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Interações Parasita- Hospedeiro 1 Noções dos mecanismos de interação e do sistem imunológico

Interações Parasita-Hospedeiro

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Interações Parasita-Hospedeiro. Noções dos mecanismos de interação e do sistema imunológico. 1. Introdução. * Animais e plantas passam toda a vida em contato com microrganismos * Muitos tipos de microrganismos habitam os animais e as plantas como comensais inócuos - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Interações Parasita-Hospedeiro

Interações Parasita-Hospedeiro

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Noções dos mecanismosde interação e do sistema

imunológico

Page 2: Interações Parasita-Hospedeiro

* Animais e plantas passam toda a vida em contato com microrganismos

* Muitos tipos de microrganismos habitam os animais e as plantas como comensais inócuos

* Porém, se os mecanismos de defesa enfraquecem:

comensais parasitas

* Outros patógenos podem invadir os organismosdoença

* Doença ou saúde resultam do equilíbrio das relações parasita-hospedeiro

1. Introdução

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Page 3: Interações Parasita-Hospedeiro

mecanismos de

infecção

mecanismosde

defesaPARASITA HOSPEDEIRO

Resistência x Susceptibilidade

Influência na medicina, fitopatologia, indústria ...

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Page 4: Interações Parasita-Hospedeiro

Interações microbianas com as membranas mucosas: (a) associação frouxa;(b) adesão; (c) invasão

Fonte: Microbiologia de Brock; Madigan et al., 2004

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Page 5: Interações Parasita-Hospedeiro

Aderência de patógenos a tecidos animais. Escherichia coli enteropatogênica em uma infecção modelo fatal de um bezerro recém-nascido. As células bacterianas estão aderidas à borda das vilosidades do bezerro por meio de um glicocálix. Os bacilos têm cerca de 0,5 μm de diâmetro.

Fonte: Microbiologia de Brock; Madigan et al.2004

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vilosidades doestômago

Bactérias aderidas

glicocálixAdesão

Page 6: Interações Parasita-Hospedeiro

Sítio anatômico Organismo

Pele Staphylococcus (gastroenterites, pneumonias, etc.), Corynebacterium, Acinetobacter (pneumonias), Pitysrosporum (levedura), Propionibacterium, Micrococcus

Boca Streptococcus (meningites), Lactobacillus, Fusobacterium, Veilonella, Corynebacterium, Neisseria, Actinomyces

Trato respiratório Streptococcus, Staphylococcus, Corynebacterium, Neisseria

Trato gastrointestinal Lactobacillus, Streptococcus, Bacteroides, Bifidobacterium, Eubacterium, Peptococcus, Peptostreptococcus, Ruminococcus, Clostridium,Escherichia, Klebsiella, Proteus, Staphylococcus, Enterococcus

Trato urogenital Escherichia, Klebsiella, Proteus, Neisseria,Lactobacillus (vagina de mulheres adultas), Corynebacterium, Staphylococcus, Candida,Clostridium, Prevotella, Peptostreptococcus

Gêneros de microrganismos representativos da microbiota normal de humanos

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Page 7: Interações Parasita-Hospedeiro

Seção de um dente ilustrando os tecidos circundantes que ancoramo dente à gengiva

Fonte: Microbiologia de Brock; Madigan et al.2004

Exemplo de interação microrganismo-homem

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Page 8: Interações Parasita-Hospedeiro

PLACA DENTAL

células bacterians envoltas por uma

matriz de polímeros e produtos salivares

encontrada nos dentes

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Page 9: Interações Parasita-Hospedeiro

A placa dental Bactérias colonizam a superfíciedos dentes graças a um filme orgânicofino resultante da ligação com glicoproteínas ácidas da saliva

Streptococcus mutans

Streptococcus sobrinus

Streptococcus sanguis

Streptococcus mitis

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FusobacteriumActinomyces

Page 10: Interações Parasita-Hospedeiro

CÁRIE DENTAL

destruição dental resultante de uma

infecção bacteriana

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Page 11: Interações Parasita-Hospedeiro

A cárie dental

Açúcares ácido lático

descalcificação do esmalte

proteólise da matriz do dente

Fluoreto reduz a ação descalcificante (une-se a matriz do dente) 11

Streptococcus mutans

Streptococcus sobrinus

Page 12: Interações Parasita-Hospedeiro

Micrografia eletrônica de varredura da bactéria cariogênica Streptococcus mutans. O polímero aderente, dextrana, mantém as células unidas na forma de filamentos. Células individuais apresentam diâmetro de aproximadamente 1 μm.

Fonte: Microbiologia de Brock; Madigan et al.200412

polímerosde dextrana

Page 13: Interações Parasita-Hospedeiro

* patogenicidade: habilidade de produzir uma infecção

* infecção: colonização de um organismo por alguma espécie externa

* doença: detrimento do organismo infectado

* patógenosprimáriosoportunistas

* virulência: capacidade relativa do patógeno de causar doença

* fatores de virulência: toxinas, enzimas, etc.

Definições

2. Mecanismos de infecção (fatores de virulência)

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Page 14: Interações Parasita-Hospedeiro

2.1. Requisitos para doença

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Page 15: Interações Parasita-Hospedeiro

2.2.1. Toxinas: substâncias que causam danos às células ou tecidos

2.2. Principais fatores de virulência

EXOTOXINA

proteína liberada extracelularmente por um

microrganismo à medida que cresce,

produzindo dano imediato à célula

hospedeira

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Page 16: Interações Parasita-Hospedeiro

* exotoxinas:

natureza química: proteínas/enzimasafinidade por tecidos específicossensíveis ao calor

1.Enzimas citolíticas = lise2.Enzimas A-B = duas subunidades3.Toxinas que atuam como superantígenos = estimulam células de resposta imune (inflamações)

- Corynebacterium diphtheriae (toxina diftérica)- Clostridium tetani (neurotoxina)- Vibrio cholerae (enterotoxina)

2.2. Principais fatores de virulência

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Page 17: Interações Parasita-Hospedeiro

(a) O fator de elongação 2 (EF-2) normalmente se liga ao ribossomo, conduzindo um tRNA carregado com um aminoácido ao ribossomo, promovendo a elongação protéica. (b) A toxina diftérica liga-se à membrana celular, onde é clivada e o peptídeo A é internalizado. O peptídeo A modifica o fator de elongação 2 (EF-2*) que deixa de auxiliar na transferência de aminoácidos para a cadeia polipeptídica em crescimento, resultando na interrupção da síntese protéica e morte celular.

Ação da toxina diftérica de Corynebacterium diphtheriae

Fonte: Microbiologia de Brock; Madigan et al.200417

Tradução normalTradução interrompida

Fator de elongação

Page 18: Interações Parasita-Hospedeiro

2.2. Principais fatores de virulência

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* exotoxinas:- Corynebacterium diphtheriae- Clostridium tetani (neurotoxina)- Vibrio cholerae (enterotoxina)

Page 19: Interações Parasita-Hospedeiro

Ação da toxina tetânica de Clostridium tetani

Fonte: Microbiologia de Brock; Madigan et al.200419

Glicina (aa)

Acetilcolina (neurotransmissor)

Page 20: Interações Parasita-Hospedeiro

2.2. Principais fatores de virulência

* exotoxinas:- Corynebacterium diphtheriae- Clostridium tetani (neurotoxina)- Vibrio cholerae (enterotoxina)

ENTEROTOXINA

proteína liberada extracelularmente por um

microrganismmo à medida que cresce,

produzindo dano imediato no intestino delgado

do hospedeiro = vômitos e diarréia

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Page 21: Interações Parasita-Hospedeiro

Ação da toxina colérica

Fonte: Microbiologia de Brock; Madigan et al.200421

Glicolipídio complexo

Page 22: Interações Parasita-Hospedeiro

2.2. Principais fatores de virulência

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ENDOTOXINA

porção lipopolissacarídica do envoltório

celular de determinadas bactérias, liberada

após a lise da célula do patógeno,

atuando como uma toxina quando

solubilizada

Page 23: Interações Parasita-Hospedeiro

* endotoxinas: liberadas após a lise da célula do patógeno

- toxinas de Salmonella, Escherichia coli

menos tóxicas que as exotoxinas

diminuem leucócitos, linfócitos, plaquetas

proteínas pirogênicas: liberação de pirogenios

diarréia

inflamação generalizada

mortes: choques hemorrágicos e necrose dos tecidos

2.2. Principais fatores de virulência

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Page 24: Interações Parasita-Hospedeiro

Fonte: Microbiologia de Brock; Madigan et al.200424

Page 25: Interações Parasita-Hospedeiro

3.1. Inespecífica (ou natural): * mecanismos de defesa que protegem o hospedeiro de qualquer parasita, com ou sem exposição

3.2. Específica (ou imunidade): * mecanismos de defesa em resposta e um determinado parasita (após exposição)

- em plantas e em muitos animais: inespecífica (primeira linha de defesa)- em vertebrados: resistência específica

3. Resistência/defesa

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Page 26: Interações Parasita-Hospedeiro

* Raça ou etnia

* espécie

* indivíduo

* estresses (hormônios)* Idade (+ jovens ou + velhos)* estado nutricional* higiene

4. Fatores de resistência/defesa dos hospedeiros

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Dependem da:

Page 27: Interações Parasita-Hospedeiro

* Barreiras físicas:

pelemucosascutícula e ceras das plantasparede celularpeloscílios das células epiteliais

4.1. Mecanismos externos de defesa

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Page 28: Interações Parasita-Hospedeiro

* Barreiras químicas

ANIMAISÁcido lático (pele)Ácidos graxos (suor)Enzimas (ex. lisozima da lágrima) Sebo (glândulas sebáceas)Suco gástrico (HCl + enzimas + muco)Lactoferrina (glicoproteína) no leite e nas mucosas (quelante de Fe)Transferrina (glicoproteína) no soro sanguíneo (idem)

PLANTASFitoalexinas (compostos fenólicos)pH da seivaSaponinas, glicosídeos (monossacarídeos) e cianogênicos(ácidos cianídricos ou cianetos)Ácido salicílico

4.1. Mecanismos externos de defesa

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Page 29: Interações Parasita-Hospedeiro

* Barreiras biológicas:

rizosfera

microbiota da pele

superfície das folhas

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4.1. Mecanismos externos de defesa

Page 30: Interações Parasita-Hospedeiro

Fonte: Microbiologia de Brock; Madigan et al.2004

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Page 31: Interações Parasita-Hospedeiro

4.2.1. Inflamação: • reação vascular e celular para inibir a invasão• causada por histaminas liberadas pelas células danificadas

* vasodilatação:

maior volume de sangue na área

vermelhidão e calor maior pressão

dor

* limitação da disseminação do patógeno: • formação de coágulos ao redor do local afetado•pús (células fagocitárias mortas pelas leucocidinas da bactéria)

4.2. Mecanismos internos de defesa

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4.2. Mecanismos internos de defesa

Page 32: Interações Parasita-Hospedeiro

4.2.2. Febre:- resposta sistêmica geralmente devida a bactérias e vírus- aumento da produção de calor metabólico provocado por alterações no hipotálamo

* endotoxinas * pirogenio

- função da febre: aumentar a atividade de fagócitos e a velocidade das respostas inflamatória e imune.

Exemplos de patógenos mortos pela febre: Neisseria gonorrhoeae e Treponema pallidum

4.2. Mecanismos internos de defesa

32Infecções venéreas

Page 33: Interações Parasita-Hospedeiro

4.2.3. Células fagocitárias (leucócitos) – glóbulos brancos

neutrófilosmonócitos e macrófagos

Fagócitos tem elementos bactericidas como proteases,

fosfatases, nucleases, lipases

Não fagocitários linfócitos (sistema imune – células T e B)

4.2. Mecanismos internos de defesa

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Fagocitários

Page 34: Interações Parasita-Hospedeiro

4.2. Mecanismos internos de defesa

34Produtoras de anticorposProdutoras de anticorpos

Defesa celularDefesa celular

Ingestão e morteIngestão e morte

Page 35: Interações Parasita-Hospedeiro

* mecanismo de fagocitose - adesão (opsonina-microrganismo)- pseudópodos (projeções)- ingestão- fagossoma (fusão das membranas - vacúolo)- ação dos lisossomas - grânulos com enzimas

digestivas que se fundem ao fagossoma

- digestão do microrganismo (fagolisossoma)pH 3,5 - 4,0lisozimaoutras enzimas hidrolíticasaumento da respiração - diminui O2:

produção de radicais - superóxido- peróxido

morte do microrganismo 10-30 min depois

4.2. Mecanismos internos de defesa

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Page 36: Interações Parasita-Hospedeiro

Fonte: Microbiologia de Brock; Madigan et al.200436

Peróxido de hidrogênio

Anions superóxidos

Radicais hidroxil

Ácido hipocloroso

Óxido nítrico

Lisossomo + macrófago = fagolisossoma

S. aureus + carotenóides

grânulos comenzimas

célula deingestão

Page 37: Interações Parasita-Hospedeiro

4.2.4. Células “natural killers” (linfócitos não específicas) e células Tc (citotóxicas)

* matam células indesejáveis: infectadas por vírus ou células tumorais

* destroem a membrana celular dessas células (proteases e fosfolipases)

* resposta de hipersensibilidade em plantas: morte do tecido

invadido limitando a disseminação do patógeno

4.2. Mecanismos internos de defesa

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Page 38: Interações Parasita-Hospedeiro

4.2. Mecanismos internos de defesa

Células T citotóxicas, ou células TC, são ativadas por antígenos apresentados por qualquer célula, no contexto de proteínas MHC1. As células TC respondem liberando grânulos que contêm perforinas e granzimas — citotoxinas que perfuram a célula-alvo e provocam apoptose, respectivamente.

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Page 39: Interações Parasita-Hospedeiro

4.2.5. Respostas imunológicas

* antígenos: proteínas, nucleoproteínas, lipoproteínas, polissacarídeos e qualquer outra substância que propicie a formação de:

* anticorpos: proteínas produzidas pelos linfócitos em reposta à presença de um antígeno

4.2. Mecanismos internos de defesa

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Células T Células B

Page 40: Interações Parasita-Hospedeiro

4.2. Mecanismos internos de defesa

40Produtoras de anticorposProdutoras de anticorpos

Defesa celularDefesa celular

Ingestão e morteIngestão e morte

Page 41: Interações Parasita-Hospedeiro

Fonte: Microbiologia de Brock; Madigan et al.2004

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Page 42: Interações Parasita-Hospedeiro

Fonte: Microbiologia de Brock; Madigan et al.200442

Page 43: Interações Parasita-Hospedeiro

4.2.6. mediadores solúveis

a) Sistema complemento: grupo de cerca de 20 proteínas em animais superiores (complemento à ação do anticorpo)

ação em cadeia quando ativadas pelo microrganismo ou pelo

anticorpo

4.2. Mecanismos internos de defesa

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Page 44: Interações Parasita-Hospedeiro

Fonte: Microbiologia de Brock; Madigan et al.2004 44

C

proteína do complemento

Anafilatoxinas

Page 45: Interações Parasita-Hospedeiro

b) linfocinas: proteínas solúveis produzidas pelos linfócitos T

funções: sinais de comunicação intercelular, ativandomacrófagos;

p. ex. interleucinas

4.2. Mecanismos internos de defesa

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Page 46: Interações Parasita-Hospedeiro

c) interferon: tipo de linfocina

* protegem células contra infecções por vírus

* mecanismo indireto: estimula a célula a produzir proteína antiviral que inibe a transcrição do RNAviral

4.2. Mecanismos internos de defesa

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Page 47: Interações Parasita-Hospedeiro

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