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Intercâmbio & Idiomas

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Suplemento especial da edição 651

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Inglêsfaz parte do cotidiano

O idioma Inglês está cada vezmais presente no cotidianodas pessoas, é o que garantequem ensina a língua. O pro-fessor Hudson Camargo afir-

ma que, por exemplo, o idioma faz partede muitas palavras que são faladas nodia a dia como shopping, hot dog, deli-very, outdoor e ticket.

De acordo com ele, muitas são as pa-lavras usadas derivadas do Inglês. “Issoacontece, principalmente, no uso da tec-nologia, quando falamos em notebook,laptop, internet”, comenta.

Ainda sobre a tecnologia, o professorafirma que hoje é comum os manuais es-tarem escritos em Inglês, assim como ter-mos utilizados em softwares e games.

Quem não abre mão de saber sobreas novidades na área da tecnologia é oengenheiro Gabriel Dalla dos Santos. Ele,que estuda Inglês há três anos, conta quealém da necessidade para o dia a dia pro-fissional, utiliza o conhecimento no idio-ma durante os momentos em que nãoestá no trabalho.

Gabriel está constantemente conec-tado às redes sociais e mesmo nas horasde folga não deixa o Inglês de lado, comgames e música. “Nos jogos, sempre hápalavras em Inglês e quando não conhe-ço o vocabulário procuro o significado,então consigo unir o conteúdo queaprendo em aula com um carga extra devocabulário”, diz o engenheiro.

Ele comenta que o mesmo aprendiza-do acontece com letras de música. “ Tocoviolão e treino bastante o idioma com aaudição e antes de pesquisar a letra damúsica procuro entender o que está sen-do cantado nelas’’, afirma Gabriel.

Quanto à compreensão das letras demúsica, a jornalista Fabiana Blaseck dizque sente falta de aperfeiçoar o seu In-glês, que é básico, para poder utilizarmelhor ele no dia a dia. “Sinto falta desaber mais sobre o idioma para compre-ender músicas, leitura de notícias em si-tes internacionais, pois considero interes-sante saber sobre o que é falado do Bra-sil em outros países e, é claro, para megarantir em caso de uma visita estrangei-

ra à empresa onde trabalho”,comenta.

Filmes e sériesO estudante Marcus Rigo

Augusto Marcelino, que cur-sa Ciência da Computação,diz que usa o Inglês para lei-tura de artigos sobre tecno-logia, os quais muitos são somente em In-glês, assim como tutoriais e partituras demúsicas. “Procuro também ler alguns livrosque não são escritos em Português. Quanto afilmes e séries, assisto muitos e, sempre quepossível, vejo sem legenda ou com legenda emInglês, pois alguns são bem difíceis de acom-panhar”, garante. Sobre games, o estudanteafirma que com eles “treina o ouvido”, acos-tumando-se com a velocidade da fala e devários sotaques. “Com o aprendizado do In-glês, comecei a entender melhor as históriasdos jogos, perceber que as traduções de fil-mes não são muito fiéis ao que eles realmen-te querem dizer, além da capacidade de po-der se comunicar com pessoas de outros pa-íses e de ter melhores oportunidades de tra-balho”, conclui Marcus.

Sinto falta de sabermais sobre o idiomapara compreendermúsicas, leitura denotícias em sitesinternacionais, poisconsidero interessan-te saber sobre o que éfalado do Brasil emoutros países e, éclaro, para me garantirem caso de uma visitaestrangeira à empresaonde trabalho”, dizFabiana Blaseck

O autônomo Marcos Henrique do Nascimento conta que, háquase 20 anos, fez um curso rápido de inglês só de conversação,mas não continuou os estudos devido à correria do dia a dia. Ago-ra, aos 51 anos, ele voltou à sala de aula, junto da esposa Marilene.Ele diz que a necessidade de comunicaçãocom familiares que são estrangeiros foi umdos pontos decisivos para recomeçar os es-tudos. “ A família cresceu e hoje tenho sobri-nhos que ganharam o mundo e moram naAlemanha e nos Estados Unidos. Quando elesvêm para o Brasil, acompanhados de seusparentes estrangeiros havia uma certa difi-culdade em interagir com eles nas reuniõesfamiliares, o que já não será mais tão difícilassim”, garante Marcos.

Além da conversabásica com familiares

Gabriel Dalla dos Santos

Marcos Henrique doNascimento

Hudson Camargo

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Marcus Rigo Augusto Marcelino

Reportagens:Cida HaddadFelipe ShikamaJônatas Rosa

Fotos: Juliana Moraes / Teylor SoaresCapa: Luciana BaiãoDiagramação: Jefferson Cascali de Lima

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Certificação internacionalé utilizada nos estudos e trabalho

A certificação internacionaltambém faz parte do dia a dia dosadolescentes, garante a professorae coordenadora pedagógica FláviaPatrícia do Nascimento Martins.Um ponto destacado por Flávia éque os testes, como o Toefl Junior,ajudam tanto os pais como osadolescentes na questão dointercâmbio, pois de acordo comela, para qualquer intercâmbio,principalmente os para “highschool”, o Ensino Médio, a certifica-ção é um pré-rquisito. “Se osadolescentes não fizerem aqui noBrasil, eles terão que fazer no localdo intercâmbio, então para queeles não se sintam apreensivos emfazer o teste em um país ‘diferente’eles preferem fazer no país deorigem’, comenta.Flávia explica que o Toefl Juniorabrange um pouco de todos osconhecimentos do inglês. Existe aparte do áudio, com pessoasnativas e a questão do vocabulárioe compreensão de texto.

Adolescentestambém mostramseus conhecimentos

Quem estuda Inglês tem nostestes de certificação inter-nacional a chance de pro-var seu conhecimento noidioma. A professora Sheila

Tortorella Mandl afirma que as pessoasprestam o exame para provar que têmproficiência em Inglês por várias razõesou necessidades: intenção de estudarem universidades no exterior, trabalharem empresas ou escolas no exterior,galgar posições no mercado de traba-lho de maneira geral, se qualificar pro-fissionalmente, fazer cursos de Mestra-do ou Doutorado e satisfação pessoal.

Para cada caso há tipos diferentesde exames. Sheila menciona quatro cer-tificados que considera os principais:Toefl, Toeic, Ielts e Cambridge.

De acordo com Sheila, o Toefl foicriado em 1963, nos Estados Unidos, etem como objetivo principal avaliar oinglês de quem pretende ingressar emuniversidades nos EUA ou Canadá, por-tanto com vocabulário e textos volta-dos a temas acadêmicos.

O Toeic surgiu em 1979, também nosEstados Unidos, e é mais direcionado a

aquelas pessoas que precisam provar profi-ciência em Inglês voltada ao mercadode trabalho.

Quanto ao Ielts, Sheila explica que é se-melhante ao Toefl, porém britânico, sob aresponsabilidade da Universidade de Cam-bridge, no Reino Unido, em parceria com oBritish Council. Ele vale na Inglaterra e nosoutros países do Reino Unido, na Austrália ena Nova Zelândia. Tem orientação acadêmi-ca (para universidades) e orientação geral(para o mercado de trabalho).

O Cambridge é o exame britânico reco-nhecido por empresas, instituições de ensi-no e órgãos governamentais, tanto no Bra-sil como no exterior como altamente confi-ável e imparcial, e se divide em 5 níveis: KET:Key English Test – nível 1, PET: PreliminaryEnglish Test – nível 2, FCE: First Certificate inEnglish – nível 3, CAE: Certificate in AdvancedEnglish – nível 4 e CPE: Certificate of Profici-ency in English – nível 5.

Muito estudoSheila diz que em todos estes exames se

mede a habilidade funcional, a capacidadecomunicativa, o grau de familiaridade docandidato com as formas corretas da língua

em geral. “Quem fala, lê e escreve comfacilidade, mesmo sem ter total domí-nio das regras gramaticais, alcança umaboa pontuação”, garante.

Segundo ela, hábito de leitura e am-pliação de vocabulário são fatores im-portantes. “As escolas oferecem cursospreparatórios e testes simulados quetambém podem ser acessados na inter-net. Existe no mercado grande quanti-dade de livros preparatórios acompa-nhados de CD de áudio com dezenasde testes simulados que o candidatopode usar por conta própria”, comenta.

Na opinião de Sheila, é preciso tam-bém treinar como administrar o tempo,fator decisivo no exame, desenvolverfoco e atenção e na redação treinarcomo organizar seu pensamento e es-crever de forma clara e objetiva.

Sheila lembra que o Toefl, Toeic eIelts são válidos por dois anos. “Acredi-ta-se que a habilidade em língua es-trangeira pode se alterar significativa-mente num período de dois anos. OCambridge não expira. Uma vez recebi-do o certificado, será válido para sem-pre”, afirma.

“““““FláviaPatrícia doNascimentoMartins

Se os adolescentes nãofizerem aqui no Brasil,eles terão que fazer nolocal do intercâmbio,então para que eles nãose sintam apreensivosem fazer o teste em umpaís ‘’diferente’’ elespreferem fazer no paísde origem”

“As escolas oferecemcursos preparatórios etestes simulados quetambém podem seracessados na internet.Existe no mercadogrande quantidade delivros preparatóriosacompanhados de CDde áudio com dezenasde testes simulados queo candidato pode usarpor conta própria”,

Sheila Tortorella Mandl

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Entidades oferecemcurso gratuitoUma parceria entre Confede-

ração Nacional do Trans-porte (CNT), Serviço Nacio-nal de Aprendizagem doTransporte (Senat), Escola

do Transporte e o Serviço Brasileiro deApoio às Micro e Pequenas Empresas(Sebrae) está oferecendo, gratuita-mente, cursos de inglês e espanholaos taxistas de Sorocaba.

“O projeto se chama ‘Taxista Nota10’ e está sendo desenvolvido em to-das as cidades que serão sedes da Copado Mundo. Mas, Sorocaba também foiescolhida pelo fato de estar muito pró-xima de São Paulo e também por seruma cidade promissora na parte turís-tica”, explica Sérgio Luiz de Campos, co-ordenador de desenvolvimento pro-fissional do Sest/Senat de Sorocaba.

Ele conta que o curso é dirigidoexclusivamente a taxistas profissionais

e que tenham permissão da Urbes.O curso é à distância e tem 120 ho-

ras de duração. “O interessado se ins-creve pelo site e recebe o material, queé uma apostila com exercícios e CDs. Aideia é que o profissional estude nashoras vagas, porque a gente sabe queeles, geralmente, tem pouco tempo dis-ponível”, detalha Campos.

Após o recebimento do material, ostaxistas têm até 36 meses para realiza-rem uma prova online que garante umcertificado da Escola do Transporte, da CNT,que é enviado pelos Correios.

Campos conta que muitos taxistasjá aderiram ao programa. “A aceitaçãofoi muito boa. O projeto, na verdade,acaba sendo um incentivo importantepara aqueles que estão há muito tempofora da escola”, comenta.

As inscrições podem ser feitas gratuita-mente pelo site: http://www.sestsenat.org.br.

“Domínio de segundo idiomajá é necessidade antiga”

O diretor-presidente da Associ-ação dos Taxistas de Sorocaba e re-gião, Silvio de Sousa, sabe que a ne-cessidade dos profissionais em ternoções de língua estrangeira nãose limita à realização da Copa doMundo no Brasil. “Isso já é uma ne-cessidade antiga. Desde 2007, quan-do foi aberta a Associação, a genteatende executivos estrangeiros, demultinacionais. Agora, com a proxi-midade da Copa eu acho que essenúmero de turistas vai aumentar,mas essa necessidade sempre hou-ve”, comenta.

Sousa acrescenta que pelo me-nos dez dos 72 taxistas que fazemparte da associação são bilíngues.“O pessoal faz curso, mas alguns

deles já moraram no exterior. En-tão, eles não só têm muita fluên-cia, mas falam como nativos”,detalha.

E se engana quem pensa queo inglês é o único idioma ne-cessário para atender passa-geiros estrangeiros. SegundoSouza, já é grande em Soroca-ba a demanda por taxistas quetenham fluência na língua ja-ponesa. “Temos dois profissio-nais que falam japonês e já mo-raram no Japão. Eu acreditoque vamos precisar de mais,por causa da vinda da Toyota.Muitos executivos que já es-tão pela cidade não falam in-glês”, acrescenta.

O interessado se inscreve pelo site e recebe o material, que é umaapostila com exercícios e CDs. A ideia é que o profissional estudenas horas vagas, porque a gente sabe que eles, geralmente, tempouco tempo disponível”, diz Sérgio Luiz de Campos

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7Montadora faz aumentar interesse em

aprender japonêsA vinda da Toyota

para a região de Soro-caba fez com que aumen-tasse a procura peloaprendizado do idioma

japonês. A professora HaruUshisawa Yamamoto afirma que en-tre seus alunos estão aqueles queprocuram oportunidades de empre-go em empresas japonesas, assimcomo descendentes de japoneses. Háprocura também por adolescentesque têm interesses culturais, comoo mangá.

Haru comenta que o interessan-te do aprendizado em japonês é queo conhecimento do idioma é sem-pre misturado às questões culturais,música e literatura. Uma das dificul-dades encontradas pelos alunos é ofato de eles não serem tão expostosao idioma, como acontece com o

Inglês. “A prática é feita geralmente emsala de aula ou com programas detelevisão e filmes”, diz.

Ela explica que é necessário o cui-dado com as diferentes formas de tra-tamento na língua japonesa. Tambémhá testes de proficiência para o idio-ma japonês.

““““““A prática é feitageralmente em salade aula ou comprogramas detelevisão e filmes”,diz a professora

Haru UshisawaYamamoto

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Policiais rodoviáriosse preparam para recebero público estrangeiro

Desde setembro de 2010, cercade cem policiais rodoviáriosdo estado de São Paulo, daregião de Sorocaba, frequen-tam, semanalmente, aulas de

Inglês. O curso, que se encerra no meiodeste ano, visa capacitar os profissionaispara atender o público estrangeiro – quedeverá transitar pelas rodovias da regiãodurante a Copa do Mundo de 2014. “Nóstemos estimativa de que muitos turistasvirão pra cá, porque na região onde estásediada o 5º Batalhão (com bases em So-rocaba, Tatuí, Itapetininga e Barueri), pro-vavelmente três seleções fiquem hospe-

dadas”, afirmou à época o então comandan-te do 5º Batalhão de Polícia Rodoviária, te-nente coronel Wagner Quarterone. O cursoé pago com dinheiro da contrapartida dasconcessionárias que administram as rodo-vias paulistas. O recurso financeiro, além deauxiliar no custeio de despesas, como alu-guel e telefone do batalhão, também é apli-cado em investimentos na qualificação dospoliciais rodoviários. Professora da turma,Gisele Deschamps destaca o interesse dospoliciais para o aprendizado da língua in-glesa. “Eles estão indo muito bem e houvepouquíssimas desistências. Esses casos fo-ram de policiais que foram transferidos para

outras unidades”, explica. Aluno do curso, ocapitão Edson Ramos afirma que as aulas,além da capacitação, representam uma for-ma de valorização aos policiais militares. “Semdúvida. A gente se sente valorizado, por essaoportunidade que o batalhão me dá”, res-salta. Gisele conta que os policiais já aplica-ram os conhecimentos do idioma em abor-dagens nas rodovias da região. “Já teve qua-tro casos em que eles pararam o veículo e apessoa era estrangeira. E eles conseguiramse comunicar muito bem. Outro dia, na ro-dovia 264 eles pararam um motorista norte-americano que ficou encantado com o pre-paro dos policiais”, acrescenta a professora.

“““““Eles estão indo muito beme houve pouquíssimasdesistências. Esses casosforam de policiais queforam transferidos paraoutras unidades”, afirmaGisele Deschamps

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Sorocaba terá roteiros turísticos eminglês, espanhol e japonês

A realização de grandes eventos esportivos no Brasil geraexpectativa quanto ao aumento de turistas em muitas cida-des brasileiras. A mesma preo-

cupação é vista pelos órgãos que repre-sentam o turismo em Sorocaba.

Para a diretora-presidente do Convention& Visitors Bureau Gláucia Freitas, Sorocaba éconsiderada uma cidade de turismo industri-al, pois é comum empresários alemães, ameri-canos, japoneses e ingleses virem para desen-volver serviços nas empresas locais e passamde três a quatro dias, em média, na região ecomo consequência disso eles querem conhe-cer pontos turísticos. Segundo Gláucia, no anopassado, foram 120 mil pessoas à procura deturismo, e não somente empresários, mas es-tudantes, também, que vêm estudar nasuniversidades instaladas em Sorocaba.

Diante de situações como a citada aci-ma, além da realização de jogos da Copa do

Mundo em 2014 no Brasil, Gláucia comentaque os profissionais do Convention & Visi-tors Bureau começaram a desenvolver oprojeto da elaboração de diferentes rotei-ros turísticos que poderão ser encontra-dos em japonês, português, inglês e espa-nhol. A diretora-presidente diz acreditarque até o final do mês de fevereiro os ro-teiros estejam prontos.

Ela explica que cada roteiro contará comtrabalhos de acompanhamentos de biólo-gos e professores de História, conforme acaracterística de cada passeio.

Entre os roteiros estão o ecológico e sa-cro, este com visitação a dez igrejas. Gláuciacita ainda o roteiro das nações, que mostraum pouco da história dos espanhóis e japo-neses. Há também o dos parques urbanos comdestaque para cinco parques locais e o dostropeiros, no qual é possível conhecer os lu-gares pelos quais as tropas costumam passar.“Em cada passeio os turistas poderão sabore-

ar refeições típicas, além da existência deintérprete ou a utilização de CD durante alocomoção dos turistas”, explica Gláucia.

A divulgação do material com os rotei-ros será através das empresas, que recebe-rão informações sobre agendamento.

Outro trabalho desenvolvido pelo Con-vention & Visitors Bureau é voltado à redehoteleira, para que mais hotéis se associemao Convention e todos possam ter acessoaos materiais com os roteiros. De acordo comGláucia, há projeto dos hotéis receberem uminformativo de Sorocaba.

Quanto ao turismo na cidade, Gláuciacita ainda o fato de Sorocaba estar situadadentro de uma região turística que é a deItupararanga e representantes do Conven-tion visitam as 32 cidades que fazem partedessa região e preparam um inventário tu-rísticos regional.

Em cada passeio osturistas poderão sabore-ar refeições típicas,além da existência deintérprete ou a utiliza-ção de CD durante alocomoção dos turistas”

GláuciaFreitas

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Além do Inglês para conseguir um

bom empregoT er conhecimento

em idiomas é umaexigência e, con-forme a fluência,

muitas vezes também umdiferencial.

Luciano José Ma-glio trabalha em manuten-ção de aeronaves. Ele con-ta que no seu dia a dia, tra-balha com aviões norte-americanos e tanto elescomo os europeus, têmmanuais em Inglês. Maglio,que está no início do cur-so básico, diz que com oconhecimento que estáadquirindo já é possívelcompreender as estruturasgramaticais encontradasnesses manuais, além dovocabulário. Um dos in-centivos para Maglio em aprender idio-mas é que ele deseja fazer cursos de

ter na empresa e falar um terceiro idio-ma é um diferencial, que pode destacaro profissional dos demais. “No GrupoSchaeffler, uma multinacional alemã, oalemão é o grande diferencial e em al-gumas áreas é essencial, como na Engenha-ria, onde o contato e o intercâmbio de infor-mações com a matriz e demais unidades nomundo é constante”, afirma Peixoto.

Requisitos de cada cargo

Segundo o gerente de Treina-mento e Desenvolvimento do Gru-po Schaeffler América do Sul, Anto-nio Carlos Peixoto, a planta da empre-sa no Brasil é responsável pela Américado Sul, por isso, em muitas áreas falarespanhol é necessário também. “Assim,para a Schaeffler, falar outros idiomasnão é só uma questão de cargos, masde atendimento aos requisitos de cadacargo. A necessidade de conhecimen-to de um ou mais idioma é determina-do pelo tipo, conteúdo e forma da co-municação do funcionário com nossosparceiros internos e externos. Esta análi-se é que determina a exigência doidioma, podendo ser inglês, alemão ou es-panhol, variando de acordo com a neces-sidade”, explica. Peixoto comenta que a Scha-effler investe muito na capacitação e de-senvolvimento de seus profissionais, por-tanto, conforme a necessidade de cadacolaborador e sua função, a empresa ofe-rece a oportunidade da realização de cur-sos de inglês, espanhol e alemão.

No Grupo Schaeffler,o alemão é o grandediferencial e emalgumas áreas éessencial, como naEngenharia, onde ocontato e ointercâmbio deinformações com amatriz e demaisunidades no mundoé constante”, dizPeixoto

Alemão ganha importânciaem multinacionais

Antonio Carlos Peixoto,gerente de Treinamento e

Desenvolvimento do GrupoSchaeffler América do Sul

aperfeiçoamento na sua áreafora do Brasil.

Em Sorocaba, onde a áreaindustrial é destaque, saberidiomas é essencial, garantemprofissionais da área de Re-cursos Humanos.

“Em uma multinacional,processos e práticas são glo-bais e, por isso, cada vez maisos profissionais precisam es-tar conectados com diversaspartes do mundo. Hoje o in-glês é pré-requisito para al-gumas posições, mas outrosidiomas são também neces-sários, dependendo da áreade atuação e do mercado.Reuniões, viagens, visitas declientes, procedimentos, mui-tos destes itens exigem o co-nhecimento de algum outro

idioma”, afirma a gerente de Treinamentoe Desenvolvimento da Metso, Iara Paolani.

Iara comenta ainda que a Metso temuma política de reembolso que incentivao aprendizado para aqueles profissionaisque precisam conhecer outro idioma noseu dia a dia de trabalho.

O gerente de Treinamento e Desen-volvimento Grupo Schaeffler América doSul, Antonio Carlos Peixoto, diz que falarum segundo ou terceiro idioma hoje emdia é tão fundamental quanto ter um cur-so universitário, ainda mais para quem de-seja trabalhar numa multinacional, ondeser fluente em inglês é básico para se man-

O professor de alemão Alexander Vasquez tam-bém relaciona o potencial da área industrial de So-rocaba com o aprendizado de alemão. Ele afirmaque a procura por cursos de alemão se deve à bus-ca por uma posição em grandes empresas como asmultinacionais. “Boa parte dessas empresas da re-gião são alemãs, austríacas ou suíças, então o ale-mão é essencial. Até para estudantes de áreas comoengenharia vemos isso”, garante.

De acordo com Vasquez há até máquinas comindicação de funcionamento em alemão. Ele cita aexistência de indicações como an (on) e aus (off ) econstantemente esclarece dúvidas dos alunos quan-to a termos vistos em manuais, por exemplo.

AlexanderVasquez,professorde alemão

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“““““11Experiências que resultaram emsucesso profissionalA analista de Marketing Joyce Le

mes de Rezende trabalha emuma multinacional e sabe da necessidade de aprender e aper-

feiçoar constantemente o conhecimentode idiomas.“Hoje, somente o Inglês não é mais um dife-rencial no currículo, é necessário pelo me-nos dois idiomas, e o espanhol já é pré-requisito para entrevistas. Como trabalhoem uma empresa multinacional, utilizobastante o espanhol para comunicaçãocom outros países da América Latina”, diz.

Para aperfeiçoar o conhecimento em es-panhol, Joyce esteve em Córdoba, na Argen-tina. “Fiz um mês de intercambio de espanholintensivo. Estudava seis horas por dia, cincodias por semana. Com o intercâmbio, alémde melhorar o idioma, você conhece no-vas culturas, ganha amigos do mundotodo e conhece lugares que não imagina-va que iria conhecer”, diz.

Joyce afirma que durante o intercâm-bio, o estudante vive o idioma e a cultura

do país 24 horas por dia, o que faz com que oaprendizado seja muito mais rápido. “Alémdisso, o intercambio proporciona tambémcrescimento pessoal e independência, poisvocê está sozinha em um país desconhecido,convivendo com pessoas que até então eramdesconhecidas, isso faz com que você setorne uma pessoa e um profissional me-lhor, mais flexível, comunicativo e toleran-te às diferenças”, conclui.

Com o intercâmbio,além de melhorar oidioma, vocêconhece novasculturas...”, diz Joyce

O analista de planejamento JúlioCésar Gonçalves também considera es-sencial a experiência do intercâmbio.

Ele esteve em Brisbane, na Austrá-lia. “ O Inglês é uma ferramenta de tra-balho indispensável no meu dia a dia,já que trabalho em uma multinacional

Superar adversidadese o contato com plantas e fornecedo-res do Brasil é constante. Superar ad-versidades em um lugar tão distante,onde você não tem amigos e aindatem a dificuldade do idioma, influen-cia diretamente no seu crescimentocomo pessoa”, conclui.

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programa de intercâmbioEspanhol e Alemão fazem parte do

Entre as maneiras mais procuradas deaprimorar o conhecimento emidiomas está o intercâmbio.Jânio Pereira, proprietário de uma

agência de Intercâmbios e Turismo, afirmaque no momento atual que vivemos, ondea tecnologia e a qualificação profissionalse tornam competitivas, um segundo idio-ma , seja ele o inglês, espanhol, mandarimou outra língua, dependendo da empresae do uso que cada um tem como objetivo,é fundamental. “Já ouvi de vários diretoresde Recursos Humanos que em suas entre-vistas, tanto para uma vaga nova como prin-cipalmente para uma promoção a um car-go de direção, buscam a qualificação maisadequada e dão preferência não mais aquem tem somente um segundo idioma,mas, principalmente, conta muito a vivên-cia desse profissional; se ele viveu em ou-tro país “, afirma Pereira, que diz que entreos principais programas está o Au Pair (tra-balho e estudo).

Quando pensamos em viagem parafora do Brasil é comum as pessoas acha-rem que só o Inglês pode ser aprimora-do, mas Allan Mitelmão, proprietário deuma agência de intercâmbios na cidade

“““““Já ouvi de váriosdiretores de RecursosHumanos que emsuas entrevistas, tantopara uma vaga novacomo principalmentepara uma promoção aum cargo de direção,buscam aqualificação maisadequada e dãopreferência não maisa quem tem somenteum segundo idioma,mas, principalmente,conta muito avivência desseprofissional; se eleviveu em outro país “,afirma Pereira

afirma que podem ser aperfeiçoados tam-bém idiomas como Espanhol, Francês,Alemão, Japonês, Italiano e até Manda-rim. Mas ele destaca que estar fora do paísé um intensivo de vida.

De acordo com ele, as opções de estu-dos de Espanhol estão na Europa (Espa-

nha), ou América do Sul (Argentina e Peru).O Alemão pode ser aprendido na Áustriae na Alemanha, o Francês pode ser estu-dado na parte francesa do Canadá comona França. “Hoje a grande maioria é paraaprender o Inglês. Devido às caracte-rísticas da nossa região, o Alemão co-meçou a ter uma procura um poucomaior, até alunos de Ensino Médio”, afir-ma.

Mitelmão comenta que costuma dizerque quando a pessoa está fora do país, oidioma acaba ficando em segundo plano.“É claro que a fluência é essencial, mas oamadurecimento pessoal e profissional, aquestão de vivenciar culturas diferentessão pontos que ajudam em termos de vi-são do mundo, do entender que não exis-te cultura nem melhor nem pior, existemdiferenças culturais. Você passa a valori-zar muita coisa do Brasil”, comenta.

Um dos pontos destacados por Mitel-mão é que o intercâmbio, principalmentequando procurado por quem busca o cur-so chamado high school, o ensino médio,é o convívio com várias nacionalidadesdiferentes e saber como é o dia a dia deuma família hospedeira.

Allan Mitelmão diz que hoje o leque quanto acursos de idiomas está mais aberto. Segundo ele, aprocura por viagens varia desde adolescentes atéos da terceira idade. “Antes era só para as classes A eB e isso mudou. Hoje a pessoa se planejando, temmais opções, ou seja, países mais econômicos, outrosque custam mais, tipos diferentes de cursos. Entre osdestinos mais procurados está a África do Sul”, diz.

Quanto ao critério de escolha, Mitelmão comentaque é uma mistura de atendimento com psicologia,já que as pessoas têm perfis e perspectivas diferentes,assim como poder de investimento. “Primeiro é ouvir

Perfís diferentes e mais opçõese conseguir extrair das pessoas o que é importantepara elas, ai juntamos com o que temos deconhecimento quanto a cursos e países. O maisimportante é fazer com que a pessoa faça a melhorescolha. Tem que saber se a pessoa gosta de cidadegrande ou pequena, que tipo de clima prefere etc.Nenhum destino pode ser prêmio de consolação,comenta Mitelmão, que complementa afirmando queum destino que teve aumento de procura foi a Irlanda.

De acordo com ele, quando há o domínio doidioma, é possível encontrar mais opções quanto acursos, como os de proficiência e business.

Antes era só para as classes A e B e isso mudou. Hoje a pessoa se planejando, tem maisopções, ou seja, países mais econômicos, outros que custam mais, tipos diferentes decursos. Entre os destinos mais procurados está a África do Sul”, afirma Allan Mitelmão

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Rotary oferece programas Dos nove programas desenvolvidos

pelo Rotary, distrito 4.620, que abrange mais de 27 cidades e 48 clubes naregião de Sorocaba, dois são voltados

para o intercâmbio. De acordo com Vanderleida Silva Porcel, da Comissão Distrital deIntercâmbio Internacional de Jovens, cerca de30 jovens estão, atualmente, em alguma partedo mundo pelo programa da instituição.

Ele explica que o intercâmbio, que começounos anos 1960 e hoje tem em torno de 10 milpessoas participando, tem o objetivo depromoção o conhecimento cultural. “A ideia éencurtar distâncias, apresentar outras culturas.Sem contar que fazer um intercâmbio ajudamuito na diplomacia entre os países”.

São dois tipos de intercâmbio: um de curtaeum de longa duração. No de longa duraçãoos jovens ficam cerca de um ano vivendo emoutro estado. É preciso se inscrever cedo, entre15 e 16 anos. “O Rotary não recebe inscriçõesdepois dessa idade porque o limite de idadepara chegar ao intercâmbio é 18 anos”.

Nessa modalidade, os custos ficam porconta das famílias. Segundo Porcel, as famíliasarcam com despesas como passagem, seguro

de saúde e uma taxa de inscrição de algo emtorno de US$ 600, além de algumas outras taxas. ”Dá mais ou menos uns US$ 3 mil dólares degastos”. Ele completa que o intercambista nãotem que pagar pela moradia, alimentação e estudo.“Aqui em Sorocaba, nós mandamos os jovens paraescolas como colégio Objetivo. Apesar de não pegaro material didático, ele tem a oportunidade devivencia o dia-a-dia da escola brasileira”.

Os jovens ficam em casa de famílias derotarianos e não passam o ano todo numamesma residência. “Em média, os jovens ficamcom três famílias. Além disso, ele tem osupervisor, uma pessoa sem ligação com afamília, que dá todo apoio para qualquerproblema que ele possa vir a ter”, esclarecePorcel. Quem manda um jovem também devereceber um intercambista.

O processo de seleção envolve análise dohistórico escolar do jovem, uma redação, entrevistae um teste de inglês. “O que a gente pede é que apessoa tenha o inglês intermediário, para que eleconsiga se adaptar melhor para onde for”, pontuaPorcel.

Já no programa de curta duração o tempofora do Brasil gira entre três e oito semanas e não

inclui atividades em escolas, pois é geralmenteoferecido durante as férias escolares.

O jovem é também hospedado em casa defamília e tem uma série de atividades culturaisnesse período, com a oportunidade deconhecer culturas e lugares diferentes. Dentroda programação do Intercâmbio de CurtaDuração, há viagens opcionais muitointeressantes oferecidas por todos essespaíses, que não são muito caras e tem duraçãovariada de 5 a 15 dias.

Nesse caso, a faixa etária para inscrição éa mesma, entre 15 e 16 anos. No entanto,como o período é menor, o Rotary consegueenviar jovens de até 21 anos. “Ai dependedo país, cada um tem um limite de idade,que fica entre 20 e 21 anos”. O processo deseleção também prevê redação, entrevista eteste de proficiência. Há inscrição a exigênciade uma taxa de inscrição, no valor de R$300,00 que não é devolvida caso o jovemnão consiga realizar a viagem.

Os programas, tanto de longa quanto decurta duração, não são exclusivos para osrotarianos. “Não precisa ser sócio do clube paraparticipar, basta ter interesse no intercâmbio”.

Em média, os jovensficam com trêsfamílias. Além disso,ele tem o supervisor,uma pessoa semligação com afamília, que dá todoapoio para qualquerproblema que elepossa vir a ter”,esclarece Porcel.

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de estágios para jovensFundação Rotary – Outroprograma de intercâmbio, estedesenvolvido pela Fundação Rotary,promove viagens de um mês para gruposde profissionais. Nesta modalidade, todo ocusto é pago pela fundação. “A ideia épromover encontro com outras culturas efazer visitas profissionais”. Os candidatos para esse programa nãopodem fazer parte do clube e precisampassar por um processo de seleção. “Nósfazemos entrevista e um teste de inglês.São quatro vagas e, nesse caso, a pessoatem que ser fluente no idioma”.Os interessados em participar dosprogramas de intercâmbio podem obtermais informações no site do Rotarywww.rotaryintercambio.com.br.

Vanderlei da Silva Porcel, da Comissão Distritalde Intercâmbio Internacional de Jovens,

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Coordenador de Treinamento & Desenvolvi-mento e professor universitário José Ores-te Cirto Gomes, 41 anos, fez no ano passa- do um intercâmbio em Charlotte, Carolina

do Norte, EUA. Entre os motivos da escolha, ele dizque as estatísticas apresentadas pela Agência deIntercâmbio mostravam uma baixa incidência debrasileiros e pessoas em que a língua mãe era oEspanhol, apenas 7% dos alunos. “Isso porque nomeu entender, o nível de aproveitamento e imer-são na língua inglesa seria menor se houvessemalternativas de falar a minha língua mãe. Com 40anos foi a minha primeira viagem para este país.Participei do curso semi intensivo, com gramática econversação”, diz.

Ele conta que não teve muitas dificuldades du-rante o período em que esteve por lá. “Acredito queseja porque quando nos expomos a este tipo desituação, naturalmente nos abrimos e aceitamosas adversidades de uma forma muito natural eaté esperada, e quando elas vêem, já estamosprontos e dispostos a superá-las. Não julgo comodificuldade, mas o que estranhei muito foi a co-mida. Lá é tudo muito doce e apimentado e comoeu queria sair do fast food, confesso que muitasvezes me dei mal”, lembra.

Segundo Gomes, no Brasil ele deixou esposae filha. “O que me deixou um pouco apreensivo,mas logo no primeiro dia fiz contato e com algunsrecursos muito eficientes, nos falávamos todos osdias via vídeo conferência por uns 30 minutos, sem-pre com muita qualidade e de graça”, comenta.

Quanto à experiência no campo profissionalele garante que foi o destravamento parafalar em Inglês. “Ressalto que boa partedo meu aprendizado se deu fora da es-cola, no contato com a família, amigos epessoas comuns da cidade. Pes-soalmen-te, confirmei que nós, brasileiros, somosrealmente tidos como um povo simpáti-co, pois em todos os lugares que visitavae me apresentava como brasileiro percebique as pessoas sorriam e davam um aten-dimento especial. Percebi que há diferen-ças culturais fortes entre nossos países eaprendi a valorizar ainda mais nossa for-ma de convívio, pois lá há uma individuali-dade muito grande, o que é bom pelo ladodo respeito às questões pessoais mas quecertamente geram relacionamentos superfi-ciais e frios quando comparados aos nos-sos”, conclui.

“““““Com 40 anos foi aminha primeiraviagem para estepaís. Participei docurso semiintensivo, comgramática econversação”,relata o professoruniversitário JoséOreste Cirto Gomes

O administrador Glaucio Car-los Nilsen foi para Calgary no Ca-nadá. “Escolhi o Canadá pelamelhor relação custo / benefícioe Calgary por ser uma cidademelhor que Toronto ou Vancou-ver para estudar. É uma bela ci-dade com aproximadamente ummilhão de habitantes. Fiquei lá12 semanas. Na época em quefui, setembro de 2011, eu tinha38 anos. Fiz especificamente cur-so de Inglês, mas também fiz umcurso de Business no qual o vo-cabulário tinha um foco maiorem linguagem de negócios”, diz.

Ele conta que a viagem foiuma decisão difícil, mas plane-jada. “Resolvi deixar o trabalhopara fazer esse curso. Avisei meuchefe com quatro meses de an-tecedência de modo que pude

Viagem planejadapreparar a minha saída da empresa trei-nando uma outra pessoa que iria ficarem meu lugar. Por mais que se busqueinformações, nada é como se imagina. Acidade, o clima, a comida, as pessoas,tudo é novidade e cada dia é um apren-dizado. Morei com um casal onde ela eracanadense e ele inglês. Para mim foi bompois pude treinar os dois sotaques, o in-glês americano e britânico”, comenta.

Nilsen afirma que a palavra-chave parao melhor aproveitamento do intercâmbioé “interação”. É necessário interagir com afamília, com os amigos da escola, com acomunidade. Somente assim é que se sen-te o progresso nos estudos. “Eu estudavasomente na parte da manhã e por ter atarde livre, aproveitava para andar pelacidade, shopping, parques, museu, saircom amigos e também frequentavaum centro de recreação onde eu ti-nha o direito de frequentar a piscina

ou academia”, lembra.para ele, talvez a maior dificulda-

de tenha sido a adaptação ao modode vida canadense. “Os canadenses emgeral são bastante rigorosos com horá-rio e também são bastante metódicos”.

Ele diz que além do aprimora-mento no idioma, que será importan-te profissionalmente, o intercâmbioproporcionou experiências únicascomo algumas viagens que fez ,onde pode contemplar paisagensúnicas e entender melhor o modode vida canadense. “Mas sem dúvi-da nenhuma o maior legado queficou foram as amizades com pes-soas dos mais diversos países ondeaté hoje mantenho contato. Essetipo de interação me permitiu ava-l iar melhor a mim mesmo comopessoa, como profissional, como ci-dadão”, comenta.

Não há idade para começar