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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL “MANOEL GUEDES” Escola Técnica “Dr. Gualter Nunes” Curso de Habilitação Profissional de Técnico em Enfermagem Introdução à Informática e a Pesquisa Científica MÓDULO I Tatuí-SP

Introdução à Informática e a Pesquisa Científica · FUNDAÇÃO EDUCACIONAL “MANOEL GUEDES” Escola Técnica “Dr. Gualter Nunes” Curso de Habilitação Profissional de

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL “MANOEL GUEDES”

Escola Técnica “Dr. Gualter Nunes”

Curso de Habilitação Profissional de Técnico em Enfermagem

Introdução à Informática e a Pesquisa Científica

MÓDULO I

Tatuí-SP

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Sumário 1. História da Informática ................................................................................................................. 2 2. Hardware ........................................................................................................................................ 4

2.1. Unidades Periféricas ............................................................................................................. 4

2.2. Estrutura interna e externa de um computador ................................................................ 4 3. Windows ......................................................................................................................................... 5

3.1. Iniciando o Windows ............................................................................................................. 5

3.2. Entendendo as janelas do Windows .................................................................................. 6

3.4. Word Pad ................................................................................................................................ 8 3.5. Paint ......................................................................................................................................... 8

4. Microsoft Word .............................................................................................................................. 8

4.1. Inserir Texto ............................................................................................................................ 8 4.2. Trabalhando com documentos .......................................................................................... 10

4.3. Formatando textos............................................................................................................... 10 5. Microsoft Power Point ................................................................................................................... 11

5.1. Diretrizes para apresentação de slides ............................................................................ 12

5.2. Tipos de Layouts para formatar Slides ............................................................................ 12 5.3. As barras de Ferramentas ................................................................................................. 13

5.4. Clip-art ................................................................................................................................... 13

5.5. Organograma ....................................................................................................................... 13 5.6. Gráfico ................................................................................................................................... 14

5.7. Efeitos de Animação ........................................................................................................... 14 5.8. Modo de Exibição do PowerPoint ..................................................................................... 14

6. INTERNET .................................................................................................................................... 15

6.1. O que é Internet ................................................................................................................... 15 6.2. Funcionamento .................................................................................................................... 15

6.3. Browser ................................................................................................................................. 16

6.4. Site e Home Page ............................................................................................................... 16 6.5. E-MAIL................................................................................................................................... 16

6.6. Internet Explorer .................................................................................................................. 17 6.7. Protegendo seu sistema de vírus de computador .......................................................... 19

7. INFORMÁTICA EM ENFERMAGEM ........................................................................................ 20

7.1. Histórico ................................................................................................................................ 20

7.2. Definição ............................................................................................................................... 21 7.3. Aplicações da Informática na Enfermagem .................................................................... 22

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1. História da Informática

Num passado não muito distante, falar em computadores, viagens espaciais, videoconferência, era assunto de ficção científica. Hoje, a informática faz parte de nosso dia-a-dia. Desde o simples fato de sacar dinheiro num caixa automático, até a rotina de receber em casa pelo correio uma conta de luz ou extrato bancário, sentimos que o computador já faz parte definitivamente de nossas vidas. Você conseguiria imaginar o mundo de hoje sem computador? Como seria possível controlar o trânsito dos trens de metrô, as chamadas telefônicas, as contas correntes dos clientes dos grandes bancos, o consumo de luz, água, gás, impostos de uma cidade do tamanho de São Paulo ou Rio de Janeiro? O computador está presente hoje em praticamente todos os setores da atividade humana: hotéis, lojas, supermercados, fábricas, escolas, bancos, escritórios, hospitais, e principalmente dentro de casa. Já encontramos programas, mouses e até o próprio computador à venda em inúmeras lojas, supermercados e magazines. As bancas de jornal contam hoje com mais de uma dezena de publicações especializadas em informática. A Informática é uma ciência muito nova em relação a tantas outras muito mais antigas. É o avanço das pesquisas em informática que possibilita o aprimoramento dos equipamentos usados, a criação de novas linguagens de programação, novos métodos de armazenamento de informações, novas técnicas de transmissão de dados. Quando falamos ou ouvimos falar na palavra informática associamos de imediato a palavra computador. Esta associação tem razão de ser já que foram, sem dúvida, os progressos realizados no domínio dos computadores que estiveram na base do desenvolvimento de uma nova ciência a Cibernética, ciência esta que se definiu como a ciência que investiga as leis gerais da informação.

Informática = Informação automática

Histórico A primeira maneira que os seres humanos encontraram para mostrar que quantidades estavam se referindo foi o uso dos dedos das mãos. Através dos tempos, as mãos foram sendo substituídas por equipamentos mais sofisticados, mas a palavra em latim para dedo, digitus, sobrevive até hoje, tanto na palavra dígito – um algarismo – quanto no verbo digitar – escrever com os dedos (Sendo que seu verbo gêmeo, datilografar, vem da mesma palavra para dedo, só que a grega – datilos). O dez dedos também são a origens do sistema numérico com base decimal. O que é um computador? Até meados do século 19, um computador não era uma máquina, mas uma pessoa, que tinha a função de fazer contas e arbitrar conflitos que evolvessem números.

A origem da palavra computar é muito antiga e começa com o latim putare, fixar quantidades, de onde derivam palavras como disputar, reputar e imputar. No século 17 os franceses criaram o verbo computer com o sentido de calcular, mas foram os ingleses que transformaram o verbo no substantivo para designar as primitivas máquinas que hoje chamamos de calculadoras. A aplicação do termo ao moderno computador só aconteceria a partir de 1944, quando o jornal inglês London Times publicou uma então delirante matéria sobre alguns equipamentos inteligentes que no futuro poderiam vir a substituir o esforço humano. O Times chamou uma hipotética máquina pensante de computador. Então o que é o Computador? Computador é o aparelho que usamos para fazer o tratamento da Informação. Podemos chamar este tratamento da informação também como processamento de dados. Ou seja, a atividade de mudar ou transformar as informações. Assim: COMPUTADOR É UM APARELHO USADO PARA PROCESSAR DADOS OU INFORMAÇÕES. O termo “computador” significa fazer cálculos, contar, ou seja, efetuar uma operação aritmética.

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Um dos primeiros inventos do homem para auxiliá-lo nos cálculos foi o ábaco, isto há mais de 2500 anos. O ábaco consistia em um conjunto de fios paralelos, montados em molduras de madeira. Cada fio continha um conjunto de contas ou pedras. Após o ábaco, surgiram a régua de cálculo e a máquina de calcular mecânica inventada por Blaise Pascal em 1642, em Rouen, na França. Esta máquina só realizava a operação de somar. Em 1820, C.X. Thomas aperfeiçoou a máquina de Pascal, fazendo com que esta fosse capaz de efetuar as quatro operações. Até agora, tratamos apenas de máquinas que realizam uma operação depois da outra, independentemente. O precursor dos modernos computadores eletrônicos digitais foi projetado pelo inglês Charles Babbage, em 1833. Essa máquina, ainda mecânica, era constituída de unidades de controle de memória aritmética e de entrada e saída. Quem inventou o computador? O computador é uma invenção sem inventor, foi sempre um aperfeiçoamento constante de idéias anteriores. O que ainda estava faltando para o computador computar? Uma guerra, talvez. Apesar de serem um dos maiores contra-sensos da humanidade, as guerras têm sido uma espécie de dínamo tecnológico: novidades que demorariam anos para surgir em tempos de paz acabam sendo antecipadas pela urgência da vitória (ou o pavor da derrota). Foi durante a Segunda Guerra Mundial (1938/1945) que a ciência da computação deu seu salto definitivo. Quando apareceu o primeiro computador moderno? Vários renomados pesquisadores passaram anos disputando a primazia de ter sido o criador. Um deles foi o alemão Konrad Zuse, que aparentemente construiu em 1941 o primeiro computador eletro-mecânico, o Z1, que foi destruído em um bombardeio dos aliados sobre Berlim, em 1944. Uma ampla e muito bem-feita campanha promocional talvez explique por que hoje se acredita que o primeiro computador tenha sido uma máquina americana, o ENIAC. O ENIAC é de quando? Foi ligado na tomada em 1946. Era uma geringonça que funcionava usando 17480 válvulas de rádio, pesava 4 toneladas, media incríveis 30 metros de comprimento por 3 de altura. Ocupava uma área de 180 m2, e era capaz de 5 mil somas por segundo. Foi construído por dois cientistas da Universidade da Pensylvania, nos Estados Unidos, e seu nome vem das letras iniciais de Eletronic Numerical Integrator And Computer – Integrador e Computador Numérico-Eletrônico. Seu desenvolvimento foi financiado pelas Forças Armada americanas, a um custo, na época, de 500 mil dólares, o que hoje corresponderia a uns 30 milhões de dólares.

O Bit e o Byte O computador “entende” impulsos elétricos, positivos ou negativos, que são representados por 1 e 0, respectivamente. A cada impulso elétrico, damos o nome de Bit (Bit deriva da abreviatura de BINARY DIGIT). Um conjunto de oito bits reunidos como uma única unidade forma um Byte. Para computadores, poder representar 256 números binários é suficiente; por isso, os bytes têm oito bits. Se “ligarmos” todos os bits (1), termos o número decimal 255, desta forma, na faixa entre 0 e 255 temos 256 símbolos. Os bytes, compostos por oito bits, representam todos os sinais, todas as letras (maiúsculas e minúsculas), sinais de pontuação, acentos, sinais especiais e até mesmo sinais que não podemos ver, mas que servem para comandar a máquina e são enviados pelo teclado. Foram criados vários termos para um melhor entendimento da capacidade de armazenamento de dados dos computadores. São eles: 1 BYTE 8 BITS

1 KILOBYTE ou KBYTE 1024 BYTES 1 MEGABYTE ou MBYTE 1024 KBYTES 1 GIGABYTE ou GBYTE 1024 MBYTES 1 TERABYTE ou TBYTE 1024 GBYTES

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2. Hardware

Hardware pode ser definido como sendo um conjunto de equipamentos que integram o computador como placas, drives, monitor, equipamentos periféricos como impressoras, scanner, etc.

2.1. Unidades Periféricas

As unidades periféricas são as unidades de entrada ou saída, capazes de fornecer dados ao computador e de emitir os resultados aos usuários. Em informática, dá-se o nome de periférico a todo o elemento que permite a comunicação do computador com o mundo exterior.

A unidade de entrada - (INPUT) é por onde o computador obtém os dados a serem processados. Sua função é fazer a interface do computador com o usuário, possibilitando o acesso ou armazenamento de informações. Exemplos: teclado, mouse, etc. A unidade de saída - (OUTPUT) é o meio por onde o computador nos apresenta os dados resultantes do processamento. A sua função é apresentar os dados resultantes, gerando imagens, sons e relatórios. Exemplos: monitor, impressora, etc.

2.2. Estrutura interna e externa de um computador

Estrutura Interna Entre os seus principais componentes destacamos o processador, memória RAM e memória ROM e placa-mãe.

Processador Processador é o principal componente de um computador. Diríamos que ele seria o “cérebro” da máquina. É ele que executa todas as operações do computador. Mas claro que necessita trabalhar em conjunto com outros dispositivos para dar “vida” ao computador. Memória A memória pode ser considerada o motor do computador, quanto mais memória, melhor será o desempenho. O principal item responsável pela velocidade do sistema é o processador. Quando há bastante espaço livre, o processador mantém diretamente na RAM o máximo de informações de que necessita, economizando o tempo de localizá-las no disco.

Memória RAM (Random Acess Memory – Memória de Acesso Aleatório) São memórias destinadas à leitura e gravação de dados. Estas memórias não são permanentes, pois o seu conteúdo é perdido quando desligamos o computador, é por isso que normalmente se costuma gravar os dados e instruções em discos para a sua posterior utilização.

Memória ROM (Read Only Memory – Memória Apenas de Leitura) São memórias permanentes, cujo conteúdo é gravado na fábrica e não pode ser alterado, apenas lido. Geralmente são utilizadas para guardar o programa que instrui a máquina a operar, a chamada BIOS. É a BIOS que identifica o computador e configura como ele irá trabalhar (o seu conteúdo nunca é perdido mesmo quando se desliga o computador).

Placa-Mãe É a principal placa de circuitos do micro. Nela ficam o processador e a memória. As outras placas do sistema, como as que controlam os discos e o monitor de vídeo, são encaixadas na placa-mãe.

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Slots de Expansão São conectores localizados na placa principal (Placa-Mãe), nos quais se podem acoplar novos circuitos ao sistema, como placa de som, placa de fax ou controladora de scanner.

Estrutura Externa O computador inclui uma variedade de componentes de hardware. Um dos mais importantes é a unidade de sistemas. Ela abriga a unidade central de processamento, ou CPU, que é o cérebro do computador.

Outro componente de hardware do computador é parecido com uma tv. Ele é chamado de monitor. O texto e as imagens gerados por seu computador são exibidos na tela. Você se comunica com o computador utilizando um entre dois dispositivos.

Você pode digitar informações e instruções no computador utilizando um teclado, parecido com um conjunto de teclas de máquina de escrever.

Também é possível utilizar um dispositivo apontador, como um mouse, para selecionar e mover itens exibidos na tela do monitor.

Impressoras, alto-falantes, scanner e modens são exemplos de hardware. Um pouco mais sobre: a) Teclado A área principal de digitação do teclado lembra as teclas de uma máquina de escrever padrão. Outra parte do teclado é chamada teclado numérico. Nem todos os teclados têm um teclado numérico. Logo acima temos as chamadas teclas de função (F1, F2,...F12). Elas são utilizadas para executar rapidamente tarefas específicas no software (programa) aplicativo. O teclado tem outras teclas especiais que executam funções específicas. Por exemplo, a tecla ESC (escape) às vezes pode ser utilizada para interromper uma tarefa. Você pode utilizar a tecla ALT e a tecla CTRL (Control) sozinhas ou em combinações com outras tarefas para executar atalhos de teclado. b) Mouse O mouse controla um ponteiro que identifica sua localização na tela. Pense no mouse como uma extensão de sua mão. Quando você move o mouse sobre a mesa, ponteiro também se move. Alguns objetos se alteram quando seu ponteiro passa sobre eles. Você pode selecionar e mover itens em sua tela trabalhando com um dos botões do mouse. A primeira ação que você irá aprender é chamar clicar. Clicar significa pressionar e soltar um botão do mouse uma vez. O resultado desta ação varia do software que você está utilizando e do botão que você clica. Você também pode clicar duas vezes, que significa pressionar e soltar o botão esquerdo do mouse duas vezes em uma seqüência rápida. Outra ação utilizando o botão esquerdo do mouse é mover itens na tela arrastando-os.

3. Windows

3.1. Iniciando o Windows

Assim que você ligar o computador, o Windows aparecerá na sua tela. O Windows 98 vem com uma área verde monótono. Para tornar sua tela mais alegre, você pode cobri-la com figuras (papel

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de parede). Cada versão do Windows desde o Windows 95 tem mais ou menos a mesma aparência. Não é assim com o Windows XP, que mostra visual novo: Área de trabalho O tedioso mar de azul e verde que geralmente cobrem a área de trabalho deu lugar a uma imagem mais movimentada. Note, também, que a área de trabalho está quase totalmente livre de ícones, com a única exceção da Lixeira. As barras de tarefas A barra de tarefas tem a aparência e o funcionamento mais ou menos iguais, mas com algumas pequenas atualizações razoáveis. Primeiro, a área a direita do relógio – a área de notificação, com é chamada – agora vem com a habilidade de ocultar quaisquer ícones que não são usados algum tempo, ale, disso, a barra de tarefa pode ser “bloqueada” no lugar, o que deveria ajudar a prevenir os redimensionamentos e os movimentos acidentais que atormentam os usuários. Finalmente, a barra de tarefa agora também é inteligente o suficiente para combinar botões similares de programa em um único botão, o que ajuda a reduzir a poluição visual na barra de tarefas.

A nova área de trabalho do Windows XP

Principais componentes da área de trabalho (Windows 98) Meu Computador: Dê um duplo click no ícone Meu Computador para percorrer o conteúdo do seu computador ou descobrir informações sobre as unidades de discos, equipamentos (mouse, modem, teclado, etc...) e impressoras.

Lixeira: A lixeira é um local de armazenamento temporário para pastas e arquivos excluídos. Você pode utilizá-la para recuperar operações realizadas por engano.

Botão “Iniciar” e barra de tarefas Na parte inferior de sua tela está a barra de tarefas. Ela contém o botão “Iniciar” que você pode usar para iniciar rapidamente um programa ou para encontrar um arquivo. É também o meio mais rápido de obter ajuda.

Quando estiver usando mais de um aplicativo ao mesmo tempo, você poderá ver na barra de tarefa todos os programas que estão ativos.

3.2. Entendendo as janelas do Windows

Uma janela é uma área retangular exibida na tela onde os programas são executados.

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Uma janela é composta de vários elementos que geralmente são iguais em todas as janelas do Windows e dos seus aplicativos. Todos esses elementos facilitam a manipulação do seu trabalho. Borda: Identifica os limites da janela. Título da janela: Identifica a janela e frequentemente indica a sua finalidade. No exemplo acima, o título da janela é Meu Computador. Botão “Fechar”: Clique neste botão para fechar rapidamente a janela. Botão “Minimizar”: Um clique único no botão minimizar faz a sua janela desaparecer e depois reaparecer como um pequeno botão na barra de tarefas. Botão “Minimizar”: Um clique único no botão “maximizar”, aumenta a janela fazendo-a ocupar o maior espaço possível na tela. Assim que você maximiza uma janela, seu botão de maximização transforma-se em um botão de restauração, que lhe possibilita restaurar a janela no seu tamanho anterior. Barra de Menus: Exibe os títulos que você seleciona para acessar os comandos contidos no menu. Cada aplicativo pode possuir títulos de menus diferentes, mas você acessa sempre os menus da mesma maneira.

3.3. Fechando o Windows Windows 98 - Para desligar seu computador clique no botão Iniciar, em Desligar, em seguida clique em Sim. Importante: não desligue seu computador até que seja exibida a mensagem “Este computador já pode ser desligado com segurança”, caso ele não desligue automaticamente.

Menu

Maximizar/restaurar

Minimizar Fechar

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Windows XP – Clique em Iniciar, em Desligar o computador e, em seguida em Desativar.

3.4. Word Pad

O Windows inclui um editor de texto que você pode usar para criar e modificar documentos. O Word Pad tem uma barra de ferramentas para o acesso rápido a tarefas comuns e um conjunto completo de fontes para você fazer sua seleção. Para encontrar o Word Pad clique em: iniciar – programas (todos os programas, no XP) – acessórios – Word Pad.

3.5. Paint

Você pode criar, modificar ou visualizar imagens usando o Paint. O Paint contém muitos recursos, que incluem uma caixa de ferramentas e uma caixa de cores móveis, e visualização de impressão. Para encontrar o Paint clique em: iniciar – programas (todos os programas, no XP) – acessórios – Paint.

4. Microsoft Word O Microsoft Word é um poderoso processador de textos integrante do pacote de aplicativos para escritório Microsoft Office. Ele permite a criação, edição e manipulação de diversos tipos de textos, permite também o uso de figuras (Clip Arts), planilhas e gráficos do Excel e pode ainda preparar textos para serem usados no Power Point, também integrante da família Office. Para iniciar o Word, dê um clique sobre o botão iniciar – programas – Microsoft Word.

4.1. Inserir Texto

Ao abrir o Word, você pode começar a inserir texto imediatamente em um documento. Observe que o Word sempre começa com um documento padrão chamado Documento 1, com o cursor no topo do documento onde o texto que você digita irá aparecer. Você pode dar um clique nas barras de rolagem para mover o documento na tela. O cursor se movimentará ao longo do documento à medida que você pressionar as teclas do teclado ou também posicionando o mouse e clicando no lugar em que deseja inserir um texto, por exemplo.

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Use as seguintes teclas no teclado para navegar em um documento.

Para mover Pressione

Um caractere à direita Seta para a direita

Um caractere à esquerda Seta para a esquerda

Uma linha acima Seta para cima

Uma linha abaixo Seta para baixo

Palavra anterior Ctrl + seta esquerda

Próxima palavra Ctrl + seta direita

Início de uma linha Home

Fim de uma linha End

Fim do documento Ctrl + End

Barra de Menu

Barra de Ferramentas

Barra de Formatação

Régua

Cursor

Barras de Rolagem

Barra de Status

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4.2. Trabalhando com documentos

Salvar um documento Para salvar um documento dê um clique no botão () Salvar na barra de ferramentas ou no menu Arquivo – Salvar. Escolha a pasta que deseja armazenar o documento, de um nome para o documento e clique em Salvar. Sempre que fizer alguma alteração em um documento já existente e fechar o

documento, o Word lhe perguntará se deseja salvar as alterações.

Fechar um documento Para fechar um documento dê um clique em Arquivo/Fechar. Será fechado somente o documento atual deixando o Word livre para iniciar um novo documento. Iniciar um novo documento Para iniciar um novo documento dê um clique no botão () Novo (ou Arquivo - Novo) Abrir um documento Para abrir um documento dê um clique no botão () Abrir. Escolha o documento e dê dois clicem rápidos ou um clique e em seguida clique em abrir.

4.3. Formatando textos

Selecionar texto

Para selecionar parte de um texto dê um clique no fim ou início do texto que você deseja selecionar (dê um clique na margem esquerda se você deseja selecionar a linha inteira). Pressione e mantenha pressionado o botão esquerdo do mouse enquanto arrasta o ponteiro sobre o texto que deseja selecionar. Depois, solte o botão do mouse. Use as seguintes teclas para selecionar texto em um documento.

Para Pressione

Selecionar o documento inteiro Ctrl + T

Selecionar um caractere à direita Shift + seta direita

Selecionar um caractere à esquerda Shift + seta esquerda

Selecionar uma palavra à direita Shift + Ctrl + seta direita

Selecionar uma palavra à esquerda Shift + Ctrl + seta esquerda

Selecionar até o início do parágrafo Shift + Ctrl + seta para cima (baixo)

Selecionar até o fim do documento Shift + Ctrl + End

Selecionar até o início do documento Shift + Ctrl + Home

Recortar, copiar e colar texto Selecione o texto que você deseja recortar e colar. Dê um clique no botão () Recortar na barra de ferramentas. Para copiar faça o mesmo procedimento, pressionando porem o botão () Copiar. A diferença é que recortar retira o que foi selecionado do local e copiar faz mantém como estava e faz a cópia onde desejar. Escolha o local onde deseja colar o que recortou ou copiou e clique em Colar. Desfazer e refazer alterações Às vezes você faz alterações no texto e depois decide que não quer a alteração. Em vez de começar de novo, você pode desfazer e refazer as alterações clicando nos botões Desfazer para voltar o que estava antes e refazer para voltar às alterações. Localizar Texto Você pode usar o recurso Localizar do Word para localizar um texto, caracteres, formatação de parágrafos ou até mesmo caracteres especiais. Clique em Editar – Localizar. Digite a apalavra a ser localizada no espaço Localizar. Clique em Localizar “próxima”.

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Você pode localizar e substituir texto. Clique em Editar – Localizar. Na guia Substituir digite a palavra a ser localizada no espaço Localizar, e digite a palavra que deseja substituir em “Substituir por”. Clique em Substituir. Ortografia e Gramática O Word 2000 exibe linhas onduladas vermelhas abaixo das palavras que ele acha estarem erradas e linhas onduladas verdes abaixo de sentenças que ele acha estarem com problemas gramaticais. Negrito, Itálico e Sublinhado Selecione o texto que você deseja formatar. Dê um clique no botão (N) Negrito para aplicar a formatação negrito ao texto. Dê um clique no botão (I) Itálico para aplicar a formatação Itálico ao texto. Dê um clique no botão (S) Sublinhado para aplicar a formatação Sublinhado ao texto. Para desfazer a formatação, basta selecionar o texto e clicar no botão que usou. Fonte, tamanho e cor

Alterar fonte – selecione o texto que deseja alterar. Dê um clique na seta Fonte na barra de ferramentas e clique na fonte que deseja.

Alterar tamanho - selecione o texto que deseja alterar. Dê um clique na seta Tamanho da Fonte na barra de ferramentas e clique no tamanho de fonte que deseja.

Alterar cor - selecione o texto que deseja alterar. Dê um clique na seta Cor de Fonte na barra de ferramentas e clique em uma cor de sua escolha.

Alinhamento O texto pode ser alinhado de várias formas diferentes dentro do espaço da página. Alinhamento: à esquerda (padrão) à direita centralizado justificado

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Enfermagem da

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Inserir Figuras Para inserir figuras em seu documento posicione o cursor no local onde deseja inserir a figura. Clique em Inserir/Figura/Clip Art para abrir a caixa de diálogo Inserir Cip Art. Escolha a figura e clique em inserir. Clique em fechar e retorne ao documento. Dica: Você pode dar um clique duplo na figura para abri a caixa de diálogo Formatar Figura.

5. Microsoft Power Point

O Microsoft PowerPoint é um programa destinado a criação e exibição de apresentações em seu computador. Através de ferramentas poderosas, você poderá preparar apresentações profissionais de forma simples e rápida. Com o PowerPoint é possível fazer:

1. Apresentações – Conjunto de Slides, folhetos, anotações do apresentador e estruturas de tópicos, agrupados em um arquivo.

2. Slides – São as paginas individuais da apresentação e podem ter títulos, textos, elementos gráficos, clipart (desenhos) e muito mais.

3. Folhetos – Utilizamos para dar suporte à apresentação, você pode distribuir folhetos ao público. Os folhetos consistem em pequenas versões impressas dos slides.

4. Anotações do apresentador – destinado ao próprio apresentador para o momento de apresentação. Consiste me folhas com slides em tamanho reduzido e anotações.

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5. Estruturas de Tópicos - Representam o sumário da apresentação. Na estrutura aparecem apenas os títulos e os textos principais de cada slides.

5.1. Diretrizes para apresentação de slides

Quando você faz uma apresentação de slides, o conteúdo deve ser o foco central de atenção. Você deseja que as ferramentas que usa, com animações e transições, enfatizem os tópicos em vez de desviar a atenção do público para os efeitos especiais. Uma música ou som ocasional durante uma transição ou animação concentra a atenção do público na apresentação de slides. No entanto, o uso freqüente de efeitos sonoros pode desviar a atenção dos tópicos principais. O ritmo da apresentação também afeta a reação do público – um ritmo muito rápido cansa o público, enquanto um ritmo lento deixa as pessoas sonolentas. Você pode usar os recursos do PowerPoint para testar o ritmo antes de fazer uma apresentação. Ao testar, você também pode verificar o impacto visual dos slides. Uma quantidade excessiva de palavras ou figuras pode distrair o público. Se achar que está usando muito texto, transforme um slide em dois ou três e aumente o tamanho da fonte.

Tela inicial Vamos primeiro ver uma apresentação em branco para acostumarmos com a tela e os componentes do PowerPoint.

5.2. Tipos de Layouts para formatar Slides

Clique em novo Slide ... Escolha o tipo de Layout em branco. Logo mais utilizaremos outros. Ao criar um novo slide, você pode selecionar um dos AutoLayouts. Cada um deles oferece um layourt diferente, dependendo do que você deseja fazer. Por Exemplo: existe um layourt que tem espaços reservados para o título, o texto e um gráfico, e existe outro com espaços reservados para o título e ClipArt. Os espaços reservados para o título e texto

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obedecem à formatação do Slide Mestre da apresentação. Você pode mover redimensionar ou reformatar os espaços reservados para que se tornem diferentes do Slide Mestre.

5.3. As barras de Ferramentas

As barras de ferramentas permitem que você organize os comandos no PowerPoint da maneira que desejar para que possa localizá-los e usá-los rapidamente. É possível personalizar barras de ferramentas com facilidade e mover uma barra de ferramentas. Atalhos – Pressione o botão direito do mouse em qualquer parte da barra de ferramentas e parecerá o menu de atalho ao lado. Barra de ferramenta ativa (em uso). Você pode Exibir as Barras de Ferramentas à medida que precisar. Você também pode usar ferramentas do WordArt para criar os efeitos especiais de texto. AutoFormas É um grupo de ferramentas pré-definidas que inclui tanto formas básicas como retângulos e círculos, quanto uma variedade de linhas e conectores, setas largas, símbolos e fluxogramas, estrelas, faixas e legendas. Para inserir uma Autoforma, clique e Autoforma na barra de ferramentas Desenho. Para anexar texto a uma Autoforma, clique na forma e comece a digitar. O texto torna-se parte da Autoforma. Para inserir um tamanho diferente, arraste a forma até obter o tamanho desejado. Para manter a proporção largura-altura da forma, mantenha a tecla Shift pressionada enquanto arrasta a forma. Clique em algo que acabou de fazer e que tal colorir, utilize esse botões.

5.4. Clip-art

É só escolher um Clip-art e clicar no botão inserir. Para mover é só clicar e arrastar. Para dimensionar dê um clique figura encoste o mouse em um dos pontos da figura então clique arrastando, solte quando estiver na dimensão desejada.

Barra de ferramentas de uma imagem.

5.5. Organograma

No modo de Slides, exiba o slide ao qual você deseja adicionar um organograma.

No menu Inserir, aponte para Figura (Imagem no XP) e clique em Organograma.

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5.6. Gráfico

Quando você cria um gráfico clicando duas vezes em um espaço reservado para gráficos ou clicando em Inserir Gráfico, o programa exibe um gráfico e seus dados associados em uma tabela chamada “Planilha de Dados”. A planilha de dados fornece informações de exemplo que mostram onde digitar seus próprios rótulos e dados de linhas e colunas. Depois de criar um gráfico, você pode inserir seus

próprios dados na planilha de dados, importar dados de um arquivo de texto ou uma planilha do Excel, por exemplo. Altere a Planilha de dados e observe que o gráfico tem alteração simultânea. A barra de ferramenta de gráfico possui diferentes tipos de gráficos. Quando terminar dê um clique fora da área do gráfico.

5.7. Efeitos de Animação

As formas de exibição dos slides no momento da apresentação são:

Efeito de Transição de Slides – Forma de passagem de um slide para outro.

Efeito de Composição de Texto – Formas de exibição dos títulos e parágrafos que compõem a apresentação.

Estes dois efeitos não se aplicam aos objetos incorporados ao slide, isto é, gráficos, desenhos e figuras, se desejamos exibir o objeto após a exibição de um parágrafo, teremos que recorrer ao botão Efeitos de Animação da barra de ferramentas padrão. Ao selecionar o botão, será apresentado uma nova barra de ferramentas com recursos de animação que poderão ser aplicados a objetos e textos. Estes efeitos são muito simples de serem usados, basta selecionar o texto ou o objeto –clique sobre o texto ou objeto – e, em seguida escola um dos recursos de animação. O gráfico pode ser ordenado, mas antes precisa possuir um efeito, e isto é possível através do botão Personalizar Animação. Selecione o gráfico e clique sobre este botão. No quadro exibido, encontramos a guia Efeitos do Gráfico à frente, existe uma variedade maior de efeitos, e estes podem ser aplicados aos outros objetos.

5.8. Modo de Exibição do PowerPoint

O PowerPoint oferece três modos diferentes de exibição. Você pode mudar facilmente de modo, com os botões que estão no canto inferior

esquerdo da tela.

Modo Normal No modo Normal podemos criar os slides, adicionar textos e arte em todos os slides. Podemos ver o slide inteiro “ativo” ampliado e os demais em miniatura ao lado. Para mover de um slide para outro, use a barra de rolagem ou clique na miniatura que desejar.

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Modo de Classificação de Slides Tem-se uma visão geral da apresentação. Neste modo pode excluir e mover slides com facilidade. Para alterar a seqüência de exibição de slide, clique no slide e arraste até a posição desejada. Caso queira que um slide não apareça durante a exibição da apresentação é só selecionar com um clique e utilizar o botão Ocultar Slide. Modo Apresentação de Slides Neste modo podemos finalmente assistir o slide, sem, no entanto poder alterá-lo. Para sair do modo Apresentação de Slides sem ele ter terminado é só clicar na tecla Esc, retornando desta forma a um dos modos anteriores.

6. INTERNET

6.1. O que é Internet

Internet é a rede mundial de computadores, ou seja, um conjunto de vários (milhares) de computadores ligados entre si, que falam a mesma língua. Requisitos para Acessar a Internet Para ter acesso á Internet, devem-se preencher alguns requisitos. Trataremos do tipo de conexão mais comum e mais barato, que é através da linha discada. O acesso por linha discada necessitará de:

1. Microcomputador 2. Linha telefônica 3. Placa de Modem 4. Conta no Provedor de Acesso 5. Softwares destinados a aplicações desejadas

6.2. Funcionamento

Seu computador, através de uma linha telefônica comum, discará para o provedor (alguém que tenha um computador capaz de te conectar a rede), ao conseguir a conexão, através da sua identificação (senha), colocará você na Internet. Enquanto conectado, sua linha telefônica estará

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ocupada como se fosse uma ligação comum, inclusive tratando-se de tarifas. Desde a sua conexão, você precisará de programas de navegação. Provedor de Acesso Provedor é uma empresa que oferece serviços de disponibilização de acesso à Internet. Para sua conexão, é necessário abrir uma conta no provedor, ou seja, alugar um espaço de conexão dele. Quando se abre uma conta, os provedores oferecem uma identificação (username) e uma senha (password) para que o usuário, através de seu computador possa acessar outros computadores. O Username varia de provedor para provedor, mas basicamente é o nome pelo qual seu computador ficará conhecido. Já a senha deve ser de conhecimento somente do proprietário para que nenhuma outra pessoa acesse sua conta. Os provedores costumam criar “plano de assinatura” de contas de acesso. Na grande maioria, definem uma quantidade de horas e estipulam um preço, sendo que o usuário deverá pagar também as horas que ultrapassar. As horas fixas chamamos de franquia e as excedentes de adicionais.

O custo da conta de um Provedor é independente do custo das ligações telefônicas que deverão ser cobradas pela companhia telefônica da região. Existem também os provedores gratuitos. Bastam consultar a região em que você mora para saber quais deles estão disponíveis para você. É interessante que você se conecte a um provedor local (número de telefone local) para que não pague interurbano.

Softwares Necessários O Windows na hora da instalação, já possui vários softwares que darão acesso à Internet. Inicialmente, o primeiro software que você deverá possuir, é um que conectará você à rede. Normalmente os provedores de acesso fornecem um software junto com a assinatura. São chamados de discadores (dialers) e devem ser configurados de modo que ao ligar para seu provedor, possa conversar com o mesmo, além de reconhecer o seu modem. Usando apenas o discador, você estará conectado a Internet. Porém não conseguirá usufruir dos recursos necessitando de outras ferramentas para funções especificas. Veja:

Para navegar em páginas elaboradas por outras pessoas, você precisará de um Browser, ou seja, um programa de navegação.

Para receber e enviar mensagens, e-mail, você precisará de um programa que sirva de caixa postal.

6.3. Browser

Com seu computador já conectado a Internet, agora ficou bem mais fácil. Para navegar na Internet, é necessário um programa de navegação que explore o máximo de recursos na Internet, incluindo sons, imagens e ajuda interativa. Os dois Browsers mais conhecidos no mercado são: Natscape Navigator e Microsoft Internet Explorer

6.4. Site e Home Page

Site – É qualquer rede individual que como todas constituem a Internet. Um site é formado por várias páginas.

Home-Page – É a primeira página de um site, é conhecida como página de apresentação.

6.5. E-MAIL

O processo de e-mail (correio eletrônico) é uma maneira de enviar cartas para outros computadores. Seu funcionamento é bem simples; conectado à Internet, digita-se a mensagem em seu computador e coloca-se numa caixa postal, como se fosse uma carta tradicional. A mensagem trafegará pela rede e chegará ao servidor do destinatário, onde será armazenada na caixa postal

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do mesmo. Quando o destinatário conectar a rede e “abrir” sua caixa postal, irá receber suas mensagens.

O Windows já vem com um programa destinado a e-mail, para enviar e receber mensagens, o programa Microsoft Outlook Express.

Normalmente o endereço da caixa postal de um computador é um pouco diferente do padrão WWW, estes endereços também são fornecidos pelos provedores e seguem o seguinte padrão: Nomedocomputador@nome do provedor.tipo de estabelecimento.pais [email protected]

6.6. Internet Explorer

Normalmente o Browser, Internet Explorer, já vem instalado com o Windows e está representado através do ícone (figura ao lado) na área de trabalho. Com um duplo clique sobre o ícone do Internet Explorer, você poderá abrir a janela de navegação Internet, supondo-se que o provedor já esteja conectado.

Na barra de Endereço, você digita o endereço do site que deseja e aperta a tecla Enter.

Observação: a maioria dos sites tem www (3) no início. Não deve haver espaços entre as palavras e pontos e quase todos são escritos em letra minúscula e sem acento. Também ter cuidado com o “ç” , normalmente estão apenas como “c”.

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Barra de Navegação do Internet Explorer Logo na abertura do Browser, apresenta-se a barra de navegação do Internet Explorer, com botões padrão que facilitam a navegação do usuário. Acompanhe nas ilustrações a função de cada um dos principais botões.

Botão Voltar – Vamos supor que você está numa página e clicou sobre o link (palavra sublinhada que leva a outra página), para voltar uma página é só clicar no botão “Voltar”, ele voltará para a página anterior.

Botão Avançar – Depois de voltar à primeira página que você estava se você desejar voltar pára a página do link que você havia criado, basta então clicar no botão “Avançar”.

Botão Parar - O botão “Parar”, pára a conexão que você está fazendo no momento. Botão Atualizar – As páginas da Internet, mesmo durante a conexão, estão em constantes mudanças, clicando sobre o botão “Atualizar”, ele atualizará as imagens que você deseja

ver, toda vez que clicar sobre ele.

Botão Página Inicial – Quando visitamos um site através de cliques em links, constantemente estamos mudando de página a página, para você voltar rapidamente para

a primeira página do site, sem ter que clicar várias vezes no botão “Voltar”.

Anote aqui os sites de seu interesse

Site Assunto

www.tatui.sp.gov.br Informações sobre a cidade de Tatuí

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6.7. Protegendo seu sistema de vírus de computador O que são “Vírus de Computador”? Os vírus são programas criados por hackers com o intuito simples de destruir seus dados valiosos. São programas que se auto-replicam, alojam-se em outros programas ou arquivos, realizam ações não solicitadas, indesejadas e podem até destruir arquivos do sistema e corromper dados causando grandes danos. São pequenos, portanto quase indetectáveis, reproduzem-se dentro do organismo hospedeiro e este tem poucas defesas contra o invasor. São acionados por um determinado evento que pode ser a execução do programa ou arquivo hospedeiro, uma data, alguma operação comandada pelo incauto usuário ou até mesmo pela inicialização do computador. O vírus de computador tem esse nome porque não são poucos as analogias que podem ser feitas entre eles e os vírus orgânicos. Como na história da medicina ocidental a descoberta dos vírus biológico e seu modus operandi foi fundamental para a saúde e expectativa de vida dos humanos na medida em que determinou a mudança de hábitos higiênicos e profiláticos, da mesma forma à adoção de hábitos saudáveis pode evitar muitos problemas aos internautas, prevenindo e minimizando a verdadeira epidemia de vírus informáticos que se alastra com rapidez assustadora pelas entranhas da Internet. Há relatos de que vírus e ataques hackers foram usados na Guerra do Golfo e nos conflitos da Bósnia e Kosovo e também que estão sendo usados intensamente atualmente no litígio entre China e Taiwan. Armas que destroem as estruturas de dados e comunicações dos inimigos sem causar baixas... Parece um exercício por enquanto, mas dá uma idéia do poder destrutivo desses softwares. Nem todo vírus é destrutivo e nem todo programa destrutivo é um vírus. Programas e arquivos contaminados podem disseminar o vírus e contaminar outros. Divide-se em duas categorias principais: vírus de arquivo e de inicialização. Os primeiros normalmente entram em ação quando os programas que os contém são executados. Geralmente infectam arquivos com extensões .exe, .com ou .dll e outros executáveis como arquivos de dados e de modelos do Microsoft Office. Têm a habilidade de se carregarem na memória do computador e anexarem-se a outros programas executáveis. Já os de inicialização residem no setor de boot do disco rígido ou disquete. São executados quando o computador é ligado. Duplicam-se na memória e espalham-se para outros discos ou computadores de uma rede criando cópias que continuam o ciclo. É recomendável ter sempre um programa atualizado de detecção e eliminação de vírus (antivírus) para prevenir problemas com o seu sistema. Além de manter um programa antivírus top de linha, aqui estão algumas outras dicas para manter seu sistema livre de doenças:

Hoje em dia, a maioria dos vírus são transmitidos através de downloads de arquivos da Internet, um serviço on-line ou uma conexão de rede. Crie uma pasta especial para os downloads e sempre clique no botão Salvar para salvar os downloads de arquivos nesta pasta. Então use o programa antivírus para varrer essa pasta toda vez que descarregar um arquivo.

A segunda causa de infecção viral são os disquetes, então você deve ter cuidado sempre qual disquete usado pode confiar. Se você herdou alguns discos antigos, formate-os antes de usá-los.

Não confie em ninguém quando se tratar de carregar programas em sua máquina. Use sempre seu programa antivírus para varrer os arquivos antes de usá-los em seu HD.

Se você receber uma mensagem de e-mail com um anexo, exclua-o imediatamente se vier de um estranho. Se vier de alguém que você conhece, contate essa pessoa e pergunte se ela enviou um arquivo.

Certifique-se de que você configurou o Outlook Express com a proteção máxima.

Mantenha sua lista de vírus do programa antivírus atualizado. Enquanto você lê isso, há provavelmente dúzias, talvez centenas, de membros da escória com defeitos morais projetando vírus ainda mais nojentos. Atualizações regulares o ajudarão.

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7. INFORMÁTICA EM ENFERMAGEM A enfermagem não pode ficar à margem de todo este processo de desenvolvimento tecnológico. Precisa conhecer suas potencialidades e possibilidades de uso, para poder discernir a capacidade que oferecem e melhor saber aplicá-los em sua área e atuação. Os avanços tecnológicos e o desenvolvimento da ciência trouxeram modificações significastes nas mais diversas atividades desempenhadas pelo homem, de tal sorte que o setor de saúde não pode ficar à margem, acabando por se inserir no atual contexto progressivo, adaptando e utilizando os recursos disponíveis. De modo geral, os recursos oriundos desta tecnologia são de grande valia quando aplicados tanto no gerenciamento dos serviços de atendimento à saúde, ou seja, em Hospitais, Unidades Básicas de Saúde e afins, quanto no apoio ao profissional nas atividades de assistência ao paciente. Atualmente, vale destacar também o importante papel que a informática tem no treinamento e na educação de novos profissionais da área de saúde. Alguns destacados pesquisadores na área de informática em Saúde, como Leão e Sigulem (1990) já documentaram que em nossa realidade o momento exige uma reflexão mais profunda sobre as inovações tecnológicas e seu significado para países menos desenvolvidos, já que inegavelmente aqueles que detiverem a tecnologia capaz de gerar conhecimento terão cada vez mais poder. Portanto, precisamos investir sempre e mais nesta nova área. Devemos ter sempre maior envolvimento com esta nova especialidade, por assim dizer, se não quisermos ocupar o papel de usuários do conhecimento gerados pelos países desenvolvidos. Madril (1989) ressalta que nenhum país, por mais pobre que sejam pode correr o risco de não fazer um esforço mínimo na utilização dos instrumentos da informática para melhorar a saúde de sua população, especialmente em um momento em que recursos humanos e acesso à informações tornaram a principal chave de desenvolvimento. A informação na área de saúde é um dos principais, se não o principal recurso que o profissional precisa ter às mãos para exercer sua profissão com eficiência e qualidade. Ter ou não acesso à informação pode implicar ter ou não sucesso na aplicação de algum tratamento, algum cuidado que se está prestando ao paciente. A enfermagem, como profissão destinada e responsável pelo cuidado ao paciente, não deve relegar a um segundo plano a importância que os recursos da informática podem conferir, auxiliando o seu desempenho, colaborando nas tarefas e, por fim, incrementando a qualidade de assistência aos pacientes. Conhecer e se tornar usuário deste recurso tornou-se uma real necessidade para os enfermeiros, que precisam estar preparados para definir suas necessidades de informação e o caminho que a aplicação dos computadores deverá seguir na profissão. Somente os profissionais de enfermagem, podem dizer o que querem para sua profissão e como querem. Mas, para isto, precisam se inteirar destes novos conceitos e das possibilidades de aplicação com que podem contar para auxiliar no desempenho de suas atividades de assistência, de administração e de ensino e pesquisa.

7.1. Histórico

A introdução de computadores na área de saúde ocorreu inicialmente nos Estados unidos, por volta da década de 50. Este uso, no princípio, era mais direcionado para a realização de análises médicas estatística, controle de material, controle de folha de pagamento e assim por diante.

Observar-se então que, desde o início, os computadores foram utilizados na área de saúde sendo empregados para auxílio nos processamentos de dados numéricos. Os sistemas desenvolvidos atendiam os setores financeiros e administrativos dos hospitais.

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Os primeiros hospitais a fazerem uso de computadores para auxiliar nos seus setores financeiros e administrativos começaram a desenvolver seus próprios programas, muitas vezes com o auxílio das empresas, quer seja com relação ao conhecimento, quer seja com relação à experiência adquirida por estas empresas de computadores no desenvolvimento, manipulação e melhor aproveitamento dos mesmos. O conhecimento das possibilidades do uso de computadores no gerenciamento e controle de dados nas indústrias foi transferido para os hospitais, ao se considerar que grande parte das atividades administrativas realizadas dentro de um hospital possui características bastante semelhantes aos processos então aplicados nas empresas. Consequentemente, com a implantação de sistemas administrativos e financeiros nos hospitais, o envolvimento dos profissionais de enfermagem tornou-se um fato notório, uma vez que parte das informações a serem introduzidas nestes sistemas eram geradas por esses profissionais. No entanto, de imediato, grande parte dos hospitais não tinham desenvolvido sistemas destinados exclusivamente para atender as necessidades dos profissionais de enfermagem, apesar de usarem esse profissional para manutenção do sistema. O uso de computadores atendendo aspectos mais direcionados à assistência ao paciente começou a apresentar sinais durante a década de 60, quando começam as pesquisas na área e os enfermeiros, um pouco mais familiarizados com os novos recursos passam a desenvolver e implantar sistemas que atendam os objetivos de auxilio no atendimento direto ao paciente. Dois importantes projetos realizados nesta época foram: o PROMIS – Problem Oriented Medical Information System (Sistema de Informação Orientado pelo Problema Médico), no Medical Center Hospital of Vermont (Estados Unidos), desenvolvido por Carol Ostrowski; outro exemplo foi o sistema desenvolvido por Elezabeth Butler, no Kings College Hospital (Reino Unido), que oferece um plano de cuidados de enfermagem para pacientes de unidades clínicas, em todas as especialidades. Tem-se, com isto, o marco inicial do desenvolvimento de sistemas criados para, especificamente, apoiar selecionadas profissionais de enfermagem. A década de 90 assiste à grande expansão no uso de computadores e se beneficia com o resultado das múltiplas aplicações. O poder das redes de computadores e a tecnologia de gerenciamento de base de dados nos possibilitam hoje acessar informações presentes em sistemas de saúde, bibliotecas, escolas, redes bancárias, loja de departamento e outros, mesmo estando estes serviços localizados em distantes regiões geográficas. Em paralelo com o avanço apresentado nos países mais desenvolvidos, começamos no Brasil a utilizar os recursos setores de atendimento à saúde. No que se refere especificamente à enfermagem, nossa área de interesse, temos que as primeiras aplicações foram desenvolvidas no setor de ensino, já que os primeiros usuários desta nova ferramenta eram profissionais ligados a Universidade e Escolas de Enfermagem, que buscaram na informática alguns recursos extras que pudessem servir de auxílio nas atividades didáticas.

Na cidade de São Paulo, vale destacar a atuação do Núcleo de Informática em Enfermagem da Escola Paulista de Medicina, fundado apenas em 1990, mas que cenário nacional possui grandes destaque pelas atividades de ensino, assistência e pesquisa, bem como pelos congressos que realiza anualmente, buscando reunir os mais diversos profissionais da área de informática em saúde, viabilizando um fórum de discussões para troca de experiências e conhecimentos na área.

7.2. Definição

Com a expansão da informática na área da saúde, alguns limites foram automaticamente definidos, tendo como finalidade básica identificar as áreas de atuação dos profissionais e até mesmo identificar as novas áreas de conhecimento agora existente.

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Um dos primeiros termos empregados e divulgados com relação ao uso de computadores na área de atendimento ao paciente foi o termo Informática Médica. Este termo foi empregado tendo amplo sentido e significando o uso da tecnologia da informação no que se refere ao cuidado do paciente e ao processo de tomada de decisão em saúde. O termo informática médica pode muitas vezes ser entendido como fazendo referência apenas ao uso da tecnologia por profissionais médicos. Sendo assim, houve a proposta de substituir este tempo pelo similar Informática em Saúde. Desta forma, Mandil (1992), ressalta que o termo Informática em Saúde tem caráter mais amplo, sendo utilizado para significar e para acompanhar a rapidez com que diversas disciplinas estão se envolvendo e usando a computação e comunicação de forma metodológica e tecnologicamente, apoiar a saúde no campo da medicina, da enfermagem, da odontologia e farmácia.

Algumas destas definições são:

• Informática em Enfermagem é o campo de estudo que direciona o uso das tecnologias de informação para enfermeiros, como resolvem os problemas administrativos nas instituições de saúde e como ensinam na formação de novos profissionais (Hannah, 1988); • Informática em Enfermagem é a área que combina ciência da computação, ciência de enfermagem para assistir na administração e processamento de dados, de informação e de conhecimento para suporte da prática de enfermagem na prestação da assistência (Graves, J.R. e Corcoran, S., 1989).

Essa última definição, segundo as autoras, está baseada na própria definição do termo informática, que foi definido por Gorn (1983) como sendo a ciência da computação associada à ciência da informação, de modo que, unidas, denotam a utilização para o gerenciamento e o processamento de dados, informação e conhecimento em uma disciplina específica.

A Associação Norte Americana de Enfermagem reconhece a área de Informática em Enfermagem como especialidade e caracteriza o emprego de computadores adotando a seguinte conceituação: - “Informática em enfermagem é área de conhecimento que diz respeito ao acesso e uso de dados, informação e conhecimento, para padronizar a documentação, melhorar a comunicação, apoiar o processo de tomada de decisão, desenvolver e disseminar novos conhecimentos, aumentar a qualidade, a efetividade e a eficiência do cuidado em saúde, fornecendo maior poder de escolha aos clientes, e fazer avançar a ciência da enfermagem” (ANA, 1994). A dimensão do que representa a Informática em Enfermagem, estabelecendo alguns pré-requisitos que devem ser observados, tais como:

Informática em enfermagem deve servir aos interesses dos pacientes;

O emprego da informática na enfermagem é intrínseco ao cuidado de enfermagem;

A informática deve facilitar os esforços dos enfermeiros e melhorar a qualidade da assistência prestada e do bem-estar dos pacientes;

Deve assegurar a qualidade e o custo-benefício da assistência, fornecendo aos enfermeiros dados informações e conhecimentos para avaliar os custos e a eficácia do criador;

A informática em enfermagem deve ter a responsabilidade de manter a proteção, a segurança e a privacidade das informações dos pacientes e dos profissionais;

A informática em enfermagem deve contribuir para o corpo de conhecimento da Informática em Saúde (ANA, 1994)

7.3. Aplicações da Informática na Enfermagem

Desde o início das aplicações dos computadores na enfermagem, três áreas têm sido identificadas para fins de estudo: as aplicações na assistência e administração da prática de enfermagem, aplicações no ensino e aplicações na pesquisa em enfermagem.

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A prática da informática em enfermagem inclui o desenvolvimento e avaliação de aplicativos, ferramentas, processos e estruturas que apóiam a enfermagem na prática da profissão. Isto envolve colaboração com outros profissionais da saúde e com profissionais da área de informática para o desenvolvimento de produtos e padrões na informática em enfermagem e no cuidado à saúde (ANA, 1994). Daí a necessidade de que alguns enfermeiros passem a se inteirar na área de informática em enfermagem, para que possam auxiliar na equipe que irá definir o conteúdo básico dos sistemas que serão desenvolvidos e implantados no setor de saúde. Isto porque precisamos ter às mãos para agir com eficiência na prestação da assistência ao paciente. Em resumo, a tarefa da informática na enfermagem é estudar a estrutura e o processamento da informação usada para a tomada de decisão e construir sistemas que suportam este processo ou que automatizam o processo.

Aplicações na assistência de enfermagem

A enfermagem não é uma profissão burocrática; ao contrário, é essencialmente prática. E, para concretizar este aspecto, os computadores por certo são de grande valia. A introdução dos computadores na área de enfermagem representa uma ferramenta que, se utilizada de forma adequada, ou seja, se soubermos definir a melhor estratégia de uso, poderemos obter maior facilidade na realização dos trabalhos puramente burocráticos, buscando incrementar nossa atividade de prestação de assistência direta ao paciente. Com o uso mais freqüentes dos computadores, nos mais diversos centros hospitalares e de atendimento à saúde da população, cada vez mais se observa que o profissional de enfermagem está não só utilizando os recursos gerados, mas também colaborando e auxiliando na definição de melhor emprego deste instrumento para obtenção de maiores recursos. No ambiente hospitalar, um dos grandes investimentos que está sendo feito pelos profissionais de enfermagem com relação à elaboração de planos de cuidados de enfermagem ao paciente.

A informática no ensino de enfermagem

Os profissionais que iniciam a carreira encaram, muitas vezes, nos hospitais, situações para as quais nem sempre as escolas fornecem preparo, mas que a vida profissional exige. E sabemos que, no mercado de trabalho, a competição e as oportunidades surgem para aqueles que melhor se encontram preparados. Encarando as mudanças que mundo está sofrendo e a necessidade de adaptar os novos conhecimentos a práticas de ensino, alguns educadores em todo o mundo têm procurado incorporar estas mudanças e os recursos computacionais às práticas educativas. Com relação ao ensino de enfermagem, dois aspectos distintos podem ser abordados. O primeiro diz respeito ao ensino de enfermagem utilizando o computador como recurso didático, e o outro diz respeito ao ensino sobre o uso de computadores, que muitas vezes deve preceder ao primeiro. Ao observar a utilização dos computadores em salas de aula como instrumento de auxílio didático, temos que registrar que, até o presente, a maioria dos sistemas de ensino desenvolvidos que compreendem temas em enfermagem são sistemas que utilizam a língua inglesa para fornecer instruções e dar orientações aos alunos e/ou usuários. Ainda são em pequeno número os sistemas desenvolvidos em língua portuguesa e isto talvez constitua uma barreira inicial, porque não são todas as pessoas que têm conhecimento suficiente da língua inglesa para utilizar e dominar os programas em saúde, de modo geral.

Acredita-se que este aspecto inicial do ensino de informática nas escolas de enfermagem, ou mesmo nas escolas da área de saúde, tenda a sofrer uma esperada mudança a partir do momento em que novas gerações ingressem nos cursos com conhecimentos prévios sobre a utilização dos computadores.

Sistemas de Informação Hospitalar

As necessidades de informação dentro de um hospital foram divididas por Wiederhold e Rerreault (1990) em três diferentes categorias:

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Suporte para a atividade diária: neste caso, o sistema de informação hospitalar deve ser capaz de informar quem é o paciente João da Silva, que medicamentos está tomando, qual é a dosagem e esquema do horário dos medicamentos, a que exame subsidiários foi submetido, como será paga sai conta e assim por diante... As operações que devem ser armazenadas em um Banco de Dados para facilmente serem recuperadas;

Suporte para o planejamento: os administradores precisam ter informações para poderem executar o planejamento das atividades e das decisões, tanto a curto como a longo prazo. As informações mais importantes a serem acessadas pelos administradores e que e que devem estar disponíveis em um sistema são: qual tratamento cirúrgico? Quantos leitos livres possuem a entidade a cada dia? A droga está sendo suficiente para suprir as necessidades do hospital ou não? Quais as implicações financeiras e médicas de se fechar uma determinada enfermaria por certo período? Tais dados são gerados de múltiplas fontes e um sistema informatizado hospitalar deve estar desenvolvido para auxiliar os planejadores de modo a agregar, analisar e sumarizar as informações relevantes para a tomada de decisão. Precisam ser atentamente observados para que se possa detectar tendências na utilização dos recursos e fazer previsões sobre demandas.

Suporte na Documentação: a informação documentada pode facilitar a realização de análise e pesquisas científicas e, consequentemente, mudar, ou melhor, direcionar o rumo das decisões.

É a documentação da assistência, do tratamento e de todos em um hospital que dará origem a estudos objetivando melhor aproveitamento, tanto de recursos humanos quanto materiais. É através desta documentação que os protocolos de tratamento poderão ser observados quanto à eficiência e quanto ao custo/benefício.

De modo geral, os sistemas informatizados nos hospitais foram construídos levando-se em conta a capacidade dos computadores em manipular uma grande quantidade de informação, estocando e colocando à disposição dos usuários quando necessário. Assim, deve ser proposta básica de um sistema deste tipo, gerenciar a informação que o profissional necessita para realizar seu trabalho de forma mais eficiente.

Espera-se que um sistema de informação hospitalar seja capaz de facilitar a comunicação entre os diversos setores do hospital, auxiliando na coordenação das múltiplas atividades desempenhadas por vários profissionais da equipe e que preste auxílio também no atendimento direto ao paciente.

Atualmente, pode-se dizer que hospital que não possui sistema informatizado é um hospital que oferece assistência de modo precário, porque é fácil imaginar a complexidade que se exige para manter controle de todos os informes e de todas as variáveis que atuam simultaneamente em um ambiente hospitalar. Por outro lado, fica muito difícil, se não impossível, obter dados atualizados, em tempo real, em um hospital de mais de 200 leitos, se não estiver disponível aos membros das equipes responsáveis pela assistência e administração.

Este posicionamento pode ser muito comprometedor em termos de futuro da instituição. Embora o investimento em recursos de informática ainda possa ser considerado um gasto extraordinário, mudar mentalidade e comportamentos de pessoa pode ser bem mais, com conseqüências por certo muito mais onerosas e em desvantagem para acompanhar os passos acelerados do futuro.

Tipos de sistemas – arquitetura Os primeiros sistemas de informação introduzidos nos hospitais foram desenvolvidos usando-se um computador central localizado em um setor especial, então conhecido como Centro de Processamento de Dados (CPD) e com terminais ligados a esta máquina central e distribuídos entre os diversos setores do hospital. Foi denominado Sistema Central. Por volta do final da década de 70, surgiram os chamados Sistemas Modulares. A evolução das conquistas na área da tecnologia e a conseqüente diminuição nos custos das máquinas possibilitaram que os diferentes setores do hospital possuíssem seu próprio computador para atender suas específicas necessidades.

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A função e a participação da enfermagem no processo de Informatização Hospitalar As informações geradas no ambiente hospitalar provém das mais distintas fontes, quais sejam: farmácia, laboratório, registro médico, enfermaria, almoxarifado, radiologia, nutrição e outros. Com base nas informações geradas por estes setores é que se pode estabelecer o diagnóstico médico, a terapêutica, o planejamento da assistência de enfermagem, para que as condições do paciente se estabeleçam o mais rápido possível e a alta hospitalar seja precoce. No processo de informatização, cada área do hospital precisa ser envolvida e nenhuma pode ser tratada de forma isolada. Mais uma vez vale lembrar que, para o profissional de enfermagem, o trânsito entre todas as áreas é algo rotineiro e conhecido e, desde a internação até a alta hospitalar do paciente, é este o profissional que maior chance de contato possui com o paciente. Uma das chaves para o sucesso da implantação de um sistema informatizado hospitalar está no envolvimento do pessoal de enfermagem. A explicação para este fato, parece ter sido já comentada anteriormente. O fato é que o profissional de enfermagem é aquele que maior tempo permanece no hospital e, por isso, tem maior chance de visualizar e vivenciar todos os fatos ocorridos internamente. Assim, precisa ser um profissional preparado e estar atento para estes novos caminhos que a profissão está tomando, por conta dos avanços tecnológicos.

Perspectivas futuras

Os sistemas de informação baseados no uso de computadores irão cada vez mais revolucionar o processo de comunicação na área de saúde e, como conseqüência, trarão mudanças significativas, até mesmo no mercado de trabalho da enfermagem. A informática na enfermagem, principalmente no aspecto prático, apresenta uma grande oportunidade para os profissionais, em termos de uma nova especialidade, uma nova possibilidade de desenvolver atividades nesta área tão crescente e com oferecimento de múltiplas possibilidades de criação. Sem dúvida, esta tendência não pode ser negligenciada, ao contrário, precisa ser melhor estudada, quer pelos profissionais que atuam na prática assistencial, quer pelos educadores, responsáveis pela formação das novas gerações, que por certo encontrarão o mercado de trabalho bastante modificado pela introdução dos computadores.

Arquivo Mínimo em Enfermagem

O uso de computadores nos hospitais, relacionados ao trabalho dos enfermeiros, colocou à disposição a possibilidade de construção dos Planos de Cuidados automatizados. Conforme já mencionado, estes planos foram sendo estruturados e utilizados em diversas instituições, desenvolvidos para atender objetivos exclusivos. Assim, alguns enfermeiros, nos Estados Unidos, passaram a estudar e tentar definir qual seria a informação essencial que o profissional de enfermagem necessitaria para prestar um atendimento com qualidade. Começaram, então, a conceber a estrutura de um Arquivo Mínimo de Enfermagem. A necessidade cada vez mais emergente de definição do conteúdo de um arquivo em enfermagem veio também em conseqüência da rápida explosão do conhecimento, do extensivo número de dados e informações que os enfermeiros passaram a manipular no dia-a-dia. É certo que, por outro lado, tinha-se à mão recursos tecnológicos que possibilitavam arquivar dados, manuseá-los e recuperá-los facilmente. Werley e cols. (1992) documentaram que o Arquivo Mínimo de enfermagem (NMDS) é composto por dezesseis elementos, distribuídos em três grupos: cuidados de enfermagem, dados demográficos do cliente/paciente e elementos do serviço. A saber:

I - Elementos do Cuidado de Enfermagem

1. Diagnóstico de Enfermagem;

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2. Intervenção de Enfermagem; 3. Resultado do cuidado prestado; 4. Intensidade do cuidado de enfermagem necessitado. II – Elementos Demográficos do Cliente/Paciente 5. Identificação Pessoal; 6. Data de nascimento; 7. Sexo; 8. Raça; 9. Residência. III – Elementos do Serviço 10. Número de registro da agência que prestou o atendimento; 11. Número de Registro do Paciente; 12. Número do Registro do Profissional; 13. Data do atendimento ou admissão; 14. Data de alta; 15. Condições do cliente/paciente por ocasião da alta; 16. Pagamento – tipo e condições.

Nas anotações de enfermagem comumente realizadas em nossos hospitais, não há predominância de uma metodologia estruturada. São feitas, muitas vezes, de acordo como as observações dos auxiliares de enfermagem e baseadas quase sempre nos problemas médicos apresentados. A descrição do diagnóstico, da intervenção e da evolução do paciente, baseada em algum esquema de classificação, não tem uso costumeiro e difundido, sendo dificilmente observado no grande número de hospitais do país.

De fato, a concepção do Arquivo Mínimo de Enfermagem não induz, nem determina que um outro esquema de classificação seja adotado. Na verdade, é permitido total grau de liberdade, porém é interessante que, no momento de fazer comparações entre diferentes serviços, encontre-se uma terminologia que possua o mesmo significado para o problema ou diagnóstico de enfermagem que está sendo analisado.

A Qualidade na Assistência de Enfermagem e a Informática

Casey (1994) afirma que a melhoria da qualidade de atendimento ao paciente está na dependência de três fatores:

Primeiro, os profissionais que prestam o cuidado precisam ter competência para medir e avaliar a efetividade daquilo que executam.

Segundo, os profissionais precisam ter domínio e controle sobre a informação, sobre qualidade de atendimento e como utilizar a informação para incrementar a assistência.

Terceiro, a melhoria na qualidade do atendimento em enfermagem não é um fato isolado que pode ser trabalhado e modificado de forma separada das demais variáveis que ocorrem no ambiente hospitalar.

Não é fácil pensar em programas de qualidade no atendimento em saúde sem considerar o auxílio que os computadores possam prestar. A informática pode ser considerada até mesmo como infra-estrutura básica para avaliação da qualidade e melhoria no atendimento em saúde.

Via de regra, as instituições utilizam mecanismos formais e informais para recuperar as informações que servirão de base no processo de avaliação da qualidade do atendimento prestado. As necessárias são: dados do paciente, avaliação do paciente sobre o cuidado recebido, anotações de enfermagem no prontuário, relatórios de incidentes e avaliação de desempenho da equipe.

Utilizando-se sistemas computadorizados, a avaliação da qualidade fica por certo muito mais facilitada, principalmente no que se refere à recuperação dos dados que irão apoiar o processo.

Porém, para que os programas de auxílio na avaliação sejam efetuados, é ideal que se tenha dois elementos para garantir o sucesso: terminologia e planos assistenciais padronizados. A terminologia é necessária para se documentar anotações de enfermagem que sejam fáceis de recuperação e os planos de cuidados são padronizados para atender as necessidades de cada

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paciente, padronizados, portanto, com relação ao vocabulário empregado, à taxonomia de diagnóstico, à intervenção (Hannah 1994).

Vale lembras as palavras de Morales (1983), que Suzanne Henry tão bem colocou no encerramento da Pós-Conferência sobre Informática e a Qualidade da Assistência de Enfermagem (Austin, Texas, USA):

Se somos os únicos que podemos imaginar isto,

Se somos os únicos que sonhamos com isto,

Se somos os únicos que necessitamos disto,

Então ninguém mais pode fazer isto.

Somos os únicos!