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PROGRAMA DE ACÇÃO
PARA A PROMOÇÃO
DA IGUALDADE DE GÉNERO
(2011-2012)
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FICHA TÉCNICA
Propriedade: ICIEGPresidente: Talina Pereira
Coordenação Técnica: Maritza Rosabal
COORDENAÇÃO POR ÁREAS: Reforço Institucional: Mário Marques
Implementação da Lei sobre a Violência Baseada no Género: Elsa FortesEducação e Comunicação para a Mudança: Isa Elias
Transversalização da Abordagem de Género: Maritza Rosabal Promoção de Oportunidades Económicas: Anilda Soares
Design Gráfico: Bernardo Gomes LopesImpressão: Gráfica da PraiaTiragem: Exemplares 500
Patrocínio da Impressão: UNFPA/UN
Dezembro 2011
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CONTEÚDO
INTRODUÇÃO ..................................................................................... 9
ESTRATEGIAS E ABORDAGEM METODOLOGICA ................................. 10
QUADRO DE IMPLEMENTAÇÃO .......................................................... 12
QUADRO RESUMO POR ÁREAS DE INTERVENÇÃO ............................. 14
1. ÁREA DE IMPLEMENTAÇÃO DA LEI DA VBG .......................... 18
1.1. SITUAÇÃO ACTUAL .......................................................... 20
1.2. OBJECTIVOS E ACÇÕES PREVISTAS .................................. 23
2. ÁREA DE REFORÇO INSTITUCIONAL ...................................... 28
2.1. SITUAÇÃO ACTUAL .......................................................... 30
2.2. OBJECTIVOS E ACÇÕES PREVISTAS .................................. 35
3. ÁREA DE TRANSVERSALIZAÇÃO DA ABORDAGEM GÉNERO . 38
3.1. SITUAÇÃO ACTUAL .......................................................... 39
3.2. OBJECTIVOS E ACÇÕES PREVISTAS .................................. 40
4. ÁREA DE EDUCAÇÃO COMUNICAÇÃO PARA A MUDANÇA ... 46
4.1. SITUAÇÃO ACTUAL .......................................................... 47
4.2. OBJECTIVOS E ACÇÕES PREVISTAS .................................. 49
5. ÁREA DE OPORTUNIDADES ECONÓMICAS ............................ 54
5.1. SITUAÇÃO ACTUAL .......................................................... 55
5.2. OBJECTIVO E ACÇÕES PREVISTAS .................................... 58
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INTRODUÇÃO
O período 2011-2012 constitui para o ICIEG, um período de transição que se reveste de características particulares – O ano de 2011, coincide com o fim do período de implementação do PNIEG, ao mesmo tempo que cons-titui o primeiro ano de implementação da Lei Especial para a VBG (LEVBG-11/03-11). Este facto, em particular, exige à reorganização dos serviços e o desenho de um novo quadro de funcionamento, que permita ao ICIEG responder as competências que a nova lei lhe outorga. Neste cenário o ano de 2012 constituirá o primeiro ano de implementação do novo PNIEG, e o inicio do desenvolvimento duma nova etapa no processo de assumpção pelo Estado das responsabilidades pelas acções na área da VBG.
Estas circunstâncias obrigam à realização de um exercício de planificação específico, para o período de transição, que defina as linhas mestras de actuação para este período, que oriente a acção, facilite o diálogo, o enga-jamento e a concertação entre as diferentes instâncias e instituições envol-vidas no processo.
É neste sentido, que o ICIEG elaborou o presente “Programa de Acção para a Promoção da Igualdade de Género - 2011-2012”. Ela, para além das ques-tões de reorganização institucional que a implementação da LBVG coloca, tem como suporte inputs resultantes da avaliação a médio percurso da exe-cução do PNIEG (2009), que assinala entre outras, (i) a existência de fragili-dades no processo de institucionalização da perspectiva género, marcadas pela débil integração efectiva da abordagem de género no conjunto das políticas públicas e (ii) a prevalência de profundas desigualdades de gé-nero nos papéis sociais que cabem aos homens e as mulheres na família e na sociedade, na situação económica das mulheres e na escassa participa-ção destas nos processos de tomada de decisões, tanto no espaço privado como no público.
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Pelas razões acima expostas o ICIEG considera que é necessário no perío-do de transição, desenvolver acções estratégicas que passam pela (i) rees-truturação do funcionamento da instituição que se adeqúe ao novo quadro legal que prioriza as intervenções contra a violência baseada no género; (ii) por uma actuação mais acentuada para garantir a transversalização da abor-dagem género para que os processos de planificação nacionais, sectoriais e municipais reflictam as medidas estratégicas propostas e possibilitem a eli-minação de praticas discriminatórias em função do género na administração pública; (iii) pelo desenvolvimento de acções de educação e comunicação para a mudança de comportamentos e a aceitação do paradigma da igualda-de de género; (iv) e pela promoção de oportunidades económicas das mu-lheres, de forma a subverter o actual quadro de profunda desigualdade entre o rendimento dos homens e o rendimento das mulheres.
ESTRATÉGIAS E ABORDAGEM METODOLÓGICA
Tendo em consideração a situação do país, a adopção do paradigma da igualdade de género pressupõe uma grande quantidade de mudanças cul-turais e institucionais, que não são possíveis num curto espaço de tempo e que requerem o esforço conjugado de vários actores sociais e institucio-nais. Para contribuir a esse propósito, a curto prazo (2011-2012) o ICIEG propõe a utilização duma metodologia que combinando as diferentes es-tratégias preconizadas pelo Plano de Acção de Beijing, possibilitem, por um lado a continuidade de acções empreendidas e bem sucedidas e pelo outro a adopção de procedimentos mais eficazes.
Desde o ponto de vista processual propõe a implementação de um Pro-grama de Acção, o qual tem cinco áreas de intervenção e que permite en-volver todos os níveis de decisão: o poder legislativo, o poder executivo, e o poder local:
1. Implementação da Lei especial sobre a Violência Baseada no Gé-nero: Constitui o eixo central da intervenção. As acções estarão di-rigidas a garantir o acesso, atendimento e protecção as vitimas da VBG mediante a garantia do funcionamento dos mecanismos pre-vistos para tal pela LVBG, a capacitação dos agentes implicados na
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implementação da lei e a produção de informações que permitam o seguimento e monitorização da situação. Os principais parceiros de execução das actividades são as Câmaras Municipais, as ONG´s e os sectores da justiça, da segurança e ordem pública, da saúde e da comunicação social.
2. Reforço institucional: a acção incidirá na adequação do quadro institucional às necessidades de implementação de programas de promoção da igualdade de género, que considere o reforço dos mecanismos de coordenação e concepção de políticas e crie con-dições de execução das acções a nível local. Tratando-se de acções estreitamente relacionadas com a orgânica de funcionamento e os recursos financeiros e humanos da instituição o parceiro principal é o a Secretária de Estado da Administração Pública, a UCRE e o Ministério das Finanças.
3. Transversalização da abordagem de género: O programa possibilitará que a abordagem género seja extensiva aos processos de planifica-ção e orçamentação nacional e municipal, assim como aos processos de gestão e capacitação da administração pública e de produção de informações mediante adopção de uma metodologia de planificação e orçamentação sensível ao género. Contempla ainda acções de ca-pacitação dirigidas ao empoderamento das mulheres. Os principais parceiros da execução das acções são as instituições que tutelam as áreas de finanças e planeamento, da promoção social, da saúde, do desenvolvimento rural, e de produção de informações, assim como as ONG´s que intervêm nesta área e a Rede de Mulheres Parlamentares.
4. Educação e Comunicação para a Mudança: Constitui um eixo trans-versal de intervenção, considerando que a promoção da igualdade de género é um processo ancorado na mudança de comportamen-tos, atitudes e formas de relacionamento reproduzidas e perpe-tuadas pelas diferentes instâncias de socialização. Neste caso o público-alvo privilegiado é os jovens. Os parceiros institucionais de eleição são os sectores da educação, da saúde, da juventude e da comunicação social.
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5. Promoção de oportunidades económicas: Neste programa a prin-cipal finalidade é a promoção das oportunidades de negócios, com recurso a identificação de novas áreas de negócios, capacitação dos agentes e melhoria das condições de acesso ao crédito, assim como da melhoria quantitativa e qualitativa da produção de infor-mações na área económica. Os parceiros eleitos nesta área são as ONG´s , o Ministério de Desenvolvimento Rural, o PNLP, a ADEI, o Instituto de Emprego e Formação Profissional, etc.
Os elementos centrais deste programa são apresentados num “Quadro Re-sumo por Áreas de Intervenção”, o qual contêm os objectivos, as Medidas Estratégicas e o Orçamento, especificando quais os montantes com finan-ciamento garantido e não garantido para 2011 e a previsão para 2012. Nos casos em que a acção programada estende-se para além de 2013, ressalva--se nas metas.
QUADRO DE IMPLEMENTAÇÃO
No quadro de execução proposto ao ICIEG, cabe-lhe a definição dos objecti-vos gerais, o desenho de propostas de intervenção e o apoio às instituições na mobilização de recursos. Também assume em áreas específicas de inter-venção, responsabilidades de execução.
Para garantir a execução do Programa de Acção estipulou-se que cada Área de Intervenção, fosse Coordenada por um quadro técnico do ICIEG, que deve garantir a concertação das acções com outras áreas e a monitorização permanente da implementação das Medidas/Acções da sua área. Apresen-ta as propostas e o estado da situação da sua Área de Intervenção à outras instituições, e funciona como elo de ligação com outros serviços públicos ou da sociedade civil.
I. Implementação da Lei especial da VBG II. Reforço Institucional III. Transversalização da abordagem género
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IV. Educação e comunicação para a mudança V. Oportunidades Económicas
O programa se faz ainda acompanhar, por Memórias Descritivas por Áreas de Intervenção que descrevem a situação, explicam as opções estratégicas que sustentam as propostas e detalham as acções. A Ma-triz de cada Área de Intervenção indica para cada Medida/ Acção, a instituição responsável pela execução, e quem é a pessoa da equipa técnica do ICIEG, Responsável pela Execução da Medida/Acção assim como o financiamento e a fonte, os resultados esperados e o horizon-te temporal previsto.
O trabalho da Coordenadora ou Coordenador da área de Intervenção, é desenvolvido em estreita articulação com a equipa de Responsáveis pela Execução da Medida/Acção da sua área. A Coordenação promove encontros quinzenais com esta equipa para proceder ao levantamento da situação e para reorientar as acções se necessário. O trabalho de Coordenação não tem carácter de exclusividade, pois a Coordenadora ou Coordenador de Área é também Responsável pela Execução de Medidas/Acções da sua Área de Intervenção, podendo inclusive exer-cer essa função noutra Área.
Cada Responsável pela Execução da Medida/Acção desenvolve as ta-refas que a implementação desta requer. Esta ou este, mantêm per-manentemente actualizada a informação sobre a situação, calendariza as actividades, elabora os orçamentos, desenha o quadro de aquisição de bens e serviços e prepara e anima os encontros com os parceiros de execução da Medida/Acção.
No caso em que a execução das Medidas/Acções propostas sejam da responsabilidade de outra instituição, é indicado um ponto focal do ICIEG, que funciona como elo de ligação com a instituição e que como tal deve seguir permanentemente o desenvolvimento dessa Medida/Acção.
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3. Transversalização da abordagem de Género
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4.Educação Comunicação para a mudança de comportamentos
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1. ÁREA DE IMPLEMENTAÇÃO DA LEI DA VBG
A Lei nº84/VII/2011, regula as medidas para a efectivação do princípio da igualdade de género e estabelece, em particular, as medidas destinadas a prevenir e reprimir o crime de Violência Baseada no Género, assim como os mecanismos de protecção e assistência para tod@s quantos sofrerem VBG, em especial, a protecção dos direitos laborais, do acesso à justiça, a assistência social e orientação e inserção profissional.
Estipula que para garantir assistência e protecção da vítima devem ser cria-dos Centros de apoio as Vitimas, Casas de Abrigo e um Fundo de apoio. Dada a sua natureza, a forma em que se consuma, este crime foi tornado público, pelo que as entidades policiais, os funcionários, de uma maneira geral, mas também os médicos e os técnicos de saúde têm o dever de proceder à de-núncia do crime, ainda que não saibam quem o cometeu, no praxo máximo de 48 horas, junto ao Ministério Público. O procedimento criminal instaurado nos termos da presente lei é, para todos os efeitos, de natureza urgente.
O julgamento dos crimes é feito através do Processo Abreviado, o que signi-fica que os prazos para a Acusação e Julgamento são, no máximo, de 80 (oi-tenta) dias, ou, ainda que a gravidade do crime exija uma forma de processo diferente, no máximo de 90 (noventa) dias. Os processos cíveis (por. ex. di-vórcio, partilha de bens ou alimentos) que estejam directa ou indirectamente relacionados com os casos de VBG têm a natureza urgente e deverão ser con-cluídos no prazo máximo de 180 dias, dependendo de sua complexidade.
De acordo com a nova Lei o ICIEG, é o organismo governamental responsá-vel pela articulação das acções para a criação das estruturas e mecanismos que garantam a aplicação da mesma. Neste sentido e tendo em atenção a situação existente, considerou pertinente perspectivar a acção atendendo a três eixos fundamentais:
1. Dar continuidade as acções que se desenvolvem no âmbito de ac-tuação da Rede SOL, a qual funciona em 8 municípios e estender a sua acção a 3 novos municípios em 2011;
1. ÁREA DE
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2. Alargamento progressivo dos serviços prestados nos Gabinetes de Apoio à Vítima para cobrir todos os âmbitos previstos pela lei e ga-rantir a sua reconversão em Centros de Apoio às Vitimas de VBG;
3. Criar as condições institucionais para garantir que em 2013 todos os mecanismos de protecção previstos pela Lei estejam funcio-nando.
1.1. SITUAÇÃO ACTUAL
Cabo Verde conta com um quadro de violência baseada no género, preo-cupante. Segundo o Inquérito Demográfico e de Saúde Reprodutiva (IDS-RII), de 2005, cerca de 22% das mulheres, com idade entre 15-49 anos in-queridas afirmaram serem vítimas de violência baseada no género. Uma em cada cinco mulheres é vítima. Os maiores índices de violência contra as mulheres verificam-se nas zonas urbanas (24%), mas este fenómeno também se manifesta intensamente nas zonas rurais (19%); as ilhas com maiores índices de VBG são, a ilha de Fogo (34%), a Praia Urbana (27%) e o Sal (25 %).
No terreno, o apoio as vítimas vem sendo garantido pela Rede SOL, é cons-tituída por várias instituições interligadas nomeadamente, a polícia nacio-nal, as delegacias de saúde a Casa de Direito, o ICIEG, entre outras. Os seus serviços são materializados pelos Gabinetes de Apoio as Vitimas, que nos últimos 3 anos atenderam perto de 4180 mulheres vítimas de VBG.
Estes Gabinetes têm assumido diversas modalidades de funcionamento, como pode observar-se no quadro 1.
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Quadro 2. Tipo de apoios específicos para vítimas de VBG – Junho 2011
Município ou Ilha
Entidade que dá o apoio Tipo de apoio Limitações
Praia
Fundo Esperança Cestas básicas e montantes até 10.000$00 em dinheiro Montante e abrangência limitados
Direcção-geral de Solidariedade Social Apoios pontuais
FICASE Material escolar
Cruz Vermelha Roupas, comida Processo demasiado lento e burocrático
Farmácia do Estado Medicamentos gratuitos Processo demasiado lento e burocrático
FCS Cesta básica
Não é fácil, não é imediato, não dura muito tempo e não atende às necessidades específicas de cada caso
ACRIDES Cesta básica
É suspensa muitas vezes por falta de financiamento, não dura muito tempo e não atende às necessidades específicas de cada caso
IFP Formação profissional Não é nada sistematizado/delineado, demasiado pontual
CMP
Isenção de taxas em documentos e atestados + outros apoios, tipo cesta básica
Limitados e esporádicos que frequentemente ficam suspensos por falta de verbas
ICCA
Cesta básica
Centro de Emergência Infantil
Família Substituta
. Cestas de duração curta
. Centro frequentemente lotado
. Até obter subsídio regular, o processo é demasiado moroso e burocrático
Fogo Gabinete Vida Activa
Fundo Social que tem pago medicamentos, transportes para o interior, acolhimento provisório, cestas básicas
Está muito dependente das contribuições dos/das sócios/as do fundo � intermitente e insuficiente;
Santo Antão
Direcção-geral de Solidariedade Social
Pagaram as sessões de fisioterapia e o funeral de 2 vítimas
Apoio completamente pontual
Sal
CMS Viagens, cestas básicas, medicamentos Apoio pontual e limitado
Ass. Chã de Matias Viagens, cestas básicas, medicamentos Apoio pontual e limitado
Fundo Esperança Viagens Apoio pontual e limitado
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23
Município ou Ilha
Entidade que dá o apoio
Tipo de apoio Limitações
Assomada OMCV Cesta básica Não está sempre garantida, pontualmente
Mindelo
CMSV Materiais para recuperação da habitação, apoio escolar
Muito pontualmente
Navio Chato III Vestuário, sapatos, brinquedos usados � uma parte tem sido oferecida directamente às vítimas, outra tem servido para fazer feiras para angariação de fundo para apoio pontual às vítimas (medicamentos, etc.)
Não é um apoio constante
TRANSCOR Têm dado emprego a algumas vítimas e pagamento de jardins a filhos de vítimas
É um apoio limitado
Rotary Club Cestas básicas Muito pontualmente
Jardim bom pastor Acolhimento gratuito de crianças filhas de vítimas de VBG
Apoio limitado
ICCA Acolhimento total e/ou diurno de crianças filhas de vítimas de VBG
Apoio pouco abrangente
A Lei da VBG, vem a dar resposta aos problemas que a actuação nesta área coloca, constituindo a sua implementação o caminho para responder aos desafios, nomeadamente no que concerne as estruturas de acolhimento, e segurança das vítimas.
1.2. OBJECTIVOS E ACÇÕES PREVISTAS
As medidas institucionais previstas para o ano de 2011 e 2012, visam que a partir de 2013 seja garantido o apoio e a atenção às vítimas e agressores em todo o país, em todas as modalidades que a Lei prevê.
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24
Como princípio de acção definimos:
1. Criar o quadro regulamentar das estruturas de apoio as vítimas e agressores, que garanta os recursos institucionais necessários ao seu funcionamento e o Cenário de Implementação da Lei (Cen-tros de Atendimento as Vitimas da VBG, Fundo de Apoio, Casas de Abrigo);
2. Garantir o funcionamento dos mecanismos de denúncia dos casos de VBG;
3. Capitalização da experiência de funcionamento dos Gabinetes de Apoio as Vitimas e dos recursos materiais, humanos e financeiros, promovendo a reconversão progressiva destes para Centros de Apoio as Vitimas de VBG;
4. Desenvolvimento de acções de comunicação e educação para a mudança de comportamentos e de divulgação da lei;
5. Capacitação dos diferentes agentes que intervêm no processo;
6. Considerar as Casas de Abrigo como um recurso ao qual se recor-rerá apenas nos casos excepcionais
Na matriz que se segue apresentamos para cada estratégia definida as me-didas/acções a desenvolver, bem como os responsáveis pela execução (in-ternos e externos), as parcerias, as zonas de intervenção, o orçamento e os resultados esperados.
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2. ÁREA DE REFORÇO INSTITUCIONAL
Na Constituição da República de Cabo Verde, está consagrada a igualdade de mulheres e homens perante a lei, assim como a não discriminação em função do sexo. Esta assume que o Estado deve criar condições para a eli-minação dos factores que provocam e reforçam essa discriminação, assu-mindo assim a situação de desigualdade que ainda vivenciam as mulheres na sociedade Cabo-verdiana. O ICIEG é a agência governamental encarre-gue de desenhar e coordenar as acções dirigidas a atenuar as desigualda-des de género no País, pelo que tem tido e deverá continuar a ter um pa-pel preponderante na dinamização de acções conducentes à promoção da igualdade de género, assente no conhecimento das dinâmicas das relações sociais entre homens e mulheres na sociedade Cabo-verdiana.
No entanto, apesar dos progressos que têm vindo a ser registados e da crescente frequência com que é mencionada a questão de género, o Docu-mento Estratégico de Crescimento e Redução da Pobreza II (DECRP II-2008), que constitui o quadro orientador das intervenções nos diferentes sectores da vida de Cabo Verde e consequentemente da alocação de recursos, assi-nala que subsistem no domínio das relações de género vários constrangi-mentos, destacando-se:
Insuficiente transversalização da abordagem de género nos instru-mentos de planificação e de seguimento - avaliação das políticas;
Desequilíbrio no exercício do poder, tanto nos espaços públicos como privados;
Fraca representatividade das mulheres nos cargos de direcção e da vida política nacional;
Desnível em termos de rendimentos e oportunidades de inserção na economia;
Acesso limitado à formação técnico profissional;
Alta incidência da violência baseada no género.
2. ÁREA DE REFORÇO
INSTITUCIONAL
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2.1. SITUAÇÃO ACTUAL
O Instituto da Condição Feminina (ICF), foi criada em 1994, conforme o Decreto -Lei nº 1/94 de 10 de Janeiro e em 2006, passou a ser Instituto Cabo-verdiano para Igualdade e Equidade de Género (ICIEG), mediante o Decreto-Lei, de 10 de Julho de 2006, publicado no Boletim Oficial, I Série, Nº 20.
Com a natureza de uma pessoa colectiva de direito público, dotada de au-tonomia administrativa, financeira e patrimonial, e com a atribuição de promover a real igualdade entre o homem e a mulher, a instituição é de cariz social e rege-se por estatutos alterados pelo decreto regulamentar nº5/2003. Funciona como um espaço de integração e articulação horizontal das medidas sectoriais do Governo relativas a problemáticas da igualdade de género e do reforço da capacidade das mulheres, coordenando as polí-ticas públicas e contribuindo para a definição da estratégia governamental.
É superintendida pela chefia do Governo, (Primeiro-ministro), que delega a responsabilidade de tutela a um Ministro ou Ministra. Esta situação, provo-ca certa instabilidade e constrangimentos no funcionamento do instituto e reduz, a sua capacidade de negociação e acção. Actualmente esta função é exercida pela Ministra - Adjunta e da Saúde.
O instituto tem a sua sede na Cidade da Praia (Santiago), mas pode instalar, de acordo com o Artigo. 2° do estatuto, em vigor, “estruturas privativas de apoio em qualquer parte do território nacional, isto é, comissões e delega-ções ou outras formas de representações”. O estatuto também define que o ICIEG disporá dos departamentos técnicos e administrativos centrais e das estruturas desconcentradas que se mostrarem necessários ao seu eficaz funcionamento, e que a criação, a organização, competência e o funciona-mento dos departamentos e das estruturas devem constar do regulamento interno. Contudo, até o momento não possui estruturas locais, pelo que tem desenvolvido as actividades agindo em rede com outras instituições do estado e da sociedade civil.
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Nos seus estatutos, são órgãos de direcção, o ou a Presidente, o Conselho de Administração e o Conselho Consultivo, sendo efectivo a Presidente e o Conselho Consultivo, e o Concelho de Administração nunca foi corporifica-do. A ou o Presidente é quem dirige, orienta e coordena superiormente o instituto e assegura a sua gestão corrente. O Conselho Consultivo é o órgão que apoia a Presidente, na programação, harmonização e acompanhamen-to de actividades do ICIEG, e ao qual compete a coordenação e a expressão dos diversos interesses públicos ou privados, que se manifestam e se inter-penetram no âmbito das suas atribuições.
Relativamente ao regime financeiro, o ICIEG rege-se pelas leis da contabi-lidade pública. Contrariamente ao exposto no estatuto, não dispõe de or-çamento privativo, nem gera receitas próprias. Depende, para a realização das suas despesas e seu funcionamento interno, do orçamento do Estado. O controlo financeiro dessas actividades é feito pelos serviços de inspecção das finanças e pelo Tribunal de Contas. Desde a sua criação tem usufruído de um orçamento de funcionamento, proveniente do Orçamento Geral do Estado, que em 2011 ronda os 11.000.000 ECV, verbas estas que não coa-dunam com as necessidades existentes, principalmente com as ligadas ao quadro de pessoal.
Com relação ao quadro de pessoal, o estatuto em vigor, estabelece um qua-dro de pessoal, composto por i) cargos efectivos e ii) cargos em comissão de serviço. A estes últimos correspondem 1 director de serviço, 1 secretária e 1 condutor auto-ligeiro.
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Quadro nº 3. Pessoal - cargos efectivos
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Pessoal Técnico
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3 Técnico Superior 13 A-B-C
2 Técnico 12 A-B-C
3 Técnico-adjunto 11 A-B-C
Pessoal Administrativo
1 Pessoal Administrativo 8 B
1 Oficial Administrativo 7 A-D-F-H
Pessoal Auxiliar
1 Telefonista/Recepcionista 2 A
2 Auxiliar Administrativo 2 A-B-C-E
1 Condutor – auto de ligeiros 2 A-B-C
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Apesar de estatutariamente estar previsto esse quadro de pessoal, este nunca foi totalmente preenchido, devido a exiguidade de recursos finan-ceiros. Face a este cenário, a estratégia adoptada, foi o de reforçar o quadro de parcerias técnico financeiras existente, aproveitando tanto os acordos de cooperação multilateral e bilateral estabelecido pelo Governo (Nações Unidas, Cooperação Espanhola, NEPAD, Banco Mundial, Fondo Galego) como através de parcerias com instituições congéneres (CCDG, Fondo Ga-lego, CIDM…).
Estas parcerias têm sido valiosas, pois tem permitido a execução de uma grande parte das actividades acima citadas, no sentido de reduzir os de-sequilíbrios de género que persistem, possibilitando ao ICIEG actuar num processo de ruptura com o descompasso e atraso referentes a princípios abstractos, traduzindo-os em acções racionais e eficazes, através de mode-los que pontuam acções instrumentais, pró-activas e de sinergia transversal e multissectorial, através da prestação de técnicos qualificados, assistentes e consultores. Os acordos de parcerias em vigor expiram em Dezembro de 2011.
Actualmente, em termos de recursos humanos técnicos, o ICIEG dispõe de 10 técnicos superiores, sendo que 4 providos com fundos dos projectos de investimento, 3 providos com fundos do orçamento de investimento e 3 providos com fundos de funcionamento.
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Quadro 5. Recursos humanos Técnicos do ICIEG – Junho 2011
FunçãoPrincipal
Situação contratual
Fonte de Financiamento
do Salário
Área de Intervenção no Plano de Acção
Reforç. Institu. VBG Transv.
Género ECM Oport. Econo.
Coordenação Oportunidades Económicas
Consultoria ONU - Mulheres X
Assistência Psicologia Forense e PMIEG
Avença Fundo NEPAD X X X
Assistência Jurídica Avença Fundo NEPAD X X X
Coordenação da Área VBG
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Coordenação Área de Educação para a Mudança de Comportamentos
ConsultoriaOrçamento de Investimento
X X
Coordenação Homens contra a VBG e asistente área ECM
ConsultoriaOrçamento de Investimento
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7 Coordenação e Gestão de Projectos e Área de Reforço Institucional
Consultoria Fundo NEPAD X X
Planificação e Coordenação da área de Transversalização da Abordagem Género
ConsultoriaOrçamento de Investimento
X X X X
Presidenta Quadro ICIEGOrçamento de Funcionamento
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Gestão do site e procedimentos administrativos
Quadro ICIEGOrçamento de Funcionamento
X X X
Perante ao acima exposto e os novos desafios que se vislumbram com a implementação da Lei Especial para a VBG (LEVBG-11/03-11), é-se necessá-rio ao ICIEG efectivar uma adequação estrutural e normativa, procedendo uma reorganização dos serviços e desenho de um novo quadro de funcio-namento, que permite dar forma e uso às competências que a nova lei lhe outorga.
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2.2. OBJECTIVOS E ACÇÕES PREVISTAS
A Lei nº84/VII/2011, regula as medidas para a efectivação do princípio da igualdade de género, vêm a acrescentar novas responsabilidades institucio-nais ao ICIEG, tornando urgente a adequação do quadro de funcionamento para dar resposta aos novos desafios que a situação coloca.
Para o período 2011-2012 a área de reforço institucional foi seleccionada como uma área de intervenção prioritária, sustentada pela capitalização do reforço e das competências da equipa do ICIEG e pelo aumento da ca-pacidade de influenciar os processos de tomada de decisões. Os pontos angulares deste sistema baseiam-se na:
Oferta de apoio técnico sistemático as equipas sectoriais;
Negociação directa, com os responsáveis institucionais e da sociedade civil, da implementação das estratégias propostas pelo Plano de Acção (Ministras e Ministros; Directores ou Directoras -gerais, presidentes de institutos públicos e responsáveis das ONGs);
Afectação, para efeitos de coordenação e monitorização dos técnicos
da equipa do ICIEG, a áreas especificas de desenvolvimento do Plano de Acção para garantir:
o A ligação efectiva com os responsáveis pela execução;
o O apoio técnico requerido pela instituição para a integração da sis-temática abordagem género nas suas pratica de actuação;
o O seguimento e avaliação dos planos e das actividades realizadas e a produção de informações necessárias a este;
A divisão por áreas e a afectação dos técnicos ao seguimento das mesmas, foi desenhada, tomando em consideração as funções e as competências técnicas específicas da equipa permanente de profissionais do ICIEG.
A implementação das acções de este eixo, está intimamente vinculado com a Implementação da Lei de VBG e a transversalização da abordagem de género.
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3. ÁREA DE TRANSVERSALIZAÇÃO DA ABORDAGEM GÉNERO
Para promover a transversalização da abordagem género, como reco-mendado nas Conferencia de Beijing, os governos tem empreendido diferentes acções, entre as quais se destacam, o fomento a investiga-ção e produção e divulgação de informações com uma perspectiva de género; a priorização de intervenções como a luta contra a violência baseada no género; o engajamento os meios de comunicação na eli-minação dos estereótipos de género e na promoção do paradigma da igualdade de género, Assegurar que os planos, programas e projectos, consideram as necessidades específicas de mulheres e homens; a ela-boração de orçamentos sensíveis ao género, a eliminação de práticas discriminatórias e promoção da igualdade de género na administração pública; e a promoção da utilização duma perspectiva de género no sector empresarial, sindicatos, partidos políticos e Ong’s.
3.1. SITUAÇÃO ACTUAL
Em 2009, o ICIEG, procedeu a avaliação do processo de implementação do PNIEG, a qual mostrou que em matéria da igualdade de género foram conseguidos ganhos significativos, designadamente nas áreas de educação e de saúde, mas que prevalecem profundas desigualdades de género, em termos de representações colectivas sobre os papéis so-ciais que cabem aos homens e as mulheres na família e na sociedade, na situação económica e na participação dos processos de tomada de decisões, tanto no espaço privado como no público
Assim mesmo assinalou a existência de fragilidades no processo de ins-titucionalização da perspectiva género, sendo o PNIEG um instrumento marginal em termos de estratégias, políticas e orçamentos nacionais, pelo que a sua integração no conjunto das políticas públicas é débil. Esta avaliação permitiu verificar que as análises de género não incluem os efeitos das reformas financeiras sobre políticas públicas. Constatam a existência de desigualdades e brechas de género e a intenção de eli-minação das mesmas aparece referenciado em vários instrumentos de
3.ÁREA DE
TRANSVERSALIZAÇÃO
DA ABORDAGEM GÉNERO
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planificação e de políticas, mas os objectivos estratégicos e de gestão não apontam claramente para a redução das brechas de género e para a construção da igualdade como responsabilidade do conjunto do Esta-do. Por outro lado, verificou-se que a recolha de informações estatísti-cas contemplam a variável sexo, mas não todas as informações produ-zidas aparecem desagregadas por sexo o que limita as analise. No caso da área de crédito, rendimento, funções (na administração pública) e mortalidade e morbilidade as informações não são desagregadas por sexo. A produção académica abordando as questões de género é limi-tada. Até o momento não foi realizado nenhum estudo sobre uso do tempo de mulheres e homens.
Tendo em atenção a situação das relações de género e as limitações vivenciadas na institucionalização da abordagem género em todas as etapas de planificação e orçamentação, o ICIEG solicitou as NU-Mulhe-res apoio na elaboração de um diagnóstico da situação do tratamento da equidade de género na planificação e no orçamento nacional.
Esse diagnóstico, identificou as insuficiências das formulações es-tratégicas, do modelo de planificação e orçamentação do governo e gerou uma proposta de Estratégia e de um Plano de Acção para a im-plementação de um Programa de Orçamentação Sensível ao Género. Identificou como estratégias para a implementação de uma iniciativa de Orçamentação Sensível ao Género, o reforço de capacidades, o desenvolvimento metodológico e instrumental para a integração do enfoque de género na planificação e no orçamento e a elaboração de orçamentos sensíveis ao género (nacional e municipais). Apresentou também recomendações gerais e específicas, no referente a objecti-vos e resultados.
3.2. OBJECTIVOS E ACÇÕES PREVISTAS
As recomendações do Plano de Acção foram assumidas pelo ICIEG, mas tomando em consideração que a incorporação da perspectiva de géne-ro nas políticas públicas é um processo a longo prazo, que pressupõe
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uma grande quantidade de mudanças culturais e institucionais, e no qual podem ser utilizadas diferentes estratégias, ponderou a pertinên-cia do recurso a opções metodológicas, que visam a transversalização da abordagem género para que esta seja extensiva aos processos de planificação e orçamentação nacional e municipal, assim como aos processos de capacitação da administração pública e de produção de informações.
Essas opções incluem:
1. A realização de Auditorias de Género a Ministérios ou Programas, considerados chaves no processo de mudanças: Secretária da Ad-ministração Pública, Ministério do Trabalho, Família e Solidariedade Social, Ministério de Desenvolvimento Rural e Programa Nacional de Saúde Sexual e Reprodutiva. Esta estratégia de intervenção vem sendo desenvolvida com sucesso pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). No país existem recursos nacionais capacitados nesta área1 o que garante um adequado processo de execução des-ta componente do programa;
2. O estabelecimento de uma ponte entre a academia, a acção so-cial para a produção de informações, que permitissem subsidiar o desenho das políticas públicas. Atendendo ao vazio na área de estudos sobre a utilização do tempo de homens e mulheres foi escolhida esta, como uma intervenção privilegiada. Neste caso os parceiros da execução são o Centro de Investigação e For-mação sobre Género e Família da UNICV e o Instituto Nacional de Estatística. A abordagem metodológica permite igualmente envolver diferentes níveis de decisão, nomeadamente o poder legislativo, executivo, e local.
3. A sensibilização e a capacitação das equipas sectoriais, foi se-leccionada como a principal estratégia de intervenção, mas para garantir que as propostas passem a formar parte das práticas ins-
1 Em 2009 A UNIFEM � Cabo Verde em parceria com a OIT promoveu uma acção de capacitação para quadros internacionais e nacionais e em 2010, o ICIEG multiplicou essa formação.
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titucionais também serão produzidos instrumentos normativos e metodológicos para a institucionalização de práticas de planifica-ção e orçamentação sensíveis ao género, e consequentemente, a rotinização destes procedimentos, a incorporação de acções de formação no Plano de Capacitação dos Recursos Humanos da Função Pública.
O princípio de intervenção fundamental é a apropriação de conhe-cimentos e competências por parte de vários intervenientes que agem em áreas chaves como a planificação/orçamentação, a pro-dução de informações, a economia e a acção social, assim como a responsabilização destes pela execução das intervenções. A acção abrangerá todos os níveis de tomada de decisões:
i. NÍVEL LEGISLATIVO, para garantir a regulamentação da utilização duma perspectiva de género nos processos de planificação e or-çamentação nacional. A executora será a Rede de Mulheres Parla-mentares, a qual será alvo de uma acção de sensibilização e reflexão sobre a problemática de género e as desigualdades da condição e da situação de mulheres e homens no país, e sobre o desenho de acções de intervenção. Esta acção será extensiva às equipas das ONG´s com intervenção nacional, a fim de aumentar a sua partici-pação nos processos decisórios.
ii. NÍVEL EXECUTIVO, mediante o reforço das competências téc-nicas da equipe do ICIEG; a capacitação da equipa técnica do Ministério das Finanças em matéria de Planificação e Orçamen-tação Sensível ao Género; a realização de auditorias de género nos Ministérios do Ministério do Trabalho, Família e Solidarie-dade Social, do Ambiente, Desenvolvimento Rural e Recursos Marinhos, e do Ministério de Reforma do Estado; O desenvolvi-mento de um exercício análise do orçamento nacional, a fim de que a abordagem género seja integrada nos exercícios futuros. Prevê-se também o apoio as empresas públicas na elaboração de Planos de Igualdade de Género.
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iii. NÍVEL LOCAL, aprofundará e dará continuidade ao trabalho desen-volvido com as equipas dos municípios do Paul, da Praia e de Santa Catarina. Estas autarquias possuem Planos de Igualdade e Equida-de de Género. Esses Planos contem diagnósticos que reflectem as desigualdades existentes entre mulheres e homens a nível local. Prevê-se o financiamento de acções previstas nos planos e a re-alização de um exercício de análise do orçamento em função da classificação das despesas desde uma perspectiva de género, com a finalidade de que os processos de planeamento e orçamentação incorporem a perspectiva de género.
iv. SOCIEDADE CIVIL - ORGANIZAÇÕES DE MULHERES: Entre os fac-tores favoráveis à construção da equidade de género destaca-se a existência do ICIEG, e de planos de promoção da igualdade de género, assim como a presença de organizações de mulheres com abrangência nacional comprometidas com a eliminação de todas as formas de discriminação das mulheres. A Organização de Mu-lheres de Cabo Verde (OMCV), a Rede de Mulheres Economistas (REDEMEC), a Associação de Apoio ao Desenvolvimento da Mulher (MORABI) e a Associação de Mulheres Juristas (AMJ), agem a nível nacional e abrangem um publico muito vasto. Tem demonstrado uma enorme capacidade de mobilização social, de multiplicação de acções de sensibilização, são fazedoras de opinião e trabalham em articulação com o governo e com as autarquias. Elas constituem aliadas privilegiadas no processo de transversalização da aborda-gem género, nas diferentes esferas de poder.
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4. ÁREA DE EDUCAÇÃO COMUNICAÇÃO PARA A MUDANÇA
Os papéis de género são a forma como nos comportamos e o que fazemos no quotidiano homens e mulheres, segundo o que consideramos que é o apropriado para cada um. Estes papéis estão ancorados nos estereóti-pos de género, que são ideias pré estabelecidas, rígidas que situam a ra-parigas/mulheres e rapazes/homens em plano diferenciados . Eles criam expectativas diferenciadas para cada sexo, tornam-se presentes nos mo-delos sociais de género e impedem que cada pessoa dê um significado singular à sua vida, dando lugar ao desenvolvimento de profundas desi-gualdades sociais entre homens e mulheres. Os estereótipos de género estão presentes e são reproduzidos e perpetuados nas relações familiares, na comunidade, nos meios de comunicação, e no trabalho.
Sendo os papéis dos géneros criados através do processo de socialização, eles também podem ser desmontados e redefinidos. Para tal uma estraté-gia privilegiada é a implementação de medidas educativas que promovam a mudança de comportamento a adopção do paradigma de igualdade de género, que passa pela tomada da necessidade de tratar das desigualda-des que os comportamentos estereotipados têm na vida das pessoas.
4.1. SITUAÇÃO ACTUAL
Apesar dos consideráveis avanços em matéria de aprovação de diplomas legais e de ratificação de tratados regionais e internacionais promotores da igualdade de género, os instrumentos nacionais norteadores das polí-ticas públicas, ainda não demonstram claramente a igualdade de género como um objectivo, como o caso da nova lei de bases do sistema educa-tivo. Também prevalecem e são reproduzidas estereótipos sexistas em di-versas instâncias de socialização também desiguais, ancoradas em termos de e na sociedade, na situação económica e na participação dos processos de tomada de decisões tanto no espaço privado como público.
No nosso país, as rotinas diárias de homens e mulheres continuam a ser diferenciadas, ancoradas nas representações colectivas sobre os papéis sociais que cabem aos homens e às mulheres. Na família corresponde
4.ÁREA DE EDUCAÇÃO
COMUNICAÇÃO PARA A MUDANÇA
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às mulheres as responsabilidades pelo bem-estar familiar e doméstico estas são sujeitas, pelos seus companheiros a diversos mecanismos de controlo no âmbito das relações sociais, da mobilidade e da limitação da gestão dos recursos financeiros.
Os indicadores de sucesso na educação, são mais favorável para as rapa-rigas e mulheres, nomeadamente no que respeita ao sucesso em todos os níveis do sistema educativo, mas a analise dos conteúdos curriculares e dos materiais pedagógicos apontam para a continua reprodução de estereótipos sexistas.
Na saúde, as informações estatísticas mostram desigualdades entre homens e mulheres, sobretudo na esperança de vida e na frequência aos serviços de saúde por uns e outras. Também apontam para profundas distorções nas representações sobre os cuidados de saúde da população masculina, das prioridades alimentares dos membros da família (que favorece aos homens) e do exercício da sexualidade (maior exposição das mulheres às doenças sexualmente transmissíveis, especialmente no grupo etário 15-19 anos).
A nível da comunicação social, constata-se uma diminuição das men-sagens publicitárias contendo estereótipos sexistas, mas verificasse um deficit de produção de notícias/matérias educativas com enfoque nas questões de género pelos profissionais da comunicação. Continuam a ser emitidas mensagens e imagens estereotipadas, quer nos meios au-diovisuais quer na imprensa escrita, o que aponta para a necessidade de estabelecimento de compromissos institucionais para manter os ganhos obtidos e reforçar as mensagens que promovam à igualdade de género.
A Lei especial da VBG (Lei n.º84/VII/2011) criou um quadro especial-mente propicio para a intervenção em instâncias de socialização, no sen-tido de desenvolver acções que promovam a aceitação do paradigma da igualdade de género, ao estabelecer que devem ser adoptadas medidas para a efectivação do princípio da igualdade de género, entre as quais se destacam a sensibilização e prevenção, a socialização de princípios e valores orientadores à salvaguarda da igualdade de género, a concepção e implementação de programas de sensibilização e formação comunitá-ria e pública e ainda a acção articulada e integrada das várias entidades públicas, privadas e ONG´ s (Artigo 5.º da Secção I).
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No âmbito educativo a lei estabelece “a adopção de medidas educativas pelo Estado que fomentem a igualdade de género e eliminem os este-reótipos sexistas ou discriminatórios, salvaguardando o respeito pelos direitos e liberdades fundamentais e a tolerância.” (Artigo 6.º da Secção I). Em relação à capacitação de profissionais a lei prevê que “o Estado promova e incentive a especialização de todos os profissionais que in-tervenham no processo de informação, atenção e protecção das vítimas de VBG” (Artigo 7.º da Secção I). Em relação aos meios de comunica-ção social, a presente lei estabelece que “o Estado adoptará medidas de incentivo para a promoção da igualdade de género na comunicação social” (Artigo 9.º da Secção I).
4.2. OBJECTIVOS E ACÇÕES PREVISTAS
As intervenções na área de Informação, Educação e Comunicação para a Mudança de Comportamentos (IECMC), visam o desenvolvimento de comportamentos baseados na igualdade de género e na não discrimina-ção em função do sexo e da orientação sexual, a intervenção sustenta-se em programas de informação, educação e comunicação para a mudança de comportamentos de género, abrangendo diversos públicos-alvo: a população em geral e públicos específicos como adolescentes e jovens. Os princípios orientadores da intervenção assentam:
1. Na utilização de suportes educativos diversos (teatro fórum, edu-cação de pares, filmes e debates, dinâmicas de grupo), e a nível macro, de desenho e implementação de programas de comunica-ção e educação para a igualdade de género a nível nacional através dos media (Rádio, TV, imprensa, internet), e de medidas educativas que fomentem a igualdade de género nos sectores da educação e da saúde;
2. Na utilização duma metodologia de abordagem participativa e en-volverá os públicos-alvo e as parcerias. Os actores locais (líderes das ONG’ s e OCB’ s, agentes educativos e outros) e os actores institu-cionais, serão envolvidos desde a fase de desenho. Especial ênfase
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será dado ao desenvolvimento de competências pessoais, sociais e profissionais em prol da igualdade de género e ao empoderamento de jovens moradores e líderes locais.
3. Na escolha de adolescentes e jovens, como público-alvo específico de varias intervenções e na hierarquização das intervenções. Estas iniciam-se a um nível micro com acções piloto, que após uma fase de experimentação e concepção das boas práticas, serão replicadas por outras áreas de intervenção. As intervenções a níveis micro são complementam-se com programas a nível macro de Comunicação e Educação para a promoção da igualdade de Género, que abrangem todo o território nacional, nomeadamente os programas através da média (rádio, TV, internet, imprensa), a tradução e adaptação de materiais educativos, os programas educativos sobre Género, Saú-de e Sexualidade, e a implementarão de medidas educativas que fomentem a igualdade de género”. O programa “Educação para a Igualdade” e o programa “Género, saúde e sexualidade” visam a integração efectiva da perspectiva de género no curriculum formal educativo e no Programa de Saúde Sexual e Reprodutiva;
4. No estabelecimento de parcerias para o desenvolvimento das acções previstas, para garantir o engajamento das instituições e a continui-dade do desenvolvimento das acções num horizonte temporal mais vasto. Esta estratégia resultará ainda num exercício de desenvolvi-mento de competências no domínio da igualdade de género para as instituições envolvidas, independentemente da sua natureza. Por estes motivos, vários serão os parceiros envolvidos, governamen-tais e da sociedade civil. Os parceiros privilegiados são Ministério da Educação, a Direcção Geral da Juventude, e a Direcção Geral da Comunicação Social, a Direcção Geral da Saúde
5. No reforço das intervenções do ICIEG, nomeadamente com a edição do boletim informativo/educativo para a promoção da igualdade de género, a actualização permanente do site do ICIEG, e a tradução, adaptação e divulgação de recursos educativos e a produção de in-formações sobre a VBG.
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5. ÁREA DE OPORTUNIDADES ECONÓMICAS
A criação de oportunidades obedece ao princípio fundamental de aceder a recursos produtivos, participar no comércio e na economia. Esta emerge da constatação de que as mulheres, de uma forma geral, pertencem aos grupos dos excluídos do sistema ou têm uma menor participação, resultado da ancestral divisão sexual do trabalho. Nes-se sentido, a nível global vem-se desenvolvendo várias iniciativas, com vista a melhorar essa situação. Destacamos os acordos internacionais, especialmente a CEDAW e a Plataforma de Pequim como marcos im-portantes que enfatizam a questão económica, obrigando os Estados a tomar medidas para assegurar os direitos da mulher e seu acesso a recursos, tão necessário à redução da Pobreza. É neste contexto, que Cabo Verde vem envidando esforços para a sua materialização.
5.1. SITUAÇÃO ACTUAL
Os diversos documentos que analisam a questão do género do país, nomeadamente o relatório da CEDAW, o IDISA, o Plano da Igualdade de Género do ICIEG, demonstram que a desigualdade de género prevale-cente no país, é mais expressivo no domínio económico. O IDISA situa 0,608 no domínio económico enquanto que o global é de 0,7.
o As mulheres têm menos oportunidades económicas, facto que está espelhado nas diferentes variáveis analisadas.
o Maior nível de desemprego, especialmente na camada jovem (na faixa etária dos 20-25 anos chega a ser o dobro;
o A pobreza tem maior incidência na camada feminina (33% enquan-to nos homens é de 21%. Na categoria chefes de agregados as mu-lheres representam 56% de famílias pobres, não obstante de che-fiarem 45% das famílias nacionais, enquanto que as chefiadas por homens representam 43%).
o As mulheres auferem menores rendimentos (O IDISA confirma essa discrepância situando o índice do sector informal em 0,353). Na perspectiva do Índice da Condição Feminina (IDISA, 2010), o ren-
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dimento é desigual para homens e mulheres mormente no sector informal, em que o índice situa em 0,353.
o O Desenvolvimento das actividades económicas, é mais limitado, concentrando as mulheres em áreas menos produtivas e com me-nos potencial de crescimento (agricultura, comercio, empregadas domesticas).
o Domínio empresarial, onde as mulheres estão relegadas na sua maioria ao sector informal, cujos negócios têm menos possibilida-des de crescer devido as limitações em termos de acesso a merca-dos, credito e benefícios fiscais (as mulheres representam 52,5% dos efectivos, sendo 76% no ramo de comercio, segundo o inquéri-to sector Informal 2010;
o Menos empresas propriedade de mulheres, sendo quase exclusiva-mente na categoria Micro e Pequenas Empresas (O Censo Empre-sarial 2009, dados 2007, assinala que 9% das empresas são detidas maioritariamente por mulheres, enquanto que os homens detêm 53% e 28%; ão foi possível determinar a repartição de capital; ape-nas 13% das empresas são lideradas por mulheres).
o Ademais diversos estudos revelam as inúmeras fragilidades dos negócios desenvolvidos por mulheres que não encontram um am-biente propício, sobretudo no acesso a serviços e crédito, o que resulta em maiores taxas de mortalidade e o fraco crescimento.
Constata-se que esta situação tem a sua origem nas relações de gé-nero, se atendemos aos preconceitos de género que tem marcado as opções de emprego e negócio das mulheres e o papel que é atribuído socialmente às mulheres os cuidados da família, limitando ainda mais as suas oportunidades. Portanto, uma busca de equilíbrio exige forço-samente uma abordagem de género. Este facto, é mais pertinente na conjuntura actual, em que emanam várias oportunidades decorrentes da dinâmica do desenvolvimento do país, tais como os investimentos no campo turístico associada a todas as actividades da sua cadeia de valor; investimentos públicos significativos na infra-estruturação do pais; maiores necessidades de bens de consumo e serviços, sobretu-do nos principais pólos de concentração demográfica, decorrentes da
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dinâmica da economia; novas necessidades derivadas das mudanças que ocorrem na sociedade, entre outros. Por outro lado, o acordo com a OMC e a elevação do país à categoria de desenvolvimento médio, impõe a preparação de todos os agentes para que possa aproveitar das oportunidades emergentes participar efectivamente da economia e que possa engendrar maiores níveis de geração de riqueza.
Apesar do governo, considerar o sector privado como uma das priori-dades da sua governação, as políticas e programas nesse âmbito não têm a perspectiva de género. Mesmo nos casos onde se assume que se deve integrar a perspectiva de género, segundo consta no DCRP II (turismo pequena indústria), não se verifica na prática essa integração. Contudo, dado à sua relevância para a redução do fosso existente entre os sexos e o logro do objectivo de milénio, esta figura como uma priori-dade, para que as políticas implementadas sejam eficazes.
Por outro lado, os vários programas existentes e implementados no país, inclusive os dirigidos para as mulheres têm resultados limitados, resultado de uma conjugação de factores, como a abordagem não ho-lístico, a não consideração da problemática do género, a falta de articu-lação entre os actores além de reduzido alcance dos mesmos devido as suas capacidades em termos tecnológicos e de estruturas.
Neste contexto, o ICIEG desenvolveu dois projectos com abordagem holística, com vista a criar modelos para serem replicados e capitali-zar os conhecimentos decorrentes para a formulação de um programa mais abrangente e articulado que possa resultar em resultados sólidos e efectivos, com impacto significativo na melhoria das condições das mulheres. Nesta linha, o ICIEG, perspectiva com este plano implemen-tar medidas a vários níveis, consentâneas com a complexidade e a di-mensão do problema. Ou seja para além das acções direccionadas di-rectamente a mulheres, propõe actuar a nível do ambiente, particular-mente políticas, programas, capacidades institucionais e mobilização de parceria e trabalho articulado entre os vários agentes do sistema.
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5.2. OBJECTIVO E ACÇÕES PREVISTAS
As medidas visam garantir o empoderamento económico das mulhe-res, através da promoção do empreendedorismo e do emprego das mulheres. Nesta linha, definimos como princípios de intervenção:
i. Privilegiar o segmento de mulheres menos favorecidas;
ii. Abordagem integrada que contemple as várias dimensões do pro-blema;
iii. Reforço das competências locais em termos de capacidade de in-tervenção;
iv. Influenciar políticas e programas ligadas ao empreendedorismo e emprego;
v. Assentar na articulação entre os vários actores com vista a emergir a sinergia necessária e conseguinte eficácia.
Quanto as acções obedecem as estratégias e estruturam-se em:
1. Elaboração de um programa de oportunidades económicas
2. Desenvolvimentos de empreendimentos solidários: varias acções que vai desde apoio a surgimento e desenvolvimento de grupos até ao reforço de competências locais para dar continuidade e sus-tentabilidade ao processo;
3. Melhoria do acesso aos serviços empresariais: Através de engaja-mento de parceiros chaves potenciar o acesso das mulheres aos serviços de desenvolvimento, especialmente as do sector informal e do meio rural;
4. Melhoria do acesso ao crédito;
5. Criação de infra-estruturas sociais que possam minimizar as res-ponsabilidades de cuidado que tradicionalmente é atribuída à mu-lher, com consequências para as actividades produtivas que possa desenvolver.
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