INTRODUÇÃO

Embed Size (px)

Citation preview

11

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA GOIANO - CMPUS MORRINHOSCURSO TCNICO EM AGROPECURIA INTEGRADO 1 ANOWELLINGTON MATTHAUS RABELO GONALVES

BIODIGESTORES

Morrinhos, GoisOutubro, 2013WELLINGTON MATTHAUS RABELO GONALVES

BIODIGESTORESTrabalho de consulta apresentado para fins de avaliao parcial da disciplina Construes Rurais, ministrada no Curso Tcnico em Agropecuria Integrado ao Ensino Mdio, orientado pelo professor Dr. Wallacy Barbacena Rosa dos Santos.

Morrinhos, Gois

Outubro, 2013

Sumrio1INTRODUO42MODELOS DE BIODIGESTORES52.1BIODIGESTOR DA MARINHA62.1.1Vantagens :62.1.2Desvantagens :72.2BIODIGESTOR CHINS72.2.1Vantagens :72.2.2Desvantagens :82.3BIODIGESTOR INDIANO82.3.1Vantagens:82.3.2Desvantagens :92.4BIODIGESTOR BATELADA93BIBLIOGRAFIA11

INTRODUO

Biodigestor um tanque protegido do contato com o ar atmosfrico, onde a matria orgnica contida nos efluentes metabolizada por bactrias anaerbias (que se desenvolvem em ambiente sem oxignio). Neste processo, os subprodutos obtidos so o gs (Biogs), uma parte slida que decanta no fundo do tanque (Biofertilizante), e uma parte lquida que corresponde ao efluente mineralizado (tratado). Este efluente pode ser utilizado para produo de microalgas que podem servir de insumo para piscicultura em sistemas de policultivo. Dentro do biodigestor, na rea de entrada de materiais, processa-se inicialmente uma fermentao aerbica cida na qual os acares simples presentes no material so fermentados e se transformam em acetato (ou cido actico). No corpo do biodigestor passa a ocorrer uma fermentao anaerbica concomitante. As bactrias que produzem acetato usam todo o oxignio presente na carga inicial e o ambiente interno do biodigestor tende a ficar anaerbico e as bactrias que sobrevivem so apenas as anaerbicas. Elas utilizam o acetato em seu metabolismo e o transformam em metano. O ambiente torna-se totalmente anaerbico e a formao de biogs ganha a maior eficincia. O dimensionamento do biodigestor deve permitir a reteno da biomassa. O nvel de DBO (Demanda Biolgica de Oxignio) do lquido em fermentao declina e ele comea a se transformar em biofertilizante.

MODELOS DE BIODIGESTORES

No Brasil, os modelos de biodigestores de sistema contnuo mais divulgado so: o indiano, o chins e o da marinha. Os trs tipos tm ligados ao corpo do biodigestor (digestor e gasmetro) uma caixa de carga, onde colocada a quantidade diria de matria-prima que entrar no aparelho e outra de descarga, por onde ela sai transformada em biofertilizante. Alm dessas duas caixas, pode ser construdo tambm um primeiro tanque, que o de pr fermentao, onde preparada a matria-prima.Essa preparao consiste em se fazer uma mistura homognea de 50 % de esterco com 50 % de gua. Ela deve ser feita no final da tarde e descansar durante 24 horas, para que haja uma precipitao do material slido no fundo do tanque e um pr aquecimento da matria orgnica, que entrar no biodigestor numa temperatura prxima a de seu interior, facilitando a ao das bactrias.A caixa de carga construda do tamanho exato da quantidade diria de biomassa, necessria para alimentar o biodigestor. O material previamente misturado e aquecido da caixa de pr-fermentao passa pela caixa de carga e vai para o interior do digestor. A partir do momento que chega no digestor, inicia-se o processo de fermentao anaerbica. O biogs produzido fica armazenado na campnula e o biofertilizante (matria orgnica processada) sai pela caixa descarga.A diferena dos trs modelos, indiano, chins e o da marinha, est praticamente na maneira como cada um foi construdo e no tipo de cpula. A cpula do indiano, feita geralmente de ferro ou de fibra, mvel, se movimentando para cima e para baixo de acordo com a maior ou menor produo de biogs. Sobre essa cpula so amarradas seis pedras, cada uma de 100 kg, para que o gs saia do biodigestor com presso suficiente para alimentar os equipamentos da propriedade.A escolha do modelo e do tamanho ideal de biodigestor levada em considerao, entre outras variveis, as condies locais do solo, capital e custo de manuteno mais baixo possvel, alta eficincia compatibilizada com custos e operacionalidade, necessidade energtica da propriedade (m3/ por dia) e disponibilidade de matria-prima.Um ponto importante, que no pode ser esquecido, o selo de gua. Normalmente, ele serve para impedir vazamento de biogs, mas, quando h uma superproduo de biogs e a presso no interior do biodigestor ultrapassar a a presso de sua coluna de gua, por ali que o gs deve escapar. No modelo da marinha, ele fica localizado dentro de uma canaleta de, aproximadamente, 20 cm de profundidade, em torno do digestor. Se a presso do gs for superior a 20 cm de coluna de gua, ele borbulhar neste selo. No chins, o selo fica dentro de uma caixinha sobre o gasmetro e, no indiano, o selo a prpria biomassa, que fica entre o digestor e a cpula.

BIODIGESTOR DA MARINHA

O da marinha um modelo de tipo horizontal, ou seja, tem largura maior e uma profundidade menor do que o indiano, por isso sua rea de exposio solar maior, o que acarreta uma maior produo de biogs. Sua cpula de plstico malevel, tipo PVC, que infla com a produo de gs, como um balo. Para que o gs saia do biodigestor com presso suficiente para ser utilizado costuma-se colocar sacos de areia ou pneus velhos sobre a campnula.

Vantagens : A sua rea sujeita exposio solar maior, porque sua cpula em relao aos outros modelos maior, facilitando com isto uma maior produo de gs nos dias quentes. Sua construo no exige restries a tipo de solo, pois alm de no exigir solos profundos porque um modelo de tipo horizontal (sua maior extenso horizontal), seu digestor tanto pode ser construdo enterrado, como tambm sobre a superfcie do solo.

A comunicao da caixa de carga para o digestor, feita de alvenaria, mais larga, evitando com isso entupimento e facilitando a manuteno. A limpeza do digestor mais fcil porque a cpula sendo de lona de PVC mais fcil de ser retirada.

Desvantagens : Neste modelo, como no indiano, temos o custo da cpula.

BIODIGESTOR CHINS

O chins um modelo de pea nica, todo construdo de alvenaria. Desenvolvido na China, que tem propriedades rurais muito pequenas, este tipo de biodigestor foi projetado de forma que economizasse todo o espao possvel. A forma encontrada foi constru-lo enterrado no solo e, desta maneira, possvel cultivar-se em sua volta. Enquanto os biodigestores indianos e o da marinha precisam de artifcios para dar presso ao biogs, tais como uso de pedras e sacos de areia sobre a cpula, no chins no precisa de nada disso, pois o prprio biofertilizante contido na caixa de descarga serve como peso para fazer presso.

Vantagens :

Este modelo tem um custo mais barato em relao aos outros, pois a cpula feita alvenaria. O biodigestor chins o que ocupa menos espao na superfcie do solo. Como construdo completamente enterrado no solo (tanto o digestor, como o gasmetro), sofre muito pouca variao de temperatura.

Desvantagens :

O sistema de comunicao entre a caixa de carga e o digestor sendo feito atravs de tubos, est sujeito a entupimentos. Tem limitao ao tipo de solo. Sua construo em solos superficiais no indicada. No um biodigestor prprio para acmulo de gs, devido a sua construo de cpula fixa (a rea de reserva de gs menor). um modelo mais indicado na produo de biofertilizante.

BIODIGESTOR INDIANO

Este modelo de biodigestor caracteriza-se por possuir uma campnula como gasmetro, a qual pode estar mergulhada sobre a biomassa em fermentao, ou em um selo dgua externo, e uma parede central que divide o tanque de fermentao em duas cmaras. A funo da parede divisria faz com que o material circule por todo o interior da cmara de fermentao.

Vantagens:

O digestor do modelo indiano construdo enterrado no solo e, como a temperatura do solo pouco varivel, o processo de fermentao que ocorre em seu interior tem a vantagem de sofrer pouca variao de temperatura. A temperatura elevada favorece a ao das bactrias (responsveis pelo processo de fermentao anaerbica) e a sua queda provoca uma menor produo de biogs. Ocupa pouco espao do terreno (em relao ao da marinha), porque sua maior extenso vertical. Em termos de custos, sendo as paredes de seu digestor construdas dentro do solo, o modelo dispensa o uso de reforos, tais com cintas de concreto, o que barateia as despesas.

Desvantagens :

Quando a cpula for de metal, ela est sujeita ao problema de corroso. Para evit-lo, recomenda-se fazer uma boa pintura com um antioxidante, com por exemplo, o zarco. Temos aqui o custo da cpula, que o modelo chins no tem e o da marinha mais baixo. O sistema de comunicao entre a caixa de carga e o digestor, sendo feito atravs de tubos, pode ocorrer entupimentos. Sua construo limitada para reas de lenol fretico alto, ou seja, no um modelo indicado para terrenos superficiais, pois nestes casos pode ocorrer infiltrao.

BIODIGESTOR BATELADA

Chama-se de biodigestores em batelada queles que operam de forma descontnua: oprocessode biodigesto se d por cargas que so inseridas no compartimento de fermentao. Este processo utilizado quando, por algum motivo, no possvel a alimentao do biodigestor com matria orgnica diariamente, ou, quando o consumo debiogs baixo, no exigindo uma produo diria do biogs.Nos biodigestores em batelada a matria orgnica inserida toda de uma s vez e ento ele fechado hermeticamente (de forma a no permitir a entrada de oxignio) at que ocorra o processo de digesto anaerbia. O biodigestor ser aberto novamente s quando a produo de biogs cair, indicando que a matria orgnica j foi decomposta e que pode ser feita a retirada da matria restante, obiofertilizante, para, caso seja necessrio, ser inserida nova carga de matria orgnica.

BIBLIOGRAFIA

AMBIENTE BRASILDisponivel em: http://ambientes.ambientebrasil.com.br/energia/artigos_energia/biodigestores.htmlAcesso em: 07 de Outubro de 2013

AGROCINCIA E SUSTENTABILIDADEDisponivel em: http://agrocienciaesustentabilidade.blogspot.com.br/2012/06/biodigestor-tipo-indiano.htmlAcesso em: 07 de Outubro de 2013

GESTO NO CAMPODisponivel em: http://www.gestaonocampo.com.br/biblioteca/modelos-de-biodigestores/Acesso em: 07 de Outubro de 2013

INFOESCOLADisponivel em: http://www.infoescola.com/energia/tipos-de-biodigestores/Acesso em: 07 de Outubro de 2013