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Conceitos básicos de física e instrumentação
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Paulo R. Fonseca, MSc.UNIFEB – Fundação Educacional de Barretos
FATEC – Faculdade de Tecnologia de Botucatu
UNINOVE - Universidade Nove de Julho
MEDICINA NUCLEARINSTRUMENTAÇÃO, CONTROLE DE QUALIDADE E APLICAÇÕES
José Ricardo A. Miranda, PhDUNESP – Univ. Estadual Paulista
Instituto de Biociências de Botucatu
SumárioVisão GeralEquipamentos da Medicina nuclear “CON
VENCIONAL”SPECTPET
VISAO GERAL
A idéiaEm medicina nuclear, temos interesse em
“mapear” a distribuição de um determinado marcador radioativo no interior do paciente
A idéiaEntão...
É necessário administrar um determinado isótopo radioativo ao paciente
Se esse isótopo não possui afinidade pelo tecido de interesse, é preciso “carreá-lo” fármaco
A Idéia
Principais diferenças da MNAs instrumentações em medicina nuclear (MN) se
diferenciam das demais por Fonte interna
(dentro do paciente)
Diversos tipos de fonte (isótopos radioativos)
Característica Funcional da Imagem
Baixa Resolução
Equipamento não emite radiação
Visão Geral
EQUIPAMENTOS DA MEDICINA NUCLEAR “CONVENCIONAL”Cintilografia
Evolução dos equipamentos em MN
Evolução dos equipamentos em MN
Equipamentos de MN
Sophy-DST da SMV-General Electric – Serviço de Radioisótopos -InCor/HCFMUSP
2 detectores com cristal de NaI(Tl) de 40 cm x 30 cm x 9,375 mm (3/8”)
Equipamentos de MN
ECAM da Siemens – Centro de Medicina Nuclear (CMN) -InRad/HCFMUSP
2 detectores com cristal de NaI(Tl)
Exames de MN
Exames de MN
Exames de MN
Exames de MN
“COMO FUNCIONA”?
Detector cintilador
Equipamentos de MN
ECAM da Siemens – Centro de Medicina Nuclear (CMN) -InRad/HCFMUSP
2 detectores com cristal de NaI(Tl)
“Cabeça”
ColimadorBarra
fótons primários de sentido não desejado fótons espalhados (secundários)
Tipos de Colimadores
Pin-Hole (“Buraco de agulha”)
Imagem Invertida
FOV decai fortemente
com a distância fonte-
colimador
S decai com distância
fonte-colimador.
S aumenta com hole,
mas aumenta o blur.
Colimador influencia na sensibilidade
LEITURA DO PULSO (TAMANHO E LOCALIZAÇÃO)
Câmara de Cintilação
Câmara de Cintilação
Leitura
A relação média entre
pulsos determina a
localização.
Dos vários pulsos
gerados por um raio
gama, dois são gerados
para determinar H e V
(x,y).
Leitura
Combinando todos os pulsos em um único
pulso que representa a energia média ou
intensidade da imagem - Pulse height
analyser - PHA.
Essas informações são usadas para gerar
a imagem em um monitor.
Espectrometria
Espalhamento
Exames com dupla fonte ou
dupla energia
Radiação de fundo –
Background.
Isto gera aumento da área
“imageada” e diminuição na
precisão de medidas e
diagnóstico.
Solução: PHA – Seleciona
pulsos de fonte primária.
Pulso Ideal de fonte mono energética
Fatores que influem no tamanho do pulso
Flutuações estatísticas
• FWHM – Largura total da
metade dos máximos desvio
a meia largura da banda do
espectro.
• FWHM=10/70*100=14%
fatores que influem no FWHM e qualidade da imagem. Efeito Compton
fatores que influem no FWHM e qualidade da imagem.
Raios-X
característico do
material do cristal
Iodo,
principalmente.
Z alto Efeito
fotoelétrico
Background
Espectro composto
Um pouco mais sobre PHA
Seleção de Janela por foto pico
Observando na “imagem”
Influênciada radiaçãoespalhada
Blur
Blur – intrínseco e do colimador
Teste LSF – R=1/Blur
Blur X abertura
do colimador
Sensibilidade x Blur x Resolução
Blur x Distância da Colimador-Fonte
RADIOFARMACOS
Medicina Nuclear
Fármaco: captado por determinado órgão ou tecido biológico de interesse especial
Radionuclídeo: nuclídeo emissor de radiação eletromagnética com energia suficiente para escapar do corpo do paciente e que possa ser incorporado ao fármaco
Equipamento de aquisição de imagens
RADIOFÁRMACOS
DefiniçãoSubstâncias químicas que contêm átomos
radioativos em sua estrutura e são adequadas para administração em seres humanos, para diagnóstico ou tratamento de doenças.
São formulados em várias formas químicas e físicas de modo a liberar a radioatividade para determinados órgãos ou sistemas.
Radionuclídeo ideal
Mínima emissão de partículasFótons com energia entre 50 e 500 keVMeia-vida física > tempo necessário para
preparo da injeçãoMeia-vida efetiva > o tempo de exameForma química e reatividade adequadosEstabilidade do produto
Radionuclídeos99mTcIodo: 131I; 123IGálio: 67GaTálio: 201TlXenônio: 133Xe; 127XeÍndio: 111In; 113mInEmissores de pósitrons: 11C; 13N; 15O; 18F
Radionuclídeos99mTc
Características ideais: 140 keV; 6 h m.v.Eluído como pertecnetato de sódio (Na99mTcO4
-)
Íon primariamente heptavalente, geralmente reduzido de +7 para +4, para preparo de RF
Semelhante ao íon iodetoConcentra em: gl. salivares, tireóide, plexo
coróide, mucosa gástrica, mama em amamentação, na gravidez atravessa placenta
RadionuclídeosIodo
123I: ideal para imagemMeia-vida de 13,3 h; 28 keV e 159 keVProduzido em cíclotron: muito caro
131I: Mais adequado para terapiaMeia-vida de 8,06 dias; β 192 keV; predominante
364 keVDistribuição ~ pertecnetato; excreção renal (+) e fecalAlta reatividade química (usado para marcação)
RadionuclídeosGálio
67Ga: metal com m.v. 78 h; 93 keV, 184 keV, 296
keV e 388 keVAdministrado como citrato de gálio e liga-se à
transferrina, lactoferrina e ferritinaLocaliza-de em fígado, baço, medula óssea,
esqueleto, neoplasias, locais com infecção/inflamação
Excreção renal (24 h) e fecal
RadionuclídeosTálio
201Tl: metal com m.v. 73,1 h; raios X característicos de 68 a 80 keV
Administrado como cloreto de tálioAnálogo do potássio e distribui-se em todo
corpo, principalmente em músculos
RadionuclídeosXenônio
Gás inerte usado para estudos de ventilação pulmonar
133Xe: m.v 5,3 dias; 81 keV, β 374 keVMeia-vida biológica (nl) 30 s
RadionuclídeosÍndio
Metal, análogo do ferro e ~ gálio111In: m.v. 67 h; 173 keV e 247 keVComo quelato (DTPA), utilizado para
cisternocintilografiaUsado para marcação de leucócitos, plaquetas,
anticorpos monoclonais e peptídeos
RADIOFÁRMACOS
Acoplamento de um radionuclídeo com compostos estáveis que se localizam em órgãos ou em locais com doença:
MDP 99mTc: imagem de esqueletoDTPA 99mTc: imagem sistema urinárioDISIDA 99mTc: imagem hepato-biliarPYP 99mTc: imagem de infarto do miocárdio
RADIOFÁRMACOS
"Kits" preparados em larga escala:FármacoAgente redutor: cloreto estanosoÁcido ascórbico: antioxidante
Marcação:Adiciona-se pertecnetato "fresco" ao frasco com o
fármaco, na ausência de oxigênioEspera-se o tempo da reação (a "quente" ou a frio)
Organ Pharmaceutical Dose keV T1/2 phys T1/2 bio
Brain Tc-99m pertechnetate 10–30 mCi
140 6 h
Tc-99m DTPA 10 mCi 140 6 h Tc-99m glucoheptonate 10 mCi 140 6 h Tc-99m Ceretec 20 mCi 140 6 h I-123 Spectamine 3–6 mCi 159 13.6 h CSF In-111 DTPA 500 μCi 173, 247 2.8 d Tc-99m DTPA 1 mCi 140 6 h Cardiac Tl-201 1–2 mCi 72, 135, 167 73 h Tc-99m pyrophosphate 15 mCi 140 6 h
Tc-99m pertechnetate 15–25
mCi140 6 h
Tc-99m–labeled RBCs 10–20
mCi140 6 h
Tc-99m sestamibi 25 mCi 140 6 h
Tc-99m teboroxime 30 mCi 140 6 h Liver Tc-99m sulfur colloid 3–5 mCi 140 6 h Tc-99m DISIDA 4–5 mCi 140 6 h Lung Xe-127 5–10
mCi172, 203, 375 36.4 d 13 s
Xe-133 10–20
mCi81, 161 5.3 d 20 s
Kr-81m 20 mCi 176, 188, 190 13 s Tc-99m MAA aerosol 3 mCi 140 6 h 8 h
Kidney Tc-99m DTPA 15–20 mCi
140 6 h
Tc-99m DMSA 2–5 mCi 140 6 h
Tc-99m glucoheptonate 15–20
mCi140 6 h
Tc-99m mercaptoacetyltriglycine
10 mCi 140 6 h
I-131 Hippuran 250 μCi 365* 8 d 18 m
I-123 Hippuran 1 mCi 159 13.2 Thyroid Tc-99m pertechnetate 5–10
mCi140 6 h
I-123 50–200
μCi159 13.2 h
I-125 30–100
μCi27, 35 60 d
I-131 30–100
μCi365* 8 d
Testes Tc-99m pertechnetate 10 mCi 140 6 h Gastric mucosa
Tc-99m pertechnetate 50 μCi / kg
140 6 h
Gallium Ga-67 citrate 3–5 mCi 93, 184, 296, 388
3.3 d
WBC In-111 oxine 550 μCi 173, 247 2.8 d
Tc-99m Ceretec 10–20
mCi140 6 h
RadiopharmaceuticalCritical Organ rad/mCi
I-131 Thyroid 1,000I-125 Thyroid 900In-111 oxine WBC Spleen 26I-123 Thyroid 15In-111 DTPA Spinal
cord12
Tl-201 Kidney 1.5Ga-67 citrate Colon 1.0Tc-99m MAA Lung 0.4Tc-99m albumin microspheres Lung 0.4
Tc-99m DISIDA Large bowel
0.39
Tc-99m sulfur colloid Liver 0.33
Tc-99m pertechnetate Intestine 0.3
Thyroid 0.15Tc-99m glucoheptonate Kidney 0.2
Tc-99m pertechnetate (+ perchlorate)
Colon 0.2
Tc-99m pyrophosphate Bladder 0.13
Tc-99m phosphate Bladder 0.13Tc-99m DTPA Bladder 0.12Tc-99m–tagged RBCs Spleen 0.11
Tc-99m albumin Blood 0.015Xe-133 Trachea
Classificação dos radiofármacos
RADIOFÁRMACOS - PET
usado em estudos do cérebro.
estudos de perfusão cardíaca.
marcador de amônia radioativa injetada no sangue para estudar a perfusão sangüínea de um orgão
marcador FDG, usada para estudar o metabolismo dos orgãos e tecidos. de perfusão cardíaca.
Isotope Use Half-life (min)
Average Positron Energy (keV)
Typical Reaction
Yield at 10 MeV (mCi/μA EOSB)
Rubidium Rb-82
1.23 1,409 Sr/Rb generator
—
Fluorine F-18 glucose metabolism
109 242 O-18(p, n)F-18120
Oxygen O-15 O2, H2O, CO2, CO
2.1 735 N-15(p, n)O-15
70
Nitrogen N-13perfusion of NH3
10 491 C-13(p, n)N-13
110
Carbon C-11 carbon metabolism
20.3 385 N-14(p,α)C-11 85
p = proton injected; n = neutron ejected; α = alpha particle; EOSB = end of saturated bombardment (infinitely long irradiation at which time the numbers of radionuclides produced equals the number of radionuclides that are decaying) per microampere of beam current (= number of particles per second emerging from accelerator and impinging on target material)
FDG Distribution•Intense accumulation in: brain, myocardium, intrarenal collecting system + ureter + bladder•Moderate accumulation in: liver, spleen, bone marrow, renal cortex, mediastinal blood pool
CONTROLE DE QUALIDADE DE RADIOFÁRMACOS
Controle de qualidade RF
Pureza radionuclídica (gerador)Fração da radioatividade total que está
presente em uma fonte na forma do radionuclídeo desejado (%)
MolibdênioAlumínio
Controle de qualidade RF
Pureza radioquímicaFração da radioatividade total que está presente em
uma fonte na forma química desejada (%)Eficiência de marcação
EsterilidadeApirogenicidade
GERADORES DE RF
Sistemas geradores de radionuclídeos
Radionuclídeo "pai" firmemente afixado em uma coluna trocadora de íons
Radionuclídeo "pai" deve ter meia-vida relativamente longa
Radionuclídeo "pai" decai para um radionuclídeo "filho", um elemento diferente com meia-vida menor
Radionuclídeo "filho" está fracamente ligado à coluna e pode ser removido com eluição líquida
Gerador de 99mTc
frasco de vácuo
solução salina
Sistema gerador de 99mTc
Eluição com salina 0,9%:Pertecnetato de Sódio
Sistema gerador de 99mTc
Fármacos
Radiofármacos
“Sala Quente”
“Sala Quente”
Calibrador de Dose
Calibrador de dose é uma câmara de ionização de gás na forma de poço e é utilizado para medir a atividade de radionuclídeos e radiofármacos.
Calibrador de Dose
Medir a atividade dos radiofármacos antes da administração ao paciente.
131I t1/2 = 8,03d; E = 364keV; emissor -– diagnóstico e terapia de tireóide MIBG – feocromocitoma e neuroblastomamarcadores p/ receptores cerebrais
Ciclotron
Ciclotron: um alvo é bombardeado com partículas carregadas, em geral prótons, para produzir nuclídeos com deficiência de nêutrons. A maioria dos produtos decaem emitindo partículas + ou capturando um elétron orbital 18O (p,n)18F
Ciclone-30 Ipen(30 MeV)
solução salina
coluna de grânulos de alumina
frasco de vácuo
frasco de vácuosolução
salina
g (140keV)
Estado fundamental
T1/2 = 6h
9943Tc
99m43Tc
9942Mo
b-
T1/2 = 66h
Princípios de Física Nuclear: 99mTc
Características
emite somente g de 140keVmeia vida de 6hfacilmente incorporado a compostos
utilizados pelo organismo
Gerador
CALIBRADOR DE DOSE
PARTE II – CONTROLE DE QUALIDADE
Silvana PrandoCentro de Medicina Nuclear - HCFMUSP
CONTROLE DE QUALIDADE EM MEDICINA NUCLEAR
Controle de Qualidade
Organização Mundial de Saúde (1982)
Monitorar, avaliar e manter, em níveis ótimos, todas as características de
desempenho que possam ser definidas, mensuradas e controladas.
Garantia de Qualidade
Organização Mundial de Saúde (1982)
1. Manutenção e melhoria da qualidade do serviço de MN;
2. Uso de quantidade mínima de atividade radionuclídica para assegurar a produção da informação diagnóstica desejada;
3. Uso efetivo de recursos disponíveis.
O que é Garantia de Qualidade em Medicina Nuclear?
Radiofarmacêuticos: “verificar se os radiofármacos estão dentro de determinados padrões...”
Físicos: “verificar o funcionamento adequado das câmaras, dos processamentos, da radioproteção...”
Médicos: “aquilo que os radiofarmacêuticos e físicos fazem...”
O que é Garantia de Qualidade em Medicina Nuclear?
Assegurar que TODOS os aspectos e etapas dos procedimentos clínicos,
diagnósticos ou terapêuticos, sejam realizados dentro de padrões
especificados e normas estabelecidas.
Garantia de Qualidade x Controle de Qualidade TecDoc - IAEA (1984)
Todos os esforços feitos para que resultados de um dado procedimento se aproximem o mais possível
de algum ideal, livre de todos os erros e artefatos.
Medidas específicas tomadas para assegurar que um dado aspecto de um procedimento seja
satisfatório.
Por que realizar CQ?
Para assegurar a obtenção de imagens “precisas”, verdadeiras e confiáveis para diagnóstico.
Para corrigir problemas antes que alterem as imagens clínicas, ou seja, manter o bom funcionamento do equipamento.
Por que realizar CQ?
Para determinar a freqüência e a necessidade de uma re-calibração ou de uma manutenção preventiva.
Valores de referência : * fabricante
* testes de aceitação
Etapas do CQ Testes de aceitação Testes operacionais ou de rotina Livro de registro Manutenção preventiva periódica
Medicina Nuclear
CQ
CQ
CQCQ
Preparação de Radiofármacos
Controle de qualidade do gerador e dos radiofármacos:
Atividade da amostra
Pureza radionuclídica
Pureza radioquímica
Pureza química
Pureza microbiológica
RADIOFARMACÊUTICOS
RADIOQUÍMICOS
Instrumentação e Processamento
Uniformidade Diária Imagens planas: RIs, contagens, curvas,
parâmetros, resultados, ... Imagens tomográficas: reconstrução,
correções, imagens funcionais, contagens, curvas, quantificação, apresentação volumétrica, fusão, ...
Mapa de cores / níveis de cinza, ...
FÍSICOS, BIOMÉDICOS e MÉDICOS
Testes de Aceitação
●Realizados após a instalação do equipamento; ●Verificação das condições físicas e gerais; ●Avaliação dos parâmetros de desempenho
segundo padrão (NEMA ou IEC) e protocolo escolhido (IAEA, AAPM, próprio);
●Comparação com os valores do fabricante;●Estabelecimento dos valores de referência;●Necessita phantoms especiais, aquisição com
computador, software de quantificação e análise e tempo (dias).
Testes de CQ operacionais ou de rotina
Realizados regularmente para assegurar o
bom desempenho de maneira contínua; Detecção de defeitos antes que
alterações surjam em imagens clínicas; Determinação da freqüência e da
necessidade de recalibração ou manutenção preventiva;
Acompanhamento do desgaste do equipamento
Câmara de Cintilação
Ajuste do Fotopico
0
200
400
600
800
1000
1200
0 50 100 150 200
99mTc Spectrum in Air
Cou
nts
Energy (keV)
20% Window Centralização do fotopico
Ajuste da janela de energia
Garantir que a câmara está calibrada para o isótopo utilizado
Uniformidade de Campo
Capacidade da câmara produzir uma imagem uniforme quando submetida a um fluxo uniforme de fótons, ou seja, a imagem de uma fonte plana deve apresentar uma densidade de contagem constante em toda sua extensão.
Intrínseca – sem colimador Extrínseca ou do sistema – com colimador UFOV – campo útil = 95% campo total CFOV – campo central = 75% UFOV UFOV
CFOV
Câmara de Cintilação
Intrínseca – sem colimador
Extrínseca ou do sistema – com colimador
Uniformidade de Campo
UFOVCFOV
INTRÍNSECA = executada sem colimador+ Não requer fonte plana (líquida = 99mTc ou sólida = 57Co) + Uso de fonte pontual de baixa atividade (10 a 20 MBq = 300 a 500 Ci)+ Podem ser usados outros radionucídeos- Não testa colimador- Exposição do cristal a riscos de danos durante manobras com colimador- Necessidade de distância fonte-detector ~ 4 a 5 X diâmetro - Impossível de se realizar para algumas câmaras com 2 ou mais detectores
EXTRÍNSECA = executada com colimador + Testa o sistema todo, incluindo o colimador+ Pode ser realizado com câmaras multi-detectores+ Cristal mais protegido- Requer fonte plana: líquida de 99mTc (difícil de homogeneizar) ou sólida de 57Co (cara e T1/2 = 273 dias e Tempo utilizável ~ 2 anos)- Fonte com alta atividade (370 MBq = 10 mCi) > maior exposição da equipe- Difícil realizar testes com outros radionuclídeos (preparo de outras fontes
planas)
Uniformidade de CampoMaterial:
Fonte pontual de 10 a 20 MBq (0.3 – 0.5 mCi) de 99mTc proporcionando uma taxa de contagem não superior a 30000 c/s com janela de 15% em 140keV.
Procedimento:
- Remover o colimador e alinhar os detectores e a fonte
- Checar o fotopico
- Matriz de 1024 x 1024
- Aquisição de 20 milhões de contagens (diário)
- Aquisição de 200 milhões de contagens (mensal)
Quantificação da Uniformidade
100
MinMax
MinMaxIntegral deUniformida
100**
**
MinMax
MinMaxlDiferencia deUniformida
4%
3%
Onde: Max* e Min* são valores máximo e mínimo em 5 pixels contíguos em linha ou coluna
UFOVCFOV
Uniformidade ECAM - Detector 1 - Agosto 2002
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
29/jul 5/ago 12/ago 19/ago 26/ago 2/set
Un
ifo
rmid
ade
UFOV Integral
UFOV Diferencial
CFOV Integral
CFOV Diferencial
Artefatos na Uniformidade:
Fonte Plana de 99mTc - Flood Phantom
Possíveis fontes de artefatos:
Bolhas de ar Não homogeneização da solução Abaulamento do phantom devido ao preenchimento com volume maior Pontos mais ativos devido ao aparecimento de fungo ou alga Manchas ativas devido à aderência de colóides ou quelatos à alga presente na água
Cuidados:
Uso de água destilada ou com cloro Troca semanal da água Limpeza interna do phantom (cuidado no uso de solventes) Uso de pertecnetato
Artefatos na Uniformidade:
Fonte Sólida de 57Co
Fonte nova de 57Co: contaminação por fótons de alta energia (56Co, 57Co, 58Co, 60Co)
Esperar de ~ 6 meses, a partir da data de fabricação da fonte plana, para decaimento de 56Co e 58Co.
Colocar a uma certa distância para obtenção da imagem de uniformidade.
Fonte velha de 57Co: fótons de 1,22MeV de 60Co
Artefatos na Uniformidade:
Fonte Pontual de 99mTc
Distância fonte-detector < 4 X diâmetros do detector : imagem mais ativa no centro (“abaulamento”).
Câmaras multi-detectores: se fonte-cabeça for pequena, necessidade de correção do “abaulamento” por software
Artefatos na Uniformidade
Defeito em Fotomultiplicadora
Artefatos na Uniformidade
Perda do acoplamento entre as fotomultiplicadoras e o cristal
Contaminação do Colimador
Verificação da uniformidade de rotina
Uniformidade de Campo: Diferentes Isótopos
99mTc com janela de energia de 15% em 140 keV
201Tl com duas janelas de energia: 15% em 72 keV e 20% em 167 keV
67Ga com três janelas de energia: 20% em 93 keV, 15% em 184 keV e 15% em 300 keV
131I com uma janela de energia 20% em 364 keV
Obrigatório: calibração e verificação dos mapas para cada um dos radionuclídeos usados no serviço
Uniformidade de Campo: Diferentes Isótopos
201Tl
Aparecimento de: tubos-fotomultiplicadores, manchas
67Ga 18F
Artefatos na Uniformidade: Janela de Energia Deslocada
Deslocamento da janela para alta energia e para baixa energia permite verificar: Ajuste ou mal funcionamento dos tubos foto-multiplicadores Hidratação do cristal Problemas de hardware: ADC, memória, calibração energética Problemas nos mapas de correção Danos no cristal
Hidratação e Quebra do Cristal
Defeito em Fotomultiplicadora
Projeções de um estudo SPECT da perfusão do miocárdio
Variação de Temperatura
Temperatura ambiente acima de 27ºC
Ideal: 20ºC – 22ºC
Linearidade
Capacidade da câmara em determinar, com exatidão, a posição da interação do fóton dentro do cristal, ou seja, uma fonte linear reta deve ser reproduzida como uma linha reta na imagem.
Verificada com phantoms: quadrante de barras, furos ortogonais, fontes lineares...
LinearidadeMaterial:
Fonte plana de aproximadamente 200 MBq (5 mCi) de 99mTc ou flood de 57Co com atividade similar
Procedimento:
- Colocar o phantom de barras ou ortogonal sobre o colimador
- Alinhar em relação aos eixos X e Y
- Posicionar o flood sobre o phantom
- Checar o fotopico
- Matriz de 512 x 512
- 5 milhões de contagens em cada aquisição
- Realizar o controle para todos os quadrantes
Linearidade
Linearidade
Resolução EspacialDefinição:
Capacidade do sistema em distinguir duas fontes muito próximas, ou seja, a menor distância entre 2 fontes pontuais que as
permita serem vistas em separado.
Medida pela largura à meia altura da função de resposta a uma fonte pontual.
INTRÍNSECA = executada sem colimador
EXTRÍNSECA ou do SISTEMA = executada com colimador
Rsist = [ Ri2 + Rcol
2 ]1/2
Resolução Espacial
2. Phantom de Barras em Quadrantes:
Determinação da Resolução:
1. Largura à meia altura do perfil de uma fonte linear: FWHM
Resolução FWHM ~ 1,75 x menor barra visualizada4mm, 3mm, 2,5mm e 2mm
Resolução Energética
Definição:
Capacidade do sistema em produzir respostas idênticas para fótons com energias iguais, ou seja, selecionar precisamente os fótons de acordo com sua energia.
- Medida pela largura à meia altura (FWHM) do fotopico e expressa em percentagem da E
0
200
400
600
800
1000
1200
0 50 100 150 200
99mTc Spectrum in Air
Cou
nts
Energy (keV)
20% Window
Resolução Energética
E
E
FWHM
Melhora com energia do fóton (melhor rendimento de luz no cristal)Resolução energética para 99mTc: FWHM ~ 10%
Boa Resolução energética Diminui a contribuição do espalhamento
FWHM(%) = x 100
SensibilidadeDefinição:
Capacidade do sistema em converter a atividade em taxa de contagens, ou seja, número de eventos detectados por
unidade de atividade:
Contagens / min / MBq
ou Contagens / min / Ci
Em outras palavras: Mede a resposta da câmara a uma fonte com atividade conhecida
Sensibilidade
Sensibilidade Depende:Eficiência do cristalDiminui com energia dos fótonsAumenta com espessura do cristalDepende do colimador
Protocolo de Aquisição:Fonte de 99mTc (disco de 10cm): 37~74 MBq (1~2 mCi)Distância Fonte – Colimador = 10cmt = 100s.
Procedimento: - Calcular a sensibilidade para cada colimador em contagens/segundo por Bq
Taxa Máxima de Contagem
Definição:
Capacidade da câmara em detectar um grande número de fótons por segundo, mantendo a proporcionalidade entre o número de fótons emitidos e o número de fótons detectados.
Caracterizada pela taxa máxima de contagem ou a taxa de contagem correspondente a uma perda de 20% em relação à taxa esperada.
Taxa Máxima de Contagem
Determinação da Taxa Máxima:Aproximar lentamente uma fontepontual (~4mCi) do detector até atingir a máxima contagem, fixara fonte nesta posição e adquirir por 100 s.
Curva de Perda de Contagem
0
100k
200k
300k
400k
500k
600k
0 200k 400k 600k 800k 1000kTa
xa d
e C
onta
gem
Obti
da
Tempo Morto= 2µs
Resposta Linear
Não-paralizável
Paralizável
Taxa de Contagem Real
Centro de Rotação
Definição: O Centro de Rotação (eixo em torno do qual o gantry gira) deve coincidir com o centro da matriz reconstruída
Efeitos causados pelo desalinhamneto do COR: Perda de resolução, estruturas anulares Distorções geométricas, principalmente em 180º Distorções na imagem, principalmente para sistemas com mais de um detector
Centro de Rotação
0 pixel 1 pixel0,25 pixel 1,5 pixel0,50 pixel 2 pixel
CM
ER
Angulação dos septos
Verificação da angulação dos furos do colimadorFonte pontual a 5 m do colimador: Imagem com simetria radial angulação correta Imagem alongada ou truncada ou assimétrica problemas na angulação dos furos ou septos
Teste de Performance do SPECT
64 x 64
128 x 128
Definição:Avaliar resolução e uniformidadepara aquisições tomográficas utilizando as condições clínicas
Phantom de Jaszczak
Teste de Performance do SPECT
Defeitos de não uniformidade
16 pixels3 pixels
Iniciais (década de 60)
Atuais (~2002)
Resolução Energética (140keV) 20% ~ 10%
Res. Espacial Intrínseca 13 mm < 4 mm
Linearidade Geométrica > 1 mm ~ 0,1 mm
Uniformidade ~ 20% ~ 3 %
Taxa Máx de Contagem 50 kct /s 300 kct / s
Taxa de Contagem com 20% de perda < 20 kct /s ~ 200 kct /s
Evolução das Câmaras de Cintilação
Siemens - ecamDuetSiemens - ECAT EXACT
BGO em bloco
GE – Advance NXiGE – Advance NXi Mobile
Sistemas PET
Tomógrafos combinados PET e CT
Siemens-CTI Biograph
GE Discovery LS
Philips/ADAC Gemini
Controle de Qualidade Controle: fiscalização exercida sobre a
atividade de pessoas, departamentos ou sobre produtos, para que tais atividade não se desviem das normas pré-estabelecidas.
Qualidade: numa escala de valores, a qualidade permite avaliar e, conseqüentemente, aprovar, aceitar ou recusar qualquer coisa.
Dicionário Aurélio
Influências no Controle de Qualidade da Gama-Câmara
Condições da sala da Gama-Câmara: umidade temperatura limpeza (poeira,...)
Treinamento de Pessoal Controle de Qualidade do Calibrador de
Dose Protocolos de Controle bem definidos
Controle de Qualidade dos Equipamentos :
Gama – Câmara Calibrador de dose Medidores de Radiação Ambiental Medidores de Radiação de Superfície
Qualidade dos Exames - A
Radiofármacos: estocagem antes e após marcação cuidados e estabilidade da marcação Gerador de Mo99-Tc99m
Na realização dos exames: aplicação dos Radiofármacos acompanhamento durante o exame parâmetros de aquisição e
processamento Na apresentação:
multiformato/impressora
Qualidade dos Exames - B
Controle de Qualidade Básico para o sistema SPECT :
– Uniformidade intrínseca e extrinseca– linearidade– COR – resolução espacial– resolução energética– sensibilidade– uniformidade tomográficaATENÇÃO :Processamento das imagens de CQ
Uniformidade x Temperatura
UNIFORMIDADE
Flood de ÁguaFonte
“Puntiforme”
Resolução Energética
Resolução Espacial
QB
LGB-HED 1998
Variação no COR ( 2 Pixeis)
Simulador
Tomográfico
SIMULADOR TOMOGRÁFICO
AgradecimentosProfª Silvana
Prando
Referências Bibliográficas Muehllehner, G.; Karp, J.S; POSITRON EMISSION TOMOGRAPHY;
Physics in Medicine and Biology, v. 51, p.117-137, 2006;
http:\\www.medcyclopaedia.com, acessado em 25 de agosto de 2006
http:\\www.gehealthcare.co.jp, acessado em 28 de agosto de 2006 “Physics in Nuclear Medicine” 2nd ed. - Sorenson, JA & Phelps,
ME “Nuclear Medicine Tecnology and Techniques”, 3rd ed. - Bernier,
Cristian & Langan NEMA - NU-1-1994 IAEA-TEC-DOC 602 – 1991 Atlas de Controle de Qualidade em Medicina Nuclear AIEA:
http://www-pub.iaea.org/MTCD/publications/PDF/ Pub1141_web.pdf Daniel Coiro da Silva, “Controle de qualidade em medicina nuclear”