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INTRODUÇÃ O À ECONOMIA Maria Ermida Introdução à economia

Introdução à Economia

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2011-2012

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Page 1: Introdução à Economia

INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Maria Ermida Introdução à economia

Page 2: Introdução à Economia

ESCASSEZ:

Há três coisas de que temos a certeza quando nascemos; vamos morrer, pagar impostos e ESCASSEZ. Os recursos do mundo são limitados e não é possível produzir todos os bens e serviços que as pessoas gostariam de ter. É então essencial decidir como os atribuir entre a população.

ECONOMIAS DE MERCADO:

É aquela em que os indivíduos e as empresas privadas tomam as decisões mais importantes sobre a produção e o consumo. É a Economia da Selva e por isso sobrevive o mais forte sem intervenção do Estado. É 100% Liberal. As características distintivas das economias de mercado actuais são os direitos de propriedade, especialização e divisão de trabalho, Globalização, Moeda, Capital.

Economias Planificadas ou Dirigidas

Economias Mistas

MACROECONOMIA VS MICROECONOMIA

A Economia é o estudo da forma como as Sociedades utilizam recursos escassos para produzir bens com valor e como os distribuem entre as pessoas diferentes. Existem duas formas de olhar para ela:

1. Olhar para quem trabalha: unidades desagregadas que todos os dias lutam pela vida para compreender porque fazem certas coisas em termos económicos e prever o que vai acontecer Porque é que entidades individuais tomam certas decisões MICROECONOMIA

2. Olhar para o conjunto de economia o mais abrangente possível. Vemos o que queremos ver. As variáveis como défices de estado, PIB, taxa de desemprego, Preços a subir e a descer. Olhamos para a economia e vemos o porquê da mudança destas variáveis e tentamos explicar o andamento destas variáveis e como este vai MACROECONOMIA

Análise Económica (sendo que o objectivo empresarial é a maximização do lucro):

- Análise científica Formulação de hipóteses;

Dedução de teorias;

Teste.

- Modelos económicos.

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FALÁCIAS COMUNS DE RACIOCÍNIO

Post Hoc 2 Acontecimentos sucedem-se, pelo que se admite que um é a causa do outro. Isto não é necessariamente verdade;

Ex: Os economistas observaram que sempre que há uma grande expansão económica os preços aumentam MAS durante a Grande Depressão houve quem retirasse disto que a resposta para a Crise era aumentar os preços e os salários. Não o era.

'Manter o resto constante' quando se aumenta algo, espera-se que o resto se mantenha constante;

Ex: Em 1964 nos EUA deu-se uma queda nas taxas de imposto acompanhada pelo aumento das receitas fiscais. Isto aconteceu porque nesses anos se deu um crescimento económico significativo por razões que não tinham nada a ver com as taxas de imposto, nomeadamente novas tecnologias. É por isso possível verificar que se as taxas de imposto se tivessem mantido as receitas fiscais teriam aumentado ainda mais devido ao progresso tecnológico gerado pela Guerra Fria.

Agregação Admite-se que o que é verdade para uma parte, também o é para o conjunto – mas o que é bom para um, não é necessariamente bom para os outros também.

Ex: Se um agricultor tiver uma colheita excepcionalmente grande de cenouras fica melhor na vida. Por esta lógica, se muitos agricultores tiverem colheitas de cenouras excepcionalmente grandes ficam melhor na vida, certo? Não, errado! Neste caso o rendimento dos agricultores diminui (mais oferta que procura LOGO vendem menos)

OS TRÊS PROBLEMAS DE ORGANIZAÇÃO ECONÓMICA:

"O que Produzir?"

" Quais as técnicas de produção adequadas para produzirem o bem/ serviço?"

" Para quem estamos a produzir o dito bem/ serviço?"

REGRAS BASE PARA BOM FUNCIONAMENTO DA ECONOMIA:

A base da economia de Mercado é o Polícia, o Juiz e o Advogado. Ou seja, é preciso definir direitos de propriedade e assegurá-los

A existência de direitos de propriedade bem definidos é a garantia de segurança de bens e pessoas. Onde há pobreza muitas vezes esta está relacionada com problemas de má definição de direitos de propriedade portanto nem sequer há economia. Pessoas não saem com medo de levar um tiro ou serem roubadas logo não compram ou arranjam emprego.

Contudo há uma falácia neste raciocínio quando dizemos que a base fundamental são as decisões individuais e a economia de mercado são as preferências das pessoas. Isto faz sentido

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mas há uma singularidade. As nossas decisões são feitas de acordo com o nosso rendimento. Por isso o sistema deixa de ser justo. Só chegamos a um resultado justo por acaso e mesmo assim isto é raro porque logo no início a situação não é justa. Na economia de mercado pretendemos que os recursos vão parar às mãos de quem quer e tem necessidade deles mas isto não acontece. Aquilo que pagamos por alguma coisa depende da nossa preferência e, infelizmente, do nosso rendimento. O resultado nunca é justo nem equitativo. É preciso uma intervenção do estado para garantir a máxima equidade.

EX: O problema das Autoridades Públicas

Uma pessoa pode morrer por uma reacção letal a um medicamento administrado pelo seu médico ou por lhe não ter sido receitado pelo seu médico um medicamento que lhe poderia ter salvado a vida.É o Estado que decide que medicamentos entram para o consumo dos cidadãos. Nos países desenvolvidos as leis obrigam a que medicamentos não contenham substâncias prejudiciais à saúde e a designação correcta da sua composição na caixa. Isto tem de ser comprovado e aprovado para o medicamento entrar no consumo. A falta disto faz com que pessoas morram para impedir que o mesmo aconteça a outras por reacção ao mesmo medicamento. Aqui presenciamos uma situação de escassez de tempo; por cada vida salva por um medicamento letal provoca-se a morte de outra.

Pode assim verificar-se que quando usamos TEMPO para alguma coisa perdemo-lo para outra. Isto é o Custo de Oportunidade.

ORGANIZAÇÃO ECONÓMICA E POSSIBLIDADES TECNOLÓGICAS DA SOCIEDADE:

Os Bens de investimento são bens duradouros. Podem ser utilizados no processo de produção. São exemplos a terra, pessoas, máquinas, etc. Os Bens de consumo são bens que podem ser utilizados para serem consumidos por nós. Os Factores de Produção são bens ou serviços utilizados para produzir bens ou serviços. Exemplos são os Recursos Naturais, o trabalho e o capital. Estes são bens duráveis (Não são consumidos directamente no processo produtivo). que podem ser utilizados sempre e repetidamente. São utilizados na produção de bens de consumo:

EX:Fábrica de sapatos

Factores de produção: horas de trabalho, equipamento de preparação e corte de couro, computadores, energia eléctrica, couro, …

Produção: sapatos

Existe também o Consumo Intermédio. Este é composto por bens não duráveis. Estes são utilizados na produção de outros bens e, regra geral, são transformados durante o processo produtivo.

A FRONTEIRA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO:

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Qual é o máximo de cada bem que a economia pode produzir em cada momento? Neste gráfico isto é demonstrado pela curva obtida ao unir os pontos deste gráfico de produção. Com os recursos disponíveis naquele momento ao máximo que a economia pode produzir chama-se a fronteira de possibilidade de produção. Esta fronteira é demonstrada pela curva. É preciso ter em conta que esta só demonstra a produção sustentável, ou seja, podemos abrir na Arrábida um ponto turístico abrindo a construção imobiliária mas isto não seria sustentável a médio-longo prazo. Essencialmente o que a curva demonstra é que se quisermos utilizar mais bens de investimento, automaticamente ficamos com menos bens de consumo e vice-versa.

Se um estado quiser expandir a sua fronteira de possibilidades de produção tem de investir.

O CUSTO DE OPORTUNIDADE:

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O custo de oportunidade é o custo da alternativa que é sacrificada. Todas as nossas opções significam o sacrificar de outra. Não precisa de ter a ver com dinheiro mas sim com escassez de alguma coisa. No caso prático anterior o custo de oportunidade é a

perda de vidas devido ao bem escasso que é o tempo. Ao estarmos a estudar o custo oportunidade é diversão. No gráfico para se ter um acréscimo de 20 unidades de bens de investimento( ) predem-se, em bens de consumo, 40 unidades ( ) . Isto é, o custo de oportunidade de 20 unidades de bens de investimento é 40 unidades de bens de consumo.

FRONTEIRA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO E CRESCIMENTO

CONCEITO DE EFICIÊNCIA:

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Este conceito foi desenvolvido por Wilfred Pareto. A eficiência produtiva verifica-se quando uma economia não pode produzir mais de um bem sem que produza menos de um outro bem. Eficiência significa portanto que a economia está sobre a respectiva fronteira de possibilidades de produção( ). A situação é eficiente se não for possível melhorar posição de alguém sem prejudicar a de outrem. é a utilização mais efectiva dos recursos de uma sociedade na satisfação do desejo e das necessidades da população.

Portugal neste momento encontra-se bem por dentro da curva pois de momento Portugal não está a utilizar todo o seu potencial humano, ou seja, existe bastante desemprego. A posição do governo também não ajuda. Aliás existem algumas leis que são claros obstáculos à progressão económica (é o caso da Legislação Laboral). Temos que administrar melhor o consumo visto que o país consome mais do que produz. As empresas deveriam fazer muitas coisas mas não há nem recursos, nem investidores nem bons gestores. Finalmente temos a dívida portuguesa que tem de ser paga. Podemos continuar a pedir dinheiro emprestado mas temos de o pagar depois. Aliás só nos emprestam mais se for verificado que o podemos pagar.

FORMAS DE RESOLVER O PROBLEMA DA ESCASSEZ:

Exemplo:

Se tivermos bifes e papos-secos que não chegam para todos. Como podemos reparti-los? Há quatro hipóteses:

GUERRA. Contudo Adam Smith diz que "a economia é um instrumento a serviço da Paz" Por isso esta pode ser excluída

LOTARIA ,ou seja, sorte.

MÉTODO BUROCRÁTICO: Para isto acontecer tem de existir um funcionário, político ou administrador que elabore um critério de decisão seu. Este irá, em princípio, satisfazer as necessidades das pessoas e as suas. Contudo, se esta pessoa for um ditador há o perigo de que ele decida arbitrariamente quem recebe mais e quem

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recebe menos consoante a sua vontade pessoa. Isto passa-se em Países Socialistas (USSR, Cuba…)

PREFERÊNCIAS DE CADA UM: Esta é a base da nossa economia. Esta estuda como é possível organizar os recursos escassos de acordo com aquilo que as pessoas gostam. Os recursos que não chegam para todos devem ser distribuídos por todos em função da preferência e rendimento de cada um.

O QUE É UM MERCADO?

Em termos económicos um Mercado é um Mecanismo através do qual os vendedores e compradores interagem para trocar bens e serviços em função de determinados preços.

O PREÇO:

O Mecanismo através do qual se garante que as pessoas manifestam as suas preferências é o voto. Contudo este não tem a capacidade de traduzir a intensidade da nossa preferência. Por isso é que na nossa economia temos de decidir o que queremos e com que intensidade queremos o que queremos. Para isso existe o PREÇO. Se gostamos muito de algo estamos preparados a pagar mais. Se o inverso acontecer não estaremos dispostos a pagar tanto. O preço é a variável que sintetiza a intensidade das nossas preferências.

O preço é o valor de um bem em termos monetários. São os preços que orientam as nossas opções de compra e de produção. Funcionam como sinais para os produtores e consumidores. Diz-nos:

O que os consumidores estão dispostos a pagar por um bem ou serviço em particular pela ultima unidade de serviço comprada. Para mais ser consumido o preço teria de ser mais baixo.

O mínimo que os produtores exigem para vender essa unidade do bem em particular pela última unidade do serviço que foi vendida. Para se vender mais seria necessário aumentar o preço

O preço é a variável fundamental em economia pois transmite bastante informação.

Ex: Se compramos um par de sapatos cujo preço é 80€ isto significa que para nós, aquele par de sapatos VALE aquele dinheiro. Do ponto e vista do vendedor podemos ter a certeza de que o mínimo que ele exige para vender aquele par de sapatos é 80€.

Quando existem muitas empresas a vender sapatos o preço é um equilíbrio. Se estamos dispostos a pagar preços diferentes isto significa que o preço que estamos dispostos a pagar depende da unidade.

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Ex: Se não tivermos sapatos vamos estar dispostos a pagar mais pelo primeiro par que comprarmos do que pelo 10º.

O consumidor que atribui o menor valor àquele bem é o que o adquire por último. Isto é o que se vê nos SALDOS.

PORTANTO, Quando um mercado é concorrencial o preço que é corrente traduz a valorização dada à ultima unidade consumida. As primeiras unidades consumidas são, regra geral, mais caras que a última. Os custos traduzem a escassez de recursos. Traduzem o que a sociedade teve de gastar para produzir algo e a valorização dada à última unidade produzida.

PREÇO: traduz escassez e valor que as pessoas dão aquele bem.

As preferências dos consumidores traduzem-se pelo que os consumidores estão dispostos pagar por um bem ou serviço – em particular pela última unidade do serviço que foi comprada

Para se comprar mais seria necessário descer o preço Os custos de produção de uma unidade de um bem: o mínimo que os

produtores exigem para vender essa unidade do bem em particular pela última unidade do serviço que foi vendida

Para se vender mais seria necessário aumentar o preço

Numa economia de mercado produz-se de acordo com as preferências dos consumidores e se o custo de produção traduz o que os consumidores estão dispostos a pagar então o produto em questão vai ter sucesso.

OS TRÊS PROBLEMAS DE ORGANIZAÇÃO ECONÓMICA E A SUA RESOLUÇÃO:

"O que Produzir?"

É determinado pela preferência dos consumidores. Para ter lucro as empresas têm de vender. Para vender têm de criar um produto interessante.

" Quais as técnicas de produção adequadas para produzir o bem/ serviço?"

A forma mais eficiente, ou seja, com os menores custos com a melhor tecnologia possível. Aqui entra a história da cenoura e do chicote:

A economia de mercado funciona pela teoria da cenoura e do chicote (sistema de incentivos). A Cenoura é a expectativa de lucro. A tentação do dinheiro contribui para que as empresas produzam bem e barato. E o Chicote é a ameaça de falência. Isto

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quer dizer que uma empresa está utilizar mal os recursos porque as pessoas não compram o bem que a empresa está a produzir ou porque não os querem ou porque é caro. A cenoura e o chicote são INCENTIVOS.

Aqui quem produz por um lado são trabalhadores, de uma empresa ou de um gestor, que utilizam materiais e utensílios. A fase final são os salários para os trabalhadores, juros para os que emprestaram dinheiro ( Ex: bancos) lucros para os accionistas e donos das empresas no geral.

" Para quem estamos a produzir o dito bem/ serviço ?"

Os salários , juros e lucros são distribuídos às famílias que, com eles toma as suas decisões de consumo

CIRCUITO ECONÓMICO - FLUXOS FIXOS

CIRCUITO ECONÓMICO - FLUXOS MONETÁRIOS

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A MÃO INVISÍVEL: Adam Smith

“ Se cada um tratar de si, o mercado trata de todos”- Adam Smith

Se cada um tratar de si (vender/ comprar bens e produtos) podemos ter a certeza que a economia funciona bem porque as decisões de cada um em função do preço são correctas. Ou seja, cada indivíduo que pretende apenas o seu próprio ganho é levado por uma mão invisível a promover um fim que não fazia parte das suas intenções.

Isto significa também que quando o governo intervém no preço pode estar a fazer uma asneira. Isto visto que o preço é uma variável. É um instrumento que guia a actividade económica e a intervenção neles prejudica a interacção entre os consumidores e os productores. O preço deixa de ser um indicador fiável para os produtores e consumidores.

Um exemplo disto são os impostos:

Ex: Par de sapatos custa 80 euros. Admitindo imposto de 20 %. Para produtor o preço para a ser 96 euros. Por isso produtores não vão vender por mínimo de 96 euros. Será que todos os consumidores vão continuar a dar os 96 euros? Não.

Quem estava disposto a pagar só entre 80 e 95 euros deixa de consumir. Qual é o custo que a sociedade tem de suportar para produzir? Neste caso 80. LOGO deixam de

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ser produzidas unidades que custam 80. Se algo que vai criar MAIS lucro deixa de ser produzida isto cria ineficiência.

Um imposto sobre um bem faz deslocar o equilíbrio da oferta e procura. A incidência do imposto irá sobrecarregar mais intensamente os consumidores ou os produtores em função do grau de rigidez da procura e da oferta.

Quando os Governantes interferem no funcionamento dos mercados concorrenciais fixando limites máximos ou mínimos dos preços, a quantidade oferecida não necessita de ser igual à quantidade oferecida não necessita de ser igual à quantidade procurada; pode gerar excessos de procura ou de oferta.

Portanto em regra , para um mercado manter a sua eficiência, não é necessária ou desejável a intervenção do estado no mercado. Mas há excepções...

O QUE TEM DE HAVER PARA EXISTIR ECONOMIA DE MERCADO?

Os Direitos de propriedade têm de estar bem definidos : Juiz, polícia e advogado: garantem que estes direitos estão definidos e são respeitados. Estes são mutáveis com o tempo.

Especialização e divisão do trabalho (famílias fornecem trabalho para as empresas). Numa economia de mercado espera-se que cada um faça aquilo em que é relativamente (NÃO ABSOLUTAMENTE) melhor.

o EX: Advogado é pago a 100 euros por hora. É melhor a ser secretário também porque tem educação para tal?

Assim a divisão e especialização levam a capacidades elevadas em certas áreas. Isto promove a eficiência. É assim possível a produção em grande escala que leva ao Comércio e a dinheiro

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rápido e eficiente. Para isso acontecer com esta facilidade é necessário um sofisticado sistema financeiro para transformar as poupanças de alguns nos bens de capitais de outros.Isto aplica-se aos próprios Estados que se têm de focar em bens específicos que saibam que produzem bem ( ex. Portugal--> vinho, azeite, cortiça...) para os exportarem e trocarem com bens que outros países produzem bem.

Globalização local de produção (normalmente locais com vantagem comparativa, dando-se uma especialização dos países em certos sectores de produção) é diferente do local do consumo.

Moeda é um meio de pagamento e de acumulação de riqueza. A moeda única é vista como uma vantagem ou facilidade comercial.

Capital factor de produção essencial para aumento da capacidade de produção de uma economia (= deslocação da fronteira das possibilidades de produção para fora). Existe Capital físico como Bens de equipamento e software e Capital Humano como a educação e o treino e formação profissional.

Papel do Governo na Economia Governo tem papel importante dado que há muitos mercados não-concorrenciais (embora também os mercados concorrenciais tenham falhas, não sendo só os mercados não-concorrenciais que são pouco eficientes). Depois, existem problemas devido à utilização dos recursos na produção (ex.:poluição). A sociedade espera que problemas deste tipo e as crises económicas sejam resolvidos ou atenuados através das políticas do Estado.

O PAPEL DO GOVERNO NA ECONOMIA:

PROBLEMA INTERVENÇÃO NECESSÁRIA EXEMPLOS DE INTERVENÇÃO

Ineficiência: Monopólio

Poluição Bens públicos

Regulação de preços em Monopólio e incentivo da concorrência

Regulação Ambiental Assegurar directamente

bens e serviços

Leis Anti- Trust

Leis Anti-Poluição

Desigualdade na distribuição do Rendimento:

Situações de Pobreza extrema

Redistribuição do rendimento

Imposto Progressivo sobre o Rendimento e riqueza

SubsídiosProblemas Macroeconómicos:

Ciclos económicoso Inflaçãoo Desemprego

Políticas Macroeconómicas Despesa Pública

Tributação

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Problemas Macroeconómicos:

Crescimento Económico lento ou estagnação

Estimular Crescimento Melhorar a Eficácia da Administração Pública

Aumentar a Taxa de Poupança Nacional

A PRODUÇÃO E ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL:

LIMITES E NATUREZA DA EMPRESA:

Problema: saber quando recorrer a serviços internos ou outsourcing. Portanto, quais são os limites de uma empresa?

Ex.: Empresa de telecomunicações é necessário equipamento, manutenção, etc.

Antigamente, os limites das empresas eram muitas vezes a barreira entre os serviços oferecidos e o consumidor, ou seja, a empresa produzia e oferecia todos os bens e serviços que o consumidor utilizava. Hoje em dia, esses limites foram diminuindo, sendo que há empresas que apenas se fundam na 'Estratégia e Marketing', sendo todos os outros serviços oferecidos, como seguranças e empreitadores, contratados (outsourcing).

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Os limites da empresa são o facto de que um bem ou determinado serviço necessário à produção tem de ser obtido através de 3 vias possíveis:

Compra no mercado à vista (ex.: ir a uma loja e comprar algo); Compra através de contratos de fornecimento; Produção própria.

A escolha de uma das vias basear-se-á no custo, optando-se pela alternativa que oferecer o menor. Para além disso, podem fazer-se comparações de benefícios e custos entre as seguintes opções:

Produção interna VS Compra no mercado à vista Produção interna VS Compra através de contratos Compra no Mercado à vista VS Compra através de Contratos

PROBLEMAS NA CELEBRAÇÃO DE CONTRATOS:

Todas as contingências futuras podem ser previstas?

Pode ser consagrada contratualmente uma solução para cada contingência?

Se os problemas de celebração de contratos forem muito grandes ou custosos, deve-se contemplar a produção própria.

A ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL

As empresas são organizações especializadas dedicadas à gestão do processo de produção. A dita produção está organizada em empresas porque a eficiência exige a gestão e controlo cuidadoso das actividades correntes. Muitas vezes a eficiência exige também a produção em grande escala, o que torna também necessária a angariação de recursos financeiros significativos (ex.: quando há rendimentos crescentes à escala).

EMPRESAS EM REDE:

Ex.: telefone / aparecimento do Fax só se ganha com isso (ou seja, o valor do bem aumenta) à medida que o número de utilizadores ou assinantes aumenta.

Em ligações de rede, o número de assinantes calcula-se através de:

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N= Núm. De Ligações

CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TEORIA DO PRODUTOR:

Função de Produção quantidade máxima que pode ser produzida com uma dada quantidade de factores de produção – situação de eficiência técnica e tecnológica.

A Produção Total corresponde à quantidade total produzida pelo produtor e neste caso aumenta com a utilização de unidades de trabalho.

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O Produto Marginal de um factor de produção corresponde ao último acréscimo. É o produto adicional gerado por uma unidade adicional desse factor, mantendo constantes os restantes factores de produção.A lei dos rendimentos decrescentes diz que à medida que são acrescentadas unidades adicionais de um factor de produção, é cada vez menor o acréscimo de produção que se obtém. Ou seja, se os outros factores productivos se mantiverem constantes , o produto marginal de um factor de produção reduz-se à medida que aumenta a quantidade utilizada desse factor.

RENDIMENTOS À ESCALA:

O que acontece à produção quando todos os factores variam na mesma proporção?

rendimentos constantes à escala = produção varia na mesma proporção--> isto significa que uma variação de todos os factores leva a uma variação proporcional de produção. Por exemplo, se o trabalho, a terra e o capital duplicam, então a produção irá duplicar.

rendimentos crescentes à escala = aumento mais do que proporcional da produção (ex.: economias de escala); ou seja, os factores produtivos aumentam e isso leva a um aumento mais que proporcional da produção.

rendimentos decrescentes à escala = aumento menos do que proporcional da produção devido a aumento proporcional de todos os factores de produção.

CURTO E LONGO PRAZO:

A curto prazo apenas alguns factores produtivos são variáveis e podem ser ajustados pelas empresas como matérias-primas e trabalho (os outros estão fixos como o capital);A longo prazo espera-se um período de tempo suficientemente longo para que os mercados se ajustem; período em que todos os factores produtivos da empresa podem ser alterados.

É necessário definir o horizonte de decisão de forma a compreender que factores é possível alterar.

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PROGRESSO TECNOLÓGICO:

O progresso tecnológico aumenta a productividade dos factores e o nível de vida. reflecte-se nos transportes ( torna possível globalização), melhores fertilizantes( produção de comida de qualidade em massa).

Ex: Fios de cobre entrançados Antes levavam chamada telefónica a nossa casa. Agora os mesmos ( ou ate fibra óptica ) levam telefone, televisão etc.

DIFERENÇAS DE DIMENSÃO ENTRE EMPRESAS:

Razões para as diferenças de dimensão entre empresas:

Entre indústrias diferentes como a produção de cervejas VS restaurantes ou Empresas de telecomunicações VS empresas retalhistas de telemóveis a principal diferença é a Tecnologia. Rendimentos crescentes à escala numa indústria. ( quando há um rendimento decrescente o que está a acontecer é que estão a pôr-se mais recursos na produção mas o rendimento é igual). Dão origem a empresas de maior dimensão.

Entre indústrias iguais como Universidades ou empresas de vestuário são factores como a Diferenciação e personalização dos serviços Empresas, a Flexibilidade horária e salarial, designadamente nas empresas de base familiar, a Inovação, Rendimentos decrescentes á escala a partir de certo ponto. Estes factores podem permitir a pequenas empresas concorrer com empresas maiores superando algumas desvantagens de dimensão. é assim que lojas como as de roupa de Santos ou do bairro alto (Ex: MOOD) sobrevivem; devido a serem únicas e inovadoras na diferenciação do seu produto.

Uma grande empresa beneficia de vantagens tecnológicas e responsabilidade limitada mas tem também um grande problema; um problema de governação corporativa. Os accionistas não são gestores, a supervisão dos gestores pelos accionistas tem custos tornando-se assim imperfeita . Mais ainda, os gestores podem ter objectivos diferentes dos dos accionistas .

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CUSTOS:

Para caracterizarmos a tecnologia de uma empresa não nos podemos cingir à tecnologia de produção: o nosso problema económico não é produzir o máximo que conseguimos mas produzir tão barato quanto possível – temos de extrair o máximo dos factores de produção mas também temos de o fazer ao custo mais baixo quanto possível para percebermos o problema da empresa não basta percebermos o problema tecnológico, interessa perceber como é que se pode produzir a um preço tão baixo quanto possível custos.

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Produto marginal: acréscimo do produto quando existe um acréscimo de trabalhadores

Produto marginal do trabalho: acréscimo de produto quando o número de trabalhadores aumenta uma unidade – uma empresa raras vezes contrata só mais uma pessoa, normalmente temos dados em que o número de trabalhadores aumenta de 6 para 11, por exemplo

O produto marginal e produto médio aumentam até um certo ponto: custos médio e marginal diminuem até esse mesmo ponto; quando os produtos marginal e médio decrescem, os custos médio e marginal aumentam

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Quando há rendimentos crescentes à escala os custos médios são decrescentes: pode haver custos médios decrescentes sem rendimentos crescentes à escala.

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Custo: conceito económico de custos não descreve o custo que a empresa tem para produzir uma determinada quantidade, responde à pergunta “Quanto é que a empresa deveria ter como custo para produzir aquilo que produziu se fosse eficiente?” – eficiência económica: função de produção (estar a produzir o máximo, equipamentos e materiais estão a ser utilizados na medida em que são estritamente necessários), pagar por cada um dos factores de produção o menos possível (pelos trabalhadores, pelos gestores, pelas máquinas, pela electricidade, etc. – pagar o mínimo que é necessário pagar a um trabalhador para que ele trabalhe empresas tentam contratar os trabalhadores pagando o mínimo que os induz a trabalhar)

Admitimos que se os mercados funcionarem bem, o nível salarial de cada profissão é o mínimo que é necessário pagar às pessoas para as induzir a trabalhar: efeito da mão invisível

Concretização do conceito de eficiência económica: pode gerar situações de grande iniquidade e injustiça a nível social – economia de mercado não é justa pode concretizar-se na prática da vida de mercado por realidades sociais exigentes

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Eficiência na Produção

Enquanto houver diferença entre as produtividades dos mesmo factores de produção é possível produzir a menor custo: é preciso garantir a combinação que fazemos dos diferentes factores de produção de modo a que a relação entre as suas produtividades corresponda à relação entre os seus preços

CONTABILIDADE DAS EMPRESAS

Os custos das empresas são regularmente objecto de cálculo por obrigação legal – empresas são obrigadas a apresentar os seus custos na Conta de Demonstração de Resultados:

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Receitas da venda de bens e serviços;

Custos da empresa: pagamentos que a empresa fez para utilizar os factores de produção ao longo do processo produtivo durante o ano

o Remunerações do trabalho: salários;

o Fornecimentos e serviços externos (consumos intermédios);

o Impostos;

o Depreciação ou amortização;

o Juros que paga ao banco;

Resultado líquido.

Bens duradouros: perdem valor com a utilização – bens que a empresa usa no processo produtivo perdem valor (depreciação ou amortização)

Consumos intermédios vs factores de produção: consumos intermédios são aqueles bens que entram para o processo produtivo e são transformados

Quando uma empresa tem lucros, tende a considerar como consumo intermédio quase tudo o

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que mexe: uma empresa que está a dar prejuízo, cotada na bolsa, e não quer passar má imagem pode considerar os consumos intermédios como bens duradouros – quando fazemos um investimento não é um custo como o bem é usável ao longo de X anos, é razoável distribuir os custos do bem por esse número de anos (amortização)

Bem duradouro é usado durante vários anos: valor do bem entra para o custo da empresa durante esses vários anos

Consumo intermédio é consumido imediatamente: custo do consumo intermédio entra para o custo da empresa naquele ano

Balanço: bens que a empresa tem – duas partes: bens da empresa (bens duradouros) – activo; passivo – empresas pedem dinheiro emprestado para comprarem bens, capitais próprios – dinheiro do dono: parte do dinheiro é aquela com que os accionistas entram no início (capital social)

Há empresas que subestimam o seu valor: não dão valor à propriedade intelectual que têm – nos bens da empresa a propriedade intelectual não aparece; outras vezes aparecem bens e marcas que comprou no próprio ano como propriedade intelectual sob forma de bens duradouros para amortizar

Dívidas dos clientes são bens da empresa: se houver clientes que não pagam há 3 ou 4 anos,

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aquilo já não é um bem da empresa – empresa não vê o dinheiro muitas vezes encontramos no balanço esse dinheiro: consideram-se como bens as dívidas que os clientes que não pagaram (propriedade da empresa)

Quando uma empresa não distribui todo o dinheiro que ganha aos accionistas, o dinheiro fica dentro da empresa como reservas adicionais: a soma dessas reservas acresce ao capital social, essa soma são os capitais próprios

Resultado líquido negativo: o que a empresa tinha ganho durante o ano não dava para pagar as contas, a diferença tinha de vir do dinheiro dos accionistas – se os accionistas não meterem mais dinheiro na empresa, os capitais próprios vão reduzindo capitais próprios negativos: os prejuízos foram tantos que absorveram os capitais dos accionistas – empresas com capitais próprios negativos tem de fechar, a menos que os accionistas metam lá mais dinheiro se, por sucessivos prejuízos, a empresa já absorveu todos os capitais próprios é necessário um aumento de capital

Activo circulante: dinheiro que está no banco e existências (bens que estão em armazém e que podem ser usados no ano seguinte)

Activo fixo: equipamentos e edifícios (bens da empresa)

Passivo corrente: empréstimos de curto prazo

Empréstimos de longo prazo: empréstimos a pagar ao banco e obrigações

Activo e passivo têm de ser iguais

Conta de Demonstração de Resultados (custos contabilísticos) é diferente dos custos económicos da empresa:

Documento é de economia positiva: custo contabilístico para produzir os bens foi X – documento de análise positiva; Conceito económico de custos é um conceito de economia normativa: responde à pergunta “Quais são os custos que a empresa teria de suportar se fosse eficiente?”;

Custo económico é um custo de oportunidade (dinheiro mais tudo aquilo que deixou de se ganhar na aplicação na melhor opção alternativa): no documento contabilístico não estão todos os custos de oportunidade – resultado líquido é o custo de oportunidade dos accionistas? Não: o resultado líquido pode ou não coincidir com o custo de oportunidade do capital o lucro económico é igual ao resultado líquido mais o custo de oportunidade do capital – não sei se o resultado líquido é suficiente para compensar os accionistas por terem colocado o seu dinheiro naquela empresa e não na melhor opção alternativa custo económico é o custo contabilístico + alguma variação de eficiência + custo de oportunidade dos capitais próprios.

Não é por uma empresa ter resultado líquido positivo que podemos ficar descansados: só podemos ficar descansados se o resultado líquido da empresa foi superior ao custo de oportunidade dos accionistas – não basta que deixem de ter prejuízo, deveriam ter um resultado pelo menos igual àquilo que o Estado receberia na melhor aplicação alternativa se o Estado tem uma dívida de 100000000€ e está a pagar juros de 10%, o resultado líquido deveria ser 10% - se uma empresa tem resultado líquido de 0 os accionistas não têm direito a

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nada o objectivo é que a empresa tenha ganhos suficientes para compensar os accionistas

Procura individual e procura de mercadoA PROCURA:

A lei da procura é que à medida que o preço desce, a quantidade procurada de um produto sobe. Mas se o preço de um bem aumenta, mantendo-se tudo o resto constante, os compradores tendem a consumir menos desse bem devido aos efeitos de substituição e rendimento.

Para cada Consumidor há uma curva de procura. Esta traduz a sua disponibilidade para pagar um certo bem o serviço. Ou seja, a Função da procura representa a relação entre o preço de um bem e a quantidade procurada do mesmo mantendo-se tudo o resto constante. Por " tudo o resto" entende-se:

RENDIMENTO MÉDIO: Quando o rendimento das pessoas aumenta a curva desliza para a direita mostrando que as pessoas podem comprar por mais caro e em mais quantidade.

PREFERÊNCIAS: As pessoas só compram aquilo de que gostam

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POPULAÇÃO/ NÚMERO DE CONSUMIDORES: Quanto mais consumidores há mais procura existe.

INFLUÊNCIAS SAZONAIS: EX: Este ano como o Inverno foi mais quente venderam-se menos camisolas de lã do que aquilo que é considerado normal.

PREÇOS DOS BENS RELACIONADOS

O movimento ao longo da curva ( ) significa que o preço se alterou mas que os outros factores se mantiveram constantes.

No entanto se a curva da procura sofre a influencia de algum factor que não o preço então é a quantidade que vai ser afectada.

Quando isto acontece a curva da procura desliza.

A observar as 2 curvas da procura podemos concluir que:

Elasticidade procura preço directa do bem A --> variação proporcional da procura do bem A face a uma variação proporcional do preço do próprio bem AElasticidade procura preço cruzada entre o bem A e o bem B--> Variação proporcional da procura do bem A face a uma variação proporcional do preço do bem B.Elasticidade procura rendimento do bem A --> Variação proporcional da procura do bem A face a uma variação proporcional do rendimento.

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Procura depois de um aumento de rendimento bem inferior

Procura depois de um aumento de preços de bens substitutos do bem representado no gráfico

Procura depois de um aumento de preços de bens complementares do bem representado no gráfico

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Se nós tivermos uma variação de preço de 1% qual é a variação de quantidade? Cria-se assim o conceito de ELASTICIDADE PROCURA PREÇO. Se a elasticidade destes for -0,5% então quando o preço varia 1% a quantidade procurada varia -0,5%. Se o preço variar 2% então a quantidade varia -1% ( -0,5% X 2= -1%)

Assim podemos dizer que quando o negócio não é promissor então a elasticidade procura preço é baixa.

Como reagimos ao aumento da Electricidade/ água/ qualquer bem essencial? Mudamos o nosso dia-a-dia lentamente. A Longo Prazo é que se vê.

É Claro que existem negócios que fazem com que quanto mais consumidores usufruem do seu serviço mais dependência ganham. O telefone é um exemplo disto. O preço pode aumentar mas o consumo não diminui.

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Consoante o Preço de um produto o também a elasticidade procura preço directa vai variar. é possível verificar exactamente isto na tabela abaixo. Quanto mais barato e menos luxuoso o carro é mais elasticidade existe.

Contudo Quando a elasticidade é igual então é porque os bens se substituem. Isto está demonstrado nas tabelas abaixo.

Aqui é possível verificar que nenhum destes carros substitui o outro. Contudo carros como o BMW e o LEXUS não vão deixar de ser consumidos nem substituídos pois se o preço aumentar um pouco pois a elite que pode comprar estes carros tem sempre mais dinheiro de onde o resto veio.

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Nesta tabela é possível verificar que a carne de vaca substitui a carne de frango e vice-versa.

MERCADOS:

Estes são os principais tipos de mercados. Estas diferentes estruturas de mercado resultam da relação entre a procura num mercado e os investimentos e os custos que as empresas devem suportar para estar nesse mercado. Distinguem-se no número de produtores e na diferenciação do produto. A diferenciação do produto é a capacidade do consumidor de gostar mais de um produto. O oposto deste conceito é a Homogeneidade do produto, ou seja, produtos com o mesmo propósito, de produtoras diferentes mas que nada têm que os distinga. E porque se caracterizam os mercados desta forma? Devido ao Grau de controlo da empresa sobre o preço!

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*Concorrência Perfeita --> a procura é suficientemente elevada, face aos investimentos e

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aos custos de exploração das empresas, para que possam existir nesse mercado muitas

empresas. Muito poucos são os mercados ainda funcionam assim ( como o Professor disse " são como o lince da Malcata; são tão poucos que não se sabe se existem mesmo ou não"). Porque não existem mais? Investimento VS Procura. Pela pouca diferença do bem há pouca margem para influenciar o preço.

*Concorrência Monopolística --> Já há mais algum controlo do preço de mercado. CONTUDO é possível que o poder de mercado não estar relacionado com a dimensão. Este é o caso do Sr. Carlos que na sua tasca vende os melhores/ mais gordurentos pregos de Lisboa e que exactamente por isso tem o controlo sobre o preço.

Se os mercados de Concorrência são eficientes o Estado não pode interferir.

* Num oligopólio, a procura permite um número reduzido de empresas.Estas situações podem mudar ao longo do tempo. Por exemplo, durante quase todo o séculoXX admitiu-se que os mercados de serviços telefónicos eram monopólios, pois osinvestimentos necessários para fazer uma rede telefónica eram tão elevados que só havialugar para uma empresa, dada a procura existente. O progresso tecnológico levou a umaalteração e redução dos custos e, em combinação com o crescimento da procura, permitiu oaparecimento de vários empresas concorrentes. A indústria evoluiu para um oligopólio, que éa actual estrutura de mercado.

* Muitas vezes estes mercados são designados como monopólios naturais e quase sempre os monopólios naturais são reconhecidos como tal pelo legislador e são transformados em monopólios legais

O QUE DISTINGUE ESTES MERCADOS?

A economia de mercado é boa se os mercados são de Concorrência. Em princípio isto não acontece no Oligopólio nem o Monopólio. A Europa não é fã de Monopólios pois estes estão associados a dependência e à ideia de servirem para o "príncipe ganhar dinheiro", ou seja, para esfolar o cidadão comum. Disto é exemplo a Companhia da Índias pertencente à Inglaterra.

Contudo é claro que existem monopólios e Oligopólios como é o caso das cimenteiras. Estes chamam-se Monopólios Naturais. Isto porque existe pouca procura para um bem que exige demasiado investimento devido ao elevado nível de tecnologia necessário para o produzir. Assim não é possível estarem no mercado duas ou mais empresas devidamente dimensionadas.

E o que acontece quando há só uma empresa boa? É ela que fica com o Monopólio porque leva as outras à falência?

Na prática, tirando os Monopólios legais, em princípio há concorrência. Pelo menos presume-se que ela existe. E se por acaso se verifica que há empresas a tentar levar as outras à falência entra a Autoridade da Concorrência em acção. Esta vê se e facto as leis da Concorrência estão a ser violadas e aplica sanções (que neste caso são multas). Actua principalmente nos Oligopólios. Pode proibir o que eles estão a fazer? Isso não. Só se de facto verificar que eles violaram gravemente a lei.

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Oferta de cada empresaA essência / formula básica da economia é que o Benefício Marginal é sempre Igual ao Custo Marginal:

Bm = Cm

O papel do custo Marginal:A economia estará a gerar o máximo de produto e de satisfação a partir dos seus recursos escassos de terra, trabalho e capita, somente quando os preços forem iguais aos custos marginais.Quando se chega a este ponto há de facto equilíbrio e eficiência. Contudo esta é apenas a regra geral. Há que olhar para cada caso concreto e esta é a parte difícil. Num mercado de concorrência perfeita há um grande número de empresas e nenhuma delas tem influência significativa sobre o preço. Ou seja, para cada empresa, o preço de mercado é dado.Sendo assim, qual a regra para o estabelecimento de preços?Para cada empresa, como sucede em geral para qualquer agente económico, uma actividade deve ser prosseguida enquanto o benefício que se tem com incrementos dessa actividade for superior aos respectivos custos incrementais.Ex: Homem tem 100 hectares com sobreiros e de 9 em 9 anos tira-lhes a cortiça para a vender. Neste caso o Benefício Marginal corresponde à receita da última unidade(tonelada).

Portanto:Benefício marginal = Custo marginal

Benefício marginal de uma empresa em concorrência perfeita = preço de mercado do bemPreço = Custo marginal

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QUANDO DEVE UMA EMPRESA FECHAR?

Quando o Preço iguala o Custo Marginal então isto quer dizer que o lucro da empresa está maximizado!

O ponto de encerramento corresponde ao momento em que o custo marginal cruza com o preço ( custos variáveis médios). O lucro é nulo quando o preço é igual ao custo médio. Em teoria o preço não sobe nunca acima deste ponto. Isto significaria que o lucro económico é absorvido por novas empresas a dar entrada no mercado. E quando os custos marginais são inferiores custos médios então isto significa que a empresa está a perder dinheiro.

Mas deve parar de produzir por isso? Devemos dinheiro ao banco e aquilo que sobra é pouco. Fará sentido fechar a loja? Todo depende daquilo que vai acontecer depois de a fecharmos! Temos "massa falida" para vender? Quando há custo fixo vale a pena produzir enquanto o dinheiro que recebemos der para pagar as dívidas. É no momento em que isso deixa de acontecer que temos de fechar a loja.

Exemplo do Professor:

Temos uma empresa , cujas receitas, de 203 mil euros, permitem cobrir os salários, os fornecimentos serviços de terceiros e restantes consumos intermédios. Tudo isto somado dá a modica quantia de 200 mil euros. MAS temos um problema; a empresa tem uma dívida de 100 mil euros para pagar com um custo anual de juros de 10 mil euros. Neste caso se a empresa encerrar não tem bens que possam ser vendidos pois as instalações, equipamentos, etc., são alugados.Neste caso, as receitas não cobrem os custos. Mas e se nós não queremos mesmo fechar? Afinal se o fizermos continuamos a ter que pagar 10 mil euros de juros por ano. MAS se continuar no mercado ainda conseguimos 3 mil euros para contribuir para esse encargo com juros.

CONCLUSÃO: A loja permanece aberta!A OFERTA DE MERCADO

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A oferta de Mercado é, para cada preço, a soma da oferta das empresas todas, dado esse preço. A curva da oferta de cada empresa corresponde assim, aos segmentos dos seus custos marginais acima do ponto mínimo da curva de custos variáveis médios. Esta curva sintetiza tecnologia, materiais, técnicas etc.

Da mesma maneira que encontramos a curva de oferta de mercado a partir da curvas de oferta individuais, podemos também determinar a curva da procura de mercado para cade preço pela soma das quantidades procuradas de todos os indivíduos. Tendo derivado as curvas da oferta e as curvas da procura podemos determinar o equilíbrio de mercado

:

O que sucede se num dado momento, o preço que resulta do encontro da oferta e da procura der origem a lucros económicos positivos?

A existência de lucros económicos incentiva a entrada de novas empresas.Com a entrada a curva da oferta desloca-se para a direita: para cada preço, é maior a quantidade oferecida, porque é maior o número de empresas. Vai haver entrada até ao ponto de lucro nulo.

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A longo Prazo todos os custos são variáveis.Num sector constituído por empresas idênticas que podem entrar ou sair do sector livremente, a condição do equilíbrio de longo prazo é de que o preço seja igual ao custo marginal e igual ao custo médio mínimo de longo prazo para todas as empresas idênticas.A livre saída significa que o preço não pode cair abaixo do ponto crítico, a livre entrada significa que o preço não pode exceder o custo médio de longo prazo, no equilíbrio de longo prazo.

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A OFERTA:

A Função da oferta de um bem mostra a relação entre o seu preço de mercado e a quantidade desse bem que os produtores estão dispostos a consumir ou a vender mantendo-se tudo o resto constante.

Quando

Quando há alterações noutros factores que não o preço do bem, estas afectam a quantidade oferecida. Designamos estas alterações como deslocações da oferta. A oferta aumenta quando a quantidade oferecida aumenta para cada preço do mercado. O movimento ao longo da curva ( ) significa que o preço se alterou mas que os outros factores se mantiveram constantes. Estes factores podem ser:

O PREÇO DOS FACTORES DE PRODUÇÃO: Se o preço de um factor de produção aumenta a oferta diminui. Se o preço diminui a oferta aumenta.PREÇOS DE BENS RELACIONADOS: Se dois bens são substitutos na produção (numa mesma empresa) se o preço de um aumenta a oferta do outro diminui. Se dois bens são complementos na produção (numa mesma empresa), se o preço de um aumenta a oferta do outro aumenta também.NÚMERO DE PRODUTORES: Se o número de produtores aumenta a oferta de mercadoaumenta. Se o número de produtores diminui a oferta de mercado diminui.

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TECNOLOGIA: Se há progresso tecnológico na produção de um dado bem, a sua oferta aumenta.POLÍTICAS DO GOVERNOINFLUÊNCIAS ESPECIAIS

O EQUILÍBRIO DE MERCADO:

Tendo derivado as curvas da oferta e as curvas da procura podemos então determinar o equilíbrio de mercado. O equilíbrio de mercado ocorre quando o Benefício Marginal é igual ao custo marginal, ou seja, no preço a que a quantidade procurada é igual à oferecida. Neste equilíbrio não há tendência para que o preço suba ou desça. Para este equilíbrio continuar quando É neste ponto que se atinge Equilíbrio e Eficiência. Contudo é preciso ter em atenção que isto só acontece em concorrência perfeita.

Este ponto representa o equilíbrio de mercado. Qualquer actividade que se encontre neste ponto é considerada eficiente.O que sucede se num dado momento, o preço que resulta do encontro da oferta e da procura der origem a lucros económicos positivos? A existência de lucros económicos incentiva a

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Ofertadepois de uma descidado preço da matéria-prima

Excesso

Escassez

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entrada de novas empresas. Com a entrada a curva da oferta desloca-se para a direita pois para cada preço, é maior a quantidade oferecida, porque é maior o número de empresas. Vai haver entrada até ao ponto de lucro nulo.

Exemplo: Como é que a entrada das mulheres no mercado de trabalho influenciou o aumento da obesidade no Ocidente?

"O aumento da obesidade nos países ocidentais nos últimos 30 a 40 anos é um problema de saúde pública. Um das razões mais conhecida é que tal se deve a uma mudança na economia: aumentou o emprego nos serviços, que exigem menor esforço físico e menor consumo de calorias e, além disso, na agricultura e na indústria a mecanização e a automatização reduziram o esforço físico exigido aos que nelas trabalhavam. Admitindo tudo o resto constante, podemos dizer que a procura de calorias se reduziu. No entanto, é provável que a procura se não tenha reduzido porque se modificaram as preferências e os hábitos alimentares no sentido do consumo de mais calorias.Houve também um aumento significativo da oferta de calorias, por alterações tecnológicas, que reduziram substancialmente o tempo necessário em cada família para preparar uma refeição: “fast food”, alimentos congelados ou pré preparados, etc.Mas estas alterações tecnológicas na oferta de calorias foram induzidas por alterações no mercado de trabalho. O aumento de participação das mulheres, no mercado de trabalho aumentou substancialmente o custo de oportunidade de preparação das refeições em casa. Assim, houve uma procura de tecnologias (equipamentos, formas de preparar refeições) quepermitisse reduzir o tempo de trabalho em casa. O desenvolvimento de tecnologias de preparação de refeições mais rápidas correspondeu a essa procura e permitiu compensar esse aumento dos custos de oportunidade de preparação de refeições

RESUMINDO:

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O MONOPÓLIO:

O Monopólio no seu caso mais extremo inclui um só vendedor com controlo total sobre um ramo de autoridade.

MONOPÓLIO NATURAL:

Monopólio natural não significa que uma indústria é um monopólio mas que o deve serpois a utilização mais eficiente de recursos ,ou seja, a obtenção dos mesmos com um custo mínimo, só é possível quando existe uma única empresa no mercado.Os Monopólios só foram aceites na revolução industrial.Por vezes estes Monopólios Naturais são protegidos pelo Estado que os torna em monopólios legais para obter receitas em determinadas actividades ou para garantir que determinados objectivos são prosseguidos como sucedeu nalgumas épocas com os correios ou com os caminhos-de-ferro.A criação de monopólios legais surge geralmente no Ocidente em indústrias como as telecomunicações, a electricidade, o tratamento e a distribuição de água, etc.RECEITA TOTAL E RECEITA MARIGINAL:

Preço que os consumidores estão dispostos a pagar. Os consumidores são de facto o Limite do mercado monopolístico. São as suas reacções à qualidade e aos preços que ditam os mesmos

Quantidade X Preço = Receita Total

Qual o nível de produção que o monopólio deverá fixarO preço e a quantidade que maximizam o lucro de um monopolista ocorrem quando a receita iguala o custo marginal

RECEITA MARGINAL:

A elasticidade preço da procura mede a variação da quantidade procurada de um bem quando o seu preço varia. A definição precisa é a variação percentual da quantidade procurada dividida pela variação percentual do preço. O poder do monopolista é tanto menor quanto

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X =

- Para encontrar a receita Marginal de 4 unidades de um produto temos de subtrair a receita total de 3 unidade à de 4 ( 880-720= 160) . Ou seja, a receita marginal é a variação da receita gerada pela venda de uma unidade adicional. Pode ser positiva ou negativa. Se for negativa isto quer dizer que para vender mais uma unidade adicional a empresa tem de diminuir o preço na unidades anteriores para a receita total diminuir

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maior for a reacção dos consumidores face ao preço do bem em causa: elasticidade – limite intuitivo ao poder do monopolista:

Qual o valor da receita marginal quando a procura é:

Elástica --> Quando responde fortemente às variações de preço. Normalmente aplica-se a bens de luxo e bens Substitutos. Quando o preço varia 1% a Procura varia mais de 1%

Rígida--> Quando responde fracamente às variações de preço Normalmente aplica-se a bens de 1ªa necessidade. Quando o preço varia 1% a procura varia menos de 1 %

de elasticidade unitária. Quando o preço varia 1% a procura varia também 1%. receita marginal é igual a zero

O QUE É A MAXIMIZAÇÃO DE LUCRO? E A DE RECEITAS?

Maximização do lucro: quando o benefício marginal é igual ao custo marginal – para uma empresa em concorrência perfeita, a receita marginal é igual ao preço (empresa em concorrência perfeita produz até que o preço seja igual ao custo marginal) problema do monopólio: contracção do consumo – se o monopólio estivesse em concorrência produzia mais do ponto de vista da sociedade vale a pena produzir um bem a 90€ ao qual atribuímos um valor de 155€ - monopólio induz a contracção do consumo para maximizar o lucro, deixam de ser produzidas unidades às quais a sociedade atribui um valor superior ao custo adicional da sua produção; se obrigarmos a empresa a entrar em concorrência perfeita, obrigamo-la a perder dinheiro uma vez que vai ter menos lucro e, porventura, falir;

Maximização da receita: ponto máximo da receita total.

PORTANTO QUAL É O GRANDE PROBLEMA DO MONOPÓLIO?

A contracção do mesmo! O monopolista vai até à 6ªa unidade pois é esta a unidade que lhe vai dar mais lucro. Em concorrência ele iria até à nona. Valeria a pena fazê-lo mas ele contrai a produção para que haja menos maximizando assim o seu lucro.

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DISCRIMINAÇÃO DE PREÇOS:

Modelo de negócio em que o mesmo bem é vendido a preços diferentes a diferentes consumidores. Em concorrência perfeita uma empresa não pode ter comportamentos deste tipo porque toma os preços como um dado.

Ex: Viagens de NegóciosPara as pessoas com rendimentos elevados o custo de oportunidade do tempo é também elevado daí marcarem as viagens de negócios à última da hora. Por isso as empresas de aviação extraem o máximo que o cliente pode pagar subindo o preço do bilhete de avião à medida que se aproxima a data de partida deste. Fazem isto pois têm o Monopólio. Mas se as pessoas têm um rendimento baixo têm mais tempo livre e mais tempo para planear a sua viagem. Compram por isso um bilhete mais barato pois o compram com 6 meses de antecedência.

Ex. 2:Admita que uma empresa com uma empresa de recolha de lixos, sabe que tem dois grupos de clientes:

Os que estão dispostos a pagar anualmente um valor máximo e €900 pelo serviço, grupo com um total de 10 mil pessoas

Os que estão dispostos a pagar anualmente um valor máximo de €250 pelo serviço, grupo com um total de 40 mil pessoas

Admitindo que os seus custos anuais são de €7 milhões, o que deve fazer para maximizar o lucro?

Receita 1: 900 x 10000 = 9000000Receita 2 : 250 x ( 40000 + 10000) = 12500000

Custo : 7000000

Lucro 1: 9000000 - 7000000 = 2000000Lucro 2: 12500000 - 7000000 = 5500000 €

Resposta: Deve por toda a gente a pagar 250 € pelo serviço para assim Maximizar o seu lucro pois as pessoas dispostas a pagar o preço mais caro pagarão sempre o mais barato também

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logo é mais lucrativo ter 50000 a pagar 250€ pelo serviço do que apenas 10000 a pagar 900€ pelo mesmo.

Esta é exactamente a mesma lógica do cartão cliente do continente e dos seus cupões. este pratica preços diferentes em termos de disponibilidade das pessoas para pagar. Não é de facto Boa vontade mas sim uma forma de discriminação de preço. É uma forma de descobrir quem são os ricos e os pobre.É no entanto preciso ter em atenção que isto não acontece nos transportes. Estes têm preços diferentes por imposição do Estado.

PROBLEMA: INEFICIÊNCIA

Então será que os Monopólios são ineficientes?

No monopólio ninguém conhece níveis absolutos de eficiência mas as empresas conhecem as possibilidades de aumentar e reduzir a eficiência. No entanto, sendo mais reduzida a ameaça de falência a procura de lucro é um incentivo suficiente para o aumento da eficiência?Enquanto uma empresa em concorrência não tem alternativa em controlar custos, uma empresa que tenha algum poder de monopólio simplesmente não os controla.

O Governo admite que de facto existem factores de produção que estão a ganhar mais do que a remuneração normal de mercado. este é o exemplo da EDP. Será que estas grandes empresas não pagam mais do que devem aos seus factores de produção?

Para uma empresa ser eficiente e ter os custos tão baixos quanto possível deve pagar o mínimo necessário aos seus factores de produção – muitas destas grandes empresas têm ou podem ter um custo adicional para a sociedade. A lógica destas empresas é "Para quê controlar custos se os custos vão ser pagos por alguém?"

Estas empresas são geridas por gestores e os interesses destes não são os mesmos que os interesses dos accionistas. a partir do momento em que os gestores têm objectivos próprios, é um descanso aliviar o controlo de custos. Os que não têm alternativa ou são gestores de uma empresa ferozmente supervisionada pelos accionistas ou de uma empresa em concorrência

O OLIGOPÓLIO:

Uma empresa em oligopólio tem poder de mercado?_ Depende da intensidade da concorrência entre as empresas.

As empresas operam de forma cooperativa quando tentam minimizar a competição. As empresas formas um concluio quando num oligopólio cooperam entre si( não pode ser formal devido a leis anti-trust. Quando se concluem, a quantidade, o preço e o lucro são os de monopólio.

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ENTRE OS PREÇOS DE MONOPÓLIO E OS PREÇOS DE CONCORRÊNCIA:

Num mercado em que todos os oligopolistas tenham produtos idênticos, a capacidade de influenciar o preço que cada um tem deriva da sua dimensão. A acção individual de cada empresa, as suas decisões de preços ou de quantidades, influenciam tanto o preço de mercado como as condições de mercado dos outros concorrentes.

TEORIA DOS JOGOS

A economia da incerteza analisa o impacto de muitas incertezas inerentes à vida económica. A Teoria dos Jogos analisa aspectos da vida económica que envolvem o negativo, negociação e estratégia. Ela analisa a forma como 2 ou mais jogadores( empresas) escolhem as estratégias que conjuntamente afectam todos os participantes.

Existem 3 tipo de Jogo: Jogos Simultâneos ( Cada jogador decide a sua jogada sem conhecer a jogada do

outro) Jogos de uma só Jogada Jogos repetidos em que ninguém conhece a data do seu final

Dentro do jogo temos: Aqueles que tomam as decisões( jogadores) As decisões dos mesmos ( estratégias) Os lucros/ predas resultantes das mesmas ( resultados)

" Cada empresa escolhe para si o melhor". é devido a esta ideia que se pode dizer que nós temos comida na mesa não graças à boa vontade mas sim ao egoísmo e ganância dos produtores que querem lucrar. Pode escolher entre cobrar o seu preço normal ou descer o preço abaixo dos custos marginais e tentar levar a sua rival à falência e conquistar a totalidade do mercado.

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Devido a esta grande margem é impossível prever os preços de um oligopólio. Em concorrência perfeita é possível.

Esta é a Melhor estratégia para as duas. Mas as empresas querem " tramar-se" umas às outras...

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A Amazing Lucrará mais se seguir o preço normal, independentemente da Novo Livro. A Novo Livro não tem estratégia dominante e assim jogará com o preço normal.

A Estratégia dominante é a estratégia que, para um jogador, é a melhor independentemente das estratégias dos outros jogadores.O Equilíbrio de Nash traduz a ideia de um par de estratégias em que nenhum jogador pode melhorar o seu resultado dada a estratégia do outro. É um equilíbrio não cooperativo porque cada um escolhe a estratégia que é melhor para si, sem conluio ou cooperação e sem atender ao que é melhor para o outro.

O Dilema dos Prisioneiros

Prisioneiro BConfessa Não Confessa

Prisioneiro A Confessa 5 anos, 5 anos 3 meses, 10 anosNão confessa 10 anos, 3 meses 1 ano, um ano

Compensa mais ao B confessar pois é muito melhor apanhar 5 anos do que 10. Para A o mesmo acontece. No entanto se eles fizessem uma coligação, nenhum condessava e apanhava os dois só1 ano...

As Coligações/ Cartéis eram comuns no Estado novo. Elas garantem o lucro máximo para ambas as partes. Novamente, não tem nada que ver com boa-fé. De facto, em economia, as pessoas Bem-intencionadas são consideradas metediças ( Ex: Estado) O facto de quererem influenciar o mercado para resolver os problemas do mundo faz com que se tornem ditadores.

QUAIS OS FACTORES QUE INFLUENCIAM A FEITORA DE UMA COLIGAÇÃO?

"Quando irá o jogo acabar?" Quando um jogo se repete indefinidamente faz com que os jogadores arranjem estratégias de cooperação

" Querem ganho imediato ou Gradual?" Somos egoístas e subimos os preços para termos um lucro imediato podendo sofrer consequências devido à reacção dos outros jogadores OU Continuamos a cooperação lucrando gradualmente? Depende do que a expectativa diz.

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Ambas Perdem

2€ - vende mais mas com prejuízo...

5€ - Lucro = 10

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" Conseguimos prever a jogada seguinte do nosso adversário?" tudo o resto constante, será sempre mais fácil haver estratégias de cooperação em matérias de preços.

Factores sociais

INCERTEZAS E RISCO:

A economia da incerteza analisa o impacto de muitos incentivos inerentes à vida económica.

A Incerteza e o risco não são defeito do funcionamento dos mercados. Mas estão lá e têm de ser resolvidos ou então entra o estado em acção.

No Domínio da Incerteza temos a especulação e o Rico e Incerteza.

A especulação envolve a compra e venda de produtos de maneia a lucrar com as flutuações dos preços :

o Ao longo do tempo: quando se compra hoje barato para se vender caro amanhã – lucrar com flutuações de preços ao longo do tempo é uma forma de tentar lucrar com o risco e com a incerteza, actividade através da qual se tenta lucrar com a incerteza e com o risco a longo prazo porque não sabemos se o preço vai subir ou descer;

o Entre mercados geográficos diferentes: compro onde é barato e vendo onde é caro – no mercado A a última unidade está valorizada em 2€, no mercado B a última unidade está valorizada em 4€ alguém repara que, se quiser ganhar dinheiro, está num sítio em que a sociedade A valoriza a segunda unidade em 2€ e a sociedade B valoriza-a em 3€ compensa fazer a transferência de bens entre mercados até que os preços sejam iguais – nos mercados financeiros fazemos isto porque temos uma acção e esperamos que o seu preço aumente; actividade especuladora é uma actividade socialmente útil porque corresponde à transferência de bens de mercados de onde eles têm menos valor para os mercados onde eles têm mais valor.

Quanto ao Risco e Incerteza, é aí que entram os mercados de seguros. A vida dos seguros em Portugal começou com uma iniciativa da “sociedade civil” mas rapidamente aparece muito intervencionada pelo Rei/ Estado devido a:

o Risco moral: A batota – há risco moral quando o comportamento do segurado se altera pelo facto de haver risco, tornando a catástrofe mais provável;

o Selecção adversa: a probabilidade de acidente não é igual para todos, aqueles que tinham mais cuidado subsidiam os outros – há no mercado de seguros um mecanismo de selecção que é adverso ao seu próprio funcionamento leva à exclusão dos segurados que têm mais cuidado com o bem e para quem a probabilidade de catástrofe é mais pequena – exclusão progressiva de quase toda a gente do mercado;

o Interdependência de riscos: há riscos que quando se concretizam para um, concretizam-se para toda a gente – não há nenhuma companhia de seguros que esteja disposta a cobrir toda a população face ao risco de uma doença

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contagiosa pelo facto de uma pessoa contrair a respectiva doença, a probabilidade sobe para todas as outras pessoas

COMO NOS PODEMOS DEFENDER DAS COMPANHIAS DE SEGUROS?

Selecção adversa: temos portanto de saber que as companhias de seguros nos vendem apólices que nos protejam de forma eficiente contra determinados riscos (saúde, desemprego, morte, etc.) – companhias de seguros não conseguem distinguir os riscos associados às diferentes partes da população, pelo que há pessoas que não querem ser seguradas por um determinado preço e, como consequência de saírem do seguro, a apólice sobe para quem continua a estar segurado companhias de seguros não fornecem seguros que protejam toda a gente, mas é impossível protegerem-se conta isso: do ponto de vista económico, demonstra-se que os mercados de seguros não fornecem um nível eficiente de protecção contra o risco quando há selecção adversa

Protecção contra o risco de seguro: acontecimentos incertos, companhia de seguros ganha dinheiro pelo facto de proteger toda a gente em cada ano mas em cada ano só uma pequena parte da população é que é de facto afectada – é um mecanismo para distribuir riscos por toda a população e não apenas de proteger cada um contra o risco conhecer melhor o risco, ajuda a companhia a adaptar o prémio à pessoa em questão – companhia calcula o prémio do seguro de acordo como risco da pessoa e do risco da população mecanismos de partilha de riscos por toda a população

Momento de crise: argumento para a redução dos subsídios de desemprego e a redução do tempo durante o qual as pessoas recebem subsídio é para evitar o risco moral – para evitar problemas como pessoas que não estão a trabalhar porque estão a receber subsídio de desemprego tomam-se estas medidas

Intervenção do Estado: Estado transforma-se em companhia de seguros – todos os trabalhadores por conta de outrem descontam para o fundo de desemprego, gerido pelo Estado Estado português não regulou o mercado de seguros, mas criou o fundo de desemprego – dentro do fundo de desemprego, o Estado tem uma função redistributiva; todos os trabalhadores descontam uma parte para o SNS, que lhes paga o tratamento em caso de doença – protecção contra o risco de doença é assegurada pelo SNS

Protecção contra o risco: questão com a qual o mercado não lida bem, requer intervenção do Estado – é necessária uma intervenção do Estado não por causa dos pobres nem dos desempregados, nem para as pessoas com muito dinheiro este mercado não funciona bem sociedade não protege convenientemente as pessoas contra certos riscos – não podemos confiar no mecanismo de mercado para resolver de forma eficiente e integralmente

As atitudes de cada um de nós em relação ao risco variam por vezes variam também em função do rendimento que está em causa. A hipótese mais comum que se coloca é que as

Maria Ermida Introdução à economia

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pessoas têm aversão ao risco um lavrador não sabe o preço a que vai vender o alqueire de trigo, preço esperado = 0,5x3€/alqueire+0,5x5€/alqueire= 4€ espera receber 4, mas pode receber 3 como 5 – quando dizemos que alguém é avesso ao risco, significa que prefere receber 4€ com certeza do que ter 50% de probabilidade de receber 3€ ou 5€ - quem tenha preferência pelo risco actua ao contrário, quem seja indiferente ao risco não está importado com a quantidade recebida

Utilidade marginal decrescente: pessoas são avessas ao risco – embora admitamos isto, na nossa vida corrente, apesar de a maior parte das pessoas serem avessas ao risco, temos comportamentos em que demonstramos preferência pelo risco

nossa vida corrente, apesar de a maior parte das pessoas serem avessas ao risco, temos comportamentos em que demonstramos preferência pelo risco

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