bras., 20(1): 515.

Canal-Daza, N .A. 1 993. Espécies de parasitdides (Hymenoptera: Braconidae) de

moscasilas-fnrfas (Diptera: Tephrifidae) em quatro locais do estado do

Amazonas. Dissertação de Mestrado, EsalqíUSP, Pitaacaba, 93p.

Canal-Daza, N.A 1997. Levantamento, flutuação populacional e análise faunística

das espécies de moscas-das-mas (Dip.; Tephritidae) em quatro municípios do

Norte do Estado de Minas Gerais. Tese de Doutorado, ESALQIUSP, Piracicaba,

Canal-Daza, N.A.; Alvarenga,C.D. & Zucchi, R.A. 1998. Analise faunística de

espécies de moscas-das-frutas (Dip., Tephritidae), em Minas Gerais. Scientia

AgL ,55(1): 1 5-24.

Canal-Daza, N.A & Zucchi, R.A. 2000. Parasitóides - Braconidae. Cap. 15. In:

idlalavasi, A & Zucchi, R. A (eds). Moscas-déis-Mas de importância emn6mica

no Brasil. Conhecimentos bdsicos e aplicados. Ribeirão Preto: Holos. Fapesp. p.

1 19-1 26.

Canal-Daza, N.A.; Zucchi, R.A.; Silva, N.M.; Leonel Junior, F.L. 1994.

Reconocimento de Ias espécies de parasitóides (Hym: Braconidae) de moscas

de Ias frutas (Dip: Tephritidae) en dos municipios de1 estado de Amazonas,

Brasil. BOI. Mus. Ent. Univ. Vaile. 2(1-2): 1 1 3-1 18.

Page 95: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Caraballo, J. 1981. Las moscas de frutas del gênero Anastrepha Schiner, 7868

(Diptera: Tephntidae) de Venezuela. Maracay. Tese de doutorado. Universidade

Central de Venezuela. 210p.

Carvalho, R. da S. & Malavasi, A 2002. Controle biológico de moscas-das-Frutas

utilizando o parasitóide exótico Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead)

(Hymenoptera: Braconidae) no ecossistema amazônico. In: Congresso Brasileiro

de Entomologia, 19., Resumos. Manaus. SEB, p.71. e

Carvalho, R. da S.; Nascimento, AS. & Matrangoio, W.J.R 2000. Controle Biológico.

p.113-117. ln: Malavasi, A. & R. A. Zucchi (Eds.). Moscas-das-frutas de

importancia econbmica no Brasil. Conhecimento básico e aplicado. Holos-

FAPESP, Ribeirão Preto. 327 p.

Cavalcante, P.B. 1991. Frutas Comestíveis da Arnazdnia. Belém, CEJUP. 279p.

Clausen, C.P. 1956. Biological control of fruit flies. Jour. Econ. Entomol., 49(2): 176-

2 78.

Costa Lima, A. 1935. Notas sobre trypetidas brasileiras (IV) Moscas do gênero

Hexachaeta Loew. An:Acad. Bras. Ciên., 7(3): 235-249.

Costa Lima, A. 1937a. Vespas do genero Opius, parasitas de larvas de moscas das

frutas (Hymenoptera: Braconidae) 1. O Campo, Rio de Janeiro, 8(93): 22-24.

Costa Lima, A. 1937b. Vespas do gênero Opius, parasitas de larvas de moscas das

frutas (Hymenoptera: Braconidae) II. O Campo, Rio de Janeiro, 8(94): 29-32.

Costa Lima, A. 1938. Vespas parasitas de moscas das frutas (Hymenoptera:

Braconidae). O Campo, Rio de Janeiro, 9(99): 69-72.

Page 96: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Creão, M.I.P.; Portal, R.R. & Ronchi-Teles, B. 2002. Primeiro Registro de

Hexachaeta sp. (Diptera: Tephritidae) no Estado do Amapá. In: Congresso

Brasileiro de Entomologia, 19., Resumos. Manaus. SEB, . p.239.

Cruz, 1. 2002. Controle Biológico em Manejo Integrado de Pragas. Cap.32. p.543-

570. In: Parra, J.R.P.; Botelho, P.S.M.; Corrêa-Ferreira, B.S. & Bento, J.M.S.

Controle Biológico no Brasil, Parasitóides e Predadores. São Paulo. Editora

Manole. 635 p.

Cuculiza, T.M. & Torres, V.E. 1975. "Moscasdas-frutasn em Ias principales plantas

hospederas de1 Valle de Huanuco. Rev. Per. Entomol., 1 %(I ): 76-79.

Eskafi, F.M. & Cunningham, R.T. 1987. Host plant of fruit flies (Diptera: Tephritidae)

of economic importante in Guatemala. Fia Entomologist, 70(1): 1 16-1 23.

Fernandez, A.M.; Rodriguez, D. & Hernández-Ortiz, V. 1997. Notas sobre el gênero

Anasfrepha Schiner em Cuba com descripcion de uma nueva espécie (Diptera:

Tep hritidae). Folia Entomologica Mexicana, 99: 29-36.

Garcia, F.R.M & Corseuil, E. 1998. Flutuação populacional de Anastrepha fraterculus

(Wiedemann) e Cerafitis capitata (Wiedemann) em pomares de pessegueiro em

Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Rev. Bras. Zool. 1 5(1): 153-1 58.

Garcia, F.R.M & Corseuil, E. 1998. Análise faunística de moscas-das-frutas (Diptera,

Tephritidae) em pomares de pessegueiro em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

Rev. Bras Zool., Curitiba, 15(4): I I 1 1-1 2 17.

Garcia, F.R.M; Campos, J.V. & Corseuil, E. 1999. A survey of Anasfrepha Schiner

(Diptera, Tephritidae) species in the apple growing area of state of Rio Grande do

Sul, Brazil. Rev. Bras. Entomol., São Paulo, 43(314): 229-234.

Page 97: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

GarciB, F.R.M.; Campos, J.V. & Corseuil, E. 2002. Moscasdas-frutas (Diptera:

Tephritoidea), seus parasitóides e principais hospedeiros na região Oeste de

Santa Catarina. In: Congresso Brasileiro de Entomologia, 1 9., Resumos.

Manaus. SEB, . p.187.

Gónzalez, I.M.; Lezama, H.J. & Jirón, L.F. 1988. Anastrepha fruit flies in Costa Rica:

three new records. Rev. Biol- Trop., 36 334-335.

Guimarães e Silva, A. S. 2002. lnterações de espécies de Anastrepha Schiner, 1868

(Diptera: Tephtitidae) e parasitismo em abiu Pouteria caimifo Ruiz & Pav.

(Sapofaceae) e taperebá Spondias mombim L. (Anacardiaceae) em Manaus,

Amazonas, Brasil. Manaus, 79 p. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal

do Amazonas i Instituto Nacional de Pgsquisas na Amaz6nia.

Hernández-Ortiz, V. 1992. El gênero Anasfrepha Schiner en Mexico (Diptera:

Tephritidae): taxonomia, distribucion, y sus plantas huespedes. Xalapa: Soc.

Mex. Entomol. 162p.

Hernández-Ortiz, V. 1993. Taxonomy, distribuition, and natural host plants of

Anastrepha fruit flies in México. P. 31-34. In: Aluja, M. & Liedo, P. (eds). Fruit

Flies: Biology and management. New York: Springer-Vertag, 492p.

Hernández-Ortiz, V. 1999. Revision of the colombiana species group of the genus

Hexachaeta Loew (Diptera: Tephritidae). Proc. Entomol. Soc. Wash., 101 (3):

631 -639.

Hernández-Ortiz, V.; Pérez-Alonso, R. & Wharton, R.A. 1994. Native parasitoid

associated with the genus Anastrepha (Dip: Tephritidae) in 10s Tuxtlas, Veracruz,

Mexico. Entomophaga, 39(2): 1 71 -1 78.

Page 98: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Jirón, I.F. & Mexzon, R.G. 1989. Parasitoids hymenopterans of Costa Rica:

Geographical distribuition of the species associated with fruit flies (Diptera:

' Tephritidae). Entomophaga, 34(1): 53-60.

Jirón, I.F.; Soto-Manitiu, J. & Norrbom, A.L. 1988. A preliminary list of the fruit flies of

yhe genus Anastrepha (Diptera: Tephritidae) in Costa Rica. Fla Entomologist, 71 :

130-1 37.

Kovaleski, A-; Uramoto, K; Sugayama, R.L.; Canal-Daza, N.A. & Malavasi, A. 1999.

A survey of Anastrepha Shiner (Diptera: Tephritidae) species in the apple growing

área of state of Rio Grande do Sul, Brazil. Rev. Bras. Entomol., 43(3): 229-234.

Korytkowki, C. & Ojeda, D. 1968. Espécies de1 género Anastrepha Schiner, 1868 em

e1 noroeste peruano. Rev. Per. Entomol., 1 1 : 32-70.

Korytkowki, C. & Ojeda, D. 1969. Distribuición ecológica de espécies de1 género

Anastrepha Schiner, 1868 en e1 noroeste peruano. Rev. Per. Entomol, 77: 285-

287.

Leonel Jr. F.L. 1 991. Espécies de Braconidae (Hymenoptera) parasifóides de

moscasdas-fnrfas (Diptera: Tephritdae) no Brasil. Piracicaba, 83 p. Dissertação

de Mestrado - Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz, Universidade de

São Paulo.

Leonel Jr., F.L.; Zucchi, R.A. & Canal-Daza, N.A. 1996. Parasitismo de moscas-das-

fiutas (Diptera: Tephritidae) por Braconidae (Hymenoptera) em duas localidades

do Estado de São Paulo. An. Soc. Entomol. Bras., Londrina, 25(2): 165-1 76.

Page 99: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Leonel Jr. F.L.; Zucchi, R.A. & Wharton, R.A. 1995. Distribuition and tephritid hosts

(Diptera) of braconid parasitoids (Hymenoptera) in Brazil. International Jour. Pesf

Manag., 41 (4): 208-21 3.

López, M; Aluja, M. & Sivinski, J. 1999. Hymenopterous iarval-pupal and pupal

parasitoids of Anastrepha flies (Diptera: Tephritidae) in Mexico. Biof. Control, 15:

1 1 9-1 29.

Malavasi, A. 2001. Moscada-carambola, Bactrocera carambolae (Diptera:

Tephritidae). p. 39-41. h: Vilela, E.F.; Zucchi, R.A. & Cantor, F. Hisf6nco e

Impaeo das pragas introduzidas no Brasil. Ribeirão Preto. SP. Holos Editora.

173 p.

Malavasi, A & Morgante, J.S. 1980. Biologia de "moscas-das=fnttasn (Diptera:

Tephritidae). 11. índices de infestação em diferentes hospedeiros e localidades.

Rev. Bras. Biol., 40(1): 1 7-24.

Malavasi, 8.; Morgante, J.S. & Zucchi, R.A. 1980. Biologia de "moscas-das-frutas"

(Diptera, Tephritidae). I: Lista de hospedeiros e ocorrência. Rev. Bras. Biol., Rio

de Janeiro, 40(1): 9-1 6, fev.

Malavasi, A-; Zucchi, R.A. & Sugayama, R.L. 2000. Biogeografia. p.93-98. In:

Malavasi, A. & R. A. Zucchi (Eds.). Moscas-das-frutas de importância emndmica

no Brasil- Conhecimento básico e aplicado. Holos-FAPESP, Ribeirão Preto.

327p.

Malo, E.; Baker, P.S. & Valenzuela, J. 1987. The abundance of species of

I Anastrepha (Diptera: Tephritidae) in the coffee producing area of coastal Y

Chiapas, Southem Mexico. Folia Entomol. Mex., 73: 125-1 40.

Page 100: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Martins, D,S.; Uramoto, K. & Malavasi, A. 1996. Ocurrence and distribuition of fruit

flies in three papaya commercial orchards in the State of the Espirito Santo,

Brazil. In: Meeting of the Working Gmup on Fruit Flies of The Westem

Hemisphere, 2., Vifia de1 Mar. Proceedings. Vifia del Mar: S. ed., p.31.

Matrangolo, W.J.R; Nascimento, A.S.; Carvalho, R.S.; Melo, E.D. & Jesus, M. 1998.

Parasitóides de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) associados a frutíferas

tropicais. AR. SOC. Enfomol. Brasil, 27(4): 593403.

McAlpine, J.F. 1989. Phylogeny and classification of the Muscomorpha. In: McAlpine,

J.F. (ed). Manual of Neartic Diptera. Ottawa: Biosystema Research Centre,

p. 1397-1 51 8.

Morgante, J.S. 1991. Moscas-das-frutas (Tephritidae): características biológicas,

detecção e controle. Brasília, Ministério da Agricultura e Reforma

Agrárialsecretaria Nacional de Imgação, 19 p. (801. T& de Recomendações

para os Perímetros inigados do vale do São Francisco, 2).

Nascimento, A. S. 1 980. Dinâmica populacional de moscasdas-frutas (Diptera:

Tephntidae) no Recôncavo baiano. Dissertação de mestrado, Escola Superior de

Agricultura "Luiz de Queird, Universidade de São Paulo, Piracicaba, São Paulo,

1 1 Op.

Nascimento, A.S. 1990. Aspectos ecoIógicos e tratamento pós-colheita de moscas-

das-frutas (Tephritidae) em manga, Mangifera indica. São Paulo. Tese de

Doutorado. Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo. 97 p.

Nascimento, A.S.; Carvalho, R. da S. & Malavasi, A 2000. Monitoramento

Populacional. p.109-117. ln: Malavasi, A. & R. A. Zucchi (Eds.). Moscas-das-

Page 101: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

frutas de importância econ6mica no Brasil. Conhecimento básico e aplicado.

Holos-FAPESP, Ribeirão Preto. 327p.

Nascimento, A.S.; Mesquita, A.L. & Zucchi, R.A. 1984. Parasitism of pupae of

Anastrepha spp. (Dip.: Tephntidae) by Doryctobracon areolatus (Szépligeti, 1 91 1 )

(Hym.: Braconidae) in citrus and tropical fruits. p. 239-246. In: Japan-Brazil

Symposium on Science and Technology, 4, São Paulo, Anais. Academia de

Ciências do Estado de São Paulo, 2: 239-246

Nascimento, AS.; Zucchi, R.A. & Silveira Neto, S. 1982. Dinâmica populacional das

moscasdas-frutas do gênero Anastrepha (Diptera: Tephritidae) no Recôncavo

Baiano. 11. Flutuação Populacional. Pesq. Agrop. Bras., 17: 969-980.

Nascimento, A.S.; Zucchi, R.A. & Silveira Neto, S. 2983. Dinhmica populacional das

moscasdas-frutas no recôncavo baiano. 111. Análise faunística. Pesq. Agrop.

Bras., 1 8 (4): 31 9-328.

Norrbom, A.L. 2002. A revision of the Anastmpha serpentina species group (Diptera:

Tephritidae). P m Entomol. Soc. Wash. 1 04(2): 390-436.

Norrbom, A.L. 2003. Fruit fiy (Diptera: Tephritidae) classication and diversity.

Disponivel em:

Acesso em 06/03/2002.

Norhom , A.L.; Camll, L.E.; Thompson, F.C.; White; I.M.; Friedberg, A 1999.

Systematic database of names. pp.65-251 In: F.C. Thompson (ed.), Fruit Fly Experf

Identiiication System and Biosystematic Infonnation Database. Myia (1 998), 9: 524

p. & Diptera data dissemination disk (CD-ROM) (1 998).

Page 102: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Norrbom, A.L. & Foote, R.H. 1989. Zoogeografy of the genus Anastrepha (Diptera:

Tephritidae). In: Robinson, A.S. & Hooper, G. Fuit flies: their bioiogy, natural

anemies and contmi. New York: Elsevier, 3: 15-26.

Ohashi, 03. ; Ohara, R.; Zucchi, R.A. & Canal Daza, N.A. 1997. Ocorrência de

Anastrepha obliqua (Macquart) (Diptera: Tephritidae) em acerola Malpighia

punicifoiia L. no Estado do Pará. An. Soc. Entomol. Brasii, 26(2): 389-390.

Ovruski, S.; A1uja.M.; Sivinski, J. & Wharton, R.A. 2000. Hymenopteran parasitoids

on fruit-infesting Tephritidae (Diptera) in Latin América and southem United State:

Diversity, distribuition, taxonomic status and their use in fniit fly biological control.

Integ. Pest Manag. Rev., 5: 1-1 07.

Parra, J.R.P.; Botelho, P.S.M.; Corrêa-Ferreira, B.S. & Bento, J.M.S. 2002. Controle

Biológico: Terminologia. Cap. 1, p. 1-1 6. In: Parra, J.R.P.; Botelho, P.S.M.;

Corrêa-Ferreira, B.S. & Bento, J.M.S. Controle Biológico no Brasii, parasitóides e

predadores. São Paulo, Manole. 635p.

Penteado-Dias, A.M. 1987. Parasitismo de Tephritidae (Diptera) por Opiinae

(Hymenoptera: Braconidae) na região de São Carlos, SP. In: Congresso

Brasileiro de Entomoiugia,l I . Resumos, Campinas. SEB, p.495.

Ronchi-Teles, B. 2000. Ocorrência e Flutuação Populacional de espécies de

moscasdas-Mas e parasitdides, com ênfase para o gênero Anastrepha

(Diptera: Tephritidae) na Amazdnia Brasileira. Tese de Doutorado, Instituto

Nacional de Pesquisas da AmazÔnia/üniversidade do Amazonas, Manaus-AM,

159 p.

Page 103: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

86

Ronchi-Teles, B. & Silva, N.M. 1996. Primeiro registro de ocorrência da mosca-do-

mediterrâneo, Ceratitis capitata (Wieol. 1 824) (Diptera: Tephritidae) na Amazônia

Brasileira. An. Soc. Entomol. Brasil, 25(3): 569-570.

Ronchi-Teles, B.; Silva, N.M.; Norrbom, AL. 1996. New records of Anastrepha spp.

(Diptera: Tephritidae) and their hosts in Rondonia and Amapá states - Brazilian

Amazonia. Proceedings 2nd Meeting of the Working Group on Fmit Flies of the

Western Hemisphere, Viiía de1 Mar, Chile, p.32-33.

Salles, L.A.B. 1996. Parasitismo de Anastrepha f-aterculus (Wied.) (Diptera: r

Tephritidae) por Hymenoptera, na região de Pelotas, RS. Pesq. Agrop. Bras.,

31 (1 1): 769-774.

Sefer, E. 1961. Catálogo dos insetos que atacam as plantas cultivadas da Amazônia.

801. Téc. Inst. Agron. Norte, Para, 43: 23-63.

Silva, J.G.; Uramoto, K. & Malavasi, A. 1998. First report of Ceratitis capitata

(Diptera: Tephritidae) in the eastern Amazon, Pará, Brazi I. Fta. Entomologisf,

81 (4): 574-577.

Silva, N.M. 1993. Levantamento e análise faunistica de moscasdas-frutas (Diptera:

Tephritidae) em quatro locais do Estado do Amazonas. Tese de Doutorado,

Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", Universidade de São Paulo,

Piracicaba, São Paulo, 152 p.

Silva, N.M. & Ronchi-Teles, B. 2000. Arnapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima.

Cap. 27. p.203-209, In: Malavasi, A. & R. A. Zucchi (Eds.). Moscasdas-frutas de

importância economica no Brasil. Conhecimento básico e aplicado. Holos-

FAPESP, Ribeirão Preto. 327p.

Page 104: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Silva, N.M., Silveira Neto, S; Zucchi, R.A. 1996. The natural host plants of

Anastrepha (Diptera: Tephritidae) in the state of Arnazon, Brazil. p.353-357. In:

Steck, G.J.; MacPheron, B.A. (Eds.), Fruit Flies Pests, ST. Lucie Press, FI., 700p.

Silva, 0.L.R; Suman, R. & Silva, J.R. 1997. Mosca da carambola. Série Alerta

Quarentenário - 1, Ministério da Agricultura e do abastecimento, Brasília, 10p.

Silveira Neto, S; Nakano, O; Barbin, D & Villa Nova, N.A. 1976. Manual de Ecologia

dos Insetos. São Paulo, ed. Agronômica Ceres. 41 9 p.

Sivinski, J.; Aluja, M. & López, M. 1997. Spatial and temporal distriduition of

parasitoids of Mexican Anastrepha species (Diptera: Tephritidae) within the

canopies of fruit trees. An. Entomol. Soc. Am., (90):5: 604-61 8.

Sneath, P.H.A. & Sokal, R.R. 1973. Numerical taxonomy. San Francisco, W.H.

Freernan, 573p.

Souza Filho, M. F. 1 999. Biodiversidade de moscasdas-fmtas (Diptera: Tephritidae)

e seus parasitóides (Hymenoptera) em plantas hospedeiras no Estado de São

Paulo. Piracicaba, 173p. Dissertação de Mestrado - Escola Superior de

Agricultura "Luiz de Queiroz", Universidade de São Paulo.

Steyskal, G.C. 1977. Pictorial key to species of #e genus Anastrepha (Diptera:

Tephritidae). Washington, Entomol. Soc. Washington, 35p.

Thomazini, M.3.; Albuquerque, E.S. & Souza Filho, M.F. 2002. Primeiro registro de

espécies de Moscasdas-Frutas (Diptera: Tephritidae) no Estado do Acre. In:

Congresso Brasileiro de Entomologia. 19. Resumos, Manaus. SEB. p. 21 7.

Uchôa-Femandes, M. A. 1 999. Biodiversidade de rnoscasdas-fnrtas frugívoras

(Diptera: Tephritoidea), seus frutos hospedeiros e parasitóides (Hymenoptera)

Page 105: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

em áreas de cerrado do Estado de Mato Grosso do Sul. Tese de doutorado,

Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queirozn, Universidade de São Paulo,

Piracicaba, São Paulo, 104 p.

Uchôa-Fernandes, M.A.; Oliveira, I. de; Molina, R.M.S & Zuuchi, R.A. 2002. Species

diversity of frugivorous flies (Diptera: Tephritoidea) from hosts in the Cerrado of

the state of Mato Grosso do Sul, Brazil. Neotmpical Entomology 3 1 (4): 51 5-524.

van Sauer-Miller, A. 1991. An overview of the carambola fruit fly Bacfocera species

(Diptera: Tephritidae), found recently in Suriname. Fia. Entomologist, 74(3); 432-

440.

van Sauer-Muller, A. 1993. Pilot erradication project for the carambola fruit fly in

coronie, Suriname. p. 439422. In: Aluja, M. & Liedo, P. (eds). Fruit Flies: Biology

and management. New York: Springer-Verlag, 492p.

Veloso, V. da R.S. 1997. Dinâmica populacional de Anastrepha spp. e Ceratitis

capitata (W., 1824) (Diptera: Tephritidae) nos cerrados de Goiás. Tese de

Doutorado, Escola de Agronomia, Universidade Federal de Goiás. 1 15p.

Veloso, V. da R.S.; Fernandes, P.M. & Zucchi, R.A. 2000. Goiás. Cap. 36, p. 247-

252. In: Malavasi, A. -& R. A Zucchi (Eds.), Moscasdas-frutas de importância

econômica no Brasil. Conhecimento básico e aplicado. Holos-FAf ESP, Ribeirão

Preto. 327p.

Watanabe, S. 1997. Glossário de Ecologia. Publicação ACIESP, no. 103, 2a edição.

352'p.

Page 106: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Wharton, R.A. 1989. Classical biological control of fruit-infesting Tephritidae. p. 303- 1 31 3. In: Robinson, A.S. & Hooper, G. (eds), Fruit flies, their biology, natural ~ enemies and control. Elsevier, New York, 2: 303-31 3. (World Crop Pests, 3B). 1

Wharton, R.A. 1993. Bionomics of the Braconidae. An. Rev. Entomol., Palo Alto,

38: 121 -1 43.

Wharton, R.A. 1997. Subfamily Opiinae, p.379-395. In: Wharton, R.A.; Marsh, P.M. &

Sharkey, M.J. (eds). Manual of the New Wold Genera of the Family Braconidae

(Hymenopfera). Lawrence, Allen Press, 439p.

Wharton, R.A. & Gilstrap, F.E. 1983. Key and status of Opiinae braconid

(Hymenoptera) parasitoids used in biological control of Ceratitis and Dacus S. 1.

(Diptera: Tephntidae). An. Entom. Soc. Am., Maryland, 76: 721-746.

Wharton, R.A & Marsh, P.M. 1978. New World Opiinae (Hymenoptera: Braconidae)

parasitic on Tephritidae (Diptera). Jour. Wash. Acad. Sci. Washington, 68 (4):

147-1 67.

Zucchi, R. A. 1978. Taxonomia das espécies de Anastrepha Schiner 1868 (Diptera:

Tephrifidae) assinaladas no Brasil. Tese de Doutorado, Escola Superior de

Agricultura "Luiz de Queiroz" Universidade de São Paulo, Piracicaba, São Paulo,

105p.

Zucchi, R.A. 1984. Nova Espécie de Anastrepha (Diptera: Tephritidae) da Região

Amazônica. An. Soc. Entomol. Brasil. 13(2): 27940. Zucchi, R.A. 1988. Moscas-

das-frutas (Dip., Tephritidae) no Brasil: Taxonomia, distribuição geográfica e C

hospedeiros, 1-1 0. In: Souza, H.L.M., (coord.). Moscas-das-frutas no Brasil.

Campinas, Fundação Cargill, i 14p.

Page 107: INSTITUTO NACIONAL DE AMAZGNIA UNIVERSIDADE …Espécies de moscas-das-frutas associadas as fruteiras em coletas realizadas no período de agosto12001 a fevereiro12002 nos 16 municípios

Zucchi, R.A. 2000a. Taxonomia. In: Malavasi, A & Zucchi, R.A. (eds). Moscasdas-

frutas de importância econdmica no Brasil. Conhecimentos básicos e aplicados.

Ribeirão Preto: Holos. Fapesp. p. 1 3-24.

Zucchi, R.A. 2000b. Espécies de Anastrepha, sinonímias, plantas hospedeiras e

parasitóides. In: Malavasi, A. Zucchi, R.A. (eds). Moscasdas-frufas de

importância economica no Brasil. Conhecimentos básicos e aplicados. Ribeirão

Preto: Holos. Fapesp. p.41-48.

Zucchi, R.A. 2001. Moscado-Mediterrâneo, Ceratitis capitata (Diptera: Tephritidae).

p. 15-22. In: Vilela, E. F.; Zucchi, R.A. & Cantor, F. Histófico e Impacto das

pragas introduzidas no Brasil. Ribeirão Preto. SP. Holos Editora. 173 p.

Zucchi, R.A.; Silva, N.M. & Silveira Neto, S. 1996. Anasfrepha species (Diptera;

Tephritidae) from the Braziliam Amazon: distribution, hosts and lectotype

designations. p. 259-264. In: Steck,G.J.; MacPheron, B.A. (Eds.). Fruit Flies

Pesfs, ST. Lucie Press, fl. 700 p.