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27/02/13 Estudando: Intr odução à Bols a de Val or e s - P r ime C ur sos - Cur sos Onl ine - Cur sos com C er ti fi c ado ww w.pr imecursos.com.br/openlesson/9996/101116/ 1/1 Estudando: Introdução à Bolsa de Valores Introdução  A gr ande maioria dos investidores que inicia suas aplicações na bolsa de valores o faz sem o mínimo critério. Não é difícil encontrar pessoas que começam a investir já contando com os lucros futuros e encerram suas aplicações pouco tempo depois com um enorme sentimento de frustração e, o que é pior, com algum prejuízo no seu capital.  Ao iniciar suas aplicações, todo investidor tem como objetivo principal aumentar seu patrimônio. Se hoje você aplicasse R$ 100.000,00 em ações sua expectativa seria de resgatar seu capital considerando as seguintes situações: 1. Que o capital resgatado fosse suficiente para ter de volta os R$ 100.000,00 investidos, corrigidos pela inflação, de modo a manter o poder de compra deste capital. 2. Resgatar um “X” acima do valor citado no item 1 de modo que esse “X” represente um aumento do seu montante. O principal objetivo deste curso é mostrar que em qualquer aplicação financeira, da caderneta de poupança à aplicação em ações, o aumento do capital não deve ser a causa e sim a conseqüência de um criterioso estudo de todos os fatores que podem afetar a rentabilidade das suas aplicações. Em outras palavras, queremos mostrar a importância da educação financeira para o aumento do seu capital, medido pelo valor do seu patrimônio em ações, imóveis, renda fixa etc.  Ao final deste curso você estará pronto para iniciar seus investimentos em ações de forma segura. Saberá qual o papel de cada um dos participantes do mercado e como e presença deles é vital para o sucesso de suas aplicações. Com o conhecimento e o aprendizado adquiridos neste curso você poderá investir de forma consciente e utilizando estratégias operacionais bem sucedidas nos múltiplos mercados de renda variável, aprendendo a lidar com as mais diversas situações que afetam a rentabilidade de seus negócios.

Introdução à Bolsa de Valores - Prime Cursos

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    Estudando: Introduo Bolsa de Valores

    Introduo

    A grande maioria dos investidores que inicia suas aplicaes na bolsa de valores o faz sem o mnimo critrio. No

    difcil encontrar pessoas que comeam a investir j contando com os lucros futuros e encerram suas aplicaes

    pouco tempo depois com um enorme sentimento de frustrao e, o que pior, com algum prejuzo no seu capital.

    Ao iniciar suas aplicaes, todo investidor tem como objetivo principal aumentar seu patrimnio. Se hoje voc

    aplicasse R$ 100.000,00 em aes sua expectativa seria de resgatar seu capital considerando as seguintes

    situaes:

    1. Que o capital resgatado fosse suficiente para ter de volta os R$ 100.000,00 investidos, corrigidos pela inflao, de

    modo a manter o poder de compra deste capital.

    2. Resgatar um X acima do valor citado no item 1 de modo que esse X represente um aumento do seu montante.

    O principal objetivo deste curso mostrar que em qualquer aplicao financeira, da caderneta de poupana

    aplicao em aes, o aumento do capital no deve ser a causa e sim a conseqncia de um criterioso estudo detodos os fatores que podem afetar a rentabilidade das suas aplicaes. Em outras palavras, queremos mostrar a

    importncia da educao financeira para o aumento do seu capital, medido pelo valor do seu patrimnio em aes,

    imveis, renda fixa etc.

    Ao final deste curso voc estar pronto para iniciar seus investimentos em aes de forma segura. Saber qual o

    papel de cada um dos participantes do mercado e como e presena deles vital para o sucesso de suas aplicaes.

    Com o conhecimento e o aprendizado adquiridos neste curso voc poder investir de forma consciente e utilizando

    estratgias operacionais bem sucedidas nos mltiplos mercados de renda varivel, aprendendo a lidar com as mais

    diversas situaes que afetam a rentabilidade de seus negcios.

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    Estudando: Introduo Bolsa de Valores

    Panorama geral do mercado de capitais

    2.1 O mercado de capitais

    O mercado de capitais um sistema de distribuio de valores mobilirios que tem o objetivo de proporcionar

    liquidez aos ttulos de emisso das empresas, viabilizando seu processo de capitalizao.

    Os principais participantes deste mercado so as bolsas de valores e as sociedades corretoras de valores. Alm

    disso, uma estrutura de regulao deste mercado foi desenvolvida ao longo dos ltimos anos. Esse assunto ser

    tema especfico de uma parte do curso.

    Vrios tipos de ttulos so negociados no mercado de capitais, O nosso foco ser a apresentao das

    caractersticas dos ttulos que representam o capital social das empresas (as aes) e algumas das principais

    estratgias operacionais utilizadas por grandes investidores com objetivo de conseguir bons lucros em suas

    operaes.

    2.2 - O que uma bolsa de valores

    Um dos fatores fundamentais na deciso do investidor quando compra aes a possibilidade de que, mais tarde,

    ao necessitar do total ou de parte do capital investido, possa desfazer-se delas e resgatar seu dinheiro.

    A bolsa de valores o mercado em que se compram e vendem aes e outros ttulos emitidos pelas empresas de

    capital aberto. Est aberta a todo tipo de investidor e de instituies e regulada oficialmente pela Comisso de

    Valores Mobilirios (CVM) e pelo Banco Central (BACEN). Alm de seu papel bsico de oferecer um mercado para a

    cotao/negociao dos ttulos nela registrados a bolsa deve orientar e fiscalizar seus membros, facilitar a

    divulgao constante de informaes sobre as empresas e sobre os negcios que se realizam sob seu controle. A

    bolsa de valores oferece aos investidores a possibilidade de negociar suas aes, conferindo liquidez s aplicaes

    de curto e longo prazo realizadas em seu ambiente de negociao.

    Atravs das bolsas de valores possvel estimular o investimento em empresas em expanso, que, diante desse

    apoio podero assegurar condies para seu crescimento, gerando empregos, renda e movimentando a economia

    do pas.

    No Brasil, a Bovespa (Bolsa de Valores do pas) tem o papel de oferecer as empresas e aos investidores um

    ambiente de negociao adequado, com agilidade, segurana e transparncia na execuo das operaes. Na

    Bovespa so negociados, regularmente, aes de companhias abertas, opes sobre aes, direitos e bnus de

    subscrio, cotas de fundos de investimento, dentre outros. Existem na Bovespa trs tipos de mercados disponveis

    para a negociao dos ttulos citados.So eles: o mercado vista, mercado termo e o mercado de opes.

    Mercado vista nele so realizadas as operaes de compra e venda de ativos admitidos para negociao no

    prego da Bovespa tais como aes de emisso das companhias abertas.

    Mercado a termo as operaes so realizadas com prazos de liquidao definidos no momento da abertura da

    operao.

    Mercado de opes so negociados direitos de compra/venda de um lote de aes, com preos e prazos

    preestabelecidos.

    2.3 - Perspectiva histrica da Bovespa

    Com mais de 100 anos de histria, a Bovespa passou por profundas transformaes antes de se tornar um dos

    maiores centros de negociao de aes de todo o planeta. A seguir listamos os principais acontecimentos desde a

    inaugurao da chamada Bolsa Livre em meados de 1890.

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    1890 Fundao da Bolsa Livre, fechada em 1891 em decorrncia da poltica de encilhamento em curso no Brasil.

    1895 Fundao da Bolsa de Fundos Pblicos de So Paulo. As negociaes de ttulos pblicos e de aes eram

    registradas em grandes quadros-negros de pedra.

    1934 Mudana de nome para Bolsa Oficial de Valores de So Paulo.

    1967 Surgimento das sociedades corretoras de valores e do operador de prego. Nessa poca, a bolsa passa a

    se chamar Bolsa de Valores de So Paulo (BOVESPA).

    1972 Implantao do prego automatizado com o envio de informaes em tempo real.

    1990 Incio das negociaes em prego eletrnico em paralelo com o sistema tradicional de viva voz.

    1997 Implantao do Mega Bolsa, plataforma de processamento de informaes e envio/recebimento/execuo de

    ordens no prego da bolsa.

    1999 Lanamento do sistema de Home Broker, possibilitando ao investidor transmitir suas ordens diretamente ao

    mega bolsa.

    2007 Abertura de capital da BOVESPA, que passa a ser chamada de Bovespa Holding.

    2008 Integrao da Bovespa Holding S.A e da BM&F S.A (Bolsa de Mercadorias de Futuros), a terceira maior bolsa

    do mundo em valor de mercado.

    2.4 - A Bovespa em nmeros

    A Bovespa alcanou em 2008 uma srie de recordes em relao ao volume negociado e ao nmero de investidores

    participantes do mercado. De janeiro a de dezembro de 2008, a Bovespa negociou R$ 1,51 trilho. A mdia diria

    ficou em R$ 6,2 bilhes em valor financeiro de atingiu a marca histrica de 218 mil negcios por dia. Para efeito de

    comparao, o ano de 2007 (o melhor da bolsa at ento) registrou 153 mil negcios por dia, com um volume

    financeiro mdio de R$ 4,9 bilhes.

    Quanto ao nmero de investidores, 2008 marca o momento histrico com mais de 500 mil aplicadores em aes

    (medido pelo nmero de CPFs cadastrados na Bovespa). Com estes nmeros, a Bovespa se consolida como o

    principal centro de negociaes de aes da Amrica Latina e cumpre, cada vez mais, o seu papel de ser um dos

    principais propulsores do crescimento das empresas, oferecendo um ambiente altamente desenvolvido e

    transparente para a captao de recursos essenciais para o investimento na economia do pas.

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    Estudando: Introduo Bolsa de Valores

    Conhecendo a renda varivel

    3.1 Financiamento da economia

    Bolsa forte, economia forte. Assim podemos definir a importncia que um mercado de capitais desenvolvido tempara a economia de um pas. Isso porque o crescimento do nvel de poupana est diretamente ligado ao aumento

    da disponibilidade de recursos para investir.

    A poupana individual e a poupana das empresas (lucros) representam as principais fontes de financiamento dos

    investimentos de um pas. As empresas, medida que se expandem, necessitam de recursos que podem ser obtidos

    por meio de emprstimos, investimento de lucros retidos na empresa ou participao de novos scios.

    Com a entrada de novos investidores (scios), uma empresa ganha condio de obter novos recursos no exigveis,

    distribuindo parte dos lucros da companhia aos novos scios sob a forma dos dividendos, gerando empregos, renda

    e movimentando a economia. O fluxo de negcios de uma economia pode ser resumido da forma abaixo:

    Ao oferecer seus produtos e servios no mercado (interno e externo) as empresas o fazem com o objetivo de

    obterem lucros na execuo de suas atividades. Alm disso, toda empresa tem, como metas, alcanar uma maior

    participao no mercado e expandir suas receitas e lucros. Em outras palavras, o crescimento dos lucros est

    relacionado aos investimentos realizados pela empresa.

    A bolsa de valores, atravs do processo de abertura de capital tem um papel fundamental na captao dos

    investimentos necessrios ao crescimento das empresas em um pas. Quanto mais desenvolvido o mercado decapitais de uma economia mais desenvolvido e dinmico o pas.

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    3.2 O que uma ao

    Quando voc adquire uma ao, est automaticamente fazendo parte de um negcio, tornando-se co-proprietrio da

    empresa da qual acionista, participando dos seus lucros.

    Portanto, aes so ttulos de renda varivel, emitidos por sociedades annimas que representam uma frao do

    capital da empresa que as emitiu.

    As aes podem ser de dois tipos:

    Ordinrias (ON) concedem queles que as possuem o poder de voto nas assemblias deliberativas da

    companhia.

    Preferenciais (PN) oferecem preferncia na distribuio de resultados da empresa ou no reembolso do capital

    em caso de liquidao da companhia.

    Classes de aes As companhias podem emitir diferentes classes de aes PN (A,B,C...Z).

    Cada classe possui uma caracterstica distinta e valores diferenciados de dividendos. Tais especificaes so

    explicitadas no estatuto social da empresa.

    Unitsso pacotes de aes com a combinao de vrios tipos de aes em um nico ativo do tipo: 6 aes ON e

    5 aes ON para cada uma das units. As especificaes de cada unit so descritas no estatuto social das

    companhias.

    O cdigo de uma ao formado por quatro letras que fazem meno ao nome da empresa e por uma letra que

    identifica o tipo de ao, conforme mostra o quadro abaixo.

    3.3 Por que as empresas abrem o capital

    A maioria das empresas conhecidas no Brasil e no mundo tem suas aes negociadas na Bovespa. Para se tornar

    scio, por exemplo, da companhia que produz a gasolina que voc usa no seu carro, basta comprar aes desta

    empresa por meio de uma corretora.

    Para que empresas como Banco do Brasil, Vale e Petrobras tivessem suas aes negociadas na Bovespa tiveramque abrir o capital. Por que estas empresas abriram o capital?

    Os motivos no so simples de serem justificados. Porm, podemos listar algumas das principais vantagens que as

    levam a fazer isso:

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    A empresa passa a ter maior acesso a recursos para realizar investimentos importantes para seu crescimento.

    Utilizao das aes como forma de pagamento em aquisies de concorrentes, facilitando o processo de fuso de

    grandes empresas que normalmente resultam em ganhos de eficincia e maiores lucros.

    Criao de um referencial constante de avaliao do negcio em relao aos concorrentes.

    Melhoria da imagem institucional de empresa, fortalecendo o relacionamento com seus pblicos.

    Reestruturao empresarial.

    3.4 Como as empresas abrem o capital

    Uma vez que os scios julguem que a abertura de capital pode trazer benefcios, h um conjunto de etapas a serem

    percorridos antes, durante e aps o processo de abertura de capital da empresa:

    1- Analisar a convenincia da abertura de capital.

    2- Escolher o intermedirio financeiro.

    3- Preparar a documentao estatutria.

    4- Organizar apresentaes sobre a empresa ao mercado.

    5- Executar a colocao das aes para negociao na Bovespa.

    6- Cumprir com as exigncias de uma companhia aberta no que diz respeito a divulgao de informaes sobre aempresa, conforme exigido pela legislao.

    O primeiro procedimento para uma empresa abrir o capital entrar com um pedido de registro de companhia aberta

    na Comisso de Valores Mobilirios (CVM). Junto desse pedido as empresas tambm solicitam CVM autorizao

    para realizar uma venda de aes ao pblico, conhecida como distribuio pblica de aes. Essa emisso

    chamada de Oferta Pblica de Aes (OPA). Alm disso, solicitado o registro da empresa junto a Bovespa para

    que as aes possam ser admitidas para negociao nos mercados primrio e secundrio, organizados pela bolsa.

    Os novos scios da empresa podem ser pessoas fsicas, clubes de investimento, investidores institucionais (grandes

    fundos de investimento), instituies financeiras, investidores estrangeiros e pessoas jurdicas. Cabe ressaltar que a

    grande presena de pessoas fsicas contribui para que a empresa consiga vender suas aes para um pblico maisdisperso de investidores, melhorando as condies de liquidez quando as aes forem admitidas para negociao

    na Bovespa.

    3.5 Tipos de ofertas pblicas de aes

    As ofertas pblicas de aes podem ser primrias e/ou secundrias. Na oferta primria a empresa emite e vende

    novas aes ao mercado. Neste caso, o vendedor a prpria companhia e assim os recursos obtidos na distribuio

    so integralmente canalizados para a empresa. Em uma distribuio do tipo secundria quem vende as aes o

    prprio empreendedor e/ou alguns de seus scios. Portanto, so aes j existentes que esto sendo vendidas.

    Entretanto, independentemente do tipo de distribuio, uma oferta pblica de aes amplia o quadro de scios da

    empresa com os compradores das aes. Os novos investidores passam a ser parceiros e proprietrios de uma

    parte da companhia.

    3.6 Mercados primrio e secundrio

    O lanamento das aes feito atravs do mercado primrio. As empresas ocorrem ao mercado primrio para

    captar os recursos que necessitam, visando ao financiamento de seus projetos de expanso. J no mercado

    secundrio, ocorre a negociao dos ttulos adquiridos no mercado primrio, proporcionando ao investidor a liquideznecessria para trocar/sair de suas aplicaes em aes quando quiser.

    Em resumo:

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    Reduo do custo de capital.

    Diluio do risco com a entrada de novos scios.

    Viabilizao de projetos de investimento

    Referencial de avaliao via mercado.

    Fortalecimento Institucional.

    Participa de negcios rentveis.

    Tem acesso a uma forma de poupana que tende a render mais a longo prazo.

    Tem acesso a informaes detalhadas sobre seu empreendimento.

    Mais investimentos estimulam toda a economia: INVESTIMENTOS / EMPREGOS /

    RENDA / POUPANA

    Uma bolsa forte estimula a economia, criando um crculo virtuoso.

    3.7 Direitos e benefcios do acionista

    Como vimos, ao adquirir aes de uma empresa, o investidor passa a ser proprietrio de uma parte dos lucros desta

    companhia. A seguir, listamos as principais formas de remunerao ao acionista de uma companhia aberta.

    Dividendo o valor distribudo aos acionistas, em dinheiro, na proporo da quantidade de aes possudas,

    resultante dos lucros obtidos pela empresa em um determinado perodo.

    Pela lei das sociedades annimas (Lei 6.404/76 das S.A) obrigatrio a distribuio de um dividendo mnimo de

    25% do lucro lquido apurado pela empresa no exerccio social anterior (ms, trimestre ou ano). A periodicidade da

    distribuio de dividendos definida pela Assemblia Geral Ordinria (A.G.O), que tambm determina qual a parcela

    de lucro a ser distribuda sob a forma de dividendo, obedecendo aos interesses da empresa. Uma vez definido pelaA.G.O o dividendo divulgado ao mercado com as datas e valores a serem distribudos aos acionistas.

    Data com- data limite para os investidores comprarem a ao tendo direito de receber os dividendos.

    Exemplo.

    Cdigo Tipo Provento Valor (R$) Data "Com"

    BMIN4 Juros capital prprio 0,005000 20/01/09

    MERC4 Juros capital prprio 0,162000 20/01/09

    AMBV3 Juros capital prprio 0,390000 14/01/09

    Data ex data a partir da qual os ativos so negociados sem os dividendos distribudos.

    Apurando os ganhos com a empresa:

    Para calcular o quanto seu investimento ou a ao que voc comprou esta rendendo basta usar a seguinte frmula:

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    Juros sobre capital prprio (JSCP) so reservas de lucros apresentados em exerccios anteriores que ficaram

    retidos na empresa e so distribudos aos acionistas. O volume a ser distribudo bem como as datas so definidos

    pela Assemblia Geral Ordinria da empresa.

    Bonificao corresponde distribuio gratuita de novas aes para os atuais acionistas. Eventualmente, a

    bonificao pode ser distribuda aos acionistas sob a forma de dinheiro.

    Direitos de subscrio - o direito de aquisio de novo lote de aes pelos acionistas com preferncia na

    subscrio em quantidade proporcional s j possudas, em contrapartida estratgia de aumento de capital da

    empresa.

    Instrumentos de controle de liquidez (Sem ganho/prejuzo para o investidor)

    Desdobramento (SPLIT) - aumento da quantidade de aes no mercado, sem alterao no capital social da

    empresa, com o objetivo de aumentar a liquidez no mercado. Na prtica, um desdobramento se processa da

    seguinte maneira na sua carteira de investimentos:

    Grupamento (INPLIT) - Processo inverso ao desdobramento (SPLIT)

    3.8 Participantes do mercado de capitais

    O Sistema Financeiro Nacional (SFN)

    Em linhas gerais, o sistema financeiro de um pas pode ser definido como um conjunto de instituies (normativas,

    regulatrias e executivas) que se dedica- ao trabalho de propiciar condies timas para a manuteno de um fluxo

    de recursos constante entre poupadores e investidores.

    Por exemplo, uma usina siderrgica que tem como projeto a expanso de seus negcios atravs da construo de

    uma nova fbrica. Como o volume de recursos necessrios para a execuo deste projeto consideravelmente alto,

    essa empresa recorre ao mercado financeiro para a captao destes recursos. Sem a existncia de um mercado que

    atue como facilitador desta captao a siderrgica estaria diante de um grande impasse. Devido necessidade de

    captar grandes somas de dinheiro para financiar o projeto de expanso, ficaria praticamente impossvel a captao

    de tal volume, uma vez que sem os mercados financeiros, o dinheiro, muito provavelmente, estaria disperso nas

    mos de muitos poupadores, tornando os custos de transao muito altos. Do lado dos investidores, a dificuldade

    em obter informaes sobre a solidez da empresa, bem como sobre a efetiva aplicao dos recursos no projeto de

    expanso, seria muito arriscado aplicar seu capital em um negcio com tantas incertezas.

    O Sistema Financeiro Nacional surge como catalisador do processo de encontro entre poupadores e investidores.

    Sua estrutura legal e operacional tem por objetivo possibilitar a siderrgica citada acima a captao do dinheiro a um

    custo mais baixo. Para os investidores, o Sistema Financeiro atua como uma espcie de fiador do negcio, dando a

    credibilidade e a transparncia necessrias a aumentar a confiana do investidor ao aplicar suas economias na

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    empresa em questo.

    Podemos concluir que o mercado financeiro pode ser considerado como elemento dinmico do processo de

    crescimento econmico, uma vez que permite a elevao das taxas de poupana e do nvel de investimentos do

    pas. Confira os principais participantes do mercado de capitais, um segmento especfico do mercado financeiro, do

    qual fazem parte as bolsas de valores e as sociedades corretoras de valores.

    Conselho Monetrio Nacional (CMN) o responsvel pela fixao das diretrizes da poltica monetria, fiscal,

    creditcia e cambial do pas. o rgo deliberativo mximo do SFN, sendo um importante conselho de polticas

    econmicas do Brasil.

    Banco Central do Brasil (BACEN) - a entidade criada para atuar como rgo executivo do Sistema Financeiro

    Nacional, cabendo-lhe a responsabilidade de cumprir e fazer cumprir as disposies que regulam o funcionamento

    do sistema e as normas expedidas pelo CMN. Alm disso, tem a importante funo de controlar a liquidez do sistema

    financeiro. Atua tambm, em conjunto com a CVM e com a prpria Bovespa na fiscalizao dos negcios realizados

    pelas corretoras de valores. Para mais informaes, acesse www.bcb.gov.br

    Comisso de Valores Mobilirios (CVM) autarquia especial vinculada ao Ministrio da Fazenda que tem a

    funo de disciplinar, fiscalizar e promover o mercado de capitais. Criada em 1976, assegura o exerccio de prticas

    legais e atua para inibir qualquer tipo de irregularidade no mercado. Alm disso, responsabilidade da CVM criar

    polticas e iniciativas capazes de promover o desenvolvimento do mercado. Para mais informaes, acesse

    www.cvm.gov.br

    Bolsas de valores exercem o papel de oferecer um mercado para a cotao/negociao dos ttulos nela

    registrados. Alm disso, orienta e fiscaliza os servios prestados por seus membros (as sociedades corretoras de

    valores) e facilita a divulgao constante de informaes sobre as empresas e sobre os negcios sob seu controle.

    Propiciam liquidez s aplicaes de curto e longo prazo, por intermdio de um mercado contnuo, representado por

    seus preges dirios. Para mais informaes, acesse www.bovespa.com.br

    Companhia Brasileira de Liquidao e Custdia (CBLC) a empresa responsvel pela compensao,

    liquidao e controle de risco das operaes realizadas na Bovespa nos mercados vista e de liquidao futura e

    pelo registro e liquidao das operaes dos emprstimos de ttulos (o BTC). Alm disso, a CBLC assumiu o servio

    de custdia das aes negociadas na Bovespa , podendo ser considerada a depositria central do mercado de

    aes no Brasil. Para mais informaes, acesse www.cblc.com.br

    Sociedades Corretoras de Valores so instituies financeiras devidamente credenciadas pelo Banco Central

    do Brasil, pela Comisso de Valores Mobilirios e pelas prprias bolsas de valores e somente elas esto habilitadas

    a negociar valores mobilirios em prego. Podem ser definidas como intermedirias especializadas na execuo de

    ordens determinadas por seus clientes, alm de prestarem uma srie de servios aos investidores e s empresas

    tais como:

    Orientao para a seleo de investimentos.

    Intermediao de operaes de cmbio.

    Assessoria de empresas na abertura de capital, entre outros.

    Somente as corretoras de valores esto autorizadas a realizar operaes no prego da Bovespa. Para mais

    informaes, acesse www.uminvestimentos.com.br

    Investidores toda essa estrutura do sistema constantemente aperfeioada para que o Sistema Financeiro

    possa se aprimorar na sua funo de promover o crescimento econmico atravs da aproximao de poupadores e

    investidores. Conhecer o papel de cada um desses participantes do mercado fundamental para que voc tenha

    mais segurana na hora de investir. O esquema abaixo mostra como os participantes do mercado interagem em uma

    operao de compra de Petrobrs (PETR4):

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    3.9 Governana corporativa

    3.9.1 - Por que bom para o investidor?

    Imagine-se escolhendo um imvel para voc e sua famlia ou ento comprando seu primeiro carro. O que voc deve

    considerar na hora de tomar sua deciso? No primeiro caso, certamente fatores como segurana, localizao do

    imvel, proximidade com a escola dos seus filhos, tranquilidade da rua e/ou do bairro so extremamente importantes

    na hora da deciso.

    Para a compra do carro, fatores como consumo, valor do IPVA, seguro sero bastante analisados antes de fechar

    negcio. Em ambos os casos, voc pode tranquilamente visitar a casa que pretende comprar e conferir se o imvel

    atende s suas exigncias, bem como pode ir a vrias concessionrias de automveis da sua cidade em busca do

    carro ideal. Sendo assim, voc confere a veracidade das informaes que o anncio da casa ou do carro apresenta

    e toma a deciso com base nas suas observaes.

    Agora, imagine se seria possvel visitar todas as empresas de capital aberto do Brasil em busca da empresa ideal

    para investir seu dinheiro. Ainda que voc dispusesse de tempo para tal empreitada, os custos desta operao

    seriam bastante elevados. Sendo assim, o que necessrio para avaliar se uma empresa atende ou no as suas

    expectativas de investimento?

    Ser que a empresa em que estou investindo est alinhada aos meus interesses como acionista? Os controladores

    desta empresa esto interessados no crescimento da empresa ou apenas em seu enriquecimento? Esta empresa

    respeita o meio ambiente?

    As respostas para essas e muitas outras questes sero encontradas no nvel de governana corporativa que essas

    empresas tm na execuo de suas operaes. Segundo o Instituto Brasileiro de Governana Corporativa (IBGC),

    governana corporativa um sistema pelo qual as sociedades so dirigidas e monitoradas, envolvendo os acionistas

    e os cotistas, Conselho de Administrao, Diretoria, Auditoria Independente e Conselho Fiscal. As boas prticas de

    governana corporativa tm a finalidade de aumentar o valor da sociedade, facilitar seu acesso ao capital e

    contribuir para a sua perenidade. Uma boa governana corporativa importante para todos os tipos de investidores.

    Grandes instituies atribuem governana corporativa o mesmo peso que aos indicadores financeiros quando

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    avaliam decises de investimento. Estudos comprovam que investidores profissionais se dispem at mesmo a pagar

    mais caro para investir em aes de empresas com altos padres de governana. Em sua essncia a governana

    corporativa tem como principal objetivo recuperar e garantir a confiabilidade em uma determinada empresa para os

    seus acionistas.

    3.9.2 - Nveis de governana corporativa

    Para orientar o investidor sobre os padres de governana corporativa das empresas listadas, a Bovespa

    estabeleceu princpios de governana corporativa a serem seguidos pelas empresas, definindo nveis diferenciados

    de transparncia de informaes e respeito ao acionista minoritrio. Vale ressaltar que a adeso a esses nveis

    voluntria e deve ser assinada pelos administradores das empresas e pela Bovespa, obrigando a empresa a cumprir

    com as obrigaes descritas por cada nvel assumido.

    A Bovespa no registra automaticamente as empresas nos nveis 1,2 e 3 (novo mercado), mesmo que,

    voluntariamente, as companhias atendam a todos os requisitos de listagem em um desses segmentos. necessria

    a assinatura do Contrato de Adoo de Prticas Diferenciadas de Governana Corporativa relativo ao compromisso

    assumido, celebrado entre, de um lado, a Bovespa e, do outro, a companhia, os administradores e o acionista

    controlador.

    Nvel 1 Principais caractersticas:

    Abertura da posio acionria por espcie e classe de qualquer acionista que detiver mais de 5% das aes de

    cada espcie e classe do capital social, de forma direta ou indireta, at o nvel de pessoa fsica.

    Quantidade de aes em circulao, por espcie e classe, e sua porcentagem em relao ao total das aes

    emitidas.

    Para melhorar a liquidez e a pulverizao das aes da Companhia no mercado secundrio, o regulamento exige

    que a empresa mantenha um percentual mnimo de 25% de aes em circulao.

    Nvel 2 Principais caractersticas:

    Todas as exigncias do nvel 1.

    Direito de voto para os detentores de ao PN nos casos de transformao, ciso ou incorporao da companhia.

    Em caso de venda do controle acionrio o comprador garante aos detentores de aes preferenciais sem direito a

    voto ou com voto restrito, no mnimo, 80% do valor pago s aes ordinrias.

    A empresa deve realizar ao menos uma reunio pblica anual com analistas e outros interessados para apresentar

    a sua situao econmico-financeira, projetos e perspectivas.

    Nvel 3 (novo mercado) Principais caractersticas:

    Todas as exigncias do nvel 2.

    A empresa deve ter e emitir exclusivamente aes ordinrias, tendo todos os acionistas o direito de voto.

    Em caso de venda do controle acionrio, o comprador estender a oferta de compra a todos os demais acionistas,

    assegurando-se do mesmo tratamento dado ao controlador vendedor.

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    Participando do mercado

    4.1 Formas de investimento coletivo

    Existem duas formas de atuar no mercado de aes. A primeira delas atravs de formas coletivas de investimento.Os instrumentos mais conhecidos de aplicao coletiva so os clubes e os fundos de investimento. Ambos tm o

    objetivo de criar uma carteira de investimentos com base na unio de recursos de vrios investidores. Os clubes de

    investimento so importantes instrumentos de entrada de novos investidores no mercado, apesar de serem um

    pouco mais limitados que os fundos no que diz respeito profissionalizao da forma de captao e nas operaes

    disponveis a cada um deles. Confira as caractersticas de cada uma dessas formas coletivas de investimento.

    4.1.1 Clubes de investimento

    Clube de Investimento uma comunho de recursos de pessoas fsicas - no mximo 150 participantes, salvo

    excees previstas na regulamentao administrada profissionalmente por instituio credenciada pela CVM.

    O funcionamento dos clubes de investimento obedece a normas da CVM, da Bovespa e de um Estatuto Social

    Estatuto Social prprio, que determina seus principais aspectos e s pode ser alterado por deciso dos participantes

    em Assemblia Geral, que tem poderes para decidir sobre todas as matrias relativas aos interesses do clube.

    A carteira dos clubes de investimento deve ser composta por, no mnimo, 51% em aes, bnus de subscrio e

    debntures conversveis em aes de companhias abertas, adquiridas em bolsas de valores ou mercado de balco

    organizado.

    A grande vantagem dos clubes em relao aos fundos de investimento reside na possibilidade de seus membros

    participarem da gesto da carteira que pode ser realizada por pessoa diferente do administrador do clube ou ser

    exercida, isoladamente ou em conjunto, por: representante dos condminos, pessoas fsicas ou jurdicas contratadasou entidade integrante do sistema de distribuio de ttulos e valores mobilirios (Sociedades Corretoras,

    Distribuidoras, Bancos de Investimento, etc)

    4.1.2 Fundos de investimento

    Um fundo de investimento um condomnio que rene recursos de um conjunto de investidores (cotistas), com o

    objetivo de obter ganhos financeiros a partir da aquisio de uma carteira de ttulos ou valores mobilirios. Os

    cotistas do fundo de investimento compartilham dos mesmos interesses e objetivos ao investir no mercado financeiro

    e de capitais.Funciona exatamente como um condomnio de apartamentos, onde cada condmino dono de uma

    cota (um apartamento) e todos pagam a um terceiro para administrar e coordenar as tarefas do prdio (jardineiro,

    pessoal da limpeza, porteiro, manuteno de elevadores etc.). Neles so estabelecidas as regras de funcionamento

    (horrio de funcionamento da piscina, do salo de festas, de msica alta nas dependncias dos apartamentos, entre

    outras). Essas regras so seguidas por todos os moradores, sem exceo.

    Assim como num condomnio, num fundo de investimentos os cotistas (os moradores) compram uma quantidade de

    cotas ao aplicar, e pagam uma taxa de administrao a um terceiro (o administrador) para coordenar as tarefas do

    fundo e gerenciar seus recursos no mercado. Ao comprar cotas de um determinado fundo, o cotista est aceitando

    suas regras de funcionamento (aplicao, resgate, horrios, custos etc.), e passa a ter os mesmos direito dos

    demais cotistas, independente da quantidade de cotas que cada um possui.

    O quadro abaixo resume as principais caractersiticas de um fundo e um clube de investimentos.

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    4.2 Formas de investimento individual

    Os investidores devem comprar ou vender aes emitidas por companhias abertas atravs das corretoras ou

    distribuidoras de valores mobilirios - sociedades integrantes do sistema de distribuio de valores mobilirios que

    possuem registro na CVM. O processo bem simples e demora, em mdia, de trs a cinco dias at que uma conta

    esteja aberta. O primeiro passo escolher uma corretora autorizada a operar pelos orgos reguladores do mercado.

    Em seguida, o investidor preenche o cadastro com os dados pessoais, anexa os documentos exigidos pela corretora

    e encaminha a documentao. Com o cadastro aprovado, j possvel enviar as ordens de compra e venda atravs

    da corretora (via telefone, e-mail,msn ou qualquer meio que possa registrar o envio da ordem pelo cliente) ou

    mesmo pela internet, utilizando a ferramenta do Home Broker.

    4.2.1 Home Broker

    o sistema das corretoras que permite o acesso das pessoas fsicas (seus clientes) plataforma de negociao

    eletrnica da Bovespa pela internet. Para utilizar o sistema, o investidor precisa ser cliente de uma corretora membro

    da Bovespa que possua o sistema Home Broker, que permite que investidores enviem ordens de compra e venda de

    aes pelo site de sua Corretora.

    Dentre as principais vantagens do home broker, podemos citar:

    Possibilidade de consulta em casa ou no escritrio das posies financeiras e de custdia. Envio de ordens imediatas ou programadas, de compra e venda de aes, no mercado vista (lote padro e

    fracionrio) e no Mercado de Opes (compra e venda de opes).

    Acompanhamento imediato da carteira de aes.

    Acesso s cotaes on line. O investidor pode ter acesso s cotaes (preos) das aes, porm, com algum

    atraso (cerca de 15 minutos). Assim, recomendvel que o investidor compare as cotaes existentes em outras

    corretoras, em funo do lapso de tempo que pode ocorrer entre uma divulgao e outra.

    Recebimento, com maior rapidez, da confirmao das ordens executadas.

    Resumo financeiro de todas as operaes executadas e suas respectivas notas de corretagens.

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    4.3 O prego da Bovespa

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    Atualmente o prego da Bovespa totalmente eletrnico. As ordens dos clientes das corretoras so repassadas

    pelos operadores de mesa, por terminais conectados a bolsa ou pelos sistemas de home broker. Todas estas

    ordens so encaminhadas para o mega bolsa, sistema desenvolvido e operado pela Bovespa que se encarrega de

    fechar os negcios e informar as corretoras. Os horrios de negociao da Bovespa so os seguintes:

    Horrio normal

    Prego regular: 10h s 17h

    After Market: 17h45 s 19h

    Horrio de vero

    Prego regular: 11h s 18h

    After Market: 18h45 s 19h30

    After Market uma extenso do prego regular, sendo muito importante para os pequenos e mdios investidores,

    permitindo o envio de ordens fora do perodo regular de negociao. O limite de ordens enviadas por cada

    investidos de R$ 100.000,00 e os preos dessas ordens nesse perodo no podem ter variao positiva ou

    negativa de 2% em relao ao preo de fechamento do prego diurno.

    4.4 Formao de preos

    O processo de formao de preos determinado pelas interaes entre oferta e demanda por um determinado

    ativo, com o objetivo de se estabelecer o preo justo de uma ao em um determinado momento (minuto, hora, dia,

    ms, ano...). Na medida em que muitos vendedores se posicionam no mercado, os preo tendem a cair, iniciando um

    processo de desvalorizao do ativo, devido a entrada de muitas ordens de venda em contrapartida a poucas

    ofertas de compra de uma ao. Na linha inversa, na medida em que muitos compradores se posicionam nomercado, com muitas ordens de compra, inicia-se um processo de valorizao do ativo.

    Toda essa movimentao pode ser influenciada por notcias sobre o mercado, informaes sobre os negcios da

    empresa, entre outros. Cada oferta registrada de forma a facilitar o fechamento dos negcios. Entre os

    compradores, as primeiras posies so destinadas queles que desejam pagar um preo mais alto pelo ativo. J

    entre os vendedores, as primeiras colocaes so ocupadas por aqueles que estiverem dispostos a se desfazer do

    papel pelo preo mais baixo. Tais informaes so registradas no book de ofertas.

    4.4.1 O book de ofertas

    sistema que registra todas as ordens de compra e venda de aes no prego da Bovespa. As ordens so

    registradas conforme o horrio em que foram efetuadas, a quantidade de aes e o preo de compra ou venda

    desejeado.

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    Mercado integral (lote padro) um lote de aes representa uma determinada quantidade de ttulos de

    caractersticas idnticas, sendo o lote padro uma quantidade de aes determinadas pelas bolsas de valores. Pode

    ser negociado de 10 em 10, 100 em 100, 1000 em 1000 aes etc.

    Me rcado fracionrio representa qualquer quantidade de aes negociadas em fraes inferiores ao lote padro.

    So negociadas por exemplo, de 4 em 4, 45 em 45.

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    4.4.2 Controles do investidor

    4.5 Custos operacionais tributao

    Corretagem - valor pago pelo cliente Sociedade Corretora pela execuo de ordem de compra e venda de ativos.

    As operaes no mercado vista esto sujeitas taxa de corretagem, que incide sobre o movimento total (compras

    mais vendas), ou seja, pela intermediao dos negcios realizados pela corretora em nome do cliente em um mesmo

    dia de negociao na mesma corretora.

    Alm das taxas de corretagem, toda operao gera o pagamento de emolumentos, conforme tabela divulgada pela

    Bovespa em seu site. O valor cobrado a ttulo de emolumentos pode variar de acordo com o mercado em que a

    operao foi executada ( vista, termo, opes etc.)

    Segue a tabela de corretagem sugerida pela Bovespa s sociedades corretoras.

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    Tributao valor recolhido pelo investidor ao governo federal em virtude de ganho lquido na venda de aes.

    A alquota que incide sobre os ganhos com operaes no mercado de aes de 15%. O imposto dever ser pago

    caso a soma de todas as vendas no ms ultrapasse R$ 20 mil. A apurao deve ser mensal. Operaes de compra

    e venda de aes no mesmo dia, atividade conhecida como day-trade, pagam 20% de imposto sobre os ganhos e

    1% na fonte. O imposto vence no ltimo dia do ms seguinte ao da venda das aes e deve ser pago atravs deDocumento de Arrecadao de Receitas Federais (DARF) com o cdigo 6015.

    Para se obter a base de clculo, necessrio subtrair do valor da alienao, lquido das despesas operacionais

    (corretagem e emolumentos) o custo de aquisio das aes vendidas e som-lo ao custo das despesas

    operacionais. (essa conta est certa mesmo)

    Exemplo 1 Compra por preo nico

    1.1 - Compra

    Se um determinado investidos compra 10 mil aes da empresa ABC ao custo unitrio de R$ 3,00, tem um

    investimento de R$ 30.000,00. Somando com as despesas incorridas na operao de compra (R$150,00) tem-se ovalor total do custo de aquisio de R$ 30.150,00

    1.2 Venda

    Se o mesmo investidor decide vender as 10mil aes da empresa ABC pelo valor unitrio de 3,50, tem-se um total de

    R$ 35.000,00. Para calcular o valor lquido da venda efetuada necessrio subtrair as despesas incorridas na

    venda (R$ 175,00), tendo um valor lquido da venda de R$ 34.825,00.

    1.3 Clculo do imposto

    Se CG > 0 Aplica-se alquota de 15% sobre CG

    Ganho total: R$ 4.624,58 / Alquota (15%) Imposto a ser pago : R$ 693,68

    1.3 - Recolhimento do imposto:O imposto recolhido em bases mensais, caso o valor das compras e vendas

    ultrapasse o valore de R$ 20.000,00 com ganho de capital.

    Exemplo 2 Compras por preos diferentes2.1 Compra 10.000 aes da empresa ABC pelo preo unitrio de R$ 3,50 = R$ 35.000,00. Mais a compra de

    outras 8.000 aes da mesma empresa ao preo unitrio de R$ 3,80 = R$ 30.400,00. Despesas incorridas com as

    compras = R$ 450,00. Custo de aquisio das 18.000 aes = R$ 65.850,00, com custo mdio ponderado de R$

    3,66, por ao.

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    2.2 - Venda - 5.000 aes da empresa ABC pelo valor unitrio de R$ 4,20 = R$ 21.000,00. Despesas incorridas R$

    145,00, resultando em um valor lquido de R$ 20.855,00, ou R$ 4,17 por ao. Lucro apurado (5.000 x 4,17 menos

    5.000 x 3,66) = R$ 2.550,00.

    2.3 Imposto apurado:R$ 2.550,00 alquota de 15% = Imposto apurado de R$ 382,50, que dever ser pago at o

    ltimo dia do ms subseqente ao da venda, mediante DARF, com o cdigo n 6015.

    2.4 Tratamento do Estoque:Controle do saldo das aes em estoque (13.000 aes ao preo mdio ponderado

    de R$ 3,66) R$ 47.580,00.

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    Estudando: Introduo Bolsa de Valores

    Os mercados da BM&F Bovespa

    5.1. ndice de mercado

    Os ndices so indicadores de desempenho de um conjunto de aes, ou seja, mostram a valorizao de umdeterminado grupo de papis ao longo do tempo. Os preos das aes podem variar por fatores relacionados

    empresa ou por fatores externos, como o crescimento do pas, do nvel de emprego e da taxa de juros. Sendo assim,

    a variao do ndice espelha a tendncia da bolsa - de alta ou de baixa - em um determinado perodo (dia, semana,

    ms, ano). Os ndices de aes servem como um termmetro para o mercado, pois as aes tendem seguir um

    movimento em grupo, desvalorizando-se ou valorizando-se conjuntamente.

    Geralmente, um ndice engloba as aes mais negociadas no mercado a que se refere.

    Listamos alguns dos principais ndices de mercado do Brasil e do Mundo.

    IBOVESPA - O ndice Bovespa (Ibovespa) o mais importante indicador do desempenho mdio das cotaes dasaes negociadas na Bovespa. formado pelas aes com maior volume negociado nos ltimos meses. Trata-se de

    uma carteira terica de aes que representa no somente o comportamento mdio dos preos, mas tambm o perfil

    das negociaes - do mercado vista - observadas nos preges. Essas aes, em conjunto, representam 80% do

    volume transacionado nos doze meses anteriores formao da carteira. Como critrio adicional, exige-se que a

    ao apresente, no mnimo, 80% de presena nos preges do perodo. Portanto, o critrio de corte a liquidez do

    papel. Para que sua representatividade se mantenha ao longo do tempo, a composio da carteira terica

    reavaliada a cada quatro meses. Essa reavaliao feita com base nos ltimos 12 meses em que so verificadas

    alteraes na participao de cada ao.

    DOW JONES INDUSTRIAL AVERAGE (DJIA)- um ndice criado em 1896 pelo editor do The Wall Street Journal,Charles Dow. o segundo mais antigo ndice dos Estados Unidos. O clculo deste ndice bastante simples e

    baseado na cotao das 30 das maiores e mais importantes empresas dos Estados Unidos. As empresas que

    compe o ndice DJIA so ocasionalmente substitudas para acompanhar as mudanas do mercado. De todas as

    empresas que compunham o ndice DJIA inicial, somente General Electric permanece compondo o ndice atualmente.

    Em 1999, empresas como Intel e Microsoft comearam a compor o ndice.

    NASDAQ - O National Association of Securities Dealers Automated Quotations (NASDAQ) uma bolsa de valores

    eletrnica, constituda por um conjunto de corretores conectados por um sistema informtico. Essa bolsa lista mais

    de 3.200 aes de diferentes empresas, em sua maioria de pequena e mdia capitalizao. Caracteriza-se por

    compreender as empresas de alta tecnologia em eletrnica, informtica, telecomunicaes, biotecnologia etc. O

    ndice representa todos os ativos listados na NASDAQ, tendo como ponderao o valor de mercado das empresas.

    S&P 500- ndice elaborado pela consultoria americana Standard & Poors, que reflete o desempenho na Bolsa de

    Valores de Nova York. Um comit da Standard & Poor`s elege as 500 companhias lderes nos setores mais

    importantes da economia norte-americana para compor esse ndice. Juntamente com o Dow Jones, o S&P 500 est

    entre os indicadores mais usados para acompanhar o mercado de capitais dos Estados Unidos.

    FTSE 100 - Representa um pool 100 aes representativas da Bolsa de Valores de Londres, visando detectar

    movimentos de alta ou baixa nas cotaes. A FTSE uma companhia independente de propriedade conjunta do

    ornal ingls The Financial Times e da London Stock Exchange.

    5.2 Bolsa de mercadorias e futuros BM&F

    Os contratos futuros surgiram como uma evoluo dos contratos a termo, inicialmente ligados necessidade do

    mercado de administrar os riscos de preo de produtos agropecurios no perodo de entressafra. Participantes do

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    mercado, produtores e consumidores perceberam as vantagens de fixar, com antecedncia, os preos dos produtos

    agropecurios para liquidao em datas futuras.

    Alm de atrair investidores com o objetivo de proteo de preos, este mercado tambm atrai outros participantes

    como os especuladores e os arbitradores. Os especuladores so investidores que assumem posio de risco na

    expectativa de obter lucro. Os arbitradores so participantes que no se expem ao risco. A estratgia do arbitrador

    baseia-se na possibilidade lucro frente a pequenas distores de preos. Com a evoluo dos mercados futuros,

    hoje a BM&F negocia mais do que commodities agrcolas, sendo um dos principais centros de negociao de futuros

    financeiros e de ndices de aes de todo o planeta.

    Principais mercados da BM&F (hoje BM&F Bovespa)

    1. Agropecurios: boi, caf, milho e soja.

    2. Financeiros: juros, inflao, cmbio e ndices de aes.

    3. Energia e climticos: ENERGIA eltrica, gs natural e crdito de carbono.

    _______________________________________________________________________

    5.3 ndice futuro

    Como o foco deste curso mostrar o investimento em renda varivel atravs da aplicao em aes, o mercado daBM&F ser mostrado a seguir atravs das negociaes com contratos futuros de Ibovespa.

    Mercado Futuro o contrato em que as partes, compradora e vendedora, se comprometem de comprar e/ou vender

    determinada quantidade e qualidade de um ativo financeiro ou ativo real, sendo que esses so representados

    contratos padronizados para liquidao fsica e/ou financeira, em uma data no futuro. No Mercado Futuro o valor dos

    contratos sofre ajustes dirios. Essa estrutura permite a liquidao financeira diria de lucros e prejuzos das

    posies, possibilitando mudana de posies.

    No caso do mercado futuro de ndice de aes, o ativo uma cesta de aes. Para facilitar, a entrega fsica

    substituda pela liquidao financeira. O Futuro de Ibovespa permite ao investidor a oportunidade de tomar decises

    de investimento com base em sua opinio sobre a tendncia global do mercado acionrio.

    5.4 Mercado vista

    Operao em que as partes efetivamente compram e vendem um ativo. No mercado vista da Bovespa a liquidao

    fsica (entrega dos ttulos pelo vendedor) se processa no segundo dia til aps a realizao do negcio e a

    liquidao financeira (pagamento dos ttulos pelo comprador) feita no terceiro dia til posterior negociao,

    somente mediante a liquidao fsica.

    5.5 Mercado a termo

    Alavancagem um determinado nvel de utilizao de recursos de terceiros para aumentar as possibilidades de

    lucro de uma operao, aumentando, consequentemente, o grau de risco da operao.

    O mercado a termo o que as operaes para liquidao so processadas em data futura. A realizao de um

    negcio a termo semelhante de um negcio vista, necessitando da intermediao de uma Sociedade

    Corretora, que executar a operao, em prego, por um de seus representantes. possvel o acompanhamento

    das operaes do mercado a termo, durante todo o prego, pela rede de terminais da Bovespa. O preo a termo de

    uma ao resulta da adio, ao valor cotado no mercado vista, de uma parcela correspondente a juros, que so

    fixados livremente em mercado, em funo do prazo do contrato. A operao a termo garantida por um depsito de

    garantia na Companhia Brasileira de Liquidao e Custdia (CBLC), empresa responsvel pela liquidao e controlede risco de todas as operaes realizadas na Bovespa. O agente de compensao e a corretora, responsveis pela

    operao a termo, podero solicitar de seus clientes o depsito de garantias adicionais quelas exigidas pela CBLC.

    Os principais usos do mercado a termo pelos investidores so a possibilidade do investidor de proteger preos de

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    compra de uma determinada ao e a diversificao de risco com a utilizao da alavancagem. O especulador

    tambm tem a possibilidade de ampliar seus ganhos a partir do mercado a termo, uma vez que esse possibilita a

    obteno de recursos emprestveis (doadores a termo) com o objetivo de aumentar os ganhos do especulador.

    Exemplo de operao a termo do ativo VALE5

    5.6 Aluguel de aes

    Consiste na venda de um ativo que o investidor no possui, com o objetivo de lucrar na operao ao recompr-lo

    por um preo mais baixo.

    Pela regra simples do lucro, para ser bem sucedido em uma operao preciso comprar um ativo por um preo

    baixo e vend-lo posteriormente por um preo mais alto. Isso pode ser resumido na expresso popular: Comprar

    barato e vender caro. Entretanto, a evoluo do preo das aes segue tendncias de mercado que variam de

    acordo com o tempo. O aluguel de aes permite ao investidor o ganho financeiro em perodos de queda do preo

    das aes atravs da operao de venda a descoberto. A operao bem simples e pode ser resumida pela

    inverso da regra do lucro. Trata-se de vender caro e comprar barato. O instrumento pelo qual essa operao

    pode ser realizada o Banco de Ttulos da CBLC.

    O Banco de ttulos da CBLC - um servio por meio do qual os investidores disponibilizam ttulos para

    emprstimos e os interessados os tomam mediante aporte de garantias. A CBLC atua como contraparte no processoe garante as operaes.

    A operao de emprstimo, em si, consiste na transferncia de ttulos da carteira do investidor para satisfazer

    necessidades temporrias de um tomador, que precisa de ttulos para suporte de sua atividade de trading ou para

    fazer frente falta de papis na liquidao de operaes de venda j realizadas.

    Os tomadores atuam por meio de Sociedades Corretoras, sob a responsabilidade de um Agente de Compensao.

    O tomador deve depositar margem de garantia na CBLC por meio do respectivo Agente de Compensao. O valor

    da margem igual ao valor atualizado dos ttulos, acrescido de um percentual definido pelo BTC. Esse percentual

    fixado considerando-se a liquidez e a volatilidade dos ttulos objeto do emprstimo. O valor das margens

    acompanhado diariamente e recomposto, se necessrio, na forma e nos prazos estabelecidos pela CBLC. Odepsito das margens de garantia junto CBLC e feito pela corretora em nome do cliente.

    Ativos disponveis - so ativos elegveis para as operaes de emprstimo de ttulos no BTC s aes emitidas

    por companhias abertas admitidas negociao na BOVESPA. Os ativos devem estar depositados no Servio de

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    Custdia de Ativos da CBLC e estar livres e desembaraados de nus ou gravames que impeam sua circulao.

    Taxa de aluguel - As taxas e custos so debitados ao tomador e creditados ao doador no primeiro dia til aps o

    encerramento da operao de emprstimo. O custo do tomador inclui a taxa de registro e a taxa de emolumento da

    CBLC.

    Exemplo de operao de venda a descoberto.

    5.7 Mercado de opes

    o mercado em que so negociados direitos de compra ou venda de um lote de aes, com preos e prazos de

    exerccio preestabelecidos. Por esses direitos, o titular de uma opo paga um prmio, podendo exerc-los at a

    data de vencimento (no caso de opo no estilo americano) ou na data de vencimento (no caso de opo no estilo

    europeu) ou revend-los no mercado. Uma opo de compra (call) confere ao seu titular o direito de comprar as

    aesobjeto, ao preo de exerccio, obedecidas as condies estabelecidas pela Bovespa. Uma opo de venda ao

    seu titular o direito de vender as aes-objeto, ao preo de exerccio, obedecidas as condies determinadas pela

    Bovespa. Alm disso, o titular pode, a qualquer tempo, negociar seu direito de venda em mercado, por meio da

    realizao de uma operao de natureza oposta.

    5.7.1 Caracter sticas de uma opo

    Prmio/preo da opo- em funo dos direitos adquiridos e das obrigaes assumidas no lanamento, o titular

    (comprador) paga e o lanador recebe uma quantia denominada prmio.

    O prmio, ou preo da opo, negociado entre comprador e lanador, por meio de seus representantes no prego

    da Bolsa. Ele reflete fatores como a oferta e a demanda, o prazo de vigncia da opo, a diferena entre o preo de

    exerccio e o preo vista da ao-objeto, a volatilidade de preo, bem como outras caractersticas da ao-objeto.

    Ativo-objeto - o ativo sobre o qual a opo lanada (aes e ndices).

    Ms de Vencimento - o ms em que expira a opo. Na Bovespa, os vencimentos normalmente ocorrem nos

    meses pares, na terceira segunda-feira do ms corrente.

    Preo de Exerccio - o preo pelo qual ser exercida a opo. Os preos de exerccio das opes so

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    determinados pela Bolsa, segundo critrios por ela estabelecidos.

    Cdigo da opo formado por letras e nmeros: o cdigo do ativo-objeto (ao) seguido por uma letra que

    representa o ms de vencimento da opo e um nmero que representa o strike (preo de exerccio da opo).

    Exemplo de codificao de opes.

    Meses de vencimento de opes

    Lanador investidor que assume a posio vendida da opo. Em outras palavras, tem a obrigao de vender.

    Titular investidor que assume a posio comprada da opo. Em outras palavras, tem o direito de comprar.

    5.8 Estratgias de negociao utilizando opes

    Venda coberta de opes de compra (financiamento/operao taxa) - uma opo coberta quando o lanador

    deposita, em garantia, a totalidade das aes-objeto a que se refere opo lanada. O objetivo bsico do

    lanamento coberto obter um retorno maior do que o que seria conseguido com a simples posse ou venda

    imediata das aes.

    Depois de ter coberto o lanamento, o aplicador reclassifica o seu nvel de risco, deslocando o seu ponto terico devenda para um valor igual ao preo vista da ao-objeto, subtrado do prmio recebido. Com o mercado em baixa,

    o lanador coberto se protege at o ponto em que o preo vista da ao-objeto for igual ao preo que ele pagou

    por ela, subtrado do valor do prmio recebido. Somente a partir desse ponto que a operao acarretar em

    prejuzo.

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    Exemplo de operao de financiamento com opes.

    Estratgia

    1 Compro hoje a ao 2000 VALE5

    2 Vendo a opo de compra hoje (financiamento com opes) 2000VALEJ26

    Preo a vista de VALE5: R$ 28,00

    Dbito da compra: (R$ 56.000,00)

    Venda da opo: R$ 4.700,00Saldo na abertura: (R$ 51.300,00)

    VALEF26 : prmio R$ 2,35 - (R$ 2,35)*(2.000)=R$ 4.700,00

    Dia do vencimento:

    Preo de VALE5: R$ 27,75

    Crdito da venda: R$ 52.000,00

    Saldo da operao: R$ 700,00

    Taxa da operao = (R$ 700,00 / R$ 51.300,00) = 1,36%

    Clculo da proteo contra queda

    Venda da opo: R$ 2,35

    Compra da ao: R$ 28,00

    Preo de compra: R$ 25,65 (ateno para a reduo do preo de compra obtida com olanamento coberto da

    opo)

    Dia do vencimento:

    Preo de VALE5: R$ 25,20 (QUEDA DE 10%)

    Perda do investidor (-1,75%)

    Proteo contra queda: R$ 2,35/R$ 28,00

    Proteo: 8,39%

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    Acompanhando o mercado

    6.1. Anlise fundamentalista

    O objetivo da anlise fundamentalista de avaliar alternativas de investimento a partir da consolidao dasinformaes fornecidas pelas empresas, conjugadas anlise do contexto econmico e da realidade setorial nos

    quais a empresa se insere. Alm disso, a anlise fundamentalista passa pela anlise retrospectiva de suas

    demonstraes financeiras e estabelece previses para o seu desempenho. Cabe anlise fundamentalista

    estabelecer o valor justo para uma ao, respaldando decises de compra ou venda. A premissa bsica da anlise

    fundamentalista de que o valor justo para uma empresa definido pela sua capacidade de gerar lucros no futuro.

    Podemos classificar tais informaes de duas formas distintas:

    Histrico da empresa: informaes histricas contbeis e financeiras, disponibilidade tecnolgica, capacidade

    financeira, fontes de recursos, capital humano, histrico de desempenho empresarial dos scios, entre outros;

    Possibilidades da empresa: o momento/oportunidade de mercado, projees de desempenho, cenrios

    macroeconmicos, risco envolvidos, alternativas de investimento, valores ticos, scio-ambientais, entre outros.

    A partir da anlise conjunta desses elementos, so definidas as premissas para a elaborao da projeo de

    resultados para os prximos anos. Essa medida de desempenho permite construir os fluxos de caixa futuros da

    empresa.

    6.1.1 Indicadores de mercado

    Os indicadores de mercado utilizados pela anlise fundamentalista so usados para comparar o desempenho dasempresas em relao aos anos anteriores e entre outras empresas, usualmente comparando-se empresas do

    mesmo setor. Esses indicadores permitem maior rapidez nas tomadas de deciso dos agentes econmicos,

    entretanto, a interpretao dos mesmos apresenta certo grau de subjetividade, no existindo definio uniforme

    entre os participantes do mercado.

    Preo/ lucro (P/L) - um dos indicadores fundamentalistas mais utilizados que consiste na diviso do valor de

    mercado da empresa pelo seu lucro atual. A diviso fornece uma idia de quantos anos seriam necessrios para

    que os lucros remunerassem o capital investido na empresa.

    P/VPA - valor de mercado da empresa / Valor Patrimonial Ajustado, que nos indica se a companhia est sendo

    negociada abaixo do seu valor patrimonial. Em tese, quanto mais baixo este ndice, menor o valor da empresa.

    Pay-Out a taxa de distribuio do lucro da empresa para os acionistas na forma de dividendos ou juros sobre o

    capital prprio. A legislao exige que seja distribudo, no mnimo, 25% do lucro lquido aps as dedues legais.

    Exemplificando, se uma empresa tem lucro de R$ 1,00/ao e distribui R$ 0,35/ao como dividendos, seu pay-out

    seria de 35%.

    EV/Ebtida- valor da firma (valor pago pelos acionistas somado dvida lquida da empresa) /Ebtida (lucro antes dos

    uros, impostos, depreciaes e amortizaes), que procura medir em quantos anos a gerao operacional de caixa

    da empresa pagaria seu prprio valor.

    Dividend Yield: calculado tendo como numerador o dividendo distribudo por ao e como denominador o preoatual da ao. Torna-se especialmente relevante se visto para o futuro, sendo neste caso necessrio que haja uma

    projeo de lucro e seja estabelecido um pay-out realista. Assim, se uma ao custa hoje R$ 100,00 e esperado

    receber R$ 10,00 em dividendos, o yield seria de 10%, podendo ser visto como um rendimento da ao,

    independentemente da valorizao em Bolsa.

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    Tabela resumo com os principais indicadores da anlise fundamentalista.

    Existem outros indicadores que so utilizados pela anlise fundamentalista, tais como indicadores de liquidez,

    indicadores de endividamento, entre outros. Entretanto, esses indicadores acima destacados so os principais e

    mais utilizados pelo mercado para avaliao de empresas.

    6.2 Anlise grfica

    o estudo dos movimentos passados dos preos e dos volumes de negociao de ativos financeiros, com o objetivode fazer previses sobre o comportamento futuro dessas aes. Para os analistas tcnicos, a resposta est nos

    grficos de preos e volumes negociados das aes. Os grficos traduzem o comportamento do mercado e avaliam

    a participao de muitos de investidores capazes de induzir certas formaes de preos.

    Nessa anlise, no importam os lucros obtidos e projetados, poltica de dividendos das empresas, expectativas para

    o setor de atividade, grau de endividamento, etc. O que interessa so os fatores internos de oferta e demanda de

    mercado, capazes de entender e traduzir os movimentos do mercado.

    Para os tcnicos que se utilizam desse sistema de anlise, tudo pode ser resumido no preo e volume das aes.

    Toda expectativa, boa ou m, dos investidores com relao a determinado ativo se reflete no preo dirio daquele

    ativo. Utilizando frmulas, definindo tendncias, verificando o afluxo e refluxo de recursos, o analista grfico (outcnico) procura avaliar o comportamento futuro do ativo e indicar os melhores momentos de compra e venda.

    Tal tcnica amplamente difundida nos mercados mais evoludos, existindo uma enorme gama de mtodos e

    modelos de avaliao. Buscando sempre se antecipar s mudanas de tendncia dos mercados, ao analista tcnico

    no importa a situao da empresa, mas sim a expectativa dos investidores em relao ao daquela empresa.

    6.2.1 Histrico da anlise tcnica / Teoria de Dow

    A Anlise Tcnica foi fundamentada com a Teoria de Dow, que diz que os preos dos ativos refletem a reao do

    mercado em relao a todas as informaes relevantes. Ou seja, o preo desconta tudo, tem tendncia e os

    padres se repetem.

    Suporte e resistncia, so alguns dos conceitos fundamentais da anlise tcnica.

    Admitindo-se que o mercado tem memria e grava preos, resistncias seriam preos considerados elevados para

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    determinada ao. Nos grficos, eles so percebidos quando, em um trajetria ascendente, a ao encontra

    dificuldades em continuar seu caminho. J as resistncias, so preos considerados baixos para determinadas

    aes que so observadas nos grficos quando em trajetria descendente, a aes encontram dificuldades em

    continuar a

    trajetria de queda.

    A Teoria de Dow aborda a movimentao dos preos de aes e fornece uma base tcnica para sua anlise.

    Os pontos bsicos da Teoria de Dow so:

    1. Os ndices descontam tudo. Todos os possveis fatores que afetam a cotao dos preos dos ativos (aes) so

    descontados por esses ndices que consideram todas as notcias, resultados contbeis e financeiros, acidentes etc.

    2. Os mercados se movem em tendncias. As tendncias podem ser de alta ou de baixa. Por sua vez, as

    tendncias podem ser primrias, secundrias e tercirias, segundo sua durao.

    3. Princpio de confirmao. Para confirmar uma tendncia necessrio que os ndices coincidam com a tendncia.

    4. Volume convergente. Se o mercado est em uma tendncia de alta o volume aumentar, se em tendncia de

    baixa o volume diminuir.

    5. Utiliza as cotaes de fechamento para o clculo das mdias. No leva em conta os mximos e mnimos para o

    clculo de seus ndices.

    6. A tendncia vigente at que seja substituda por outra oposta. At que os ndices se confirmem, considera-se

    que a tendncia antiga segue em vigor, apesar dos sinais aparentes de mudana. Esse princpio procura evitar a

    prematura troca de posio (comprada ou vendida).

    Com o avano dos sistemas de infrmatica, o instrumento da anlise tcnica se desenvolveu rapidamente. Hoje,

    existem diversos programas que corroboram para o desenvolvimento e criao de indicadores e osciladores que

    possibilitam aplicaes que maximizem o rendimento de seus investimentos.

    6.2.2 Tipos de grficos

    Existem trs tipos grficos mais utilizados: grfico de linhas, de barras e o de velas(candles ou candlestick).

    Grfico de linhas - construdo a partir dos pontos de fechamento ao longo do tempo.Ele se destaca pela

    simplicidade, pois no permite a visualizao de pontos importantes como a mxima, mnima e abertura.

    Grfico de Barras- possui um nmero de informaes maior do que o grfico de linhas. Nele possvel visualizar

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    os pontos de mnima, mxima, abertura e fechamento. As barras so ligadas pelo preo mximo ao preo mnimo em

    que foi negociado o ativo durante o prego, um pequeno trao direita representa o preo de fechamento, outro

    trao esquerda representa o preo de abertura.

    Grfico de candlestick- no sculo XVIII os japoneses desenvolveram um mtodo de anlise tcnica para analisar

    os preos de contratos futuros de arroz. O arroz era a riqueza e os fazendeiros de todo o Japo podiam mandar

    sacas de arroz (para onde) que eram mantidas em armazns, em troca, recebiam um cupom representativo do valor,

    que poderia ser vendido a qualquer momento. Apenas na bolsa Dojima operavam cerca de 1300 traders de arroz.

    Candlestick o nome de uma tcnica de anlise grfica de mercado, criada no Japo em meados do sculo XVIII,

    nas antigas bolsas de arroz de Osaka.

    Essa tcnica se tornou conhecida no mundo inteiro trazida ao ocidente pelo americano Steve Nison, investidor de

    Wall Street.

    O termo Candlestick (candelabro em ingls) representa os elementos grficos utilizados na representao dos

    preos praticados pelo mercado que so similares s velas, distribudas sobre a rea do grfico. A anlise se faz

    atravs da identificao de figuras formadas pelos candles (velas) em determinado ponto da tendncia de mercado.

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    O grfico de candlestick semelhante ao grfico de barras, contm as mesmas informaes. Entretanto, o grfico de

    candlestick possui figuras distintas, apresentando candles vazados quando o perodo apresenta alta, ou seja,

    fechamento acima da abertura e candles cheios quando apresenta um perodo de queda, ou seja, fechamento

    abaixo da abertura.

    6.2.3 Periodicidade grfica

    Os grficos de anlise tcnica de aes consideram duas variveis principais. O varivel preo destacado pelo

    eixo vertical. O varivel tempo apresentado no eixo horizontal. O tempo grfico determinante para a avaliao e

    interpretao do grfico.

    O Varivel tempo pode variar entre mensal, semanal, dirio e intraday. No intraday o tempo poder variar entre

    horas e minutos de acordo com a necessidade do investidor.

    Os tempos grficos apresentados so utilizados de acordo com o perfil de cada investidor. A carteira do investidor

    poder ser montada de acordo com seu perfil, ou seja, carteiras de longo prazo, mdio prazo e curto prazo.

    6.3 Tendncias de mercado

    Tendncias so movimentos prolongados de compra ou venda de um ativo durante um perodo de tempo.

    Movimentos repetidos constantemente em uma direo bem definida.

    Podemos encontrar movimento de tendncia prolongada ou passageira, sendo os grficos ferramentas

    imprescindveis para a tomada de deciso.

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    Algumas variveis se destacam para analisarmos as tendncias do mercado. O tempo, como destacado

    anteriormente, uma varivel importante, pois dependemos do tempo grfico para definirmos uma tendncia. O

    volume deve confirmar a tendncia. Na maioria das vezes, um forte volume confirma a tendncia de alta ou de baixa.

    O volume importante, pois mostra a direo (compra ou venda) em que a maioria dos players do mercado esta

    trabalhando. De modo contrrio, uma alta/baixa de preos com volume baixo, geralmente, no confirma a tendncia

    do mercado.

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    Estudando: Introduo Bolsa de Valores

    Estratgias grficas

    7.1 Mdias mveis

    O uso de mdias mveis na anlise tcnica uma ferramenta muito utlizada. As mdias mveis se tornaram um dosindicadores grficos mais difundidos no mercado, por serem extremamente teis.

    Mdia Uma mdia mostra o valor mdio de uma amostra de um determinado dado, podendo ser considerada uma

    medida de tendncia daquela amostra.

    O principal objetivo do uso das mdias mveis identificar o incio do movimento de uma tendncia em uma ao.

    7.1.1 Mdia mvel aritmtica

    Uma mdia mvel aritmtica (MMA) uma extenso do conceito acima, representando o valor mdio de uma amostra

    (no caso de aes, normalmente dos preos de fechamento do papel), em um determinado perodo de tempo.

    Mas, por que mdia mvel? O termo mvel est presente pelo fato de que quando uma cotao entra no clculo

    outra cotao sai. Em outras palavras, se estamos usando uma mdia de vinte cotaes e surge uma nova cotao

    a ltima dessas 20 cotaes excluda do clculo, enquanto que a mais recente entra. Assim, a mdia movimenta-se atravs do grfico.

    7.1.2 Mdia mvel exponencial

    A mdia mvel exponencial tem o mesmo conceito da mdia aritmtica. A diferena que, ao contrrio da mdia

    simples, nessa os dados mais novos possuem um peso superior aos dados anteriores amostra, influenciando mais

    o seu valor.

    7.1.3 Usando mdias mveis

    A mdia mvel uma representao superficial da tendncia, uma vez que ela filtra oscilaes menores. A mdia

    representa, portanto, uma regio de suporte/resistncia natural e uma de suas principais tcnicas de utilizao a

    compra/venda de uma ao nas proximidades da mdia. Nessa regio o mercado tende a buscar foras para uma

    nova subida.

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    No grfico abaixo de PETR4 observamos 4 pontos de suporte formados pela mdia mvel de 22 perodos (1 ms).

    Outra forma de montar uma operao utilizando mdias mveis atravs de cruzamentos. Quando os preos cruzam

    a mdia mvel para cima dado um sinal de compra e quando cruzam de cima para baixo dado um sinal de venda.

    Como mostra o grfico abaixo de GGBR4.

    7.1.4 MACD

    O MACD um indicador que representa uma aplicao do conceito de mdias mveis exponenciais auxiliando o

    acompanhamento de tendncias de mercado. O indicador construdo a partir da diferena de duas mdias mveis

    exponenciais de 12 perodos (curta) e de 26 perodos (longa). Do resultado da diferena calculada a mdia

    exponencial de nove perodos que definida como linha de sinal.

    MACD = MME(12) MME(26)

    A interpretao do MACD bem simples. Se MACD > 0 as tendncias mais recentes da ao so de alta, o que

    bom para posies compradas. Se MACD < 0 as tendncias recentes da ao so piores, o que pode fortalecer uma

    posio vendida.

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    Quando a linha de MACD cruza a linha de sinal (conforme acima) um bom momento para montar posies

    compradas, uma vez que h uma ampliao do movimento de alta da ao, conforme mostram os pontos do grfico

    acima.

    7.2 Suporte e resistncia

    Suportes e resistncias esto entre os primeiros conceitos que o investidor aprende ao iniciar seus estudos de

    anlise tcnica. Podemos dizer que uma resistncia um ponto em que a presena dos vendedores impe uma

    presso que impede que o preo continue subindo. O contrrio acontece no ponto de suporte.

    Em termos, um nvel de suporte representa uma boa oportunidade para compra de uma ao, em contrapartida ao

    ponto de venda que o nvel de resistncia representa. Sendo assim, ao operar usando nveis de suporte e

    resistncia, fundamental seguir a estratgia que esta sendo adotada. Uma vez que um nvel de resistncia foi

    rompido o mercado parece indicar que os compradores tendem a prevalecer sobre os vendedores, favorecendo a

    abertura/manuteno de posies compradas.

    Uma vez definida uma regio de suporte ou resistncia, seus papeis podem se alternar, ou seja, uma regio de

    resistncia recente, uma vez rompida para cima pode transformar-se numa rea de suporte. Quando um suporte

    recente rompido para baixo, pode transformarse numa rea de resistncia. A figura abaixo ilustra bem suportes e

    resistncias no grfico.

    7.3 Chek list do trade

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    A melhor maneira de se atingir um determinado objetivo , antes de colocar qualquer estratgia em ao, decidir os

    passos necessrios para obteno dos resultados desejados.

    Para ter sucesso na renda varivel e alavancar os ganhos necessrio adotar a postura adequada para cada

    situao e alcanar o sucesso.

    Planejamento fundamental para evitar erros e controlar ansiedades. Um bom planejamento de trade deve evoluir

    com o tempo e ser constantemente reavaliado. A seguir, esto relacionadas um conjunto de regras que visam ajudarna construo de operaes.

    1. Qual a tendncia do mercado?

    2. O mercado est respeitando nveis de suporte e resistncia?

    3. O que os indicadores apontam?

    4. Quais os pontos de entrada e sada?

    5. Qual ser o STOP se a operao der errado?

    6. Quanto vou investir de modo a no comprometer significativamente meu capital em caso de perdas?

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    Estudando: Introduo Bolsa de Valores

    Torne-se um investidor

    Uma boa estratgia fundamental na conquista de um objetivo. Grandes exrcitos e corporaes bem sucedidas

    sempre deram importncia ao planejamento de suas aes.

    Algumas empresas no Japo, por exemplo, chegam a planejar os prximos 50 anos de suas atividades. Oplanejamento uma ferramenta importante na medida em que define a direo que ser seguida e, mais importante,

    informa o caminho a ser tomado quando a estratgia no estiver trazendo os resultados esperados. muito mais

    fcil definir uma nova rota a partir de uma estratgia planejada.

    Com o investimento no acontece diferente. muito importante definir uma estratgia antes de iniciar qualquer

    aplicao, seja em renda fixa ou renda varivel. muito comum ver famlias que se esforam para poupar.

    Entretanto, na hora mais importante, que a efetiva aplicao dos recursos, muitos pecam pela escolha de

    investimentos, por dicas sem fundamentos e pela ausncia de critrio na seleo da carteira.

    Quando o assunto renda varivel, o planejamento torna-se ainda mais relevante na hora de escolher o tipo e o

    perfil que ser dado aplicao. Basicamente, existem dois tipos de investidores na bolsa de valores. Em primeiro,vm aqueles para os quais a bolsa um tipo sofisticado de brinquedo (acredite, eles existem), algo como um cassino

    de luxo onde os nmeros vermelhos e pretos (tal como no jogo de roleta, muito popular nestas casas) so

    substitudos por uma das mais de 400 aes que hoje so negociadas na Bovespa. Outro tipo de investidor aquele

    que realmente deseja aumentar seu patrimnio pessoal ou mesmo viver de renda varivel, alavancando seus

    ganhos pessoais (provavelmente, este o seu desejo).

    O fato que existem inmeras formas de se atingir esse objetivo. Voc pode ser um investidor mais conservador,

    daqueles que abrem mo de uma rentabilidade maior em troca da segurana de aes menos volteis (boas

    pagadoras de dividendos, por exemplo). Existem aqueles que aceitam um risco maior em troca de uma rentabilidade

    que gere mais lucro. E tambm h espao para aquele investidor que aceita grandes riscos em troca da

    possibilidade de uma rentabilidade bem maior. Qualquer que seja o seu perfil (conservador, moderado ou

    agressivo), trs premissas bsicas devem ser respeitadas na hora de se escolher uma carteira de aes.

    Disciplina a parte mais importante de um planejamento. ela que garante a continuidade e o fluxo de recursos

    necessrio para as aplicaes que foram definidas como prioritrias.

    Estratgia se voc no tem ideia de onde est tambm no saber para onde ir. Com o auxlio de bom

    planejamento possvel minimizar as chances de erro e controlar o choque mais perigoso da aplicao em bolsa. Seu

    plano deve evoluir com o tempo e ser constantemente reavaliado.

    Pacincia- Pacincia importante para que voc tenha conscincia de cada momento do seu investimento. No se

    fazem milionrios da noite para o dia na bolsa. Esse mito de um mercado no qual se comea hoje e em pouco tempo

    se tem um, dois, trs ou mais milhes de reais muitas vezes atrapalha na hora de permanecer na bolsa.

    Mesmo aqueles que ficaram milionrios da noite para o dia o fizeram respeitando estes trs pilares de sustentao

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    do sucesso de uma aplicao em bolsa de valores. Na prtica, a definio do planejamento estratgico passa pela

    considerao de aspectos pessoais (qual o seu nvel de tolerncia a volatilidade), por uma excelente preparao

    anterior a aplicao e pela avaliao constante do resultado dos seus trades (um sistema que falha constantemente,

    tem algum problema).

    8.1 No h investimento sem risco

    Quantas vezes voc j planejou alguma coisa que no deu certo? Aquela viagem dos seus sonhos em que tudo deu

    errado. As frias programadas por tanto tempo, interrompidas por um acontecimento inesperado. Assim como

    qualquer plano para o futuro, muitas vezes, os objetivos projetados para o investimento podem no ser alcanados.

    Vrias so as razes.

    Risco de Mercado - decorre das condies da economia, que podem fazer os juros, o cmbio, o preo das aes

    etc, variar, para mais ou para menos, influenciando seu investimento de forma positiva ou negativa. Alm disso, a

    capacidade de pagamento do emissor do ttulo (ou o lucro desse emissor) tambm pode variar por conta das

    condies da economia, prejudicando seu investimento.

    Risco de Crdito - quando voc investe, est emprestando dinheiro a algum ou aplicando uma quantia emdeterminado empreendimento e, certamente, correndo o risco de que o tomador dos recursos no honre a

    obrigao, ou no pague os juros combinados, ou que empreendimento no renda o esperado.

    Risco de Liquidez- est diretamente relacionado com a facilidade de resgatar ou transferir um investimento. Diz-se

    que no h liquidez nas hipteses de no se ter o direito de resgatar o investimento, desse direito ficar restrito a

    situaes incomuns, do mercado para a negociao do ttulo deixar de existir, ou do ttulo ser raramente negociado,

    isto , haver poucas pessoas interessadas em negoci-lo - o que dificultar a venda do ttulo e provavelmente

    diminuir o valor do seu investimento.

    Risco Legal- est relacionado a eventuais problemas legais que podero causar transtornos no cumprimento das

    condies pactuadas. O ttulo ou contrato pode ter defeitos jurdicos que impeam ou dificultem o exerccio dosdireitos nele estabelecidos, permitindo ao devedor ou tomador no honrar as obrigaes assumidas. Por isso

    muito importante somente aplicar em investimentos regulamentados, nos quais o risco legal diminui bastante.

    Risco Operacional - est relacionado com as falhas ocorridas nas operaes e negcios do tomador do

    investimento durante o perodo em que os recursos aplicados ainda no foram devolvidos. Podero ser provenientes

    de problemas nas atividades ou equipamentos de uma companhia, falhas humanas no controle de custos e

    gerenciamento das quantias aplicadas, m administrao dos recursos do emissor etc.

    8.2 Poupana e Investimento

    Segurana financeira um dos principais fatores de felicidade, pois nos confere maior tranquilidade em relao ao

    futuro. Alm disso, uma melhor situao econmica pode ser fundamental para realizar projetos que dependam de

    mais recursos, como a aquisio da casa prpria, a compra de um carro, a educao dos filhos ou at mesmo uma

    inesquecvel viagem de frias.

    Poupar acumular valores no presente para utiliz-los no futuro, o que geralmente envolve mudana de hbitos,

    pois requer uma reduo nos gastos pessoais e familiares.

    Reduzir despesas pode significar desde simples cuidados para evitar o desperdcio at o esforo, por vezes rduo,

    no sentido de conter gastos. Alm disso, poupar exige a avaliao objetiva das despesas, a fixao de metas e,

    principalmente, muita persistncia, a fim de manter-se economizando pelo tempo necessrio at que sejam

    alcanados os objetivos que motivaram a poupana.

    8.2.1 Investir diferente de poupar

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