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Nº 3 · Inverno de 2009 Embora a esquerda domesticada e aqueles sectores que devora a natureza, aniquila culturas, mata seres humanos e nos aparentemente se situam no campo revolucionário teimem em arrebata o futuro. defender o indefensável, cada vez parece mais nítido que é inevitável o confronto com a burguesia. Este ano comemoramos o 90 aniversário da criaçom da A profunda crise estrutural do capitalismo é umha realidade tangível Internacional Comunista. A Komintern foi fundada en Março de 1919 que já nom se pode maquilhar, ainda que o sistema hegemónico na por iniciativa de Lenine e do Partido Comunista de Rússia prática totalidade do planeta tente realizar os ajustamentos e (Bolchevique) agrupando os partidos comunistas do mundo com o recomposiçons imprescindíveis para evitar o seu colapso e assim objetivo de luitarem pola superaçom do capitalismo, a completa continuar a perpetuar a dominaçom sobre a imensa maioria dos aboliçom das classes e a realizaçom do socialismo, como primeiro povos e das classes trabalhadoras. passo a sociedade comunista tal como manifestavam nos seus Mas, para podermos confrontar em condiçons vantajosas e com primeiros estatutos. hipóteses de triunfo as grandes luitas que se enxergam no A CCB fai parte desta imprescindível e renovada rede mundial que horizonte, é imprescindível que existam sólidas organizaçons e devemos seguir desenvolvendo e alargando para coordenar movimentos revolucionários, e que estes logrem tecer e atingir a experiências, modelos e métodos de luita, respeitando a unidade imprescindível para garantir a vitória. Eis umha das diversidade, as dinámicas e as características de cada umha das principais condiçons para avançar na conquista do novo mundo. suas partes, enriquecendo-se na retroalimentaçom de cada um dos processos. As luitas desenvolvem-se a escala nacional, nas nossas respectivas formaçons sociais concretas, no nosso caso nesta naçom oprimida A um ano da perda de Raúl Reyes, de Manuel Marulanda e Francisco polo capitalismo espanhol chamada Galiza. Mas também para Martins, a sua memória e exemplo segue presente em nós porque combatermos com sucesso e eficácia tam poderoso inimigo é cada som fonte permanente e inesgotável de inspiraçom da Revoluçom vez mais importante e necessário vertebrar a colaboraçom entre as Galega e Mundial. organizaçons e os povos que luitamos contra idêntico monstro que Edita: Capítulo Galiza da Tiragem: 1.000 exemplares Coordenadora Continental Encerramento da ediçom: 2 de Bolivariana Março de 2009 Blogue: www.ccb-galiza.org http://www.conbolivar.org Co-e: [email protected] http://www.abpnoticias.com esquerda independentista comprovou-no em primeira pessoa. O camarada Carlos Morais, secretário-geral de Primeira Linha e membro da Direcçom Nacional de NÓS-UP, foi brutalmente espancado pola polícia espanhola, que nom perdeu a ocasiom de ir por ele com toda a maquinaria repressiva da forças de ocupaçom. A partir deste momento dúzias de luitadoras e luitadores galegos, que enfrentárom cara a cara a repressom sem recuar nem um milímetro, confrontárom-se com coragem à polícia espanhola nas ruas de Compostela. Galiza terá futuro enquanto tiver dignos filhos e filhas como as que, às dúzias, figérom frente nesse dia 8 de Fevereiro à Espanha de sempre: aos fascistas que aspiram a ver desaparecer o nosso povo, a nossa língua, a nossa identidade. Nom vam conseguí-lo. Apesar da cobardia do autonomismo colaboracionista, das condenas das entidades afins aos agredidos convertidos em "violentos", a jornada do 8 de Fevereiro fica gravada como umha das melhores páginas da Galiza rebelde e combativa, como umha jornada histórica que reafirma que é o caminho da Onze companheiros e companheiras detidas, dúzias de unidade e a luita o que nos conduzirá à vitória: à Independência, ao contusionadas, é o balanço repressivo da histórica jornada de luita Socialismo, a superaçom do patriarcado, a umha Galiza que poda do 8 de Fevereiro em que o mais digno da Galiza contestou nas ruas viver livre e plenamente em galego. da nossa capital o hegemonismo espanhol. Grupos ultras diversos, com o apoio do PP e da UPyD, decidiram que chegara o momento de defender sem máscara a extinçom do galego na terra em que nasceu há mais de um milénio. O desafio estava lançado e foi contestado como devia. Nom podia ser de outro jeito: ao fascismo há que pará-lo na rua desde o primeiro momento. Foi umha resposta diversificada, com elementos de paródia, com resistência passiva e protesto pacífico do independentismo revolucionário, e fazendo frente às forças de ocupaçom nas ruas da nossa capital, com orgulho de galegos e galegas livres. A resposta repressiva foi, como quase sempre, brutal. A militáncia da A poucas horas do 50 aniversário da histórico triunfo da Revoluçom Por este motivo, o Capítulo Galiza da Coordenadora Continental cubana, o Capítulo Galiza da Coordenadora Continental Bolivariana Bolivariana despregou em três pontos emblemáticos da nossa realizou três acçons de homenagem a umha das maiores gestas da geografia nacional faixas reconhecendo os grandes contributos da história contemporánea. Revoluçom Cubana para a luita contra o imperialismo e em prol do A entrada do Exército Rebelde, comandado por Fidel e Raúl Castro, Che Socialismo. Guevara e Camilo Cienfuegos, na Havana na madrugada do 1 de O Castelo de Sam Filipe, na ria de Ferrol, no norte, a catedral de Janeiro de 1959 mudou o curso da história da luita de classes a escala Compostela no centro e, no sul, a fortaleza de Salvaterra de Minho, mundial e, tal como em 1917 com a vitória da Revoluçom Bolchevique fôrom os lugares escolhidos para transmitir o nosso apoio a Cuba e à na Rússia, mostrou qual era o caminho aos povos e à classe sua Revoluçom, com os melhores votos de que o povo cubano escolha o trabalhadora para atingir a sua liberdade e emancipaçom. caminho certo para aprofundar no igualitarismo e na construçom de Cuba leva cinqüenta anos a sementar sonhos e esperanças entre umha verdadeira democracia socialista. amplas maiorias excluídas e oprimidas do planeta. Os povos do mundo, Coincidindo com a resistência do povo palestiniano da Faixa de Gaza a classe trabalhadora, as mulheres, a juventude estamos agradecidos frente à brutalidade do colonialismo sionista, quando com enorme polo desigual combate –livrado com grande sacrifício– polo povo dignidade e coragem se enfrenta à embestida da maquinaria bélica cubano contra o imperialismo, pola sua solidariedade internacionalista, israelita, a bandeira da Palestina acompanhou a de Cuba e a da Galiza polas constantes leiçons de humanidade e coragem que vem dando ao libertada na margem do rio Minho. mundo. 26 de Março, Dia do direito universal dos povos à rebeliom armada

Insurreiçom nº 3

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Boletim do Capítulo Galego da Coordenadora Continental Bolivariana

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Page 1: Insurreiçom nº 3

Nº 3 · Inverno de 2009

Embora a esquerda domesticada e aqueles sectores que devora a natureza, aniquila culturas, mata seres humanos e nos aparentemente se situam no campo revolucionário teimem em arrebata o futuro. defender o indefensável, cada vez parece mais nítido que é inevitável o confronto com a burguesia. Este ano comemoramos o 90 aniversário da criaçom da A profunda crise estrutural do capitalismo é umha realidade tangível Internacional Comunista. A Komintern foi fundada en Março de 1919 que já nom se pode maquilhar, ainda que o sistema hegemónico na por iniciativa de Lenine e do Partido Comunista de Rússia prática totalidade do planeta tente realizar os ajustamentos e (Bolchevique) agrupando os partidos comunistas do mundo com o recomposiçons imprescindíveis para evitar o seu colapso e assim objetivo de luitarem pola superaçom do capitalismo, a completa continuar a perpetuar a dominaçom sobre a imensa maioria dos aboliçom das classes e a realizaçom do socialismo, como primeiro povos e das classes trabalhadoras. passo a sociedade comunista tal como manifestavam nos seus Mas, para podermos confrontar em condiçons vantajosas e com primeiros estatutos.hipóteses de triunfo as grandes luitas que se enxergam no A CCB fai parte desta imprescindível e renovada rede mundial que horizonte, é imprescindível que existam sólidas organizaçons e devemos seguir desenvolvendo e alargando para coordenar movimentos revolucionários, e que estes logrem tecer e atingir a experiências, modelos e métodos de luita, respeitando a unidade imprescindível para garantir a vitória. Eis umha das diversidade, as dinámicas e as características de cada umha das principais condiçons para avançar na conquista do novo mundo. suas partes, enriquecendo-se na retroalimentaçom de cada um dos

processos.As luitas desenvolvem-se a escala nacional, nas nossas respectivas formaçons sociais concretas, no nosso caso nesta naçom oprimida A um ano da perda de Raúl Reyes, de Manuel Marulanda e Francisco polo capitalismo espanhol chamada Galiza. Mas também para Martins, a sua memória e exemplo segue presente em nós porque combatermos com sucesso e eficácia tam poderoso inimigo é cada som fonte permanente e inesgotável de inspiraçom da Revoluçom vez mais importante e necessário vertebrar a colaboraçom entre as Galega e Mundial.organizaçons e os povos que luitamos contra idêntico monstro que

Edita: Capítulo Galiza da Tiragem: 1.000 exemplaresCoordenadora Continental Encerramento da ediçom: 2 de Bolivariana Março de 2009Blogue: www.ccb-galiza.org http://www.conbolivar.orgCo-e: [email protected] http://www.abpnoticias.com

esquerda independentista comprovou-no em primeira pessoa. O camarada Carlos Morais, secretário-geral de Primeira Linha e membro da Direcçom Nacional de NÓS-UP, foi brutalmente espancado pola polícia espanhola, que nom perdeu a ocasiom de ir por ele com toda a maquinaria repressiva da forças de ocupaçom. A partir deste momento dúzias de luitadoras e luitadores galegos, que enfrentárom cara a cara a repressom sem recuar nem um milímetro, confrontárom-se com coragem à polícia espanhola nas ruas de Compostela. Galiza terá futuro enquanto tiver dignos filhos e filhas como as que, às dúzias, figérom frente nesse dia 8 de Fevereiro à Espanha de sempre: aos fascistas que aspiram a ver desaparecer o nosso povo, a nossa língua, a nossa identidade.Nom vam conseguí-lo. Apesar da cobardia do autonomismo colaboracionista, das condenas das entidades afins aos agredidos convertidos em "violentos", a jornada do 8 de Fevereiro fica gravada como umha das melhores páginas da Galiza rebelde e combativa, como umha jornada histórica que reafirma que é o caminho da

Onze companheiros e companheiras detidas, dúzias de unidade e a luita o que nos conduzirá à vitória: à Independência, ao contusionadas, é o balanço repressivo da histórica jornada de luita Socialismo, a superaçom do patriarcado, a umha Galiza que poda do 8 de Fevereiro em que o mais digno da Galiza contestou nas ruas viver livre e plenamente em galego.da nossa capital o hegemonismo espanhol. Grupos ultras diversos, com o apoio do PP e da UPyD, decidiram que chegara o momento de defender sem máscara a extinçom do galego na terra em que nasceu há mais de um milénio.O desafio estava lançado e foi contestado como devia. Nom podia ser de outro jeito: ao fascismo há que pará-lo na rua desde o primeiro momento. Foi umha resposta diversificada, com elementos de paródia, com resistência passiva e protesto pacífico do independentismo revolucionário, e fazendo frente às forças de ocupaçom nas ruas da nossa capital, com orgulho de galegos e galegas livres.A resposta repressiva foi, como quase sempre, brutal. A militáncia da

A poucas horas do 50 aniversário da histórico triunfo da Revoluçom Por este motivo, o Capítulo Galiza da Coordenadora Continental cubana, o Capítulo Galiza da Coordenadora Continental Bolivariana Bolivariana despregou em três pontos emblemáticos da nossa realizou três acçons de homenagem a umha das maiores gestas da geografia nacional faixas reconhecendo os grandes contributos da história contemporánea. Revoluçom Cubana para a luita contra o imperialismo e em prol do A entrada do Exército Rebelde, comandado por Fidel e Raúl Castro, Che Socialismo.Guevara e Camilo Cienfuegos, na Havana na madrugada do 1 de O Castelo de Sam Filipe, na ria de Ferrol, no norte, a catedral de Janeiro de 1959 mudou o curso da história da luita de classes a escala Compostela no centro e, no sul, a fortaleza de Salvaterra de Minho, mundial e, tal como em 1917 com a vitória da Revoluçom Bolchevique fôrom os lugares escolhidos para transmitir o nosso apoio a Cuba e à na Rússia, mostrou qual era o caminho aos povos e à classe sua Revoluçom, com os melhores votos de que o povo cubano escolha o trabalhadora para atingir a sua liberdade e emancipaçom. caminho certo para aprofundar no igualitarismo e na construçom de Cuba leva cinqüenta anos a sementar sonhos e esperanças entre umha verdadeira democracia socialista. amplas maiorias excluídas e oprimidas do planeta. Os povos do mundo, Coincidindo com a resistência do povo palestiniano da Faixa de Gaza a classe trabalhadora, as mulheres, a juventude estamos agradecidos frente à brutalidade do colonialismo sionista, quando com enorme polo desigual combate –livrado com grande sacrifício– polo povo dignidade e coragem se enfrenta à embestida da maquinaria bélica cubano contra o imperialismo, pola sua solidariedade internacionalista, israelita, a bandeira da Palestina acompanhou a de Cuba e a da Galiza polas constantes leiçons de humanidade e coragem que vem dando ao libertada na margem do rio Minho.mundo.

26 de Março, Dia do direito universal dos povos à rebeliom armada

Page 2: Insurreiçom nº 3

contraataque

Os 50 anos de revoluçom cubana e as rebeldias Cuba: entre a originalidade da sua apropriam-se nom só do direito a distribuir que lhe antecedêrom implicam umha cadeia de revoluçom e o peso da influência soviética sem controlo nem participaçom social e transcendentes e fermosas heresias Por outra parte, antes do derrubo do democrática o excedente económico, essa revolucionárias, precursoras da nova “socialismo real” a contaminaçom e a parte do produto do trabalho assalariado nas independência latino-caribenha e da justiça “copiadora” derom lugar a mudanças empresas do Estado, como se apropriam ainda em sociedade. deploráveis a nível interno entre a cubanidade das liberdades, as quais dosificam ao seu bel-O assalto ao Quartel Moncada foi a heresia dessa revoluçom pioneira a nível continental e prazer e conveniência.inicial em direcçom a conquistar o céu. Heresia a tendência à sovietizaçom e dogmatizaçom Trata-se da estatizaçom da economia e da frente ao status quo das direitas, das desse processo; realidade que perdurou política, da economia e as diversas expressons oligarquias, das tiranias, do imperialismo. depois desse infausto acontecimento, do poder.Heresia no seio das esquerdas de entom, agregados ao modelo estatista-burocrático

Reconhecer as façanhas sem obviar a altamente dogmatizadas, acomodadas, que predominou dentro dessa longa e intensa crise e a necessidade de ultrapassá-laanquilosadas. briga, as mudanças injertadas a raiz do Nada disto, porém, nega as grandes façanhas Ruptura da quietude, superaçom audaz da “período especial”; alheios também a umha políticas e sociais dos revolucionários/as negaçom à necessária rebeldia armada, autêntica socializaçom e geradores dumha cubanos/as.rebeliom contra o apego às normas dos complexa e daninha dualidadeUmha delas, a façanha de sobreviver como manuais marxistas de diferentes facturas e revoluçom com vocaçom socialista e espírito escolas, contra o aferramento às leis da de justiça. Esta façanha, que implicou desafiar história inventadas por certos pseudo-com êxito o imperialismo na defesa da sua marxistas para negar o papel transformador da autodeterminaçom mesmo depois do colapso vontade revolucionária dos seres humanos.do socialismo real, tem umha categoria muito Subversom de todo o estabelecido nos especial na história da humanidade. cánones da política contemporánea desses O modelo que resultou de todo aquilo e segue tempos. Ousadia e intrepidez criadora vigente, estagnou, esgotou-se e exibe sérios “Aventura revolucionária” no senso guevarista défices, deformaçons e negaçons respeito ao do termo.que no plano das ciências sociais e da política Procura, em fim, do “atalho revolucionário” do revolucionária marxista deveria ser um que tanto nos falou Lenine, esquecido por projecto de transiçom ao socialismo.aqueles supostos continuadores que A mudança de modelo, de estruturas, de qualificárom de “puch” essa acçom sistema político é cada vez mais necessário e catalisadora e desencadeante de novas urgente. A sua continuidade em crise poderia energias revolucionárias.dar lugar ao seu colapso e a restauraçom traumática do capitalismo e a recolonizaçom.

Inflexom histórica de impacto mundial A reversibilidade desse modelo é algo Após Moncada, Granma, da epopeia de Serra confirmado na história recente e nisto nom Convivência em luita com correlaçons diversas Maestra, da façanha de Girón… a história do deve ser evadido. O ascenso de Obama à no partido, o Estado, as organizaçons sociais, a nosso continente e do mundo sofreu umha presidência dos EUA longe de diminuir os ideologia, a cultura, as forças armadas, a positiva inflexom histórica. Nada voltou a ser riscos, aumenta-os; posto que muitas vezes a academia, e em toda a sociedade A força igual que antes, sobretodo porque a revoluçom aproximaçom e a penetraçom resultam mais histórica da cubanidade da revoluçom frente à cubana, longe de se mediatizar, aprofundou-se eficazes que a hostilidade e a agressom. Na sovietizaçom crescente derivada das diversas e expandiu a sua seiva alentadora. verdade, pode haver diferença nos métodos, formas de cooperaçom e dependência respeito Cuba revolucionária nasceu sem apoio mas nom nos resultados, entre os que se à URSS e ao denominado “campo socialista” soviético e a contracorrente da sua política de proponhem matar a revoluçom cubana com europeu.Estado e da sua concepçom sobre o reparto de bombas e cercos, e os que planejam liquidá-la A heresia revolucionária frente ao dogma. O áreas de influência com as potências com beijos e abraços.marxismo criador da revoluçom martiana-ocidentais. Mas nom tardou, para bem e para A sua reforma a favor da liberalizaçom, da marxista versus o marxismo soviético-mal, em receber um valiosíssimo apoio pr ivat izaçom, da desregulaçom, do dogmático da estatizaçom e a burocratizaçom, material da URSS na sua luita contra o alargamento do mercado, do investimento em briga até hoje.bloqueio, o cerco e a crescente agressividade e estrangeiro e a sua coexistência com a ordem Impugérom-se em maior medida as assédio militar dos EUA. capitalista, singelamente conduziria a um características essenciais dos “socialismos de Por essa rota a dependência tornou-se modelo parecido ao chinês, isto é, conduziria a Estado” do século XX: estatizaçom em grande crescente, talvez bastante mais do devido e umha restauraçom nom estridente, paulatina, escala, trabalho assalariado, controlo do inevitável. do capitalismo. Algo nom desejável por todo excedente e distribuiçom do mesmo a cargo Logo, a segunda onda, com o seu epicentro no aquele/la que se considere revolucionário/a dos (as) administradores do Estado, fusom do Cone Sul, foi esmagada polas ditaduras socialista.partido e o Estado, dependência das militares e o despregamento da “doutrina de A opçom desejável, do ponto de vista organizaçons sociais do partido único fundido segurança nacional” de factura gringa. revolucionário, a que resta por tratar, é a com o Estado, crescente identificaçom da Mais tarde, a terceira deu o seu fruto socializaçom progressiva do estatal, através política exterior do partido e das organizaçons revolucionário na Nicarágua, ameaçando com da auto gestom e co-gestom dos sociais com a política do Estado; amplos planos a sua extensom ao Salvador e Guatemala… até trabalhadores, através da cooperativizaçom sociais em saúde, educaçom, desportos, que as dramáticas mudanças na correlaçom de e/ou colectivizaçom das pequenas e medianas cultura; e império dum alto sentido de justiça forças internacionais provocadas polo colapso empresas produtivas e de serviços, da na redistribuiçom da renda, acompanhado da URSS e do denominado campo socialista combinaçom de variadas formas de dum sistema de privilégio e corrupçom europeu, e pola derrota eleitoral do propriedade e gestom social, e de diversas burocrática, nom tam irritante como o da URSS sandinismo, deixárom sem efeito grande parte formas de usufruto social da propriedade e o dos países do Leste. dos avanços e impugérom à Cuba pública e da conversom progressiva da Outro aspecto negat ivo o mode lo revolucionária umha relativa, longa e perigosa economia de mercado em economia de predominante em Cuba é o facto de que o “solidade”. equivalência (em que reja o valor das Estado e o partido estatizado, as suas camadas mercadorias e nom os seus preços).burocráticas-tecnocráticas dirigentes,

Como despedida do ano coincidente com o cumprimento dos 50 anos de Revoluçom Cubana, reproduzimos de forma parcial, por questom de espaço, o artigo de opiniom do revolucionário dominicano Narciso Isa Conde, velho amigo do processo revolucionário cubano, e membro da Presidència Colectiva da CCB, sobre os novos desafios que este enfrenta na actualidade. Podes consultar o artigo completo na seguinte ligaçom: http://ccb-galiza.org/?p=140

O primeiro de Março de 2008, numha sobre a base de parámetros novos que garantam a repartiçom operaçom conjunta do exército equitativa da riqueza que produz o nosso laborioso povo, que colombiano e forças de segurança erradique a miséria, que garanta a participaçom de todos nas grandes norte-americanas, violando de forma decisons, em resumo, que priorize o ser humano e o seu contexto. Daí descarada a soberania da irmá seguirmos a reconstruir esses vieiros por cima da adversidade e república do Equador, dirigidas e confronto da maior ofensiva mediática e militar que organizaçom orientadas a partir das bases gringas de algumha tenha sofrido na América Latina. Mostra evidente som as Três Esquinas no Caquetá, e Manta no libertaçons unilaterais de prisioneiros dos últimos dias.Equador, morreu o nosso comandante Sete dias despois, morre o nosso querido comandante Iván Ríos,

Raúl Reyes, quando dedicava todos os seus esforços para roçar os assassinado de forma traiçoeira. Crime que passará à história caminhos que nos permitirám confluir com todos aqueles que, tal universal da infámia. Toda a orgia mediática e as declaraçons dos como nós, sonham com umha Colômbia em Paz com Justiça Social, persoeiros do regime que se gerárom à volta desta felonia, pugérom à Dignidade e Soberania. vista mais umha vez a sua catadura fascista e os valores morais e Um golpe sensível para a nossa organizaçom. Mas muito mais, foi éticos que os identifica.umha punhalada à traiçom à possibilidade real de conquistar a paz na Com a morte de Iván a Colômbia perdeu outro defensor da Paz. Nunca Colômbia. O que até esse momento se tinha forjado foi destruído esqueceremos o seu trabalho diligente e constante em aras de dessa forma. Raúl, digno representante da classe obreira colombiana, construir consenso, a sua jovialidade, optimismo e a profunda vinha concertando contactos com porta-vozes da sociedade confiança no projecto fariano.colombiana e da comunidade internacional em aras de impulsionar e Nestas trincheiras que durante anos compartilhamos com Raúl e fazer realidade o Acordo Humanitário e sentar as bases para iniciar a Iván, a um ano da sua desapariçom física, podemos dizer-lhes que procura da saída política ao conflito colombiano. Raúl foi um fiel outros ocupárom os seus postos e redobramos esforços para fazer intérprete da vocaçom de paz das FARC-EP, en funçom do qual nom realidade a construçom da Pátria Grande e o Socialismo, garantia poupou esforços nem sacrifícios até chegar a oferendar a sua vida. para que haja Paz na Colômbia.Nom satisfeitos, os inimigos da paz encabeçados por Álvaro Uribe,

Gloria eterna à memória de Raúl e Iván!tomando como base documentos incautados, realizárom umha burda montagem contra personalidades da Colômbia e o exterior com o

Montanhas da Colômbia, 1 de Março de 2009único intuito de fechar até a mais pequena fresta que nos permitisse continuar a avançar na construçom de soluçons distintas à guerra.

Secretariado do Estado Maior Central das FARC-EPEsquecêrom que a essência das FARC-EP e a sua razom de ser é a Paz, entendida como a reconciliaçom e a reconstruçom da nossa Pátria

Domingo 25 de Janeiro a Associaçom de Amizade Galego Cubana Francisco Vilhamil convocou em Vigo um acto de homenagem junto à estátua do herói nacional cubano José Martí.A partir das 12 horas e apesar

das inclemências meteorológicas, tivo lugar umha concentraçom onde interviu a associaçom convocante destacando alguns dos contributos de Martí para o corpus teórico das actuais revoluçons socialistas latino-americanas, assim como reflexons e prognósticos martianos sobre o imperialismo espanhol, confirmando o tenebroso papel que os EUA jogariam para a América futura. A seguir tomou o relevo o cônsul cubano Alejandro Fuentes, quem abordou a vida do patriota cubano desde a sua tomada de consciência sobre a monstruosidade do escravismo e a opressom espanhola, até a sua nomeaçom como General Maior do exército de libertaçom nacional cubano e a sua queda em combate.Finalmente, e para concluir o acto, realizou-se umha oferenda floral diante do monumento.A Brigada Galega Fuco Gomes estivo presente no acto.

O processo revolucionário referendado por 6.310.482 votos (54.85%) frente a 5.193.839 (45.14%) é umha contundente vitória popular que contribui a marcar decisivamente a via socialista, mas também outros processos anti-imperialistas a escala continental, e obviamente a reforçar a esquerda de todo o planeta.A AGARB considera que a Revoluçom Bolivariana tem diante sua enormes reptos que superar. Esta vitória permitirá abordar em melhores condiçons a superaçom de inércias e limitaçons inerantes ao processo, abandonando definitivamente todos os vícios da IV República que ainda persistem no aparelho estatal.Chegou a hora de saldar as dívidas contraídas com o povo que aguarda com esperança a integral reabilitaçom do aparelho administrativo, a erradicaçom do burocratismo, umha real e profunda distribuiçom da riqueza e recursos do país, a aplicaçom de políticas que eliminem de raíz a delinquência e insegurança instalada sociologicamente.Embora muitos votos procedem de um eleitorado cansado de esperar polas dificuldades de todo tipo, e que aguarda impacientemente atingir as metas que nom se logram, a confiança depositada no comandante Hugo Chavez é imensa.Mas o PSUV tem que ser mais do que essa máquina eleitoral que sem dúvida demonstrou ser, eficiente e com resultados eleitorais indiscutíveis. Tem que dialogar com o resto da esquerda revolucionária, construir espaços de unidade e luita. Deve aprofundar na democracia popular e participativa.Com esta vitória, o PSUV e todo o movimento Bolivariano deve começar um processo, já em parte implementado, caracterizado pola autocrítica que ajude a renovar as estruturas tanto das Missons como dos ministérios estratégicos com a finalidade de recortar o gasto público desnecessário, protegendo e aumentando na medida do possível os fundos com destino ao investimento e ao gasto social.A Revoluçom Bolivariana deve ratificar a sua vocaçom inequivocamente socialista promovendo a auto-organizaçom e poder popular, aprofundando no verdadeiro socialismo desmontando a economia de mercado vigorante hoje em dia na Venezuela.

16 de Fevereiro

http://www.farc-ejercitodelpueblo.org/

O Capítulo Galiza da CCB transmitiu um caluroso saúdo revolucionário, socialista e bolivariano ao III Congresso da organizaçom juvenil revolucionária BRIGA realizado 17 de Janeiro em Compostela.Quando o imperialismo recrudece o seu perfil mais agressivo, quando sem ambigüidades monstra o seu verdadeiro rosto criminoso e terrorista, quando o capitalismo se acha numha das suas crises cíclicas mais graves, a existência de organizaçons revolucionárias como BRIGA nom só é algo necessário, é algo imprescindível.