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INTRODUÇÃO OBJETIVO METODOLOGIA RESULTADOS CONCLUSÃO Relação entre estado nutricional e patologias prevalentes em idosos Izaura Cristina Barreto¹, Haydée Lanzillotti², Bianca Pereira³ 1- Nutricionista do CIPI/PPC/UERJ 2- Professora doutora da graduação de Nutrição da UERJ 3- Nutricionista TP /CIPI/PPC O rápido processo de envelhecimento da população brasileira aponta para uma transição epidemiológica com mudança do perfil de morbidades. O estado nutricional decorrente da redução progressiva na ingestão de alimentos associada à redução da atividade física diminui a taxa metabólica basal e altera a composição corporal bem como a desidratação pelo consumo insuficiente de água. Este é o estágio de vida em que as doenças crônicas não transmissíveis ameaçam a autonomia e independência do idoso. Verificar a relação entre o estado nutricional e patologias prevalentes em pacientes ambulatoriais . A avaliação do estado nutricional foi realizada por antropometria utilizando-se as variáveis: peso, estatura e idade. A classificação foi feita pelo índice de massa corporal com pontos de corte sugerido por LIPSCHITZ (1994 ): 22 kg/ m² - Baixo peso ; > 22 e < 27 kg/ m² - Eutrófico; > 27 kg/ m² - Excesso de peso). O diagnóstico clínico foi realizado pela equipe médica do serviço de geriatria, em Hospital Universitário, na cidade do Rio de Janeiro e as informações foram buscadas nos prontuários. A análise estatística descritiva utilizou medidas de posição (média, máximo, mínimo) e de dispersão (desvio padrão, coeficiente de variação e intervalo de confiança para 95% de confiabilidade). O teste qui- quadrado avaliou a diferença estatística entre as freqüências observadas e esperadas e o coeficiente de contingência a associação entre o estado nutricional e as patologias prevalentes. O estudo levantou informações no período de 13 meses (mar 2009 à abr de 2010). Foram incluídos 468 pacientes, predominando do sexo feminino (66,8%), na faixa etária de 61 à 99 anos com média de 78 ± 0,65. O coeficiente de variação apresentou-se com 9,39 pontos percentuais, demonstrando a homogeneidade etária do grupo, facilitando as ações de intervenção em educação nutricional. Dentre os pacientes a maior prevalência de HAS estavam aqueles com baixo peso (50,18%),excesso de peso (30,25%) e eutróficos (18,15%). Dos que apresentaram dislipidemia, 18,86% foram classificados como baixo peso, 7,83% eutróficos e 3,56% excesso de peso. A DM2 se distribuiu equitativamente entre o excesso de peso e a eutrofia (7,12%), destacando-se nos pacientes com baixo peso (19,57%). É discreta nos pacientes a presença de IRC (eutrofia 2,49%, baixo peso 2,14%, Conclui-se que existe uma relação entre o estado nutricional e patologias prevalentes em pacientes ambulatoriais . A relevância do trabalho foi mostrar que na população idosa estudada, o perfil das patologias mais freqüentes no atendimento ambulatorial nutricional difere do perfil esperado a partir da relação entre estado nutricional e patologias crônicas. No que concerne a constipação intestinal, mostraram a seguinte sequência: baixo peso, 6,05%; excesso de peso, 4,63% e eutrofia com apenas 1,78%. No que concerne a constipação intestinal, mostraram a seguinte sequência: baixo peso, 6,05%; excesso de peso, 4,63% e eutrofia com apenas 1,78%. A disfagia surpreendentemente acometeu mais aos pacientes com excesso de peso (4,98%) e eutróficos (2,14%) do que aos com baixo peso (0,71%). O teste qui-quadrado mostrou diferença significativa na relação entre as patologias apresentadas e a classificação do estado nutricional (qui-quadrado= 57,26; p- valor =0,0001). Izaura Cristina Barreto [email protected] r Prevalência do estado nutricional

INTRODUÇÃO

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Relação entre estado nutricional e patologias prevalentes em idosos. Izaura Cristina Barreto ¹ , Haydée Lanzillotti ² , Bianca Pereira ³ 1- Nutricionista do CIPI/PPC/UERJ 2- Professora doutora da graduação de Nutrição da UERJ 3- Nutricionista TP /CIPI/PPC. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

OBJETIVO

METODOLOGIA

RESULTADOS

CONCLUSÃO

Relação entre estado nutricional e patologias prevalentes em idosos

Izaura Cristina Barreto¹, Haydée Lanzillotti², Bianca Pereira³1- Nutricionista do CIPI/PPC/UERJ 2- Professora doutora da graduação de Nutrição da UERJ 3- Nutricionista TP /CIPI/PPC

O rápido processo de envelhecimento da população brasileira aponta para uma transição epidemiológica com

mudança do perfil de morbidades. O estado nutricional decorrente da redução progressiva na ingestão de

alimentos associada à redução da atividade física diminui a taxa metabólica basal e altera a composição

corporal bem como a desidratação pelo consumo insuficiente de água. Este é o estágio de vida em que as

doenças crônicas não transmissíveis ameaçam a autonomia e independência do idoso.

Verificar a relação entre o estado nutricional e patologias prevalentes em pacientes

ambulatoriais .

A avaliação do estado nutricional foi realizada por antropometria utilizando-se as variáveis: peso, estatura e

idade. A classificação foi feita pelo índice de massa corporal com pontos de corte sugerido por LIPSCHITZ

(1994 ): 22 kg/ m² - Baixo peso ; > 22 e < 27 kg/ m² - Eutrófico; > 27 kg/ m² - Excesso de peso). O diagnóstico

clínico foi realizado pela equipe médica do serviço de geriatria, em Hospital Universitário, na cidade do Rio de

Janeiro e as informações foram buscadas nos prontuários. A análise estatística descritiva utilizou medidas de

posição (média, máximo, mínimo) e de dispersão (desvio padrão, coeficiente de variação e intervalo de

confiança para 95% de confiabilidade). O teste qui-quadrado avaliou a diferença estatística entre as

freqüências observadas e esperadas e o coeficiente de contingência a associação entre o estado nutricional e

as patologias prevalentes.

O estudo levantou informações no período de 13 meses (mar 2009 à abr de 2010). Foram

incluídos 468 pacientes, predominando do sexo feminino (66,8%), na faixa etária de 61 à 99

anos com média de 78 ± 0,65. O coeficiente de variação apresentou-se com 9,39 pontos

percentuais, demonstrando a homogeneidade etária do grupo, facilitando as ações de

intervenção em educação nutricional. Dentre os pacientes a maior prevalência de HAS estavam

aqueles com baixo peso (50,18%),excesso de peso (30,25%) e eutróficos (18,15%). Dos que

apresentaram dislipidemia, 18,86% foram classificados como baixo peso, 7,83% eutróficos e

3,56% excesso de peso. A DM2 se distribuiu equitativamente entre o excesso de peso e a

eutrofia (7,12%), destacando-se nos pacientes com baixo peso (19,57%). É discreta nos

pacientes a presença de IRC (eutrofia 2,49%, baixo peso 2,14%, excesso de peso 0,00%) e DM1

(eutrofia 2,85%, baixo peso 2,49% e excesso de peso 0,00%).

Conclui-se que existe uma relação entre o estado nutricional e patologias prevalentes em

pacientes ambulatoriais . A relevância do trabalho foi mostrar que na população idosa

estudada, o perfil das patologias mais freqüentes no atendimento ambulatorial nutricional

difere do perfil esperado a partir da relação entre estado nutricional e patologias crônicas.

No que concerne a constipação intestinal, mostraram a seguinte sequência: baixo peso,

6,05%; excesso de peso, 4,63% e eutrofia com apenas 1,78%. No que concerne a

constipação intestinal, mostraram a seguinte sequência: baixo peso, 6,05%; excesso de

peso, 4,63% e eutrofia com apenas 1,78%. A disfagia surpreendentemente acometeu mais aos

pacientes com excesso de peso (4,98%) e eutróficos (2,14%) do que aos com baixo peso (0,71%). O

teste qui-quadrado mostrou diferença significativa na relação entre as patologias apresentadas e a

classificação do estado nutricional (qui-quadrado= 57,26; p- valor =0,0001).

Izaura Cristina [email protected]

Prevalência do estado nutricional