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INTELIGENCIA ARTIFICIAL Será a inteligência artificial equivalente à inteligência humana?” Disciplina de Filosofia Professora Paula Santos Trabalho realizado pelos alunos do 11ºA: Miguel Silva nº 16 Rui Carvalho nº 22

Inteligência artificial

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Trabalho de filosofia referente ao ramo da inteligência artificial que procura responder à questão: «Será a inteligência artificial equivalente à inteligência humana?»

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  • INTELIGENCIA ARTIFICIAL

    Ser a inteligncia artificial equivalente

    inteligncia humana?

    Disciplina de Filosofia

    Professora Paula Santos

    Trabalho realizado pelos alunos do 11A:

    Miguel Silva n 16

    Rui Carvalho n 22

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    INTELIGENCIA ARTIFICIAL | Ser a inteligncia humana equivalente humana?

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    Para refletir:

    Um dia, uma mquina ir responder erroneamente para no magoar os sentimentos de

    uma pessoa, nesse momento o homem ter criado inteligncia artificial.

    (Robert Brault)

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    Miguel Silva & Rui Carvalho | AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DR. VIEIRA DE CARVALHO

    NDICE

    Prefcio .................................................................................................................................................. 2

    Introduo .............................................................................................................................................. 4

    Desenvolvimento da tese ....................................................................................................................... 5

    O teste de Turing ............................................................................................................................ 5

    IA forte versus IA fraca .................................................................................................................. 6

    O quarto chins de John Searle....................................................................................................... 7

    O papel da emoo e sentimento .................................................................................................... 8

    Concluso ............................................................................................................................................... 9

    Bibliografia e fontes ............................................................................................................................. 10

    Bibliografia ................................................................................................................................... 10

    Web grafia .................................................................................................................................... 10

    Filmografia ................................................................................................................................... 10

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    INTELIGENCIA ARTIFICIAL | Ser a inteligncia humana equivalente humana?

    INTRODUO

    A Inteligncia artificial ou I.A. uma rea da cincia de computao e de vrios ramos de

    engenharia que tem como objetivo a criao dispositivos computacionais e tecnolgicos ou software

    com o intuito de replicar a habilidade do ser humano de atravs da razo resolver problemas, pensar e

    a agir de forma inteligente

    O termo Inteligncia artificial foi cunhado por John McCarthy, cientista norte-americano

    famoso pelos seus estudos na rea da I.A. e criador da linguagem de programao Lisp, que definiu

    este campo como: A cincia e a engenharia de criar mquinas inteligentes.

    Tendo comeado o seu desenvolvimento no perodo ps segunda guerra mundial a I.A. tem

    vindo evoluir cada vez mais e a revolucionar a maneira como o ser humano vive com avanos

    tecnolgicos como a Rbotica que hoje utilizada em reas como a medicina, a astronomia, e

    mltiplos tipos de indstrias.

    Contudo a criao de mquinas capazes de conhecer, raciocinar e aprender impulsiona-nos a

    colocar varias questes: Ser possvel um computador simular o funcionamento do nosso crbero? As

    emoes sero programveis? Ser que algum dia as mquinas revoltar-se-o contra as pessoas? At

    onde pode/deve a cincia evoluir? E, por fim, Ser a inteligncia artificial equivalente inteligncia

    humana?

    Figura 1: Jogo de xadrez entre rob e humano. "Duelo" entre inteligncias

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    Miguel Silva & Rui Carvalho | AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DR. VIEIRA DE CARVALHO

    DESENVOLVIMENTO DA TESE

    O teste de Turing

    Alan Turing (1912-1954) foi um matemtico, lgico,

    criptoanalista e cientista da computao britnico. Foi influente no

    desenvolvimento da cincia da computao e na formalizao do

    conceito de algoritmo e computao com a mquina de Turing1.

    Turing criou um teste com intuito de reconhecer

    Inteligncia Artificial para o qual um computador que passe,

    dever ser considerado inteligente o que implica o reconhecimento

    de estados cognitivos humanos em computadores.

    Neste teste participam duas pessoas e um computador. Uma

    das pessoas e a mquina encontra-se numa sala. A segunda pessoa,

    aquela que coloca as questes, permanece numa sala distinta (Figura

    3). O interrogador pretende descobrir, colocando questes (em

    formato escrito para eliminar a influencia da voz ou capacidade

    oral da maquina) sua escolha, quem um e quem outro.

    Se, aps os testes, 50% dos interrogadores no forem capaz

    de identificar a mquina poder se afirmar que a mquina

    possui Inteligncia Artificial.

    1 Mquina de Turing: um dispositivo terico conhecido concebido por Alan Turing, muitos anos antes de existirem os

    modernos computadores digitais. um modelo abstrato de um computador, que se restringe apenas aos aspectos lgicos

    do seu funcionamento (memria, estados e transies) e no sua implementao fsica.

    Figura 2: Alan Turing

    Figura 3: Representao do teste de Turing

    Conceito chave:

    Quando um computador tem um

    desempenho verbal indistinguvel de um ser

    humano, admite-se que ele tambm

    detentor de inteligncia e pensamento

    consistente.

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    IA forte versus IA fraca

    A IA Fraca a forma de inteligncia artificial que se foca na criao de mquinas incapazes de

    raciocinar ou resolver problemas. O teste normalmente utilizado para a classificao destas mquinas

    o Teste de Turing. Esta a rea da inteligncia artificial onde tem havido a maior quantidade de

    progressos relevantes

    A IA forte consiste numa forma de inteligncia artificial capaz de raciocinar e resolver

    problemas, sendo classificada como Auto consciente. Dadas as suas caractersticas esta forma de

    inteligncia artificial muito controversa, dadas as questes de tica que levanta, das quais se destaca

    a seguinte: O que fazer com uma entidade que seja cognitivamente indiferencivel dos seres

    humanos?.

    Figura 4: Cartoon alusivo filosofia da inteligncia artificial e ao cogito de Ren Descartes

    John R. Searle

    John Searle, filosofo, escritor e professor universitrio norte-

    americano, foi um dos maiores opositores e crticos do conceito de

    inteligncia artificial forte e do teste de turing, tendo inclusive

    escrito um dos argumentos mais relevantes neste campo: O quarto

    Chins.

    Este argumento foi formulado em 1980 no artigo chamado

    Minds, Brains and Programs, cujo objetivo mostrar que a

    implementao de um programa no suficiente para a criao, por

    parte dos computadores, de estados mentais verdadeiros. Esta teoria

    tem como alvo a IA forte.

    Figura 5: John Searle lecionando na

    universidade de Berkeley

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    O quarto chins de John Searle

    Para provar que a implementao de um programa no suficiente para a criao, por parte

    dos computadores, de estados mentais verdadeiros, Searle recorre a uma experiencia mental que tem

    como objetivo mostrar um computador programado para executar um programa, em que mesmo assim

    no h qualquer atividade cognitiva relevante.

    Este teste designa-se por quarto chins dado que consiste na existncia de um programa capaz

    de falar chins to bem como um nativo Chins, que depois executado por algum que se encontra

    num quarto fechado (esse algum no tem qualquer conhecimento de chins). De seguida algum de

    fora deste quarto (algum fluente em chins) interroga a pessoa dentro do quarto, que se limita a

    executar o programa, passando assim por falante fluente de chins para os interrogadores, mas apesar

    disto, a pessoa que est no quarto continua a no entender realmente chins, provando assim que na

    verdade os computadores no entendem realmente nada, apenas se limitam a seguir programas.

    O argumento do quarto chins pretende mostrar que os computadores podem simular mas no

    duplicar o pensamento humano tambm pode ser utilizado como critica a Turing pois um sistema

    mesmo sem ter qualquer pensamento, conscincia ou compreenso conseguiria passar no seu teste e

    assim ser considerado inteligente.

    Figura 6: Diagrama do quarto chins

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    O papel da emoo e sentimento

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    Agora, diz-me, ser que uma maquina como tu pode sentir o medo?

    -Vegeta (Dragon Ball Z)

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    Uma das grandes questes que se coloca no mbito da filosofia da inteligncia artificial : Sero

    as mquinas capazes de sentir sentimentos como o medo a saudade ou talvez at amar? Sero as

    emoes programveis?

    Assim como a inteligncia humana, a inteligncia artificial baseia-se nos princpios do

    raciocnio, da logica da memria e da linguagem, mas falta-lhe um fator essencial a emoo.

    A emoo um dos principais componentes da nossa inteligncia. Perante um estmulo do

    exterior sobre o qual o Homem sinta-se ameaado, como ser atacado por um urso este pode lutar, pode

    fugir ou pode ficar aterrorizado e incapaz de se mover. Neste caso a emoo ditar a ao da pessoa

    em causa. Por mais similar que a IA se esteja tornar inteligncia humana s maquinas inteligentes

    no parecem capazes de reagir com base em qualquer emoo. Os robs devero reagir de acordo com

    as, embora no considerada cientificas, as 3 leis da robtica de Isaac Asimov2 para as quais foram

    programados.

    As 3 leis da robtica2:Princpios idealizados pelo escritor de fico cientfica Isaac Asimov segundo as quais um

    rob deve agir:

    1 Lei: Um rob no pode ferir um ser humano ou, por inao, permitir que um ser humano sofra algum mal.

    2 Lei: Um rob deve obedecer as ordens que lhe sejam dadas por seres humanos exceto nos casos em que tais ordens entrem em conflito com a Primeira Lei.

    3 Lei: Um rob deve proteger sua prpria existncia desde que tal proteo no entre em conflito com a Primeira ou Segunda Leis.

    Figura 7: Robs Apaixonados

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    CONCLUSO

    Embora a inteligncia artificial tenha evoludo exponencialmente nas ltimas dcadas esta no

    pode ser considerada equivalente inteligncia humana devido a inexistncia de emoes. Apesar de

    no conseguir compreender os sentimentos humanos a IA continua a ser uma rea de grande interesse

    para o homem pois a criao de mquinas cada vez mais inteligentes permite uma maior eficincia em

    certas reas como a indstria automvel e melhor qualidade de vida. Contudo esta inaptido para reagir

    segundo emoes significa que a nosso parecer o Homem nunca poder ser completamente substitudo

    pela mquina.

    Apesar de no serem iguais a inteligncia artificial e a humana no quer dizer que uma seja

    melhor que a outra nem que sejam incompatveis. Pelo contrrio estas complementam-se pois as

    fraquezas de uma so as vantagens da outra.

    Aps a realizao deste trabalho podemos concluir que o ramo da IA deve continuar a progredir

    no sentido de criar mquinas que possam cada vez mais agir autonomamente, aprender e raciocinar.

    Figura 8: Aliana entre rob e humano. Unio da Inteligncia artificial e a inteligncia humana

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    BIBLIOGRAFIA E FONTES

    Bibliografia

    Amorim, Carlos e Pires, Catarina., Clube das Ideias 11Ano, Areal, 2014. Searle, John., Mente, Crebro e Cincia, Edies 70,2000. Russel, Stuart e Norvig, Peter.,Artificial Inteligence: A Modern Aproach, Prentice Hall, 2010.

    Web grafia

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Intelig%C3%AAncia_artificial http://www.elbot.com/ http://sigarra.up.pt/feup/pt/web_page.inicial http://www.turing.org.uk/scrapbook/test.html http://entretenimento.r7.com/jogos/novo-video-de-the-witcher-3-explica-inteligencia-

    artificial-usada-pelos-monstros-06052015

    http://www.a-i.com/ http://www.nybooks.com/articles/archives/2014/oct/09/what-your-computer-cant-know/ http://mentecerebrociencia.blogspot.pt/2008/09/quarto-chins.html https://philosophy.berkeley.edu/people/detail/18

    Filmografia

    A.I Artificial Intelligence, Steven Spielberg, Warner Bros Pictures e Dreamworks Pirctures, 2001.

    The Matrix, the Wachowski Brothers, Warner Bros Pictures, 1999.