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Intervalo P-F Para muitos modos de falha existem maneiras de se detectar que existe uma degeneração da condição do equipamento ou de um componente. Nestes casos esta degeneração ocorre de maneira gradual sem que exista uma influência no desempenho do equipamento nem na qualidade do produto que o mesma entrega. O tempo decorrido entre o início da utilização do componente e a falha dependerá de vários fatores que vão desde o projeto até a maneira como se opera e se mantêm esse equipamento. O fato é que desde o momento em que o equipamento começou a ser utilizado existe degeneração dos seus componentes. No decorrer da vida útil de um componente existe um momento em que a degeneração pode ser detectada. Essa detecção é efetuada pelo que chamamos de manutenção preditiva com suas várias técnicas. Esse ponto é chamado de “P”. É o ponto onde detectamos uma falha potencial de referente a uma condição do componente. Com a continuidade da utilização do equipamento a condição do componente tende a degenerar até chegar a uma condição em que o equipamento não consegue mais executar sua função, isto é, ocorre a falha funcional. Esse ponto é chamado ponto “F”. O tempo decorrido entre o ponto “P” e o ponto “F é chamado de intervalo P-F. Normalmente medimos o intervalo P-F em termos de tempo (horas, dias, etc.), mas ele pode ser medido também em número de ciclos, unidades de produção ou o que for mais representativo para o negócio. Podemos utilizar como exemplo a falha de um rolamento que pode ser detectada por análise de vibração, depois de detectada uma falha potencial no mesmo ele ainda será utilizado por um tempo até que chegue a travar. Outro exemplo é a detecção de um mau- contato em uma conexão elétrica que após ser detectada em uma termografia pode levar meses até falhar. O gráfico da Figura ilustra com uma curva a condição de um equipamento ou de um componente e os pontos “P” e “F”. Figura 1 Intervalo P-F (mostra graficamente o ponto de atuação do Grupo de Prevenção de Falhas (GPF). Ou seja, a atuação do GPF começa justamente no início do defeito ou anomalia, quando ocorre os primeiros sinais de mudança em alguma das

Intervalo+P-F

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Descrição do intervalo entre a identificação da falha potencial e a falha funcional do equipamento

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Page 1: Intervalo+P-F

Intervalo P-F Para muitos modos de falha existem maneiras de se detectar que existe uma degeneração da condição do equipamento ou de um componente. Nestes casos esta degeneração ocorre de maneira gradual sem que exista uma influência no desempenho do equipamento nem na qualidade do produto que o mesma entrega. O tempo decorrido entre o início da utilização do componente e a falha dependerá de vários fatores que vão desde o projeto até a maneira como se opera e se mantêm esse equipamento. O fato é que desde o momento em que o equipamento começou a ser utilizado existe degeneração dos seus componentes. No decorrer da vida útil de um componente existe um momento em que a degeneração pode ser detectada. Essa detecção é efetuada pelo que chamamos de manutenção preditiva com suas várias técnicas. Esse ponto é chamado de “P”. É o ponto onde detectamos uma falha potencial de referente a uma condição do componente. Com a continuidade da utilização do equipamento a condição do componente tende a degenerar até chegar a uma condição em que o equipamento não consegue mais executar sua função, isto é, ocorre a falha funcional. Esse ponto é chamado ponto “F”. O tempo decorrido entre o ponto “P” e o ponto “F é chamado de intervalo P-F. Normalmente medimos o intervalo P-F em termos de tempo (horas, dias, etc.), mas ele pode ser medido também em número de ciclos, unidades de produção ou o que for mais representativo para o negócio. Podemos utilizar como exemplo a falha de um rolamento que pode ser detectada por análise de vibração, depois de detectada uma falha potencial no mesmo ele ainda será utilizado por um tempo até que chegue a travar. Outro exemplo é a detecção de um mau-contato em uma conexão elétrica que após ser detectada em uma termografia pode levar meses até falhar. O gráfico da Figura ilustra com uma curva a condição de um equipamento ou de um componente e os pontos “P” e “F”.

Figura 1 – Intervalo P-F (mostra graficamente o ponto de atuação do Grupo de Prevenção de Falhas (GPF). Ou seja, a atuação do GPF começa justamente no início do defeito ou anomalia, quando ocorre os primeiros sinais de mudança em alguma das

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variáveis acompanhadas, intervindo antes do momento da falha funcional evitando a pane ou quebra).

Figura 2 – Intervalo P-F (mostra as técnicas que podem ser utilizadas antes da ocorrência de uma pane, e o tempo de mão de obra que se gasta executando essas técnicas proativas em relação à correção). Podemos generalizar dizendo que todos os equipamentos ou componentes de um equipamento têm um intervalo P-F. Um rolamento pode ter um intervalo P-F de alguns meses ou alguns minutos, dependendo da solicitação que se impõe na sua utilização. Exagerando, podemos mencionar um fusível que terá um intervalo P-F de poucos milissegundos. A principal utilidade de um intervalo P-F é ajudar a definir qual a melhor frequência de inspeção preditiva. Sendo assim, como regra geral, a inspeção preditiva será mais efetiva quanto maior for o intervalo P-F. No caso (exagerado) do fusível nem é possível realizar uma inspeção preditiva porque ele não sofre degeneração, já no rolamento a tendência é que o intervalo P-F seja grande o suficiente para realizarmos uma análise de vibrações para determinar o final da sua vida útil.