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INSTITUTO POLITÉCNICO DE LEIRIA
ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS SOCIAIS
O Efeito dos Exercícios Posturais na Qualidade de Vida e nas Queixas
Álgicas da Coluna Vertebral em Adultos e Idosos Praticantes de Ginástica
Adaptada
Margarida Cristina de Figueiredo Castro Leal
Leiria
2010
INSTITUTO POLITÉCNICO DE LEIRIA ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS SOCIAIS
O Efeito dos Exercícios Posturais na Qualidade de Vida e nas Queixas
Álgicas da Coluna Vertebral em Adultos e Idosos Praticantes de Ginástica
Adaptada
The Effect of Posture Exercises on the Quality of Life and
Complaints of Backaches in Adult and Elderly Practitioners of
Adapted Gymnastics
Margarida Cristina de Figueiredo Castro Leal
Monografia apresentada ao
Instituto Politécnico de Leiria, como
requisito parcial para a obtenção do
grau Licenciada em Desporto e Bem-
Estar, sob a orientação da Professora
Msc Ana Luísa Comprido Afonso.
Orientadora: Prof. Msc. Ana Luísa Comprido Afonso
Co-orientador: Dr. Luzimar Raimundo Teixeira
LEIRIA 2010
Leal, Margarida Cristina de Figueiredo Castro. (2010). O efeito dos
exercícios posturais na qualidade de vida e nas queixas álgicas da coluna
vertebral em adultos e idosos praticantes de ginástica adaptada / Margarida
Cristina de Figueiredo Castro Leal.
Dissertação para a obtenção do grau de Licenciatura em Desporto e
Bem-Estar, apresentada à Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do
Instituto Politécnico de Leiria.
Orientadora: Prof. Msc Ana Luísa Comprido Afonso
Co-orientador: Prof. Dr. Luzimar Raimundo Teixeira
Palavras-Chave: DORES NAS COSTAS, QUALIDADE DE VIDA, ACTIVIDADE
FÍSICA ADAPTADA, ADULTOS E IDOSOS
iii
Agradecimentos
Este trabalho não teria sido possível sem a colaboração de pessoas e
instituições que me ajudaram em toda esta jornada, não posso deixar de
expressar os meus mais sinceros agradecimentos.
À Professora Mestre Ana Comprido, pela orientação e contribuição para
a minha formação académica.
Ao Professor Doutor Luzimar Teixeira, pelo incentivo incondicional, por
acreditar nas minhas capacidades, pelas horas que passámos a debater ideias,
por me ter ensinado, pela lição de humildade, sem ele este trabalho nem teria
começado.
À instituição Universidade de São Paulo e Centro de Práticas Esportivas
da Universidade de São Paulo, que me acolheram desde o primeiro momento e
me apoiaram no meu projecto.
Aos alunos do Núcleo Actividade Física Adaptada e Saúde, pela
amabilidade e simpatia com que aceitaram participar neste trabalho.
À Milena, por me acompanhar nesta tarefa tão motivadora, palas horas
de trabalho juntas, pela amizade.
À Fernanda, por me ter incentivado neste meu percurso académico, pelo
carinho.
À Ana Margarida, por me ter acompanhado nesta viagem maravilhosa,
pelas horas de trabalho juntas, pela amizade.
Ao casal, Ciça e João, que me ajudaram nas horas mais difíceis, no
processamento de dados, pela sua bonita amizade.
iv
A todos os amigos que fiz em Terras Brasileiras e que me alimentaram a
alma para aguentar a distância.
Aos amigos que deixei em Portugal e que me apoiaram nesta minha
aventura académica.
À Patrícia, por me incentivar nas horas mais difíceis, pelas conversas
que fomos mantendo, pela sua imensa amizade.
A toda a minha família, mãe, irmãos, cunhados (as) e sobrinhos pelo
apoio, que mesmo longe foi primordial para esta caminhada tão distante.
Ao Paulo Leal, por tudo o que tem sido para mim nestes anos, pelo
companheirismo, pelo Amor, pelo incentivo nos momentos mais difíceis, nas
horas sem dormir a ouvir as minhas inquietações, pela compreensão da tão
prolongada distância. Ao Leo, “ au au”.
Por tudo …
Muito OBRIGADA.
v
Índice
AGRADECIMENTOS ----------------------------------------------------------------------------------- III
ÍNDICE ------------------------------------------------------------------------------------------------------- V
ÍNDICE DE QUADROS -------------------------------------------------------------------------------- VII
ÍNDICE DE FIGURAS ----------------------------------------------------------------------------------- IX
ÍNDICE DE ANEXOS------------------------------------------------------------------------------------ XI
RESUMO ------------------------------------------------------------------------------------------------- XIII
ABSTRACT ----------------------------------------------------------------------------------------------- XV
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS --------------------------------------------------- XVII
1. INTRODUÇÃO ----------------------------------------------------------------------------------------- 1
2. REVISÃO DA LITERATURA ----------------------------------------------------------------------- 7
2.1.POSTURA E QUEIXAS ÁLGICAS NA COLUNA VERTEBRAL --------------------------------------- 9
2.2. QUALIDADE DE VIDA ------------------------------------------------------------------------------ 15
2.3. ACTIVIDADE FÍSICA -------------------------------------------------------------------------------- 17
2.3.1. Actividade física adaptada -------------------------------------------------------------- 19
2.3.1.1. Programas teóricos de actividade física adaptada ----------------------------- 21
2.3.2. Actividade Física no Idoso -------------------------------------------------------------- 25
2.3.2.1. Programas teóricos de actividade física para idosos -------------------------- 28
3. PROTOCOLO DE EXERCÍCIOS ----------------------------------------------------------------- 31
4. OBJECTIVOS E HIPÓTESES --------------------------------------------------------------------- 37
4.1. OBJECTIVO GERAL -------------------------------------------------------------------------------- 39
4.2. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS ---------------------------------------------------------------------- 39
4.3. HIPÓTESES----------------------------------------------------------------------------------------- 41
5. MATERIAL E MÉTODOS --------------------------------------------------------------------------- 43
5.1. CARACTERIZAÇÃO E SELECÇÃO DA AMOSTRA ------------------------------------------------ 45
5.1.1. Critérios de selecção --------------------------------------------------------------------- 47
5.2. PROCEDIMENTOS DE ADMINISTRAÇÃO --------------------------------------------------------- 49
5.3. INSTRUMENTOS ----------------------------------------------------------------------------------- 49
5.3.1. Questionário de Estado de Saúde MOS SF-36 – versão 2 (Medical
Outcomes Study, Short Form 36, Health Survey) --------------------------------------------------- 49
5.3.1.1. Sistema de pontuação ---------------------------------------------------------------- 52
5.3.2. Justificação do instrumento utilizado SF-36 ---------------------------------------- 53
5.3.3. Questionário Oswestry ------------------------------------------------------------------ 55
vi
5.3.3.1. Sistema de pontuação ---------------------------------------------------------------- 56
5.3.4. Justificação do instrumento utilizado Oswestry ----------------------------------- 57
5.3.5. Questionário de dados pessoais ------------------------------------------------------ 59
5.3.6. Justificação da aplicação dos questionários pessoais --------------------------- 59
5.4. TRATAMENTO DE DADOS ------------------------------------------------------------------------- 61
6. RESULTADOS ---------------------------------------------------------------------------------------- 63
6.1. RESULTADOS DAS OITO DIMENSÕES DO SF-36 – QUALIDADE DE VIDA - DOS ADULTOS
ANTES E APÓS A PARAGEM DE ACTIVIDADE FÍSICA ----------------------------------------------------------- 67
6.2. DIFERENÇAS VERIFICADAS ATRAVÉS DO OSWESTRY - QUEIXAS ÁLGICAS DA COLUNA
VERTEBRAL - DOS ADULTOS ANTES A APÓS A PARAGEM DE ACTIVIDADE FÍSICA ------------------------- 69
6.3. RESULTADOS DAS OITO DIMENSÕES DO SF-36 – QUALIDADE DE VIDA - DOS ADULTOS
ANTES E APÓS A APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE EXERCÍCIOS --------------------------------------------- 71
6.4. DIFERENÇAS VERIFICADAS ATRAVÉS DO OSWESTRY - QUEIXAS ÁLGICAS DA COLUNA
VERTEBRAL - DOS ADULTOS ANTES E APÓS A APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE EXERCÍCIOS ----------- 75
6.5. RESULTADOS DAS OITO DIMENSÕES DO SF-36 – QUALIDADE DE VIDA - DOS IDOSOS
ANTES E APÓS A PARAGEM DE ACTIVIDADE FÍSICA ----------------------------------------------------------- 77
6.6. DIFERENÇAS VERIFICADAS ATRAVÉS DO OSWESTRY - QUEIXAS ÁLGICAS DA COLUNA
VERTEBRAL - DOS IDOSOS ANTES E APÓS A PARAGEM DE ACTIVIDADE FÍSICA --------------------------- 79
6.7. RESULTADOS DAS OITO DIMENSÕES DO SF-36 – QUALIDADE DE VIDA - DOS IDOSOS
ANTES E APÓS A APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE EXERCÍCIOS --------------------------------------------- 81
6.8. DIFERENÇAS VERIFICADAS ATRAVÉS DO OSWESTRY - QUEIXAS ÁLGICAS DA COLUNA
VERTEBRAL - DOS IDOSOS ANTES E APÓS A APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE EXERCÍCIOS ------------- 83
7. DISCUSSÃO ------------------------------------------------------------------------------------------- 85
7.1. PERCEPÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA ATRAVÉS DO SF- 36 --------------------------------- 87
7.2. ANÁLISE DO QUESTIONÁRIO OSWESTRY ------------------------------------------------------ 93
8. CONCLUSÕES ---------------------------------------------------------------------------------------- 99
BIBLIOGRAFIA ---------------------------------------------------------------------------------------- 103
ANEXOS ------------------------------------------------------------------------------------------------- XIX
vii
Índice de Quadros
QUADRO 1 - NÚMERO DE SUJEITOS DE CADA GRUPO EM FUNÇÃO DA IDADE ....................................... 46
QUADRO 2 - MÉDIA E DESVIO PADRÃO DOS ADULTOS E DOS IDOSOS ATRAVÉS DO ÍNDICE DE MASSA
CORPORAL ............................................................................................................................ 46
QUADRO 3 - NÚMERO DE PRATICANTE E NÃO PRATICANTES DE ACTIVIDADE FÍSICA ALÉM DA PRATICADA
NO NAFAS E A MÉDIA SEMANAL DE HORAS DEDICADAS A ESSA ACTIVIDADE EXTRA ................... 47
QUADRO 4 - VALORES DE LIMITE INFERIOR E VARIAÇÃO DE (SCORE RANGE) PARA A PONTUAÇÃO DO
QUESTIONÁRIO SF-36 ........................................................................................................... 53
QUADRO 5 - PERCENTAGEM DAS INCAPACIDADES DO ....................................................................... 57
QUADRO 6 -NÍVEL DE SIGNIFICÂNCIA (P) DAS OITO DIMENSÕES REFERENTES AOS ADULTOS ANTES E
APÓS A PARAGEM DE DOIS MESES DE ACTIVIDADE FÍSICA ADAPTADA DO NAFAS, ATRAVÉS DO
QUESTIONÁRIO SF-36 ........................................................................................................... 68
QUADRO 7 - NÍVEL DE SIGNIFICÂNCIA (P) DAS QUEIXAS ÁLGICAS DA COLUNA VERTEBRAL DOS ADULTOS
ANTES E APÓS A PARAGEM DE DOIS MESES DE ACTIVIDADE FÍSICA ADAPTADA DO NAFAS,
ATRAVÉS DO QUESTIONÁRIO OSWESTRY ................................................................................. 70
QUADRO 8 - NÚMERO E PERCENTAGEM DE ADULTOS COM INCAPACIDADES ANTES E APÓS A PARAGEM
DE DOIS MESES DE ACTIVIDADE FÍSICA ADAPTADA DO NAFAS .................................................. 71
QUADRO 9 - NÍVEL DE SIGNIFICÂNCIA (P) DAS OITO DIMENSÕES REFERENTES AOS ADULTOS ANTES E
APÓS A APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE EXERCÍCIOS DO NAFAS, DO QUESTIONÁRIO SF-36 ...... 73
QUADRO 10 - NÍVEL DE SIGNIFICÂNCIA (P) DAS QUEIXAS ÁLGICAS DA COLUNA VERTEBRAL DOS ADULTOS
ANTES E APÓS A APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE EXERCÍCIOS DO NAFAS, ATRAVÉS DO
QUESTIONÁRIO OSWESTRY .................................................................................................... 75
QUADRO 11 - NÚMERO E PERCENTAGEM DE ADULTOS COM INCAPACIDADES ANTES E APÓS A APLICAÇÃO
DO PROTOCOLO DE EXERCÍCIOS DO NAFAS ........................................................................... 76
QUADRO 12 - NÍVEL DE SIGNIFICÂNCIA (P) DAS OITO DIMENSÕES REFERENTES AOS IDOSOS ANTES E
APÓS A PARAGEM DE ACTIVIDADE FÍSICA ADAPTADA DO NAFAS, ATRAVÉS DO QUESTIONÁRIO SF-
36 ........................................................................................................................................ 78
QUADRO 13 - NÍVEL DE SIGNIFICÂNCIA (P) DAS QUEIXAS ÁLGICAS DA COLUNA VERTEBRAL DOS IDOSOS
ANTES E APÓS A PARAGEM DE ACTIVIDADE FÍSICA ADAPTADA DO NAFAS, ATRAVÉS DO
QUESTIONÁRIO OSWESTRY .................................................................................................... 80
QUADRO 14 - NÚMERO E PERCENTAGEM DE IDOSOS COM INCAPACIDADES ANTES E APÓS A PARAGEM
DE ACTIVIDADE FÍSICA ADAPTADA DO NAFAS.......................................................................... 80
QUADRO 15 - NÍVEL DE SIGNIFICÂNCIA (P) DAS OITO DIMENSÕES REFERENTES AOS IDOSOS ANTES E
APÓS A APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE EXERCÍCIOS DO NAFAS, ATRAVÉS DO QUESTIONÁRIO SF-
36 ........................................................................................................................................ 82
viii
QUADRO 16 - NÍVEL DE SIGNIFICÂNCIA (P) DAS QUEIXAS ÁLGICAS NA COLUNA VERTEBRAL DOS IDOSOS
ANTES E APÓS A APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE EXERCÍCIOS DO NAFAS, ATRAVÉS DO
QUESTIONÁRIO OSWESTRY .................................................................................................... 84
QUADRO 17 - NÚMERO E PERCENTAGEM DE IDOSOS COM INCAPACIDADES ANTES E APÓS A APLICAÇÃO
DO PROTOCOLO DE EXERCÍCIOS DO NAFAS ........................................................................... 84
ix
Índice de Figuras
FIGURA 1 - MÉDIAS E DESVIOS - PADRÃO REFERENTES AOS PRIMEIROS QUATRO DOMÍNIOS DO
QUESTIONÁRIO SF-36, ANTES E APÓS A PARAGEM DE ACTIVIDADE FÍSICA DOS ADULTOS (1A);
REFERENTES AOS ÚLTIMOS QUATRO DOMÍNIOS DO QUESTIONÁRIO SF-36, ANTES E APÓS A
PARAGEM DE ACTIVIDADE FÍSICA DOS ADULTOS (1B) ............................................................... 67
FIGURA 2 - MÉDIAS E DESVIOS - PADRÃO REFERENTES À PERCENTAGEM DE INCAPACIDADE, ANTES E
APÓS A PARAGEM DE ACTIVIDADE FÍSICA DOS ADULTOS, ATRAVÉS DO QUESTIONÁRIO OSWESTRY
............................................................................................................................................ 70
FIGURA 3 - MÉDIAS E DESVIOS – PADRÃO REFERENTES AOS PRIMEIROS QUATRO DOMÍNIOS DO
QUESTIONÁRIO SF-36, ANTES E APÓS A APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE EXERCÍCIOS DOS
ADULTOS (3A); REFERENTES AOS ÚLTIMOS QUATRO DOMÍNIOS DO QUESTIONÁRIO SF-36, ANTES E
APÓS A APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE EXERCÍCIOS DOS ADULTOS (3B) ................................... 72
FIGURA 4 - MÉDIAS E DESVIOS PADRÃO REFERENTES À PERCENTAGEM DE INCAPACIDADE DOS
ADULTOS, ANTES E APÓS A APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE EXERCÍCIOS, ATRAVÉS DO
QUESTIONÁRIO OSWESTRY .................................................................................................... 75
FIGURA 5 - MÉDIAS E DESVIOS - PADRÃO REFERENTES AOS PRIMEIROS QUATRO DOMÍNIOS DO
QUESTIONÁRIO FS-36, ANTES E APÓS A PARAGEM DE ACTIVIDADE FÍSICA DOS IDOSOS (5A);
REFERENTES AOS ÚLTIMOS QUATRO DOMÍNIOS DO QUESTIONÁRIO SF-36, ANTES E APÓS A
PARAGEM DE ACTIVIDADE FÍSICA DOS IDOSOS (5B) .................................................................. 77
FIGURA 6 - MÉDIAS E DESVIOS - PADRÃO REFERENTES À PERCENTAGEM DE INCAPACIDADE, ANTES E
APÓS A PARAGEM DE ACTIVIDADE FÍSICA DOS IDOSOS, ATRAVÉS DO QUESTIONÁRIO OSWESTRY 79
FIGURA 7 - MÉDIAS E DESVIOS - PADRÃO REFERENTES AOS PRIMEIROS QUATRO DOMÍNIOS DO
QUESTIONÁRIO SF-36, ANTES E APÓS A APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE EXERCÍCIOS DOS IDOSOS
(7A); REFERENTES AOS ÚLTIMOS QUATRO DOMÍNIOS DO QUESTIONÁRIO SF-36, ANTES E APÓS A
APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE EXERCÍCIOS DOS IDOSOS (7B) ................................................. 81
FIGURA 8 - MÉDIAS E DESVIOS - PADRÃO REFERENTES À PERCENTAGEM DE INCAPACIDADE, ANTES E
APÓS A APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE EXERCÍCIOS DOS IDOSOS, ATRAVÉS DO QUESTIONÁRIO
OSWESTRY ........................................................................................................................... 83
x
xi
Índice de Anexos
ANEXO I - PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO AO CEPEUSP PARA REALIZAR A INVESTIGAÇÃO ...................... XXI
ANEXO II - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ....................................................... XXIII
ANEXO III - QUESTIONÁRIO SF-36 ................................................................................................ XXV
ANEXO IV - QUESTIONÁRIO OSWESTRY ....................................................................................... XXXI
ANEXO V - QUESTIONÁRIO PESSOAL - PARTE I ............................................................................ XXXIII
ANEXO VI - QUESTIONÁRIO PESSOAL - PARTE II ........................................................................... XXXV
ANEXO VII - PROTOCOLO DE EXERCÍCIOS PARA OS ALUNOS DO NAFAS ......................................XXXVII
xii
xiii
Resumo
O objectivo deste estudo foi verificar as alterações na qualidade de vida
e nas queixas álgicas da coluna vertebral em indivíduos submetidos a um
protocolo de exercícios e após o seu interregno de dois meses. A amostra foi
composta por 17 sujeitos de ambos os sexos, com idades compreendidas entre
os 40 e os 70 anos, alunos de ginástica adaptada do Núcleo Actividade Física
Adaptada e Saúde (NAFAS) do Centro de Práticas Esportivas da Universidade
de São Paulo (CEPEUSP). A amostra foi dividida em dois grupos: adultos
(��51,5±6,71 anos de idade, estatura de ��1,68±0,08m e peso médio de
��74,5±10,78 Kg) e idosos (��65,2±3,92 anos de idade, estatura de ��1,55±0,07m
e peso médio de ��67,7±9,83 Kg). Para a avaliação dos níveis de qualidade de
vida foi utilizado o questionário Medical Outcome Study – Short Form 36 – (SF-
36). Para aferir as queixas álgicas na coluna vertebral foi utilizado o
questionário Oswestry. Foi utilizado o teste t-student pareado para comparar os
dados referentes aos diferentes momentos de análise, tendo sido adoptado o
nível de significância de 0,05. Os resultados mostraram que: i) os adultos
apresentaram resultados estatisticamente significantes no domínio da
Vitalidade do SF-36 passando de ( ��60,00± 20,17) para (��73,13±13,34) após a
aplicação do protocolo de exercícios; ii) os idosos apresentaram resultados
estatisticamente significantes no domínio Limitação por Aspectos Físicos do
SF-36 passando de (��58,33±41,45) para (��88,89±25,34) após a aplicação do
protocolo de exercícios.
De acordo com os resultados obtidos podemos concluir que, após a
aplicação do protocolo de exercícios, os adultos apresentaram melhoras na
qualidade de vida, especificamente no domínio vitalidade; e os idosos
melhoraram a qualidade de vida no domínio da limitação por aspectos físicos,
após a aplicação do protocolo de exercícios. Não se registaram alterações
estatisticamente significativas referentes às queixas álgicas da coluna
vertebral.
Palavras - chave: Dores nas costas, qualidade de vida, actividade física
adaptada, adultos e idosos.
xiv
xv
Abstract
The purpose of this study was to determine changes in quality of life and
of complaints of vertebral spinal pain in individuals submitted to an exercise
protocol and after two months of interruption of that protocol. The sample
consisted of 17 subjects of both sexes between the ages 40 and 70, students of
adapted exercise from the Adapted Physical Activity of Health Sector (Nafas)
pertaining to the Practice of Sports Center of the University of São Paulo
(CEPEUSP). The sample was divided into two groups: adults (��51.5±6.71 years
of age, average height of ��1.68±0.08 m, and average weight of ��74.5±10.78 kg)
and elderly (��65.2 ± 3.92 years of age, average height of ��1.55 0.07 m, and
average weight of ���67.7±9.83 kg). To evaluate the levels of quality of life the
Medical Outcomes Study - Short Form 36 (SF-36) was used. The Oswestry
questionnaire was used to register the complaints of vertebral spinal pain. The
paired t-student test was used to compare data for different times of analysis
and the significance level of 0.05 was applied. The results were: i) adults
showed statistically significant results in the field Vitality of the SF-36 from (
��60.00±20.17) to (��73.13±13.34) after applying the exercise protocol; ii) the
elderly had statistically significant results in the field Limitation by Physical
Factors of the SF-36 from (��58.33±41.45) to (��88.89±25.34) after the exercise
protocol was applied. According to the results we can conclude that after the
implementation of the protocol of exercises, adults presented improvement in
quality of life, specifically in the Vitality field, whereas the elderly improved
quality of life in the field of Limitation by Physical Factors. There has been no
statistically significant changes concerning complaints of vertebral spinal pain.
Keywords: Backache, quality of life, adapted physical activity, adults and
seniors.
xvi
xvii
Lista de Abreviaturas e Símbolos
AAPAFA – Antes e após a paragem de actividade física dos adultos
AAAPEA - Antes e após a aplicação do protocolo de exercícios dos
adultos
AAPAFI – Antes e após a paragem de actividade física dos idosos
AAAPEI - Antes e após a aplicação do protocolo de exercícios dos
idosos
CEPEUSP – Centro de Práticas Esportivas da Universidade de São
Paulo
cm - Centímetros
CM - Centro de massa
Et al. – e outros
IMC – Índice de massa gorda
Kg - Quilograma
Kg/m2 – Quilograma por metro quadrado
m - Metro
NAFAS – Núcleo Actividade Física Adaptada e Saúde
OMS - Organização Mundial de Saúde
p – probabilidade dos resultados encontrados na amostra serem
idênticos à distribuição da população.
QV – Qualidade de vida
RPG - Reeducação Postural Global
SF-36 – Medical Outcomes Study
% - Percentagem
SNC – Sistema nervoso central
SOBAMA - Sociedade Brasileira de Actividade Motora Adaptada
UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas
USP – Universidade de São Paulo
± - Faixa de variação
��-Média
1
1
1. INTRODUÇÃO
2
3
1. INTRODUÇÃO
As queixas álgicas na região da coluna vertebral são resultado de várias
condições da vida moderna, sendo que o estilo de vida contribui de forma
decisiva na sua prevenção ou agravamento. A prevenção desta enfermidade
passa, inequivocamente, pela consciencialização e adopção de hábitos
quotidianos saudáveis. (Goldenberg, 2008).
Júnior (2009), refere que indivíduos com dor na coluna limitam os seus
movimentos, comprometendo desta forma o rendimento profissional e as
actividades do dia-a-dia, por isso, é necessário que adquira hábitos saudáveis
no seu quotidiano através de medidas tão simples como, por exemplo, sentar
correctamente.
Gorgatti e Costa (2005) definem postura como uma atitude em que cada
segmento ocupa uma posição próxima à sua posição de equilíbrio mecânico,
ou seja, equilíbrio entre as forças da gravidade e a sustentação do corpo.
Para Freitas (2005), o ser humano tem capacidade de adoptar uma
infinidade de posturas, qualquer postura adoptada pelo corpo exige uma acção
efectiva do sistema de controlo postural com objectivo de manter a orientação e
o equilíbrio do corpo, por isso, a orientação postural alude à posição do corpo
em relação aos segmentos corporais entre si e o ambiente.
Teixeira (2008), constata que os desvios posturais são causados por
alterações nos graus das curvaturas fisiológicas (cifoses e lordoses) e não
fisiológicas (curvaturas laterais ou escolioses) da coluna, consequência dos
maus hábitos adoptados durante as actividades do dia-a-dia. Contudo, no
processo de crescimento da coluna vertebral podem surgir modificações
estruturais, determinando a manutenção dessas alterações para toda a vida,
denominadas de desvios posturais estruturados.
As pessoas com problemas de coluna, de um modo geral, permanecem
pouco activas, desse modo além de afectarem a sua qualidade de vida também
diminuem os índices de aptidão física (Winnick, 2004).
O conceito de qualidade de vida varia de pessoa para pessoa,
modificando-se ao longo da vida de cada sujeito. São múltiplos os factores que
4
determinam a qualidade de vida, sendo os principais: estado geral de saúde,
longevidade, satisfação no trabalho, salário, lazer, relações familiares,
disposição, prazer e espiritualidade. A qualidade de vida, em sentido mais
amplo pode ser uma medida da própria dignidade humana, pois pressupõe o
atendimento das necessidades humanas fundamentais (Nahas, 2001).
Dantas e Vale (2008), referem que a qualidade de vida é um conceito de
difícil definição e que é diferente de acordo com a cultura onde cada indivíduo
está inserido e mudando ao longo da vida de cada um.
A percepção de qualidade de vida é individual mas, um dos aspectos
que a compõem passa pelo bem-estar do indivíduo e muitos referem que a
actividade física é uma das características que favorecem a qualidade de vida
(Nahas, 2001).
Por actividade física adaptada entende-se um programa individualizado
de padrões motores fundamentais, habilidades e de aptidão para jogos e
desportos individuais ou colectivos. Trata-se de um programa elaborado para
suprir as necessidades especiais dos sujeitos (Winnick, 2005).
O corpo vem sendo alvo de interesse do ser humano, uma vez que é
através dele que manifestamos a vida. Um dos aspectos importantes é
continuar a actividade física ao longo do processo de envelhecimento. Este é
um processo complexo que envolve muitas variáveis (genética, forma de vida e
doenças crónicas) que influenciam de forma decisiva na maneira como
envelhecemos. (Corazza, 2001).
Verderi (2004), refere que muitas mudanças físicas ocorrem com o
processo de envelhecimento, que afectam a aparência, como, ganho de
gordura, má postura, renovação mais lenta das células lubrificantes, entre
outras. A idade avançada não indica o fim da vida de uma pessoa, apenas a
intensidade das actividades do dia-a-dia é que diminuem.
Para Rauchbach (2001), é importante que os idosos tenham uma boa
integração do esquema corporal por isso, a reeducação postural deve ser
dirigida através de estímulos proprioceptivos e esteroceptivos, educando as
sensações, levando à integração da percepção do corpo e da atitude,
facilitando as actividades do quotidiano.
5
O Governo do Estado de São Paulo – Brasil, através da promoção de
programas de exercícios físicos, tem tentado aumentar a adesão de adultos
maiores de 60 anos a um estilo de vida mais activo. Estes estão direccionados
para a melhoria da capacidade física do sujeito, diminuição de problemas
posturais, maximização do contacto social e redução dos problemas
psicológicos, como a ansiedade e a depressão (Marcela e Matsudo, 2001).
Conhecendo a importância da actividade física como forma de
prevenção de problemas posturais e como condição essencial à saúde e bem-
estar do adulto e do idoso, o objectivo deste trabalho foi verificar as alterações
na qualidade de vida e nas queixas álgicas da coluna vertebral após a paragem
de dois meses de actividade física e as alterações na qualidade de vida e nas
queixas álgicas da coluna vertebral após a aplicação de um protocolo de
exercícios a adultos e idosos de ambos os sexos, alunos de ginástica adaptada
do Núcleo Actividade Física Adaptada e Saúde (NAFAS).
Este trabalho está estruturado em dez capítulos: o primeiro, de
estruturação do trabalho; o segundo, referente à revisão da literatura no qual
procuramos definir o estado actual do conhecimento em relação à postura,
qualidade de vida, actividade física, actividade física adaptada e actividade
física para o idoso; o terceiro, descreve o protocolo de exercícios; o quarto,
apresenta os objectivos e hipóteses do estudo; o quinto, expõe o material e
métodos utilizados na sua realização, onde descrevemos a caracterização da
amostra, os critérios de selecção, os procedimentos administrativos,
identificamos os instrumentos utilizados e o tratamento dos dados; o sexto,
apresenta a análise dos resultados; o sétimo, refere a discussão dos
resultados, procurando a sua interpretação e significação; o oitavo, remete-nos
para as conclusões; o nono, apresenta as referências bibliográficas; e o décimo
capítulo contém os anexos que foram utilizados no decurso desta investigação.
6
7
2. REVISÃO DA LITERATURA
8
9
2. REVISÃO DA LITERATURA
2.1. Postura e queixas álgicas na coluna vertebral
Postura é uma posição em que as articulações estão a sofrer o mínimo
de stress, levando a uma actividade muscular mínima, necessária para manter
a posição. A postura incorrecta aumenta o stress sobre a postura (Gorla e
Oliveira, 2009).
Para Elliott e Mester, (2000), a postura é o equilíbrio relativo de partes
do corpo ou dos seus segmentos. Boa postura, é um estado de equilíbrio
muscular e esquelético que protege e dá suporte às estruturas corporais contra
deformidades ou danos progressivos. Por outro lado, dizer má postura, é a
relação defeituosa de vários segmentos do corpo, produzindo aumento de
tensão para sustentar as estruturas do corpo.
Segundo Nahas (2001), “a postura, ou alinhamento corporal, é a posição
do corpo, parado ou em movimento, e envolve o estado de equilíbrio das
diversas partes corporais sob a acção da gravidade. O alinhamento corporal e
a eficiência nos movimentos estão directamente relacionados com o bem-estar
geral do indivíduo – reflectem o seu auto-conceito, a sua condição física e a
relação com o ambiente” (p68).
Goldenberg (2008), refere que, a boa postura, os cuidados que se
devem ter, reduzem significativamente a hipótese de dores nas costas. Por
isso, é importante estar atento à posição das costas em todos os momentos do
dia-a-dia.
Uma boa postura significa um alinhamento correcto dos segmentos do
corpo e a mecânica corporal adequada, independentemente de estar parado ou
em movimento (Winnick, 2004).
A boa postura, segundo Nahas (2001), é “aquela condição em que o
alinhamento corporal proporciona boa eficiência mecânica, pouco stress às
diversas partes corporais (coluna vertebral, joelhos, quadris, pés) e aparência
esteticamente agradável. Existem cinco condições fundamentais para o
desenvolvimento postural e eficiência mecânica nos movimentos:
10
- Cada grupo muscular deve ter suficiente nível de força para executar
suas funções diárias;
- Cada músculo deve ter suficiente relaxamento para executar as suas
funções com facilidade;
- As partes corporais devem apresentar uma flexibilidade que possibilite
amplos movimentos;
- A percepção cinestésica deve ser bem desenvolvida (noção de
equilíbrio e da posição das diversas partes do corpo no espaço);
- Uma boa postura deve ser mantida continuamente durante todo o dia.
Bons hábitos posturais conduzem à boa aparência, eficiência mecânica
nos movimentos e menor risco de lesões, sendo dependentes da força e da
flexibilidade, aliadas à prática consciente e inconsciente que produzem estes
hábitos” (p69).
Não se sabe ao certo a idade do Homem sobre a Terra mas, para
Gorgatti et al, (2005), é pacífico dizer que os problemas posturais existem
desde que o homem surgiu. Sugerem que se “a teoria da evolução do homem
a partir dos quadrúpedes corresponder à verdade, passando pelos macacos,
pode-se notar que a coluna vertebral foi a estrutura mais sobrecarregada e,
também, dizer-se que, apesar de ter uma coluna adaptada ao ortostatismo, do
ponto de vista mecânico, o homem ainda é um quadrúpede metido a bípede. E
é por esse motivo que os seres humanos não passam pela vida sem
apresentarem, ao menos, um episódio doloroso com relação à postura”. (p286).
Teixeira (2008), descreve que a coluna vertebral encontra-se situada na
linha média do corpo e compõe a parte posterior do tronco. O comprimento da
coluna é de cerca de 71 cm nos homens e 61 cm nas mulheres adultas. Esta
estrutura apresenta características de rigidez e plasticidade, pois ao mesmo
tempo que permite o suporte para a manutenção da postura erecta por meio de
uma eficiente estática antigravitacional, permite também uma grande amplitude
de movimentos. Relata ainda que, a coluna é composta por 33 ou 34 vértebras,
divididas em quatro regiões, torácica, lombar e sacrococcígea. Existem
diferenças entre cada região que compõe a coluna vertebral.
11
Freitas (2005), menciona que o sistema motor é responsável pela
realização das acções motoras com os seguintes objectivos: garantir na
postura erecta e com os pés imóveis, que a projecção vertical do centro de
massa (CM) do corpo seja mantida dentro da base de suporte; dar estabilidade
ao corpo suportando as forças que estão continuamente sendo aplicadas a ele
e por último, proporcionar estabilidade ao corpo durante a realização de
movimentos voluntários com um ou mais segmentos corporais.
Braccialli e Vilarta (2000), acreditam que problemas posturais têm sido
considerados um sério problema de saúde pública, pois atingem uma alta
incidência na população economicamente activa, incapacitando-a temporária
ou definitivamente para actividades profissionais. Para tentar minimizar a alta
incidência de afecções posturais no adulto, é necessário um trabalho de base
abrangente, actuando, principalmente, no plano preventivo e educacional,
possibilitando, consequentemente, a mudança de hábitos inadequados. A
educação postural tem como objectivo possibilitar a pessoa a ser capaz de
proteger activamente os seus segmentos móveis de lesões dentro das
condições de vida do quotidiano e profissional, seja no plano estático ou
dinâmico.
Desvios posturais ligeiros são bastante comuns e normalmente podem
ser corrigidos por meio da prática de actividade física. A má postura pode
resultar de desconhecimento, de condições ambientais, genéticas, anomalias
físicas ou de crescimento ou problemas psicológicos. Em outros casos, os
desvios posturais podem ser consequência de factores ambientais simples,
como calçados inadequados (Winnick, 2004).
Segundo Nahas (2001), as dores nas costas (região lombar e cervical),
estão entre os problemas de saúde mais comuns. Hipoteticamente, cada adulto
tem dores musculares ocasionais de algum tipo e milhões são atingidos por
dores lombares, impedindo a realização de tarefas simples em casa ou no
trabalho.
Para Elliott et al., (2000), as causas dos desvios posturais podem ser por
lesão quando ocorre uma lesão óssea, ligamentar ou muscular; doenças que
debilitam ossos e músculos levando a afectar a postura; hábito, quando os
12
segmentos corporais são mantidos fora do alinhamento por muito tempo e
desequilíbrio esquelético, por exemplo, nos membros inferiores.
Os desvios laterais da coluna vertebral podem ser classificados de
estruturais e não-estruturais. “Os desvios estruturais estão relacionados a
deficiências ortopédicas e são mudanças permanentes ou fixas no alinhamento
das vértebras, que não podem ser alteradas por meio de simples manipulação
física, posicionamento ou exercício. No caso dos desvios não-estruturais, ou
funcionais, as vértebras podem ser realinhadas por meio de posicionamento ou
da eliminação da causa primária – como desconhecimento e fraqueza muscular
-, e corrigidas com prática de exercício (Winnick, 2004. p381).
Goldenberg (2008), lembra que as dores nas costas têm sido
recorrentemente detectadas nos idosos. Nesses casos, muitas vezes é devido
a lombalgias em decorrência de erros posturais, obesidade, sedentarismo,
sequelas neurológicas, por causas degenerativas conhecidas como artrose,
que com o passar dos anos compromete a estrutura da coluna, calcificando
ligamentos e ossificação dentro e fora da coluna, comummente chamado bicos
de papagaio.
Pollock e Wilmore, (1993), referem que, lombalgia representa um dos
problemas clínicos mais comuns e caros observados na sociedade
industrializada. Afirma-se que oito em cada dez pessoas experimentam
lombalgia em alguma época da sua vida.
As dores lombares (lombalgias) agudas ou crónicas, segundo
Goldenberg (2008), acometem 80% da população adulta em algum momento
da sua vida e correspondem a 7% do total anual de consultas, perdendo
apenas para a dor de cabeça (cefaleia). A lombalgia não é uma doença mas
sim uma dor, sendo já enumeradas cinquenta causas isoladas ou combinadas
para explicar o problema.
Nahas (2001), expõe que, a prevenção de problemas lombares envolve
três áreas em particular: a aptidão muscular, a boa postura e mecânica
corporal e controlo do peso corporal.
Para Winnick (2004), a coluna vertebral deve apresentar-se recta, sem
curvaturas laterais, caso existam é anormal e é conhecida por escoliose. Além
13
desta existem também, a hiper-lordose que é caracterizada pelo aumento da
concavidade das costas e pelo abdómen protuberante, e a hiper-cifose é
geralmente caracterizada pelo arredondamento anormal da parte superior das
costas.
Vasconcelos (2006), realizou um estudo descritivo sobre a avaliação
cinética e postural de portadores ou não da deformidade escoliose. A amostra
foi constituída por 31 pacientes, com ou sem diagnóstico clínico de escoliose,
atendidos nos sectores de Posturologia e Reumatologia, respectivamente. Os
pacientes foram avaliados segundo um formulário contendo dados de
identificação, dados relacionados à escoliose, indicativos de dor, prática de
actividades físicas, avaliação física e postural e dados dos movimentos de
deslizamento lateral da pelve, com o objectivo de procurar diferenças entre os
grupos estudados. Os autores do trabalho detectaram diferenças entre os dois
grupos relativamente aos apoios podais e à região da pelve, onde os apoios
podais dos não escolióticos eram simétricos com a pelve preferencialmente
antevertida, e os escolióticos com apoios podais assimétricos e pelve elevada à
esquerda, caracterizando o desvio lateral da pelve. Verificaram que
estatisticamente, os pacientes que apresentaram gibosidade à direita
desenvolveram maior amplitude de movimento bilateral no deslizamento
pélvico quando comparados aos pacientes com gibosidade à esquerda,
independentemente da região da coluna vertebral na qual a deformidade se
manifestava. Observaram que, os pacientes escolióticos, pela assimetria dos
apoios podais e da pelve em elevação, apresentaram maiores alterações nos
movimentos de deslizamento pélvico quando comparados aos não escolióticos.
Para que se realize qualquer plano educacional sobre postura é
necessário segundo Braccialli et al., (2000), que exista uma acção conjunta e
integrada de diferentes profissionais, sociedade e governo. As condições
socioculturais do Brasil não favorecem a realização de acções conjuntas. Não é
comum, no país, a realização de movimentos capazes de mobilizarem várias
facções sociais, principalmente, tratando-se de um assunto não essencial à
sobrevivência do homem. A situação deste problema não melhora se todos se
mantiverem alheios a esta questão que afecta 80% da população adulta, em
14
fase produtiva. Se existir uma sensibilização e uma mobilização da população
para este problema, poderá ser possível com pequenos passos contribuir para
pequenas alterações que gradualmente desencadearão em novas acções que
se reflectirão no todo. A realização de um programa de educação postural não
é possível com acções imediatas, o programa tem de ser estruturado em várias
etapas, estabelecendo metas a serem atingidas a curto, médio e longo prazo.
15
2.2. Qualidade de vida
Para Leal (2008), o conceito de qualidade de vida (QV) é utilizado tanto
no contexto da linguagem comum quanto no da pesquisa científica como
sejam, a enfermagem, a economia, a sociologia, a educação, a psicologia, a
educação física, entre outras. Nessa medida, não é fácil definir QV, o conceito
é complexo, ambíguo, lato, e difere consoante a cultura, a época, o indivíduo. A
qualidade de vida como nós a entendemos hoje pode ser diferente do que
eram para os nossos antepassados e ainda pode sofrer alterações para as
gerações vindouras. Por isso, a QV está directamente relacionada com a
percepção que cada um tem de si mesmo e dos que o rodeiam acoplado à
percepção do mundo que o cerca, podendo ser avaliada mediante critérios
como, a educação, a actividade profissional, o optimismo, as necessidades
pessoais e a saúde. Estes mesmos critérios são valorizados de forma diferente
por cada indivíduo conforme as suas circunstâncias: culturais, físicas,
psicológicas, sociais, espirituais e económicas em que se encontram. O facto
de estes critérios serem valorizados de forma diferente também levou ao
surgimento de diversos significados para o termo Qualidade de Vida, tornando-
se necessária uma reflexão sobre o tema.
A qualidade de vida, incluindo componentes sociais, mentais espirituais
e físicos, pode ser considerada como um condicionamento também podendo
ser chamado de bem-estar ou saúde positiva. Qualidade de Vida é
necessariamente uma resposta subjectiva e pessoal, não absoluta (Howley,
2000).
Qualidade de vida, segundo Ghorayeb e Brarros (1999), refere-se ao
grau de satisfação com a vida nos seus vários aspectos que a integram:
moradia, transporte, alimentação, realização/satisfação profissional, lazer, vida
sexual e amorosa, relacionamento com as outras pessoas e segurança
financeira.
Sharkey (1998), menciona, como é um conceito subjectivo para uns a
qualidade de vida pode ser encontrada numa escalada complexa enquanto,
para outros, pode ser uma tranquila caminhada.
16
Como a qualidade de vida é ainda um conceito vago e difícil de ser
mensurado, escalas de qualidade de vida têm sido pouco usadas como
medidas de resultados, para aferir a eficácia e o valor das intervenções. Como
ainda não existe concordância a respeito de QV, durante as últimas décadas, o
debate sobre o seu significado ainda não atingiu um consenso satisfatório. O
termo tem uma definição imprecisa, com inúmeras tentativas na literatura.
Qualidade de vida é um conceito que tem inúmeros pontos de vista, variando
de época para época, de país para país, de cultura para cultura, de classe
social para classe social e de indivíduo para indivíduo, por ser tão heterogénea
é que se torna difícil fazer comparações (Filho & Amaral, 2005).
Pode-se considerar a qualidade de vida, segundo Nahas (2001), tanto
na perspectiva individual quanto social. Nos grupos sociais são utilizados
indicadores estatísticos que caracterizam o grau de qualidade de vida ou
desenvolvimento humano existente, são indicadores: a expectativa de vida, os
índices de mortalidade e morbidade, os níveis de escolaridade e alfabetização
dos adultos, a renda per capita, o nível de desemprego, a desnutrição e a
obesidade.
O conceito de qualidade de vida sofreu alterações ao longo dos tempos,
contudo, sempre foi complexo de avaliar. Alguns conceitos são mais biológicos
e funcionais, outros ligados à saúde, outros ainda, são mais sociais e
psicológicos, como bem-estar, satisfação e felicidade. A qualidade de vida está
directa ou indirectamente ligada a estes conceitos, mas o seu aspecto mais
genérico tem sido apontado como o seu grande diferencial e sua particular
importância. Foi muito indispensável a introdução do conceito de qualidade de
vida, que contribuiu para as medidas em saúde, a QV por ter uma concepção
mais abrangente e estar ligada ao que o sujeito sente e percebe, tem valor
intrínseco e intuitivo, está directamente relacionado com um dos aspectos mais
básicos do ser humano, que é o viver bem e sentir-se bem (Fleck &
Colaboradores, 2008).
A referencia mais antiga de definição de qualidade de vida, segundo
Fillho e tal., (2005), é a de Aristóteles (384-322 a.C), na obra Ética. No Brasil, a
QV surgiu recentemente e tem vindo, pouco a pouco, ganhando relevância e
17
popularidade. Este termo tem sido usado no lugar dos indicadores de saúde
tradicionais, como a taxa de mortalidade e taxas de morbidade, esta utilização
é feita em inúmeros ensaios clínicos e em avaliações de resultados.
Num trabalho realizado por Mazo, Cardoso, Prado e Antunes, (2009),
sobre qualidade de vida em mulheres idosas: comparação entre o nível de
actividade física, incluiu 27 mulheres idosas, na faixa etária entre os 65 e os 84
anos, praticantes de actividade física em programas de extensão universitária,
na Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis. O grupo foi
divido em mulheres muito activas (13 idosas) e pouco activas (14 idosas). Os
autores concluíram que o nível de qualidade de vida foi maior nas idosas mais
activas do que nas idosas menos activas. Estes resultados remetem para a
importância de se manter activo durante o processo de envelhecimento, pois
ainda no estudo foi observado que, as idosas activas obtiveram níveis
significativamente melhores do que as menos activas nos domínios: físico e
nível de independência.
Nahas (2001), refere que, no contexto das sociedades industrializadas e
em desenvolvimento, o estilo de vida, e mais especificamente a actividade
física, tem sido um factor decisivo na qualidade de vida das pessoas em todas
as idades e condições.
2.3. Actividade física
Actualmente, segundo Arena (2009), tem-se valorizado a prática da
actividade física, orientada por um profissional de educação física. A actividade
física regular pode ajudar na prevenção e no tratamento de doenças, além de
proporcionar uma maior qualidade de vida. Cientistas da actividade física,
profissionais da saúde afirmam que a prática de exercícios regular constitui a
melhor defesa contra o desenvolvimento de muitas doenças, distúrbios e
indisposições. Para o indivíduo sedentário existe um maior risco de
desenvolver doenças crónicas como cardiopatia coronária, hipertensão,
diabetes mellitus, obesidade e distúrbios músculo-esqueléticas.
18
Para M. Matsudo, Matsudo e Brarros, (2001), a actividade física é defina
como qualquer movimento corporal produzido em consequência da contracção
muscular que resulte em gasto calórico. O exercício é uma subcategoria da
actividade física que é planeada, estruturada e repetitiva, resultando na
melhora ou manutenção de uma ou mais variáveis da aptidão física. A aptidão
física é considerada não como um comportamento, mas uma característica
avaliável que o indivíduo possui ou atinge, como a potência aeróbia, endurance
muscular, força muscular, composição corporal e flexibilidade.
A aptidão física, segundo Nahas (2001), é a capacidade de realizar
actividades físicas, podendo ser distinguidas de duas formas: a aptidão física
relacionada com a performance motora e a aptidão física relacionada à saúde,
que associa características, que em níveis adequados, possibilitam uma boa
energia para o trabalho e o lazer, levando assim a um menor risco de
desenvolver doenças ou condições crónico – degenerativas associadas a
baixos níveis de actividade física.
Gallardo (2009), considera que, as capacidades de coordenação motora
são a base de uma boa capacidade de aprendizagem sensório-motora. Quanto
mais elevado for o seu nível de desenvolvimento, mais rápido e mais seguro
podem ser aprendidos movimentos novos ou difíceis, isto com uma economia
de esforço, dado as melhores orientações e precisão dos movimentos, que
permitem executar movimentos com menor consumo de força muscular.
A actividade física é qualquer movimento corporal produzido pela
musculatura esquelética, por isso, voluntário, que resulta num gasto energético
acima dos níveis de repouso. Por outro lado, a aptidão física é a capacidade
que um sujeito tem para realizar actividades físicas. Isto é uma característica
do ser humano que pode derivar de factores herdados, do estado de saúde, da
alimentação e, principalmente, da prática regular de exercícios físicos (Nahas,
2001).
Verderi (2004), afirma que, a actividade física promove um impacto
sobre a prevenção e o restabelecimento funcional das doenças crónico –
degenerativas e alivia as sintomatologias dolorosas. Outro aspecto é que
19
também promove melhor capacidade cardiovascular, aumenta a massa
muscular, a força muscular e melhora a flexibilidade.
Segundo Allsen (1997), actividade física traz benefícios à maior parte
dos componentes estruturais e funcionais do sistema músculo-esquelético,
aumentando a capacidade funcional e por consequência, melhora a qualidade
de vida. Uma parte do declínio da capacidade funcional relacionado à idade
deve-se muitas vezes à insuficiente actividade física do que propriamente à
idade.
O exercício físico é uma forma específica de actividade física
sistemática, planeada, que tem como objectivo desenvolver a aptidão física,
reabilitar funções orgânicas, desenvolver habilidades motoras ou promover um
gasto energético extra (Nahas, 1999).
Segundo Nieman (1999), a aptidão física está ligada com a saúde, pois
esta é um estado de completo bem-estar físico, mental, social e espiritual e não
só a ausência de doenças ou enfermidades. A aptidão física é uma condição
que o sujeito tem, com energia e vitalidade suficientes para poder executar as
tarefas do quotidiano e participar de actividades recreativas sem fadiga. Logo,
o objectivo final da promoção da actividade física é a saúde.
A inactividade física representa uma causa importante de debilidade, de
reduzida qualidade de vida e morte prematura nas sociedades
contemporâneas, principalmente nos países industrializados, por isso a
importância da actividade física em todas as idades é de extrema importância
(Nahas, 2001).
2.3.1. Actividade física adaptada
Gorgatti et al., (2005), descrevem a educação física adaptada como uma
parte da educação física, onde os objectivos são o estudo e a interferência do
profissional da área no mundo dos indivíduos que representam diferentes e
particulares condições para a prática das actividades físicas. O importante é o
desenvolvimento da cultura corporal de movimento. Actividades, como
20
ginástica, dança, jogos e desporto, que fazem parte de qualquer programa de
actividade física, devem ter em conta o potencial de desenvolvimento pessoal e
não a diferença que o indivíduo apresenta.
Pedrinelli (2004), relata que no Brasil, um dos marcos de
desenvolvimento profissional e académico ocorreu em 1984 quando foram
organizados alguns cursos de Educação Física Adaptada para dar resposta às
necessidades futuras. Em 1986 aconteceu o I Simpósio Paulista de Educação
Física Adaptada, e nos anos pares subsequentes passou a ser este um evento
que reúne os profissionais e estudantes da área. Em 1988 foi criado o primeiro
curso de especialização em Uberlândia, que ainda hoje, é um dos cursos de
referência no país. A Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade
Estadual de Campinas (UNICAMP) foram pioneiras na formação de mestres e
doutores, e presentemente dividem o mérito da produção de conhecimento
com outras Instituições de Ensino Superior no Brasil. Em 1994 foi fundada a
Sociedade Brasileira de actividade Motora Adaptada (SOBAMA), passando em
1995 a assumir a realização bienal dos congressos brasileiros de actividade
motora adaptada. Também investiu na publicação de uma revista científica.
Os técnicos de educação física têm um papel fundamental para que
proporcionem boas experiências em educação física adaptada (Winnick, 2004).
Segundo Gorgatti et al., (2005), é necessário olhar as pessoas que
apresentam diferentes condições para a prática de actividades físicas e
perceber, não só a limitação, nem a desvantagem, mas as suas capacidades e
potencialidades, isto é, contribuir para um efectivo processo a fim de assegurar
os direitos humanos e sociais e melhorar a qualidade de vida destas pessoas.
A educação física adaptada deve manter a integridade das actividades e
promover a maximização do potencial individual. Depois de se conhecer as
limitações e as metas a serem alcançadas por cada indivíduo só se deve
alterar as actividades na medida do estritamente necessário mantendo-as num
desafio a todos que nelas participam e sobretudo, valorizar a diferença.
É necessário algum cuidado quando se afirma que deve existir paridade
para com os indivíduos que praticam actividade adaptada, segundo Marques et
al., (2001), a igualdade não deve ser entendida como sinónimo de
21
normalização absoluta, ou seja, a igualdade tem que ser construída através da
afirmação do direito à diferença. Por isso, é que as sociedades
contemporâneas se distinguem das anteriores, pela afirmação do respeito pela
dignidade humana e pela garantia de que o indivíduo com necessidades
especiais lhe será permitido integrar-se na sociedade sem qualquer barreira
social, psicológica ou física.
Nieman, (1999), afirma que, para a prevenção da lombalgia é importante
praticar exercícios regularmente para reforçar os músculos das costas e
abdómen.
Marques, Castro e Silva, (2001) consideram que a actividade física
adaptada destaca e abarca todas as formas de participação desportiva de
qualquer sujeito, mesmo tendo limitações de movimento, e seja qual for o
objectivo dessa actividade (educativo, recreativo, competitivo ou terapêutico).
Considerando diferentes patologias e aceitando-as como limitadoras da normal
actividade física, existe uma procura do conhecimento para objectivar a relação
positiva da actividade física como mais uma forma de prevenção. Por isso, é
importante efectuar estudos no terreno para que concluam com unanimidade a
relevância da actividade física adaptada.
2.3.1.1. Programas teóricos de actividade física adaptada
Allsen (1997), afirma que em qualquer programa e condicionamento
físico, para melhorar a condição física é fundamental o princípio da sobrecarga,
que faz com que o corpo se adapte e aumente a sua capacidade de
desempenhar trabalho físico. Existem quatro variáveis para controlar a
sobrecarga, a frequência, intensidade, duração e tipo de actividade. A
frequência corresponde ao número de sessões de treino por semana, a
intensidade é o grau de dificuldade dos exercícios, a duração equivale à
quantidade de tempo exigida para cada sessão de exercícios e finalmente, o
tipo equivale ao modelo de actividade usado nas sessões.
22
Gorgatti et al., (2005) destacam que é importante a reabilitação para
pessoas com deficiência na coluna mas, que o problema reside nas escolhas
dos exercícios simétricos ou assimétricos. “Não existe um critério generalizado
e único. Basicamente, exercícios simétricos são indicados para qualquer
situação, pensando, é claro, no equilíbrio mecânico desse corpo no espaço.
Com relação aos casos de atitudes escolióticas (escoliose funcional),
recomendam-se exercícios assimétricos, os quais corrigem falhas nos hábitos
posturais incorrectos. As deformidades torácicas beneficiam basicamente dos
mesmos exercícios”(p314). Algumas orientações e cuidados a ter com pessoas
com deficiência postural. É preciso estar atento aos hábitos de postura, para
deste modo evitar as acentuações das curvaturas fisiológicas, o
desnivelamento dos ombros, o quadril e o encurtamento dos membros
inferiores. Quando é detectado alguma dessas assimetrias, é aconselhável que
se procure um especialista para que este o encaminhe para a actividade mais
recomendável para o seu caso em concreto. É também recomendável
considerar o controlo do peso corporal, dentro dos padrões aceitáveis para a
sua idade, sexo e altura; evitar sobrecargas no seu quotidiano como carregar
pesos exagerados e levantá-los correctamente; manter a actividade física
regular (mínimo duas vezes por semana) sempre com a orientação de um
profissional de educação física.
Um programa que vise a correcção de desvios posturais segundo
Winnick (2004), deve ter como objectivo geral o fortalecimento dos músculos
usados para fazer a coluna vertebral voltar ao posicionamento normal, e
alongar os músculos que a estão a empurrar para fora dessa posição correcta.
Todos os programas de exercícios e actividades devem começar e acabar com
alongamentos, enfatizando os estáticos, que devem ser mantidos durante 15
segundos. Os exercícios que tornam o corpo simétrico são aconselháveis, o
programa deve ser o mais variado e interessante possível, para manter a
motivação e o envolvimento do aluno. Assim, baseando no conhecimento dos
músculos envolvidos num desvio da coluna vertebral, o técnico de educação
física deve ser capaz de seleccionar actividades e exercícios apropriados.
23
Weineck (2005) refere que, no treino de força muscular devem ser
utilizados exercícios que possam ser executados sem a realização da manobra
de valsalva, como exemplo, flexões de braço em suspensão. O treino de
flexibilidade deve ser feito, preferencialmente, diariamente, e conter 1-3 séries
de exercícios, cada uma com 15 repetições. A melhoria da flexibilidade e da
coordenação motora ocorre principalmente por meio de exercícios na forma de
movimentos de balanço, rotação e pêndulo (cabeça, tronco e extremidades).
A aptidão física relacionada à saúde, segundo Nahas (2001), tem os
seguintes componentes: força e resistência muscular, flexibilidade, resistência
aeróbia e composição corporal. Todos estes componentes são essenciais para
uma vida activa, com menos riscos de doenças e uma perspectiva de vida mais
longa e autónoma. A resistência aeróbia é a capacidade do organismo resistir à
fadiga em esforços de média e longa duração. A flexibilidade é o grau de
amplitude dos movimentos das diversas partes do corpo e depende da
elasticidade dos músculos e tendões e da estrutura das articulações. A
resistência muscular ou força é a capacidade de um grupo muscular de
efectuar repetidas contracções sem diminuir significativamente a eficiência do
trabalho realizado. Por fim a composição corporal que pode ser distinguida por
dois componentes corporais básicos, gordura e a massa magra.
Para Pollock (1993), os problemas relacionados à coluna vertebral são
geralmente criados por um desequilíbrio de força e de flexibilidade abrangendo
as regiões lombar e abdominal, pelo levantamento de pesos ou por flexões a
partir de posições incorrectas ou ainda pelo excesso de musculatura nessa
região. Os distúrbios da força, como a musculatura enfraquecida, e
desequilíbrios são geralmente encontrados em pessoas que apresentam
problemas lombares porque têm, pouca flexibilidade da musculatura poplítea e
dos músculos da região lombar, pouca flexibilidade dos músculos flexores do
quadril, além da musculatura abdominal e lombar enfraquecida. Para agravar a
situação muitas vezes estes indivíduos estão descondicionados fisicamente e
apresentam excesso de peso.
A coluna vertebral é capaz de suportar segundo Júnior (2009), um maior
esforço quando as curvaturas normais são mantidas. A coluna deve ser flexível
24
e forte, descuidar umas dessas capacidades físicas pode levar á fadiga, lesão
e dor. É muito importante levar em conta a prescrição do exercício físico
conjuntamente com as necessidades comuns das pessoas nas suas funções
do quotidiano. Uma prescrição mal elaborada de flexibilidade e de força pode
reflectir negativamente no sujeito.
Segundo Howley (2008), pessoas com problemas lombares, regra geral
têm a musculatura das costas mais fraca do que a musculatura abdominal, isso
pode ser atribuído ao descuido de trabalhar os músculos extensores nos
programas de exercícios. Quando treinada, a musculatura do tronco trabalha
em conjunto, como um colete dinâmico, enquanto os músculos abdominais
laterais mantêm unidos os flexores e os extensores da coluna para propiciar
um centro forte. Exercícios recomendados para o desenvolvimento da
musculatura do tronco devem ter em atenção aos movimentos de extensão da
coluna pois estes não devem ultrapassar a linha da lordose lombar normal.
Junior (2009), refere que, as posturas no ambiente de trabalho são
estáticas e/ou com movimentos repetitivos e limitados quanto à amplitude total
de movimentos. Como são acções automatizadas são pouco perceptíveis.
Essas características aumentam a oportunidade de os músculos agonistas e
antagonistas entrarem em discordância, os agonistas rígidos e os antagonistas
fracos. A identificação do problema, o empenho de meios de desenvolver a
aptidão física e a consciência da qualidade das posturas diárias aumentam os
efeitos dos exercícios físicos.
Gorgatti et al., (2005) relatam no seu trabalho que o início da ginástica
adaptada foi em 1973 com a criação Centro de Práticas Exportivas da
Universidade de São Paulo (PEPEUSP). “As actividades de Condicionamento
Físico Especial, aliando o trabalho de profissionais de Medicina Desportiva com
o de professores de educação física. O objectivo do seu trabalho era atender
alunos dos cursos regulares de modalidades desportivas que apresentavam
queixas dolorosas durante a prática das actividades. Com a obrigatoriedade da
prática de educação física no ensino superior, os casos aumentaram,
acrescidos dos problemas posturais ocorridos em funcionários e docentes da
Universidade, sobrecarregados pela postura inadequada durante as suas
25
jornadas de trabalho. O aumento das horas diárias de trabalho, o
sedentarismo, a obesidade, o mobiliário antiergonômico e o uso inadequado
das estruturas corporais estão entre os factores predisponentes para o
aparecimento dos sintomas dolorosos que limitam a mobilidade do corpo
humano”. (p289).
2.3.2. Actividade Física no Idoso
Dantas e Vale (2008), refere que, “o Brasil possui 13,5 milhões de idosos
(8,65% da população). A estimativa é de, em 2050, ter 56 milhões (24% da
população prevista. A expectativa de vida também tem crescido. Segundo
dados do IBGE de 1999, enquanto a expectativa de vida em 1950 era de 43,33
anos, em 1998 chegou a 68,10. Para 2010, está projectada a idade média de
70,11 anos. Cresce a população idosa (p60).
O Ministério da Saúde do Brasil, em 2003 elaborou uma lei – Lei nº
10.741, de 1 de Outubro de 2003 – onde dispõe sobre o Estatuto do Idoso, no
artigo 1º, título 1, escreve “é instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular
os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60
(sessenta) anos” (p7).
Tal como no Brasil, a Europa e em especial Portugal também está a
tornar-se um país envelhecido. Os idosos na estrutura populacional, têm vindo
a aumentar de forma significativa, primeiro porque a taxa de natalidade desceu
e segundo porque a aumento da esperança de vida aumentou. Isto tem
implicações pois exige políticas sociais que permitam fazer face à nova
realidade e onde a saúde e o apoio social terão de ser redimensionados. A
nível económico é preciso um esforço acrescido da segurança social, com
pagamento de reformas e também com os serviços especializados destinados
a este grupo populacional. A exclusão social, a solidão e a pobreza são ainda
parte das complicações a nível social. (Cancela, 2007).
Mazzeo e Cavanagh, (2009), considera o envelhecimento um processo
complexo e envolve muitas variáveis como, a genética, o estilo de vida,
26
doenças crónicas, e como elas interagem entre si vão influenciar de forma
inequívoca o modo como alcançamos determinada idade. Por isso a actividade
física regular proporciona um número de respostas favoráveis que contribuem
para o envelhecimento saudável.
McArdle e Katch, (2002), explicam que o envelhecimento é um processo
que engloba a fragilidade física e que era encarado como fisiologicamente
inevitável. Houve uma mudança em relação a esta ideia tradicional,
presentemente o envelhecimento cronológico não se enquadra na noção
sombria de que a perda da estrutura corporal e de capacidade funcional não
podem ser alteradas.
Tem-se falado do envelhecimento como se fosse uma tendência mas, o
envelhecimento não é um estado e sim um processo de degradação
progressiva e diferencial. Este processo afecta todos os seres vivos e chega ao
termo natural que é a morte (Cancela, 2007).
Para Simões (1998), o processo de envelhecer como aquele que
começa ao nascer, ou seja, vai desde o berço até à morte, e como é um
processo que vai mudando de acordo com cada órgão, parte e sistema do
corpo, varia de indivíduo para indivíduo.
De acordo com Spirduso (2008, como citado em Albuquerque, 2008,
p23), o envelhecimento é um conjunto de processos, intrínseco a todos os
seres vivos e que nada mais é do que a perda da capacidade de adaptação e
diminuição da funcionalidade, mobilidade e autonomia estando associado a
alterações físicas e fisiológicas. O envelhecimento é um processo irreversível
que atinge progressivamente os vários órgãos e sistemas do corpo humano,
levando a um declínio quase linear de todas as funções.
Raso (2007), descreve o envelhecimento como “um processo contínuo
de remodelação e perda progressiva das capacidades fisiológicas, com
diferentes magnitudes e singularidades nos distintos sistemas e às diversas
espécies, sendo dependente a exposição fenotípica de inúmeros factores
ambientais, além da carga genética que culmina em morte” (p20).
Weineck (2005), descreve o envelhecimento, no que se refere ao
desporto, como o conjunto de todas as alterações biológicas, psicológicas e
27
sociais que, depois da idade adulta e logo a seguir o desempenho máximo
ultrapassado, a consequência é uma diminuição gradual das capacidades
fisiológicas e psicológicas de adaptação e de desempenho do indivíduo.
Segundo Dantas et al., (2008), o envelhecimento é concebido e vivido de
diferentes formas, nas sociedades capitalistas, países mais desenvolvidos, o
espaço social ocupado pelos idosos começa a diminuir, são vistos como
improdutivos e incapazes de gerarem riqueza. No seio familiar deixam de
participar nas decisões e da resolução dos problemas diários. A agravar a
situação dos idosos está a dificuldade de eles lidarem com as dores e perdas
(status, mortes de pessoas queridas, reforma). Relativamente à parte biológica,
o idoso também não está isento de dificuldades, a velhice torna-os menos
capazes fisicamente, ficam com maiores limitações e maiores possibilidades de
contraírem doenças. Existe uma diminuição da capacidade aeróbia por parte
do idoso, do equilíbrio, do tempo de reacção e de movimento, da agilidade, da
coordenação levando a uma maior dificuldade para realizar as tarefas do
quotidiano e para a independência funcional.
Albuquerque (2008), considera como premissa que a melhoria da
qualidade de vida durante a velhice é um grande desafio neste século XXI. É
importante saber qual o papel da actividade física na melhoria da qualidade de
vida do idoso, não descuidando as características e necessidades especificas,
respeitando as diferenças físicas e psíquicas do idoso. Por isso, o aumento da
actividade física como promotora da aptidão física e funcional deve ser um dos
objectivos da saúde nacional do Brasil, devendo ser promovida durante todas
as fases do ser humano, em especial com os idosos.
Verderi (2004), constata que actualmente, a actividade física tem sido
recomendada para os idosos, pelos profissionais da área médica com obtenção
de bons resultados num curto espaço de tempo. Proporciona um suporte
emocional através da redução de ansiedade, aumenta a segurança e a auto-
estima, ampliando também a capacidade mental, física e social. Outra das
razões para os idosos se manterem activos é que também vai estimular o seu
interesse por actividades variadas como teatro, literatura, jogos, inserindo-os
activamente na sociedade.
28
2.3.2.1. Programas teóricos de actividade física para
idosos
Para Albuquerque (2008), a actividade física e o exercício físico no idoso
encerram vários objectivos aos níveis físicos e fisiológico, social, e psicológico,
que sintetizam num objectivo principal que é a melhoria da qualidade de vida
do sujeito idoso. Assim, “a actividade física surge como elemento potenciador
da qualidade de vida da população, nomeadamente da pessoa idosa, na
medida que, para além dos aspectos directamente relacionados com a saúde,
o seu nível de independência funcional e autonomia quotidiana com reflexos
evidentes sobre a qualidade de vida está dependente de um bom desempenho
motor, tornando a prática regular de actividade física, seja ela formal ou não
formal, determinante neste escalão etário (p27).
Actividade física e aptidão física, segundo Nahas (2001), têm sido
associadas ao bem-estar, à saúde e à qualidade de vida das pessoas idosas,
quando os riscos da inactividade são maiores, levando à perda precoce de
vidas e de muitos anos de vida útil. Aspectos da saúde que podem melhorar
nestas idades com a prática da actividade física regular são: osteoporose,
equilíbrio, postura, locomoção, mobilidade, dores lombares, entre outras.
Corazza (2001), refere que, existe um consenso em relação aos
objectivos de um programa de exercícios, estes devem estar directamente
relacionados com as alterações mais importantes, decorrentes do processo de
envelhecimento. Por isso os exercícios para a terceira idade devem estar
direccionado para: uma melhora da flexibilidade, força, coordenação e
velocidade; maior resistência; manutenção da gordura corporal em proporções
aceitáveis para a idade.
Segundo Kiss (2003), a falta de estímulos físicos regulares através de
exercícios resistidos acelera a velocidade da redução da massa muscular
resultante do envelhecimento. Entre os 25 e os 50 anos de idade a perda é de
10% e entre os 50 e os 80 anos, de 40%, o que significa uma redução de
metade da massa muscular aos 80 anos de idade. Por isso, os exercícios
localizados de resistência e flexibilidade são fundamentais para melhorar o
29
desempenho no treino aeróbio. O fortalecimento dos músculos das pernas e a
maior mobilidade das articulações, proporcionada pela maior elasticidade
muscular, prolongam a vida útil dos componentes articulares, melhoram a
mecânica do movimento e aumentam a resistência nos exercícios de longa
duração.
Os exercícios regulares podem também diminuir a gordura corporal,
típica nos idosos e aumentar a força muscular, bem como a melhora da aptidão
aeróbia. Os idosos treinados fisicamente podem cuidar melhor das suas vidas
diárias, relatam que, dormem melhor, são menos vulneráveis às doenças virais
e gozam de uma melhor qualidade de vida (Nieman, 1999).
Weineck (2005), refere que a ginástica para o idoso é imprescindível. A
sua importância está nos exercícios bem escolhidos, bem doseados e
executados de forma regular, fortalecem a musculatura, mantêm o aparelho
locomotor e as articulações flexíveis, reagindo deste modo, contra a rigidez que
aparece na velhice.
Para Brooks (2008), existem orientações gerais sobre exercícios para
idosos, elas são: usar informações confiáveis; realizar uma avaliação antes de
iniciar um programa de actividade física para aferir das capacidades e
limitações de cada sujeito; entender e esclarecer as metas do treino para
idosos; ajustar o treino cardiovascular para esta faixa etária; incluir o treino de
força no programa; enfatizar a flexibilidade e a postura e por último
individualizar o mais possível os programas de exercícios para idosos.
Segundo Rauchbach (2001), deve-se trabalhar com os idosos a
reeducação postural, a força muscular, a mobilidade articular, o equilíbrio, a
coordenação, a capacidade aeróbia, a respiração e o relaxamento. Num
programa de actividade física para a terceira idade, deve-se enfatizar o
esquema corporal. O que mais importa é a reeducação das funções do
quotidiano como sejam, subir e descer escadas, segurar-se num transporte
público, colocar os sapatos, pentear e vestir-se, mas também a participar em
actividades colectivas como forma de socializar.
Nahas (2001) afirma que independentemente dos exercícios escolhidos
para a terceira idade, o objectivo principal é manter a mobilidade e a
30
autonomia, realizando actividades que sejam agradáveis e promovam a
interacção social. As áreas da aptidão física incluem a aptidão respiratória,
força muscular, flexibilidade, equilíbrio e agilidade. Nas actividades de
resistência geral que promovem a aptidão respiratória pode ser sugerido a
estas pessoas a caminhada, actividades colectivas que são agradáveis para o
convívio. Na força muscular, deve-se incluir actividades como levantar e
carregar objectos com algum peso que ajudem na manutenção da postura e do
equilíbrio. A flexibilidade e a mobilidade das partes corporais podem ser
mantidas com exercícios de alongamento suaves, movimentando o corpo de
forma lenta até ao limite (sem dor) da amplitude das articulações. As pessoas
mais velhas respondem mais devagar aos estímulos dos exercícios, mas o
organismo delas mostram adaptações semelhantes aos mais jovens. Por isso,
é importante ajustar a intensidade, a duração, o tipo e a frequência das
actividades às características funcionais, condição de saúde, necessidades e
interesses de cada um.
Para Litvoc e Brito, (2004), o envelhecimento e a prescrição da
actividade física, no que se refere à dose e tipo, está na “nova proposta
internacional, a actividade física deve ser feita na maioria dos dias da semana
(cinco dias), de preferência todos os dia, pelo menos 30 minutos, de forma
contínua ou acumulada (em sessões de no mínimo dez minutos) e de
intensidade moderada (actividades que aumentem a frequência cardíaca ou a
frequência respiratória, mas permitam respirar sem dificuldades e aumentem a
temperatura corporal). De acordo com o último posicionamento oficial do
Colégio Americano de Medicina Desportiva, a quantidade e a qualidade de
exercícios recomendada para o desenvolvimento e manutenção da aptidão
cardiorespiratória e muscular de adultos sadios é de intensidade de 55-65% da
frequência cardíaca máxima, de actividades que usem grandes grupos
musculares. Devem ser evitadas altas intensidades e o exercício nunca deve
ser realizado com o propósito de alcançar a fadiga ou a exaustão. A actividade
física deve ser evitada durante o curso de doença aguda, em condições
climáticas extremas, durante excitação psicológica e logo após a refeição
(p65).
31
No trabalho realizado por García, González, Sanchez e S. García,
(2007), sobre condicionamento de idosos: Influência de um programa de treino
em circuito sobre a condição física saudável e a qualidade de vida de mulheres
sedentárias com mais de 70 anos, participaram 23 mulheres que fizeram parte
de um treino de 16 semanas, 2 vezes por semana e cada sessão com a
duração de 60 minutos. Pretenderam conhecer a influência de um programa de
treino em circuito sobre a condição física saudável. Foram avaliadas antes e
depois do programa sendo utilizado a bateria de testes físicos AFISAL-INEFC e
a qualidade de vida mediante o questionário SF-36. Nos resultados,
constataram que existiu melhorias significativas na força do membro inferior e
na flexibilidade do membro superior. A qualidade de vida mostrou melhoras na
saúde geral e mental. Puderam assim comprovar que existe relação entre as
variáveis de condição física saudável e qualidade de vida.
3. PROTOCOLO DE EXERCÍCIOS
32
33
3. PROTOCOLO DE EXERCÍCIOS
Numa das etapas desta pesquisa foi aplicado o protocolo de exercícios
(anexo VII), aos adultos e idosos, do Núcleo Actividade Física Adaptada e
Saúde (NAFAS), na sala 2, das instalações do Centro da Práticas Esportivas
da Universidade de São Paulo (CEPEUSP). O protocolo foi aplicado duas
vezes por semana, cada sessão de 60 minutos.
O objectivo da aplicação do protocolo foi verificar se existiu alguma
alteração nas queixas álgicas da coluna vertebral e se teve alguma alteração
na qualidade de vida dos adultos e idosos do NAFAS.
O protocolo de exercícios foi elaborado de acordo com três critérios: o
gosto dos sujeitos da amostra, ou seja, depois de uma palestra foi aferido quais
eram os exercícios que eles se sentiam mais motivados e que já estavam mais
familiarizados para executá-los; o que a literatura dizia a respeito dos
exercícios mais adequados para problemas posturais e por último que fosse
fácil aplicá-los a um conjunto de sujeitos, num contexto de aula de grupo e com
o material que a sala dispunha.
Optámos pela seguinte estrutura de plano de aula: aquecimento e
mobilidade das articulações, treino proprioceptivo (equilíbrio), treino de força
(enfatizando a parte do tronco), alongamentos e relaxamento da cintura
escapular e respectiva socialização do grupo. Quase todos os exercícios são
realizados na Fit Ball, por criar uma instabilidade, é benéfica para trabalhar a
postura, fortalece o abdómen e costas devido à contracção que ela obriga para
controlar o corpo e manter o equilíbrio sobre a bola.
Segundo Rauchbach (2001), a mobilidade articular “leva o indivíduo a
desenvolver a amplitude das articulações capacitando músculos e tendões a
uma tensão maior, dotando o indivíduo de condição elementar de uma
execução qualitativa e quantitativa” (p32).
A produção do líquido sinovial também é benéfica, lubrifica as
articulações sinoviais e nutre a cartilagem, permitindo o seu movimento suave
e indolor.
34
Raso (2007), afirma que, a mobilidade para a coluna melhora a
estabilidade, integridade e a mobilidade da articulação da coluna vertebral.
Para Rauchbach (2001), os estímulos proprioceptivos, educam as
sensações e levam a uma boa integração do esquema corporal, facilitando
deste modo, as actividades diárias com menos gasto energético. Os exercícios
de coordenação devem ser idênticos aos produzidos no dia-a-dia, não devendo
ser complexos de forma que dificultem a sua execução.
Os exercícios de equilíbrio devem ser executados de 2 a 4 vezes por
semana, para facilitar as tarefas quotidianas de acordo com Nahas (2001).
De acordo com as indicações da literatura, os nossos exercícios foram
realizados em pé para equilíbrio do corpo e respectiva postura, realizando um
pêndulo com o membro inferior que não está fixo no solo em direcção aos
pesos que estão colocados no chão. Relativamente aos exercícios de
coordenação, foram executados na bola por causa da instabilidade e
realizaram o movimento coordenando os braços com as pernas, como se
estivessem a andar, com marchas e ritmos diferentes.
Júnior (2009), refere que, exercícios de força devidamente
supervisionados melhoram a função e diminuem a dor de pessoas com queixas
álgicas na coluna lombar. É importante reforçar os músculos abdominais,
dorsais e glúteos, para isso é importante colocar no programa de treino
exercícios de força.
Weineck (2005), refere que num programa de actividade física deve
estar incluído a parte de força para que desta forma, e em especial para a
terceira idade, desenvolverem a musculatura contudo, deve-se ter especial
atenção ao emprego da força para este escalão, não devendo ultrapassar um
terço da repetição máxima individual.
Segundo Rauchbach (2001), os exercícios de força “facilitam a
manutenção dos níveis de proteínas corporais e a reconstrução em casos de
hipotrofia por inactividade, com melhor conservação da massa e de toda a
musculatura do corpo, aumentando também a resistência” (p32).
35
Ter um tronco forte é importante mas é necessário ter cuidado para não
esquecer os membros inferiores pois melhora a estabilidade, integridade e a
mobilidade das articulações do joelho e do quadril (Raso, 2007).
A parte referente à força, no nosso protocolo de exercícios, foi pensada
de acordo com os problemas de postura que os indivíduos tinham e por isso,
iniciámos com a ponte glútea, a remada em decúbito ventral, em cima da bola,
para potencializar a força dos estabilizadores escapulares e atenuando a
protracção dos ombros. A extensão do tronco em decúbito ventral para
potencializar os erectores do dorso, atenuando a hipercifose torácica e
estabilizando a coluna. Por último, a extensão do quadril em decúbito ventral
na bola, para auxiliar na atenuação da anteversão pélvica diminuindo a
hiperlordose lombar.
Para Júnior (2009), quanto mais um individuo se alongar, menor será a
possibilidade de rigidez muscular, pois o exercício permite que as tensões não
se acumulem continuamente.
Weineck (2005), adverte que, os exercícios de alongamentos só devem
ser realizados após cuidadoso aquecimento e relaxamento da musculatura,
uma vez que a elasticidade dos músculos, tendões e ligamentos nas pessoas
mais velhas devem ser levadas em conta.
Os alongamentos escolhidos para o nosso grupo, seguiram a linha do
que foi proposto no trabalho de Júnior “Flexibilidade e alongamento: saúde e
bem-estar” (2009), alguns foram realizados com a bola e outros com o auxílio
de cordas.
Rauchbach (2001), refere que, o relaxamento é benéfico para aliviar a
tensão de um segmento muscular, devendo o sujeito controlar ou inibir
tensões, através da consciência corporal.
Na fase final do nosso protocolo de exercícios, aplicámos uma técnica
de relaxamento realizado em pares em que um aplica ao outro, sentado na
bola fazendo pressão na zona das costas para relaxar a musculatura da cintura
escapular e também como forma de socializar entre o grupo.
Num programa de exercícios o objectivo é ter benefícios de longo prazo,
segundo Howley (2008), é necessário uma participação regular nas actividades
36
físicas para produzir os seguintes benefícios: melhor bem-estar geral; melhor
saúde mental; melhor função cognitiva: melhor tempo de reacção e velocidade
de processamento do sistema nervoso central; melhor controlo motor e
desempenho em habilidades tanto refinadas como gerais; aumento da
capacidade de aquisição de habilidades; aumento da integração; novas
amizades. No caso dos idosos pode-se acrescentar melhor actividade inter-
geracional, ou seja, onde num grupo de alunos não seja notada a diferença de
idades.
37
4. OBJECTIVOS E HIPÓTESES
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4. OBJECTIVOS E HIPÓTESES
4.1. Objectivo geral
O objectivo principal deste trabalho foi verificar se existiram alterações
na qualidade de vida e nas queixas álgicas da coluna vertebral após a paragem
de dois meses de actividade física e se existiram alterações na qualidade de
vida e nas queixas álgicas da coluna vertebral após a aplicação de um
protocolo de 10 semanas de exercícios a dois grupos – adultos dos 40 aos 59
anos – e idosos dos 60 aos 70 anos – alunos de ginástica adaptada, do
NAFAS, do CEPEUSP.
4.2. Objectivos específicos
� Verificar a qualidade de vida dos adultos do NAFAS antes e após
a paragem de dois meses de actividade física.
� Verificar as queixas álgicas na região da coluna vertebral dos
adultos do NAFAS antes e após a paragem de dois meses de actividade física.
� Verificar a qualidade de vida dos adultos do NAFAS antes e após
a aplicação do protocolo de exercícios.
� Verificar as queixas álgicas na região da coluna vertebral dos
adultos antes e após a aplicação do protocolo de exercícios.
� Verificar a qualidade de vida dos idosos do NAFAS antes e após a
paragem de dois meses de actividade física.
� Verificar as queixas álgicas na região da coluna vertebral dos
idosos do NAFAS antes e após a paragem de dois meses de actividade física.
� Verificar a qualidade de vida dos idosos do NAFAS antes e após a
aplicação do protocolo de exercícios.
� Verificar as queixas álgicas na região da coluna vertebral dos
idosos antes e após a aplicação do protocolo de exercícios.
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4.3. Hipóteses
As principais hipóteses a testar nesta pesquisa são as seguintes:
H1 – A qualidade de vida dos adultos do NAFAS é inferior após a
paragem de dois meses de actividade física.
H2 – As queixas álgicas na região da coluna vertebral dos adultos do
NAFAS são superiores após a paragem de dois meses de actividade física.
H3 – A qualidade de vida dos adultos do NAFAS é superior após a
aplicação do protocolo de exercícios.
H4 – As queixas álgicas na região da coluna vertebral dos adultos do
NAFAS são inferiores após a aplicação do protocolo de exercícios.
H5 – A qualidade de vida dos idosos do NAFAS é inferior após a
paragem de dois meses de actividade física.
H6 – As queixas álgicas na região da coluna vertebral dos idosos do
NAFAS são superiores após a paragem de dois meses de actividade física.
H7 – A qualidade de vida dos idosos do NAFAS é superior após a
aplicação do protocolo de exercícios.
H8 – As queixas álgicas na região da coluna vertebral dos idosos do
NAFAS são inferiores após a aplicação do protocolo de exercícios.
42
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5. MATERIAL E MÉTODOS
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5. MATERIAL E MÉTODOS
Neste capítulo será apresentada o método utilizado no decorrer da
pesquisa.
Este estudo baseia-se no método quase-experimental, as variáveis
dependentes desta pesquisa são a qualidade de vida e as dores nas costas e a
variável independente é a aplicação do protocolo de exercícios.
Serão abordados os critérios de selecção e de caracterização da
amostra, os instrumentos de avaliação, o protocolo de exercícios, os
procedimentos e a organização do estudo para a recolha de dados e por fim o
tratamento de dados.
5.1. Caracterização e selecção da amostra
Iniciámos o nosso estudo com 28 elementos contudo, a nossa amostra
final compreendeu um total de 17 sujeitos de ambos os sexos com idades entre
os 40 e os 70 anos, oriundos do Estado de São Paulo, Brasil – praticantes de
actividade física adaptada do NAFAS, do CEPEUSP.
O grupo foi dividido em adultos e idosos. Esta divisão foi feita tendo em
conta a idade dos sujeitos. Assim, um grupo tem entre os 40 e os 59 anos e o
outro entre os 60 e os 70 anos.
Deste modo, podemos referir que a nossa amostra foi constituída por
praticantes de actividade física adaptada do NAFAS, programa que decorre
duas vezes por semana com duração de 60 minutos cada aula, na sala 2 do
CEPEUSP.
Para uma melhor caracterização passamos a apresentar o quadro 1, no
qual se encontram o número (n) de sujeitos de ambos os sexos, em função da
idade.
46
Quadro 1 - Número de sujeitos de cada grupo em função da idade
Grupo Idades
(anos)
Sexo
Feminino
Sexo
Masculino
Sujeitos
(n)
�� e dp das Idades
(anos)
Adultos 40 – 59 3 5 8 51,50 ± 6,71
Idosos 60-70 8 1 9 65,22 ± 3,93
Total
Sujeitos (n) 17
�� – Média
dp – Desvio padrão
n - número
Pela análise do quadro podemos observar que, temos 3 mulheres
pertencentes ao grupo dos 40 aos 59 anos e 8 mulheres referentes ao grupo
dos 60 aos 70 anos. No sexo masculino, temos 5 homens no grupo dos 40 aos
59 anos e 1 homem relativo ao grupo dos 60 aos 70 anos.
A média de idades dos adultos é de 51,50 anos, com um desvio padrão
de 6,71 e a média de idades dos idosos é de 65,22, com um desvio padrão de
3,93.
Procedeu-se à avaliação da altura dos adultos e idosos, com uma fita
métrica, avaliou-se também, o peso dos dois grupos através uma balança
(modelo: Toledo 2096-PP).
O IMC foi calculado através da fórmula, quilograma por metro quadrado
(kg/m2). Encontra-se descrito no quadro 2 qual as médias e o desvios padrão
registados.
Quadro 2 - Médias e Desvios padrão dos adultos e dos idosos através do Índice de Massa Corporal
Média e Desvio Padrão do IMC dos adultos e dos idosos
Grupo �� IMC (kg/m2) ± dp
Adultos 26,20 ± 2,79 Idosos 28,11± 2,96
�� – Média
dp – Desvio padrão
kg/m2 – Quilograma por metro quadrado
Observando o quadro descrito acima podemos constatar que, a média
do IMC dos adultos é de 26,20 com um desvio padrão de ± 2,79 e os idosos
têm uma média de IMC de 28,11 com um desvio padrão de ± 2,96.
47
Podemos verificar que, tanto os adultos como os idosos se encontram
em sobrepeso, uma vez que a classificação do IMC refere que, entre 18,5 e
24,9 kg/m2 são índices considerados saudáveis (Couto, 2006).
No quadro 3 encontra-se o número de indivíduos que pratica actividade
física além do NAFAS, dos que não praticam mais nada além da actividade
física do NAFAS e qual a média de horas semanais nessas actividades em
função do grupo.
Quadro 3 - Número de praticante e não praticantes de actividade física além da praticada no
NAFAS e a média semanal de horas dedicadas a essa actividade extra
Adultos Média de horas semanais dessas
actividades Idosos
Média de horas semanais dessas
actividades Praticante de
actividade física além do NAFAS
4 2h 5 3h
Não praticante de actividade física além
do NAFAS 4 0h 4 0h
Pela análise do quadro podemos observar que, 4 adultos praticam
outras actividades físicas além do que fazem semanalmente no NAFAS,
despendendo em média 2 horas semanais para essas mesmas actividades
extras, os outros 4 adultos não fazem actividade física além daquela praticada
no NAFAS.
Relativamente aos idosos 5 praticam actividades físicas além do NAFAS
e a média de horas semanais utilizadas para isso é de 3 horas, os restantes 4
idosos não fazem mais actividade física além daquela praticada no NAFAS.
5.1.1. Critérios de selecção
Os critérios de selecção por nós estabelecidos foram os seguintes:
� Praticar actividade física no Núcleo Actividade Física Adaptada e
Saúde, do CEPEUSP.
� Ter idade compreendida entre os 40 e os 70 anos.
48
� Ter problemas de postura.
� Não serem portadores de qualquer tipo de patologia que se torne
um impedimento para a realização do protocolo de exercícios.
� Os indivíduos que não responderem a todas as etapas da
pesquisa serão eliminados da amostra.
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5.2. Procedimentos de administração
O primeiro procedimento que foi tomado antes da recolha da informação,
foi o envio do pedido de autorização ao director do CEPEUSP bem como ao
Coordenador do NAFAS (anexo I), no sentido de permitir a realização da
pesquisa. Após o consentimento do CEPEUSP, procedeu-se a uma reunião
com os alunos que praticavam actividade física no NAFAS, na sala 2 das
instalações do CEPEUSP para a transmissão da informação aos sujeitos,
nomeadamente acerca do esclarecimento do objectivo do estudo, da
manutenção da confidencialidade e anonimato, para desta forma participarem
voluntariamente da pesquisa.
A recolha de todos os dados bem como a aplicação do protocolo de
exercícios foi realizada pela investigadora que sempre se deslocou à sala 2 do
CEPEUSP, onde os sujeitos praticavam actividade física adaptada. Todos os
sujeitos pertencentes à amostra assinaram o termo de consentimento livre e
esclarecido (anexo II).
5.3. Instrumentos
Os questionários, MOS SF-36 Medical Outcomes Study (SF-36) (anexo
III), Oswestry (anexo IV) e dados pessoais, parte I e II (anexos V e VI) foram
aplicados pela avaliadora sob a forma de entrevista devido ao nível de
escolaridade dos participantes. A aplicação do protocolo de exercícios (anexo
VII), foi feita pela avaliadora e atendeu às necessidades do grupo.
5.3.1. Questionário de Estado de Saúde MOS SF-36 – versão
2 (Medical Outcomes Study, Short Form 36, Health Survey)
Este questionário visou a avaliação da qualidade de vida, através da
percepção subjectiva do sujeito.
50
“O SF-36 foi desenvolvido pela Rand Corporation, nos Estados Unidos,
tendo sido utilizado no Health Insurance Study Experiment/Medical Outcomes
Study (HIS/MOS)”. (Ware et al., 1993, in Bowling, 1997) (citado em Oliveira,
2006, p.61).
Este instrumento tem sido utilizado desde 1990, para avaliar o estado de
saúde em pesquisa clínica. De acordo com Ferreira (2000, como citado em
Oliveira, 2006, p.61), este questionário foi desenvolvido a partir de um conjunto
de questionários que consideravam 48 conceitos de saúde, tendo como
propósito a criação de uma medida genérica do estado de saúde, que pudesse
ser aplicada a uma diversidade de condições e que permitisse a comparação
destas, com a população em geral.
Segundo Oliveira (2006), este instrumento integrou-se no projecto
International Quality of Life Assessment (IQOLA), que apontou para a
adaptação internacional do questionário original (MOS). O SF-36 é um
instrumento que tem sido traduzido e adaptado para várias línguas, em mais de
45 países, sendo utilizada mundialmente para medir genericamente o estado
de saúde.
O instrumento utilizado neste estudo é a adaptação portuguesa (anexo
III) do MOS SF-36 (Medical Outcomes Study 36 - item short – Health Survey),
cujo processo cultural e linguístico para o Brasil, foi levado a cabo por Rozana
Ciconelli, da Escola Paulista de Medicina de São Paulo, da Universidade
Federal de São Paulo, em 1997.
O SF-36 é um instrumento que mede de forma genérica o estado de
saúde, com 36 itens que representam oito dimensões, em que um dado
número de itens contribui para cada dimensão: capacidade funcional (10 itens),
limitação por aspectos físicos (4 itens), dor (2 itens), estado geral de saúde (5
itens), vitalidade (4 itens), aspectos sociais (2 itens), limitação por aspectos
emocionai (3 itens), e saúde mental (5 itens).
Ferreira (2000, como citado em Oliveira, 2006, p.62) refere que este
questionário tem ainda um item independente referente à transição em saúde,
que não é considerado uma dimensão, mas que pretende quantificar a
mudança na saúde em geral de quem responde.
51
Apresentamos cada uma das oito dimensões com mais detalhe.
� A escala da capacidade funcional pretende medir desde as
limitações para executar actividades físicas menores, tomar
banho ou vestir-se, andar um quarteirão, inclinar-se ou baixar-se,
passando por actividades moderadas como levantar ou carregar
mantimentos até às actividades mais fatigantes.
� A escala da limitação por aspectos físicos inclui a limitação do
tempo gasto nas tarefas que executam, a limitação dessas
mesmas tarefas e a dificuldade de execução de actividades do
quotidiano.
� A escala da dor, representa a intensidade da mesma e quanto é
que ela interfere no trabalho normal.
� A escala do estado geral de saúde, pretende medir o conceito de
percepção global do fenómeno saúde, incluindo além da saúde a
resistência à doença e a aparência saudável.
� A escala de vitalidade reporta-se aos níveis de energia e de
fadiga de cada indivíduo, permitindo obter as melhores diferenças
de bem-estar.
� A escala dos aspectos sociais pretende medir a quantidade e
qualidade das actividades sociais, bem como de que forma os
problemas físicos e emocionais têm relevância nas actividades
sociais.
� A escala da limitação por aspectos emocionais pretende medir a
interferência do seu estado emocional com as suas actividades
regulares.
� A escala da saúde mental abarca as questões referentes a
dimensões importantes da saúde mental, desde a depressão até
ao bem-estar psicológico.
Para uma melhor interpretação, poderemos dizer que estas oito escalas
podem ser agrupadas em duas grandes componentes, a física e a mental. A
52
componente física engloba as dimensões da capacidade funcional, limitação
por aspectos físicos, dor e estado geral de saúde. A componente mental
abarca as dimensões da vitalidade, aspectos sociais, limitação por aspectos
emocionais e saúde mental.
5.3.1.1. Sistema de pontuação
Os dados provenientes da codificação das respostas não poderão ser
imediatamente utilizados, necessitando por isso, de passar por procedimentos
específicos até que se tornem coerentes e passíveis de interpretação. Para
isso é necessário introduzir os dados num programa informático adequado à
codificação do questionário SF-36.
Como relata Oliveira (2006), os dados sofrem uma transformação que
pode ser de dois tipos: inversão ou recalibração dos valores. Em situações de
dados omissos é possível estimar uma pontuação a uma dada dimensão desde
que estejam pelo menos metade dos itens respondidos. Nesse caso, é
determinada a média das respostas transformadas, aos restantes itens da
escala.
Posteriormente, é calculada uma pontuação para cada escala, através
da soma das respostas dos itens. Os valores são depois transformados para
uma escala de 0 a 100 através da seguinte fórmula:
Domínio: Valor obtido nas questões correspondentes – limite inferior X 100
Variação (Score Range)
Na fórmula os valores de limite inferior e variação de (score range) são
fixos e estão descritos no quadro 4.
53
Quadro 4 - Valores de limite inferior e variação de (Score Range) para a pontuação do questionário
SF-36
Domínio Pontuação das
questões correspondentes
Limite inferior
Variação (Score Range)
Capacidade Funcional 03 10 20 Limitação por Aspectos Físicos 04 4 4
Dor
07+08 2 10
Estado Geral de Saúde 01+11 5 20
Vitalidade 09 (somente para os
itens a+e+g+i) 4 20
Aspectos Sociais 06+10 2 8 Limitação por Aspectos
Emocionais 05 3 3
Saúde Mental 09 (somente para os itens b+c+d+f+h)
5 25
A nota de cada dos 8 domínios varia de 0 a 100 pontos, onde 0=pior e
100=melhor. É chamado de Raw Scale porque o valor final não apresenta
nenhuma unidade de medida.
5.3.2. Justificação do instrumento utilizado SF-36
A validação da utilização de instrumentos desenvolvidos inicialmente
com base numa população de jovens adultos para aferir da qualidade de vida
em idosos ainda é uma questão em aberto na literatura. Uma outra questão
importante para a pesquisa de qualidade de vida é determinar se há áreas
específicas de maior importância para a população idosa e, por consequência,
se existe necessidade de alguma suplementação de itens num instrumento
genérico de aferição de qualidade de vida (FlecK & Colaboradores, 2008).
De acordo com Sallis e Saelens (2000, como citado por Oliveira, 2006,
p96), as medidas de avaliação são sempre complexas e em especial em
grupos como é o caso dos idosos. Apesar das informações mais precisas
serem obtidas através de técnicas laboratoriais ou medidas baseadas em
monitorização directas, a utilização de questionários não deixa de ser uma
opção com viabilidade, pois tem muitas vezes mais vantagens: podem ser
54
usadas em estudos que englobem muitos sujeitos (estudos epidemiológicos);
são de baixo custo financeiro; não modificam o comportamento dos indivíduos;
permitem o acesso a diferentes dimensões do comportamento da actividade
física, e são adaptados às necessidades específicas da população.
O questionário utilizado no nosso estudo, para aferir a qualidade de vida
dos dois grupos foi o MOS SF-36. Este questionário pode ser auto-aplicado,
aplicado através de uma entrevista pessoal, por telefone ou correio. Pode ser
dirigido a uma pessoa com 14 ou mais anos desde que reúna condições para
compreender o questionário.
No nosso estudo optámos por aplicar o questionário SF – 36 sob a forma
de entrevista mas sempre com o mesmo entrevistador, devido à
heterogeneidade dos grupos.
Todo o processo de adaptação cultural e linguístico deste instrumento
para a população brasileira foi da responsabilidade de Rozana Ciconelli, em
1997, para que isso se tornasse uma realidade, eles foram efectuados testes
de validação e de fiabilidade e concluíram que é um instrumento válido e fiável,
sendo recomendado a sua utilização.
55
5.3.3. Questionário Oswestry
O questionário Oswestry visa uma avaliação das queixas álgicas na
região da coluna vertebral, através da percepção subjectiva do seu estado de
saúde. Este instrumento tornou-se um dos principais instrumentos utilizados
para avaliar os distúrbios da coluna vertebral.
Como descrito por Vigatto (2006), a adaptação cultural foi realizada de
acordo com a metodologia recomendada internacionalmente, usando as
seguintes fases: tradução, retro-tradução, revisão por um comité de
especialistas e pré-teste. Um comité composto por seis especialistas revisou as
versões obtidas e desenvolveram a versão final do instrumento. Essa versão foi
pré-testada em 40 pacientes com lombalgia. A confiabilidade foi avaliada
através da estabilidade (teste-resteste) e da consistência interna. A validade foi
obtida comparando-se a pontuação do Oswestry com outros instrumentos de
medida: o questionário Roland-Morris, o questionário SF-36 e uma escala
numérica de dor.
O instrumento utilizado neste estudo é a adaptação portuguesa Owestry
(anexo IV), cujo processo cultural e linguístico para o brasileiro, foi levado a
cabo por Ricardo Vigatto, da área de Enfermagem, Faculdade de Ciências
Médicas, da Universidade Estadual de Campinas.
Este questionário foi realizado para que o seu examinador possa saber
como a dor nas costas afecta a capacidade de lidar com as actividades do
quotidiano. Apresenta 10 categorias e cada questão tem seis respostas
possíveis, podendo só assinalar uma por questão.
De seguida passamos a apresentar mais pormenorizadamente cada
uma das 10 questões.
� A primeira questão pretende medir a intensidade da dor nas
costas que varia de leve até à dor intensa.
� A segunda questão refere-se aos cuidados pessoais do sujeito e
varia desde não precisar de mudar o jeito de tomar banho e
56
vestir-se até precisar de ajuda para se vestir e tomar banho por
causa da dor.
� A terceira questão mede a possibilidade de conseguir levantar
pesos pesados sem que a dor aumente até só conseguir levantar
pesos muito leves.
� A quarta questão pretende medir o grau de dor nas costas que
sente desde andar sem qualquer tipo de dor até sempre que anda
sentir dor.
� A quinta questão refere-se à intensidade de desconforto causados
pela dor ao sentar-se, variando da falta de sofrimento estando
sentado até não poder estar sentado por causa da dor nas costas.
� A sexta questão inclui a possibilidade de estar de pé todo o tempo
sem dor até evitar estar de pé pelo sofrimento que isso causa.
� A sétima questão mede o grau de dor que sente ao estar deitado,
variando do estar na cama sem qualquer sofrimento até não
conseguir dormir por causa da dor.
� A oitava questão, representa a limitação da vida social por causa
da dor nas costas, mudando desde não alterar nada na sua vida
social até não conseguir ter vida social por causa da dor.
� A nona questão pretende medir o grau de desconforto causado
pela dor nas costas por andar de carro e varia desde andar de
carro sem sentir sofrimento até não conseguir andar de carro por
causa da dor.
� A décima questão mede a rapidez da melhora ou piora da dor nas
costa.
5.3.3.1. Sistema de pontuação
O instrumento tem 10 questões, cada uma com seis respostas possíveis,
o entrevistado deve escolher apenas uma alternativa em cada categoria.
57
Os dados obtidos não poderão ser de imediato interpretados, tendo que
passar primeiro pela introdução num programa informático adequado segundo
a codificação existente no questionário.
De seguida, é calculada a pontuação, os valores obtidos são
transformados através da seguinte fórmula:
Pontuação do sujeito X 100 = %
Total de pontos
A percentagem da soma de todos os pontos obtidos pelo sujeito a dividir
pelo total de pontos possíveis de obter no questionário.
No caso de uma das questões não ser respondida terá que ser através
da seguinte forma:
Pontuação do sujeito________ X 100 = %
Total de pontos respondidos
A interpretação sugerida para a escala de Oswestry encontra-se descrita
no quadro 5.
Quadro 5 - Percentagem das incapacidades do
questionário Oswestry
Percentagem Incapacidades 0-20% Incapacidade Mínima 20-40% Incapacidade Moderada 40-60% Incapacidade Importante 60-80% Incapacitado(a) 80-100% Restrito (a) ao Leito
5.3.4. Justificação do instrumento utilizado Oswestry
Existe muito interesse em estudar a coluna em razão dos distúrbios que
ocorrem nessa região e que são geradores de problemas económicos e
sociais. Sujeitos com dores nas costas limitam os seus movimentos, em geral
comprometem o seu rendimento profissional e consequentemente, têm menos
satisfação nas actividades do quotidiano (Júnior, 2009).
58
Existem vários testes para fazer uma triagem global da postura, segundo
Winnick (2004), e podem ser facilmente utilizados por técnicos da área do
desporto, pois envolvem o mínimo de preparação e de equipamento para que
sejam administrados.
A saúde é um bem precioso, contudo, a maioria das pessoas só pensa
em manter ou melhorar a saúde quando esta está ameaçada ou em sérios
riscos de dano (NAHAS, 2001).
Elliot et al., (2000), afirmam que a área de postura embora desempenhe
um papel fundamental na performance desportiva, ainda não é objecto de
extensa pesquisa.
O instrumento por nós escolhido para avaliar as queixas álgicas da
coluna vertebral, na nossa pesquisa, foi o questionário Oswestry, que avalia a
percepção subjectiva do seu estado de saúde em relação à coluna.
Como refere Vigatto (2006), este é um instrumento que se tornou um
dos principais para avaliar os distúrbios da coluna vertebral.
O processo de adaptação cultural para a população brasileira respeitou
a metodologia internacional, todo este método foi realizado por Ricardo Vigatto
em 2006, e é um instrumento válido e de confiabilidade comprovada.
59
5.3.5. Questionário de dados pessoais
Este questionário foi elaborado pela investigadora e foi constituído por
três partes: uma parte destinada à descrição dos sujeitos, que permitiu
proceder à caracterização geral da amostra, através do sexo, idade, se habita
sozinha, se tem filhos. Uma segunda parte, relacionada com os dados
antropométricos e do seu estado actual de saúde de cada sujeito, através da
recolha do peso, altura, medidas do perímetro, diâmetro biacromial. Por fim, na
terceira parte mais relacionada com a prática de actividade física e com os
hábitos desportivos, nomeadamente saber se são praticantes de actividade
física além daquela que praticam no NAFAS e no caso de a resposta ser
afirmativa, saber qual o tipo de actividade praticada, assim como, o tempo
semanal despendido na mesma.
5.3.6. Justificação da aplicação dos questionários pessoais
A composição corporal, segundo Nieman (1999), é a proporção de
gordura em relação ao peso corporal magro e é indicada em percentagem de
gordura corporal. Os valores considerados de percentagem de gordura
saudável são inferiores a 15 por cento no caso dos homens e de 23 por cento
para as mulheres. As pessoas obesas são mais vulneráveis às doenças, estas
apresentam obesidade andróide (tipo maçã) e ginoide (tipo pêra).
Quando o aumento da actividade física leva a uma redução do peso
corporal, isso é resultado de uma perda significativa de gordura, preservando a
massa muscular. A composição corporal para manter a saúde engloba uma
baixa percentagem de gordura, uma boa estrutura óssea e um bom
desenvolvimento muscular (Nahas, 2001).
Prescrever exercícios físicos para adultos e idosos com limitações não é
tarefa simples, exige conhecimento, experiência e sensibilidade. O técnico de
desporto, segundo Kiss (2003), para prescrever um programa de actividade
física deve ter os conhecimentos sobre os sujeitos com que está a trabalhar
60
(obter informação individual), saber adequar o tipo, intensidade e a duração
dos exercícios às necessidades do grupo. Uma vez que, o sucesso do
condicionamento físico depende da aderência ao programa, é muito importante
a formação especializada do técnico de desporto.
No nosso estudo incluímos um questionário de dados pessoais dividido
em duas partes para aferir alguns aspectos que pensámos importante para o
nosso estudo, tais como, saber o peso, as medidas antropométricas, as
doenças actuais, se praticam outro tipo de actividade física, se vivem sozinhos.
Estes dois questionários servem de alguma forma para complementarem tanto
o SF -36 como o Oswestry.
61
5.4. Tratamento de dados
Os resultados referentes ao instrumento de avaliação SF-36 bem como
o Oswestry, foram analisados com o SPSS (Statistical Packge for Social
Science), versão 17.0 do Windows e pelo programa Microsoft Office Excel
2007.
Com o intuito de verificar se houve mudanças ou uma diferença
significativa no que se refere há paragem de actividade física durante dois
meses e após a aplicação de 10 semanas de actividade física, nos adultos e
idosos, aplicou-se um teste t pareado, em cada um dos grupos separadamente,
por se tratar de um teste estatístico que define o nível de semelhança ou
diferença entre dois momentos de uma amostra ou população (p<0,05).
62
63
6. RESULTADOS
64
65
6. RESULTADOS
No presente estudo os resultados são apresentados de acordo com os
objectivos previamente definidos e os diferentes instrumentos utilizados. Assim,
iremos em primeiro lugar analisar os resultados obtidos na qualidade de vida
referentes às oito dimensões, do questionário da percepção do estado de
saúde SF-36, dos adultos antes e após a paragem da actividade física,
seguindo-se a apresentação dos resultados obtidos no questionário sobre as
queixas álgicas na região da coluna vertebral, questionário Oswestry, dos
adultos antes e após a paragem de actividade física.
Posteriormente, procederemos à exposição dos resultados obtidos na
qualidade de vida referentes às oito dimensões, do questionário da percepção
do estado de saúde SF-36, dos adultos antes e após a aplicação do protocolo
de exercícios, sucedendo-se a apresentação dos resultados obtidos no
questionário sobre queixas álgicas na região da coluna vertebral, questionário
Oswestry, dos adultos antes e após a aplicação do protocolo.
Finalmente, esta exposição é repetida para o grupo dos idosos.
66
67
68,13 81,25 58,63 47,3864,38 65,63 51,38 48,25
0
20
40
60
80
100
120
Capacidade
Funcional
Limitação por
Aspectos Físicos
Dor Estado Geral de
Saúde
1 AAAPAFA
Antes
Após
65,00 85,94 79,17 69,0060,00 82,81 91,67 75,50
0
20
40
60
80
100
120
140
Vitalidade Aspectos Sociais Limitação por
Aspectos
Emocionais
Saúde Mental
1 BAAPAFA
Antes
Após
6.1. Resultados das oito dimensões do SF-36 – qualidade de vida
- dos adultos antes e após a paragem de actividade física
Os resultados obtidos na qualidade de vida dos adultos antes e após a
paragem de dois meses de actividade física encontram-se descritos na figura 1
onde podemos observar as médias e os desvios padrão.
Figura 1 - Médias e desvios - padrão referentes aos primeiros quatro domínios do
questionário SF-36, antes e após a paragem de actividade física dos adultos (1A);
referentes aos últimos quatro domínios do questionário SF-36, antes e após a
paragem de actividade física dos adultos (1B)
68
Podemos verificar que as médias e os desvios padrão de cada domínio
são as seguintes: capacidade funcional (antes 68,13±23,44; após
64,38±24,99), limitação por aspectos físicos (antes 81,25±22,16; após
65,63±35,19), dor (antes 58,63±17,33; após 51,38±22,18), estado geral de
saúde (antes 47,38±3,73; após 48,25±2,31), vitalidade (antes 65,00±24,49;
após 60,0±20,17), aspectos sociais (antes 85,93±21,58; após 82,81±13,25),
limitação por aspectos emocionais (antes 79,17±39,59; após 91,67±15,43) e
saúde mental (antes 69,00±13,13; após 75,50±11,19).
Poderemos destacar que, o domínio que piorou mais em média foi
limitação por aspectos físicos, passando de 81,25±22,16 para 65,63±35,19
após a paragem de actividade física de dois meses.
O quadro 6 mostra o nível de significância (p) do grupo de adultos antes
e após a paragem de dois meses de actividade física.
Quadro 6 -Nível de significância (p) das oito dimensões referentes aos adultos antes e após a
paragem de dois meses de actividade física adaptada do NAFAS, através do questionário SF-36
Nível de significância (p) dos adultos antes e após a paragem actividade física SF-36 Antes e Após paragem p (significância)
Capacidade funcional Antes e Após 0,59 Limitação por aspectos físicos Antes e Após 0,30
Dor Antes e Após 0,36 Estado geral de saúde Antes e Após 0,51
Vitalidade Antes e Após 0,59 Aspectos sociais Antes e Após 0,74
Limitação por aspectos emocionais Antes e Após 0,47 Saúde mental Antes e Após 0,14
De acordo com a análise da figura 1, é possível verificar que houve uma
diminuição na média do domínio capacidade funcional (3,75) do grupo de
adultos após a paragem de dois meses de actividade física, no entanto, quando
verificamos a análise inferencial, através do quadro 6, é possível constatar que
essa diferença não foi estatisticamente significativa [t(7)=0,56; p=0,59]. Na
dimensão limitação por aspectos físicos a média também nos mostra que
existiu uma descida (15,62) após a paragem mas, a análise inferencial não foi
estatisticamente significativa [t(7)= 1,10; p=0,30]. Relativamente ao domínio da
69
dor, a média desceu (7,25) após a paragem mas estatisticamente não houve
significância [t(7)=0,97; p=0,36]. No que se refere à dimensão do estado geral
de saúde a média mostra que após a paragem de actividade física, a média
subiu (0,87) nos adultos mas estatisticamente não há significância [t(7)=0,67;
p=0,51]. No domínio da vitalidade, os adultos apresentam uma descida na
média (5) após a paragem mas a análise inferencial mostra não haver
diferença estatisticamente significativa [t(7)=0,56; p=0,59]. A dimensão
aspectos sociais mostra através do gráfico que existiu uma descida na média
(3,12) após a paragem de actividade física mas não foi estatisticamente
significativa [t(7)=0,34; p=0,74]. Finalmente, nos domínios limitação por
aspectos emocionais e saúde mental, a média indica que em ambas houve
uma subida (12,5) e (6,5) após a paragem de actividade física contudo, não é
estatisticamente significativa, sendo o resultado respectivamente [t(7)=0,75;
p=0,47] e [t(7)=1,62; p=0,14].
6.2. Diferenças verificadas através do Oswestry - queixas álgicas
da coluna vertebral - dos adultos antes a após a paragem de
actividade física
Na figura 2, é apresentado as médias e os desvios padrão relativamente
às queixas álgicas da região da coluna vertebral dos adultos antes e após a
paragem de actividade física.
70
22,25% 25,00%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
AAPAFA
Antes
Após
O nível de significância (p) dos adultos antes e após a paragem de
actividade física do NAFAS, pode ser observado no quadro 7.
Quadro 7 - Nível de significância (p) das queixas álgicas da coluna vertebral dos adultos antes e
após a paragem de dois meses de actividade física adaptada do NAFAS, através do questionário
Oswestry
Adultos antes e após a paragem actividade física Oswestry p (significância)
Antes e após 0,55
Através da figura 2 é possível verificar que existiu um aumento da média
(2,75%) das dores na região da coluna vertebral dos adultos após a paragem
de actividade física do NAFAS. Contudo, após a análise inferencial, é possível
verificar que essa diferença não foi estatisticamente significativa [t(7)=0,62;
p=0,55], como mostra o quadro 7.
Podemos verificar qual a incapacidade de cada adulto antes e após a
paragem de dois meses de actividade física através do quadro 8.
Figura 2 - Médias e desvios - padrão referentes à percentagem de
incapacidade, antes e após a paragem de actividade física dos
adultos, através do questionário Oswestry
71
Quadro 8 - Número e percentagem de adultos com incapacidades antes e após a paragem de dois
meses de actividade física adaptada do NAFAS
Incapacidades dos Adultos antes e após a paragem de actividade física Incapacidades Antes e após a
paragem Número de Sujeitos
Percentagem de sujeitos (%)
Incapacidade mínima Antes 4 50 Após 4 50
Incapacidade moderada Antes 3 37,50 Após 2 25
Incapacidade importante Antes 1 12,50 Após 2 25
Incapacitado Antes 0 0 Após 0 0
Restrito ao leito Antes 0 0 Após 0 0
Da análise do quadro anterior podemos notar que, após a paragem de
dois meses de actividade física adaptada, um dos adultos passou de
incapacidade moderada para incapacidade importante.
6.3. Resultados das oito dimensões do SF-36 – qualidade de vida -
dos adultos antes e após a aplicação do protocolo de exercícios
A figura 3 mostra as médias e os desvios padrão dos adultos antes e
após a aplicação do protocolo de exercícios dos alunos do NAFAS.
72
64,38 65,63 51,38 48,2568,13 81,25 60,50 47,63
0
20
40
60
80
100
120
Capacidade
Funcional
Limitação por
Aspectos Físicos
Dor Estado Geral de
Saúde
3 AAAAPEA
Antes
Após
60,00 82,81 91,67 75,5073,13 83,13 79,17 78,00
0
20
40
60
80
100
120
140
Vitalidade Aspectos Sociais Limitação por
Aspectos
Emocionais
Saúde Mental
3 BAAAPEA
Antes
Após
Através da análise da figura anterior é possível verificar que, as médias
e os desvios padrão de cada domínio são as seguintes: capacidade funcional
(antes 64,38±24,99; após 68,13±16,89), limitação por aspectos físicos (antes
65,63±35,19; após 81,25±22,16), dor (antes 51,38±22,18; após 60,50±26,40),
estado geral de saúde (antes 48,25±2,31; após 47,63±1,76), vitalidade (antes
60,00±20,17; após 73,13±13,34), aspectos sociais (antes 82,81±13,25; após
Figura 3 - Médias e desvios – padrão referentes aos primeiros quatro domínios do
questionário SF-36, antes e após a aplicação do protocolo de exercícios dos adultos
(3A); referentes aos últimos quatro domínios do questionário SF-36, antes e após a
aplicação do protocolo de exercícios dos adultos (3B)
73
83,12±18,45), limitação por aspectos emocionais (antes 91,67±15,43; após
79,17±35,35) e saúde mental (antes 75,50±11,19; após 78,00±13,00).
No quadro 9, podemos observar o nível de significância (p) dos adultos
antes e após a aplicação do protocolo de exercícios.
Quadro 9 - Nível de significância (p) das oito dimensões referentes aos adultos antes e após a
aplicação do protocolo de exercícios do NAFAS, do questionário SF-36
Nível de significância (p) dos adultos antes e após a aplicação do protocolo de exercícios
SF-36 Antes e Após protocolo
Exercícios p (significância)
Capacidade funcional Antes e Após 0,45 Limitação por aspectos físicos Antes e Após 0,27
Dor Antes e Após 0,27 Estado geral de saúde Antes e Após 0,59
Vitalidade Antes e Após 0,03 Aspectos sociais Antes e Após 0,96
Limitação por aspectos emocionais Antes e Após 0,44 Saúde mental Antes e Após 0,44
Pela análise da figura 3, é possível verificar que houve um aumento na
média do domínio capacidade funcional (3,75) do grupo de adultos após a
aplicação do protocolo de exercícios, no entanto, quando verificamos a análise
inferencial, através do quadro 9, constatamos que essa diferença não foi
estatisticamente significativa [t(7)=0,79; p=0,45]. Na dimensão limitação por
aspectos físicos a média também nos mostra que houve uma subida (15,62)
após a aplicação do protocolo mas, a análise inferencial mais uma vez, não foi
estatisticamente significativa [t(7)= 1,17; p=0,27]. No domínio da dor, a média
subiu (9,12) após a aplicação do protocolo mas estatisticamente não houve
significância [t(7)=1,17; p=0,27]. No que se refere à dimensão do estado geral
de saúde a média mostra que a média subiu (0,62) nos adultos mas
estatisticamente não é significativa [t(7)=0,55; p=0,59].
No domínio da vitalidade, os adultos apresentam uma subida na média
(13,13) após a aplicação do protocolo de exercícios e a análise inferencial
constata esse aumento [t(7)=2,67; p=0,03].
74
A dimensão aspectos sociais mostra através do gráfico, que apresentou
uma subida na média (0,31) mas não foi estatisticamente significativa
[t(7)=0,05; p=0,96]. O domínio limitação por aspectos emocionais registou uma
descida (12,5) mas não foi estatisticamente significativa [t(7)=0,08; p=0,44]. Por
último, no domínio da saúde mental houve uma subida na média (2,5) após a
aplicação do protocolo de exercícios contudo, não é estatisticamente
significativa, sendo o resultado de [t(7)=0,80; p=0,44].
75
25,00% 30,50%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
AAAPEA
Antes
Após
6.4. Diferenças verificadas através do Oswestry - queixas álgicas
da coluna vertebral - dos adultos antes e após a aplicação do
protocolo de exercícios
A figura 4 apresenta as médias e os desvios padrão das queixas álgicas
dos adultos antes e após a aplicação do protocolo de exercícios dos alunos do
NAFAS.
Relativamente ao nível de significância (p) dos adultos antes e após a
aplicação do protocolo de exercícios os resultados são observáveis no quadro
10.
Quadro 10 - Nível de significância (p) das queixas álgicas da coluna vertebral dos adultos antes e
após a aplicação do protocolo de exercícios do NAFAS, através do questionário Oswestry
Adultos antes e após a aplicação do protocolo de exercícios Oswestry p (significância)
Antes e após 0,37
Na figura 4 é possível verificar que existiu um aumento da média de
incapacidades (5,50%) nas dores da região da coluna vertebral dos adultos
após a aplicação do protocolo de exercícios. Contudo, após análise inferencial,
é possível verificar que essa diferença não foi estatisticamente significativa
[t(7)=-0,95; p=0,37].
Figura 4 - Médias e desvios padrão referentes à percentagem de
incapacidade dos adultos, antes e após a aplicação do protocolo
de exercícios, através do questionário Oswestry
76
O número de adultos com incapacidades antes e após a aplicação do
protocolo de exercícios encontra-se representado no quadro 11.
Quadro 11 - Número e percentagem de adultos com incapacidades antes e após a aplicação do
protocolo de exercícios do NAFAS
Incapacidades dos Adultos antes e após a aplicação do protocolo de exercícios Incapacidades Antes e após
protocolo exercícios Número de Sujeitos
Percentagem (%)
Incapacidade mínima Antes 4 50 Após 1 12,50
Incapacidade moderada Antes 2 25 Após 5 62,50
Incapacidade importante Antes 2 25 Após 2 25
Incapacitado Antes 0 0 Após 0 0
Restrito ao leito Antes 0 0 Após 0 0
Pelo resultado do quadro anterior podemos observar que, 3 adultos após
a aplicação do protocolo passaram de uma incapacidade mínima para uma
incapacidade moderada.
77
67,78 50,00 51,44 48,0061,11 58,33 51,33 48,11
0
20
40
60
80
100
120
Capacidade
Funcional
Limitação por
Aspectos Físicos
Dor Estado Geral de
Saúde
5 AAAPAFI
Antes
Após
62,78 76,39 70,37 62,6763,89 72,22 62,96 58,67
0
20
40
60
80
100
120
Vitalidade Aspectos Sociais Limitação por
Aspectos
Emocionais
Saúde Mental
5 BAAPAFI
Antes
Após
6.5. Resultados das oito dimensões do SF-36 – qualidade de
vida - dos idosos antes e após a paragem de actividade
física
No que concerne às médias e aos desvios padrão do questionário SF-36
aplicado aos idosos antes e após a paragem de actividade física, os resultados
encontram-se na figura 5.
Figura 5 - Médias e desvios - padrão referentes aos primeiros quatro domínios do
questionário FS-36, antes e após a paragem de actividade física dos idosos (5A);
referentes aos últimos quatro domínios do questionário SF-36, antes e após a
paragem de actividade física dos idosos (5B)
78
Podemos verificar que as médias e os desvios padrão de cada domínio,
da figura 5 são as seguintes: capacidade funcional (antes 67,78±19,86; após
61,11±28,14), limitação por aspectos físicos (antes 50,00±41,45; após
58,33±41,45), dor (antes 51,44±28,00; após 51,33±8,81), estado geral de
saúde (antes 48,00±4,15; após 48,11±2,20), vitalidade (antes 62,78±28,18;
após 63,89±17,09), aspectos sociais (antes 76,39±33,91; após 72,22±24,82),
limitação por aspectos emocionais (antes 70,44±35,16; após 63,00±42,31) e
saúde mental (antes 62,67±21,16; após 58,67±27,35).
No quadro 12, é possível observar o nível de significância (p) dos idosos
antes e após a paragem de actividade física.
Quadro 12 - Nível de significância (p) das oito dimensões referentes aos idosos antes e após a
paragem de actividade física adaptada do NAFAS, através do questionário SF-36
Nível de significância (p) dos idosos antes e após a paragem de actividade física SF-36 Antes e Após paragem p (significância)
Capacidade funcional Antes e Após 0,29 Limitação por aspectos físicos Antes e Após 0,47
Dor Antes e Após 0,99 Estado geral de saúde Antes e Após 0,94
Vitalidade Antes e Após 0,89 Aspectos sociais Antes e Após 0,73
Limitação por aspectos emocionais Antes e Após 0,59 Saúde mental Antes e Após 0,58
Através da leitura da figura 5, é possível aferir que houve uma
diminuição na média do domínio capacidade funcional (6,67) do grupo de
idosos após a paragem de dois meses de actividade física, no entanto, quando
verificamos a análise inferencial, é possível constatar que essa diferença não
foi estatisticamente significativa [t(8)=1,13; p=0,29]. Na dimensão limitação por
aspectos físicos a média mostra-nos que existiu uma subida (8,33) após a
paragem mas, a análise inferencial não foi estatisticamente significativa [t(8)= -
0,75; p=0,47]. Relativamente ao domínio da dor, a média desceu (0,11) após a
paragem mas estatisticamente não foi significativa [t(8)=0,01; p=0,99]. No que
se refere à dimensão do estado geral de saúde a média mostra mais uma vez,
que após a paragem de actividade física, a média subiu (0,11) nos adultos mas
79
17,78% 20,67%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
AAPAFI
Antes
Após
estatisticamente não foi significativa [t(8)=-0,07; p=0,94]. No domínio da
vitalidade, os adultos apresentam uma subida na média (1,11) após a paragem
mas após a análise inferencial não houve diferença estatisticamente
significativa [t(8)=-0,13; p=0,89]. A dimensão aspectos sociais mostra através
do gráfico que existiu uma descida (4,17) após a paragem de actividade física
mas não foi estatisticamente significativa [t(8)=0,34; p=0,73]. Finalmente, nos
domínios limitação por aspectos emocionais e saúde mental, a média indica
que em ambas houve uma descida (7,44) e (4) após a paragem de actividade
física contudo, não é estatisticamente significativa, sendo o resultado
respectivamente [t(8)=0,55; p=0,59] e [t(8)=0,56; p=0,58].
6.6. Diferenças verificadas através do Oswestry - queixas álgicas
da coluna vertebral - dos idosos antes e após a paragem de
actividade física
A figura 6 mostra as médias e os desvios padrão das queixas álgicas
antes e após a paragem de actividade física dos idosos.
Figura 6 - Médias e desvios - padrão referentes à percentagem de
incapacidade, antes e após a paragem de actividade física dos
idosos, através do questionário Oswestry
80
Relativamente ao nível de significância (p) dos adultos antes e após a
aplicação do protocolo de exercícios os resultados são observáveis no quadro
13.
Quadro 13 - Nível de significância (p) das queixas álgicas da coluna vertebral dos idosos antes e
após a paragem de actividade física adaptada do NAFAS, através do questionário Oswestry
Idosos antes e após a paragem de actividade física Oswestry p (significância)
Antes e após 0,74
Na figura 6 é possível constatar que existiu um aumento na média de
incapacidades (2,89%) nas dores da região da coluna vertebral dos idosos
após a paragem de actividade física. Contudo, após análise inferencial, é
possível verificar, que essa diferença não foi estatisticamente significativa
[t(8)=-0,33; p=0,74].
O quadro 14 apresenta quais as incapacidades dos idosos antes e após
a paragem de actividade física no NAFAS.
Quadro 14 - Número e percentagem de idosos com incapacidades antes e após a paragem de
actividade física adaptada do NAFAS
Incapacidades dos Idosos antes e após a paragem de actividade física Incapacidades Antes e após
paragem Número de Sujeitos
Percentagem (%)
Incapacidade mínima Antes 6 66,67 Após 5 55,56
Incapacidade moderada Antes 2 22,22 Após 2 22,22
Incapacidade importante Antes 1 11,11 Após 2 22,22
Incapacitado Antes 0 0 Após 0 0
Restrito ao leito Antes 0 0 Após 0 0
Através do quadro 14 podemos aferir que um idoso passou de uma
incapacidade mínima para uma incapacidade moderada enquanto, outro idoso
passou de uma incapacidade moderada para uma incapacidade importante.
81
63,89 72,22 62,96 58,6768,89 76,39 85,19 68,00
0
20
40
60
80
100
120
Vitalidade Aspectos Sociais Limitação por
Aspectos
Emocionais
Saúde Mental
7 BAAAPEI
Antes
Após
6.7. Resultados das oito dimensões do SF-36 – qualidade de vida
- dos idosos antes e após a aplicação do protocolo de exercícios
A figura 7 mostra as médias e os desvios padrão dos idosos antes e
após a aplicação do protocolo de exercícios.
É possível observar, através da figura 7,que as médias e os desvios
padrão de cada domínio são: capacidade funcional (antes 61,11±28,14; após
61,11 58,33 51,33 48,1175,56 88,89 62,89 48,11
0
20
40
60
80
100
120
Capacidade
Funcional
Limitação por
Aspectos Físicos
Dor Estado Geral de
Saúde
7 AAAAPEI
Antes
Após
Figura 7 - Médias e desvios - padrão referentes aos primeiros quatro domínios do
questionário SF-36, antes e após a aplicação do protocolo de exercícios dos idosos
(7A); referentes aos últimos quatro domínios do questionário SF-36, antes e após a
aplicação do protocolo de exercícios dos idosos (7B)
82
75,56±11,84), limitação por aspectos físicos (antes 58,33±41,45; após
88,89±25,34), dor (antes 51,33±8,81; após 62,89±22,10), estado geral de
saúde (antes 48,11±2,20; após 48,11±2,20), vitalidade (antes 63,89±17,09;
após 68,89±8,58), aspectos sociais (antes 72,22±24,82; após 76,39±22,04),
limitação por aspectos emocionais (antes 62,96±42,31; após 85,19±24,21) e
saúde mental (antes 58,67±27,35; após 68,00±21,16).
O nível de significância (p) dos idosos antes e após a aplicação do
protocolo de exercícios é facilmente observável no quadro 15.
Quadro 15 - Nível de significância (p) das oito dimensões referentes aos idosos antes e após a
aplicação do protocolo de exercícios do NAFAS, através do questionário SF-36
Nível de significância (p) dos idosos antes e após a aplicação do protocolo de exercícios
SF-36 Antes e Após protocolo
exercícios p (significância)
Capacidade funcional Antes e Após 0,09 Limitação por aspectos físicos Antes e Após 0,04
Dor Antes e Após 0,12 Estado geral de saúde Antes e Após 1,00
Vitalidade Antes e Após 0,37 Aspectos sociais Antes e Após 0,58
Limitação por aspectos emocionais Antes e Após 0,14 Saúde mental Antes e Após 0,22
A figura 7 mostra que houve um aumento na média do domínio
capacidade funcional (14,45) do grupo de idosos após a aplicação do protocolo
de exercícios, no entanto, quando verificamos a análise inferencial, é possível
constatar que essa diferença não foi estatisticamente significativa [t(8)=1,92;
p=0,09].
Na dimensão limitação por aspectos físicos é possível ver uma subida
na média (30,56) após a aplicação do protocolo de exercícios e através da
análise inferencial, é possível verificar que essa diferença é confirmada pois é
estatisticamente significativa [t(8)= -2,34; p=0,04].
No domínio da dor, a média subiu (11,56) após a aplicação do protocolo
de exercícios mas, estatisticamente não é significativa [t(8)=-1,71; p=0,12]. O
domínio estado geral de saúde mostra que não houve qualquer alteração nos
adultos em relação à média e estatisticamente não é significativa [t(8)=-0,00;
83
20,67% 16,22%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
AAAPEI
Antes
Após
p=1,00]. No domínio da vitalidade, os idosos apresentam uma subida na média
(5) após a aplicação do protocolo de exercícios mas após a análise inferencial
não houve diferença estatisticamente significativa [t(8)=-0,93; p=0,37]. A
dimensão aspectos sociais mostra através do gráfico que existiu uma subida
(4,17) após a aplicação do protocolo de exercícios mas não foi estatisticamente
significativa [t(8)=-0,57; p=0,58]. Finalmente, nos domínios limitação por
aspectos emocionais e saúde mental, a média indica que em ambas houve
uma subida (22,23) e (9,33) após a aplicação do protocolo de exercícios
contudo, não é estatisticamente significativa, sendo o resultado
respectivamente [t(8)=-1,63; p=0,14] e [t(8)=-1,33; p=0,22] como mostra o
quadro 15.
6.8. Diferenças verificadas através do Oswestry - queixas álgicas
da coluna vertebral - dos idosos antes e após a aplicação do
protocolo de exercícios
A figura 8 mostra as médias e os desvios padrão dos idosos antes e
após a aplicação do protocolo de exercícios.
Figura 8 - Médias e desvios - padrão referentes à percentagem de
incapacidade, antes e após a aplicação do protocolo de
exercícios dos idosos, através do questionário Oswestry
84
É possível observar o nível de significância (p) dos idosos antes e após
a aplicação do protocolo de exercícios através dos resultados mostrados no
quadro 16.
Quadro 16 - Nível de significância (p) das queixas álgicas na coluna vertebral dos idosos antes e
após a aplicação do protocolo de exercícios do NAFAS, através do questionário Oswestry
Idosos antes e após a aplicação do protocolo de exercícios Oswestry p (significância)
Antes e após 0,28
A figura 8 mostra uma diminuição da média de incapacidades (4,45%)
nas dores da região da coluna vertebral dos idosos após a aplicação do
protocolo de exercícios. Contudo, após análise inferencial, é possível verificar
que essa diferença não foi estatisticamente significativa [t(8)=1,13; p=0,28].
O quadro 17 apresenta o número de idosos com as respectivas
incapacidades antes e após a aplicação de exercícios
Quadro 17 - Número e percentagem de idosos com incapacidades antes e após a aplicação do
protocolo de exercícios do NAFAS
Incapacidades dos Idosos antes e após a aplicação do protocolo de exercícios Incapacidades Antes e Após
protocolo exercícios Número de Sujeitos
Percentagem de sujeitos (%)
Incapacidade mínima Antes 5 55,56 Após 6 66,67
Incapacidade moderada Antes 2 22,22 Após 2 22,22
Incapacidade importante Antes 2 22,22 Após 1 11,11
Incapacitado Antes 0 0 Após 0 0
Restrito ao leito Antes 0 0 Após 0 0
Após a aplicação do protocolo de exercícios podemos observar através
do quadro 17 que, um idoso passou de uma incapacidade moderada para uma
incapacidade mínima e outro dos idosos passou de uma incapacidade
importante para uma incapacidade moderada.
85
7. DISCUSSÃO
86
87
7. DISCUSSÃO
Em consonância com o capítulo anterior, a discussão dos resultados
será efectuada no sentido de responder às hipóteses do nosso trabalho.
Considerando o objectivo geral deste estudo, a discussão dos resultados
será feita, evidenciando as diferenças na qualidade de vida e nas queixas
álgicas da coluna vertebral antes e após a paragem de actividade física e antes
e pós a aplicação do protocolo de exercícios, primeiro no grupo dos adultos e
em seguida no grupo dos idosos.
7.1. Percepção de qualidade de vida através do SF- 36
No nosso estudo, verificámos que em todas as dimensões do
questionário SF-36 os adultos, após terem parado a actividade física durante
dois meses, no NAFAS, não apresentaram alterações estatisticamente
significativas. No entanto apesar de não se ter verificado mudanças
estatisticamente significativas, a análise descritiva aponta pioras na média,
após a paragem de actividade física nos domínios: capacidade funcional,
limitação por aspectos físicos, dor, vitalidade e aspectos sociais. Nos restantes
domínios (estado geral de saúde, limitação por aspectos emocionais e saúde
mental) e olhando sobre a mesma análise descritiva, eles melhoraram após a
paragem.
Esta análise pode ser vista sob a perspectiva da subjectividade que este
conceito qualidade de vida encerra, tal como já referimos anteriormente, para
reforçar esta ideia, apontamos o facto que esta paragem de dois meses
coincidiu com as férias da maioria do grupo: o natal com a família, a chegada
do ano novo, esta é uma época festiva para a maioria dos brasileiros. Por isso,
pareceu-nos normal que nos domínios, estado geral de saúde, limitação por
aspectos emocionais e saúde mental, tenha melhor score do que antes da
paragem de actividade física. Por não ter sido possível controlar todas as
variáveis, não pudemos controlar se os indivíduos nesse tempo de dois meses
88
de paragem de actividade física do NAFAS realizaram outras actividades, por
isso, os resultados não tiveram expressão estatisticamente significativa.
No grupo dos adultos, após a aplicação do protocolo de exercícios de
10 semanas, no que respeita aos domínios do SF-36, houve alteração
estatisticamente significativas no domínio da vitalidade (p<0,032), ou seja,
verificou-se uma melhora após a pratica de actividade física. Um dos aspectos
apontados pelos participantes após palestra, é que se sentiam com mais
energia após a actividade física. Relativamente aos outros domínios não houve
alterações estatisticamente significativas. Na análise descritiva através das
médias, podemos verificar que em todos os domínios excepto no estado geral
de saúde, o grupo teve aumento do score.
No sentido de justificar os resultados obtidos após a aplicação do
protocolo de exercícios, apresentamos um resumo de um estudo realizado por
Bettarello e Saut (2006), que vai ao encontro do que diz a literatura sobre a
subjectividade da percepção do estado de saúde de cada indivíduo. Os autores
procuraram verificar quais as diferenças entre os resultados de uma aplicação
da técnica Liang Gong em 18 terapias e da ginástica laboral. O liang Long em
18 terapias, é uma técnica chinesa que tem por finalidade tratar dores
musculares tendinosas, articulares e restaurar a movimentação natural. A
ginástica laboral previne lesões advindas de esforços repetitivos durante o
trabalho. As duas técnicas são de carácter preventivo, paliativo e de promoção
da saúde. A amostra foi constituída por 16 funcionários (10 mulheres e 6
homens), funcionários do sector de Edição do Centro Universitário Claretiano,
na cidade de Batatais, São Paulo. O grupo foi dividido em dois e as técnicas
foram aplicadas durante um mês, cinco vezes por semana, trinta minutos
diários. Para avaliar a qualidade de vida, o instrumento utilizado foi o mesmo
que no nosso estudo, o SF-36. Os participantes responderam duas vezes,
antes e após a aplicação das técnicas. Os resultados obtidos no trabalho
destes autores demonstraram que estatisticamente houve alterações na
qualidade de vida do grupo que utilizou a técnica Liang Gong em 18 terapias
89
mas, no que refere à ginástica laboral, não foi registado nenhuma alteração na
qualidade de vida.
Este estudo mostra que não houve alterações estatisticamente
significativas relativamente ao grupo que praticou a ginástica laboral. O nosso
trabalho também não teve alterações estatísticas, uma das causas que
apontamos para justificar estes resultados é a falta de controlo que faltou por
parte desta investigação sobre o que os indivíduos realizavam fora da sala de
exercício e, constatámos, após questionário individual, que alguns tinham
profissões que obrigavam a carregar pesos, o que não se mostrava de todo
benéfico para as dores da coluna. Um dos aspectos importantes, é informar a
população que, a actividade física contribui para a diminuição das dores nas
costas mas, que só por si não resolve o problema, os indivíduos têm que estar
consciencializados que têm que colaborar para lá da sala de exercícios, e isso
só é possível, através de esclarecimento geral, do que é prejudicial para as
dores na coluna, quais as posturas a serem evitadas.
No grupo dos idosos, podemos aferir através dos resultados obtidos
que, após a paragem de actividade física não houve alterações
estatisticamente significativas. Contudo, ao observar a amostra através da
análise descritiva, é possível referir que na globalidade o score é mais baixo
após a paragem de actividade física. Neste caso, também não foi possível
controlar algumas variáveis, não sabíamos se praticavam outras actividades
físicas fora do NAFAS. Também aqui é de referir que esta paragem coincide
com as férias e é nesta altura que os idosos estão mais perto de toda a sua
família, onde passeiam/viajam mais, pois é verão e estes aspectos contribuem
para que a sua percepção geral de saúde seja vista de forma um pouco mais
positiva.
Após a aplicação do protocolo de exercícios, no grupo dos idosos,
verificamos que houve uma alteração estatisticamente significativa, no domínio
limitação por aspectos físicos (p<0,047). Embora não existam alterações nos
outros domínios a nível estatístico, podemos referir que, na análise descritiva a
90
média registou um aumento do score nos domínios do SF-36. Um dos aspectos
que conseguimos perceber é que, quando conversámos com o grupo, em
algumas palestras, os idosos referiram os benefícios da actividade física,
percebemos que já tinham interiorizado que a actividade física ajuda nas suas
tarefas do dia-a-dia e que consequentemente melhora a sua qualidade de vida.
Ao registarmos uma melhora no domínio limitação por aspectos físicos
podemos referir a importância que existe entre o movimento corporal e as
nossas emoções, logo é impossível separar o corpo da mente. No idoso é
importante ter a percepção da importância da actividade física para não estar
limitado nas suas acções do dia-a-dia, tem que existir uma conexão de bem-
estar interior para que exista predisposição para actividade física e em
consequência disso, estar mais apto para as tarefas do quotidiano.
Embora não tenhamos registado estatisticamente alterações nos
domínios da qualidade de vida no geral, sabemos através de estudos que já
foram realizados, que a actividade física é benéfica para os idosos. Mostramos
alguns estudos que corroboram esta ideia. No trabalho realizado por Oliveira,
Pivoto e Vianna, (2009), onde procuram verificar a qualidade de vida em idosos
praticantes de dança sénior. A amostra foi constituída por 103 indivíduos (91
mulheres e 12 homens), com idade mínima de 60 anos, participantes de dança
sénior pelo menos há quatro meses e tinham sessões de dança de 60 minutos
cada, com frequência semanal. O questionário utilizado foi igual ao nosso, SF-
36 e foi aplicado no inicio e no fim das participações. Os autores observaram
um aumento significativo no score de todos os componentes avaliados do SF-
36 após a participação da dança, concluíram ainda que a dança é eficiente
como possibilidade terapêutica na melhoria da qualidade de vida dos idosos.
O estudo de Mota, Carvalho e Matos, (2006), analisa a actividade física
e qualidade de vida associada à saúde em idosos participantes e não
participantes regulares de actividade física. A amostra do estudo foi constituída
por 88 sujeitos, divididos em dois grupos, o grupo experimental, esteve num
programa de actividade física e o grupo de controlo, não praticou actividade
91
física. Aplicaram o questionário SF-36 e verificaram que, o grupo de controlo
apresentava níveis significativamente inferiores em todos os domínios do SF-
36 em relação ao grupo experimental concluindo que, a participação em
programas de actividade física melhora a qualidade de vida relacionado à
saúde.
Ainda na mesma linha de análise, Oliveira (2006), verificou as diferenças
entre idosos activos e não – activos da comunidade do Concelho de Santa
Maria da Feira. A amostra consistiu em 122 sujeitos com idades de 60 anos ou
mais, foram divididos em dois grupos, o primeiro tinha 85 idosos residentes da
comunidade e 37 idosos utentes do centro de dia. Cada grupo tinha idosos
activos e não activos. Tal como no nosso estudo, aplicou o questionário SF-36.
Os resultados sugerem que o grupo dos residentes da comunidade
apresentaram melhores resultados do que nos idosos que frequentaram o
centro de dia e ainda que independentemente de estarem ou não no centro de
dia, os idosos activos apresentaram melhores resultados na percepção de
saúde do que os idosos não – activos. Concluíram que, a actividade física
formal e não -formal influencia a aptidão física global e a qualidade de vida dos
idosos.
Ao contrário do nosso estudo, este autor, compara idosos activos dos
não activos, logo está a comparar pessoas diferentes, onde a qualidade de vida
vai diferir entre o grupo por ser um conceito tão amplo e diferente de indivíduo
para indivíduo. Nós analisámos o mesmo grupo mas em momentos diferentes,
onde os factores extrínsecos não foram possíveis de controlar e que
contribuíram de forma decisiva para os resultados que obtivemos, pois nas
respostas ao questionário pessoal foi possível observar a heterogeneidade do
grupo, as diferenças do quotidiano de cada um, as faltas que deram nas aulas
de actividade física.
92
93
7.2. Análise do questionário Oswestry
No sentido de possibilitar uma leitura mais clara, discutimos os nossos
dados primeiro dos adultos antes e após a paragem de actividade física
seguido da discussão do antes e após a aplicação do protocolo de exercícios.
Seguidamente, discutiremos os resultados dos idosos nos mesmos aspectos
referidos anteriormente.
Após a análise dos resultados podemos verificar que, os adultos não
tiveram resultados estatisticamente significativos no que se refere às queixas
álgicas da coluna vertebral após a paragem de dois meses de actividade física.
Na análise descritiva, aferimos que pioraram em média 2,75%. Se verificarmos
individualmente o grupo, podemos referir que, da amostra de oito, 5
apresentavam pioras nas suas queixas de dores nas costas, sendo que um
indivíduo após a paragem de actividade física passou de incapacidade
moderada para uma incapacidade importante.
O trabalho realizado por Ferreira e Navega, (2010), corrobora o nosso
ponto de vista, que existem pioras nas queixas da coluna vertebral se não
realizarem actividade física. Nesse trabalho, estes autores tentaram verificar os
efeitos de um programa de orientação para adultos com lombalgia. A amostra
tinha 41 sujeitos, de ambos os sexos, com idades entre os 25 e os 65 anos,
que apresentassem dor lombar há mais de 6 meses. Os indivíduos
participaram de cinco encontros semanais de 60 minutos cada sessão, nos
quais foram desenvolvidos as capacitações teórico-práticas (aulas teóricas e
aulas práticas) dos participantes. O questionário Oswestry foi aplicado, tal
como no nosso trabalho, pré e pós teste. Os resultados obtidos demonstraram
que com as sessões os sujeitos obtiveram melhoras na capacidade funcional e
também como no nosso estudo aplicaram o questionário SF-36 e também aqui
registaram melhoras pós teste. Concluíram que, o Programa Escola da Postura
elaborado foi capaz de melhorar não só a qualidade de vida mas também a
capacidade funcional dos participantes.
94
Neste caso, podemos referir que, a actividade física é benéfica para a
diminuição das dores lombares, mas este estudo apenas verificou os indivíduos
antes e após a aplicação dos exercícios. Ao contrário de nós, que verificámos
no mesmo grupo como se apresentavam, tanto na qualidade de vida, como na
capacidade funcional referente às dores nas costas, após uma paragem de
dois meses de actividade física. Não verificámos estatisticamente um
decréscimo após essa paragem porque não foi possível controlar todas as
variáveis, como por exemplo, se eles praticavam outras actividades físicas
nesse período de dois meses de férias do NAFAS.
Relativamente aos resultados obtidos dos adultos após a aplicação do
protocolo de exercícios não foi possível verificar alterações estatisticamente
significativas. O resultado através da análise descritiva mostra-nos que ouve
um decréscimo em média de 5,5%. Pensamos ser importante destacar que,
uma das causas para esta piora se deve ao tipo de trabalho que alguns
indivíduos têm, como carregar durante o dia pesos, e que provocam uma piora
nos problemas que eles apresentavam na coluna e não foi benéfico para a
diminuição das dores nas costas. Outro dos aspectos por nós detectado, é que
todos do grupo aumentaram de peso, o que não contribuiu para a melhoria das
suas queixas, o índice do IMC do grupo situou-se no sobrepeso com 25,19
Kg/m2, uma vez que a classificação refere que os índices considerados
normais situam-se nos 18,5 e 24,9 kg/m2 (Couto, 2006).
Nahas (2001), refere que a grande maioria das dores nas costas não
está relacionada a problemas estruturais mas sim a problemas de má postura,
pouca elasticidade e também a excesso de peso, sendo este muitas vezes o
desencadeador de problemas lombares.
A saúde está directamente ligada aos componentes, músculos, ossos e
gordura, por isso, um maior percentual de gordura está directamente ligado a
uma diminuição da qualidade de vida (Kiss, 2003).
Os níveis de actividade física não supriram as necessidades dos
indivíduos e nessa medida, a capacidade funcional deste grupo foi negativa.
95
O estudo de Masselli et al., (2007), corroboram os nossos resultados
negativos. Mediram o índice funcional de Oswestry após cirurgia para
descompressão de raízes nervosas. A amostra foi constituída por 17 pacientes,
6 mulheres e 11 homens, com idades entre os 22 e os 70 anos, operados à
hérnia de disco e foram avaliados através do Instrumento Oswestry, 30 dias, 60
dias, 90 dias e depois num espaço de 6 meses até perfazer um ano após a
cirurgia. O grupo foi dividido da seguinte forma: nove indivíduos eram
considerados trabalhadores de desgaste rápido e 8 indivíduos considerados
trabalhadores de médio desgaste. Os resultados obtidos é que até aos 90 dias
após a cirurgia foi registado melhoras na capacidade funcional a seguir tinham
uma diminuição pouco significativa mas depois dos 180 dias apresentaram
pioras na capacidade funcional e eram maiores no grupo de trabalhadores de
desgaste rápido.
No que concerne aos resultados obtidos dos idosos após a paragem de
dois meses de actividade física, depois de analisado o questionário Oswestry,
verificou-se que não apresentou resultados estatisticamente significativos. Mas,
se verificarmos apenas pela análise descritiva podemos observar que em
média pioraram 2,89%, percebemos também que, após a paragem de
actividade física um dos indivíduos passou de uma incapacidade mínima para
uma incapacidade moderada e outro ainda passou de uma incapacidade
moderada para uma incapacidade importante.
Num trabalho realizado por Tahara, Rafachio e Walsh, (2008), sobre os
efeitos de um programa educacional e de exercícios fisioterapêuticos na
avaliação da dor e da capacidade de um indivíduo com lombalgia. Foi utilizado,
como na nossa pesquisa, o questionário Oswestry antes e após um programa
educacional de exercícios. Os resultados apontaram um aumento da
capacidade funcional após o programa e por consequência uma diminuição da
dor lombar nesse indivíduo.
Mais uma vez aqui, foi aplicado o mesmo instrumento de avaliação mas
apenas antes e após os exercícios, e o resultado foi melhor depois do que
96
antes dos exercícios. Na nossa pesquisa, quisemos observar os resultados
após a paragem de actividade física de dois meses, e porque não controlámos
o que o grupo fazia para lá da sala de exercícios não foi possível obter
resultados estatisticamente significativos.
No nosso estudo, aquando da análise dos resultados dos idosos após a
aplicação do protocolo de exercícios, verificámos que não foi estatisticamente
significativa. Observando o grupo individualmente percebemos que um dos
sujeitos passou de uma incapacidade moderada para uma incapacidade
mínima e outro ainda, passou de uma incapacidade importante para uma
incapacidade moderada, o que na média teve uma alteração de 4,45% nos
resultados mostrando por isso que alguns melhoraram. Parece-nos importante
realçar aqui um aspecto sobre a nossa amostra, tínhamos alguns indivíduos
com problemas de saúde além das dores nas costas, como exemplo,
osteoporose e que durante o nosso estudo tiveram um quadro agudo da
doença, e os seus médicos aconselharam a fazerem uma paragem na
actividade física, alguns ficaram parados mais de uma semana, desta forma
levando a que os resultados não tivessem expressão estatística.
Goldenberg (2008), refere que, os exercícios fortalecem os músculos
das costas, por um lado ajudando a protege-las e por outro a aumentarem a
flexibilidade, por consequência tornando mais fácil a movimentação de todas as
estruturas da coluna vertebral. Os exercícios também proporcionam mais
habilidade, coordenação motora e equilíbrio, ajudando deste modo a prevenir
quedas e diminuindo a depressão, melhoram o humor e a auto-estima.
Para Marcela e Matsudo (2001), um programa de exercícios promove o
fortalecimento da musculatura e por conseguinte, a força muscular, fazendo
com que as incidências das quedas diminua. A massa muscular também ajuda
para o estímulo da densidade óssea.
Concordamos que o exercício é benéfico para a diminuição das dores na
coluna mas, para isso é necessário não só a actividade física mas o que o
indivíduo faz para lá disso. Não importa fazer exercícios se tem um trabalho
que levanta pesos durante 8 horas diárias de forma incorrecta, se tem posturas
97
erradas no seu dia-a-dia. Uma das razões que apontamos para não termos
obtido resultados estatisticamente significantes, e após termos uma palestra
com o grupo, é que muitos tinham actividades que não contribuíam para as
suas dores na coluna.
Num estudo realizado por Macedo e Briganó, (2009), cujo objectivo
consistiu em estudar a terapia manual e cinesioterapia na dor, incapacidade e
qualidade de vida de indivíduos com lombalgia em 40 pacientes (28 mulheres e
12 homens), com idades entre os 17 a 64 anos, com diagnostico clínico de
lombalgia crónica. Os pacientes realizaram 30 sessões de fisioterapia
(manobras miofascia, traços cutâneos, exercícios de alongamento e
fortalecimento e ainda exercícios na bola suíça). Como no nosso estudo,
utilizaram como instrumento de avaliação, o Oswestry e o SF-36, antes e após
a aplicação das sessões. Os autores observaram que existiu diferenças
estatisticamente significativas em todos os parâmetros e na capacidade
funcional.
Neste estudo, os autores obtiveram resultados estatisticamente
relevantes ao contrário do nosso estudo, que não obteve esses resultados,
uma das razões apontadas para isso foi o número de faltas registadas durante
a aplicação do protocolo de exercícios.
Assim, tendo por base os nossos resultados podemos referir que na
globalidade não houve alterações estatisticamente significativas mas também
não se verificou pioras após a aplicação do protocolo de exercícios. De facto,
existem indivíduos idosos que fazem actividade física e não apresentam
melhoras nem pioras na condição física, contudo, o facto de não apresentarem
pioras no seu quadro clínico, já é uma vantagem do exercício.
Podemos ainda mencionar que a nossa pesquisa teve ausência de
modificações significativas porque constatámos que tivemos limitações ao
longo do estudo, tais como: não foi possível controlar as faltas que os
indivíduos deram, alguns faltaram porque em algum momento registaram um
quadro agudo nos seus problemas de saúde; o grupo era muito heterogéneo
98
nas actividades que faziam fora do NAFAS relativamente à actividade física e
no que refere à vida social, alguns apresentando depressões, outros com
actividades sociais intensas; a nossa amostra foi muito pequena e isso levou a
que não se registasse resultados estatisticamente relevantes; o tempo foi
pequeno relativamente à aplicação do protocolo; outros ainda tinham
actividades profissionais que não contribuíam para uma melhora das dores nas
costas. A apontar um aspecto negativo para a nossa investigação é que no
decorrer do trabalho, houve uma greve na USP, e como alguns elementos da
nossa amostra eram funcionários desta instituição aderiram à greve e por
consequência faltaram, durante algum tempo, ao programa de exercícios
propostos por nós.
Não poderemos afirmar estatisticamente, através da nossa pesquisa,
que a paragem de actividade física durante dois meses piora a qualidade de
vida e as queixas de dores nas costas.
Também não podemos afirmar, através do nosso grupo que, os
exercícios de actividade física realizados durante 10 semanas melhoram a
qualidade de vida e as queixas álgicas da coluna vertebral, ao contrário de toda
a literatura por nós encontrada, tanto para adultos como para idosos.
Reforçando esta nossa afirmação, o American College of Sport Medicine
(2006), afirma que, embora ainda não tenha sido encontrada a dose óptima de
actividade física que o indivíduo deve praticar, a relação está bem definida
entre actividade física e os benefícios para a saúde. Esses benefícios para a
saúde devido a um aumento da actividade física na população em geral são
enormes, reduzindo o risco de contrair determinadas doenças.
99
8. CONCLUSÕES
100
101
8. CONCLUSÕES
Considerando os objectivos do presente estudo e dentro dos seus limites
técnicos, metodológicos e amostrais, concluímos o seguinte:
• A qualidade de vida dos adultos do NAFAS não é inferior após a
paragem de dois meses de actividade física.
• As queixas álgicas na região da coluna vertebral dos adultos do
NAFAS não são superiores após a paragem de dois meses de
actividade física.
• Apenas na dimensão da Vitalidade, a qualidade de vida dos
adultos do NAFAS é superior após a aplicação do protocolo de
exercícios.
• As queixas álgicas na região da coluna vertebral dos adultos do
NAFAS não são inferiores após a aplicação do protocolo de
exercícios.
• A qualidade de vida dos idosos do NAFAS não é inferior após a
paragem de dois meses de actividade física.
• As queixas álgicas na região da coluna vertebral dos idosos do
NAFAS não são superiores após a paragem de dois meses de
actividade física.
• Apenas no domínio Limitação por Aspectos Físicos, a qualidade
de vida dos idosos foi superior após a aplicação do protocolo de
exercícios.
• As queixas álgicas na região da coluna vertebral dos idosos do
NAFAS não são inferiores após a aplicação do protocolo de
exercícios.
Concluímos que, os resultados do nosso estudo, não mostram que é
prejudicial a paragem de dois meses de actividade física para a qualidade de
vida nem para as queixas álgicas da coluna vertebral, tanto nos adultos quanto
nos idosos.
102
Também não nos confirmam que é suficiente a actividade física durante
10 semanas, nem para a qualidade de vida, nem para as queixas álgicas da
coluna vertebral, ao contrário do que encontrámos em toda a literatura por nós
pesquisada.
Podemos atribuir em parte, a obtenção destes resultados, às limitações
que toda a nossa pesquisa registou ao longo do tempo. Não conseguimos
controlar as faltas dadas por alguns elementos do grupo, outros apresentavam
um quadro de depressão que não foi resolvido ao longo do tempo que o nosso
estudo teve, a nível social o grupo era muito heterogéneo, pois após aplicação
do questionário de dados pessoais percebemos que alguns elementos do
grupo tinham uma vida social preenchida enquanto outros não saiam de casa
para convívio social. A amostra foi pequena e isso reflectiu-se uma vez que não
houve resultados estatisticamente significativos. Por outro lado, alguns
indivíduos, tinham profissões que não ajudavam para uma melhora das dores
nas costas pois tinham que carregar pesos durante o dia.
Deste modo, propomos em estudos futuros, ao analisarem a qualidade
de vida – visto ser um conceito muito amplo e diferente de individuo para
individuo – que a amostra seja mais controlada nas suas variáveis, isto é, saber
e poder controlar o que os indivíduos fazem para lá do programa proposto de
actividade física, para desta forma a amostra ser o mais homogénea possível.
Outro aspecto que nos parece relevante é saber, através dos mesmos
indivíduos, e uma vez controlada essas variáveis, quais as diferenças quando
os sujeitos realizam actividade física e quando, os mesmos indivíduos estão
sem a fazer durante algum tempo, para aferir da sua qualidade de vida.
103
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104
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xviii
xix
ANEXOS
xx
xxi
Anexo I - Pedido de Autorização ao CEPEUSP para realizar a investigação
Pedido de Autorização
O trabalho intitulado:
“O efeito dos exercícios posturais na qualidade de vida e nas queixas álgicas da coluna vertebral
em adultos e idosos praticantes de ginástica adaptada”.
Pretende verificar o efeito dos exercícios posturais na qualidade de vida de adultos e idosos de
ambos os sexos e com idades compreendidas entre os 40 e os 70 anos.
O projecto será realizado dentro do Centro de Práticas Esportivas da Universidade de
São Paulo – CEPEUSP, no Núcleo de Actividade Física Adaptada e Saúde - NAFAS, com a utilização da
sala 2 do ginásio do CEPEUSP com a frequência de 2x semanais das 10:00 as 12:00h.
Os resultados serão elaborados para futura apresentação ao Instituto Politécnico de Leiria,
Portugal como requisito parcial para a obtenção do grau Licenciada em Desporto e Bem-Estar.
A pesquisa é feita pela aluna Margarida Cristina Figueiredo Castro Leal, que se encontra em
convénio com a Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo, com a Orientação
da Professora Mestre Ana Luísa Comprido Afonso e Co-Orientação do Professor Doutor Luzimar Teixeira
para a realização deste trabalho.
Assim, pela necessidade em contribuir e delinear parâmetros científicos para o desvendar
desta problemática, pedimos à Directoria do CEPEUSP a autorização para a utilização do espaço para
realização dos procedimentos, aplicação dos exercícios e respectiva aplicação de questionários pré e pós
teste durante o período de Dezembro de 2009 a finais de Junho de 2010.
Autorização
A directoria do Centro de Práticas Esportivas da Universidade de São Paulo - CEPEUSP
autoriza a pesquisadora: Margarida Cristina de Figueiredo Castro Leal a realizar a pesquisa acima
descrita sob a supervisão do responsável Professor Doutor Luzimar Teixeira e do espaço solicitado para o
delineamento experimental descrito.
São Paulo, 26 de Novembro de 2009
xxii
xxiii
Anexo II - Termo de consentimento livre e esclarecido
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
I - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO
NOME DO INDIVÍDUO:
DOCUMENTO DE IDETIFICAÇÃO Nº:………………………..SEXO: M F
DATA NASCIMENTO:………./………./………
ENDEREÇO: ………………….……………………………….Nº…………. APTO………
BAIRRO:………………………………...………………….. CIDADE:…………………………
CEP: TELEFONE:…………………………………DDD( )................................................
NOMEDORESPONSÁVEL LEGAL:..................................................................................
____________________________________________________________________
II - DADOS SOBRE A PESQUISA CIENTÍFICA
TÍTULO DO PROJETO DE PESQUISA: O efeito dos exercícios posturais na
qualidade de vida e nas queixas álgicas da coluna vertebral em adultos e idosos
praticantes de ginástica adaptada.
1. PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Margarida Castro Leal
2. CARGO/FUNÇÃO: Aluna de convénio da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo EEFE-USP
3. AVALIAÇÃO DO RISCO DA PESQUISA:
RISCO MÍNIMO x RISCO MÉDIO o
RISCO BAIXO o RISCO MAIOR o
(probabilidade de que o indivíduo sofra algum dano como consequência imediata ou tardia do
estudo)
4. DURAÇÃO DA PESQUISA: 9 meses.
_______________________________________________________________________
Você está sendo convidado a participar da pesquisa intitulada O efeito dos exercícios
posturais na qualidade de vida e nas queixas álgicas da coluna vertebral em adultos e
idosos praticantes de ginástica adaptada.
5. O baixo índice de prática de actividades físicas regulares traz como consequência a maior
probabilidade de ocorrência de doenças crónicas músculo esqueléticas, obesidade e,
consequentemente, baixa auto-estima e qualidade de vida. O nível de sedentarismo é
normalmente mais elevado nesta população pela falta de conhecimento e orientação médica
quanto a importância da realização da actividade física regular. Assim, este estudo propõe-se
xxiv
acompanhar, durante um período de 9 meses, a evolução de algumas variáveis da aptidão física e
qualidade de vida voltadas à saúde
Para a realização deste projecto, será realizado três questionários: 1- Oswestry
relacionado com dores na coluna composto por 10 perguntas objectivas, 2- SF-36 relacionado a
qualidade de vida composto por 11 perguntas objectivas e 3- Medidas Antropométricas
relacionadas a parâmetros físicos gerais. Todas as questões serão respondidas de forma clara
onde o avaliado irá responder de modo oral.
Os resultados obtidos na presente pesquisa serão divulgados em eventos e periódicos
científicos na área da actividade física e saúde e poderão servir como alerta sobre as reais
condições da aptidão física e qualidade de vida voltada à saúde das pessoas com alterações
posturais
A presente pesquisa oferece riscos mínimos para os indivíduos envolvidos visto que os
procedimentos a serem realizados são de uso frequente na área de educação física.
Aproveito ainda para afirmar que, durante toda a pesquisa, você terá as seguintes garantias:
1. acesso, a qualquer tempo, às informações sobre procedimentos, riscos e benefícios relacionados à pesquisa, inclusive para sanar eventuais dúvidas;
2. liberdade de retirar seu consentimento a qualquer momento e de deixar de participar do estudo, sem que isto traga qualquer prejuízo; e
3. salvaguarda da confidencialidade, sigilo e privacidade.
Quaisquer dúvidas ou ocorrências que deseje relatar, favor entrar em contacto por
telefone, e-mail ou no endereço a seguir com a pesquisadora responsável:
Margarida Castro Leal, tel: 011-65899596; [email protected]; Rua
Henrique Schaumann, 1180 ap. 94, Jd. das Bandeiras Cep:05413-011, São Paulo-SP
CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIDO
Declaro que, após convenientemente esclarecido pelo pesquisador e ter entendido o que
me foi explicado, consinto em participar do presente projecto de pesquisa.
São Paulo _____ de ___________________ de 2009.
_________________________ _________________________
Assinatura do sujeito da pesquisa Assinatura da Pesquisador(a)
Responsável Legal Margarida Castro Leal
xxv
Anexo III - Questionário SF-36
Número:______
SF – 36 Pesquisa em Saúde
Sexo:_____________ Idade:____________ Data de Nascimento:_________________
Instruções: Esta pesquisa questiona você sobre sua saúde. Estas informações nos
manterão informados sobre como você se sente e quão bem você é capaz de fazer suas
actividades de via diária. Responda cada questão marcando a resposta como indicado. Caso
você esteja inseguro em responder, por favor tente responder o melhor que puder.
1. Em geral você diria que sua saúde é: (circule uma)
Excelente ___________________________________________________________ 1
Muito boa ___________________________________________________________ 2
Boa ________________________________________________________________ 3
Ruim _______________________________________________________________ 4
Muito ruim ___________________________________________________________ 5
2. Comparada há um ano atrás, como você classificaria sua saúde em geral, agora?
(circule uma)
Muito melhor agora do que há um ano atrás _________________________________ 1
Um pouco melhor agora que há um ano atrás _______________________________ 2
Quase a mesma de um ano atrás _________________________________________ 3
Um pouco pior agora do que há um ano atrás _______________________________ 4
Muito pior agora que há um ano atrás _____________________________________ 5
xxvi
3. Os seguintes itens são sobre actividades que você poderia fazer actualmente
durante um dia comum. Devido a sua saúde, você tem dificuldade para fazer essas
actividades? Neste caso, quanto?
(circule um número em cada linha)
Actividades
Sim.
Dificulta
muito.
Sim.
Dificulta um
pouco.
Não. Não
dificulta de
modo algum
a. Actividades vigorosas, que exigem muito
esforço, tais como correr, levantar objectos
pesados, participar em desportos árduos.
1 2 3
b. Actividades moderadas, tais como mover uma
mesa, passar aspirador de pó, jogar bola, varrer a
casa.
1 2 3
c. Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3
d. Subir vários lances de escada. 1 2 3
e. Subir um lance de escada. 1 2 3
f. Curvar-se, ajoelhar-se ou dobrar-se. 1 2 3
g. Andar mais de um quilometro. 1 2 3
h. Andar vários quarteirões 1 2 3
i. Andar um quarteirão 1 2 3
j. Tomar banho ou vestir-se 1 2 3
4. Durante as últimas quatro semanas, você teve algum dos seguintes problemas
com o seu trabalho ou com alguma actividade diária regular, como consequência de sua
saúde física?
(circule uma em cada linha)
Sim Não
a. Você diminuiu a quantidade de tempo que se dedicava ao seu
trabalho ou a outras actividades? 1 2
b. Realizou menos tarefas do que você gostaria? 1 2
c. Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou em outras actividades? 1 2
d. Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras actividades (por
exemplo: necessitou de um esforço extra)? 1 2
xxvii
5. Durante as últimas quatro semanas, você teve algum dos seguintes problemas com
seu trabalho ou outra actividade regular diária, como consequência de algum problema
emocional (como sentir-se deprimido ou ansioso)?
(circule uma em cada linha)
Sim Não
a. Você diminuiu a quantidade de tempo que se dedicava ao seu
trabalho ou a outras actividades? 1 2
b. Realizou menos tarefas do que gostaria? 1 2
c. Não trabalhou ou não fez qualquer das actividades com tanto
cuidado como geralmente faz? 1 2
6. Durante as últimas quatro semanas, de que maneira sua saúde física ou
problemas emocionais interferiram nas suas actividades sociais normais, em relação a família,
vizinhos, amigos ou em grupo? (circule uma)
De forma nenhuma ____________________________________________________ 1
Ligeiramente _________________________________________________________ 2
Moderadamente ______________________________________________________ 3
Bastante ____________________________________________________________ 4
Extremamente ________________________________________________________ 5
7. Quanta dor no corpo você teve durante as últimas quatro semanas?
(circule uma)
Nenhuma ___________________________________________________________ 1
Muito leve ___________________________________________________________ 2
Leve _______________________________________________________________ 3
Moderada ___________________________________________________________ 4
Grave ______________________________________________________________ 5
Muito grave _________________________________________________________ 6
8. Durante as últimas quatro semanas, quanto a dor interferiu com o seu trabalho
normal (incluindo tanto o trabalho, fora de casa e dentro de casa)? (circule uma)
De maneira alguma ___________________________________________________ 1
Um pouco __________________________________________________________ 2
Moderadamente ______________________________________________________ 3
Bastante ____________________________________________________________ 4
Extremamente ________________________________________________________ 5
xxviii
9. Estas questões são sobre como você se sente e como tudo tem acontecido com
você durante as últimas quatro semanas. Para cada questão, por favor dê uma resposta que
mais se aproxime da maneira como você se sente. Em relação as últimas quatro semanas.
(circule um número para cada linha)
Todo
tempo
A maior
parte do
tempo
Uma boa
parte do
tempo
Alguma
parte
do
tempo
Uma
pequena
parte do
tempo
Nunca
a. Quanto tempo você tem se
sentido cheio de vigor, cheio
de vontade, cheio de força?
1 2 3 4 5 6
b. Quanto tempo você tem se
sentido uma pessoa muito
nervosa?
1 2 3 4 5 6
c. Quanto tempo você tem se
sentido tão deprimido que
nada pode animá-lo?
1 2 3 4 5 6
d. Quanto tempo você tem se
sentido calmo ou tranquilo? 1 2 3 4 5 6
e. Quanto tempo você tem se
sentido com muita energia? 1 2 3 4 5 6
f. Quanto tempo você tem se
sentido desanimado e
abatido?
1 2 3 4 5 6
g. Quanto tempo você tem se
sentido esgotado? 1 2 3
4 5 6
h. Quanto tempo você tem se
sentido uma pessoa feliz? 1 2 3 4 5 6
i. Quanto tempo você tem se
sentido cansado? 1 2 3 4 5 6
xxix
10. Durante as últimas quatro semanas, quanto do seu tempo a sua saúde física ou
os problemas emocionais interferiram com as suas actividades sociais (como visitar amigos,
parentes, etc.)? (circule uma)
Todo tempo _________________________________________________________ 1
A maior parte do tempo ________________________________________________ 2
Alguma parte do tempo ________________________________________________ 3
Uma pequena parte do tempo __________________________________________ 4
Nenhuma parte do tempo ______________________________________________ 5
11. O quanto verdadeiro ou falso é cada uma das afirmações para você?
(circule um número em cada linha)
Definitivamen
te verdadeiro
A maioria das
vezes
verdadeiro
Não sei A maioria
das vezes
falsa
Definitiva-
mente falsa
a. Eu costumo adoecer
um pouco mais
facilmente que as outras
pessoas.
1 2 3 4 5
b. Eu sou tão saudável
quanto qualquer pessoa
que eu conheço
1 2 3 4
5
c. Eu acho que a minha
saúde vai piorar. 1 2 3 4 5
d. Minha saúde é
excelente. 1 2 3 4 5
xxx
xxxi
Anexo IV - Questionário Oswestry
Questionário de Oswestry Prontuário nº
Nome: Data:
Este questionário foi feito para o seu examinador possa saber como a dor nas costas
está afectando sua capacidade de lidar com as actividades do dia-a-dia. Por favor responda a
todas as secções. Em cada secção marque apenas UMA alternativa. Nós compreendemos que
você possa achar que duas alternativas em uma mesma secção estão certas para você.
Mesmo assim, escolha apenas uma alternativa, que melhor descreve o seu problema neste
momento.
1 Intensidade da dor ( ) A dor é leve e ocorre de vez em quando. ( ) A dor é leve e não varia muito. ( ) A dor é média e ocorre de vez em quando. ( ) A dor é moderada e não varia muito. ( ) A dor ocorre de vez em quando e é intensa. ( ) A dor é intensa e não varia muito.
2 Cuidados Pessoais ( ) Eu não preciso mudar o jeito de me vestir ou tomar banho por causa da dor. ( ) Normalmente eu não mudo o jeito de me vestir ou tomar banho, ainda que eu tenha dor. ( ) Eu sinto dor ao tomar banho e me vestir, mas eu consigo não mudar o meu jeito de fazê-lo. ( ) Por causa da dor, eu preciso mudar o jeito de tomar banho e vestir. ( )Por causa da dor, eu não consigo me vestir e tomar banho sem alguma ajuda. ( ) Por causa da dor, eu preciso de ajuda todo o tempo, para me vestir e tomar banho.
3 Levantar pesos ( ) Eu consigo levantar pesos pesados sem que a minha dor aumente. ( ) Eu consigo levantar pesos pesados, mas a minha dor aumenta. ( ) A dor me impede de levantar pesos pesados do cão. ( ) A dor me impede de levantar pesos pesados do chão, mas eu consigo levantá-los se eles estiverem melhor posicionados em cima de uma mesa. ( ) A dor me impede de levantar pesos pesados, mas eu consigo levantar pesos mais leves se eles estiverem melhor posicionados. ( ) Eu só consigo levantar pesos muito leves.
4 Andar ( ) Eu não sinto dor para andar. ( ) Eu sinto um pouco de dor para andar, mas a dor não aumenta com a distância. ( ) Eu consigo andar somente seis quarteirões, sem que a minha dor aumente. ( ) Eu consigo andar somente três quarteirões, sem que a minha dor aumente ( ) Eu consigo andar somente dois quarteirões, sem que a minha dor aumente ( ) Sempre que eu ando qualquer distância, a minha dor aumenta.
5 Sentar ( ) Eu posso sentar em qualquer cadeira, por muito tempo, e a minha dor não aumenta. ( ) Só se a cadeira for confortável eu consigo sentar por muito tempo sem que a minha dor aumente. ( ) Por causa da dor, eu não consigo ficar sentado por mais que uma hora. ( ) Por causa da dor, eu não consigo ficar sentado por mais que meia hora. ( ) A dor me impede de sentar por mais que dez minutos. ( )Eu procuro não me sentar, porque a dor aumenta imediatamente.
6 Ficar de pé ( ) Eu posso ficar em pé o tempo que quiser, e a minha dor não aumenta. ( ) Eu tenho um pouco de dor quando fico em pé, mas a dor não aumenta com o tempo. ( ) Eu não posso ficar em pé por mais que uma hora, sem que a minha dor aumente. ( ) Eu não posso ficar em pé por mais que meia hora, sem que a minha dor aumente. ( ) Eu não posso ficar em pé por mais que dez minutos, sem que a minha dor aumente. ( ) Eu evito ficar de pé, porque a minha dor aumenta imediatamente.
xxxii
7 Dormir ( ) Eu não tenho dor quando estou na cama. ( ) Eu tenho dor quando estou na cama, mas a dor não me impede de dormir. ( ) Por causa da minha dor, o meu tempo de sono é um pouco mais da metade do normal. ( ) Por causa da minha dor, o meu tempo de sono é a metade do normal. ( ) Por causa da minha dor, o meu tempo de sono é um pouco menos da metade do normal. ( ) A dor me impede completamente de dormir.
8 Vida social ( ) Minha vida social é normal, e não me traz dor. ( ) A minha vida social é normal, mas aumenta a minha dor. ( ) A minha vida social me impede de realizar actividades mais intensas, como dançar, passear, etc. ( ) A dor diminui a minha vida social, e eu não saio muito. ( ) A do restringe a minha vida social actividades na minha casa. ( ) Por causa da dor, eu quase não tenho mais vida social.
9 Andar de carro ( ) Eu não tenho dor quando ando de carro. ( ) Eu tenho alguma dor quando ando de carro, mas a dor não aumenta. ( ) Eu tenho mais dor quando ando de carro, mas isto não me impede de andar de carro. ( ) Eu tenho dor quando ando de carro e procuro reduzir o tempo de viagem. ( )Por causa da dor eu procuro não andar de carro. ( ) Por causa da dor, eu não posso andar de carro, a não ser que eu ande de carro deitado no banco de trás.
10 Modificação no grau da dor ( ) A minha dor está melhorando rapidamente. ( ) A minha dor varia, mas em geral ela está melhorando. ( ) A minha dor está melhorando, mas muito devagar. ( ) A minha dor não está melhorando nem piorando. ( ) A minha dor está piorando aos poucos. ( ) A minha dor está piorando rapidamente.
xxxiii
Anexo V - Questionário Pessoal - parte I
Questionário Pessoal – Parte I
Data: _____________
Nome:__________________________________________________________
Data de Nascimento:________________________________
Estado Civil:______________________
Morada:_______________________________________________________________
Tem Filhos: _________________ Quantos:_________________
Vive sozinha:___________________
Pratica actividade física fora deste departamento? ________________
Se sim qual? ____________________________________________________
Há quantos anos está na Educação Física Adaptada do NAFAS? _________________
Como se desloca para o CEPEUSP?______________________
Patologias Diagnosticadas:________________________________________
Altura:_________________
Peso:_________________
IMC:__________________
Perímetros
Peito:________________
Biceps Direito:_____________ Biceps Esquerdo:________________
Cintura:______________
Anca:__________
QuadricepsDireito:_____________ QuadricepsEsquerdo:___________
Gémeos: Direito:_______________ Gémeos Esquerdo:_____________
Medida Biacromial: _____________
xxxiv
xxxv
Anexo VI - Questionário pessoal - parte II
Questionário Pessoal - parte II
Data: _________________________
Nome:______________________________________________________________
Data de Nascimento: _________________________________
À quanto tempo está no NAFAS ? ________________
Pratica actividade física fora do NAFAS? Sim ( ) Não ( )
Se sim qual ?: ________________________________________________________
Quantas horas por semana? _____________________________________________
Como se desloca para o CEPEUSP? ________________________
Peso: _________ IMC: __________ Medida Biacromial: ___________
Perímetros
Peito: _______ Biceps Direito: _______________ Biceps Esquerdo: _______________ Cintura: __________ Anca: ____________ Quadriceps Direito: ____________ Quadriceps Esquerdo: ______________ Gémeo Direito: _______________ Gémeo Esquerdo: _________________
xxxvi
Anexo VII - Protocolo de exercícios para os alunos do NAFAS
Protocolo de Exercícios para adultos e idosos do
Núcleo Actividade Física Adaptada e Saúde
Inicio do Protocolo 04 de Março de 2010
Fim do Protocolo 20 de Maio de 2010
Tempo de aula: 1 hora (Tempo de realização dos exercícios 46’55’’)
Fotos Nome do exercício
Movimento articular livre da cervical
Movimento articular livre dos ombros (anterior)
Movimento articular livre dos ombros (posterior)
Exercício metabólico de punhos
Exercício metabólico de tornozelo
Mobilidade torácica antero posterior
Mobilidade torácica axial em rotação
Mobilidade torácica intercostal lateral
xxxvii
Protocolo de exercícios para os alunos do NAFAS
Protocolo de Exercícios para adultos e idosos do
Núcleo Actividade Física Adaptada e Saúde – NAFAS do CEPEUSP
Inicio do Protocolo 04 de Março de 2010
Fim do Protocolo 20 de Maio de 2010
10 Semanas
Tempo de aula: 1 hora (Tempo de realização dos exercícios 46’55’’)
Nome do exercício
Tempo Número de repetições
Número de
séries Descrição do exercício
Movimento articular livre da cervical
25’’ 12 1
Indivíduo sentado em cima da bola, com o tronco direito, abdómen contraído, realiza flexão e lateralização da cervical bilateral para facilitar a produção de líquido sinovial.
Movimento articular livre dos ombros (anterior)
25’’ 12 1
Indivíduo sentado em cima da bola, com o tronco direito, abdómen contraído, realiza rotação de ombros para a frente, activando a produção de líquido sinovial.
Movimento articular livre dos ombros (posterior) 25’’ 12 1
Indivíduo sentado em cima da bola, com o tronco direito, abdómen contraído, realiza rotação de ombros para trás para facilitar a produção do líquido sinovial.
Exercício etabólico de
punhos 25’’ 12 1
Indivíduo sentado em cima da bola, com o tronco direito, abdómen contraído, realiza circundaçãpunhos, exercícios metabólicos de extremidades superiores para facilitar o retorno venoso.
Exercício metabólico de tornozelo
25’’ 12 1
Indivíduo sentado em cima da bola, com o tronco direito, abdómen contraído, realiza circundação de tornozelo, exercícios metabólicos de extremidades inferiores para facilitar o retorno venoso.
Mobilidade torácica antero posterior
2’ 12 1
Indivíduo sentado em cima da bola, com o tronco direito, posiciona o bastão verticalmente à frente do corpo, seguido de acencifose torácica, associado à rectificação e depressão da mesma em direcção ao solo para ganho de mobilidade desta região.
Mobilidade torácica axial em rotação
2’ 12 1
Indivíduo sentado em cima da bola, com o tronco direito, posiciona o bastão verticalmente à frente do corpo, seguido de rotação torácica posterior bilateral para ganho de mobilidade desta região.
Mobilidade torácica intercostal
2’ 12 1
Indivíduo sentado em cima da bola, com o tronco direito, posiciona o bastão horizontcorpo, seguido de lateralização do tronco bilateral, para ganho de mobilidade intercostal
Protocolo de exercícios para os alunos do NAFAS
Protocolo de Exercícios para adultos e idosos do
NAFAS do CEPEUSP
Descrição do exercício
Indivíduo sentado em cima da bola, com o tronco direito, abdómen contraído, realiza flexão e lateralização da cervical bilateral para facilitar a produção de líquido
sentado em cima da bola, com o tronco direito, abdómen contraído, realiza rotação de ombros para a frente, activando a produção de líquido sinovial.
Indivíduo sentado em cima da bola, tronco direito, abdómen
contraído, realiza rotação de ombros para trás para facilitar a produção do líquido sinovial.
Indivíduo sentado em cima da bola, com o tronco direito, abdómen contraído, realiza circundação de punhos, exercícios metabólicos de extremidades superiores para facilitar o retorno venoso.
Indivíduo sentado em cima da bola, com o tronco direito, abdómen contraído, realiza circundação de
exercícios metabólicos de extremidades inferiores para facilitar o retorno venoso.
Indivíduo sentado em cima da bola, com o tronco direito, posiciona o bastão verticalmente à frente do corpo, seguido de acentuação da cifose torácica, associado à rectificação e depressão da mesma em direcção ao solo para ganho de mobilidade desta região. Indivíduo sentado em cima da bola, com o tronco direito, posiciona o
verticalmente à frente do corpo, seguido de rotação torácica posterior bilateral para ganho de mobilidade desta região.
Indivíduo sentado em cima da bola, com o tronco direito, posiciona o bastão horizontalmente à frente do corpo, seguido de lateralização do tronco bilateral, para ganho de mobilidade intercostal
Báscula lateral da pelve
Báscula antero posterior
Báscula lateral com inclinação de tronco bilateral
Báscula antero posterior da pelve com flexão e extensão da torácica
Propriocepção
Propriocepção
Coordenação e dissociação de cinturas
Elevação glútea ou ponte
Remada na bola
xxxviii
Báscula lateral da
2’ 12 1
Indivíduo sentado em cima da bola, com o tronco direito, realiza báscula de quadril lateral para ganho de mobilidade pélvica e sacro
Báscula antero posterior
2’ 12 1
Indivíduo sentado em cima da bola, com o tronco direito, realiza báscula de quadril anterior (anteversão pélvica) e posterior (retroversão pélvica), para ganho de mobilidade pélvica e sacro
Báscula lateral com inclinação de tronco bilateral
2’ 12 1
Indivíduo sentado na bola, realiza báscula lateral da pelve acompanhada da inclinação lateral do tronco para enfatizar a mobilidade pélvica, lombar e torácica no plano frontal.
Báscula antero posterior da pelve com flexão e extensão da torácica
2’ 12 1
Indivíduo sentado na bola, realiza báscula anterior (anteversão pélvica) e posterior (retroversão pélvica), seguida da flexão e acentuação da coluna torácica, acompanhada da extensão da mesma, para enfatizar a mobilidade pélvica, lombar e torácica no plano sagital.
Propriocepção
2’ 2 1
Treino proprioceptivo funcional, para equilíbrio e ajuste postural, unipedal com oscilação do membro contra lateral bilateral. Indivíduo pendulo com o membro inferior não fixo no solo em direcção aos saquinhos de areia dispostos no chão.
Propriocepção
2’ 2 1
Treino proprioceptivo funcional, para equilíbrio e ajuste postural, unipedal com oscilação. Indivíduo com o pé em cima de um saquinho de areia e o outro em suspensão vai progredindo no seu nível de oscilação.
Coordenação e dissociação de cinturas
10’ 12 1
Indivíduo sentado em cima da bola com o tronco direito, abdómen contraído, destabiliza a bola num leve saltito, realiza flexão alternada de quadril bilateral, associando a flexão de ombros formando a dissociação de cinturas, para treino de coordenação, equilíbrio, estabilidade e dissociação de tronco.Segue em abdução de membros inferiores alternada, associada à abdução de membros superiores, para estabilidade transversa da pelve e ombros.
Elevação glútea ou
5’ 12 3
Indivíduo deitado em decúbito dorsal, com a bola em baixo dos gémeos, eleva o glúteo e retorna ao chão lentamente. Exercício de estabilidadeposterior dificultado pelo ponto único de fixação num longo braço de alavanca.
Remada na
5’ 12 3
Indivíduo em decúbito ventral sobre a bola, com os pés fixos no chão, joelho em extensão, com base de sustentação alargada ou não (depende do aluno), ou de joelhos, segura o bastão com 1Kg acoplado ao mesmo e realiza retracção escapular, potencializando a força dos estabilizadores escapulares, atenuando a protracção dos ombros.
Indivíduo sentado em cima da bola, com o tronco direito, realiza báscula de quadril lateral para ganho de mobilidade pélvica e sacro-ilíaca.
Indivíduo sentado em cima da bola, com o tronco direito, realiza báscula de quadril anterior (anteversão pélvica) e posterior (retroversão pélvica), para ganho de mobilidade
sacro-ilíaca.
Indivíduo sentado na bola, realiza báscula lateral da pelve acompanhada da inclinação lateral do tronco para enfatizar a mobilidade pélvica, lombar e torácica no plano frontal.
Indivíduo sentado na bola, realiza báscula anterior (anteversão pélvica) e posterior (retroversão pélvica), seguida da flexão e acentuação da coluna torácica, acompanhada da
ensão da mesma, para enfatizar a mobilidade pélvica, lombar e torácica no plano sagital. Treino proprioceptivo funcional, para equilíbrio e ajuste postural, unipedal com oscilação do membro contra lateral bilateral. Indivíduo realiza um pendulo com o membro inferior não fixo no solo em direcção aos saquinhos de areia dispostos no
Treino proprioceptivo funcional, para equilíbrio e ajuste postural, unipedal com oscilação. Indivíduo com o pé
de um saquinho de areia e o outro em suspensão vai progredindo no seu nível de
Indivíduo sentado em cima da bola com o tronco direito, abdómen contraído, destabiliza a bola num
, realiza flexão alternada de quadril bilateral, associando a flexão de ombros formando a dissociação de cinturas, para treino de coordenação, equilíbrio, estabilidade e dissociação de tronco. Segue em abdução de membros inferiores alternada, associada à bdução de membros superiores, para estabilidade transversa da pelve e ombros.
Indivíduo deitado em decúbito dorsal, com a bola em baixo dos gémeos, eleva o glúteo e retorna ao chão lentamente. Exercício de estabilidade de tronco antero posterior dificultado pelo ponto único de fixação num longo braço de
Indivíduo em decúbito ventral sobre a bola, com os pés fixos no chão, joelho em extensão, com base de sustentação alargada ou não (depende do aluno), ou de joelhos, segura o bastão com 1Kg acoplado ao mesmo e realiza retracção escapular, potencializando a força dos estabilizadores escapulares, atenuando a protracção dos ombros.
Extensores do Tronco
Extensão do quadril
Alongamento do tronco
Alongamento lateral do tronco
Alongamento lateral do tronco
Alongamento da região lombar e glúteos
Alongamento dos flexores do quadril
Alongamento dos rotadores externos do quadril
Alongamento dos Ísquios tibiais ou posteriores de coxa
Alongamento do peitoral maior
Alongamento do deltóide
Alongamento dos extensores do punho
xxxix
Extensores do Tronco
5’ 12 3
Indivíduo em decúbito va bola, realiza extensão do tronco com os braços paralelos ao tronco potencializando os erectores do dorso, atenuando a hipercifose torácica e estabilizando a coluna posteriormente.
Extensão do quadril
5’ 12 3
Indivíduo em decúbito ventral a bola, com as mãos apoiadas no chão, realiza extensão de quadril mantendo o alinhamento da coluna. O glúteo é contra rotador do sacro, auxilia na atenuação da anteversão pélvica diminuindo a hiperlordose lombar.
Alongamento do tronco
25’’ 1 1
Indivíduo de joelhos, rola a bola à frente do corpo com os ombros em flexão anterior, deprime a região torácica em direcção ao chão.
Alongamento lateral do
25’’ 1 1
Indivíduo de joelhos, com os ombros em flexão anterior, deprime a região torácica ema bola para as laterais.
Alongamento lateral do
25’’ 1 1
Indivíduo em decúbito lateral em cima da bola, potencializa o alongamento da lateral do tronco, associado à elevação dos braços.
Alongamento da região lombar e lúteos
25’’ 1 1
Indivíduo em decúbito dorsal, abraça as duas pernas em direcção ao tronco e mantém a posição
Alongamento dos flexores do quadril
25’’ 1 1
Indivíduo em decúbito dorsal, abraça uma perna e a outra fica em extensão, permite o alongamento dos flexores do quadril, permite o alongamento do íliofemoral e sartório para atenuação da anteversão pélvica, potencializando a sensação posterior do alongamento pelo triceps sural com a dorsiflexão do tornozelo.
Alongamento dos rotadores externos do quadril 25’’ 1 1
Indivíduo em decúbito dorsal, cruza uma perna sobre a outra formando um 4, o membro inferior em rotação externa permite o alongamento dos rotadores externos do quadril principalmente o piriforme, por onde passa o nervo ciático.
Alongamento dos Ísquios tibiais ou posteriores de
25’’ 1 1
Indivíduo em decúbito dorsal, circula o pé com uma corda, mantém o membro em flexão do quadril e extensão do joelho para o alongamento dos posteriores de coxa, enquanto a outra perna em flexão para melhor rectificação da coluna lombar. O alongamento dos ísquiostibiais diminuem a compressão articular do joelho e atenuam a retroversão pélvica.
Alongamento do peitoral
25’’ 1 1
Indivíduo em decúbito dorsal sobre a bola, afasta os membros superiores em abdução e rotação externa para o alongamento do peitoral maior, para diminuição da protusão de ombros e hipercifose torácica
Alongamento do deltóide
25’’ 1 1
Indivíduo sentado em cima da bola, realiza adução dos ombros paraalongamento do deltóide.
Alongamento
extensores do
25’’ 1 1
Indivíduo sentado em cima da bola, realiza flexão do punho para o alongamento dos extensores do mesmo
Indivíduo em decúbito ventral sobre a bola, realiza extensão do tronco com os braços paralelos ao tronco potencializando os erectores do dorso, atenuando a hipercifose torácica e estabilizando a coluna posteriormente. Indivíduo em decúbito ventral sobre a bola, com as mãos apoiadas no chão, realiza extensão de quadril mantendo o alinhamento da coluna. O glúteo é contra rotador do sacro, auxilia na atenuação da anteversão pélvica diminuindo a hiperlordose
ivíduo de joelhos, rola a bola à frente do corpo com os ombros em flexão anterior, deprime a região torácica em direcção ao chão.
Indivíduo de joelhos, com os ombros em flexão anterior, deprime a região torácica em direcção ao chão e rola a bola para as laterais.
Indivíduo em decúbito lateral em cima da bola, potencializa o alongamento da lateral do tronco, associado à elevação dos braços.
Indivíduo em decúbito dorsal, abraça as duas pernas em direcção ao tronco e mantém a posição
Indivíduo em decúbito dorsal, abraça uma perna e a outra fica em extensão, permite o alongamento dos flexores do quadril, permite o alongamento do ílio-psoas, reto-femoral e sartório para atenuação da anteversão pélvica, potencializando a sensação posterior do alongamento pelo triceps sural com a dorsiflexão do tornozelo. Indivíduo em decúbito dorsal, cruza uma perna sobre a outra formando um 4, o membro inferior em rotação externa permite o alongamento dos rotadores externos do quadril principalmente o piriforme, por onde passa o nervo ciático. Indivíduo em decúbito dorsal, circula o pé com uma corda, mantém o membro em flexão do quadril e extensão do joelho para o alongamento dos posteriores de coxa, enquanto a outra perna fica em flexão para melhor rectificação da coluna lombar. O alongamento dos ísquiostibiais diminuem a compressão articular do joelho e atenuam a retroversão pélvica. Indivíduo em decúbito dorsal sobre a
a os membros superiores em abdução e rotação externa para o alongamento do peitoral maior, para diminuição da protusão de ombros e hipercifose torácica Indivíduo sentado em cima da bola, realiza adução dos ombros para o alongamento do deltóide.
Indivíduo sentado em cima da bola, realiza flexão do punho para o alongamento dos extensores do
Alongamento dos flexores do punho
Alongamento do trapézio médio e esternocleiodomastoideo
Alongamento do trapézio superior
Relaxamento através da massagem
Relaxamento através da massagem
Relaxamento através da massagem
O protocolo de exercícios foi aplicado na sala 2, do CEPEUSP às terças
e quintas-feiras, das 10 às 12 horas, utilizando o seguinte material:
- 18 Bastões, marca MC
- 36 caneleiras, marca Punch de 0,5 Kg, 1 Kg e 2 Kg;
- 18 Ginastic Ball, marca Carci;
- 18 cordas;
- 18 colchões.
xl
Alongamento dos flexores do punho 25’’ 1 1
Indivíduo sentado em cima da realiza extensão do punho para o alongamento dos flexores do mesmo.
Alongamento do trapézio médio e esternocleiodomastoideo
25’’ 1 1
Indivíduo sentado em cima da bola, realiza lateralização da cervical bilateral para o alongamento da musculatura escapular.
Alongamento do trapézio superior 25’’ 1 1
ndivíduo sentado em cima da bola, realiza flexão anterior da cervical para o alongamento dos extensores da cabeça.
Relaxamento através da massagem
1’ 1 1
Indivíduo sentado realiza no colega a frente técnica de pressão para relaxamento da musculatura da cintura escapular. A relação e socialização entre o grupo também são estimuladas nesta parte final.
Relaxamento através da massagem
1’ 1 1
Indivíduo sentadrealiza no colega a frente técnica de rolamento para relaxamento da musculatura da cintura escapular, torácica e lombar. A relação e socialização entre o grupo também são estimuladas nesta parte final
Relaxamento através da massagem
1’ 1 1
Indivíduo sentado em cima da bola, realiza no colega a frente técnica de “batidas” com a lateral da mão para relaxamento da musculatura da cintura escapular, torácica e lombar. A relação e socialização entre o grupo também são estimuladas nesta parte
O protocolo de exercícios foi aplicado na sala 2, do CEPEUSP às terças
feiras, das 10 às 12 horas, utilizando o seguinte material:
18 Bastões, marca MC – Master Cooper (1Kg);
36 caneleiras, marca Punch de 0,5 Kg, 1 Kg e 2 Kg;
Ginastic Ball, marca Carci;
Indivíduo sentado em cima da bola, realiza extensão do punho para o alongamento dos flexores do
Indivíduo sentado em cima da bola, realiza lateralização da cervical bilateral para o alongamento da musculatura do pescoço e da cintura
ndivíduo sentado em cima da bola, realiza flexão anterior da cervical para o alongamento dos extensores
Indivíduo sentado em cima da bola, realiza no colega a frente técnica de pressão para relaxamento da musculatura da cintura escapular. A relação e socialização entre o grupo também são estimuladas nesta parte
Indivíduo sentado em cima da bola, realiza no colega a frente técnica de rolamento para relaxamento da musculatura da cintura escapular, torácica e lombar. A relação e socialização entre o grupo também são estimuladas nesta parte final Indivíduo sentado em cima da bola, realiza no colega a frente técnica de “batidas” com a lateral da mão para relaxamento da musculatura da cintura escapular, torácica e lombar. A relação e socialização entre o grupo também são estimuladas
final
O protocolo de exercícios foi aplicado na sala 2, do CEPEUSP às terças
feiras, das 10 às 12 horas, utilizando o seguinte material: