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UNIVERSIDADE BANDEIRANTE DE SÃO PAULO
CLAUDIA VECHIER
INTEGRAÇÃO DA GEOMETRIA DINÂMICA NA SALA DE AULA DE
MATEMÁTICA: UMA EXPERIÊNCIA DE AVALIAÇÃO DE FONTES
POR PROFESSORES
São Paulo – 2010
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CLAUDIA VECHIER
MESTRADO ACADÊMICO EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA
INTEGRAÇÃO DA GEOMETRIA DINÂMICA NA SALA DE AULA DE
MATEMÁTICA: UMA EXPERIÊNCIA DE AVALIAÇÃO DEFONTES
POR PROFESSORES
Dissertação apresentada como exigência
parcial à Banca Examinadora da Universidade
Bandeirante de São Paulo, para a obtenção
do título de Mestre em Educação Matemática
sob a orientação da Profa. Dra. Janete Bolite
Frant.
São Paulo – 2010
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Banca Examinadora
_________________________________
__________________________________
__________________________________
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Autorizo exclusivamente para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou
parcial desta dissertação por processos de fotocopiadoras ou eletrônicos.
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AGRADECIMENTOS
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo por propiciar através do
Programa Bolsa Mestrado condições para que eu pudesse realizar mais um dos
meus objetivos o de cursar uma pós-graduação.
Ao programa de pós-graduação da Uniban-Brasil, por oferecer aulas de alto nível e
com professores tão capacitados onde sei que hoje me sinto uma profissional
melhor que quando iniciei o curso.
Ao grupo da linha de pesquisa Tecnologia Digitais e Educação Matemática, em
especial à Profa. Dra. Janete Bolite Frant, Profa Dra. Monica Karrer e Profa Dra. Lulu
Healy pelos nossos encontros, pelas discussões realizadas, pelas apresentações e
atividades propostas durante curso.
À Profa. Dra. Ana Paula Jahn, pela paciência, pela cobrança, por ser uma excelente
profissional e fonte de inspiração a ser seguida na profissão
À Profa. Dra. Janete Bolite Frant e à Profa Dra. Rubia Barcelos Amaral Zulatto por
participarem da minha banca e por suas valiosas contribuições no momento da
minha qualificação.
Aos professores que gentilmente aceitaram participar da experimentação, pela
disponibilidade e interesse que demonstraram pelo meu trabalho.
Aos meus amigos Marcelo Rodrigues de Souza, Victor Marcelo Santander,
Rosineide Rodrigues, pela ajuda nas disciplinas que cursamos juntos e pelo apoio
quando da participação nos eventos como EBRAPEM e SIEMAT em 2009.
À minha mãe Maria do Carmo Vechier pelo apoio que sempre me deu e continua me
dando, em todos os momentos da minha vida. À minha família, por me apoiar em
diversos momentos e me ajudaram muito no decorrer desse caminho.
Ao meu namorado André pela paciência e apoio que me deu durante o mestrado.
De coração, a todos, muito obrigada por tudo!
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RESUMO
Este projeto insere-se na temática de integração de novas tecnologias na sala deaula de Matemática, e mais especificamente, de recursos de geometria dinâmica.Considera-seque o potencial das ferramentas digitais não é evidente, nem para oprofessor, nem para o aluno. Pensando na formação de professores, pode-seafirmar que o processo de apropriação de uma ferramenta é bastante complexo:artefatos precisam tornar-se instrumentos não só para as práticas matemáticas doprofessor como também para suas práticas de sala de aula, ou seja, para eleensinar Matemática. Acredita-se que essa complexidade do papel do professorsugere a necessidade de conceber recursos que os auxiliem no uso em sala deaula. Levanta-se a hipótese de que é importante para o professor ter condições deavaliar criticamente atividades e fontes pedagógicas envolvendo recursostecnológicos que são colocadas a sua disposição. Este projeto tem por objetivoelaborar um modelo de avaliação de fontes de Geometria Dinâmica e investigar opotencial e adequação deste no uso por docentes. O estudo compreendeu aorganização de um dispositivo experimental no qual um grupo de professores foiconfrontado a situações de análise de fontes pedagógicas de Geometria Dinâmica,devendo avaliá-las por meio de um questionário especialmente elaborado para tal.Acompanhamos os professores neste tipo de situação, buscando investigar eidentificar quais elementos ou tipos de fontes favorecem a apropriação por parte doprofessor. As fontes analisadas foram previamente selecionadas pelo formador. Osresultados mostram que os professores, apesar de utilizarem o questionário deavaliação das fontes com relativa facilidade, ficaram num nível superficial de análise.Alguns itens do instrumento foram alvos de dúvidas e receberam diferentesinterpretações. Na escolha de uma fonte, os professores parecem preferir aquelaque traz mais informações sobre sua utilização, indicando maior confiança paraaplicá-las em sua sala de aula. Pode-se concluir ainda que é necessária umaformação ao uso do questionário, pois ele não parece ser de fácil apropriação peloprofessor.
Palavras-Chave: Fontes Pedagógicas. Geometria Dinâmica. Professor.
Apropriação.
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ABSTRACT
This project falls under the theme of integrating new technologies into the classroomof mathematics, and more specifically, resource dynamic geometry. Deemed to drythe potential of digital tools is not evident, nor for the teacher, nor for the student.Thinking about the training of teachers, it can be stated that the process ofappropriation of a tool is quite complex: artifacts have become tools not only for themathematical practices of the teacher as well as for their classroom practices, or forhe teaches mathematics. It is believed that the complexity of the role of the teachersuggests the need to develop resources to assist them in use in the classroom.Raises the hypothesis that it is important for the teacher to be able to criticallyevaluate sources and teaching activities involving technological resources that areplaced at their disposal. This project aims to develop a model for evaluating sourcesof Dynamic Geometry and investigate the potential and suitability of use by teachers.The study included the organization of an experimental device in which a group ofteachers was confronted with situations of pedagogical analysis of sources ofDynamic Geometry, and evaluate them by means of a questionnaire speciallyprepared for that. We follow the teachers in this type of situation, seeking toinvestigate and identify which elements or font types favor ownership by the teacher.The sources were previously selected by the trainer. The results show that teachers,despite using the evaluation questionnaire of sources with relative ease, remained ata superficial level of analysis. Some items of the instrument were subjected toquestions and received different interpretations. In choosing a source, the teachersseem to prefer the one that brings more information about your usage, indicating agreater confidence to apply them in your classroom. It can be concluded that furthertraining is required to use the questionnaire because it does not seem to be easilygrasped by the teacher.
Keywords: Pedagogical Sources. Dynamic Geometry. Teachers.
Appropriation.
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ÍNDICE DE FIGURAS
Fls.
Figura 1 – Primeira parte do questionário apresentado aos professores
com as dimensões descrição da fonte e qualidade técnica da fonte 33
Figura 2 – Segunda parte do questionário apresentado aos professores
com a dimensão conteúdo matemático 34
Figura 3 – Terceira parte do questionário apresentado aos professores
com a dimensão atividade instrumentada 35
Figura 4 – Quarta parte do questionário apresentado aos professores
com as dimensões implementação em sala de aula, implementação
didático-padagógica e descrição da fonte 36
Figura 5 – Fonte 1, ficha 1 40
Figura 6 – Fonte 1,ficha 2 41
Figura 7 – Fonte 2, ficha 1 42
Figura 8 – Fonte 2, ficha 2 43
Figura 9 – Fonte 2, ficha 3 44
Figura 10 – Fonte 3, ficha do professor 45
Figura 11 – Fonte 3, ficha do cenário de uso para o software 46
Figura 12 – Fonte 3, ficha do aluno, Parte 1 47
Figura 13 – Fonte 3, ficha do aluno, Parte 2 experimentação
no laboratório de informática 48
Figura 14 – Fonte 3, ficha do aluno, exercício de reflexão 49
Figura 15 – Fonte 3, ficha do aluno, demonstração das propriedades 50
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SUMÁRIO
Fls.
Introdução
Do inicio da minha carreira até o início da presente pesquisa 11
Apresentação do estudo 13
Capítulo I – Geometria Dinâmica no contexto educacional
1.1 Tecnologias no ensino e aprendizagem de Matemática 18
1.1.1 Potencialidades dos ambientes de Geometria Dinâmica
para a aprendizagem de Geometria 21
1.2 A integração marginal do software de Geometria Dinâmica
no ensino 23
1.3 Projeto Intergeo 25
1.4 Problema e Objetivos do Estudo 26
Capítulo II – Fundamentação Teórica
2.1 Introdução 28
2.2 A abordagem instrumental 28
Capítulo III – Metodologia de pesquisa
3.1 Introdução 38
3.2 As fontes de Geometria Dinâmica a serem analisadas 39
3.3. Seleção e análise a priori das fontes
3.3.1 Escolha das fontes 50
3.3.2 Análise a priori das fontes 51
3.3.3. Análise a priori da Fonte 1 52
3.3.4. Análise a priori da Fonte 2 56
3.3.5. Análise a priori da Fonte 3 59
Capítulo IV – Descrição e Análise dos dados
4.1. Objetivo do experimento 63
4.2. Descrição e realização da coleta de dados 63
4.3. Análise a posteriori da avaliação dos professores 65
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4.4 Análise a posteriori – Parte 1 67
4.4.1 Análise das respostas relativas à Fonte 1 67
4.4.2 Análise das respostas relativas à Fonte 2 75
4.4.3 Análise das respostas relativas à Fonte 3 82
4.4.4 Resultados da primeira parte da análise 89
4.5 Análise a posteriori – Parte 2 90
Considerações Finais 96
Referências Bibliográficas 99
Anexos
Anexo 1 – Questionário por duplas 104
Anexo 2 – Escolha e uma Fonte pelas Duplas 118
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11
INTRODUÇÃO
Do início da minha carreira até o início da presente pesquisa
Em 1984, quando iniciei e Ensino Médio, fiz a opção de cursar o antigo
Magistério, curso técnico de nível secundário que me possibilitaria, ao final de quatro
anos, ter uma profissão e me inserir no mercado de trabalho. Com isso, poderia dar
inicio a uma carreira que minha mãe tinha certeza que eu iria exercer a de
professora. Ao terminar o curso, fui trabalhar com crianças de oito anos e senti que
não tinha muita paciência com crianças tão pequenas. Resolvi, então, fazer a
graduação, optando pelo curso de Licenciatura em Matemática. A escolha pela
Matemática deu-se por ter tido uma excelente professora na sexta série, que muito
me marcou, pois ela utilizava materiais diferenciados para poder ensinar Matemática
e isso me encantou, além da facilidade que sempre tive com essa disciplina. Depois
que me formei no curso superior, fui exercer o magistério e, desta vez, com pré-
adolescentes e adolescentes, na disciplina de Matemática. Identifiquei-me melhor
com este público, mas sempre procurei continuar me capacitando para melhorar
minhas práticas em sala de aula.
Em 2001, fui selecionada para ser capacitadora de uma oficina de Informática
na Diretoria de Ensino da Região de Santo André. Essa formação destinava-se a
professores do Ensino Médio e foi uma experiência muito gratificante, pois com o
contato com os colegas e as trocas de experiências entre todos, aprendi muito. Além
disso, participei de inúmeros outros cursos oferecidos pela minha Diretoria e pelo
Estado através da Secretaria da Educação até que, em 2006, o governo estadual
ofereceu uma Pós-Graduação (lato-sensu) em Educação Matemática e, com isso,
tive a oportunidade de participar e de aprender muito principalmente para superar
uma dificuldade minha que é a de escrever. De lá para cá, consegui melhorar
bastante minha elaboração de texto e vim alimentando a idéia de continuar os
estudos e fazer um Mestrado (strito sensu). Isso demorou um pouco para acontecer,
tanto pela minha dificuldade em conciliar os estudos e a atividade profissional,
quanto pela parte financeira. Mas superei essas dificuldades iniciais e hoje estou
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12
aqui, concluindo o curso de Mestrado Acadêmico na UNIBAN com a apresentação
de minha dissertação para defesa.
Das quatro linhas de pesquisa apresentadas no Programa, optei pela de
Tecnologias Digitais e Educação Matemática, pois essa linha de pesquisa tem como
foco a investigação de novas oportunidades que tecnologias digitais podem oferecer
a Educação Matemática e como a tecnologia nos desafia a repensar os
fundamentos do ensino. Os estudos dessa linha de pesquisa têm ainda por objeto a
análise das mudanças no papel do professor e de possíveis abordagens de ensino
na presença de ferramentas tecnológicas, temática esta que contempla meus
questionamentos iniciais sobre o processo de integração de tecnologias passando
pela formação de professores. De fato, há algum tenho, venho me questionando
sobre o fraco nível de utilização de recursos tecnológicos nas salas de Matemática:
por quê não se utiliza mais frequentemente o computador no ensino da Matemática?
Por que os professores mostram-se tão motivados nas formações sobre o uso das
TIC, mas depois não transferem essa motivação para suas salas de aula?
Nesta perspectiva, meu interesse particular foi desenvolver um projeto de
dissertação de Mestrado, na linha de Tecnologias Digitais e Educação Matemática
para estudar a questão da apropriação, pelo professor, de fontes digitais de
Geometria Dinâmica encontradas na Internet para sua utilização em sala de aula.
Como já tenho conhecimento de ambientes de Geometria Dinâmica, em particular
do software Cabri-Géomètre, vislumbrei inicialmente a possibilidade de trabalhar
com esse tipo de ferramenta. Esta idéia foi ao encontro dos interesses da Profa. Dra.
Ana Paula Jahn, que me propôs participar de um projeto que ela já vinha
desenvolvendo na temática acima mencionada. É o que passarei a detalhar na
seqüência.
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13
Apresentação do estudo
Este projeto insere-se na problemática da integração de tecnologias nas
práticas de professores de Matemática. No início da década de 90, inúmeras
pesquisas no campo da Educação Matemática, tratando do uso de ferramentas
tecnológicas na sala de aula, indicaram que uma das formas de apoiar esse tipo de
prática consistia em disponibilizar, para os professores, diferentes recursos ou fontes
pedagógicas1, e dar meios de implementação de “novas” atividades em sala de aula
(ARTIGUE, 2000). Entretanto, sabemos hoje que o simples acesso, tanto a
equipamentos quanto a tais fontes, não é suficiente. Por um lado, a profusão de
materiais e recursos – principalmente os digitais – torna difícil a tarefa do professor
de identificar e escolher quais são pertinentes e de qualidade para seu ensino. Por
outro lado, a oferta de fontes digitais não resolve o problema da apropriação, uma
vez que esta necessita de uma evolução nas competências dos professores e
também em suas representações sobre o papel da tecnologia no processo de ensino
e aprendizagem da Matemática (CHAACHOUA, 2004). De fato, para o uso de
tecnologias computacionais em sala de aula, é necessário, por parte do professor,
não somente o domínio dos softwares e diversos aplicativos ou recursos, mas
principalmente um conhecimento pedagógico dessa utilização. Isto nos remete
diretamente à questão da formação de professores.
Recentes pesquisas mostram o interesse de constituir módulos de formação
baseados no princípio da co-elaboração de fontes pedagógicas para a sala de aula
(MIYAKAWA & WINSLOW, 2007). Diferentes dispositivos de desenvolvimento
profissional basearam-se neste principio. No Brasil, experiências desse tipo têm sido
realizadas no âmbito de projetos de pesquisa, a partir de parcerias Universidade-
Escola, envolvendo professores e pesquisadores. Como exemplo, podemos citar o
1 Como será descrito mais adiante, entendemos por “fontes pedagógicas” diferentes artefatos que
podem ser usados pelo professor para organizar e realizar seu projeto de ensino. Um livro didático,
um software, um site, uma ficha de atividade ou um arquivo digital são exemplos de fontes
pedagógicas.
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14
projeto AProvaMe2, que teve por objetivo estudar os efeitos de uma concepção
colaborativa de cenários de aprendizagem integrando tecnologias, nas
representações dos professores sobre prova e demonstração no ensino de
Matemática, bem como nos potenciais das ferramentas tecnológicas para a
validação em Matemática (JAHN & HEALY, 2007). Entretanto, a concepção de
recursos pertinentes para a sala de aula e para uma determinada noção matemática
leva tempo e não contempla necessariamente as necessidades do professor. De
certa forma, atividades ou materiais são dificilmente utilizáveis fora das comunidades
que os produziram.
Robert e Rogalsky (2005) consideram que a escolha e a concepção de
tarefas fazem parte da atividade profissional do professor. Estes autores salientam
que os professores devem ser capazes de escolher e analisar tarefas colocadas à
sua disposição, em particular, para sua gestão em sala de aula e que estes
professore devem ser formados para tal. Com base nessa idéia, no projeto aqui
proposto, pretendemos ampliar essa perspectiva da co-elaboração, ou design de
situações de aprendizagem, enfatizando atividades de análise de fontes
pedagógicas, a partir do envolvimento de um grupo de professores em um processo
de avaliação de fontes de Geometria Dinâmica. O estudo centrará especial atenção
na questão dos conhecimentos e estratégias que podem ser adotados, pelo
professor, para apropriar-se dessas fontes quando confrontados a situações de
análise e avaliação destas.
Escolhemos esse tipo de fonte dada à difusão da Geometria Dinâmica (GD),
que tem pouco mais de 20 anos de existência, mas que, ainda assim, não é
efetivamente integrada nas salas de aulas de Matemática das escolas brasileiras.
De fato constata-se que embora tenhamos à disposição um inventário razoável de
software3 (a maioria deles gratuitos), de pesquisas4 e de materiais didáticos (fontes
pedagógicas digitais ou não), o nível de integração desse tipo de ambiente nas
práticas escolares ainda é muito fraco. Várias são as razões para tal, como indica
2 Argumentação e Prova na Matemática Escolar, projeto financiado pelo CNPq (processo n.
478272/2004-9) coordenação de Lulu Healy e vice-coordenação de Ana Paula Jahn.3 Cabri-géomètre, Geometrix, Geogebra, Compasso&Régua, IGeom, Tabule, etc.4No Brasil, podemos citar, entre outros trabalhos de JAHN (2000 e 2009), ZULATTO (2002 e 2009),
GUIMARÃES et al (2004).
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15
(ARTIGUE, 2000). Em particular, parece-nos que um dos principais entraves refere-
se à dificuldade, para o professor, de avaliar a adequação e a qualidade de uma
fonte ao contexto particular da sua sala de aula. Todo professor preocupado com
seu projeto de ensino, coloca-se inúmeras questões antes de desenvolver uma
atividade de Matemática com tecnologia, particularmente com Geometria Dinâmica5,
tais como: essa atividade (ou esta fonte) vai funcionar com meus alunos? O que
meus alunos vão aprender? Será que ela está adaptada ao nível dos meus alunos?}
Quanto tempo eu preciso para desenvolvê-la? As dificuldades técnicas não vão
impedir (ou sobrepor-se) as aprendizagens matemáticas? Todas essas questões –
ou dúvidas – podem fazer com que o professor acabe abandonando a idéia da
utilização da GD em suas aulas com seus alunos. É necessário auxiliar o professor
na busca de respostas a essas questões. Fazemos a hipótese de que a forma de
apresentação de uma fonte pedagógica de GD, associada a uma experiência de
análise e avaliação dessas fontes podem auxiliar o professor e ajudá-lo a melhor se
apropriar dela. É nessa direção que pretendemos investigar, por meio de um
experimento com um grupo de professores de Matemática.
Este estudo faz parte de um projeto maior cuja finalidade é oferecer aos
professores de Matemática da Educação Básica, recursos educativos e fontes
pedagógicas digitais de GD livremente utilizáveis e amplamente adaptáveis a um
contexto particular de ensino. No entanto, não é suficiente tornar os recursos
disponiveis e facilmente acessivel, mas para apoiar o ensino, é essencial
estabelecer critérios de qualidade.
Nosso estudo tem por objetivo elaborar um modelo de avaliação de fontes de
GD. Cabe observar que o estudo compreende a organização de um instrumento de
avaliação com o qual os professores serão convidados a analisar algumas fontes de
GD, previamente selecionadas pelos pesquisadores. Este instrumento propõe uma
grade de critérios para a avaliação da qualidade desses recursos.
Como essas fontes integram GD, essa análise pode tornar-se relativamente
complexa. Primeiro porque pode não fazer parte das práticas usuais de professores
5 Ao longo do texto, a expressão “Geometria Dinâmica” será substituída pela abreviação “GD”
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16
representando algo inusitado para eles. Segundo, como afirma Colette Laborde6
porque o recurso tecnológico introduz uma dimensão instrumental que afeta as
demais dimensões: epistemológica (relativa ao saber matemático), didática (relativa
ao ensino e a aprendizagem), institucional (relativa às necessidades particulares do
sistema de ensino, do currículo e da história da classe). É aí que reside nosso
interesse em conceber instrumentos para subsidiar o trabalho dos professores nesse
tipo de atividade de avaliação, possibilitando que eles entrem em contato com
questões relativas a essas dimensões de forma a contribuir no processo de
apropriação das fontes por estes professores e, por conseqüência, para que se
sintam melhor preparados para usá-las em sala de aula e para criar “novas”
atividades para suas futuras práticas.
Antes de passamos às considerações teórico-metodologicas do projeto, é
importante indicar o que estamos entendendo por fontes pedagógicas de Geometria
Dinâmica7 no contexto do nosso estudo.
Apesar de algumas tentativas, não se dispõe de uma definição precisa do que
seja uma fonte pedagógica (WILLY, 2000). Muitas vezes, utiliza-se a vaga definição
retirada do Standard LOM – Learning Object Metadata: toda entidade (digital ou
não), utilizada em um processo de ensino, de formação ou de aprendizagem.
Flamand (2004), em referência aos objetos de aprendizagem (OA), afirma que para
que sejam significativos e promotores de aprendizagem, devem possuir
intrinsecamente uma intenção pedagógica.
Segundo Nunes (2004) os objetos de aprendizagem tem vantagem no
processo de ensino-aprendizagem dos alunos e podem ajudar em cada uma de
suas etapas: tais, como relacionar novos conhecimentos com os que já possuem,
utilizar e testar as hipóteses levantadas no objeto de aprendizagem, aplicar o que
estão apredendo, expressar as idéias matemáticas por meio de várias linguagens,
aprender novos métodos, novos conceitos, aprender a serem críticos sobre os
limites de aplicação dos novos conhecimentos. Quando os objetos de aprendizagem
6 Notas da videoconferência proferida na UNIBAN em 21/11/2008, intitulada “As múltiplas dimensões
envolvidas na concepção de tarefas visando tirar proveito da geometria dinâmica”.7 Ao longo do texto,usaremos a expressão “fontes de GD”.
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17
são interativos, o aluno tem um papel bastante ativo e permite ainda que ele se
aproprie do objeto e o utilize em suas próprias atividades, tornando assim a
aprendizagem mais significativa. Para o professor, o processo é semelhante ao do
aluno, pois ele tem a sua disposição uma grande quantidade de objetos de
aprendizagem, e pode planejar as suas aulas fazendo uso deles, motivando os
alunos e mantendo seus objetivos de ensino.
No nosso projeto, serão consideradas fontes as figuras de GD, os textos ou
enunciados de atividades para os quais a intenção pedagógica é explícita. Assim,
uma fonte é, no mínimo, um arquivo de GD para o qual um objeto de aprendizagem
pode ser identificado. Um exemplo convencional de fonte de GD é uma figura
dinâmica para ilustrar uma propriedade geométrica.
Fazendo uma comparação entre os objetos de aprendizegem e as fontes
digitais, podemos verificar que ambos podem beneficiar o trabalho do professor
tornando a aprendizagem dos alunos mais consistente, pois eles participam
diretamente do processo de ensino-aprendizagem.
Retomaremos esta questão de caracterização de uma fonte pedagógica no
próximo capítulo, fazendo uma interpretação na abordagem instrumental de
Rabardel (2005) e na extensão proposta Trouche et al (2007).
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18
Capítulo I
A Geometria Dinâmica no contexto educacional
1.1 Tecnologias no ensino e aprendizagem de Matemática
Em relação aos recursos tecnológicos no ensino da Matemática, podemos
dizer que a maioria dos textos oficiais (tais como os Parâmetros Curriculares
Nacionais, os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio e o Curriculo
do Estado de São Paulo) incentiva os professores ao seu uso. De fato, do ponto de
vista institucional, ao longo da Educação Básica, esses documentos indicam
diferentes utilizações de softwares relacionados a conteúdos a serem trabalhados,
como por exemplo, as representações gráficas de funções.
A tecnologia comparece nos currículos com dois significados
complementares: como educação tecnológica básica; e como compreensão dos
fundamentos científicos e tecnológicos de produção.
Segundo a Proposta Curricular do Estado de São Paulo (2009), o primeiro
significado refere-se à alfabetização tecnológica, que inclui aprender a lidar com
computadores, mas vai além. Alfabetizar-se tecnologicamente é entender as
tecnologias da história humana como elementos da cultura, como parte das práticas
sociais, culturais e produtivas, que por sua vez são inseparáveis dos conhecimentos
científicos, artísticos e lingüísticos que as fundamentam. A educação tecnológica
básica tem o sentido de nos preparar para viver e conviver em um mundo no qual a
tecnologia está cada vez mais presente em nosso dia-a-dia.
O segundo significado, ou seja, a compreensão dos fundamentos científicos e
tecnológicos de produção faz da tecnologia a chave para relacionar o currículo ao
mundo da produção de bens e serviços, ou seja, aos processos pelos quais a
humanidade – e cada um de nós – produz os bens e serviços de que necessita para
viver.
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19
Sabemos que a tecnologia imprime um ritmo sem precedentes no acúmulo de
conhecimentos e gera uma transformação profunda na sua estrutura e nas suas
formas de organização e distribuição. Assim, a capacidade de aprender terá de ser
trabalhada não apenas nos alunos, mas na própria escola, enquanto instituição
educativa: tanto as instituições como os docentes terão de (re)aprender.
É fato que os computadores e outros elementos tecnológicos estão cada vez
mais presentes nas diferentes atividades das pessoas, em diversos setores da
sociedade.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) afirmam que as tecnologias, em
suas diferentes formas e usos, constituem um dos principais agentes de
transformação da sociedade pelas modificações que exercem nos meios de
produção e por suas conseqüências no cotidiano das pessoas.
A utilização desses recursos traz significativas contribuiçõespara se repensar sobre o processo de ensino e aprendizagemde Matemática à medida que: – evidencia para os alunos aimportância do papel da linguagem gráfica e de novas formasde representação, permitindo novas estratégias de abordagemde variados problemas; - possibilita o desenvolvimento, nosalunos, de um crescente interesse pela realização de projetos eatividades de investigação e exploração como partefundamental de sua aprendizagem; - permite que os alunosconstruam uma visão mais completa da verdadeira natureza daatividade matemática e desenvolvam atitudes positivas diantede seu estudo. (PCN, 1998, p. 43-44)
Ainda segundo os PCN, os computadores podem ser utilizados nas aulas deMatemática com várias finalidades:
- como fonte de informação, poderoso recurso para alimentar o processo deensino e aprendizagem;
- como auxiliar no processo de construção de conhecimento;
- como meio para desenvolver autonomia pelo uso de software quepossibilitem pensar, refletir e criar soluções;
- como ferramenta para realizar determinadas atividades – uso de planilhaseletrônicas, processadores de texto, banco de dados, entre outros. (PCN, 1998,p.44).
Mas, o uso adequado do computador na sala de aula depende muito da
escolha do software, em função dos objetivos que se pretende atingir e da
concepção de conhecimento e de aprendizagem que orienta o processo educativo.
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20
E como o professor é o agente principal por esta escolha, a integração de recursos
computacionais na sala de aula passa, necessariamente, pela formação destes
profissionais.
Isso não é específico do contexto brasileiro. Por exemplo, na França, essas
recomendações para uso de tecnologias, são ainda mais presentes. Segundo
Baudoin (2009), partindo da constatação de que as Tecnologias da Informação e da
Comunicação (TIC) permitem não somente “fazer mais e mais rápido”, mas também
“fazer de outra forma”, cada vez mais as instituições educativas incitam e encorajam
seus professores a integrarem as potencialidades das novas ferramentas
tecnológicas nos diferentes níveis de ensino. Nos últimos anos, vários dispositivos
de formação foram implementados para ajudar os professores a desenvolverem
competências que os permitam integrar as TIC em suas práticas profissionais.
Especificamente em relação ao ensino e aprendizagem de Geometria, o uso
de tecnologia faz constantemente referência aos chamados ambientes de Geometria
Dinâmica.
Para o aprendizado da Geometria, há programas que dispõemde régua e compasso virtuais e com menus de construção emlinguagem clássica da Geometria Euclidiana – retaperpendicular, ponto médio, mediatriz, bissetriz, etc. Feita umaconstrução, pode-se aplicar movimento a seus elementos,sendo preservadas as relações geométricas impostas à gurano momento de sua construção – daí serem denominadosprogramas de geometria dinâmica. Esses também enriquecemas imagens mentais associadas às propriedades geométricas.(PCNEM, 2006, p.88).
Nas orientações para os professores do Currículo Oficial do Estado de São
Paulo que começou a ser implementado em 2008 com os alunos da rede pública, é
mencionada a existência de diversos softwares que podem ser utilizados para a
exploração dos conteúdos de Geometria Plana e Espacial como, por exemplo, o
Cabri-Géomètre ou o Geogebra, sendo possível recorrer ainda a outros ambientes
desse tipo.
Segundo os PCNs (1998), estes ambientes de GD são particularmente
indicados para o estudo de transformações geométricas. Ao professor é indicado
que “As atividades que envolvem as transformações de uma figura no plano devem
ser privilegiadas nesses ciclos do 6º ao 9º ano, porque permitem o desenvolvimento
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21
de conceitos geométricos de uma forma significativa, além de obter um caráter mais
dinâmico para este estudo. Também é interessante propor aos alunos situações
para que comparem duas figuras, em que a segunda é resultante da reflexão da
primeira (ou da translação ou da rotação) e descubram o que permanece invariante
e o que muda.” (ibid, p. 124). De fato as pesquisas de Jahn (2000) evidenciam o
potencial do softwares de GD para uma abordagem diferenciada das transformações
geométricas.
Mesmo com esse incentivo e com vontade instituicional em equipar as
escolas para o uso da tecnologia, os professores são relativamente reticentes à
integração da tecnologia no ensino (GUIN & TROUCHE, 1999).
Um estudo feito por Laborde (2001), referindo-se aos ambientes de
Geometria Dinâmica, afirma que os softwares são usados apenas para visualizar
propriedades, mas não como real recurso da tarefa proposta ao aluno, isto é, não
como uma ferramenta para resolver tarefa.
Segundo coloca Hölzl (2001), muitos professores simplificam a utilização dos
ambientes de GD a uma forma de verificar se os alunos, ao manipularem as figuras
geométricas, confirmam empiricamente as noções ou propriedades já formuladas e
estudadas anteriormente.
No campo da Educação Matemática, contamos com diversas pesquisas que
mostram que o papel destes ambientes pode ser bem mais amplo, permitindo
explorar diversas situações de aprendizagem. É o que descrevemos brevemente no
que segue.
1.1.1 Potencialidades dos ambientes de Geometria Dinâmica para a
aprendizagem em Geometria
Os softwares de GD permitem iniciar os alunos ao processo científico por
meio de construções de figuras, experimentação e animação. Permitem ainda aos
alunos dar sentido às noções estudadas e desenvolver imagens mentais
apropriadas (AMIOT, 2007,p.7).
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22
Como um software de GD, os desenhos são construídos na tela a partir de
dois tipos de primitivas:
• Primitivas do desenho puro: são os objetos geométricos elementares
(ponto, reta, círculo, triângulo, polígono entre outros), geralmente
construídos a partir de pontos livres.
• Primitivas geométricas: permitem a construção de novos objetos
geométricos dependentes de outros objetos, por meio de relações
geométricas (mediatriz de segmento, reta paralela e reta perpendicular,
bissetriz de um ângulo, entre outras).
Um software de Geometria Dinâmica permite obter diversas representações
de uma mesma figura a partir do deslocamento de elementos livres de um de seus
representantes. O desenho é “deformado”, preservando as propriedades
geométricas que foram utilizadas para sua construção e aquelas que resultam da
Geometria Euclidiana. No entanto, se uma construção é feita utilizando-se somente
primitivas do desenho puro, ela perde suas propriedades espaciais aparentes em
sua condição original quando um de seus elementos é movimentado. O uso de
primitivas geométricas permite a construção da noção de figura geométrica, pois dá
uma visão mais geral, destacando o papel das propriedades invariantes (que
resistem ao deslocamento). Como afirma Canet (1994, p.3), estudando os diferentes
“casos de figuras” (diferentes configurações de uma mesma situação), propriedades
são descobertas, conjecturas são elaboradas e testadas e, eventualmente, observa-
se alguma configuração que pode dar idéias para a demonstração. O computador
permite assim fazer Geometria de uma forma mais experimental, ajudando na
simulação e exploração de diferentes situações.
Uma das principais caracteristicas dos softwares de Geometria Dinâmica é a
possibilidade do arrastar. Com o mouse é possível "pegar" um objeto e arrastá-lo
pela tela do computador e assim (re)descobrir conceitos e propriedades relativas à
Geometria abrindo novas possibilidades para o ensino e aprendizagem. A
abordagem de conceitos básicos em GD pode torná-los mais atrativos e acessíveis
aos alunos (ZULATTO, 2002).
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23
Dentre os diversos software de GD, o mais difundido no Estado de São Paulo
é o Cabri-Géomètre, um software que permite construir figuras da geometria
elementar que podem ser traçadas com a ajuda de régua e compasso. Uma vez
construídas, as figuras podem ser movimentadas conservando as propriedades que
lhes haviam sido atribuídas. Essa possibilidade de manipulação permite o acesso
rápido e contínuo a muitos casos de figura, constituindo-se numa ferramenta rica de
validação experimental de fatos geométricos. Ele tem outros aspectos que vão muito
além da manipulação dinâmica e da observação imediata das figuras.
Diversos trabalhos têm mostrado o potencial dos softwares de GD na
aprendizagem do conceito de figura geométrica e na transição entre apreensões
perceptivas e operatórias dessas figuras (Duval, 1988). Dentre estes trabalhos,
podemos citar, por exemplo os de Laborde e Capponi (1994) e Pratt e Ainley (1997).
Além desse auxilio na formalização e conceitualização, os softwares de
Geometria Dinâmica permitem também a precisão e rapidez nos traçados, a
visualização de propriedades, a utilização do deslocamento para simular e explorar
situações.
No nível da atividade do aluno, ele favorece a utilização de diferentes
estratégias de resolução, a emissão de conjecturas, o trabalho autônomo, sendo
ainda uma ajuda na formulação e na precisão da linguagem matemática.
Como descrevemos mais adiante, são nesses potenciais evidenciados pelas
pesquisas que nos apoiaremos para a elaboração do instrumento de análise de
fontes pedagógicas que será proposto aos professores.
1.2 A integração de software de Geometria Dinâmica no ensino
Apesar de identificarmos alguns esforços por parte de instituições formadoras
e também alguns investimentos governamentais e/ou privados para equipar as
escolas com recursos digitais e buscar estruturas adequadas para apoiar as práticas
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pedagógicas que integram tecnologias, estudos têm apontado certa resistência por
parte dos professores quanto ao uso das TIC em suas práticas docentes.
Além disso, os defensores do papel e lápis, do esquema no quadro-negro não
estão realmente convencidos da eficácia educacional destas novas ferramentas
tecnológicas e não sentem a necessidade de mudar seus hábitos só por “efeitos de
moda”.
A relutância dos professores pode encontrar suas origens em vários aspectos:
(1) Na transposição informática, segundo o conceito introduzido por Balacheff
(1994) no qual os objetos de conhecimento são modificados, não apenas sob as
restrições da transposição didática, mas também por outras restrições específicas do
ambiente computacional. A introdução desses ambientes no sistema de ensino pode
alterar a relação dos alunos e de professores com as disciplinas, e mais
particularmente com os objetos matemáticos uma vez que estes têm características
diferentes e vão “viver” de forma diferente do que no ambiente papel e lápis.
(2) Uma falta de avaliação da qualidade dos recursos disponíveis, com a
proliferação de recursos disponíveis na internet de Geometria Dinâmica, mas com
nenhuma avaliação para descrever a relevância do conteúdo ou da eficácia da
aprendizagem do aluno.
J.F. Levy (1998), analisando as habilidades do "professor salienta que:
"Em geral, o que repele os professores é uma falta de prática dos
instrumentos, o que leva ao medo de não dominar completamente as
situações técnicas e, portanto do ensino com a utilização do
computador, o medo de que os estudantes façam perguntas que não
consiga responder e realizem as atividades sem a necessidade de
seu auxilio", pois eles sabem mais do que os professores na
manipulação do computador e que os professores estão perdendo o
controle na sala de aula." (Levy, 1998, p.17).
Os professores que não tem muita afinidade com a Geometria Dinâmica, mas
mesmo assim querem começar a trabalhar com essas atividades, podem se
confundir ao serem confrontados com a abundância desses recursos que estão
disponíveis na Internet e também sem ter um banco de dados onde possam
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25
consultar para buscar uma atividade que descreva o conteúdo e a relevância ou a
eficácia de um determinado aprendizado. Aí a necessidade da avaliação desses
recursos, com as descrições e comentários necessários para a sua utilização em
sala de aula de Matemática. É comum que os professores questionem sobre o uso
de determinados recursos para o uso em sala de aula. Essas questões geralmente
são feitas pelos professores: como faço para organizar o estudo? Como funciona
este recurso? Quais são seus pontos fortes? O que os alunos aprendem? Serei
capaz de implementar na minha sala de aula com meus alunos e, em caso
afirmativo, como? Considerando estes aspectos, e podendo ser auxiliado nessas
questões, o professor irá otimizar suas escolhas e promover a sua apropriação do
recurso. É nesse sentido que estamos considerando pertinente um trabalho de
avaliação de fontes de GD pelo professor, como descreveremos mais adiante.
1.3 Projeto Intergeo
O projeto europeu Intergeo8, iniciado em 2008, visa oferecer aos professores
de Matemática do ensino secundário, recursos educativos e fontes pedagógicas
digitais de GD livremente utilizáveis e amplamente adaptáveis a um contexto
particular de ensino. Este projeto tem três objetivos principais:
1) a interoperabilidade, visando definir um formato de arquivo comum para a
maioria dos softwares de Geometria Dinâmica (Cabri-Géomètre/Cabri3D,
Geoplan/Geospace, TracenPoche, Geogebra, Cinderela, Geonext, CAR) a fim de
permitir o funcionamento de uma fonte criada com um destes software em todos os
outros.
2) a centralização em um servidor de recursos e fontes digitais de GD,
utilizando este formato comum.
8 Para mais detalhes, ver: htpp://i2gei.net.
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26
3) um dispositivo para avaliar a qualidade e a adequação de um recurso
educacional a um determinado contexto. Trata-se de analisar as fontes depositadas
no servidor, testá-las em sala de aula, analisá-las novamente após experimentação
para avaliar sua qualidade e iniciar um ciclo de melhoria destas fontes. Os retornos
dos usuários são registrados no site para que a fonte continue sendo melhorada.
No projeto, as fontes propostas são de dois tipos:
(1) figuras de GD (chamadas de figuras “nuas”) construídas com algum
software de GD;
(2) documentos que acompanham estas figuras, ou uma página HTML com
uma figura integrada a um arquivo de texto, uma apresentação multimídia, etc.
O projeto estabelece dois processos distintos para a avaliação das fontes de
Geometria Dinâmica: 1) o primeiro é uma avaliação realizada por “peritos” (ou
expert). No caso, esta é realizada por uma comunidade de professores orientados
por pesquisadores em Educação Matemática e consiste em uma análise das fontes
e sua aplicação em sala de aula. 2) a segunda avaliação é feita pelos próprios
usuários que selecionam fontes na plataforma. É neste último objetivo do projeto e
mais particularmente nesse segundo tipo de avaliação que o nosso projeto de
pesquisa está inserido (JAHN et al, 2009).
1.4 Problema e Objetivos do Estudo
No âmbito do projeto Intergeo, a partir dos elementos apresentados
anteriormente, o terceiro objetivo citado desafia-nos colocando duas questões que
nos parecem essenciais: Quais são as características das fontes que são
consideradas pelos professores como importantes para a escolha e sua adaptação?
Que elementos podem contribuir para facilitar a utilização desta fonte em sala de
aula?
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27
Os objetivos do nosso trabalho de pesquisa são:
- elaborar um modelo de avaliação de fontes digitais de Geometria Dinâmica,
estabelecendo critérios de análise em diversas dimensões;
- testar esse modelo de avaliação junto a um grupo de professores com o
intuito de investigar o potencial deste tipo de atividade para o processo de
apropriação destes recursos pelo professor.
Para tanto, realizamos um estudo experimental com um grupo de professores
onde eles avaliaram algumas fontes de GD, por meio de um questionário – nosso
principal instrumento de avaliação – e com o qual buscamos identificar os elementos
por eles considerados e em que medida o tipo de fonte e o processo de análise (no
caso, a priori) contribuem para sua apropriação.
No próximo capítulo, explicitamos os fundamentos teóricos que embasam
nosso estudo.
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28
Capítulo II
Fundamentação Teórica
2.1 Introdução
Em nosso estudo, tanto para a concepção do instrumento de avaliação
quanto para as análises das produções dos professores em situação de avaliação
de fontes de Geometria Dinâmica, utilizaremos alguns construtos da Teoria das
Situações Didáticas de Brousseau (1998), assim como a abordagem instrumental
proposta por Rabardell (1995) e posteriormente estendida por Trouche & Guin
(2006), enfatizando o processo de gênese instrumental, ou seja, da transformação
de um artefato em instrumento.
2.2 A abordagem instrumental
Na abordagem instrumental, segundo Rabardel (1995), o artefato tende a
ocupar o lugar dos homens no sentido de uma automatização da atividade humana.
Mas, o autor salienta que um artefato não tem um valor instrumental, tornando-se
instrumento somente quando o sujeito desenvolve um conjunto de esquemas
associados ao seu uso, permitindo apropriar-se dele, a ponto de integrá-lo às suas
práticas. Assim, os instrumentos atuam como mediadores nas relações dos sujeitos
com os objetos, caracterizando um modelo de ação instrumentada. Esta mediação
inclui as seguintes funções: pragmática (relativa à ação e transformação dos
objetos), heurística (referente ao controle e à organização da ação) e epistemológica
(relativa à apreensão da informação e à compreensão dos objetos). O
desenvolvimento de instrumentos dá-se por um processo de gênese instrumental.
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29
Na verdade, trata-se de um duplo processo: o primeiro, de instrumentação (o
artefato, ao mesmo tempo, abre novas possibilidades de ação e limita a ação) e o
segundo o de instrumentalização no qual o sujeito, em sua atividade, dá funções ao
artefato, o personaliza.
A abordagem instrumental permite aos sujeitos “ajustar” os artefatos,
estudando cuidadosamente suas características, suas possibilidades e suas
limitações, para perceber de que forma podem estruturar a ação. Desta forma, eles
participam da conceitualização. É preciso, ainda, considerar o caráter produtivo da
atividade do sujeito, através de processos de instrumentalização, vistos não como
distorções dos artefatos, mas como uma contribuição do sujeito na construção de
instrumentos. No caso de uma situação de ensino, seria a idéia de construção
conjunta, tanto pelo professor quanto pelo aluno.
Dentro dessa perspectiva, um instrumento compreende:
• um artefato material ou simbólico produzido pelo usuário ou por outros
sujeitos;
• um ou mais esquemas de utilização associados, resultantes de uma
construção individual ou da apropriação de esquemas sociais pré-existentes.
(RABARDEL, 1995, p. 117).
A partir dessas considerações, não se pode esperar que o potencial das
ferramentas digitais seja transparente – nem para o professor nem para o aluno – e,
para serem integradas de forma significativa nas aulas de Matemática, é
imprescindível que se tenha um entendimento de como gerar esses processos de
gênese instrumental. No caso dos professores, é possível que este processo seja
ainda mais complexo: artefatos precisam tornar-se instrumentos não apenas nas
práticas matemáticas dos professores, mas também em suas práticas docentes. No
decorrer do processo de gênese instrumental, muitas relações precisam se
desenvolver, a apropriação é uma palavra que descreve bem este processo, ela
indica as duas direções sobre as quais este processo atua: na direção interna,
voltada para o sujeito, para o professor para fazer Matemática e na direção da
realidade externa para ensinar Matemática.
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30
O desenvolvimento do processo de gênese instrumental em um período de
tempo não reflete a organização temporal do ensino formal, dedicado a explicar um
determinado tópico (GRINKRAUT, 2006).
Para melhor compreender e, conseqüentemente, promover a gênese
instrumental nos professores é necessário identificar as limitações introduzidas pelo
instrumento, que podem ser de dois tipos: de comandos e de organização. As
limitações de comandos são geradas pelos comandos disponíveis e as suas
possibilidades de uso já as limitações de organização estão ligadas ao fato de que
trabalhar com um determinado instrumento influência a maneira como o usuário
planeja e organiza a sua tarefa matemática, levando em consideração.
o conjunto de estudos que visam à organização metódica dotrabalho em função do fim proposto e das relações entre ohomem e a máquina e a forma de funcionamento desseinstrumento (PEREIRA, 2002, p 26.).
Segundo Trouche et al. (2007), essa complexidade do papel do professor
sugere a necessidade de conceber documentos que apóiem o professor na sua sala
de aula. Para esse autor, a noção de «fonte pedagógica» para subsidiar a ação do
professor emerge como resposta a esta demanda, com destaque para duas
componentes essenciais na constituição de fontes pedagógicas: uma situação
matemática e elementos permitindo explorá-la em um dado ambiente escolar (isto é,
um ou vários cenários de uso).
Transpondo para a abordagem instrumental, uma fontepedagógica é um artefato, proposto para organizar a ação doprofessor na sala de aula, devendo ser transformado eminstrumento por meio de sua apropriação, apropriação esta quepassa necessariamente pelo seu uso. Assim, uma fonte nãoexiste enquanto não for experimentada em classe e validadapor um professo ou um grupo de professores, para se tornarum instrumento compartilhado por este grupo. É um ponto devista sobre a concepção de fontes estreitamente imbricada comseus usos. Esta é a razão pela qual os autores insistem nocaráter evolutivo das fontes pedagógicas, tratadas comoentidades vivas, isto é, que evoluem à luz de seus usos e dacolaboração entre professores (JAHN et al. 2009, p 1-6).
A relação dialética entre fontes pedagógicas e os relatos de experimentação
(permitindo os feedbacks do uso) aparece então como essencial. Nesse contexto,
Trouche & Guin (2006) vêem com reserva a concepção de cenários “completos” a
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31
priori e apontam para a noção bem fundamentada de cenários adaptáveis, a partir
de fontes e cenários de uso mais abertos, menos finalizados.
Os autores afirmam que a gênese instrumental não é natural e nem se realiza
sem dificuldades para o professor. Para os professores, passar ao papel de
“usuários das fontes” não é nada simples e são justamente as condições dessa
apropriação que pretendemos investigar em nosso trabalho.
Como já mencionamos anteriormente, a avaliação da qualidade das fontes
pedagógicas de Geometria Dinâmica dentro do projeto Intergeo é realizada primeiro
por “peritos” (ou expert), que analisam um grande número de fontes para verificar
sua aplicabilidade nas salas de aula de Matemática e a segunda avaliação é feita
pelos próprios professores de Matemática para que possam escolher uma ou mais
fontes de GD por assunto e decidir se serão aplicadas em sua sala de aula. Nesta
situação, o professor será confrontado à questão da qualidade e pertinência dessa
fonte para seu objetivo e para seus alunos. Naturalmente, ele será levado a pensar
sobre o conteúdo da fonte e sobre as aprendizagens que ela pode favorecer. Este
professor terá que definir os elementos da fonte a serem modificados ou adaptados
para seu contexto particular, devendo compreender e se familiarizar com a referida
fonte e passar a integrá-la nos seus objetivos pedagógicos. Este processo de
apropriação é pessoal e permite que o professor transforme uma fonte (artefato) em
um instrumento para sua prática. Acreditamos que alguns critérios podem ser
preponderantes quando um professor faz suas escolhas de recursos e fontes. É
nessa direção em que vamos investigar. Pretendemos tentar identificar quais
critérios são determinantes para uma apropriação facilitada de uma fonte de GD pelo
professor.
Para isso, pensamos em organizar um questionário (ou uma grade de análise)
explicitando diferentes dimensões e critérios e observar quais são mais significativos
e relevantes para o professor quando da análise e avaliação de uma fonte de GD.
Com base em alguns estudos em Educação Matemática, e principalmente nos
elementos de análise a priori de uma situação didática (BROUSSEAU, 1998),
elaboramos um questionário composto de diversos itens em diferentes categorias de
avaliação que chamamos de dimensões de análise. São elas:
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32
1. Conteúdo matemático (correção matemática e adequação do conteúdo em
relação aos objetivos anunciados);Descrição da Fonte (tema, pré-requisito, nível
escolar, noções envolvidas, competências a serem desenvolvidas, etc.);
2. Qualidade técnica da fonte (arquivos facilmente utilizáveis e adequados do
ponto de vista técnico);
3. Contribuições da Geometria Dinâmica (pertinência do uso da GD, papel da
GD na atividade);
4. Atividade instrumentada (adequação das figuras, uso do aspecto dinâmico
ou dragging, exploração de funcionalidades específicas, gestão de casos limites e
de medidas);
5. Implementação na sala de aula (descrição do material, organização da
aplicação, síntese e conclusão propostas)
6. Implementação didático-pedagógica (gestão da atividade em classe,
indicadores do tipo de trabalho a ser realizado, papel do aluno e do professor e
eventuais intervenções, possíveis soluções ou comportamentos dos alunos,
integração da fonte num projeto de ensino na progressão prevista pelo professor.
7. Descrição da Fonte (tema, pré-requisito, nível escolar, noções envolvidas,
competências a serem desenvolvidas, etc.);
A partir destas diferentes dimensões, estabelecemos nosso instrumento
principal de coleta de dados que apresentamos abaixo9. A questão em negrito é a
principal de cada uma das dimensões apresentadas acima e a avaliação tem uma
escala que varia de dois a dois negativo, ou seja, do plenamente satisfatório ao
insatisfatório.
9 Esta elaboração deu-se juntamente com a equipe francesa do projeto. Alguns estudos pilotos foram
realizados para se chegar à versão por nós utilizada.
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33
-2 -1 1 2
O conteúdo matemático é correto.
O tema, as noções e as competências indicadas
correspondem ao currículo do nível/série indicado.
As atividades matemáticas propostas são adequadas
ao tema, às noções e às competências anunciadas.
O conteúdo matemático é válido e utilizável em
sala de aula para trabalhar as noções e
competências anunciadas.
Observações e comentários:
-2 -1 1 2
As figuras dinâmicas se comportam de maneira
coerente em relação à atividade matemática proposta.
As figuras resistem bem à manipulação mesmo nas
situações limite.
Os valores numéricos (medidas de ângulos e de
comprimentos) não comprometem o desenvolvimento
da atividade.
As funcionalidades avançadas (como uso do teclado
ou de macro-construção) são devidamente descritas.
A interação com as figuras dinâmicas é válida e
coerente com a atividade matemática proposta.
Observações e comentários:
Figura 1 - Primeira parte do questionário apresentado aos professores com as dimensões conteúdoda fonte e qualidade técnica da fonte
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34
-2 -1 1 2
Na atividade, os desenhos são claros e precisos.
Nesta atividade, a geometria dinâmica permite obter
vários casos de uma mesma figura.
Esta atividade leva o aluno a explorar, experimentar e
conjecturar.
Nesta atividade, o aluno pode validar conjecturas
perceptivamente.
Nesta atividade, diferentes representações (figurais,
numéricas, algébricas) aparecem em interação.
Esta atividade leva o aluno a considerar e a recorrer a
propriedades geométricas ao invés de se ater às
coincidências numéricas e/ou das representações
figurais.
A atividade não pode ser transposta tal qual para o
ambiente papel&lápis.
A geometria dinâmica ajuda a alcançar o objetivo
pedagógico da atividade.
O deslocamento é utilizado para ilustrar uma
propriedade ou uma relação entre objetos, graças a
sua invariância.
O deslocamento é utilizado para conjecturar ou
validar uma propriedade ou uma relação entre
objetos.
O deslocamento é explicitamente mencionado nas
instruções dadas aos alunos.
As atividades matemáticas propostas beneficiam
das contribuições da geometria dinâmica, elas
não podem ser transpostas diretamente para o
papel&lápis.
Observações e comentários:
Figura 2 - Segunda parte do questionário apresentado aos professores com a dimensãocontribuições da geometria dinâmica
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35
-2 -1 1 2
A atividade é concebida de forma a envolver ou engajar
facilmente os alunos.
São dadas sugestões ao professor para iniciar a
atividade.
A atividade é concebida de forma a atribuir um papel ativo
ao aluno, possibilitando iniciativas de sua parte.
São disponibilizados exemplos de produções de alunos.
São descritas estratégias previsíveis de alunos (corretas
ou não).
Os feedback do software, essenciais para a atividade, são
descritos.
Os feedback do software permitem que os alunos
avancem na resolução da atividade.
São propostas sugestões para ajudar os alunos a
abandonarem estratégias não eficazes.
São propostas ações do professor para fazer evoluir as
estratégias dos alunos.
São apresentadas sugestões de intervenções do
professor para a fase de síntese.
São dadas sugestões de como, quando e quem valida as
produções dos alunos.
As características principais da atividade e os efeitos de
suas modificações sobre as estratégias e aprendizagens
dos alunos são descritas.
A descrição desta atividade permite uma utilização
eficaz para a aprendizagem das noções e
competências anunciadas.
Observações e comentários:
Figura 3 - Terceira parte do questionário apresentados aos professores com a dimensão atividadeinstrumentada
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36
-2 -1 1 2
Uma configuração material possível é descrita (um aluno
por computador ou classe inteira com projetor...).
Uma organização do desenvolvimento é proposto (fases,
objetivos de cada fase, trabalho individual, em grupo...).
A gestão de uma síntese ou da conclusão da atividade é
proposta.
A descrição da atividade propõe uma implementação.
Comentários e observações
-2 -1 1 2
As noções e competências pré-requeridas são coerentes
com a atividade.
As aprendizagens desenvolvidas podem ser aplicadas em
outra situação.
A atividade pode ser integrada às atividades habituais da
classe.
A atividade pode facilmente fazer parte de uma
progressão pedagógica.
Observações e comentários:
-2 -1 1 2
A quantidade de informações é satisfatória.
A apresentação das informações é clara.
Os elementos da fonte podem ser modificados para
adaptá-la às necessidades do professor.
A fonte é de fácil compreensão e adaptável a um
contexto particular.
Observações e comentários:
Figura 4 - Quarta parte do questionário apresentados aos professores com as dimensões implementaçãoem sala de aula, implementação didático-pedagógica e descrição da fonte.
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37
No próximo capítulo, descrevemos a metodologia do nosso estudo e o
experimento previsto para coleta de dados junto a um grupo de professores de
Matemática.
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38
Capítulo III
Metodologia da Pesquisa
3.1 Introdução
Em termos metodológicos, o estudo será desenvolvido segundo uma
abordagem interpretativa de pesquisa qualitativa (Alves, 2001). Uma vez com ele,
pretende-se compreender particularidades de uma situação na qual professores
estão envolvidos. No caso, será proposto aos professores participarem de uma
atividade de avaliação/adaptação de fontes pedagógicas de Geometria Dinâmica,
isto é, em algo diretamente relacionado à atuação profissional deles. Além disso,
nossa pesquisa propõe investigar questões abertas, característica de estudos
qualitativos que, segundo Bogdan & Biklen (1994), devem ter maior preocupação
com o processo e significados construídos do que com causas e efeitos.
Este projeto está organizado em três fases. A primeira fase refere-se a
análise a priori de fontes pedagógicas de Geometria Dinâmica feita pelos
pesquisadores. Na segunda fase, os professores avaliam as fontes com base no
questionário, o principal instrumento que estamos utilizando para essa fase. E na
terceira e última fase, os professores devem escolher uma fonte das três
apresentadas a eles, segundo seus critérios, considerando as que achariam mais
interessantes e adequadas para ser utilizada em sala de aula com os alunos. Os
professores devem justificar essa escolha e, por fim, analisarem o próprio
questionário, indicando os itens que acham essenciais e aqueles que acreditam ser
redundantes e/ou supérfluos.
Visando aumentar a fidedignidade dos dados, estaremos atentos à utilização
de diferentes métodos e instrumentos de coletas de dados, à reprodução cuidadosa
de relatos e eventos observados. A análise será realizada com base na confrontação
dos dados com a literatura pertinente, visando situar a pesquisa entre as já
existentes e procurando detectar semelhanças e/ ou diferenças.
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39
Particularmente para as três fases acima descritas, os instrumentos de coleta
de dados incluem essencialmente um questionário (o questionário de avaliação), as
produções escritas dos professores participantes (respostas aos questionários e
critérios de escolha das fontes) e notas do observador.
3.2 As fontes de GD a serem analisadas
As três fontes pedagógicas de Geometria Dinâmica, selecionadas por nós,
abordam um mesmo assunto ou conteúdo de geometria, no caso os quadriláteros,
um assunto geralmente trabalhado nas séries do Ensino Fundamental do Ciclo II (6º
ao 9º ano). Estas três fontes foram retiradas da plataforma do projeto Intergeo e
traduzidas.
A primeira fonte tem como título “Estudo de paralelogramos particulares”,
sendo seu objetivo o de levar os alunos a conhecerem os paralelogramos
particulares por meio da identificação de suas propriedades. Esta fonte é composta
de duas fichas para os alunos, sendo que a primeira traz algumas informações ao
professor (nível/série, o software utilizado, os pré-requisitos e o objetivo da
atividade). Segue abaixo a Fonte 1, apresentada aos professores.
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40
Figura 5 – Fonte 1, ficha 1
Estudo de Paralelogramos Particulares
Nível/Série: Ensino Fundamental, 6ª ou 7ª série
Ambiente: Cabri 2, um ou dois alunos por computador
Pré-requisitos: o vocabulário sobre paralelogramo
Objetivos: Descobrir paralelogramos particulares
Parte I
1º caso
Abrir o paralelogramo do arquivo “Figura_inicial”.
Exibir as respectivas medidas dos segmentos AB e BC.
Exibir a medida do ângulo ABC.
Deslocar um ou vários pontos de forma que AB BC e ABC = 90º.
Qual é a particularidade desse paralelogramo?
_________________________________________________________________
De que tipo é esse quadrilátero?
_________________________________________________________________
Salvar a figura com outro nome (<Figure_1>) e fechar.
2º caso
Abrir novamente o arquivo “Figura_inicial”.
Exibir as respectivas medidas dos segmentos AC e BD.
Exibir a medida do ângulo AÔB.
Deslocar um ou vários pontos de forma que AC=BD e AÔB 90º.
Qual é a particularidade desse paralelogramo?
________________________________________________________________
De que tipo é esse quadrilátero?
_________________________________________________________________
Salvar a figura com outro nome (<Figure_2>) e fechar.
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41
A segunda fonte é composta de três fichas de aluno com os seguintes títulos:
1) “Do paralelogramo ao quadrado” com o objetivo de definir e conhecer as
propriedades do quadrado, como um paralelogramo particular. Segue abaixo a fonte
2 ficha 1.
Figura 6 – Fonte 1, ficha 2
Parte II
1º caso
Abrir o arquivo “Figura_1”.
Deslocar um ou vários pontos de forma que AB=BC e ABC 90º.
Qual é a particularidade desse paralelogramo?
__________________________________________________________________
De que tipo é esse quadrilátero?
__________________________________________________________________
Fechar a figura sem salvar.
2º caso
Abrir o arquivo “Figura_2”.
Deslocar um ou vários pontos de forma que AC BD e AÔB = 90º.
Qual é a particularidade desse paralelogramo?
__________________________________________________________________
De que tipo é esse quadrilátero?
Fechar a figura sem salvar.
Parte III
1º caso
Abrir o arquivo “Figura_1”.
Deslocar um ou vários pontos de forma que AB=BC e ABC = 90º.
Qual é a particularidade desse paralelogramo?
_________________________________________________________________
De que tipo é esse quadrilátero?
_________________________________________________________________
Fechar a figura sem salvar.
2º caso
Abrir o arquivo “Figura_2”.
Deslocar um ou vários pontos de forma que AC=BD e AÔB = 90º.
Qual é a particularidade desse paralelogramo?
_________________________________________________________________
De que tipo é esse quadrilátero?
_________________________________________________________________
Fechar a figura sem salvar.
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42
A segunda fonte é composta de três fichas de aluno. A primeira ficha é
intitulada: “Do paralelogramo ao quadrado” cujo objetivo é definir e conhecer as
propriedades do quadrado como um paralelogramo particular. Esta ficha e as
demais trazem um cabeçalho com algumas informações ao professor (tema
abordado, nível/série, objetivo da atividade). Segue abaixo a referida ficha da Fonte
2
Autor : Mickaël LE BELLEGO Escola/Cidade :Collège St-Joseph (PLOUGUENAST)
Tema Abordado: Nível (série):
Paralelogramos particulares 6a ou 7a
Descritivo, conceito e objetivo da atividade:
Descobrir uma definição e propriedades do quadrado, como um paralelogramo particular.
Nome: ……………..……… Título da Atividade: Do paralelogramo ao quadrado
Data: ……………………….….
Turma: ………………………….
Operações a serem realizadas RealizadaNão
realizada
1 Criar 3 pontos livres no plano: A, B e O.
2 Construir os simétricos C e D de A e B, respectivamente, em
relação ao ponto O.
3 Traçar os segmentos AB, BC, CD, DA, BD e AC.
4 De que tipo é o quadrilátero ABCD? ________________________
5 Exibir as medidas dos segmentos AC e BD, e a medida em graus
do ângulo AÔB.
6 Movimentar os pontos de forma que AÔB = 90° e AC = BD.
7 De que tipo é o quadrilátero ABCD? ________________________
8 Completar: « Um paralelogramo que tem suas diagonais
______________ e ________________ é um ______________. »
9 Movimentar novamente os pontos e exibir as medidas dos
segmentos AB e BC e a medida, em graus, do ângulo BÂD.
10 Movimentar os pontos de forma que AB = BC e BÂD = 90°.
11 De que tipo é o quadrilátero ABCD? ________________________
12 Completar: « Um paralelogramo que tem dois lados consecutivos
____________ e ___________________ é um ______________ »
Figura 7 – Fonte 2, ficha 1
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43
A segunda ficha, intitulada “Do paralelogramo ao retângulo”, tem por objetivo
definir e conhecer as propriedades do retângulo como um paralelogramo particular.
Ela traz o mesmo tipo de cabeçalho com algumas informações ao professor. Segue
abaixo a ficha 2 da Fonte 2.
Autor: Mickaël LE BELLEGO Escola/Cidade: Collège St-Joseph (PLOUGUENAST)
Tema Abordado: Nível (série):
Paralelogramos particulares 6a ou 7a
Descritivo, conceito e objetivo da atividade:
Descobrir uma definição e propriedades do retângulo, como um paralelogramo particular.
Nome: ………....................……… Título da Atividade: Do paralelogramo ao retângulo
Data: ………………….……….
Turma: ………………………….
Operações a serem realizadas RealizadaNão
realizada
1 Criar 3 pontos livre no plano: A, B e O.
2 Construir os simétricos C e D de A e B, respectivamente, em
relação ao ponto O.
3 Traçar os segmentos AB, BC, CD, DA, BD e AC.
4 De que tipo é o quadrilátero ABCD? ________________________
5 Exibir as medidas dos segmentos AC e BD.
6 Movimentar os pontos de forma a obter AC = BD.
7 De que tipo é o quadrilátero ABCD? ________________________
8 Completar: « Um paralelogramo que tem suas ____________ de
mesma ________________ é um __________________. »
9 Movimentar novamente os pontos e exibir a medida, em graus, do
ângulo BÂD.
10 Movimentar os pontos de forma que BÂD = 90°.
11 De que tipo é o quadrilátero ABCD? ___________________
12 Completar: « Um paralelogramo que tem um
________________ é _____________________. »
Figura 8 – Fonte 2, ficha 2
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44
Por fim, a terceira ficha, como o título indica, “Do paralelogramo ao losango”,
tem por objetivo abordar o losango como um paralelogramo particular. A referida
ficha encontra-se reproduzida abaixo.
Autor : Mickaël LE BELLEGO Escola/Cidade :Collège St-Joseph (PLOUGUENAST)
Tema Abordado: Nível (série):
Paralelogramos particulares 6a ou 7a
Descritivo, conceito e objetivo da atividade:
Descobrir uma definição e propriedades do losango, como um paralelogramo particular.
Nome: ………………......... Título da Atividade: Do paralelogramo ao losango
Data: ………………………....….
Turma: ………………………….
Operações a serem realizadas RealizadaNão
realizada
1 Criar 3 pontos livre no plano: A, B e O.
2 Construir os simétricos C e D de A e B, respectivamente, em
relação ao ponto O.
3 Traçar os segmentos AB, BC, CD, DA, BD e AC.
4 De que tipo é o quadrilátero ABCD? _______________________
5 Exibir as medidas dos segmentos AB e BC.
6 Movimentar os pontos de forma a obter AB = BC.
7 De que tipo é o quadrilátero ABCD? _______________________
8 Completar: « Um paralelogramo que tem dois lados
_____________ de ________________ é um ______________ »
9 Movimentar novamente os pontos e exibir a medida, em graus, do
ângulo AÔB.
10 Movimentar os pontos de forma a obter AÔB = 90°.
11 De que tipo é o quadrilátero ABCD? _______________________
12 Completar: « Um paralelogramo que tem suas diagonais
________________ é um ___________________. »
Figura 9 – Fonte 2, ficha 3
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45
A terceira fonte intitulada “Paralelogramos particulares”, tem por objetivo
incitar os alunos a fazerem observações a partir de uma figura realizada de maneira
clássica (com régua e compasso) e, depois, com o auxilio de um software de
Geometria Dinâmica. Segue abaixo a Fonte 3. Ela é composta de uma ficha para o
professor, de uma descrição de um cenário para o uso com software Cabri II e ficha
aluno.
Figura 10 – Fonte 3, ficha do professor
Paralelogramos particulares
Ficha do Professor
Programa oficial:
Competências exigíveis:
Conhecer e utilizar uma definição e as propriedades (relativas aos lados, às diagonais, aos
elementos de simetria) do quadrado, do retângulo, do losango.
Objetivos pedagógicos:
Incitar os alunos a fazerem observações a partir de uma figura realizada de maneira
clássica, e depois, com o auxílio de um software de geometria dinâmica.
Mostrar a necessidade de utilizar uma demonstração para validar conjecturas.
Pré-requisitos:
Propriedades da simetria central.
Propriedades de paralelogramos particulares.
Construção de um paralelogramo com o auxílio de um ambiente de geometria dinâmica.
Interesse: Utilizar um software de geometria para emitir conjecturas.
Descrição da atividade instrumentada:
O aluno deve, em um primeiro momento, construir um paralelogramo a partir dos lados e,
depois, a partir das diagonais. Na seqüência, ele abre uma figura já construída, e deve
completá-la segundo as indicações da ficha do aluno e, por fim, movimenta os pontos a fim
de emitir conjecturas.
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46
Paralelogramos particulares
Cenário de uso para o software Cabri-géomètre
Fase
Descrição da
tarefaSituação
Ferramentas e
Suporte
Duração1
1 Aluno Primeira parteIndividual em sala
de aula
Instrumentos de
desenho
Ficha aluno
45 min
2 Professor
Correção da etapa
preliminar (construção
dos paralelogramos)
Em sala de aula,
com o auxílio de um
projetor.
Para_compassso
Para_régua_
graduada
Para_régua_esqu
adro
10 min
3 Aluno
Segunda Parte:
Construção das
figuras
Individual ou em
dupla, no laboratório
de informática.
Software de GD
(Cabri)
Ficha aluno
30 min
4 AlunoSegunda Parte:
Conjecturas
Individual ou em
dupla, no laboratório
de informática.
Software de GD
(Cabri)
Ficha aluno
55 min
5Alunos /
Professor
Terceira Parte:
Demonstração de três
proposições
Em sala de aula,
com o auxílio de um
projetor.
55 min
Figura 11 – Fonte 3, ficha do cenário de uso para o software
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47
Paralelogramos particulares
Ficha aluno
Parte 1: Experimentação em sala de aula
Etapa preliminar: Construção de um paralelogramo
1) Construir um paralelogramo ABCD utilizando somente uma régua (não graduada)
e um esquadro.
2) Construir um paralelogramo EFGH utilizando somente um compasso.
3) Construir um paralelogramo IJKL utilizando somente uma régua graduada.
Etapa seguinte: Conjecturas
Considere um paralelogramo ABCD de centro O e o paralelogramo AOBE.
1) a) Qual a natureza do quadrilátero AOBE quando ABCD é um losango?
...........................................
b) Faça uma figura onde ABCD é um losango.
Sua conjectura parece se verificar?.....................
2) a) Qual a natureza do quadrilátero AOBE quando ABCD é um retângulo?
...........................................
b) Faça uma figura onde ABCD é um retângulo.
Sua conjectura parece se verificar?.....................
3) a) Qual a natureza do quadrilátero AOBE quando ABCD é um quadrado?
...........................................
b) Faça uma figura onde ABCD é um quadrado.
Sua conjectura parece se verificar?.....................
Figura 12 – Fonte 3, ficha do Aluno
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48
Figura 13 – Fonte 3, ficha do aluno – experimentação no laboratório de informática
Parte 2: Experimentação no laboratório de Informática
Exercícios preliminares: Construção de um paralelogramo ABCD
I) A partir dos LADOS
1) Crie três pontos A, B e C com o auxílio do botão .
2) Trace os segmentos AB e AC, por meio do botão .
3) Trace a reta paralela à AB passando por C, e depois a paralela à AC passando por B
(use o botão ).
4) Construa o ponto D intersecção das duas retas paralelas, usando o botão .
5)Trace os segmentos AB e AC.
6) Esconda as duas retas paralelas (com o botão ).
7) Movimente os pontos A, B e C para modificar a forma do paralelogramo ABCD (use o
botão ).
II ) A partir das DIAGONAIS
1) Crie três pontos A, B e O com o auxílio do botão .
2) Construa os pontos C e D, simétricos dos pontos A e B em relação ao ponto O (para
isso, use o botão ).
3) Trace os lados do paralelogramo ABCD, e depois as semi-diagonais OA, OB, OC, OD.
4) Indique o fato que o ponto O é o ponto médio de AC e BD, com o auxílio da opção
e .
5) Movimente os pontos A, B ou O para modificar a forma do paralelogramo.
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49
Figura 14 – Fonte 3, ficha do aluno – exercícios de reflexão
Exercícios de Reflexão: Conjecturas a partir de casos particulares
III) 1) No Cabri, abra o arquivo «Paralelogramo_particular.fig».
2) Obtenha as medidas dos segmentos AD e DC, com o auxílio do botão .
3) Marque o ângulo AOB com a ajuda do botão , depois meça-o com o botão
.
4) Movimento o ponto A de forma que AD = DC (ABCD é então um losango).
Qual é então a medida do ângulo AOB? ............
Qual parece ser a natureza do quadrilátero AOBE? ..........................
Compare com a conjectura enunciada na primeira parte.
IV) 1) Abra novamente o arquivo «Paralelogramo_particular.fig».
2) Meça as medidas dos segmentos AO e OB.
3) Marque o ângulo ADC e depois obtenha sua medida.
4) Movimente o ponto A de forma a obter o ângulo ADC=90º (ABCD é então um
retângulo).
Quais são então as medidas dos segmentos AO e OB? AO = ............. OB = .............
Qual parece ser a natureza do quadrilátero AOBE? ..........................
Compare com a conjectura formulada na primeira parte da atividade.
V) 1) Na figura anterior, meça as medidas dos segmentos AD e DC.
2) Marque o ângulo AÔB, e depois obtenha sua medida.
3) Movimente o ponto A de forma que AÔB = 90° e AO = OB (AOBE é então um..........................).
Quais são então as medidas dos segmentos AD e CD? AD = ............. CD = .............
Qual é então a medida do ângulo AÔB? ...................
Qual parece ser a natureza do quadrilátero ABCD? ................................
Compare com a conjectura emitida na primeira parte.
Conclusões das duas primeiras partes
A partir das observações e das conjecturas enunciadas, complete as proposições que
seguem:
Se ABCD é um ............................... então AOBE é um ...............................
Se ABCD é um ............................... então AOBE é um ...............................
Se AOEB é um ............................... então ABCD é um ...............................
Em sua opinião, as observações feitas a partir dos desenhos e depois com o software são
suficientes para garantir a validade das três proposições anteriores?
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50
Figura 15 – Fonte 3, ficha do aluno parte 3 demonstração das propriedades
Essas três fontes foram apresentadas para um grupo de professores que
deveriam analisá-las com base no questionário elaborado para esse fim. Apesar de
tratarem do mesmo assunto - paralelogramos - as abordagens são diferenciadas.
Essa escolha foi feita para que eles pudessem verificar as várias maneiras que se
podem trabalhar em sala de aula e com fontes ou recursos apenas a ficha do aluno
(sem outras orientações para a sua aplicação), e fontes que apresentam uma ficha
do professor, ou um cronograma das aulas previstas e uma ficha do aluno com as
atividades a serem realizadas pelos alunos em sala de aula. Também é nosso
objetivo observar como o professor considera as diferenças entre estes recursos. Na
seqüência, passamos a apresentar a análise a priori, por nós realizada, como
primeira etapa do modelo de avaliação já descrito.
3.3 Seleção e análise a priori das fontes
3.3.1 Escolha das fontes
Selecionamos as três fontes de geometria dinâmica de acordo com os
seguintes critérios:
Parte 3: Demonstração das propriedades
Utilize as propriedades que você conhece e as identificadas nas atividades
anteriores para demonstrar as três proposições formuladas.
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51
1– Uma única origem: as fontes selecionadas não foram elaboradas com a
finalidade de fazer a experiência, mas sim retiradas da Internet e apenas
traduzidas10, sem sofrerem alterações significativas.
2– Um mesmo formato: elas compreendem um texto associado a um arquivo de
geometria dinâmica, as informações do texto são destinadas ou aos professores
(tipo ficha do professor) ou aos alunos (ficha do aluno) ou a ambos.
3– Um mesmo tema de estudo: elas tratam todas do assunto quadrilátero, mais
especificamente de paralelogramos particulares.
4– Um mesmo modo de utilização: todas propõem o mesmo modo de trabalho, a
saber: alunos ativos (individual ou em dupla) na sala de informática.
Sabendo que estas fontes serão analisadas, comparadas e eventualmente
selecionadas para serem implementadas pelo professor, esses critérios buscaram
uma uniformidade das fontes, visando evitar pontos de vista muito subjetivos.
Assim, em particular no que diz respeito a escolha da fonte tentamos minimizar
critérios pessoais como por exemplo, a escolha ser influenciada pelo tema que o
professor tem mais familiaridade e/ ou está trabalhando com seus alunos em sala de
aula no momento da experimentação. Acreditamos que os critérios de seleção
permitem focar na avaliação da qualidade das fontes a partir do questionário
proposto, minimizando aspectos subjetivos.
3.3.2. Análise a priori das fontes
Como já mencionamos, as três fontes selecionadas têm por tema de estudo
paralelogramos particulares. Em termos curriculares, este tema normalmente é
abordado em Geometria, mais especificamente no bloco “Espaço e Forma” nas
séries finais do Ensino Fundamental. Os PCN propõem um trabalho de classificação
10 Como mencionado, nosso estudo faz parte de um projeto maior de cooperação internacional e,
numa perspectiva de estudos comparativos, optou-se por utilizar as mesmas fontes para duas
pesquisas. Daí a escolha de fontes da plataforma InterGeo e a necessidade da tradução.
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52
de figuras planas incluindo os quadriláteros bem como a verificação de suas
propriedades por meio da congruência de triângulos (PCN, 1998, p. 89).
As fontes propõem atividades e manipulações que contribuem na passagem
da identificação perceptiva (reconhecimento visual) de figuras para a caracterização
destas por meio de propriedades geométricas (passagem do desenho à figura).
As competências exigidas para o trabalho com este tema são conhecer e
utilizar definições de quadriláteros particulares e suas propriedades em relação a
lados, diagonais e ângulos.
Considerando nossa experiência em formação, fazendo a hipótese de que os
professores estão familiarizados e tem experiências de ensino relativas a esse tema.
Assim, terão plenas condições de avaliar as fontes do ponto de vista da análise
matemática.
A seguir, apresentamos uma análise a priori de cada fonte, tanto do ponto de
vista dos objetos matemáticos em jogo, como em relação às demais dimensões de
análise estabelecidas no questionário de avaliação proposta.
3.3.3 Análise a priori da Fonte 1
Esta fonte é apresentada como uma atividade isolada, ou seja, não inserida
em uma seqüência ou conjunto mais amplo de atividades.
Na primeira parte, a partir de um paralelogramo dado ABCD, o aluno terá que
medir o ângulo ABC e as medidas dos lados AB e CD. Em seguida deve movimentar
os pontos (vértice do paralelogramo) de forma a atender duas condições: AB BC e
ABC = 90º. Após a observação, o aluno deve então se pronunciar sobre a
particularidade do quadrilátero obtido e depois classificá-lo (indicar sua natureza).
Esse paralelogramo é um retângulo não quadrado e deve ser salvo como Figura 1.
Acreditamos que tal verificação pode ser baseada na explicação do ângulo reto
(condição ABC = 90º) e na visualização facilitada da forma retangular bastante
familiar aos alunos.
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53
No segundo item desta parte, a partir do mesmo paralelogramo ABCD, o
aluno deve movimentar os pontos visando obter AC = BD e AOB 90º. De forma
análoga é solicitado em seguida a verificação da particularidade do paralelogramo
obtido. Espera-se que esse paralelogramo seja também identificado como um
retângulo cujas diagonais são congruentes. O arquivo deve ser salvo como Figura 2.
Observa-se que o ponto O é mencionado (ângulo AÔB), mas este não é
explicitamente descrito como o ponto de intersecção das duas diagonais.
Seguindo a mesma proposta acima descrita, na segunda parte da atividade,
pede-se para o aluno abrir o arquivo “Figura 1” com um paralelogramo construído (e
em posição de retângulo não quadrado), e é que ele faça a movimentação dos
pontos (vértices do paralelogramo) de forma que AB = BC e ABC 90º. A partir
desta figura deve verificar a particularidade do paralelogramo encontrado. Espera-se
que a condição de igualdade de lados consecutivos (AB = CD) seja interpretada pelo
aluno como uma característica de um losango com os quatro lados congruentes. O
arquivo deve ser fechado sem ser salvo.
No item dois desta parte, os alunos devem abrir o arquivo “Figura 2”, com um
paralelogramo já construído e movimentar os pontos de forma que: AC BD e AOB
= 90º. A partir daí devam observar a particularidade do paralelogramo obtido e
indicar sua natureza: esse paralelogramo particular é um losango, obtido a partir de
um paralelogramo cujas diagonais são perpendiculares.
Na terceira parte da Fonte1, é composta de dois itens. No primeiro pedido ao
aluno para abrir a “Figura 1”, e movimentar os pontos (vértices do quadrilátero) de
forma a obter: AB = BC e ABC = 90º. A partir daí, deve verificar a particularidade do
paralelogramo obtido, caracterizando-o; esse paralelogramo particular é um
quadrado pois tem dois lados consecutivos de mesmo comprimento e um ângulo
reto. No item 2 pede-se para abrir a “Figura 2” anteriormente gravada. Em seguida,
novamente por meio do deslocamento dos pontos vértices do quadrilátero, deve-se
obter: AC = BD e AOB = 90º. Como isso, pretende-se levar os alunos a verificarem
que tais condições particularizam o paralelogramo inicial. Esse paralelogramo deve
ser descrito como um quadrado, originado de um paralelogramo cujas diagonais
são iguais e perpendiculares.
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54
Em relação às dimensões de análise propostas no questionário, temos:
- A fonte é descrita sucintamente:
- O tema do estudo: é claramente indicado na fonte.
- Os objetivos são também anunciados: “descobrir” paralelogramos
particulares.
Após o estudo dos paralelogramos propriamente ditos, a fonte propõe
estabelecer as diferentes correspondências entre um paralelogramo e um retângulo,
um losango e um quadrado, que o aluno encontrou anteriormente em sua
escolaridade e que, portanto, ele não “descobre” realmente como figuras planas,
mas os “descobre” como casos particulares de um paralelogramo.
O objetivo matemático está claramente indicado na fonte, mas a mesma não
faz nenhuma indicação com relação aos objetivos instrumentais, isto é, do uso das
ferramentas do ambiente de geometria dinâmica.
Os pré-requisitos matemáticos são explícitos e coerentes com as instruções
contidas na fonte. A fonte não menciona nenhuma indicação para o pré-requisito
instrumental, no entanto, implicitamente, no item 1 da Parte 1, cada tarefa é seguida
de uma descrição das operações (ou ferramentas do menu) a serem utilizadas. Isto
sugere que esta fonte possa ser implementada mesmo por sujeitos iniciantes ou
sem muita experiência com a geometria dinâmica.
A fonte foi projetada no Cabri II o que é claramente mencionado na fonte.
A atividade deve ser realizada em uma sala de Informática com um ou dois
alunos por computador. Esta informação está presente na fonte, mas a duração da
atividade não está especificada.
O arquivo da figura dinâmica não contém “bugs” (erros) e é de fácil acesso
(sua abertura é simples). O arquivo não utiliza recursos específicos que necessitem
de uma explicação particular.
O conteúdo matemático contido na fonte é compatível com os objetivos
definidos e com as propostas curriculares. No entanto, estes conteúdos, em alguns
pontos matemáticos podem ser questionáveis do ponto de vista matemático.
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55
Na primeira parte, a opção por excluir a possibilidade de se obter um
quadrado na figura (AB BC e AOB 90º) pode induzir ao equivoco de que um
quadrado não seria um retângulo particular.
Na segunda parte, outro ponto pode ser questionável: a opção por partir de
um retângulo para obter um losango. De fato, a partir dos retângulos obtidos (Figura
1 e Figura 2), os alunos devem primeiro desconstruir esses retângulos e, em
seguida, obter a filiação simples entre o paralelogramo não retângulo e o losango.
Teria sido mais fácil partir do paralelogramo ABCD, para em seguida passar ao
losango. O risco é uma confusão por parte dos alunos nas filiações (ou relações)
naturais entre todos estes paralelogramos particulares. E quando da formulação, em
uma fase de síntese, pela lógica proposta, o aluno poderia começar seu enunciado
da seguinte forma: “um losango é um retângulo com...”.
A terceira parte é matematicamente correta: a partir de um retângulo o aluno
tenta obter um quadrado, buscando primeiramente, dois lados consecutivos de
mesmo comprimento, e depois, as diagonais de mesmo comprimento e
perpendiculares. Pode-se perguntar por que a ação deve partir da Figura 1 e no
segundo item da Figura 2, ao invés de partir de um paralelogramo geral. Finalmente,
cabe notar que em nenhuma parte da atividade o aluno é chamado a formular as
características dos paralelogramos e de sua natureza (ausência de situação de
formulação).
Na primeira parte, as instruções que estão na ficha são desnecessárias, pois
na abertura do arquivo original, essas medidas já estão indicadas. A partir do item
dois da primeira parte da fonte, o ponto O é o centro do paralelogramo, mas não
está definido como tal, podemos observar que não é sobre o desenho.
A Geometria Dinâmica permite aqui obter rapidamente as configurações
específicas de uma dada figura, é também um parâmetro para melhorar a qualidade
visual gráfica da figura. A movimentação da figura permite fazer um elo entre os
pressupostos e as conclusões contidas na fonte, para o aluno observar certas
restrições e também observar a natureza do quadrilátero obtido. Ainda que não seja
pedido explicitamente na fonte para formular e expressar as propriedades que
expressam as relações entre os pressupostos e uma conclusão, por exemplo, se
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56
ABCD é um paralelogramo tal que AB BC e ABC = 90º então ABCD é um
retângulo. A atividade tem potencial para tal.
Nota-se que não há apoio ao professor para os momentos de
institucionalização. Isso seria importante para acompanhar os alunos e também
discutir suas respostas, uma vez que não foi solicitado aos alunos explicitar a
propriedade que lhe permite identificar um paralelogramo particular a partir de um
paralelogramo qualquer. Com isso podemos supor que faltam esses elementos para
favorecer a apropriação pelo professor, de forma que ele se sinta mais seguro e
preparado para levar esse tipo de atividade para a sua sala de aula.
A análise revela que a Fonte 1 os pontos positivos são as dimensões
qualidade técnica, pois o arquivo é de fácil acesso para o aluno o que facilita a
aprendizagem e a contribuição da geometria dinâmica, porque o papel da GD na
fonte é muito importante para o seu desenvolvimento o que também auxilia na
aprendizagem dos alunos. Nesta fonte o professor pode achar falta de um apoio
maior nos momentos de institucionalização, desfavorecendo uma escolha por parte
desses professores. Ao final esses professores avaliaram o questionário e sugeriram
algumas modificações que serão citadas mais a frente.
3.3.4 Análise a priori da Fonte 2
Esta fonte é dividida em três atividades correspondente à passagem de
paralelogramo qualquer a um paralelogramo particular, respectivamente, quadrado,
retângulo e losango. Cada uma dessas atividades é tratada por uma sucessão de
dozes instruções especificando as operações a serem realizadas pelo aluno. As
quatro primeiras operações consistem na construção de um quadrilátero ABCD, criar
três pontos A, B, O, construir os pontos C e D simétricos aos pontos A e B
respectivamente em relação ao ponto O, o aluno em seguida deve observar e
identificar a natureza do quadrilátero obtido. Depois em cada atividade, o aluno é
orientado a movimentar os pontos do quadrilátero ABCD, seguindo certas restrições
para obter outro quadrilátero particular.
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57
Em relação às dimensões de análise das propostas no questionário, temos:
- A fonte é descrita com sucintamente.
- O tema do estudo é claramente indicado na fonte.
- Os objetivos são também anunciados: descobrir uma definição e as
propriedades do quadrado, do retângulo e do losango, como um paralelogramo
particular.
Os pré-requisitos matemáticos não estão explícitos nas instruções da fonte. A
fonte não menciona nenhuma indicação em relação a pré-requisitos instrumentais,
mas na fonte é descrita as operações a serem realizadas pelos alunos, mas apesar
dessas orientações o aluno tem que ter adquirido alguns conhecimentos básicos
sobre os quadriláteros para poderem responder as questões proposta na atividade.
A fonte foi projetada no Cabri II apesar desse ambiente não ser mencionado
na fonte.
A atividade foi idealizada para ser desenvolvida em uma sala de Informática
com um ou dois alunos por computador. Esta informação não está presente na fonte
e nem a duração da atividade está especificada.
O conteúdo matemático contido na fonte é compatível com os objetivos
definidos e com as propostas curriculares.
O arquivo da figura dinâmica é compatível com as atividades propostas na
fonte, cada ação é descrita com detalhes, mas sem especificar as ferramentas para
a sua implementação, ao contrário da fonte um.
Como na primeira fonte, a Geometria Dinâmica permite obter rapidamente as
configurações específicas de uma figura dada, é também uma forma de melhorar a
qualidade visual e a precisão gráfica da figura apresentada. O deslocamento pode
estabelecer uma ligação entre os pressupostos e a conclusão, os alunos podem
observar a natureza do quadrilátero obtido como uma conseqüência necessária
dessas limitações. Articulando as propriedades que expressam relações entre os
pressupostos, restrições preenchidas, e a conclusão ao tipo de quadrilátero.
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58
A fonte não menciona qualquer indicação explícita da aplicação didática, mas
de uma forma implícita, podemos imaginar a seguinte seqüência:
1– uma primeira fase de ação nas instruções um, dois e três, onde os alunos
são levados a construir um quadrilátero ABCD;
2– uma primeira fase de formulação de conjecturas na instrução quatro, onde
o aluno precisa decidir sobre a natureza desse quadrilátero;
3– outra fase de ação nas instruções cinco ou seis, onde o aluno vai medir os
segmentos e a medida em graus do ângulo e movimentar os pontos até obter o que
foi proposto na atividade;
4 – a segunda fase da formulação de conjecturas na instrução sete, leva o
aluno a decidir sobre a natureza particular do quadrilátero obtido;
5 – uma fase inicial da formulação da propriedade descoberta na oitava
instrução, onde o aluno completa a frase com a propriedade do paralelogramo
particular;
6 – a terceira fase de ação nas instruções nove e dez, onde o aluno vai
movimentar os pontos até obter o que foi proposto na atividade;
7 – uma terceira fase de formação de conjecturas na instrução onze, onde o
aluno vai decidir sobre a natureza do quadrilátero particular;
8 – finalmente, uma segunda fase de formulação da propriedade descoberta,
na instrução doze, na qual o aluno deve completar a frase sobre a propriedade do
quadrilátero obtido. Além disso, durante os trabalhos preparatórios o professor que
será o usuário, terá que personalizar a fonte, validar, institucionalizar e gerenciar a
classe durante todas as situações mencionadas na fonte para que ela seja
efetivamente aplicada com os alunos.
Embora esta fonte forneça poucas orientações para encaminhar a sua
execução, sua homogeneidade e a integridade do conteúdo de suas atividades
matemáticas e instrumentais, sugerindo um início rápido e eficiente o professor com
suas intervenções pode conduzir de forma eficiente a aplicação dessa fonte. As
instruções são apresentadas com simplicidade e clareza as sessões são “divididas”
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e uma seqüência facilmente identificável. Em resumo, os benefícios desta fonte são
qualidade técnica, de conteúdo matemático, atividade instrumentada, o potencial da
geometria dinâmica e a capacidade de leitura de sua aplicação didática.
Devido a tais características, podemos supor que essa fonte pode ter uma
avaliação favorável por parte do professor, pois permite uma apropriação facilitada.
3.3.5 Análise a priori da Fonte 3
A fonte oferece uma seqüência organizada em três partes: a parte um, é
intitulada “Experimentação em sala de aula”, na parte dois, temos a
“Experimentação no laboratório de informática” e na parte três propõe-se o trabalho
com a “demonstração das propriedades” conjecturadas nas partes anteriores.
A primeira parte deve ser, realizada em sala de aula, no ambiente do papel e
lápis e utilizando instrumentos de desenho (régua, compasso, esquadro). Podemos
descrever a proposta da seguinte maneira:
1– Um exercício preliminar pede ao aluno para construir três paralelogramos
utilizando diferentes instrumentos de desenho: régua não graduada, esquadro,
somente o compasso e somente uma régua graduada;
2– Na próxima etapa, a partir de um paralelogramo ABCD dado, com centro
em O, o aluno deve descobrir que a natureza do paralelogramo AOBE quando
ABCD é um losango então AOBE é um retângulo. Devem identificar que a natureza
do quadrilátero AOBE quando ABCD é um retângulo então ele é um losango, com
uma verificação experimental de conjecturas, os alunos são levados a obter um
desenho correspondente a cada caso particular de paralelogramo ABCD ou AOBE.
A segunda parte acontece no laboratório de informática, sendo que no
exercício preliminar, com um software de Geometria Dinâmica, os alunos irão
construir paralelogramos utilizando duas definições diferentes:
1– A partir dos lados: um paralelogramo é um quadrilátero cujos lados
opostos são dois a dois paralelos.
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2– A partir das diagonais: um paralelogramo é um quadrilátero cujas
diagonais cortam-se no ponto médio.
Em seguida, o aluno começa a executar o que foi descrito na primeira parte
da atividade na sala de aula. Desta vez, as construções devem ser realizadas
utilizando o ambiente computacional. O aluno é então instruído pelo que está escrito
na ficha, devendo verificar o resultado de suas observações e completar as três
propostas que estão na atividade, na forma se...... então.....
Finalmente, na terceira parte, o aluno tem que demonstrar cada conjectura,
utilizando as propriedades conhecidas e identificadas por eles no momento das
construções.
Em relação às dimensões de análise das propostas no questionário, temos:
A fonte é descrita com detalhes tanto para o professor quanto para o aluno.
O tema do estudo é claramente indicado na fonte.
Os objetivos são também anunciados: incitar os alunos a fazerem
observações a partir de uma figura realizada de maneira clássica e depois, com o
auxílio de um software de geometria dinâmica e mostrar a necessidade de utilizar
uma demonstração para validar as conjecturas.
Os pré-requisitos matemáticos são explícitos e coerentes com as instruções
contidas na fonte. Na fonte, os pré-requisitos instrumentais também estão explícitos
e coerentes com as instruções contidas na fonte.
A fonte foi projetada no Cabri II e esse ambiente é mencionado na fonte e na
ficha de cenário de uso para o software.
A atividade da parte 2 deve ser realizada em uma sala de Informática com um
ou dois alunos por computador. Esta informação está presente na fonte, assim como
a duração prevista para a atividade.
Na parte dos exercícios de reflexão, o arquivo da figura dinâmica não contém
“bugs” (erros) e é de fácil acesso (sua abertura é simples). No entanto, será
necessário chamar a atenção do aluno para informar-lhe que para obter a medida do
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ângulo AÔB é necessário clicar no botão , e clicar sobre os pontos B, O, A (ou
A, O, B) nesta ordem, onde é obtida a medida do ângulo AOB .
O conteúdo matemático que está descrito na fonte é compatível e os objetivos
definidos estão de acordo com as propostas curriculares.
O arquivo da figura dinâmica é compatível com as atividades propostas na
fonte, cada ação é descrita com detalhes, especificando cada ícone para a sua
construção e implementação.
Na parte 2, onde se inicia a parte instrumentada, são apresentados ao aluno
os exercícios preliminares que devem ser realizados com o auxílio do software Cabri
II. Inicia-se com a construção de um paralelogramo a partir dos lados, com uma
descrição detalhada (construção guiada), em seguida, passe-se a construir outro
paralelogramo a partir das diagonais, também descrito com detalhes para o aluno.
Além disso, os alunos são totalmente guiados para a realização da atividade e não
têm nenhuma ação descrita para o professor durante essa etapa da atividade.
Finalmente, a fonte não utiliza nenhum recurso avançado, como por exemplo,
macro-construções.
O ambiente da Geometria Dinâmica nesta fonte permite que rápida e
facilmente obtenham-se vários casos de um mesmo paralelogramo, por exemplo, um
paralelogramo ABCD com AD = DC. No entanto, devido à questão do
processamento das medidas (aproximações), podem não beneficiar a oportunidade
de verificar uma propriedade com exatidão. O deslocamento é proposto para
conjecturar uma relação geométrica, por exemplo, para todo o paralelogramo ABCD
tal que AD = DC, o paralelogramo obtido AOBE é um retângulo, mas pode-se
questionar se o papel do deslocamento (aspecto dinâmico) é realmente utilizado na
atividade, já que nada leva os alunos a explorar os diferentes casos de
paralelogramos que satisfazem as mesmas condições, especialmente na primeira
parte, onde é pedido aos alunos para verificarem as suas conjecturas, praticamente
através de um desenho estático.
A fonte oferece uma organização da seqüência com uma descrição precisa
das tarefas e os papéis dos diferentes atores (aluno e professor). As alternâncias do
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ambiente papel/lápis e do ambiente computacional estão bem definidas. Cada ação
é dirigida, comentada e corrigida na própria pergunta. Ainda que revestida de uma
abordagem experimental, o tipo de proposta e de apresentação é mais próxima de
um modelo behaviorista no qual o aluno é bastante guiado na direção do saber
visado. Os erros devem ser evitados pelo professor e o aluno não é levado a uma
verdadeira atividade de investigação. Sua participação limita-se a medir
comprimentos, movimentar um ponto, conjecturar e obter a mesma propriedade já
observada e enunciada no ambiente do papel/lápis. Entre uma parte e outra,
podemos dizer que o aluno quase que realiza mecanicamente as instruções, sem
necessariamente construir novos conhecimentos.
Nota-se que a aprendizagem do aluno durante a realização desta atividade
proposta principalmente na parte onde tem que provar as propriedades é difícil, pois
a construção no ambiente papel e lápis e no ambiente de Geometria Dinâmica pode
não dar elementos para a elaboração de uma prova. Com as atividades
precedentes, o aluno pode, no máximo, ser levado a verificar experimentalmente as
referidas propriedades dos paralelogramos.
Essa fonte oferece módulos isolados, o que pode ser bom para a
aprendizagem dos alunos, mas cuja articulação é bastante complexa. Há uma
passagem extremamente delicada entre as partes 2 e 3 (da experimentação à
demonstração).
Outro ponto importante a ser observado é que o aluno é levado a construir
paralelogramos tanto no ambiente papel e lápis quanto no ambiente de GD, uma
diferença dessa fonte para as demais, nas quais a figura é apresentada pronta e o
aluno apenas a explora por movimentação.
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63
CAPÍTULO IV
DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS
4.1 Objetivo do experimento
O nosso objetivo principal com o experimento é verificar se o instrumento de
avaliação das fontes digitais de Geometria Dinâmica, no nosso caso um questionário
que foi elaborado com a colaboração da equipe que participa do Projeto InterGeo, é
um bom instrumento de avaliação dessas fontes e de futuras avaliações por parte
dos professores, visando aplicá-las em suas salas de aulas com seus alunos.
4.2 Descrição e realização da coleta de dados
Em nossa experimentação, realizamos dois encontros com um grupo de
professores de Matemática11 de vários segmentos de ensino (do Ensino
Fundamental até a Graduação).
Num primeiro encontro, o formador iniciou com uma conversa sobre a
Geometria Dinâmica e sua importância, citando vários trabalhos de pesquisa já
existentes bem como os diversos materiais destinados ao professor. Comentou
ainda sua fraca inserção nas aulas de Matemática no contexto brasileiro.
Após essa conversa inicial, os professores foram agrupados em duplas.
Tentamos deixar todos a vontade para escolher os seus parceiros. Todos os
professores já tinham contato com a Geometria Dinâmica e com software utilizado (o
Cabri-Géomètre). Durante as sessões, teve um observador que acompanhou uma
11 Este grupo de professores foi voluntário e participavam de uma disciplina sobre uso das TIC no
ensino de Matemática no âmbito de um curso de Mestrado em Educação Matemática.
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64
determinada dupla, fazendo as anotações do que aconteceu durante as atividades
propostas.
O formador apresentou às duplas a Fonte 1 intitulada “Estudo de
Paralelogramos Particulares” para que eles realizassem o que estava proposto na
ficha do aluno que constituía essa fonte. Eles tinham três partes para desenvolver,
onde tinham que abrir o arquivo solicitado no computador e realizar medidas dos
lados do paralelogramo, medir os ângulos e fazer os deslocamentos solicitados de
um ou mais pontos da figura. Ao término de cada parte, teriam duas questões a
serem respondidas com base nas observações feitas, em particular após
movimentação sob determinadas condições.
Terminada essa primeira fonte, o formador entregou a Fonte 2 composta de 3
fichas de alunos, intituladas respectivamente “Do paralelogramo ao quadrado”, ”Do
paralelogramo ao retângulo” e “Do paralelogramo ao losango”. Nessa fonte, era
proposta construção de um paralelogramo a partir de instruções contidas em cada
uma das fichas. Em seguida, teriam que medir os segmentos respectivamente (AC e
BD, AC e BD e AB e BC) e movimentar os pontos de um determinado ângulo da
figura conforme comando descrito na ficha e ao término responder a sete questões
propostas com base nas observações que eles realizaram durante a
experimentação.
Finalmente, foi entregue a eles a Fonte 3 que é composta de ficha do
professor com todo o planejamento das atividades a serem realizadas, uma ficha
com o cenário de uso do software e uma ficha do aluno com três partes. Na primeira
parte da atividade, foi realizada a construção de um paralelogramo no ambiente
papel e lápis de três modos diferentes: a primeira somente com régua (não
graduada) e um esquadro, a segunda somente com o compasso e a terceira
somente com uma régua graduada. Na etapa seguinte, é apresentada uma figura
com dois paralelogramos (um deles com vértice no centro do outro), a partir da qual
deveriam observar e responder a três questões propostas na atividade. A parte 2
propunha construir um paralelogramo com o software Cabri II, partindo dos lados e
outro partindo das diagonais. Ao término das construções é solicitada a
movimentação dos pontos, dando seqüência à parte dois foi solicitada a abertura da
figura “Paralelogramo Particular” e que realizassem os comandos pedidos na ficha
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65
como medir segmentos, ângulos, movimentar pontos e comparar as figuras para
responder as questões apresentadas na atividade. Ao final das atividades todo o
material foi recolhido, pois esse material foi utilizado no segundo encontro.
No segundo encontro com os professores, foram devolvidas as fontes e foi
apresentado o questionário para que realizassem uma análise de cada fonte com o
auxílio deste instrumento. Eles preencheram um questionário para cada fonte
trabalhada no encontro anterior. O observador continuou acompanhando a mesma
dupla do primeiro encontro e realizando suas anotações, em particular das dúvidas
e/ou interpretações da dupla aos itens do questionário.
Ao término do preenchimento do questionário, o formador propôs que cada
uma das duplas escolhesse uma das três fontes para um possível uso em sala de
aula e que indicassem o porquê da escolha da fonte e se fariam alguma alteração
para uma utilização mais eficaz com seus alunos.
Ao final dessa atividade, foi solicitado às duplas que avaliassem o
questionário, analisando se o consideram um bom instrumento para avaliar as fontes
e se modificariam ou tirariam alguma questão. Ao final desse encontro, todo o
material foi recolhido, pois é com ele que fizemos a nossa análise dos dados que
passamos a descrever no que segue.
4.3 Análise a posteriori da avaliação dos professores
Vamos realizar esta análise em duas partes.
Na primeira parte, analisaremos as respostas das três duplas de professores,
fonte por fonte e vamos tentar identificar:
1 – respostas conflitantes para as questões, em relação às diferentes duplas;
2 – as questões com respostas contraditórias em relação à nossa análise a
priori.
As respostas consensuais e coerentes com a nossa análise a priori não
exigirão nenhum comentário particular e nem sempre serão tratadas. No entanto,
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66
para uma leitura vertical, elas podem revelar as percepções da fonte por cada dupla
e nós estaremos atentos aos comentários das duplas aos referidos itens.
O objetivo dessa primeira análise será o de testar a nossa hipótese de
investigação, ou seja, se o questionário é compreensível e utilizável pelo professor
de Matemática para a avaliação de uma fonte de GD. A identificação de eventuais
divergências ou discrepâncias nas repostas pode sugerir que a questão ou critério
não está muito claro e devemos pensar em uma formulação mais precisa de forma a
não gerar muitas interpretações diferentes.
Na segunda parte, vamos estudar as respostas dupla por dupla, ou seja, as
respostas de cada dupla aos itens do questionário. Interessaremo-nos mais
particularmente às posições de cada dupla quanto à escolha de uma fonte, dentre as
três propostas. Vamos atentar para as observações feitas pelas duplas e que
indicam os pontos fortes e as deficiências de cada fonte e que motivaram a posição
respondida.
Quando uma fonte é apresentada às duplas para a sua análise, vamos olhar
primeiramente os pontos considerados fortes por essa dupla e vice-versa, vamos
também nos concentrar nos pontos fracos. Mas essa leitura não é suficiente, pois
duas fontes podem ter respostas similares a um mesmo critério, e ainda assim, em
uma última análise, não motivar uma mesma escolha. Neste caso, cruzaremos
qualidades e defeitos (pontos fortes e fracos) para tentar identificar os critérios
dominantes para a dupla. Esta análise nos permite, tirar conclusões sobre os
elementos que determinam a escolha de uma determinada fonte pelo professor, se
ela seria ou não escolhida para uma possível aplicação em sala de aula. Esperamos
assim obter informações sobre as representações que o professor tem sobre uma
fonte de qualidade e assim validar ou não a nossa hipótese de pesquisa, ou seja,
que as dimensões escolhidas e definidas no questionário permitem avaliar uma fonte
de Geometria Dinâmica.
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67
4.4 Análises a Posteriori – Parte 1
As duplas focalizaram-se mais no conteúdo dos textos e enunciados das
fichas de alunos do que nos arquivos de geometria dinâmica (figuras dadas ou
construídas). Talvez seria interessante ter proposto um trabalho inicial individual de
análises dos arquivos de GD fornecidos.
Observamos algumas diferenças nas respostas às questões que, em nossa
análise a priori, não pareciam ser problemáticos. Essas diferenças podem resultar
de diferentes interpretações da questão relacionadas à formulação dos critérios.
Também pode haver diferentes interpretações em relação às informações internas
às fontes, devido à sua imprecisão, ainda as interpretações pessoais do professor, e
neste caso, relacionadas a seus esquemas de utilização.
Quando estas diferenças parecem relacionadas à formulação da pergunta ou
do item, tentaremos reformulá-los a fim de unificar as interpretações.
Mesmo diante de nossos esforços de tornar o questionário acessível a
qualquer professor, alguns conceitos didáticos evocados foram mal interpretados ou
suscitaram dúvidas nos professores. Com isso, ocorreram algumas intervenções do
formador para explicar e tentar dirimir tais dúvidas que surgiram durante a avaliação
das duplas com o questionário. Em outros casos, vamos tentar explicar essas
diferenças quanto às possíveis opiniões dos diferentes usuários, bem como rever e
reformular a questão para torná-la acessível e pertinente para os professores.
4.4.1 Análise das respostas relativas à Fonte 1
Os quadros foram organizados compilando os dados de cada um dos
questionários respondidos por cada dupla visando uma melhor visualização e
proceder assim a uma análise mais completa das respostas.
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68
Vamos organizar os dados de acordo com as dimensões de análise propostas
no questionário.
Conteúdo da Fonte
-2 -1 1 2
O conteúdo matemático é correto. D1/D2/D3
O tema, as noções e as competências indicadas
correspondem ao currículo do nível/série indicado.
D3 D1/D2
As atividades matemáticas propostas são adequadas ao
tema, às noções e às competências anunciadas.
D2 D1/D3
O conteúdo matemático é válido e utilizável em sala
de aula para trabalhar as noções e competências
anunciadas.
D2 D1/D3
As respostas das três duplas estão globalmente de acordo com a análise a
priori. As três duplas consideram que o conteúdo matemático é correto, claro e
consistente. Concordam que a fonte contempla o que está descrito como o tema, as
noções e competências. As duplas estão de acordo que a fonte traz informações
sobre os itens perguntados na última questão. Apenas a Dupla 2 colocou um
comentário com relação a sua resposta sobre as competências dos alunos para
realizar a atividade: “que o aluno precisa ter como pré-requisito uma familiarização
com o Cabri II (pré-requisito instrumental)”. Como observamos, a dupla considerou o
pré-requisito instrumental nesse item, no mesmo nível que os pré-requisitos de
conteúdo matemático. Apenas uma dupla – a Dupla 1 – questionou o fato de, na
parte 2, utilizar a figura 1 salva na parte anterior. Nenhuma dupla observou ou
comentou explicitamente a questão da indução à idéia errônea de que “um quadrado
não é um retângulo” indicada em nossa análise a priori.
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69
Qualidade Técnica da Fonte
-2 -1 1 2
As figuras dinâmicas se comportam de maneira coerente
em relação à atividade matemática proposta.
D2 D1/D3
As figuras resistem bem à manipulação mesmo nas
situações limite.
D2 D1/D3
Os valores numéricos (medidas de ângulos e de
comprimentos) não comprometem o desenvolvimento da
atividade.
D2 D1/D3
As funcionalidades avançadas (como uso do teclado ou
de macro-construção) são devidamente descritas.
D3 D2
A interação com as figuras dinâmicas é válida e
coerente com a atividade matemática proposta.
D2 D1/D3
As três duplas tiveram respostas positivas assim como foi a nossa análise a
priori em relação à atividade matemática. Todas as duplas concordaram que os
valores numéricos não comprometem o desenvolvimento da atividade. Na questão
4, a Dupla 2 achou que sim mas a Dupla 3 colocou que não, pois na atividade não
tem nada descrito sobre funcionalidades avançadas e a Dupla 1 não entendeu a
pergunta colocando um ponto de interrogação no questionário.
De modo geral, as duplas responderam satisfatoriamente a última questão,
mas a Dupla 2 colocou uma observação: “tem uma falha no ato 2 e seria necessário
pedir para traçar as diagonais para obter o ponto O”.
Contribuições da Geometria Dinâmica
-2 -1 1 2
Na atividade, os desenhos são claros e precisos. D2 D1/D3
Nesta atividade, a geometria dinâmica permite obter
vários casos de uma mesma figura.
D1 D2/D3
Esta atividade leva o aluno a explorar, experimentar e D1 D2/D3
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70
conjecturar.
Nesta atividade, o aluno pode validar conjecturas
perceptivamente.
D2 D1/D3
Nesta atividade, diferentes representações (figurais,
numéricas, algébricas) aparecem em interação.
D2 D1 D3
Esta atividade leva o aluno a considerar e a recorrer
a propriedades geométricas ao invés de se ater às
coincidências numéricas e/ou das representações
figurais.
D1/D3 D2
A atividade não pode ser transposta tal qual para o
ambiente papel&lápis.
D3 D1/D2
A geometria dinâmica ajuda a alcançar o objetivo
pedagógico da atividade.
D3 D1/D2
O deslocamento é utilizado para ilustrar uma
propriedade ou uma relação entre objetos, graças a
sua invariância.
D1/D2/D3
O deslocamento é utilizado para conjecturar ou
validar uma propriedade ou uma relação entre
objetos.*
D2/D3 D1
O deslocamento é explicitamente mencionado nas
instruções dadas aos alunos.
D1/D2/D3
As atividades matemáticas propostas beneficiam
das contribuições da geometria dinâmica, elas
não podem ser transpostas diretamente para o
papel&lápis.
D3 D1/D2
As três duplas responderam de forma positiva, assim como analisamos na
análise a priori da fonte quanto aos desenhos serem claros e precisos. A resposta
de duas duplas foram satisfatórias na questão 2 e a Dupla 1 colocou insatisfatório
com o seguinte comentário: ”a atividade propõe apenas um caso de cada figura, não
sendo suficiente para o aluno fazer muitas conjecturas”. Quanto ao aluno possa
explorar e experimentar e com essas atividades e com o software acabe fazendo as
conjecturas necessárias à resposta foi positiva de todas as duplas. As duplas
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71
responderam positivamente concordando que através da percepção, o aluno
consiga conjecturar e validar. Na questão 5, duas das duplas responderam
positivamente e a Dupla 2 respondeu negativamente com a seguinte observação:
“as representações foram figurais e numéricas na fonte (não algébricas)”, a dupla
não encontrou na fonte uma representação algébrica somente figural e numérica. A
Dupla 2 concordou que a atividade leva o aluno a considerar e recorrer às
propriedades geométricas, mas as outras duas duplas responderam negativamente,
pois consideraram que os alunos levam mais em consideração o visual, como as
representações figurais e as numéricas. Todas as duplas concordaram que essa
fonte foi desenvolvida para ser trabalhada com software na sala de informática. As
duplas responderam satisfatoriamente para a questão geral (em negrito) reafirmando
a importância da GD para se alcançar o objetivo traçado. As três duplas concordam
positivamente com o questionamento quanto á importância do deslocamento na GD,
mas a Dupla 3 colocou uma observação: “o problema é validar”. A resposta das três
duplas concorda plenamente, pois o deslocamento está mencionado nas instruções
da fonte GD.
Atividade Instrumentada
-2 -1 1 2
A atividade é concebida de forma a envolver ou
engajar facilmente os alunos.
D1/D2/D3
São dadas sugestões ao professor para iniciar a
atividade.
D1/D2/D3
A atividade é concebida de forma a atribuir um
papel ativo ao aluno, possibilitando iniciativas de
sua parte.
D1/D2/D3
São disponibilizados exemplos de produções de
alunos.
D1/D2/D3
São descritas estratégias previsíveis de alunos
(corretas ou não).
D1/D3 D2
Os feedback do software, essenciais para a
atividade, são descritos.
D1 D3 D2
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72
Os feedback do software permitem que os alunos
avancem na resolução da atividade.*
D1 D3 D2
São propostas sugestões para ajudar os alunos a
abandonarem estratégias não eficazes.
D1/D3 D2
São propostas ações do professor para fazer
evoluir as estratégias dos alunos.
D1/D2/D3
São apresentadas sugestões de intervenções do
professor para a fase de síntese.
D1/D2/D3
São dadas sugestões de como, quando e quem
valida as produções dos alunos.
D1/D2/D3
As características principais da atividade e os
efeitos de suas modificações sobre as estratégias
e aprendizagens dos alunos são descritas.
D1 D2/D3
A descrição desta atividade permite uma
utilização eficaz para a aprendizagem das
noções e competências anunciadas.**
D2 D1/D3
As duplas concordam plenamente que a fonte envolve os alunos. A resposta
da questão 2 foi negativa, pois em momento algum na fonte aparecem essas
informações para o professor (ficha do professor) de como trabalhar com ela. As
duplas concordam plenamente quanto ao papel do aluno como agente ativo da
atividade. Como já era esperada, a resposta foi negativa para todas as duplas, pois
na fonte não tem exemplos quaisquer da produção de alunos e os mesmos para a
descrição de estratégias por parte dos alunos. Apenas a Dupla 2 colocou resposta
positiva, as outras duas duplas colocaram resposta negativa, e a Dupla 3 observou:
“que não são descritas” as estratégias. Apenas a Dupla 1 colocou resposta negativa,
pois só com o feedback não dá para o aluno avançar na resolução da atividade. As
três duplas colocaram resposta insatisfatória, pois a fonte não propõe sugestões que
auxiliem os alunos no desenvolvimento da atividade e não tem proposta de ações
para o professor intervir junto aos alunos para evoluir as estratégias e também em
momento nenhum é apresentado sugestões para o professor na parte final da
atividade proposta na fonte. As respostas foram todas negativas, pois a fonte não
apresenta sugestões de como validar as produções dos alunos. As três duplas
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73
responderam negativamente, pois as estratégias não são descritas e a Dupla 1
colocou uma observação: “várias características não se aplicam”. Duas das duplas
responderam positivamente na última questão (em negrito) inclusive a Dupla 3 que
colocou uma observação: “dar noção sim”, mas não aprofunda o assunto e Dupla 2
respondeu negativamente, pois as descrições poderiam ser mais claras para o
desenvolvimento da atividade proposta pela fonte.
Implementação em sala de aula
-2 -1 1 2
Uma configuração material possível é descrita (um
aluno por computador ou classe inteira com projetor...).
D2 D1/D3
Uma organização do desenvolvimento é proposto
(fases, objetivos de cada fase, trabalho individual, em
grupo...).
D2/D3 D1
A gestão de uma síntese ou da conclusão da atividade é
proposta.
D1/D3 D2
A descrição da atividade propõe uma
implementação.
D3 D1
Todas as duplas responderam positivamente quanto à configuração material,
pois é indicado explicitamente que o trabalho deve ser realizado em sala de
informática. As três duplas responderam satisfatoriamente a questão 2, pois a fonte
tem essa organização descrita. As duplas responderam negativamente, pois não há
nenhuma proposta de síntese ou conclusão da atividade descrita na fonte, as Duplas
1 e 2 colocaram observações respectivamente: “deveria ter uma fase final de
conclusão”, “falta orientação ao professor e um fechamento da proposta”. A Dupla 3
respondeu insatisfatório, pois não há uma descrição na fonte de sua implementação.
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74
Implementação didático-pedagógica
-2 -1 1 2
As noções e competências pré-requeridas são
coerentes com a atividade.*
D3 D2 D1
As aprendizagens desenvolvidas podem ser aplicadas
em outra situação.
D2/D3 D1
A atividade pode ser integrada às atividades habituais
da classe.
D1/D2/D3
A atividade pode facilmente fazer parte de uma
progressão pedagógica.
D3 D1/D2
A Dupla 3 foi a única a colocar uma resposta negativa e fez a seguinte
observação: “É preciso saber utilizar a GD, senão, haverá dificuldades com relação
à utilização do software”.
As três duplas responderam satisfatoriamente, pois acreditam que a
aprendizagem pode ser aplicada em outras situações com as devidas adaptações.
As duplas consideram que com a GD as atividades ficaram mais interessantes e
atrativas para os alunos. Os professores identificam que a atividade pode fazer parte
de uma progressão pedagógica, quando do estudo de quadriláteros.
Descrição da Fonte
-2 -1 1 2
A quantidade de informações é satisfatória. D1 D2 D3
A apresentação das informações é clara. D3 D2 D1
Os elementos da fonte podem ser modificados para
adaptá-la às necessidades do professor.
D3 D1/D2
A fonte é de fácil compreensão e adaptável a um
contexto particular.
D2 D1/D3
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75
A Dupla 1 respondeu negativamente, pois na fonte falta mais algumas
informações, principalmente para o professor. A Dupla 3 respondeu negativamente,
pois as informações deveriam ser mais claras principalmente para o professor. A
Dupla 2 respondeu satisfatoriamente, mas acham que precisam de mais
informações as que são apresentadas não são suficientes. As três duplas
responderam satisfatoriamente, pois se o professor necessitar pode adaptá-la a
suas necessidades. Além disso, as três duplas, pois a fonte não é complicada para
ser aplicada em sala de aula de matemática.
4.4.2 Análise das respostas relativas à Fonte 2
Com relação ao conteúdo matemático da fonte, reproduzimos abaixo as
respostas das duplas. Como se pode observar, a apreciação por parte dos
professores é positiva, com todos os itens recebendo 1 ou 2.
-2 -1 1 2
O conteúdo matemático é correto. D3 D1/D2
O tema, as noções e as competências indicadas
correspondem ao currículo do nível/série indicado.
D1/D2/D3
As atividades matemáticas propostas são adequadas
ao tema, às noções e às competências anunciadas.
D1/D3 D2
O conteúdo matemático é válido e utilizável em
sala de aula para trabalhar as noções e
competências anunciadas.
D1/D2/D3
As duplas responderam ao questionário fazendo observações pertinentes,
pois na fonte no conteúdo matemático está correto e também quanto ao tema,
noções, competências e nível/ série indicadas estão adequados. As respostas das
duplas são dentro do esperado quanto às atividades matemáticas da fonte ao tema,
às noções e competências. Apesar disso, todas colocaram as seguintes
observações respectivamente: “as atividades propostas não são suficientes para que
o aluno defina o que é um retângulo e suas propriedades”; “Achamos que deveriam
retirar o título para não influenciar a resposta dos alunos” e “nos objetivos diz:
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76
descobrir uma definição, mas não aponta qual é e discutimos se o termo descobrir
está adequado”.
No que se refere à qualidade técnica da fonte, alguns aspectos foram
julgados negativamente pelos professores.
-2 -1 1 2
As figuras dinâmicas se comportam de maneira coerente
em relação à atividade matemática proposta.**
D2/D3 D1
As figuras resistem bem à manipulação mesmo nas
situações limite.
D2/D3 D1
Os valores numéricos (medidas de ângulos e de
comprimentos) não comprometem o desenvolvimento da
atividade.
D2/D3 D1
As funcionalidades avançadas (como uso do teclado ou
de macro-construção) são devidamente descritas.
D3 D2
A interação com as figuras dinâmicas é válida e
coerente com a atividade matemática proposta.
D2/D3 D1
As duplas responderam positivamente e a Dupla 3 colocou uma observação:
“às vezes fica difícil conseguir ângulo de 90º junto com os lados congruentes”, pois
na manipulação, é fato que os alunos podem não conseguir a medida exata de 90º
no software. Na questão sobre a resistência das figuras, a partir das manipulações,
as três duplas avaliaram que sim. As duplas responderam positivamente, pois os
valores numéricos que fazem parte da atividade não comprometem o seu
desenvolvimento. Na questão das funcionalidades avançadas, as Duplas 1 e 3
colocaram as seguintes observações, respectivamente: “não está presente na
atividade”, “não são muito bem descritas”. As duas duplas não encontraram nenhum
detalhe sobre as funcionalidades e a Dupla 1 colocou um ponto de interrogação na
resposta. Achamos que foi por não entenderem a questão.
Na última questão (em negrito), as duplas responderam positivamente e a
Dupla 1 colocou uma observação: “sim, pois o dinamismo das figuras favorece as
conclusões propostas na atividade”.
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77
As respostas para a dimensão “Contribuições da Geometria Dinâmica” podem
ser observadas abaixo.
-2 -1 1 2
Na atividade, os desenhos são claros e precisos. D1/D2/D3
Nesta atividade, a geometria dinâmica permite obter
vários casos de uma mesma figura.
D1/D2/D3
Esta atividade leva o aluno a explorar, experimentar
e conjecturar.
D1 D2/D3
Nesta atividade, o aluno pode validar conjecturas
perceptivamente.
D1/D2/D3
Nesta atividade, diferentes representações (figurais,
numéricas, algébricas) aparecem em interação.
D1/D2 D3
Esta atividade leva o aluno a considerar e a recorrer
a propriedades geométricas ao invés de se ater às
coincidências numéricas e/ou das representações
figurais.
D1 D2/D3
A atividade não pode ser transposta tal qual para o
ambiente papel&lápis.
D3 D1/D2
A geometria dinâmica ajuda a alcançar o objetivo
pedagógico da atividade.
D1/D2/D3
O deslocamento é utilizado para ilustrar uma
propriedade ou uma relação entre objetos, graças a
sua invariância.
D1/D2/D3
O deslocamento é utilizado para conjecturar ou
validar uma propriedade ou uma relação entre
objetos.
D2/D3 D1
O deslocamento é explicitamente mencionado nas
instruções dadas aos alunos.
D1/D2/D3
As atividades matemáticas propostas beneficiam
das contribuições da geometria dinâmica, elas
não podem ser transpostas diretamente para o
papel&lápis.
D1/D2/D3
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78
As três duplas indicam respostas satisfatórias idênticas quanto aos desenhos
da fonte e também concordam que a GD favorece a utilização da fonte. As três
duplas responderam que consideram que a fonte de GD leva os alunos a explorar,
experimentar e conjecturar e acreditam que pela percepção, os alunos podem tirar
suas conclusões. A Dupla 1 colocou uma resposta negativa, pois entende que às
vezes os alunos só ficam com as coincidências numéricas e o aspecto visual das
representações figurais, sem fazer a ligação com as propriedades geométricas.
As três duplas se manifestaram satisfatoriamente já que a fonte foi criada
para ser trabalhada com software de GD. A resposta da Dupla 1 foi positiva com a
seguinte observação: “a movimentação da figura é essencial nas atividades
propostas”. As duplas concordam com a importância do deslocamento para validar
ou conjecturar uma propriedade e consideram que as instruções contidas na fonte
são claras. Como a fonte foi criada para ser desenvolvida em um ambiente de GD,
as duplas responderam satisfatoriamente à questão.
Quanto à atividade Instrumentada, as respostas foram divididas, aparecendo
vários itens com avaliação negativa.
-2 -1 1 2
A atividade é concebida de forma a envolver ou engajar
facilmente os alunos.
D2/D3 D1
São dadas sugestões ao professor para iniciar a
atividade.
D1/D2/D3
A atividade é concebida de forma a atribuir um papel
ativo ao aluno, possibilitando iniciativas de sua parte.
D1 D3 D2
São disponibilizados exemplos de produções de
alunos.
D1/D2/D3
São descritas estratégias previsíveis de alunos
(corretas ou não).
D1/D2 D3
Os feedback do software, essenciais para a atividade,
são descritos.
D1 D2/D3
Os feedback do software permitem que os alunos
avancem na resolução da atividade.
D1/D3 D2
São propostas sugestões para ajudar os alunos a D1/D3 D2
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79
abandonarem estratégias não eficazes.
São propostas ações do professor para fazer evoluir as
estratégias dos alunos.
D1/D2/D3
São apresentadas sugestões de intervenções do
professor para a fase de síntese.
D1/D2 D3
São dadas sugestões de como, quando e quem valida
as produções dos alunos.
D1/D2 D3
As características principais da atividade e os efeitos
de suas modificações sobre as estratégias e
aprendizagens dos alunos são descritas.
D1 D2 D3
A descrição desta atividade permite uma utilização
eficaz para a aprendizagem das noções e
competências anunciadas.
D1 D2 D3
As três duplas responderam positivamente se a fonte envolve os alunos.
Argumentaram que quando os alunos vão para a sala de Informática, gostam e se
motivam pois acham que vão fazer atividades diferenciadas.
Todas as duplas notaram que a fonte não apresenta nenhuma sugestão para
o professor desenvolver as atividades propostas, por isso as três duplas
responderam a questão negativamente. Na questão sobre a possibilidade do aluno
tomar iniciativas, a Dupla 1 respondeu que não, pois acredita que o aluno tem que
ser instigado para ter iniciativas. As três duplas responderam negativamente o item
sobre exemplos de produções dos alunos. Quanto à questão da descrição dos
feedback do software, a Dupla 1 colocou que não apresentam porque na fonte não é
citado esse retorno do software e nem como pode ser explorado. As Duplas 1 e 3
discordam da questão do feedback do software, pois entendem que permitem o
avanço na resolução da atividade pelos alunos, uma vez que a atividade leva para
tal. As três duplas responderam negativamente as seguintes questões: se são
propostas sugestões para os alunos abandonarem estratégias não eficazes; se são
propostas ações do professor para o aluno evoluir suas estratégias; se tem
sugestões de intervenções do professor para uma síntese da atividade proposta; se
tem sugestões para a validação das produções dos alunos. Colocaram -1 ou -2, pois
entendem que a fonte não descreve o que essas questões sugerem. As Duplas 1 e
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80
2 responderam negativamente às questões sobre as características da atividade e
as suas modificações e se a atividade permite a utilização eficaz para a
aprendizagem das noções e competências anunciadas. Isso se deve pelo fato de
não encontrarem essas descrições na fonte. Colocaram as seguintes observações:
“não, pois nenhum desses itens aparece na atividade” (Grupo 1); “faltam muitas
instruções para iniciar e validar as atividades” (Grupo 2).
O quadro abaixo indica as respostas para o item implementação em sala de
aula.
-2 -1 1 2
Uma configuração material possível é descrita (um aluno
por computador ou classe inteira com projetor...).
D2/D3 D1
Uma organização do desenvolvimento é proposto (fases,
objetivos de cada fase, trabalho individual, em grupo...).
D1 D2/D3
A gestão de uma síntese ou da conclusão da atividade é
proposta.
D2 D1/D3
A descrição da atividade propõe uma implementação. D1/D3
As duplas 2 e 3 responderam insatisfatoriamente na questão, pois na fonte
não está descrita se é um aluno por computador ou a classe inteira com projetor. Na
questão se é proposta uma organização para o desenvolvimento das atividades, a
Dupla 1 respondeu que não porque na fonte não estão descrita essas informações.
A Dupla 2 respondeu negativamente na questão se é proposta uma síntese ou
conclusão da atividade, pois não há orientações a esse respeito na fonte. Na última
questão (em negrito) as Duplas 1 e 3 responderam positivamente e a dupla 3
colocou uma observação: “a conclusão seria a definição do losango, retângulo e do
quadrado e isso não é feito explicitamente”, a Dupla 2 não respondeu a questão
achamos por não terem encontrado a informação solicitada ou por não terem
entendido o que foi questionado.
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81
Na implementação didático-pedagógica as respostas das duplas foram as
seguintes.
-2 -1 1 2
As noções e competências pré-requeridas são coerentes
com a atividade.*
D1/D2
As aprendizagens desenvolvidas podem ser aplicadas
em outra situação.
D2/D3 D1
A atividade pode ser integrada às atividades habituais da
classe.
D1/D3 D2
A atividade pode facilmente fazer parte de uma
progressão pedagógica.
D3 D1/D2
A dupla 3 não respondeu a questão sobre as noções e competências pré-
requeridas são coerentes com a atividade, mas colocaram uma observação “que a
fonte não contém as noções e competências pré-requeridas”. As três duplas
concordam que as aprendizagens podem ser aplicadas em outra situação. As três
duplas responderam positivamente nas questões, se a atividade pode ser integrada
as atividades habituais da classe e se a atividade pode fazer parte de uma
progressão pedagógica, pois a atividade pode ser integrada as atividades do dia-a-
dia da classe e pode fazer parte de um progresso na aprendizagem dos alunos e a
Dupla 1 colocou uma observação: “embora não se tenha nenhuma informação sobre
os pré-requisitos pressupõe-se que o aluno já conheça as propriedades dos
paralelogramos”.
Quanto à descrição da Fonte as respostas foram as seguintes.
-2 -1 1 2
A quantidade de informações é satisfatória. D1/D2 D3
A apresentação das informações é clara. D2 D3 D1
Os elementos da fonte podem ser modificados paraadaptá-la às necessidades do professor.
D3 D1/D2
A fonte é de fácil compreensão e adaptável a umcontexto particular.
D2/D3 D1
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82
Na questão se a quantidade de informações é satisfatória as Duplas 1 e 2
acham que não porque precisariam de mais informações para aplicarem a fonte
efetivamente em sala de aula. A Dupla 2 respondeu negativamente na questão da
apresentação das informações é clara, pois as informações não estão muito claras
na fonte. A Dupla 3 respondeu que não quanto a modificação dos elementos da
fonte para adaptá-la às necessidades do professor, pois ela já está pronta para sua
utilização. Na última questão (em negrito) as duplas responderam positivamente,
pois a fonte é de fácil compreensão e adaptável a um contexto particular e a Dupla 1
colocou uma observação: “a fonte propicia uma compensação clara do contexto
trabalhado e permite uma ampla adaptação a outros conteúdos”.
4.4.3 Análise das respostas relativas à Fonte 3
Organizamos os dados da Fonte 3 de acordo com as dimensões de análise
propostas no questionário.
Conteúdo da Fonte:
-2 -1 1 2
O conteúdo matemático é correto. D1/D2/D3
O tema, as noções e as competências indicadas
correspondem ao currículo do nível/série indicado. *
D1/D3 D2
As atividades matemáticas propostas são adequadas
ao tema, às noções e às competências anunciadas.
D1/D2/D3
O conteúdo matemático é válido e utilizável em sala
de aula para trabalhar as noções e competências
anunciadas.
D3 D1/D2
Quanto ao conteúdo matemático está correto, as três duplas concordam, pois
não gera nenhuma dúvida no que está sendo trabalhando na fonte. Na questão
sobre tema, noções e competências correspondem ao nível/ série indicado na fonte,
as três duplas responderam positivamente e as Duplas 1 e 3 colocaram as seguintes
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83
observações respectivamente: “a série e o nível não foram indicados na atividade” e
“a fonte não falou sobre isso”. As três duplas responderam satisfatoriamente nas
questões, se as atividades matemáticas são adequadas ao tema, as noções e as
competências anunciadas, e se o conteúdo matemático é válido e utilizável para
trabalhar as noções e competências anunciadas na fonte, a Dupla 3 colocou uma
observação: ”o conteúdo matemático é válido, mas com relação à utilização em sala
de aula é questionável, pois os alunos não estão acostumados com demonstrações”.
Qualidade técnica da fonte:
-2 -1 1 2
As figuras dinâmicas se comportam de maneira coerente
em relação à atividade matemática proposta.
D1/D2/D3
As figuras resistem bem à manipulação mesmo nas
situações limite.
D2 D1/D3
Os valores numéricos (medidas de ângulos e de
comprimentos) não comprometem o desenvolvimento da
atividade.
D1/D2/D3
As funcionalidades avançadas (como uso do teclado ou
de macro-construção) são devidamente descritas.*
D3 D2
A interação com as figuras dinâmicas é válida e
coerente com a atividade matemática proposta.
D1/D2/D3
As três duplas responderam plenamente satisfatório na questão se as figuras
dinâmicas são coerentes em relação à atividade proposta, pois as figuras são
coerentes como assunto abordado na fonte não gerando nenhuma dúvida. As três
duplas concordam que a figura resiste bem às manipulações até as situações limite.
Na questão sobre os valores numéricos não comprometem o desenvolvimento da
atividade, as duplas responderam positivamente, pois com o software essas
medidas são obtidas com facilidade e rapidez e não compromete a atividade. As
Duplas 2 e 3 responderam que a funcionalidade avançada estão devidamente
descrita na fonte, a Dupla 2 colocou uma observação: “nada de macro e poderia ser
específico do teclado ou duas questões (teclado e macro)”, a Dupla 1 não respondeu
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84
a questão colocando um ponto de interrogação o que nos leva a acreditar que a
dupla não entendeu a questão. Na última questão (em negrito) as duplas
responderam positivamente quanto a interação das figuras dinâmicas serem validas
e coerentes com a atividade proposta na fonte, e a Dupla 2 colocou uma
observação: ”nas conjecturas o aluno pode somente observar a figura ou levar em
conta as medidas de lados e ângulos”.
Contribuições da Geometria Dinâmica:
-2 -1 1 2
Na atividade, os desenhos são claros e precisos. D2 D1/D3
Nesta atividade, a geometria dinâmica permite obter vários
casos de uma mesma figura.
D1/D2/D3
Esta atividade leva o aluno a explorar, experimentar e
conjecturar.
D1/D2/D3
Nesta atividade, o aluno pode validar conjecturas
perceptivamente.
D1/D2/D3
Nesta atividade, diferentes representações (figurais,
numéricas, algébricas) aparecem em interação.*
D1 D2/D3
Esta atividade leva o aluno a considerar e a recorrer a
propriedades geométricas ao invés de se ater às
coincidências numéricas e/ou das representações figurais.
D3 D1/D2
A atividade não pode ser transposta tal qual para o
ambiente papel&lápis.
D3 D1/D2
A geometria dinâmica ajuda a alcançar o objetivo
pedagógico da atividade.
D3 D1/D2
O deslocamento é utilizado para ilustrar uma propriedade
ou uma relação entre objetos, graças a sua invariância.
D1 D2/D3
O deslocamento é utilizado para conjecturar ou validar
uma propriedade ou uma relação entre objetos.
D3 D1/D2
O deslocamento é explicitamente mencionado nasinstruções dadas aos alunos.
D1 D2/D3
As atividades matemáticas propostas beneficiam dascontribuições da geometria dinâmica, elas não podemser transpostas diretamente para o papel&lápis.
D3 D1/D2
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85
As duplas responderam positivamente quanto aos desenhos serem claros e
precisos na fonte. As duplas concordam plenamente nas questões, se a GD permite
obter vários casos de uma mesma figura; se leva o aluno a explorar, experimentar e
conjecturar, e se o aluno pode validar conjecturas perceptivamente, pois com o
software os alunos fazem várias manipulações e obtém vários casos de uma mesma
figura, que com isso os alunos exploram, experimentam e conjecturam pelas
observações que fazem durante o desenvolvimento da atividade proposta na fonte
obtém vários casos de uma mesma figura. A Dupla 1 respondeu insatisfatoriamente
justificando que na atividade não é apresentada nenhuma representação algébrica
não ocorrendo portanto a interação entre as diferentes formas de representação. As
três duplas responderam positivamente nas sete questões restante dessa dimensão
pois na fonte essas informações solicitadas estão coerentes na fonte, na questão
sobre o deslocamento como ilustração de uma propriedade ou relação entre objetos,
a Dupla 1 colocou uma observação: “quanto aos deslocamentos propostos na
atividade, eles ilustram algumas propriedades, mas há uma variação (em alguns
deslocamentos) na forma da figura” e a Dupla 2 fez uma observação: ”algumas
questões poderiam sofrer modificações, por exemplo o caso de não, seria bom um
espaço para o próprio professor reformular a questão”.
Atividade Instrumentada:
-2 -1 1 2
A atividade é concebida de forma a envolver ou
engajar facilmente os alunos.
D1 D2/D3
São dadas sugestões ao professor para iniciar a
atividade.
D1/D2/D3
A atividade é concebida de forma a atribuir um
papel ativo ao aluno, possibilitando iniciativas de
sua parte.
D1/D2/D3
São disponibilizados exemplos de produções de
alunos.
D1/D2/D3
São descritas estratégias previsíveis de alunos
(corretas ou não).
D1/D2/D3
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86
Os feedback do software, essenciais para a
atividade, são descritos.
D1 D3 D2
Os feedback do software permitem que os alunos
avancem na resolução da atividade.
D1 D2/D3
São propostas sugestões para ajudar os alunos a
abandonarem estratégias não eficazes.
D1/D3 D2
São propostas ações do professor para fazer
evoluir as estratégias dos alunos.
D1 D3 D2
São apresentadas sugestões de intervenções do
professor para a fase de síntese.
D1/D3 D2
São dadas sugestões de como, quando e quem
valida as produções dos alunos.
D1/D3 D2
As características principais da atividade e os
efeitos de suas modificações sobre as estratégias
e aprendizagens dos alunos são descritas.
D3 D1 D2
A descrição desta atividade permite uma
utilização eficaz para a aprendizagem das
noções e competências anunciadas.
D1 D2/D3
As três duplas responderam positivamente as seguintes questões, se a
atividade envolve ou engaja os alunos com facilidade, se tem sugestões ao
professor na começar a atividade e se a atividade é concebida a atribuir um papel
ativo ao aluno possibilitando sua iniciativa, pois nessa fonte tem a ficha do professor
onde são colocadas as sugestões para executar as atividades com os alunos e na
atividade os alunos estão o tempo todo realizando o que foi descrito na ficha do
aluno. As duplas responderam negativamente as questões, se são disponibilizados
exemplos de produções de alunos e se são descritas estratégias previsíveis de
alunos (corretas ou não), pois na fonte não há exemplos de produção de alunos e
não são descritas estratégias que os alunos possam se utilizar de qualquer
estratégia. As Duplas 1 e 3 responderam de forma negativa, pois os feedback não
estão descritos na fonte. A Dupla 1 respondeu insatisfatório, pois os feedback não
permitem que os alunos avancem na resolução da atividade. As três duplas
responderam negativamente, pois na fonte não é sugerida nenhuma sugestão aos
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87
alunos desistirem das estratégias não eficazes. As duplas 1 e 3 responderam
insatisfatório nas questões, se são apresentadas sugestões de intervenções do
professor na fase de síntese e se são dadas sugestões de como, quando e quem
valida as produções dos alunos, pois não tem na fonte nenhuma sugestão para o
professor conduzir a fase da síntese e também não há sugestões de como validar as
produções dos alunos na fonte. A Dupla 3 respondeu negativamente, pois não
ocorre a descrição sobre os efeitos e as modificações para a aprendizagem dos
alunos na fonte. As três duplas responderam positivamente a última questão (em
negrito) e a Dupla 1 colocou uma observação: ”a primeira parte apresenta certa
dificuldade caso o aluno não tenha habilidades desenvolvidas quanto ao uso do
material de desenho, a atividade é totalmente dirigida não permitindo nenhuma
“liberdade” (intervenção) por parte do aluno”.
Implementação em sala de aula:
-2 -1 1 2
Uma configuração material possível é descrita (um aluno
por computador ou classe inteira com projetor...).
D1/D2/D3
Uma organização do desenvolvimento é proposto (fases,
objetivos de cada fase, trabalho individual, em grupo...).
D1/D2/D3
A gestão de uma síntese ou da conclusão da atividade é
proposta.
D1/D2/D3
A descrição da atividade propõe uma implementação. D1/D2/D3
Em todas as questões dessa dimensão foram respondidas plenamente
satisfatória pelas três duplas, elas concordam que nessa dimensão a fonte está
completa e ajudando a ser colocada em prática na sala de aula de matemática e a
Dupla 2 colocou uma observação: “nesta atividade a implementação está bem
descrita”.
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88
Implementação didático-pedagógica:
-2 -1 1 2
As noções e competências pré-requeridas são coerentes
com a atividade.
D1/D2/D3
As aprendizagens desenvolvidas podem ser aplicadas
em outra situação.
D1/D2/D3
A atividade pode ser integrada às atividades habituais da
classe.
D1/D2/D3
A atividade pode facilmente fazer parte de uma
progressão pedagógica.
D3 D1/D2
As duplas responderam positivamente as todas as questões dessa dimensão
já que na fonte há coerência entre as noções e as competências da atividade, as
aprendizagens podem ser aplicadas em outra situação, e a fonte trabalha o assunto
de quadriláteros que faz parte do currículo podendo assim ser integradas as
atividades habituais e a atividade pode sim fazer parte de um progresso pedagógico
assim auxiliando o aprendizado dos alunos.
Descrição da Fonte:
-2 -1 1 2
A quantidade de informações é satisfatória. D1/D2 D3
A apresentação das informações é clara. D1/D2/D3
Os elementos da fonte podem ser modificados para
adaptá-la às necessidades do professor.
D3 D1/D2
A fonte é de fácil compreensão e adaptável a um
contexto particular.
D1/D2/D3
As três duplas responderam positivamente as questões dessa dimensão, mas
a Dupla 1 colocou uma observação referente a primeira questão: ”a quantidade de
informação é satisfatória para que?”, a fonte apresenta informações claras, os
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89
elementos da fonte podem ser modificados e adaptados as necessidades do
professor e dos alunos e a fonte pode se adapta a um contexto particular
dependendo da proposta do professor.
4.4.4 Resultados da primeira parte da análise
As respostas das diferentes duplas, tomadas em conjunto e comparadas com
a nossa análise a priori da qualidade das fontes por meio do questionário foram bem
satisfatórias em relação ao que estávamos esperando na análise das fontes. Mas
mesmo assim, ainda ficaram algumas diferenças nas respostas entre as duplas
comparando com a nossa analise a priori.
Essas diferenças resultaram:
1) por um lado, certas questões na concepção e na sua redação podem
induzir ou permitir um campo muito aberto e livre para as interpretações;
2) em segundo lugar, como já afirmamos, a apropriação de uma fonte por um
professor depende de sua familiarização com a utilização dessa fonte e da prática
matemática e didática dele. Em resumo, podemos considerar que as fontes estão
disponíveis na internet e que as questões têm que estar claras para que eles
possam avaliar as fontes da melhor maneira possível.
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90
4.5 Análises a Posteriori – Parte 2
Ao final da fase de análise das fontes, cada dupla tinha deveria escolher uma
que mais correspondesse ao que espera de uma fonte de GD e que considera a
mais adequada para ser utilizada em sala de aula, com seus alunos.
A Dupla 1, após analisar as três fontes apresentadas, escolheu a Fonte 2 por
“ter uma seqüência clara”. A Dupla ainda considerou que para que essa fonte seja
aplicada em sala de aula, deve-se considerar que o aluno já tenha conhecimento
das figuras em jogo – paralelogramo, retângulo, losango e quadrado – quanto à sua
forma, propriedade de lados e ângulos. Estes professores julgaram importante tratar
do centro de simetria de um paralelogramo, e, portanto, reconheceram este ser um
estudo preliminar necessário ao bom desenvolvimento da atividade. Afirmaram que
é importante que o “aluno saiba o que é simetria de um ponto em relação a outro”, o
que normalmente não é abordado quando do estudo das figuras. Assim, as
atividades propostas na fonte poderiam ser precedidas do estudo desse conteúdo,
ampliando assim as características das figuras – aquelas que possuem centro de
simetria. Com isso, vemos que a Dupla analisa esse aspecto como um pré-requisito
e o valoriza no estudo das figuras.
A Dupla comenta ainda que “deveria ser acrescentada uma ficha para o
professor contendo claramente os objetivos mais específicos (como por exemplo, o
documento que acompanha a Fonte 3)” e também um cenário de uso, indicando
outras informações relevantes para o professor organizar sua aula com essa fonte.
Nesta última observação, não explicitaram quais informações seriam estas.
No que diz respeito às sugestões ou eventuais adaptações que fariam na
fonte escolhida, a dupla mencionou a necessidade de verificação da aprendizagem.
Os professores sugeriram que “deveria ser acrescentado também uma série final de
exercícios para que o professor e o aluno pudessem avaliar o aprendizado”.
A Dupla 2 considerou um equívoco afirmar que o objetivo é “descobrir” uma
definição. No caso, entendem que o termo não está adequado, pois não se está
“descobrindo” uma definição, mas sim, “aplicando-se a definição que os alunos já
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91
devem conhecer”, pois pergunta a natureza do quadrilátero obtido (sua
classificação).
Na análise via questionário para esta fonte, a Dupla indicou respostas
satisfatórias (1) ou plenamente satisfatórias (2) para a maioria das dimensões, com
exceção da atividade instrumentada. Mas, esta dimensão e sua conseqüente
avaliação relativamente negativa parecem não ter influenciado a escolha da referida
fonte.
Os professores da Dupla 1 sugeriram ainda acrescentar às questões 4, 7 e 11
de cada folha um “justifique”. Comentaram que é importante motivar os alunos para
explicitarem as propriedades observadas e as razões que os levaram a classificar
cada quadrilátero. Em termos da precisão dos enunciados na ficha do aluno,
observaram que é necessário identificar (explicitar) o ponto O como encontro das
diagonais. Segundo eles, “o ponto O aparece sem que seja indicado quem ele é e
isso pode confundir os alunos!”
A Dupla 2 analisou também as três fontes apresentadas na coleta de dados, e
escolheram a Fonte 3 para uma possível aplicação em sala de aula. Eles observam
que “acreditamos que a atividade está bem elaborada e o aluno irá conseguir
desenvolve-la”.
A dupla insiste que é necessária uma familiarização com o software a ser
utilizado. Sugerem inverter a ordem das atividades, partindo das construções com o
software e passando depois para o ambiente do papel e lápis. Isso porque entendem
que os alunos teriam mais condições de realizarem as construções geométricas no
papel e lápis, depois de explorarem e as realizarem no computador, dada uma
provável falta de experiência no uso de instrumentos de desenho. Eles explicam que
“dependendo da turma e do que viram em Geometria, talvez as construções no
papel e lápis não precisariam ser feitas”.
Ao analisar os possíveis comportamentos dos alunos, a dupla considerou que
talvez o aluno não consiga validar as figuras por pequenas diferenças nas medidas,
e isso – a questão da imprecisão das medidas – deve ser discutido quando se
trabalha no computador. A fonte deveria indicar elementos para que o professor
possa realizar tal discussão.
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92
A dupla apreciou o formato da fonte, afirmando que “é bom para o professor
que tem muitas informações sobre a seqüência”.
Como sugestão ou modificação na fonte escolhida, a dupla ateve-se à
formulação dos enunciados. Eles salientam que na questão “Qual a natureza do
quadrilátero”, o termo “natureza” poderia ser substituído por figura: “Qual a forma da
figura? ou algo relativo.
A Dupla 3, após o mesmo processo de análise das fontes, escolheu a Fonte
3, destacando seus pontos positivos:
- organização dos objetivos, pré-requisitos, descrições detalhadas e
cronograma.
- trabalha a noção de paralelogramo com papel&lápis, construções com régua
e compasso de maneiras diferentes, propõe fazer conjecturas fora e dentro do
ambiente computacional e discutir a “validade” das proposições a partir das figuras
do software.
- propõe a demonstração das três conjecturas formuladas, levando os alunos
à questão da prova e, para isso, a utilização da figura é muito boa.
Como se observa, esses professores não discutem a dificuldade de se passar
às demonstrações. Não houve qualquer comentário sobre como os alunos poderiam
realizar esta parte da atividade, nem o que se esperava deles.
Como pontos a serem modificados, a Dupla propõe:
- não fariam as três construções no papel&lápis, apenas iriam propor a
construção com uma régua graduada (ou com régua e compasso, se os alunos
conhecessem), solicitando assim somente uma das construções e “depois explorar
outras com o software que tem mais ferramentas e oferece mais possibilidades”,
afirma à dupla.
Em síntese, das três duplas, duas escolheram a Fonte 3 por ter mais
informações para sua implementação em sala de aula e uma descrição mais passo
a passo das atividades. Na avaliação dessas duplas, isso daria maior confiança ao
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professor, ainda que ambas as duplas sugeriram algumas alterações em
determinadas partes das atividades, visando potencializar a aprendizagem do aluno.
A avaliação do questionário pelas três duplas, proposta no segundo encontro
com os professores, teve por objetivo identificar os critérios que se destacam para
os professores, ou seja, aqueles que compreendem e consideram pertinentes para a
avaliação. As três duplas sugeriam algumas modificações que descrevemos na
seqüência. Cabe observar que por uma questão de falta de tempo – eles realizaram
esta atividade no final do último encontro – não dispomos de muitos elementos que
justificam essas alterações sugeridas.
A Dupla 1 fez os seguintes comentários:
- as questões em negrito deveriam ser classificadas como conclusivas do
bloco e não como uma questão a mais.
- esta dupla apenas comentou da retirada de alguns itens apresentados a eles
por acharem essas questões desnecessárias na avaliação de uma fonte de GD. São
eles: na dimensão qualidade técnica da fonte as questões: “os valores numéricos
(medidas de ângulos e de cumprimentos) não comprometem o desenvolvimento da
atividade” e “as funcionalidades avançadas (como uso do teclado ou de macro
construção) são devidamente descritas”; na dimensão contribuições da geometria
dinâmica, as questão: “nesta atividade, diferentes representações (figurais,
numéricas, algébricas) aparecem em interação”; na dimensão atividade
instrumentada, os itens: “são dadas sugestões ao professor para iniciar a atividade”,
“a atividade é concebida de forma a atribuir um papel ativo ao aluno, possibilitando
iniciativas de sua parte”; “são disponibilizados exemplos de produção de alunos”;
“são descritas estratégias previsíveis de alunos (corretas ou não)” e “são propostas
sugestões para ajudar os alunos a abandonarem estratégias não eficazes”; na
dimensão implementação didático pedagógica a questão: “as aprendizagens
desenvolvidas podem ser aplicadas em outra situação” e na dimensão descrição da
fonte, o item: “os elementos da fonte podem ser modificados para adaptá-la às
necessidades do professor”.
- durante as observações, um dos componentes da dupla comentou que:
“responder o questionário é chato, mas fazer as atividades é gostoso”. O observador
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não teve a oportunidade de aprofundar essa questão com o professor, mas fazemos
a hipótese de que esse comentário é motivado pela “extensão” do questionário,
considerado por alguns professores (desta dupla e também da Dupla1) como longo.
A Dupla 2 fez os seguintes comentários sugerindo algumas mudanças no
questionário:
- na dimensão qualidade técnica da fonte na, questão: “as funcionalidades
avançadas (como o uso do teclado ou de macro construção) são devidamente
descritas”, a dupla comentou que poderia ser específico do teclado ou fazer duas
questões, uma sobre “macro” e outra sobre “teclado”.
- alguns outros itens poderiam sofrer modificações, como por exemplo o caso
de perguntas com sentido negativo, ou seja, que utilizam “não” em suas
formulações. Algumas questões poderiam ter espaço para serem reformuladas pelos
próprios professores, de maneira a evitar alguma dúvida sobre a sua opção.
A Dupla 3 fez as seguintes observações quanto ao questionário: mudar a
palavra fonte para atividade, numerar as questões e nas observações e comentários
indicar o número correspondente da questão que está comentando. Na dimensão
contribuições da geometria dinâmica, no item “na atividade, os desenhos são claros
e precisos” a dupla sugere acrescentar se é no papel ou na tela do computador? Na
questão 3, questionaram o que é “validar conjecturas perceptivamente”. Observou-
se que discutiram sobre esse ponto. No item 7, a dupla acha que é irrelevante saber
isso, e afirmam que “na verdade, poder sempre pode”. A questão 9, referente ao
deslocamento/dragging, indagam “o deslocamento de quê?”, demonstrando que o
item precisa ser melhor formulado.
Na dimensão atividade instrumentada, a questão 11 está confusa para esta
dupla. Na dimensão implementação em sala de aula na questão, “a descrição da
atividade propõe uma implementação” a dupla questiona “Como assim? Onde? Com
quem? Quando essa implementação em sala vai acontecer? Na dimensão
implementação didático-pedagógica, na questão “as aprendizagens desenvolvidas
podem ser aplicadas em outra situação” a dupla quer saber em qual outra situação e
que exemplifique. Na questão 4, pergunta “O que é isso? Progressão pedagógica?”
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95
E na dimensão 7, no item 3 sugere novamente mudar a palavra “fonte” por
“atividade”.
Essas foram às observações colocadas pelas duplas quanto ao questionário.
Observa-se que a maioria delas refere-se à forma e não ao conteúdo. Talvez os
professores entendessem que como se trata de um instrumento concebido por uma
equipe de pesquisa, não deveria ser muito questionado em termos dos conteúdos e
das dimensões escolhidas.
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96
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho pode ser considerado um estudo piloto dentro do projeto
Intergeo. Ele inicia com a seguinte observação: para uma grande diversidade de
recursos de geometria dinâmica, alguns dispositivos oferecem ao professor como
um usuário em potencial, algumas informações que também podem ajudar na sua
escolha para um contexto de ensino-aprendizagem particular e facilitar sua
apropriação. O projeto Intergeo, do qual este trabalho faz parte, propõe entre outras
coisas fornecer aos professores fontes de GD de qualidade de modo que atendam a
exigências mínimas em termos de aproveitar o potencial da GD para a
aprendizagem dos alunos. Essas fontes vêm, em geral, em forma de textos para o
uso do professor ou do aluno e um ou mais arquivos de figuras dinâmicos. Este
projeto foi idealizado para tentar superar a necessidade que sentimos de avaliar a
qualidade de uma fonte de geometria dinâmica e identificar as necessidades dos
usuários através de um estudo dos processos de seleção e análise de fontes por
professores de Matemática. Contribuições teóricas sobre ensino-aprendizagem e
baseadas em alguns trabalhos sobre o tema avaliação de recursos educativos,
motivou a elaboração de um questionário com várias dimensões, partindo do
pressuposto que este instrumento pode ser auxiliar para avaliar a qualidade de uma
fonte de geometria dinâmica. As dimensões definidas são: descrição da fonte,
qualidade técnica da fonte, conteúdo matemático, atividade instrumentada,
contribuições da geometria dinâmica, implementação didático-pedagógica e
implementação em sala de aula. Durante a experimentação, propusemos a três
duplas de professores a realização das atividades propostas em três fontes
previamente selecionadas. O próximo passo foi apresentar o questionário de
avaliação para que as duplas respondessem um para cada fonte trabalhada. O
nosso objetivo era duplo. O primeiro, de comparamos as respostas das duplas com
a nossa análise a priori. No segundo, as duplas tiveram que analisar as fontes
através do questionário e decidir qual das três fontes avaliadas eles utilizariam em
suas salas de aula, uma tarefa que nos permitiria compreender as dimensões e os
critérios considerados pelos professores como plenamente satisfatórios ou
satisfatórios para fazer a escolha de uma fonte. Com isso, identificaríamos as
representações que os professores têm quanto à qualidade das fontes e, portanto,
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97
eles nos forneceriam elementos para validar ou invalidar as suposições sobre as
dimensões relevantes para validar a qualidade de uma fonte.
As análises dos resultados mostram que entre as respostas das duplas, no
global, não estão longe daquelas de nossa análise a priori. Ainda assim, houve
variação de acordo com a epistemologia dos professores ou da formulação da
própria pergunta. No primeiro caso, o professor, vai além do estudo da questão,
projetando para uma aplicação da fonte através da sua experiência em identificar o
conteúdo que está implícito nas questões proposta. No segundo caso, as dimensões
escolhidas podem receber um tratamento de natureza subjetiva. Podemos estimar
que com as mudanças sugeridas pelas duplas quanto ao questionário, isso pode
efetivamente ajudar os professores em uma melhor avaliação de uma fonte de
geometria dinâmica.
Das três duplas, duas delas escolheram a Fonte 3 por conter mais
informações quanto a sua aplicabilidade em sala de aula, o que segundo os
professores, facilita assim seu trabalho em sua sala de aula. A outra dupla (Dupla 1)
escolheu a Fonte 2, pois para esses professores, foi a que pareceu mais
interessante quanto a sua execução pelos alunos e a mais completa, permitindo aos
alunos partindo de um paralelogramo, desenvolver a atividade e mudando “algumas
características” acabam chegando aos casos particulares dos paralelogramos. As
mudanças de algumas características nada mais são do que as propriedades dos
paralelogramos que os diferenciam e os classificam. Segundo esta dupla, o aluno
“visualiza” melhor as propriedades dos quadriláteros. Sugeriram alterações nas
questões 4, 7, e 11 acrescentando um “justifique” para estimular os alunos a
explicitarem as propriedades observadas e para que essas questões não ficassem
sem uma conclusão.
Finalmente quanto à escolha da fonte por parte dos professores, a
experiência não nos permite uma reflexão mais aprofundada sobre os “padrões” de
uso dos professores. Este poderia ser o tema de um próximo estudo dando
continuidade a este.
Podemos dizer que nossos objetivos foram atingidos globalmente, pois o
primeiro era observar a pertinência de um modelo de avaliação para as fontes de
GD e isso foi indicado pelos professores. Com a atividade de discussão do
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98
questionário apresentado durante o nosso estudo, ainda tivemos a contribuição dos
professores para a melhoria desse instrumento importantíssimo do nosso trabalho
de pesquisa. O segundo era testar o questionário com os professores para investigar
o processo de apropriação desse tipo de recurso por eles. Com a pesquisa,
verificamos que para que isto aconteça, o recurso deve ser trabalhado e discutido
com os professores, de forma que seus critérios sejam entendidos e que as
informações nele contidas sejam realmente úteis para o professor, tanto na escolha
quanto na utilização da fonte de GD em sala de aula.
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99
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104
ANEXOS
Anexo 1 – Questionários por Dupla
(1)
D1 F1 F2 F3
-2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2
O conteúdo matemático é correto. X X X
O tema, as noções e as competências indicadas
correspondem ao currículo do nível/série indicado.
X X X
As atividades matemáticas propostas são
adequadas ao tema, às noções e às competências
anunciadas.
X X X
O conteúdo matemático é válido e utilizável em
sala de aula para trabalhar as noções e
competências anunciadas.
X X X
Observações e comentários:
D2 F1 F2 F3
-2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2
O conteúdo matemático é correto. X X X
O tema, as noções e as competências indicadas
correspondem ao currículo do nível/série indicado.
X X X
As atividades matemáticas propostas são
adequadas ao tema, às noções e às competências
anunciadas.
X X X
O conteúdo matemático é válido e utilizável em
sala de aula para trabalhar as noções e
competências anunciadas.
X X X
Observações e comentários:
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105
D3 F1 F2 F3
-2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2
O conteúdo matemático é correto. X X X
O tema, as noções e as competências indicadas
correspondem ao currículo do nível/série indicado.
X X X
As atividades matemáticas propostas são
adequadas ao tema, às noções e às competências
anunciadas.
X X X
O conteúdo matemático é válido e utilizável em
sala de aula para trabalhar as noções e
competências anunciadas.
X X X
Observações e comentários:
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106
(2)
D1 F1 F2 F3
-2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2
As figuras dinâmicas se comportam de maneira
coerente em relação à atividade matemática
proposta.
X X X
As figuras resistem bem à manipulação mesmo
nas situações limite.
X X X
Os valores numéricos (medidas de ângulos e de
comprimentos) não comprometem o
desenvolvimento da atividade.
X ? X
As funcionalidades avançadas (como uso do
teclado ou de macro-construção) são
devidamente descritas.
? ?
A interação com as figuras dinâmicas é
válida e coerente com a atividade
matemática proposta.
X X X
Observações e comentários:
D2 F1 F2 F3
-2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2
As figuras dinâmicas se comportam de maneira
coerente em relação à atividade matemática
proposta.
X X X
As figuras resistem bem à manipulação mesmo
nas situações limite.
X X X
Os valores numéricos (medidas de ângulos e de
comprimentos) não comprometem o
desenvolvimento da atividade.
X X X
As funcionalidades avançadas (como uso do
teclado ou de macro-construção) são
devidamente descritas.
X X X
A interação com as figuras dinâmicas é
válida e coerente com a atividade matemática
proposta.
X X X
Observações e comentários:
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107
D3 F1 F2 F3
-2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2
As figuras dinâmicas se comportam de maneira
coerente em relação à atividade matemática
proposta.
X X X
As figuras resistem bem à manipulação mesmo
nas situações limite.
X X X
Os valores numéricos (medidas de ângulos e de
comprimentos) não comprometem o
desenvolvimento da atividade.
X X X
As funcionalidades avançadas (como uso do
teclado ou de macro-construção) são
devidamente descritas.
X X X
A interação com as figuras dinâmicas é
válida e coerente com a atividade matemática
proposta.
X X X
Observações e comentários:
(3)
D1 F1 F2 F3
-2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2
Na atividade, os desenhos são claros e
precisos.
X X X
Nesta atividade, a geometria dinâmica permite
obter vários casos de uma mesma figura.
X X X
Esta atividade leva o aluno a explorar,
experimentar e conjecturar.
X X X
Nesta atividade, o aluno pode validar
conjecturas perceptivamente.
X X X
Nesta atividade, diferentes representações
(figurais, numéricas, algébricas) aparecem em
interação.
X X X
Esta atividade leva o aluno a considerar e a
recorrer a propriedades geométricas ao invés de
se ater às coincidências numéricas e/ou das
representações figurais.
X X X
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108
A atividade não pode ser transposta tal qual
para o ambiente papel&lápis.
X X X
A geometria dinâmica ajuda a alcançar o
objetivo pedagógico da atividade.
X X X
O deslocamento é utilizado para ilustrar uma
propriedade ou uma relação entre objetos,
graças a sua invariância.
X X X
O deslocamento é utilizado para conjecturar ou
validar uma propriedade ou uma relação entre
objetos.
X X X
O deslocamento é explicitamente mencionado
nas instruções dadas aos alunos.
X X X
As atividades matemáticas propostas
beneficiam das contribuições da geometria
dinâmica, elas não podem ser transpostas
diretamente para o papel&lápis.
X X X
Observações e comentários:
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109
D2 F1 F2 F3
-2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2
Na atividade, os desenhos são claros e
precisos.
X X X
Nesta atividade, a geometria dinâmica permite
obter vários casos de uma mesma figura.
X X X
Esta atividade leva o aluno a explorar,
experimentar e conjecturar.
X X X
Nesta atividade, o aluno pode validar
conjecturas perceptivamente.
X X X
Nesta atividade, diferentes representações
(figurais, numéricas, algébricas) aparecem em
interação.
X X X
Esta atividade leva o aluno a considerar e a
recorrer a propriedades geométricas ao invés de
se ater às coincidências numéricas e/ou das
representações figurais.
X X X
A atividade não pode ser transposta tal qual
para o ambiente papel&lápis.
X X X
A geometria dinâmica ajuda a alcançar o
objetivo pedagógico da atividade.
X X X
O deslocamento é utilizado para ilustrar uma
propriedade ou uma relação entre objetos,
graças a sua invariância.
X X X
O deslocamento é utilizado para conjecturar ou
validar uma propriedade ou uma relação entre
objetos.
X X X
O deslocamento é explicitamente mencionado
nas instruções dadas aos alunos.
X X X
As atividades matemáticas propostas
beneficiam das contribuições da geometria
dinâmica, elas não podem ser transpostas
diretamente para o papel&lápis.
X X X
Observações e comentários:
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110
D3 F1 F2 F3
-2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2
Na atividade, os desenhos são claros e
precisos.
X X X
Nesta atividade, a geometria dinâmica permite
obter vários casos de uma mesma figura.
X X X
Esta atividade leva o aluno a explorar,
experimentar e conjecturar.
X X X
Nesta atividade, o aluno pode validar
conjecturas perceptivamente.
X X X
Nesta atividade, diferentes representações
(figurais, numéricas, algébricas) aparecem em
interação.
X X X
Esta atividade leva o aluno a considerar e a
recorrer a propriedades geométricas ao invés de
se ater às coincidências numéricas e/ou das
representações figurais.
X X X
A atividade não pode ser transposta tal qual
para o ambiente papel&lápis.
X X X
A geometria dinâmica ajuda a alcançar o
objetivo pedagógico da atividade.
X X X
O deslocamento é utilizado para ilustrar uma
propriedade ou uma relação entre objetos,
graças a sua invariância.
X X X
O deslocamento é utilizado para conjecturar ou
validar uma propriedade ou uma relação entre
objetos.
X X X
O deslocamento é explicitamente mencionado
nas instruções dadas aos alunos.
X X X
As atividades matemáticas propostas
beneficiam das contribuições da geometria
dinâmica, elas não podem ser transpostas
diretamente para o papel&lápis.
X X X
Observações e comentários:
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111
(4)
D1 F1 F2 F3
-2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2
A atividade é concebida de forma a envolver ou
engajar facilmente os alunos.
X X X
São dadas sugestões ao professor para iniciar a
atividade.
X X X
A atividade é concebida de forma a atribuir um
papel ativo ao aluno, possibilitando iniciativas de
sua parte.
X X X
São disponibilizados exemplos de produções de
alunos.
X X X
São descritas estratégias previsíveis de alunos
(corretas ou não).
X X X
Os feedback do software, essenciais para a
atividade, são descritos.
X X X
Os feedback do software permitem que os
alunos avancem na resolução da atividade.
X X X
São propostas sugestões para ajudar os alunos
a abandonarem estratégias não eficazes.
X X X
São propostas ações do professor para fazer
evoluir as estratégias dos alunos.
X X X
São apresentadas sugestões de intervenções
do professor para a fase de síntese.
X X X
São dadas sugestões de como, quando e quem
valida as produções dos alunos.
X X X
As características principais da atividade e os
efeitos de suas modificações sobre as
estratégias e aprendizagens dos alunos são
descritas.
X X X
A descrição desta atividade permite uma
utilização eficaz para a aprendizagem das
noções e competências anunciadas.
X X X
Observações e comentários:
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112
D2 F1 F2 F3
-2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2
A atividade é concebida de forma a envolver ou
engajar facilmente os alunos.
X X X
São dadas sugestões ao professor para iniciar a
atividade.
X X X
A atividade é concebida de forma a atribuir um
papel ativo ao aluno, possibilitando iniciativas de
sua parte.
X X X
São disponibilizados exemplos de produções de
alunos.
X X X
São descritas estratégias previsíveis de alunos
(corretas ou não).
X X X
Os feedback do software, essenciais para a
atividade, são descritos.
X X X
Os feedback do software permitem que os
alunos avancem na resolução da atividade.
X X X
São propostas sugestões para ajudar os alunos
a abandonarem estratégias não eficazes.
X X X
São propostas ações do professor para fazer
evoluir as estratégias dos alunos.
X X X
São apresentadas sugestões de intervenções
do professor para a fase de síntese.
X X X
São dadas sugestões de como, quando e quem
valida as produções dos alunos.
X X X
As características principais da atividade e os
efeitos de suas modificações sobre as
estratégias e aprendizagens dos alunos são
descritas.
X X X
A descrição desta atividade permite uma
utilização eficaz para a aprendizagem das
noções e competências anunciadas.
X X X
Observações e comentários:
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113
D3 F1 F2 F3
-2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2
A atividade é concebida de forma a envolver ou
engajar facilmente os alunos.
X X X
São dadas sugestões ao professor para iniciar a
atividade.
X X X
A atividade é concebida de forma a atribuir um
papel ativo ao aluno, possibilitando iniciativas de
sua parte.
X X X
São disponibilizados exemplos de produções de
alunos.
X X X
São descritas estratégias previsíveis de alunos
(corretas ou não).
X X X
Os feedback do software, essenciais para a
atividade, são descritos.
X X X
Os feedback do software permitem que os
alunos avancem na resolução da atividade.
X X X
São propostas sugestões para ajudar os alunos
a abandonarem estratégias não eficazes.
X X X
São propostas ações do professor para fazer
evoluir as estratégias dos alunos.
X X X
São apresentadas sugestões de intervenções do
professor para a fase de síntese.
X X X
São dadas sugestões de como, quando e quem
valida as produções dos alunos.
X X X
As características principais da atividade e os
efeitos de suas modificações sobre as
estratégias e aprendizagens dos alunos são
descritas.
X X X
A descrição desta atividade permite uma
utilização eficaz para a aprendizagem das
noções e competências anunciadas.
X X X
Observações e comentários:
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114
(5)
D1 F1 F2 F3
-2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2
Uma configuração material possível é descrita
(um aluno por computador ou classe inteira com
projetor...).
X X X
Uma organização do desenvolvimento é
proposto (fases, objetivos de cada fase, trabalho
individual, em grupo...).
X X X
A gestão de uma síntese ou da conclusão da
atividade é proposta.
X X X
A descrição da atividade propõe uma
implementação.
X X X
Observações e comentários:
D2 F1 F2 F3
-2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2
Uma configuração material possível é descrita
(um aluno por computador ou classe inteira com
projetor...).
X X X
Uma organização do desenvolvimento é
proposto (fases, objetivos de cada fase, trabalho
individual, em grupo...).
X X X
A gestão de uma síntese ou da conclusão da
atividade é proposta.
X X X
A descrição da atividade propõe uma
implementação.
X
Observações e comentários:
D3 F1 F2 F3
-2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2
Uma configuração material possível é descrita
(um aluno por computador ou classe inteira com
projetor...).
X X X
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115
Uma organização do desenvolvimento é
proposto (fases, objetivos de cada fase,
trabalho individual, em grupo...).
X X X
A gestão de uma síntese ou da conclusão da
atividade é proposta.
X X X
A descrição da atividade propõe uma
implementação.
X X X
Observações e comentários:
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116
(6)
D1 F1 F2 F3
-2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2
As noções e competências pré-requeridas são
coerentes com a atividade.
X X X
As aprendizagens desenvolvidas podem ser
aplicadas em outra situação.
X X X
A atividade pode ser integrada às atividades
habituais da classe.
X X X
A atividade pode facilmente fazer parte de
uma progressão pedagógica.
X X X
Observações e comentários:
D2 F1 F2 F3
-2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2
As noções e competências pré-requeridas são
coerentes com a atividade.
X X X
As aprendizagens desenvolvidas podem ser
aplicadas em outra situação.
X X X
A atividade pode ser integrada às atividades
habituais da classe.
X X X
A atividade pode facilmente fazer parte de
uma progressão pedagógica.
X X X
Observações e comentários:
D3 F1 F2 F3
-2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2
As noções e competências pré-requeridas são
coerentes com a atividade.
X X
As aprendizagens desenvolvidas podem ser
aplicadas em outra situação.
X X X
A atividade pode ser integrada às atividades
habituais da classe.
X X X
A atividade pode facilmente fazer parte de
uma progressão pedagógica.
X X X
Observações e comentários:
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117
(7)
D1 F1 F2 F3
-2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2
A quantidade de informações é satisfatória. X X X
A apresentação das informações é clara. X X X
Os elementos da fonte podem ser modificados
para adaptá-la às necessidades do professor.
X X X
A fonte é de fácil compreensão e adaptável a
um contexto particular.
X X X
Observações e comentários:
D2 F1 F2 F3
-2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2
A quantidade de informações é satisfatória. X X X
A apresentação das informações é clara. X X X
Os elementos da fonte podem ser modificados
para adaptá-la às necessidades do professor.
X X X
A fonte é de fácil compreensão e adaptável a
um contexto particular.
X X X
Observações e comentários:
D3 F1 F2 F3
-2 -1 1 2 -2 -1 1 2 -2 -1 1 2
A quantidade de informações é satisfatória. X X X
A apresentação das informações é clara. X X X
Os elementos da fonte podem ser modificados
para adaptá-la às necessidades do professor.
X X X
A fonte é de fácil compreensão e adaptável a
um contexto particular.
X X X
Observações e comentários:
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118
Anexo 2 – Escolha de uma fonte pelas duplas
Dupla Fontes
analisadas
Fonte
escolhida
Comentários/justificativa Sugestões/modificações
na fonte escolhida
D1
1
2
3Fonte 2
Sequência clara.
Para que essa fonte seja
aplicada, devemos considerar
que o aluno já tenha
conhecimento das figuras
(sua forma e propriedades de
lados e ângulos):
paralelogramo, retângulo,
losango e quadrado e saiba o
que é simetria de um ponto
em relação a outro.
Deveria ser acrescentada
uma ficha do professor,
contendo objetivos mais
específicos (tipo fonte 3) e
cenário de uso, nível, etc.
Deveria ser acrescentada
uma série final de exercícios
para que o professor e o
aluno pudessem avaliar seu
aprendizado.
Erro – “descobrir” uma
definição. No caso, não se
descobre uma definição.
Acrescentar nas questões 4,
7 e 11 de cada folha um
« justifique ». Identificar o
ponto O como encontro das
diagonais nos enunciados.
D2
1
2
3
Fonte 3
Acreditamos que a atividade
está bem elaborada e o aluno
vai conseguir desenvolvê-la.
Familiarização com o software
a ser utilizado e iniciar com
paralelogramos quaisquer
(propriedades) e depois
encaminhar para os casos
particulares. Inverter a ordem,
partindo do software para o
ambiente papel e lápis. Talvez
o aluno não valide as figuras
por pequenas diferenças nas
medidas, isso deve ser
discutido.
O formato é bom para o
professor que tem muitas
informações sobre a
sequência.
“Qual a natureza....” o termo
natureza poderia ser
substituído por “Qual a forma
da figura” ou algo relativo.
Deixar disponível o arquivo
da figura junto com a fonte.
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119
D3
1
2
3
Fonte 3
Pontos positivos:
- Organização dos objetivos,
pré-requisitos, descrições
detalhadas e « cronograma ».
- Trabalha a noção de
paralelogramo com papel,
lápis, régua e compasso de
maneiras diferentes, propõe
fazer as conjecturas fora do
ambiente virtual e no
ambiente virtual (tem dois
modos de construção de um
paralelogramo em Geometria
Dinâmica) e discutir a
“validade” de tais proposições
a partir dos desenhos e
figuras do software.
- Propõe a demonstração
(como atividade) das três
proposições, levam os alunos
às demonstrações e a
utilização da figura é muito
boa!
A modificação de uma delas
influencia na outra,
analogamente com uma
função.
Pontos a modificar: não faria
as três construções com
papel&lápis. Construir
somente com uma régua
graduada (ou com régua e
compasso, se os alunos
cohecem), solicitando apenas
uma construção e depois
explorar outras com o
software que tem mais
ferramentas e possibilidades.
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