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INSTITUTOS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL São quatro os institutos fundamentais do processo civil: A jurisdição , ação , exceção ou defesa e o processo . Os institutos fundamentais são aqueles que constituem o arcabouço jurídico fundamental desse ramo do direito. A jurisdição é a atividade do estado exercida por intermédio do juiz e, consiste, basicamente, em dizer o direito no caso concreto. Solucionando os conflitos e promovendo a pacificação social. Estes conflitos são levados ao conhecimento do poder judiciário por meio do exercício do direito de ação que consiste no poder de dar início ao processo, no intuito de obter uma resposta de mérito advinda do poder judiciário. A exceção ou defesa surge em contraposição ao direito de ação e consiste justamente no direito de contrapor-se a pretensão posta em juízo. Por fim, temos o processo que é um conjunto de atos destinados a um fim, a obtenção do pronunciamento judicial. JURISDIÇÃO Etimologicamente, significa dizer o direito. É FUNÇÃO DO ESTADO QUE SUBSTITUI ÀS PARTES NA SOLUÇÃO DOS CONFLITOS DE INTERESSES.

Institutos Fundamentais Do Processo Civil

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Page 1: Institutos Fundamentais Do Processo Civil

INSTITUTOS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL

São quatro os institutos fundamentais do processo civil: A jurisdição,

ação, exceção ou defesa e o processo.

Os institutos fundamentais são aqueles que constituem o arcabouço

jurídico fundamental desse ramo do direito.

A jurisdição é a atividade do estado exercida por intermédio do juiz e,

consiste, basicamente, em dizer o direito no caso concreto. Solucionando os conflitos e

promovendo a pacificação social. Estes conflitos são levados ao conhecimento do

poder judiciário por meio do exercício do direito de ação que consiste no poder de dar

início ao processo, no intuito de obter uma resposta de mérito advinda do poder

judiciário. A exceção ou defesa surge em contraposição ao direito de ação e consiste

justamente no direito de contrapor-se a pretensão posta em juízo. Por fim, temos o

processo que é um conjunto de atos destinados a um fim, a obtenção do

pronunciamento judicial.

JURISDIÇÃO

Etimologicamente, significa dizer o direito.

É FUNÇÃO DO ESTADO QUE SUBSTITUI ÀS PARTES NA SOLUÇÃO DOS

CONFLITOS DE INTERESSES.

É preciso ter em mente que antigamente os conflitos de interesses eram

solucionados pelas próprias partes envolvidas no litígio, era a chamada autotutela.

AUTOTUTELA – É a imposição da vontade do mais forte ou mais

inteligente sobre o mais fraco ou menos inteligente.

Como visto, a solução dos conflitos de interesses surgia através das

próprias partes, pois não existia um estado suficientemente forte à época para trazer

para si essa função.

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Com o passar dos anos, surgiu um estado suficientemente forte para

trazer para si, em caráter de exclusividade, a responsabilidade de solucionar os

conflitos de interesses.

Por isso é que a jurisdição é função estatal que substitui o poder que as

partes tinham de solucionar com as suas próprias mãos os litígios.

A definitividade é marca registrada da jurisdição. Somente quem a

detém pode solucionar os litígios com definitividade.

Os quatro princípios da jurisdição, tradicionalmente mencionados pela

doutrina, são:

a) INVESTIDURA

b) ADERÊNCIA AO TERRITÓRIO

c) INDELEGABILIDADE

d) INAFASTABILIDADE

INVESTIDURA – Só exerce a jurisdição aquele que ocupa o cargo de juiz.

A ausência da investidura implica óbice intransponível ao exercício da jurisdição, que é

um dos pressupostos processuais de existência.

ADERÊNCIA AO TERRITÓRIO – Os juízes só têm autoridade dentro do

território nacional, respeitados os limites de sua competência. Esta nada mais é do que

a medida territorial da jurisdição.

OBS. É por essa razão que, fora dos limites territoriais de sua

competência, eles devem buscar a cooperação dos outros magistrados, com a

expedição de cartas precatórias.

INDELEGABILIDADE – A função jurisdicional só pode ser exercida pelo

poder judiciário, não podendo haver delegação de competências, sob pena de ofensa

ao princípio constitucional do juiz natural.

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INAFASTABILIDADE – A lei não pode excluir da apreciação do poder

judiciário nenhuma lesão ou ameaça de lesão a direito. (CF, art. 5º, XXXV). Mesmo que

não haja lei que se possa aplicar, de forma específica, a um determinado caso

concreto, o juiz não se escusa de julgar invocando lacuna.

ESPÉCIES DE JURISDIÇÃO

Como emanação do poder estatal, a jurisdição é una e não comporta

distinção de espécies, salvo por razões exclusivamente didáticas.

A doutrina costuma classificá-la quanto:

a) Objeto

b) Tipo de órgão que a exerce

c) Hierarquia

Quanto ao objeto ela se classifica em: Civil, penal, trabalhista.

Quanto ao tipo de órgão que a exerce: Nesse caso, classifica-se em

comum e especial, a primeira exercida pela justiça comum estadual e comum federal,

e a segunda pela justiça trabalhista, militar e eleitoral.

Quanto à hierarquia, classifica-se em primeira instância e segunda

instância.