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104 Integração Lavoura-Pecuária Interação solo-planta-animal no sistema Integração lavoura-Pecuária Maria Celuta Machado Viana 1 Edilane AParecida da Silua? Miguel Marques Gontijo Neto? Ramon Costa Aluarenga" Waldir Botelho? Resumo - As interações que ocorrem no sistema Integração Lavoura-Pecuária (ILP) são complexas, uma vez que, além da planta e do solo, existe a participação do animal. A desfolhação e o pisoteio animal podem afetar a cobertura vegetal e alterar a dinâmica da biomassa da pastagem, além de causar modificações nas propriedades físicas, químicas e biológicas do solo. Adequar alta produção e qualidade de forragem, com elevada produção animal e altos níveis de produtividade de grãos é um desafio para técnicos e produtores. Portanto, o sistema exige que o manejo da desfolha pelo animal seja feito de maneira que as características morfofisiológicas de cada espécie forrageira sejam respeitadas. Dessa maneira, uma melhor compreensão sobre o efeito da entrada dos animais em áreas de pastagem rotacionadas com lavoura e as interações entre solo, planta e animal são determinantes para o sucesso da ILP. Palavras-chave: Relação solo-planta. Pastagem consorciada. Produtividade. Recic1agem de nutriente. Transporte de nutriente, Sustentabilidade. INTRODUÇÃO A Integração Lavoura-Pecuária (ILP) não é uma atividade recente, sendo ado- tada há muitos anos no Sul do País em sistemas que integram a produção de cul- turas e a utilização de forrageiras de inver- no na entres safra (FONTANELI et al., 2000ab; NICOLOSO et al., 2006.). Entre- tanto, cada região possui características particulares na adoção desse sistema. No estado de Minas Gerais, esta tecnologia tem sido usada na recuperação/renovação de pastagem em consórcio com culturas anuais como milho, sorgo, milheto, arroz e soja, onde predominam a consorciação com pastagens de gramíneas tropicais como as pertencentes aos gêneros Brachiaria e Panicum (Fig. 1). Nesse sistema, a fertili- zação da lavoura recupera a fertilidade do solo e, por conseguinte, a pastagem que se mantém produtiva por mais tempo. Ca- be ressaltar que em ILP é previsto novo ciclo com lavoura em área de pastagem antes que esta entre em processo de degra- dação, em conseqüência da exaustão dos nutrientes do solo. Portanto, deve ser con- siderado que quanto menor o período em que a gleba ficar com pastagem, mais pro- dutiva esta será e terá melhor qualidade. Entende-se que nesse sistema exista uma altemância entre cultivo de lavouras de grãos ou forragem (silagem) e pastejo em pastagens de gramínea e/ou legumi- 1Eng" Agr", D.Sc., Pesq. EPAMIG-CTCO, Caixa Postal 295, CEP 35701-970 Prudente de Morais-MG Correio eletrônico: [email protected] 2Zootecnista, D.Sc., Pesq. EPAMIG-CTTp, Bolsista FAPEMIG, Caixa Postal 351, CEP 38060-040 Uberaba-MG Correio eletrônico: edilane@ epamig.br 3Eng Q Agr", D.Sc., Pesq. Embrapa Milho e Sorgo, Caixa Postal 151, CEpo 35701-970 Sete Lagoas-MG Correio eletrônico: mgontijo@ cnpms. embrapa. br 4Eng"Agr", D.Sc., Pesq. EmbrapaMilho e Sorgo, Caixa Postal 151, CEP 35701-970 Sete Lagoas-MG Correio eletrônico: [email protected] 5Eng Q Agr", M.Sc., Pesq. EPAMIG-CTCO, Caixa Postal 295, CEP 35701-970 Prudente de Morais-MG Correio eletrônico: [email protected] Informe Agropecuário, 8elo Horizonte, v.28, n.240, p.1 04·111, set.!out. 2007

Integração Lavoura-Pecuária Interação solo-planta-animal

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104 Integração Lavoura-Pecuária

Interação solo-planta-animalno sistema Integração lavoura-Pecuária

Maria Celuta Machado Viana 1

Edilane AParecida da Silua?Miguel Marques Gontijo Neto?

Ramon Costa Aluarenga"Waldir Botelho?

Resumo - As interações que ocorrem no sistema Integração Lavoura-Pecuária (ILP) sãocomplexas, uma vez que, além da planta e do solo, existe a participação do animal.A desfolhação e o pisoteio animal podem afetar a cobertura vegetal e alterar a dinâmicada biomassa da pastagem, além de causar modificações nas propriedades físicas, químicase biológicas do solo. Adequar alta produção e qualidade de forragem, com elevadaprodução animal e altos níveis de produtividade de grãos é um desafio para técnicos eprodutores. Portanto, o sistema exige que o manejo da desfolha pelo animal seja feitode maneira que as características morfofisiológicas de cada espécie forrageira sejamrespeitadas. Dessa maneira, uma melhor compreensão sobre o efeito da entrada dosanimais em áreas de pastagem rotacionadas com lavoura e as interações entre solo,planta e animal são determinantes para o sucesso da ILP.

Palavras-chave: Relação solo-planta. Pastagem consorciada. Produtividade. Recic1agemde nutriente. Transporte de nutriente, Sustentabilidade.

INTRODUÇÃO

A Integração Lavoura-Pecuária (ILP)não é uma atividade recente, sendo ado-tada há muitos anos no Sul do País emsistemas que integram a produção de cul-turas e a utilização de forrageiras de inver-no na entres safra (FONTANELI et al.,2000ab; NICOLOSO et al., 2006.). Entre-tanto, cada região possui característicasparticulares na adoção desse sistema. Noestado de Minas Gerais, esta tecnologia

tem sido usada na recuperação/renovaçãode pastagem em consórcio com culturasanuais como milho, sorgo, milheto, arroz esoja, onde predominam a consorciação compastagens de gramíneas tropicais comoas pertencentes aos gêneros Brachiaria ePanicum (Fig. 1). Nesse sistema, a fertili-zação da lavoura recupera a fertilidade dosolo e, por conseguinte, a pastagem quese mantém produtiva por mais tempo. Ca-be ressaltar que em ILP é previsto novo

ciclo com lavoura em área de pastagemantes que esta entre em processo de degra-dação, em conseqüência da exaustão dosnutrientes do solo. Portanto, deve ser con-siderado que quanto menor o período emque a gleba ficar com pastagem, mais pro-dutiva esta será e terá melhor qualidade.

Entende-se que nesse sistema existauma altemância entre cultivo de lavourasde grãos ou forragem (silagem) e pastejoem pastagens de gramínea e/ou legumi-

1Eng" Agr", D.Sc., Pesq. EPAMIG-CTCO, Caixa Postal 295, CEP 35701-970 Prudente de Morais-MG Correio eletrônico: [email protected]

2Zootecnista, D.Sc., Pesq. EPAMIG-CTTp, Bolsista FAPEMIG, Caixa Postal 351, CEP 38060-040 Uberaba-MG Correio eletrônico: [email protected]

3EngQ Agr", D.Sc., Pesq. Embrapa Milho e Sorgo, Caixa Postal 151, CEpo 35701-970 Sete Lagoas-MG Correio eletrônico: mgontijo@cnpms. embrapa. br

4Eng"Agr", D.Sc., Pesq. EmbrapaMilho e Sorgo, Caixa Postal 151, CEP 35701-970 Sete Lagoas-MG Correio eletrônico: [email protected]

5EngQAgr", M.Sc., Pesq. EPAMIG-CTCO, Caixa Postal 295, CEP 35701-970 Prudente de Morais-MG Correio eletrônico: [email protected]

Informe Agropecuário, 8elo Horizonte, v.28, n.240, p.1 04·111, set.!out. 2007

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"" ""Figura 1 - Plantio de milho e sorgo consorciado com pastagem - Sete Lagoas, MGNOTA: A - Sorgo consorciado com Panicum maximum cv. Tanzânia; B - Milho consorciado com Brachiaria brizantha cv. Marandu.

nosas, onde ambas as atividades desen-volvam-se na mesma área ou que tenhamum mínimo de interface. A ILP também temsido utilizada como uma alternativa para arecuperação dos solos degradados pelaatividade agropecuária, produzindo for-ragem para o gado em épocas críticas doano, como na estação seca, tanto sobpastejo quanto como suplemento de fe-no e silagem. Além disso, esse sistemapromove a rotação de culturas, que con-tribui para a produtividade do solo e éessencial na utilização da semeadura di-reta. Em adição, o aproveitamento dosresíduos de adubos minerais, o controlede invasoras e a maior eficiência do uso demáquinas e implementos, com a racio-nalização do emprego da mão-de-obra,reduzem os custos de implantação/refor-ma da pastagem, contribuindo para a sus-tentabilidade das propriedades agrope-cuárias (VILELA et al., 2003).

O sucesso do sistema ILP depende dediversos fatores dinâmicos que interagementre si. Dentre estes destacam-se o solo,a planta e o animal. Este último, por meiode sua ação desfolhadora pode afetar onível de fitomassa da forragem que serviráde base para a implantação da lavoura nosistema de semeadura direta. Adequar altaprodução de forragem, com elevada pro-

dução animal, exige que o manejo da des-folha pelo animal seja feito de maneira queas características morfofisiológicas de cadaespécie forrageira sejam respeitadas. Poressa razão é importante compreender a inter-relação entre os componentes do siste-ma (solo, planta, animal), o que passanecessariamente pelo entendimento dascaracterísticas do dossel forrageiro, con-dicionadoras e determinantes de respostastanto de plantas como de animais e seus

efeitos sobre as características físicas, quí-micas e biológicas do solo.

FATORES QUE INTERAGEMNO SISTEMASOLO-PLANTA-ANIMAL

Sistemas de produção animal integra-dos com agricultura são complexos, umavez que, além do solo e da planta (pasta-gem e lavoura), existe a presença do ani-mal (Fig. 2).

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Figura 2 - Pastagem de Panicum maximum cv. Tanzânia, após a colheita do milho - SeteLagoas, MG

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106 Integração Lavoura-Pecuária

o animal tem participação efetiva nopisoteio, na desfolhação e na produção deexcrementos. Esses elementos afetam diretaou indiretamente as propriedades físicas,químicas e biológicas do solo, com reflexossobre a produção de grãos da lavoura e defitomassa das pastagens (Fig. 3).

Neste sistema, ressalta-se a importân-cia das condições edafoclimáticas naprodutividade das pastagens e da lavoura.O plantio de uma forrageira ou culturacomercial em determinada região depen-de, dentre outros fatores, da capacidadede essa espécie se adaptar às condiçõesambientais, notadamente, clima e solo.Dentre as variáveis climáticas destacam-se a luz, a temperatura e a disponibilidadede nutrientes que associadas ao solo, for-mam o ambiente no qual as plantas sedesenvolvem. A radiação solar é de funda-mental importância como fonte essencial edireta de energia para o desenvolvimento

das plantas, por sua ligação com a fotossín-tese e por correlacionar-se direta ou indire-tamente com um grande número de pro-cessos ligados ao crescimento (PEDREIRAet al., 1998). A luz interfere ainda no desen-volvimento e florescimento das grarníneas,por meio da variação estacional que seobserva no comprimento do dia em dife-rentes latitudes. Em um grande número deespécies forrageiras, a mudança do está-dio vegetativo de crescimento para o re-produtivo é induzida pela mudança nocomprimento do dia (HUMPHREYS, 1991).A taxa de crescimento da cultura é deter-minada pelo porcentual de luz intercep-tado (LAWLOR, 1995). Vários aspectosmorfológicos (densidade da cobertura ve-getal, distribuição horizontal e vertical entreas folhas, ângulo foliar) e fisiológicos (ida-de, tipo e tamanho da folha) estão envolvi-dos na interceptação de luz pelas culturas(BERNARDES,1987).

Luz, temperatura, água ~__ I~

I Manejo do pastá I '-----r----' L,__ -,- __ ...J

PALHADA

SOLO

Carne, leite,couro, etc.

Produçãocomercializável

do sistemaGrãos

Figura 3 - Diagrama das inter-relações observadas em sistema Integração Lavoura-Pecuária

FONTE: Alves et aI. (2007).

ProduCjão de fitomassaem sistema ILP

A produção de fitomassa das plantasforrageiras e dos cultivos agrícolas de-pende das espécies e cultivares utilizadase das condições ambientais durante o ciclo,as quais podem ser parcialmente modi-ficadas pela adubação e práticas culturais.Parte da fitomassa aérea produzida pelocultivo agrícola é colhida e retirada do sis-tema na forma de grãos e parte é incorpo-rada à palhada, na forma de resíduos oudestinada à produção animal. A produçãode fitomassa aérea das plantas forrageiraspode ser muito variável, dependendo dascondições ambientais e do manejo do pas-tejo, o qual também será determinante noconsumo desta pelos animais (ALVES etal.,2(07).

Mesmo com vários avanços na pes-quisa sobre o sistema ILP, questiona-se aintensidade com que cada cultura interfereno crescimento da forrageira, o modo peloqual a pastagem se recupera após a colhei-ta das culturas e quais as variações nocrescimento da gramínea forrageira nocultivo consorciado, em relação ao sol-teiro. Portes et al. (2000) avaliaram o cres-cimento do capim B. brizantha após acolheita em consórcio com milho, sorgo,milheto e arroz, e a sua rebrota após a co-lheita dos cereais. Os resultados obtidosindicaram que a presença dos cereais redu-ziu o número de perfilhos, o índice de áreafoliar, a massa seca total da parte aérea, amassa seca das folhas verdes e dos col-mos e a taxa de crescimento na braquiária,até a colheita dos cereais. O número deperfilhos alcançou valores maiores do queos da braquiária solteira, após a colheitados cereais. Os índices de área foliar dabraquiária consorciada foram baixos, emcomparação com os dos cereais, e a baixacompetição, em cobertura foliar, favore-ceu a boa produtividade de grãos das cul-turas. Esses autores concluíram que, aos60-70 dias após a colheita dos cereais, afitomassa da braquiária plantada junto comos cereais era semelhante à da solteira.

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Integração Lavoura-Pecuária 107

Importância da palhadaem sistema ILP

Ao considerar a importância da for-mação de palhada para a implantação dasculturas no Sistema Plantio Direto (SPD),deve-se optar por sistemas de pastejo queproporcionem maiores taxas de cresci-mentos das pastagens, mantenham umresíduo mínimo de forragem durante todoo ciclo de pastejo e promovam condiçõespara que as áreas pastejadas possam re-cuperar e acumular fitomassa suficientepara a formação da palhada necessária paraa implantação das culturas de verão.

Com relação às alterações físicas ebiológicas que ocorrem no solo no sistemaILP, sabe-se que as pastagens deixamquantidades apreciáveis de palha e de raí-zes no perfil do solo. Isso tende a aumentara matéria orgânica, que é fundamental namelhoria da estrutura física do solo alémde ser fonte de carbono para meso e mi-crorganismos do solo. Além disso, adecomposição das raízes cria uma rede decanalículos no solo, de grande importâncianas trocas gasosas, e uma movimentaçãodescendente de água. Esse novo ambiente,criado no solo pela ILP, é fundamental pa-ra impactar positivamente tanto a suasustentabilidade quanto a produtividadedo sistema agropecuário (ALVARENGA;NOCE, 2005). O estudo do efeito do pisoteioanimal sobre as propriedades físicas dosolo, em áreas de plantio direto utilizadasna ILP, mostrou que os efeitos negativosdo pisoteio são rapidamente revertidosapós a cultura do milho (COIMBRA, 1999).O mesmo foi observado por Cassol (2003),quando a soja foi plantada como culturasubseqüente.

Em regiões de clima tropical, as prin-cipais fontes de palha para o plantio diretosão as gramíneas, destacando-se as bra-quiárias, o sorgo forrageiro, o milheto,como boas culturas formadoras de co-bertura. Conforme relatado por Mello et al.(2004), a produção de sorgo forrageiro foisuficiente para permitir um ganho de 621kg/ha de peso vivo e a quantidade de

resíduos de sorgo após o pastejo supriu oaporte anual de matéria seca de palhanecessária para a manutenção do plantiodireto.

Portanto, o ajuste entre pressão oufreqüência de utilização das pastagens e aquantidade e qualidade do resíduo decobertura do solo, seja ele proveniente daspastagens, seja proveniente das culturasde verão, deve ser realizado para que o sis-tema não fique comprometido, mantendo-se produtivo ao longo dos anos e commelhoria dos níveis de fertilidade e qua-lidade do solo.

IMPACTO ANIMAL NAPASTAGEM

O principal efeito do animal em pastejosobre a planta forrageira é causado peladesfolha. A intensidade da desfolha refletea proporção de forragem removida duranteo pastejo, sendo usualmente medida pelosvalores residuais de massa de forragem,altura ou índice de área foliar. A redução daárea foliar pela remoção dos meristemasapicais, diminui a reserva de nutrientes daplanta e promove uma mudança na alo-cação de energia e nutrientes da raiz para aparte aérea, a fim de compensar as perdasde tecido fotos sintético (NASCIMENTOJÚNIOR, 2001). Por outro lado, a desfolhacausada pelos animais beneficia as plantaspelo aumento da penetração da luz dentrodo dossel, alterando a proporção de folhasnovas, mais ativas fotossinteticamente,pela remoção de folhas velhas e ativandoos meristemas dormentes na base do caulee rizomas (KEPHART et aI., 1995), espe-cificamente no caso de pastejo não sele-tivo.

Considerando a rebrota da pastagem,o estádio fisiológico das folhas rema-nescentes também é importante, uma vezque a contribuição de folhas senescentespara o processo fotos sintético é pequena,quando comparada com a quantidade decarbono fixada pelas folhas novas, fo-tos sinteticamente mais ativas. Assim, aquantidade de folhas e a composição mor-

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fológica da pastagem (proporção de folhas,hastes e material morto) determinam avelocidade do restabelecimento do cres-cimento da planta forrageira depois dadesfolha (PARSONS; CHAPMAN, 2000).Com a finalidade de manter a coberturavegetal adequada, no sistema ILP, devem-se evitar desfolhas freqüentes e intensas,principalmente em pastagens de Panicummaximum. Essas gramíneas concentrammaiores proporções de área foliar nasregiões intermediárias superiores do dos seie, portanto, não são capazes de maximizara interceptação luminosa logo depois dedesfolhas mais intensas, em razão do baixoíndice de área foliar nas porções inferioresda pastagem (MELLO, 2002). As áreas aser pastejadas devem apresentar após opastejo, um mínimo de área foliar, nãopermitindo que o pastejo atinja o meristemaapical da planta pastejada, o que propiciaráuma rebrota mais vigorosa da planta apósa retirada dos animais. Plantas que nãoapresentam o meristema apical removido,têm um crescimento mais acentuado denovas folhas, devido à pronta disponi-bilidade de reservas de nutrientes.

Portanto, para obter sucesso na ILP noSPD, faz-se necessário considerar o tempode retomo dos animais ao mesmo piquetee a freqüência de pastejo empregada, paraobtenção de uma quantidade mínima defitomassa residual para cobertura de soloapós o período de pastejo. Quando se utili-za tempo de retomo muito curto, ocorreredução na capacidade. da planta em acu-mular fitomassa, o que ocasiona reduçãono resíduo de forragem e diminuição noganho de peso dos animais, além de acar-retar em um menor aporte final de palha nosistema.

Fontaneli et al. (2000b) preconizaram umperíodo de descanso de, aproximadamen-te, 30 a 40 dias para que as pastagensacumulem fitomassa para ser dessecadase, assim, permitir a semeadura de culturasde verão. De acordo com esses autores, osistema de lotação rotacionada é o maisindicado na ILP sob plantio direto. Também

108 Integ ração Lavou ra-Pecuária

não observaram diferença significativa norendimento de grãos de soja entre áreasque receberam animais em um sistema delotação rotacionada no inverno e áreascultivadas com culturas de grãos de in-verno anteriormente à soja. Coimbra (1999)e Consalter (1998), ao avaliarem a respostadas lavouras de soja e milho em sucessãoà pastagem, também não observaram di-ferenças significativas entre as produ-ções de soja e milho cultivadas em áreaspastejadas e não pastejadas.

Da mesma maneira, Nicoloso et al.(2006), ao avaliarem três manejos de pas-tagem (sem pastejo, com pastejo a cada28 dias e pastejo a cada 14 dias) e duasculturas de verão (soja e milho), observa-ram que a produção animal não foi afeta-da pela freqüência de pastejo adotada,porém notaram redução na produção depalhada para cobertura de solo, à medidaque se intensificou a utilização das pas-tagens. Também, o rendimento de grãos desoja e de milho em sucessão nessas áreasfoi reduzido pelo aumento da freqüênciade pastejo. No entanto, o rendimento degrãos na área sem pastejo foi semelhan-te ao da área pastejada a cada 28 dias. Ni-coloso et al. (2006) também observaram queo sistema de- pastejo com lotação rota-cionada apresentou bom potencial paraprodução de carne com uso de pastagensanuais de inverno, sendo que a soja emmonocultivo de verão exige um manejo daspastagens de inverno menos intensivo, afim de que se obtenha boa adição de palhapara cobertura do solo.

Ao considerar o ecos sistema da pas-tagem, o animal afeta o compartimentoprodutor primário diretamente e outroscomo, decomposição, ciclagem de mineraisno solo, etc., indiretamente. Os efeitosfísicos do pastejo são: pisoteio, manchasde esterco e dispersão de sementes. Alémda remoção e redistribuição de nutrientes,o pastejo muda o balanço da energia nasuperfície do solo e altera a colonizaçãopor plantas (NASCIMENTO JÚNIOR,2001).

Ciclagem de nutrientesem sistema ILP

Os animais obtêm por meio da forragemconsumida os nutrientes necessários paraseu desenvolvimento e produção. No en-tanto, uma parte dessa forragem consumidaé excretada na forma de fezes e urina, per-mitindo a recomposição parcial da fertili-dade do solo. Considerando toda pastagemdisponível para o animal, este consomecerca de 30% a 90% desta, sendo que, emuma base anual, aproximadamente 65 % a99% dos nutrientes absorvidos pelas plan-tas retomam ao solo na forma de liteira, re-síduos e excreta animal (KEMP et al., 1999).

Quando em pastejo, os animais agre-gam dentro de suas excreções considerá-veis quantidades de nutrientes essen-ciais para as forrageiras, como nitrogênio,fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxo-fre. Contudo, essa quantidade de nutrien-tes retomada via fezes e urina dos animaisem pastejo pode variar em função da qua-lidade e quantidade de forragem consu-mida por estes, e também em função dasnecessidades do animal. Ressalta-se queos nutrientes contidos nas fezes dos ani-mais podem ser potencialmente recicladosno solo numa forma mais prontamente dis-ponível.

Sabe-se que a retenção de nutrientes émaior na fase de crescimento dos animaise nas vacas leiteiras do que no gado decorte. E entre 75% e 90% do nitrogênioingerido é excretado na urina, principal-mente na forma de uréia. O balanço entre onitrogênio excretado entre fezes e urinavaria de acordo com a quantidade ingeridano alimento.

Com relação ao fósforo (P), mais de 90%da ingestão deste nutriente pelo animalretoma via fezes, e é insignificante a quan-tidade de P excretada na urina. O P ex-cretado apresenta alta correlação com o Pingerido e contido na dieta. As fezes apre-sentam alto conteúdo de P, tanto na for-ma inorgânica como orgânica, porém aprincipal forma de P nas fezes é o P inor-gânico, que representa cerca de 75% do P

eliminado nas fezes. À medida que aingestão de P aumenta, a proporção de Pinorgânico excretada nas fezes tambémaumenta, no entanto, a excreção de P or-gânico permanece relativamente inalterada.

A principal via de retomo do potássio(K) para o solo em pastagens é pela urina e80% a 90% desse nutriente, consumidopelos animais em pastejo, retoma à pasta-gem. O K na urina e nas fezes está na formaiônica, sendo mais rapidamente disponívelpara as plantas. Quando presente na urina,é totalmente solúvel em água.

O cálcio (Ca) ingerido é amplamenteexcretado nas fezes, retomando na formade fosfatos de Ca. O Ca e o magnésio (Mg)são compostos pouco solúveis em água esua liberação nas fezes é muito lenta. Asolubilidade dos fosfatos irá depender nãosomente da concentração de Ca ou fosfa-to, mas também do pH. Braz et aI. (2002), aoavaliarem o processo de reciclagem de nu-trientes pelas fezes de bovinos sob pastejoem pastagem de B. decumbens, estimaramque 93,28% do N, 76,68% do P, 17,99% K,72,93% do Ca e 62,54% do Mg ingeridospelos animais retomaram à pastagem comofezes.

O valor da excreção animal como fontede nutrientes dependerá principalmenteda distribuição na pastagem e também dasua composição química. A distribuiçãodas excreções pode ser afetada pela du-ração do período de pastejo, da intensidadede pastejo, do tamanho e forma da pastageme do tipo de forrageira oferecido aos ani-mais. Normalmente observa-se que os ex-crementos animais não são distribuídosde maneira uniforme na pastagem. Ge-ralmente, o número de excreções é maiornas adjacências da água e ao longo de cer-cas. No entanto, quando se utiliza uma al-ta lotação animal, ocorre uma menor ten-dência para os animais se agruparem,propiciando uma distribuição mais equi-librada de excremento sobre a área. Estaalta lotação pode ser conseguida por meioda subdivisão dos piquetes e uso da lo-tação rotacionada.

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Integração Lavoura-Pecuária 109

IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃOSOLO-PLANTA-ANIMALNO MANEJO DA PASTAGEMNA ILP

De maneira geral, as interações e fato-res que afetam a produção animal empastagens em sistema ILP são as mesmasde sistemas exclusivos de pecuária. Assim,é importante que se tenha conhecimentosobre as interações que ocorrem no sistemasolo-planta-animal e como esses fatoresinfluenciam a fisiologia e o desenvolvi-mento das forrageiras, para que se estabe-leçam estratégias adequadas de manejo,que sejam aplicadas ao sistema ILP.

O manejo eficiente da pecuária a pastorequer um mínimo de conhecimento sobreos fatores que atuam no sistema. De acordocom Hodgson (1990), no processo de pro-dução animal a pasto devem-se levar emconsideração:

a) estádio de crescimento da planta:a produção de forragem será influ-enciada pelo potencial genético daforrageira e pelos fatores ambien-tais;

b) consumo da forragem produzida;

c) conversão da forragem consumi-do em produto animal: a forragemconsumida é metabolizada no orga-nismo do animal, gerando como pro-duto final came ou leite (Fig. 4). Nes-te diagrama pode-se observar que aprodução animal resulta da interaçãoentre os estádios de crescimento, de

utilização (consumo) e de conversãoda forragem.

Um dos principais fatores que inter-ferem no crescimento das forrageiras,causando redução na produção de forra-gem está relacionado com a baixa fertilida-de dos solos tropicais (MARTHAJÚNIOR;VILELA, 2002). Em sistemas integrados,as pastagens beneficiam-se da melhor fer-tilidade química do solo, como resultadodo efeito residual da adubação praticadana lavoura, favorecendo o crescimento dasforrageiras.

Por outro lado, o período de utilizaçãoda forragem consumida (Fig. 4) pode serindiretamente influenciado pela rotaçãoentre culturas anuais e pastagens, em fun-ção do aumento na massa de forragem dapastagem e de alterações na sua arquitetura.As melhores condições de fertilidade dosolo para a produção de forragem podemdeterminar maior produção de folhas erelação folha/haste mais elevada, o quebeneficia o consumo. O valor nutritivo daforragem também pode ser influenciado pe-la fertilidade do solo, podendo-se infe-rir que a integração entre lavoura e pas-tagens tem efeitos positivos sobre o valornutritivo da forragem, o que tambémbeneficia o maior consumo de forragem(VILELA et al., 2002).

Segundo Magnabosco et alo (2003), oconsumo da forragem a pasto é influen-ciado por fatores nutricionais e não nu-tricionais, sendo este último afetado pelaestrutura física da pastagem, tais como a

massa e a oferta de forragem, a proporçãode hastes, folhas e material morto, a rela-ção folha/haste. Ressalta-se que o compor-tamento do animal (seletividade, respostaà altura e densidade da pastagem, tempode pastejo) também é um fator a ser con-siderado.

No estádio final do processo de pro-dução animal em pastagem, onde ocorre aconversão da forragem consumida emproduto animal (Fig. 4), a genética animal éo principal fator deterrninante do desem-penho, devendo ser considerada no sis-tema ILP. Entretanto, neste sistema, ondeocorre rotação entre as atividades de agri-cultura e de pastagens nas glebas da pro-priedade, têm-se dois momentos espe-cíficos, nos quais a utilização estratégicada pastagem repercute, em ganhos na pro-dução animal e melhorias no sistema deprodução agrícola.

Assim, em um sistema ILP semprehaverá uma área implantada anualmente,ou seja, uma pastagem de primeiro ano, queapresenta ótima qualidade nutricional emfunção da alta relação folha/caule e poucomaterial morto e que permanece verde pormaior período no outono/inverno. Nessaspastagens, para que o produtor obtenhamaiores benefícios, é interessante que uti-lize categorias animais mais responsivas àqualidade da forragem, como por exemplo,vacas no pico de lactação ou animais emrecria.

Da mesma forma, quando se pretenderetomar com a lavoura em uma área de

[Produto Jl ~ anim------'a~

~ Crescimento Utilização Conversão ~

-----------------~-----------------

ClimaSolo

PlantaProdução de

forragemConsumo de

forragem

Produção animal em pastagem

Figura 4 - Processo de produção animal em pastagemFONTE: Hodgson (1990).

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110 Integração Lavoura-Pecuária

pastagem é necessário, no início do períodochuvoso, realizar um pastejo pesado quevisa à remoção da maior quantidade dematerial entouceirado, rebaixando a pas-tagem. Para esse pastejo é interessanteutilizar categorias animais pouco respon-sivas, como vacas secas. Após esse pastejoe com o início das chuvas, a forrageira irárebrotar acumulando folhas novas (palhadapara o plantio direto), o que facilita a des-secação da pastagem, aumentando a absor-ção do herbicida, melhorando a qualidadedesta operação e reduzindo a quantidadede dessecante necessária.

Em sistema ILP os fatores determinan-tes das interações solo-planta-animal sãobasicamente os mesmos de sistemas deprodução exclusivamente pecuários. Entre-tanto, em função da intensificação do pro-cesso de crescimento das forrageiras, danecessidade de maior eficiência de utiliza-ção da pastagem e da otimização da relaçãoforragem consumida/palhada para o siste-ma, são requeridos maior profissionalismoe qualidade técnica no manejo agronômicoe animal dessas áreas, para atingir a maxi-mização dos benefícios oriundos destaintegração e a manutenção da sustentabili-dade do sistema.

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