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2012 Leonardo Delgado Escola de Natação Aquabarra 11/11/2012 INTRODUÇÃO AO ESPORTE AQUÁTICO

INTRODUÇÃO AO ESPORTE AQUÁTICO

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A importância e a evolução histórica das Atividades Aquáticas. Os demais desportosaquáticos, suas regras, suas técnicas, habilidades e metodologias de ensino. As técnicas e treinamentos necessários para a aplicação do resgate aquático.

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2012

Leonardo Delgado

Escola de Natação Aquabarra

11/11/2012

INTRODUÇÃO AO ESPORTE AQUÁTICO

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INSTITUTO PARÂMETRO DE EDUCAÇÃO - IPAE CURSO: LICENCIATURA PLENA EM EDUCAÇÃO FÍSICA DISCIPLINA: INTRODUÇÃO AO ESPORTE AQUÁTICO (PÓLO BARRA DO CORDA/MA) Data: 11/11/2012-01/12/2012 PROFº: LEONARDO DE ARRUDA DELGADO

PLANO DE CURSO EMENTA: A importância e a evolução histórica das Atividades Aquáticas. Os demais desportos aquáticos, suas regras, suas técnicas, habilidades e metodologias de ensino. As técnicas e treinamentos necessários para a aplicação do resgate aquático. OBJETIVOS:

- Conhecer a importância dos Desportos e atividades aquáticas no contexto da Educação Física atual, bem como sua evolução.

- Conhecer metodologias para o processo de ensino-aprendizagem das atividades aquáticas

- Demonstrar habilidades motoras básicas no deslocamento aquático usando os nados utilitários, as remadas e sustentações básicas, os nados híbridos e as habilidades de nado sincronizado.

- Conhecer e demonstrar habilidades de resgate aquático e no uso de técnicas especificas de natação em águas abertas.

CONTEÚDOS:

- Adaptação ao meio liquido - Sobrevivência e resgate aquático. - Natação em Águas Abertas. - Hidroginástica.

METODOLOGIA Os conteúdos serão desenvolvidos em aulas expositivas e práticas, onde serão analisados de forma individualizada cada estilo que compõe a natação. AVALIAÇÃO Será realizada através de análise escrita e práticas desenvolvidas pelo professor e pelos próprios alunos de forma a comporem duas notas, sendo condição para aprovação por média a obtenção de média igual ou maior que 7,0 (sete). Se a média for superior a 4,0 (quatro), o aluno tem direito a prestar exame final, após o qual se sua média final for igual ou superior a 5,0 (cinco) será considerado aprovado. Frequência mínima às aulas: 75% do total de aulas ministradas.

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Índice Apresentação ...................................................................................................................... 3

Capitulo 01: Adaptação ao Meio Liquido .............................................................................. 5

Diferenças entre Meio Terrestre e Meio Aquático ................................................................... 5 Desenvolvimento das Habilidades Aquáticas ........................................................................... 6 Componentes Fundamentais das Habilidades Aquáticas Básicas e Combinações ................... 8

Capitulo 2: Salvamento Aquático ....................................................................................... 14

Conceito .................................................................................................................................. 14 Prevenção de afogamentos..................................................................................................... 14 Acidentes no meio líquido....................................................................................................... 14 O Sistema Respiratório ............................................................................................................ 14 Tipos de acidentes no meio líquido ........................................................................................ 15 Resgate e Salvamento Aquático .............................................................................................. 20 Manobras de Salvamento ....................................................................................................... 22

Capitulo 03: Dicas para Nadar em Águas Abertas ................................................................ 30

Capitulo 04: Hidroginástica ................................................................................................ 32

Conceito .................................................................................................................................. 32 Origem ..................................................................................................................................... 32 Diferentes Metodologias em Exercícios Aquáticos (Evolução Histórica) ................................ 33 Características da Hidroginástica ............................................................................................ 34 Situação ideal: ......................................................................................................................... 34 Divisão em grupos de mesmo nível ........................................................................................ 35 Finalidades .............................................................................................................................. 35 Objetivos ................................................................................................................................. 36 Benefícios ................................................................................................................................ 36 Desvantagens .......................................................................................................................... 37 Contra - Indicações .................................................................................................................. 37 Público ..................................................................................................................................... 37 Onde Praticar? ......................................................................................................................... 38

Capitulo 05: Recreação Aquática ........................................................................................ 39

A Importância da Natação Recreativa ..................................................................................... 39 O Envolvimento Lúdico: Aspecto Motivacional do Ensino da Natação Recreativa ................ 39 Procedimentos Pedagógicos Criativos ou Motivações Especiais ............................................ 40 Jogos e Brincadeiras ................................................................................................................ 41

Regras para utilização segura da piscina: ............................................................................ 53

Conclusão: ......................................................................................................................... 53

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ............................................................................................ 54

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Apresentação Na disciplina INTRODUÇÃO AO ESPORTE AQUÁTICO pretende-se proporcionar aos alunos uma oportunidade conhecer os principais esportes aquáticos e as atividades aquáticas no contexto da Educação Física atual, bem como sua evolução. O conceito de esportes aquáticos foi cunhado recentemente em nossa sociedade, pois ao longo da história a água foi entendida sobre diferentes concepções, das quais a mais conhecida foi o termo natação. Antes de abordamos a nossa proposta pedagógica, devemos primeiro saber diferenciar "Natação" de "Nadar".

O nadar é entendido como “qualquer ação motora que o indivíduo realiza intencionalmente para propulsionar-se através da água” (LANGENDORFER, 1986, p. 63). Esse conceito amplia o escopo do ensino tradicional da natação, uma vez que não considera os estilos – crawl, costas, peito e borboleta – como único referencial, abrindo a possibilidade de estabelecer um ponto de chegada mais abrangente (estilos, nado sincronizado, mergulho, pólo aquático, saltos ornamentais etc.) (FREUDENHEIM et al., 1996). Natação é "esporte ou competição que reúne um determinado número de pessoas, que objetivam a performance por distância ou em determinado tempo, que consiste em manter-se sobre a superfície da água, movendo braços e pernas, e utilizando para isso os estilos crawl, peito, borboleta e costas". Por tanto, e a partir desta definição, a natação não deve confundir-se, de jeito nenhum, com o resto de atividades que se desenvolvem nas instalações e meios aquáticos. Logo, podemos definir atividades aquáticas como: “todo tipo de programas que se desenvolvem no meio aquático”, seguindo os critérios de finalidades, temos os seguintes tipos de atividades aquáticas; Educativa:

- Educação infantil; - Ensino fundamental; - Ensino médio; - Educação de Jovens e Adultos; - Ensino superior;

Utilitário e Escola de natação:

- Adaptação; - Aprendizagem; - Aperfeiçoamento; - Treinamento;

Saúde e performance:

- Atividades terapêuticas e alterações na coluna; - Atividades aquáticas para a terceira idade; - Atividades aquáticas para pessoas com necessidades especiais; - Atividades aquáticas para gestantes e hidroginástica.

Desporto e competição:

- Treinamento desportivo da natação; - Pólo aquático; - Nado sincronizado;

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Os benefícios das atividades aquáticas A vantagem de se praticar esportes e exercícios na água é, acima de tudo, a redução de todo e qualquer tipo de impacto. A água exerce uma resistência que reduz a força da gravidade e faz com que o esforço seja grande, mas de baixo impacto, diminuindo o risco de lesões e beneficiando a saúde como um todo. A pressão da água durante a atividade física também exerce um papel importante na circulação favorecendo a drenagem linfática, isso significa que atividades aquáticas podem melhorar a circulação sanguínea, prevenindo e melhorando quem sofre de edemas (inchaço) e celulite. Se você animou e pretende fazer exercícios na água, vá em frente, mas antes, uma avaliação física e um exame médico são importantes. Natação: É considerada uma das atividades físicas mais completas. Indicada para todas as idades, inclusive gestantes e bebês. Além de trabalhar com todo corpo ativando vários músculos de maneira bastante equilibrada, a prática desse esporte beneficia a capacidade respiratória e melhora o condicionamento físico. A prática desta atividade trás vários benefícios para o corpo otimizando as capacidades físicas, motoras e cognitivas. Hidroginástica: Atividade aquática alternativa para seu programa tradicional de exercícios com o benefício de diminuir o impacto e esforço nas articulações. Melhora a circulação, a capacidade respiratória, flexibilidade, força e resistência muscular. A hidroginástica pode ser praticada por homens, mulheres, jovens e idosos que buscam se exercitar; gestantes e pessoas que estão se recuperando de alguma lesão e necessitam praticar uma atividade física sem impacto. Recreação Aquática: É uma modalidade de exercícios na água que promove um gasto energético de uma maneira divertida e bastante descontraída com atividades em grupo na água, onde o foco principal é o lazer e a descontração. Indicada para Hotéis, Condomínios e eventos de empresas.

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Capitulo 01: Adaptação ao Meio Liquido Para que possa realizar atividades ou mesmo desporto no meio liquido é preciso um processo de adaptação, que favoreça a tomada de consciência do aluno em relação a si, ao meio, ao grupo e à sociedade, contribuindo no seu desenvolvimento e favorecendo o desenvolvimento de todas as suas aptidões. O meio aquático cria novas sensações, modifica o

equilíbrio abrindo um largo campo de experiências á capacidade motora sob o efeito de certa ausência de gravidade. A Etapa de Adaptação ao Meio Líquido, diz respeito aos primeiros contatos com a água, até a aquisição dos ajustamentos que permitam, posteriormente, a aprendizagem das técnicas padronizadas. Essa etapa de aprendizagem independe da idade, mas tem relação direta com a vivência aquática do aluno, o aluno somente estará preparado para o aprendizado da natação se estiver totalmente ambientado ao meio e com bom relacionamento com o professor 1. O conceito de adaptação ao meio aquático, usualmente, identifica-se com a 1ª fase da formação do nadador enquanto outros autores denominam esta fase de “aprendizagem”. Esta é a fase de aquisição das habilidades aquáticas básicas, cujo desenvolvimento possibilitará em fases posteriores alcançar diferentes níveis de aprendizagem. Um indivíduo pode-se dizer adaptado à água quando consegue estar à vontade dentro dela, não se incomodando com água em seu rosto, apresentando equilíbrio e um bom deslocamento vertical e horizontal. Na fase de adaptação devemos dar confiança ao aluno, afim de que ele aprenda a dominar este meio, deslocando-se e movimentando-se com facilidade. As adaptações:

1. ADAPTAÇÃO PSICOLÓGICA: visa familiarizar o aluno ao meio líquido de uma maneira mais lúdica, através de jogos e brincadeiras que busquem contato direto com a água. 2. ADAPTAÇÃO FISIOLÓGICA: visa ambientar o aluno a partir da imersão (mergulho) do rosto e/ou cabeça. Nesta fase, inicia a respiração principalmente a expiração que favorece tremendamente o acesso ao fundo. Esta fase depende muito de um bom trabalho durante a fase de adaptação psicológica.

Diferenças entre Meio Terrestre e Meio Aquático

Segundo MOURA (2010, p.17) as dificuldades de ambientação ao meio aquático têm influência direta do comportamento adquirido em meio não-aquático. Quando um indivíduo entra num meio líquido, fica sujeito a um conjunto de estímulos que não existem da mesma forma fora do mesmo. Assim, quando um aluno (seja de que idade for) resolve iniciar a sua atividade física na água, vê nisso implicado um conjunto de alterações que passam por:

1 CORRÊA & MASSAUD (1999, p.158,159)

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- Alterações do equilíbrio; - Alterações da visão; - Alterações da audição; - Alterações da respiração; - Alterações das informações recebidas do meio – proprioceptivas; - Alterações do sistema termo – regulador do organismo.

Tabela 1: Alterações ocorridas durante a fase de adaptação

Alterações Em terra Na água

DESLOCAMENTOS

- o equilíbrio é vertical; - os apoios são fixos; - os braços equilibram; - as pernas deslocam.

- o equilíbrio é horizontal; - os apoios não são fixos; - os braços deslocam; - as pernas deslocam e equilibram.

RESPIRAÇÃO - automatismo nato; - não condicionado.

- de início é voluntária - condicionada pelos movimentos e pela água.

VISÃO - normal; - o ar não é agressor para os olhos;

- limitada pelo fenômeno de refração; - a água pode conter agentes agressores;

AUDIÇÃO - normal -limitada pela água nos ouvidos e pelas

condições a acústicas das Instalações

TERMO-REGULAÇÃO - contato com a atmosfera (frio – calor). - contato com a água (frio)

- grande apelo do sistema termo–regulador.

INFORMAÇÕES PROPRIOCEPTIVAS / NOÇÃO DO ESQUEMA CORPORAL

- informações vindas da planta do pé; - informações vindas do ouvido interno; - informações vindas dos músculos; - interpretação tanto mais difícil quanto o é o movimento.

- informações do ouvido interno são alteradas; - informações vindas dos músculos; - maior dificuldade de interpretação do movimento.

Desenvolvimento das Habilidades Aquáticas O desenvolvimento motor caracteriza-se por mudanças contínuas, ao longo da vida, no caso específico do desenvolvimento motor aquático, ou das habilidades aquáticas sua estrutura está relacionada a tarefa motora nadar. Nesse aspecto, são identificados os fatores que compõem uma tarefa, como a utilização de instrumentos, características do ambiente físico, a previsibilidade dos eventos associados à tarefa etc. No meio aquático, tal como no meio

terrestre, a aquisição de habilidades motoras mais complexas e específicas depende da prévia aquisição, apropriação e domínio de habilidades mais simples. O desenvolvimento do comportamento motor aquático pode ser visto com um modelo que compreende níveis ou fase:

- Movimentos Reflexos Natatórios; - Fase de habilidades aquáticas básicas - Fase de combinação das habilidades aquáticas básicas, técnicas de nado

rudimentar ou aprendizagem dos nados - Fase de aperfeiçoamento técnico; - Fase de especialização técnica

Especialização

Técnica

Aperfeiçoamento Técnico

Técnica de Nado Rudimentar

Habilidades Aquáticas Básicas

Movimentos Reflexos Natatórios

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Fase dos Movimentos Reflexos Natatórios É observável quando o bebê é colocado em contato com a água total ou parcialmente. Consiste em movimentos segmentares alternados com acentuado caráter rítmico. Foram observados pela primeira vez por McGraw (1966) na segunda semana de vida e são registrados até cerca do 5º mês. No início um reflexo de bloqueio respiratório pode ser visto associado a este reflexo.

Fase de Habilidades Aquáticas Básica As habilidades motoras básicas são pré-requisitos para a aquisição, posterior, de habilidades mais complexas, mais específicas, como são as desportivas. Para BARBOSA (2001, p.3) a aquisição das habilidades aquáticas básicas terá como objetivo:

(i) Promover a familiarização do sujeito com o meio aquático; (ii) Promover a criação de autonomia no meio aquático e; (iii) Criar as bases para posteriormente aprender habilidades motoras

aquáticas específicas.

Fase de Combinação das Habilidades Aquáticas Básicas

Nessa fase objetiva-se o aperfeiçoamento das habilidades aquáticas básicas, enfocados na fase anterior e o desenvolvimento de combinações em nível de complexidade progressivamente maior. Têm-se como objetivo primordial desde combinações intratarefas, por exemplo, combinar movimentos de equilíbrio estático e dinâmico com controle respiratório em

diferentes posições de braços e pernas, para chegar à flutuação, até combinações intertarefas, como realizar salto combinado com deslocamento submerso, passando, em decúbito dorsal, dentro de um arco. O controle dessa e de várias outras formas de combinações, sem que haja quebra de continuidade do movimento, é a essência dessa fase. Para que esse objetivo seja alcançado, deve-se enfatizar a percepção corporal, sua verbalização, a relação com o grupo e a iniciativa para resolver problemas.

Fase dos Movimentos Culturalmente Determinados O objetivo nessa fase é o desenvolvimento de combinações mais complexas e específicas. Aqui, como nas demais fases, a prática deve ser um tipo particular de repetição sem repetição, em outras palavras, a prática consiste em repetir o processo de solução dos problemas motores, e não os meios para solucioná-los, e, se esta posição for ignorada, se tornará meramente mecânica (TANI, 1995).

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Fase de Especialização Técnica É nesta fase de desenvolvimento de talentos que a presença do treinador torna-se fundamental para que se inicie o treinamento limitado da prática deliberada.

Entende-se por prática deliberada as atividades altamente estruturadas, intensas e com objetivos direcionados, cujos níveis de exigência são específicos e demandam alto esforço do praticante, não sendo praticadas como lazer, à medida que exigem alto nível de dedicação. A função do treinador é procurar usar todos os esforços para monitorar o ambiente da prática para manter o treinamento nesse nível. Para isso, é necessário que minimize todos os problemas (restrições) que possam impedir a sua ação pedagógica de treinador e, consequentemente, o desenvolvimento ideal do atleta. A aquisição de materiais necessários, tais como equipamentos suficientes, equipe de trabalho qualificada e área de treinamento para um trabalho eficiente e seguro (restrições de recursos), garantirá ao atleta meios suficientes para desenvolver suas potencialidades atuais e futuras carreiras esportivas. O

treinador precisa estar alerto aos momentos de perda de motivação decorrentes da dedicação e da demanda do treinamento (restrições de motivação). Outro aspecto importante diz respeito a como o treinador conduz as etapas de treinamento, procurando superar os níveis baixos de motivação do atleta provocados pela repetição intensa e enfadonha, através da execução das técnicas, esquemas táticos e correção dos movimentos que necessitam ser treinados para melhorar a sua execução. O tempo gasto durante uma prática deliberada (restrições de esforço) requer dimensionamento adequado para que o atleta possa recuperar-se devidamente e continuar treinando efetivamente no prazo estipulado para cada fase do treinamento. Os melhores atletas têm uma capacidade superior de permanecerem treinando por um período maior de tempo do que os outros atletas, todavia a preocupação com o supertreinamento evitará que o atleta se esgote ou ocorra o perigo de contusões que possam atrasar todo o seu processo de treinamento. Contudo, o comprometimento do treinador e do atleta é crítico, pois ambos devem ter total devoção e paixão pelo esporte que procurar e pela missão a que se propuserem.

Componentes Fundamentais das Habilidades Aquáticas Básicas e Combinações Para se alcançar uma boa técnica de nado, saídas e viradas, é primordial que haja anteriormente o ensino de habilidades básicas no desenvolvimento motor da criança. O aluno, ao longo da sua aprendizagem, deve ser submetido a uma variedade de exercícios, de forma a adquirir determinadas competências de extrema importância para um bom desempenho posterior como nadador. Apresentamos nesta secção, a nossa proposta de classificação para as Habilidades Aquáticas Básicas e seus componentes para o desenvolvimento da Fase de Adaptação. As componentes da proposta estão divididas e classificadas para efeito de ordenamento didático e facilitação do estudo e aplicação. Porém o processo se realiza de forma que as várias habilidades estão se desenvolvendo paralela e concomitantemente, sendo

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muitas vezes, um comportamento de uma habilidade, pré-requisito de outro comportamento de outra diferente habilidade. Em nosso programa de Adaptação ao Meio Aquático serão abordadas as seguintes Habilidades Aquáticas Básicas:

(i) O equilíbrio, incluindo a flutuação e as rotações; (ii) A propulsão, onde se integram os saltos; (iii) A respiração; e (iv) As manipulações, que também abrangem os lançamentos e as recepções.

Todas estas competências ajudarão o aluno a melhor desenvolver a noção de corpo, a coordenação global, a estruturação espaço-temporal e a noção de ritmo, ou seja, ajudará o aluno a melhor compreender o efeito da água sobre o seu corpo no meio aquático.

Equilíbrio O domínio do equilíbrio no meio aquático está intimamente ligado com o domínio da propulsão (MOTA, 1990). Para nadar se torna imprescindível o domínio do Equilíbrio Horizontal, sem o qual as ações motoras não podem ser exercidas de uma forma conveniente, essa alteração implica em mudanças apreciáveis na propriocepção do corpo no tempo e espaço, devido às mudanças das sensações labiríticas, do tônus de sustentação, da posição da cabeça, além de não poder se desligar das componentes: respiração, propulsão e empuxo. Assim, será necessário que o indivíduo refaça um conjunto de referências, procurando-se adaptar à nova posição. A tabela 2 aponta uma comparação das alterações de comportamento no meio terrestre e no meio aquático com relação ao equilíbrio. Tabela 2: Comparação das alterações de comportamentos no meio terrestre e no meio aquático, em termos de equilíbrio (adaptado de Mota, 1990).

Meio Terrestre Meio Aquático

Posição do corpo Vertical Posição do Corpo Horizontal

Cabeça Vertical Cabeça Horizontal

Olhar Horizontal Olhar vertical

Apoios plantares Perda de apoios plantares

Ação exclusiva da força da gravidade Ação das forças da gravidade e empuxo hidrostático

Quanto ao Equilíbrio dividimos este fundamento em 3 principais componentes básicos.

- Equilíbrio Vertical; - Equilíbrio Horizontal - Flutuação ventral e dorsal; - Equilíbrio Misto e Dinâmico: deslizes, giros, balanços e inversões;

Equilíbrio Vertical O primeiro desafio do professor é fazer com a criança perca os apoios fixos no solo. O equilíbrio vertical na água é ponto muito importante para que o principiante possa se sentir calmo, sem medo de afundar na água por qualquer coisa. Fases de desenvolvimento do equilíbrio vertical:

- Reconhecimento do ambiente externo da piscina; - Apresentação da piscina e entrada na água; - Reconhecimento do ambiente interno da piscina com apoio das mãos; - Equilíbrio vertical sem apoio das mãos; - Equilíbrio em locais profundos, com auxílio de implementos flutuadores;

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Equilíbrio Horizontal Nesta etapa da aprendizagem será trabalhada a horizontalidade do corpo no meio líquido, tanto em posição dorsal como ventral. Ambas se fundamentarão na manutenção permanente do equilíbrio do corpo, incluindo as múltiplas posições que oferece a atividade aquática, o que representa um marco da passagem do não nadador para o nadador pela possibilidade de utilização dos membros em ações propulsivas. No equilíbrio horizontal ocorrem mudanças apreciáveis na propriocepção, habilidade de percepção do seu corpo no tempo e espaço, devido às mudanças das sensações labirítimicas, do tônus de sustentação, da posição da cabeça, além de não poder se desligar das componentes: respiração, propulsão e empuxo. As formas clássicas para o desenvolvimento desta habilidade são:

- Atividades de deitar em colchões ou tapetes de diversas espessuras e flutuabilidade, partindo dos mais para os menos flutuantes até sua total retirada;

- Atividades que incluem a ultrapassagem de obstáculos superiores e inferiores em que o corpo perde o contato parcial ou total dos pés com o chão;

- Progressão do trabalho com implementos flutuadores até o apoio nas mãos, com posterior retirada gradativa destes;

- Experimentações das posições de flutuação com auxílio corporal e retirada destes gradativamente;

- Atividades de deitar e deslizar até algum elemento deixando o corpo em suspensão, em distâncias gradativas;

Equilíbrio Misto e Dinâmico Esta componente é identificada pelas posturas e movimentações com variações nos diferentes planos e nos três eixos corporais: longitudinal, transversal e ântero-poterior. Os deslizes, balanços, giros e inversões se tornam também importantes componentes aquáticas, pois à medida que as crianças dominam suas execuções em diversos planos estão ampliando suas possibilidades de domínio espacial aquático em suas três dimensões. Ao realizá-los, os estímulos sensoriais oferecidos aos sistemas proprioceptivos labiríntico e cinestésico são muito intensos, fornecendo assim importantes informações que estarão contribuindo para a aquisição da consciência corporal, da precisão de movimentos, de atitudes corporais adequadas nos movimentos, além da aquisição de vários conceitos relativos à percepção do espaço. Podemos considerar ainda que a aprendizagem e prática de giros e balanços poderá servir como um pré-requisito para técnicas futuras como respiração lateral, giro do corpo nos nados, viradas simples e olímpicas, assim como os deslizes e as inversões são pré-requisitos para as saídas e as viradas. As atividades estimuladas para desenvolvimento destas componentes aquáticas são:

- Manuseios dos corpos das crianças que provocam os balanços e giros; - Exploração na utilização de implementos flutuadores que facilitam ou

provocam os balanços, as quedas e os giros em diferentes eixos; - Exploração na utilização de equipamentos que facilitam ou provocam as

quedas, os deslizes e as inversões em diferentes planos e eixos; - Atividades que estimulam os balanços, os giros e as inversões sem auxílio de

implementos em torno dos vários eixos corporais e nas três dimensões do espaço aquático.

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Saltos da Borda São as formas da criança penetrar na piscina. Os padrões de entrada na água variam com a idade e a experiência da criança. Implica em uma seqüência de desequilíbrios e equilíbrios posturais desde a fase aérea até o final da fase subaquática. Portanto, esta componente tem íntima relação com as anteriores, ou seja, é necessário a aquisição do controle corporal no ar e na água para a efetivação dos saltos.

Nessa etapa é importante o aumento progressivo dos planos de partidas dos saltos para a adaptação gradativa à visão de profundidade. As atividades e condutas estimuladas são:

- Entradas na água saltando da posição assentada graduando a altura dos planos de partida;

- Entradas na água saltando da posição de pé graduando a altura dos planos de partida;

- Entradas na água saltando de diversas formas graduando a altura dos planos de partida;

- Entradas na água saltando de cabeça de planos progressivos abaixo da superfície até acima dela, utilizando elementos que direcionam o movimento e direção da cabeça e do corpo;

Respiração A respiração é uma das fases mais importantes neste período de aprendizagem. Toda dificuldade do nadador em executar a natação reside apenas no fato de não poder de início, controlar a forma de respiração. A utilização de músicas, exercícios de assoprar a água ou qualquer material em princípio são importantes, passando posteriormente para colocação do rosto, cabeça na água e procura de objetos no fundo da piscina. Antes de solicitarmos á criança executar atividades mais específicas, devemos conscientizá-la da respiração (entrada do ar nos pulmões deverá ser feita pela boca - Inspiração, e a saída, pela boca, nariz ou ambos - Expiração). Essa conscientização poderá ser feita com exercícios dirigidos, através de materiais simples, como bexigas, canudos com pequeno diâmetro, bolas de pingue-pogue ou ainda cachimbo de brinquedo com bolinha (através da expiração controla-se a elevação da bolinha). Algumas crianças podem apresentar dificuldades ocasionadas por problemas internos, como desvio de septo, e ou obstrução parcial das vias respiratórias, etc.. Assim caberá ao professor tentar detectar, comunicando aos responsáveis, a fim de tomarem as devidas providências.

A apropriação do comportamento desejado para o meio aquático não é instantâneo. Esta aquisição passa por um conjunto de comportamentos previsíveis e sequenciáveis (LANGENDORFER e BRUYA, 1995). Os referidos autores consideram como componentes básicas da prontidão motora associadas à habilidade "respiração" o controlo respiratório. A tabela 3 apresenta a sequência de comportamentos tendo em vista o domínio desta componente, segundo LANGENDORFER e BRUYA (1995).

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Tabela 3 Sequência de comportamentos tendo em vista o domínio das componentes associadas à habilidade "respiração" (adaptado de LANGENDORFER e BRUYA, 1995).

Controle Respiratório

Nível Etapa Componentes críticos

1. Bloqueio respiratório 1. Bloqueia a respiração quando a face é imersa

2. Adaptação à mucosa da boca e do nariz

2. Introduz e expele voluntariamente a água da boca

3. Imersão voluntária da face 3. Permite a imersão parcial da face, bloqueando por curtos períodos a respiração

4. Ciclos respiratórios 4. Pode e consegue imergir completamente a face, controlando a respiração

5. Ciclos respiratórios ritmados 5. Combina a respiração com o movimento dos quatro membros propulsivos.

A sequência metodológica para desenvolvimento dessa habilidade motora aquática básica pode ser a seguinte:

- Descontração facial - Imersão da cabeça - Apnéia voluntária - Visão subaquática - Expiração no meio líquido - Respiração vertical - Respiração frontal associada ao movimento de pernas - Respiração lateral com prancha - Respiração lateral com braço girando - Respiração bilateral com prancha e braço. - Ritmo respiratório - Controle respiratório

Propulsão A propulsão está intimamente relacionada com o equilíbrio. Só aquisição do equilíbrio horizontal permite a capacidade de utilização dos membros, braços e pernas, em ações motoras convenientes. A tabela 4 apresentam as alterações em termos de propulsão que se verificam no meio aquático, segundo MOTA (1990). Tabela 4: Comparação das alterações de comportamentos no meio terrestre e no meio aquático, em termos de propulsão (adaptado de MOTA, 1990).

Meio Terrestre Meio Aquático Dominantemente equilibradores

Membros superiores Dominantemente propulsivas

Dominantemente propulsivas Membros inferiores Dominantemente equilibradores

A Força Propulsiva Efetiva, em condições de escoamento estável, decorre da

componente na direção do deslocamento da resultante entre a Força de Arrasto Propulsivo e da Força Ascensional (SCHLEIHAUF, 1979). Já em condições de escoamento instável, a propulsão explica-se devido à produção de vórtices (COLWIN, 1992).

Acresce-se que quanto menor for a intensidade da Força de Arrasto Hidrodinâmico oposta à direção de deslocamento do sujeito, maior será a velocidade de nado para uma dada intensidade de Força Propulsiva. Assim, o aumento da velocidade de nado decorre do aumento da intensidade da Força Propulsiva e da diminuição da intensidade das diversas componentes da Força de Arrasto Hidrodinâmico oposta à direção do deslocamento do sujeito, isto é, do Arrasto de Fricção, do Arrasto de Pressão e do Arrasto de Onda.

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A sequência metodológica para desenvolvimento dessa habilidade motora aquática básica pode ser a seguinte:

- Deslocamentos submersos; - Propulsão de membros inferiores; - Tração de membros superiores; - Sobrevivência Aquática; - Propulsão rudimentar de braços; - Sustentação da cabeça fora d’água (Cachorrinho); - Crawl rudimentar;

Manipulações

As manipulações consistem em manter uma relação de interação entre o indivíduo e um ou vários objetos, permitindo explorá-lo(s) e, simultaneamente, explorar todas as suas possibilidades (MORENO e SANMARTÍN, 1998). No caso concreto das atividades aquáticas, esses objetos são usualmente materiais auxiliares como, por exemplo, as placas, as barras para efetuar imersões ou, os flutuadores.

São considerados casos particulares de manipulações aquelas que são realizadas com as bolas, como sejam os lançamentos, os passes e as recepções. Os lançamentos podem ser realizados a um determinado alvo - ou não - com o próprio corpo ou com outro(s) objeto(s). No caso do objeto ser lançado a um outro indivíduo que por sua vez o recebe, denomina-se de passe. Já as recepções poderão ser efetuadas com determinada parte do corpo, parado ou em movimento.

A apresentação destas habilidades é especialmente benéfica para a posterior abordagem de habilidades desportivas características de determinados jogos desportivos coletivos realizados no meio aquático, como é o caso do Pólo Aquático.

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Capitulo 2: Salvamento Aquático

Conceito Compreende-se por salvamento aquático todas as operações realizadas em rios, lagoas, represas, mar, enchentes, piscinas e outros mananciais de água, visando à prevenção da integridade física de pessoas que se envolvam em ocorrências em que a água seja o agente causador de acidentes.

Prevenção de afogamentos Abrange todas as medidas necessárias para se prover a segurança de banhistas de modo a se evitar afogamentos. Nos dias mais quentes, a população de forma geral procura piscinas, rios, lagoas, represas e praias, para se banhar ou mesmo andar de barcos, esquecendo muitas vezes dos perigos de afogamentos que sempre surgem para aqueles que, além de não saberem nadar, são imprudentes e não respeitam as normas de segurança. Em locais de maior afluência popular, como represas e praias, o Corpo de Bombeiros designa Guarda-vidas para prevenção de afogamentos e para a realização de salvamentos. Na periferia das cidades, especialmente as crianças, quase sempre sem o conhecimento dos pais, procuram qualquer buraco que tenha água para nadar, e é principalmente nesses locais mais isolados que o Policial Militar deve intervir, visando à segurança da população, através da interdição da área de perigo. Basicamente uma adequada prevenção de afogamentos se faz através de sinalização e orientação, treinamento, observação dos banhistas, emprego de equipamentos adequados, advertências e campanhas educativas e de esclarecimento.

Acidentes no meio líquido Todo ser vivo é constituído de células ou por grupamentos de células, que se diferenciam, entre si, para formar diversos tecidos e esses tecidos sofrem adaptações para formar os órgãos. Para manutenção da célula e também para garantir uma vida saudável, é necessário que o indivíduo apresente uma boa Função Cardiorrespiratória, a fim de que a célula seja abastecida com oxigênio e também para que dela seja retirado o Gás Carbônico.

O Sistema Respiratório É através da respiração que o organismo obtém o O2 e elimina o CO2, sendo que tal troca gasosa é realizada pelos órgãos e estruturas do aparelho respiratório, que é constituído por:

1) fossas nasais; 2) faringe; 3) laringe; 4) traquéia; 5) pulmões (brônquios, bronquíolos e alvéolos).

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Na inspiração, o ar entra pelas vias aéreas, e vai até os alvéolos pulmonares, que são completamente envolvidos por finos vasos sangüíneos, denominados capilares. É entre os capilares e os alvéolos que ocorre a troca gasosa, onde o O2 passa para o sangue (hematose) e o CO2 sai do sangue e vai para os alvéolos. Uma vez no sangue, o O2 junta-se a uma proteína chamada HEMOGLOBINA e é transportado, pela circulação, até o coração e depois para todas as células do corpo. Uma vez dentro da célula, o O2 é captado pelas mitocôndrias, que irão utilizá-lo na produção de energia. Como resultado dessa produção temos o CO2 que é expelido da célula, cai na corrente sangüínea, vai até o coração e de lá, chega novamente aos pulmões, e é jogado para fora do corpo através da expiração, e então novamente inicia-se o ciclo. Os movimentos de inspiração e expiração ocorrem graças aos movimentos dos músculos entre as costelas (intercostais) e ao diafragma, que separa o tórax do abdome.

Tipos de acidentes no meio líquido

Síndrome da Imersão Também conhecida como hidrocussão ou choque térmico, ainda não tem suas causas totalmente explicadas, mas sabemos que ela causa uma arritmia cardíaca, devido a uma súbita exposição à água fria, podendo levar a uma Parada Cardiorrespiratória ( PCR) e consequente morte. Este tipo de acidente pode ser evitado se antes de entrarmos na água molharmos o rosto. Nos casos de Síndrome de Imersão em que não houve afogamento, deve-se sempre monitorar os sinais vitais da vítima, pois ela pode entrar em colapso a qualquer momento, necessitando então de uma rápida intervenção do socorrista a fim de que sejam restabelecidas suas funções vitais (pulso e respiração).

Hipotermia É a diminuição da temperatura corpórea devido à exposição a temperaturas acima ou abaixo do ponto de congelamento, podendo causar arritmia cardíaca, seguida de PCR, perda da consciência e consequente afogamento. Uma vítima pode sofrer de congelamento caso seu corpo perca mais calor do que ele produz. Os casos de morte por hipotermia variam entre 20 a 85%. Os tipos de hipotermia variam de acordo com a temperatura da vítima, sendo que para se medir a temperatura é necessário que se tenha um termômetro que indique temperaturas baixas, ou seja, que possuam espectro maior do que os convencionais, pois os últimos somente indicam temperaturas entre 35 e 44º C. O termômetro mais indicado é o retal, pois possui espectro entre 28,6 e 44º C. Na hipotermia suave (acima de 32º C) a vítima apresenta tremedeira, discurso incompreensível, lapsos de memória, mãos atrapalhadas. Devido à queda da temperatura corpórea, teremos uma vaso constrição periférica, o que irá causar a cianose das extremidades e mucosas. Enquanto o congelamento atinge mãos e pés as vítimas de hipotermia queixam-se de dores nas costas e abdome. Na hipotermia profunda: (abaixo de 32º C) não há tremedeira, ao contrário, ocorre na maioria das vezes o enrijecimento dos músculos (similar à “rigidez cadavérica”). A pele da vítima apresenta uma coloração azulada e não

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responde à dor. O pulso e a respiração diminuem sensivelmente e as pupilas dilatam-se, aparentando a vítima estar morta. Geralmente entre 50 e 80% das vítimas de hipotermia morrem. Como sabemos, a temperatura média do corpo varia entre 36 e 37º C, o quadro de hipotermia inicia-se quando a temperatura do corpo cai abaixo dos 35º C, o que pode variar de organismo para organismo. O socorrista que irá atender vítimas desse tipo de acidente deverá, tão breve quanto possível, aquecer a vítima, conduzir ao PS e sempre monitorar os sinais vitais.

Afogamento Entende-se por afogamento a aspiração de líquido não corporal causando asfixia, o que pode se dar pela aspiração de água, causando um encharcamento dos alvéolos pulmonares, ou pelo espasmo da glote, que pode vir a fechar-se violentamente obstruindo a passagem do ar pelas vias aéreas, sendo que tais espasmos tão violentos são extremamente raros. No caso de asfixia com aspiração de água, ocorre uma diminuição ou mesmo a paralisação da troca gasosa, devido o liquido postar-se nos alvéolos, não deixando assim que o O2 passe para a corrente sangüínea, e impedindo também que o CO2 saia do organismo. A partir daí as células que produziam energia com a presença de O2 (aerobicamente), passarão a produzir energia sem a presença dele (anaerobicamente), causando várias complicações no corpo, como, por exemplo, a produção de ácido lático, que vai se acumulando no organismo proporcionalmente ao tempo e ao grau de hipóxia (diminuição da taxa de O2). Associado à hipóxia, o acúmulo de ácido lático e CO2, causam vários distúrbios no organismo, principalmente no cérebro e coração, que não resistem sem a presença do O2. Soma-se também a esses fatores a descarga adrenérgica, ou seja, a liberação de adrenalina na corrente sangüínea, devido à baixa de O2, o estresse causado pelo acidente e também pelo esforço físico e pela luta pela vida, causando um sensível aumento da freqüência cardíaca, podendo gerar Arritmias Cardíacas (batimentos cardíacos anormais), que podem levar à parada do coração. A adrenalina provoca ainda uma constrição dos vasos sangüíneos da pele que se torna fria podendo ficar azulada, tal coloração é chamada de cianose. A água aspirada e deglutida provoca pequenas alterações no sangue, tais como aumento ou diminuição na taxa de Sódio e de Potássio, além do aumento ou diminuição do volume de sangue (hiper ou hipovolemia), (dependendo do tipo de água em que ocorreu o acidente), e destruição das hemáceas. Com o início da produção de energia pelo processo anaeróbio, o cérebro e o coração não resistem muito tempo, pois bastam poucos minutos sem oxigênio (anóxia), para que ocorra a morte desses órgãos. Levando-se em consideração que a água do mar possui uma concentração de 3% de NaCl (Cloreto de Sódio), e que o plasma sanguíneo possui uma concentração de apenas 0,9% de NaCl, caso seja aspirada água do mar, ela por ser mais densa que o sangue, promove uma “infiltração”, por osmose, do plasma no pulmão, que fica encharcado, além de ocorrer a hemoconcentração, tornando ainda mais difícil a troca gasosa. Caso o afogamento ocorra em água doce, que possui concentração de 0% de NaCl, ocorre exatamente o contrário, devido o plasma ser mais denso que a água doce, fazendo com que a água passe para a corrente sanguínea causando uma hemodiluição e hipervolemia. Além desses fatores, a vítima de afogamento, tanto em água doce como salgada, geralmente desenvolverá um quadro de Inflamação

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Pulmonar, podendo evoluir para um quadro de Pneumonia (Infecção Pulmonar), devido à água aspirada e também pelas impurezas e microorganismos nela encontrados. Apenas para conhecimento, em caso de anóxia, as células do coração podem resistir de 5 min até 01 hora, mas os neurônios, que são as células cerebrais, não resistem mais que 3 a 5 min. INCIDÊNCIA DE MORTES POR AFOGAMENTO:

- Mundial =150.000 casos por ano. - Brasil EM 1998=7.183 mortes.

Divisões do afogamento: 1. Afogamento primário É aquele decorrente diretamente do afogamento, sem que haja qualquer fator determinante anterior ao acidente. 2. Afogamento secundário É aquele em que a causa imediata da morte é o encharcamento alveolar, mas que isto decorreu de um fator determinante anterior. Exemplos: uma convulsão, um AVC, um infarto do miocárdio, um tiro, um suicídio, a embriaguez, a queda de uma costeira com consequente inconsciência, etc. Principais Causas de Afogamento

- Abuso de álcool e drogas durante a natação recreativa; - Saltos de cabeça em locais desconhecidos ou em águas rasas; - Superestimar a própria condição técnica e física. Acontece quando o nadador

nada demais, vai para longe e não consegue retornar, ocorrendo principalmente com os mais jovens que mais frequentemente tem dificuldades de reconhecer seus limites. Segundo Szpilman (Timerman, 2000), quase 50% dos mortos no município do Rio de Janeiro achavam que sabiam nadar;

- Cair de repente em água funda. Pode ocorrer com as pessoas que estão perto da água, por exemplo, com pescadores amadores, ou mesmo no mar em locais que há desníveis;

- Acidentes envolvendo barcos pequenos e médios; - Emergências médicas tais como ataques cardíacos; - Acidente que pode surgir após uma refeição exagerado; - Tentativa de salvamento de outra pessoa sem os conhecimentos técnicos

necessários; Outras causas de acidentes aquáticos podem ser citadas como o pânico, a hipotermia, e o “apagamento”, ou seja, um desmaio ocasionado pela hiperventilação antes de atividades de submersão (Amaral & Rocha, s/d.). Graus de afogamento Afogamento Grau 1 As vítimas que apresentam esse grau de afogamento, aspiraram uma quantidade mínima de água, suficiente para produzir tosse. Geralmente têm um aspecto geral bom, e a ausculta pulmonar normal ou com sibilos ou roncos, sem o aparecimento de estertores sendo que seu nível de consciência é bom com a vítima apresentando lucidez, porém podem estar agitadas ou sonolentas.

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Tais vítimas sentem frio e têm suas freqüências cardíacas e respiratórias aumentadas devido ao esforço físico, estresse do afogamento e também pela descarga adrenérgica. Não apresentam secreções nasais e bocais e podem ainda estar cianóticas devido ao frio e não devido à hipóxia. TRATAMENTO:

- Verificação dos sinais vitais; - Fazer a vítima repousar; - Tranquilizar; - Aquecer; e - Conduzir ao hospital caso necessário.

Afogamento Grau 2 É apresentado pelas vítimas que aspiram quantidade de água suficiente para alterar a troca gasosa (O2 – CO2). São vítimas lúcidas, agitadas ou desorientadas, e se for constatada cianose2, nos lábios e dedos, temos o comprometimento do sistema respiratório. Verifica-se também o aumento das frequências cardíacas e respiratórias, sendo notada também a presença de estertores3 durante a auscultação pulmonar de intensidade leve a moderada, em alguns campos do pulmão. TRATAMENTO:

- Verificação dos sinais vitais; - Aquecimento corporal; - Apoio psicológico; - Tratar estado de choque; e - Atendimento médico especializado.

Afogamento Grau 3 Neste grau de afogamento a vítima aspira uma quantidade importante de água, apresentando sinais de insuficiência respiratória aguda, com dispneia intensa (dificuldade respiratória), cianose de mucosas e extremidades, estertoração intensa, indicando um edema pulmonar agudo, e também a presença de secreção nasal e bocal. Deve-se tomar cuidados com as vítimas no que tange à vômitos, pois pode ser um fator de agravamento caso não sejam tomadas medidas para evitar a aspiração. Para evitar que haja aspiração de vômito, deve-se virar a cabeça da vítima para o lado. No grau 3 a vítima apresenta nível de consciência de agitação psicomotora ou torpor (acorda se estimulado intensamente) e apresenta também taquicardia (freqüência cardíaca acima de 100 batimentos por minuto), contudo sem hipotensão arterial (pressão arterial sistólica menor que 90mmHg). TRATAMENTO:

- Verificação dos sinais vitais; - Ministrar O2 de 10 a 15 Lpm, devido à dispnéia; - Aquecimento corporal;

2 Cianose é um sinal ou um sintoma marcado pela coloração azul-arroxeada da pele, leitos ungueais ou

das mucosas. Ocorre devido ao aumento da hemoglobina não oxidada (desoxi-hemoglobina) ou de pigmentos hemoglobínicos anormais. 3 Agonia, respiração anormal e ruidosa dos moribundos.

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- Tratar o estado de choque; e - Atendimento médico especializado.

Afogamento Grau 4 Afogamento de grau 4 assemelha-se muito com o de grau 3, no que tange à quantidade de água aspirada, porém o nível de consciência pode variar de agitação ao coma sendo que a vítima quando em coma não desperta mesmo com estímulo doloroso intenso. A vítima apresenta taquicardia e também um quadro de hipotensão ou choque. Cabe lembrar que as diferenças entre o grau 3 e o grau 4 só serão importantes para o atendimento hospitalar, sendo que para o socorrista o procedimento não difere muito de um caso para o outro. TRATAMENTO:

- Verificar sinais vitais; - Ministrar O2 de 10 a 15 Lpm; - Aquecer a vítima; - Tratar o estado de choque; e - Atendimento médico especializado.

Afogamento Grau 5 Nos casos de afogamento em grau 5, a vítima apresenta-se em apnéia (parada respiratória), contudo apresenta pulso arterial, indicando atividade cardíaca. Apresenta um quadro de coma leve a profundo (inconsciente) com cianose intensa grande quantidade de secreção oral e nasal. TRATAMENTO:

- Verificação dos sinais vitais; - Efetuar ventilação na vítima (boca a boca, AMBU); - Aquecer a vítima; - Tratar o estado de choque; e - Atendimento médico especializado.

Afogamento Grau 6 Trata-se da Parada Cardiorespiratória, representada pela apnéia e pela ausência de batimentos cardíacos. TRATAMENTO:

- Efetuar Reanimação Cardio Pulmonar; - Em se obtendo sucesso na RCP deve-se aquecer a vítima; - Tratar o estado de choque; e - Atendimento médico especializado.

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Apagamento: O apagamento, como é conhecido na área de salvamento aquático, é uma forma de desmaio, que ocorre em exercícios de apnéia em submersão, e caso a vítima não seja retirada imediatamente pode ocorrer um quadro de asfixia violenta e aguda por afogamento. Antigamente, ouvia-se falar sobre esses casos somente com mergulhadores de caça submarina; hoje sabe se de casos em piscinas, onde na maioria dos casos, a pessoa competia consigo mesma ou com outros indivíduos para aumentar a distância percorrida debaixo d’água ou a duração de apnéia subaquática. Hiperventilando, ou seja, inspirando profundamente e por diversas vezes seguidas faz com que o dióxido de carbono seja liberado, baixando o seu nível, diminuindo assim o reflexo involuntário da respiração, e assim o aviso da necessidade de respirar vem tarde, e o indivíduo “apaga”,ou seja, pode ocorrer assim uma forma de desmaio, denominado apagamento (Silva, 1995; Tafuri, 1997 e Mc Ardle, 1998). As investigações demonstram que esses indivíduos hiperventilam antes de mergulhar, reduzindo sua pCO2 arterial a níveis em torno de 20 mmHg, durante o período de submersão, a pCO2 pode elevar-se apenas aos valores alveolares usuais de 40 a 44 mmHg, enquanto a pO2 arterial se precipita a níveis de 30 a 40 mmHg, daí resultando hipóxia cerebral e perda de consciência. Essa prática de hiperventilação é, pois, perigosa e deve ser desencorajada (López, 1979). Complicações do Afogamento: Se a vítima sobrevive aos cuidados imediatos, deverá ser acompanhada, pois nos próximos minutos, horas ou dias, poderá apresentar alguma complicação decorrente do afogamento como: febre, pneumonia, coma, edema pulmonar, arritmia cardíaca, abscesso pulmonar, entre outras. Eles devem ser internados e vigiados cuidadosamente. Duas complicações importantes, que podem ser fatais são: o edema agudo do pulmão e as infecções respiratórias (pneumonia e broncopneumonia). Nos afogados em água doce podemos assinalar hemólise com hemoglobinúria que poderia ser a causa de uma necrose tubular aguda. Havendo danos no sistema nervoso pela falta de oxigênio, poderemos ter seqüelas nervosas (Alves, 1980). O mecanismo de morte no afogamento é um ponto controvertido, e que pode depender de mais de um fator.

Resgate e Salvamento Aquático

É um dever de todo profissional que lida com o meio aquático utilizar se de algumas medidas preventivas para minimizar os acidentes. Destacamos as seguintes medidas preventivas: 1) Aprender nadar é a regra básica para prevenir acidentes na água. A água não é o ambiente do homem, e essa inadaptação pode ser causa de acidentes. A prevenção consiste principalmente no desenvolvimento de programas educacionais e de treinamento em natação, sobretudo nas escolas e clubes esportivos. 2) Conscientização dos riscos da prática de natação e esportes aquáticos após ingestão de drogas e bebidas alcoólicas. Além de produzir a incoordenação dos atos de defesa, propicia condições especiais, metabólicas, que facilitam o êxito asfíxico. 3) Não nadar após refeição exagerada, em pleno período de digestão. Após uma refeição exagerada, grande quantidade de sangue acumula-se nos vasos do aparelho digestivo. O esforço físico exigido na natação aumentará as necessidades de oxigenação do corpo, que não

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será suficiente, principalmente ao cérebro, devido a sobrecarga funcional dos órgãos digestivos. Poderá ocorrer um desmaio resultante da deficiência no funcionamento normal do cérebro. A asfixia decorrente do afogamento vai agravar o quadro, aumentando ainda mais a deficiência de oxigênio ao cérebro e daí, sobrevir lesões graves ou a morte. Segundo Szpilman (2001)89% dos afogamentos ocorrem na hora do almoço ou logo após. 4) Nunca nadar sozinho, pode acontecer algum imprevisto como cãibra, problema cardíaco, por exemplo, e não haverá ninguém para ajudar ou pedir por socorro. 5) Crianças não devem ser deixadas à vontade em locais onde exista água, elas não possuem noção do perigo, nem mesmo que seja uma poça. Segundo Szpilman (2001) 89% das crianças afogadas não tem supervisão de adulto. 6) Boias de braço e objetos flutuantes proporcionam uma falta sensação de segurança na água. 7) Evite deixar brinquedos próximos da piscina, isto atrai as crianças. 8) Ensine as crianças a nadar com 2 anos ou o mais cedo possível. 9) Não mergulhar de cabeça sem colocar as mãos à frente, se a água for pouco profunda, a cabeça estará desprotegida, podendo machucá-la ou ainda prejudicar a coluna. 10) Conhecer a temperatura e as condições locais da água. É bom escolher locais seguros para participar de atividades recreativas, verificando se pode haver perigo como ondas, correntes, vida aquática, objetos debaixo d’água, diversas profundidades, condições ruins do tempo, etc. 11) Não tentar percorrer grande distância a nado a menos que um barco contendo uma bóia ou um cinto salva-vidas acompanhe todo o percurso, pois poderá ocorrer esgotamento físico. 12) Não realizar hiperventilação, para evitar o “apagamento”. 13) Conhecer algumas noções de socorros de urgência. Szpilman (2001) 40% dos responsáveis de piscinas não sabem realizar primeiros socorros. 14) Vestir-se apropriadamente para a atividade aquática, a sunga e o maiô é o ideal. Nadar com roupas é mais difícil e cansativo, além de ficar pesada quando está molhada. 15) Aprender a sair de situações de emergência individual, como, por exemplo, a cãibra. 16) Saber como agir para ajudar a tirar outras pessoas destas situações, tomando cuidados para também não se tornar uma segunda vítima, pois muitas pessoas morrem desta forma. 17) Canos, bóias, cordas, pranchas de salvamento, devem ser sempre colocados à vista e de fácil acesso para ser usado imediatamente em caso de necessidade. 18) Utilizar-se do colete salva-vidas em embarcações aquáticas, sabendo ou não nadar, pois no caso da embarcação virar, alguém pode ficar inconsciente ou bater a cabeça e é mais provável que se salve. 19) Como o afogamento é responsável por grande número de morte entre epilépticos, estes devem receber uma atenção especial. 20) Barreiras adequadas em torno de piscinas, grades de 1.50 metros e 12 cm isolando a piscina, diminuem em 50 a 70% o número de afogamento. 21) Na maioria dos casos, as primeiras pessoas a chegar ao local onde ocorreu o acidente são amigos ou parentes da vítima, o que salienta a importância de se treinar uma substancial parte da população nas técnicas de recuperação e de respiração boca-a-boca. 22) Conhecer e respeitar a regras locais. 23) Não superestimar sua capacidade conhecendo suas limitações. 46.6% dos casos de afogamentos as vítimas achavam que sabiam nadar. 24) Só pedir ajuda quando realmente necessitar. 25) Não saltar, correr ou perseguir outros em volta da piscina para não correr o risco de escorregar ou chocar-se com alguém. 26) Antes de mergulhar ou saltar na água verificar se não há outros nadadores por perto para não pular em cima deles e ocasionar acidentes.

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O profissional deve preocupar-se sempre em adicionar conhecimentos sobre regras de uso e prevenções de acidentes em locais fora da piscina, como rios, praias, lagos, etc. Passar aos alunos informações como essas são de grande importância.

Manobras de Salvamento A rapidez no socorro é importante, porém qualquer precipitação poderá frustar o salvamento e colocar a vida do socorrista em perigo. Se uma pessoa que não tem condições, ou não sabe nadar, localizar uma vítima, deverá anotar o local exato onde ela se encontra e procurar ajuda, preservando assim sua vida.

Se possível, deve-se alcançar a vítima da margem com a mão, toalha, corda ou bastão, ou ainda o aquatubs (macarrão ou minhocão), que é um material utilizado na natação e na hidroginástica. O socorrista poderá atirar qualquer objeto flutuante para a vítima e mantê-lo entre eles, para evitar que seja agarrado. Poderemos utilizar outros materiais flutuantes como uma prancha de isopor, material próprio para surf, câmaras de ar infladas, boias, um pedaço de pau, tábua ou uma corda, para que o acidentado se acalme até a chegada do socorrista. Para maior segurança o socorrista pode no resgate manter-se ligado a uma corda presa em algum lugar ou em alguém na margem.

ENTRADA NA ÁGUA O tipo de entrada deve depender da profundidade da água, do conhecimento das condições do fundo, da claridade da água, da altura do local e da distância da vítima.

Apesar do mergulho de cabeça proporcionar uma chegada mais veloz até a vítima, pode ser fatal em águas turvas e/ou pouco profundas.

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Existem outros três tipos de entrada na água. O primeiro é o abaixamento que deve ser utilizado para não movimentar muito a água, é útil quando a vítima pode submergir e tornar difícil encontrá-la, e quando há riscos de fraturas onde a movimentação da água poderá agravar o caso. Este consiste em ir abaixando-se lentamente até chegar à água, em seguida deve, se possível, caminhar ou nadar cuidadosamente com a cabeça alta. A segunda maneira de entrar na água é o salto com as pernas afastadas, tem a vantagem de se conseguir manter a cabeça acima da água podendo continuar observando a vítima inclusive no salto. Este consiste em saltar para frente como se tivesse caminhando na água, com uma perna à frente da outra.

O terceiro caso é classificado de salto compacto, que será mais aconselhável quando você tiver que saltar de uma altura maior. Como podemos observar na figura acima, o corpo adquire uma posição vertical (em pé, com os pés unidos, com os braços junto ao corpo ou abduzidos na lateral para aumentar o equilíbrio e saltar para cima e para frente). APROXIMAÇÃO É muito importante manter a calma na aproximação e executar movimentos com segurança e destreza. Algumas características importantes para uma aproximação eficiente são: chegar rapidamente até a vítima para que o caso não se agrave mais e manter a vítima a vista para que possa localizá-la com precisão caso haja sua submersão. Para aproximar-se da vítima pode-se utilizar o nado crawl com a cabeça alta, como no pólo. Ele permitirá uma ótima visualização e uma chegada rápida até a vítima, porém é extremamente cansativa. Com o intuito de diminuir a resistência causada pela água e não cansar tanto, pode se utilizar o crawl com a cabeça baixa e levantá-la de vez em quando para não perder a vítima de vista.

O nado peito, apesar de mais lento, é menos cansativo e ideal para águas agitadas porque permite uma maior visualização da vítima. Uma das características da vítima é o desespero. Por esta razão deve-se evitar o "agarramento", que será inevitável se o socorrista estiver ao alcance da mesma. Por isso é importante que a aproximação seja pelas costas. Algumas palavras de apoio podem ajudar, transmitindo segurança e tranqüilidade para o acidentado. Existe outra maneira de aproximação é em submersão pela frente, segurando por fora e entre as pernas da vítima, virando-a de costas para o socorrista. Este movimento é facilmente executado na água.

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DESVENCILHAMENTO Desvencilhamento é a técnica que o salva-vidas utiliza para se soltar da vítima em pânico, imobilizá-la e rebocá-la até o local desejado. A vítima tenta respirar de qualquer maneira e agarra qualquer coisa que esteja ao seu alcance. Isso acontece pelo seu instinto de conservação, tendo suas forças redobradas pelo pânico. Quando agarrados teremos a preocupação de nos livrar sem machucar a vítima. Caso a vítima agarre o socorrista em um dos braços este poderá utilizar-se deste agarre para rebocá-lo, utilizando o outro braço para nadar. Uma das maneiras de desvencilhamento seria ir em direção ao fundo. Como a intenção da vítima é ir a procura de oxigênio, ela não irá acompanhá-lo.

Se tivermos os dois braços agarrados podemos soltar um deles fazendo pressão para baixo e para fora do lado de seu polegar. Esta técnica é muito utilizada no judô, e parte do princípio de que o dedo polegar é mais fraco do que a pegada dos outros quatro dedos. Ao mesmo tempo utilizamos o outro braço que continua agarrado e viramos a vítima de costas para rebocá-la. Se a vítima agarrá-lo pela frente com os dois braços, o socorrista deverá, passar uma das mãos entre os braços da vítima e pressionar seu queixo para trás.

Caso o agarre seja pelas costas com ambos os braços no pescoço, o socorrista deverá agir segurando com uma das mãos no pulso e a outra no cotovelo do braço da vítima que está por baixo, empurrando-o para cima. Nesta situação a vítima poderá apertar o pescoço do socorrista o que causaria uma dificuldade de respiração, se o socorrista virar o pescoço para a lateral estará se protegendo da asfixia. REBOQUE O indivíduo flutua naturalmente, devido ao ar que está nos pulmões. É preciso colocá-lo de costas, em posição horizontal com a boca e o nariz fora da água para que ele possa respirar e também para facilitar a flutuação.

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Para transportar um acidentado inconsciente é melhor segurá-lo pela parte posterior do pescoço e na testa. Se a vítima for um nadador cansado ou com cãibra, seria conveniente, colocá-lo de decúbito dorsal, com as pernas afastadas prendendo as pernas no quadril do rebocador e segure em seus ombros com os braços estendidos, utilizando nesta situação o nado peito como reboque. A técnica de reboque mais utilizada é chamada de reboque de peito cruzado, que propicia uma permanência da cabeça do acidentado mais alta. Esta técnica consiste em colocar a vítima de costas para o socorrista em decúbito dorsal passando o braço por cima do ombro do rebocado, no peito e por baixo do braço contrário. Deverá nadar com o braço livre, lateralmente e pernas com movimento de tesoura, ou com o movimento que tiver maior facilidade. TRAUMATISMO A principal preocupação quando uma pessoa cai ou mergulha em águas rasas é o traumatismo. Em caso de dúvida devemos considerar que há uma lesão na coluna vertebral com possível trauma medular. Assim não devemos movimentar o pescoço da vítima. O Dr. Szpilman (2001) diz que sempre que for realizar um salvamento com vítima inconsciente em água rasa, deve-se imobilizar a coluna cervical e tomar todas as medidas como se houvesse uma fratura. Caso a vítima esteja inconsciente e com ferimentos ao redor da cabeça e da face, causado pelo contato de algum objeto, ela também deverá ser tratada como se estivesse com lesão na coluna. Caso a vítima esteja consciente é importante perguntar se ela apresenta falta de sensibilidade nas extremidades, sofre paralisia ou formigamento de braços e pernas. Se a vítima estiver inconsciente ou, paralisada, ou ainda, se queixando de dor no pescoço deve-se utilizar para retira-la da água, uma tábua comprida e larga, que poderá ser uma prancha de surf ou um banco de madeira. Enquanto a vítima flutua colocar este objeto por baixo dela. Depois transporte-a para fora da água sobre a prancha. Caso o socorrista não tenha nenhuma tábua ou qualquer material semelhante, deverá utilizar ajuda de três ou mais pessoas para segurar ao longo do corpo da vítima (nuca, vértebras torácicas, quadril, fêmur, pernas e pés) para removê-la, ou caso não tenha ajuda e o estado da vítima esteja estável, o socorrista deverá aguardá-la mantendo o fraturado flutuando na água. RETIRADA DO ACIDENTADO DA ÁGUA Depois de ter rebocado a vítima é necessário assegurar que ela saia com segurança da água. Existem dois tipos de retirada, uma que serve para o sujeito consciente e prestativo e outra para o sujeito que esteja inconsciente. O sujeito consciente e prestativo, não requer muita habilidade do resgatador, consiste em dar apoio para os pés da vítima auxiliando para que ela suba com mais facilidade.

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No segundo caso o resgatador deverá auxiliar a flutuação da vítima apoiando-a na perna, colocando-a de frente para a borda da piscina, colocar as mãos do acidentado na borda, uma em cima da outra, o resgatador deve apoiar sua mão acima das mãos da vítima para que ela não volte a cair na água, saindo da piscina sem soltá-la. Ao puxá-la para fora, os braços da vítima deverão estar cruzados, e serão descruzados ao subi-la, virando-a de costas para a borda e colocando-a deitada próxima a piscina. A grande vantagem desta saída é que a vítima estará em posição que beneficiaria as manobras de ressuscitação.

RCP – REANIMAÇÃO OU RESSUSCITAÇÃO CARDIO-RESPIRATÓRIA A vítima consciente não precisará da ressuscitação cardio-respiratória (RCP), esta deve ser encorajada a tossir para remover qualquer obstrução. A tosse permite que a vítima utilize seus músculos brônquicos e da parede torácica produzindo pressão no ar que ainda permanece nos pulmões desobstruindo as vias aéreas.

A sobrevivência da vítima dependerá do estado de saúde desta, da duração da imersão, da quantidade de líquido aspirada e dos cuidados de emergência. A ressuscitação cardio-respiratória é um procedimento de emergência nos casos em que existe parada cardio-respiratória e o cérebro não recebe oxigenação, como pode ocorrer no caso do afogamento. Se a vítima apresentar rigidez cadavérica, estar em decomposição corporal ou permanecer em submersão à mais de uma hora, nenhuma manobra será eficiente (Szpilman, 2001).

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Os procedimentos de ressuscitação cardio-respiratória, ou ABC do socorro básico possui três etapas:

"A"- abertura das vias aéreas (desobstrução); "B"- respiração boca-a-boca e; "C"- circulação artificial (compressão torácica externa).

Quando a vítima está inconsciente é preciso certificar-se de que tenha suas vias aéreas desobstruídas. Para determinar se estão ou não, devemos seguir alguns passos. Primeiro observar se há movimentos respiratórios, depois ouvir os sons da respiração, aproximando a cabeça do socorrista na da vítima, e sentir se o ar está sendo expelido. É essencial que não se esqueça da possibilidade de um traumatismo na coluna cervical. Nestes casos deve-se evitar a extensão do pescoço. Caso a vítima esteja respirando, colocá-la na posição que permite maior drenagem: deite-a em decúbito lateral com um dos braços sob a cabeça, se estiver inconsciente flexione a perna de cima da vítima para evitar que ela role. Caso o paciente não esteja respirando é necessário iniciar imediatamente a respiração artificial. A respiração boca-a-boca é de grande importância neste momento. No entanto, a questão de segurança do socorrista tem que ser levada em conta. O uso de bocarilha apropriada permite que o socorrista possa executar a respiração artificial com conforto e segurança. No caso de uma pessoa conhecida e que o socorrista opte pela respiração boca-a-boca sem bocarilha, deve-se inspirar profundamente, selar os lábios da vítima firmemente com os seus, fechar o nariz desta, expirar observando se o tórax da vítima se expande e afastar a cabeça observando a saída do ar. Nas crianças (entre 01 a 08 anos de idade) deve-se ter o cuidado para não exceder a quantidade de ar insuflado; para tal, assim que o tórax da criança começar a erguer cessar a insuflação. Nos bebês, envolver simultaneamente a boca e o nariz e insuflar os pequenos pulmões apenas com o ar contido no interior de sua boca, através de um curto sopro (Corpo de Bombeiros, 1997). Conforme os procedimentos utilizados pelo corpo de bombeiros em um paciente adulto deve-se executar a ventilação uma vez a cada 5 segundos, se for uma criança com idade de 1 à 8 anos a cada 4 segundos e se tratar de um bebê com idade de 0 à 1 ano será à cada 3 segundos (Corpo de Bombeiros, 1997). Após duas insuflações, permitindo que o tórax se esvazie totalmente entre cada respiração, o socorrista deverá verificar se há freqüência cardíaca, se não houver, deverá dar início à massagem cardíaca, caso haja pulsação deverá continuar a respiração artificial até que a vítima volte a respirar espontaneamente (Evans, 1987). Para verificação da freqüência cardíaca deve-se utilizar o pulso carotídeo, ou femoral (no caso de existir ferimentos no pescoço). Utilizar os dedos indicador e médio para esta verificação. No caso de bebês utilizar o pulso braquial (Corpo de Bombeiros, 1997). Se a freqüência cardíaca estiver presente, a vítima somente necessitará de respiração artificial, numa freqüência de 12 à 16 por minuto. Quando o paciente passar a respirar espontaneamente, colocá-lo na posição de drenagem (Evans, 1987). Caso a freqüência cardíaca esteja imperceptível, a massagem cardíaca deve ser executada com uma mão sobre a outra, apoiando a parte inferior da palma da mão, fazendo compressões no tórax na altura do esterno, utilizando-se do peso do seu corpo. Em crianças com idade entre 1 à 8 anos a pressão deve ser exercida com uma das mãos, e em bebês de 0 à 1 ano, a pressão é realizada com apenas 2 dedos (Corpo de Bombeiros, 1997). As mãos devem estar posicionadas dois dedos acima da base do processo xifóide, no esterno. Quando a vítima necessita de respiração artificial e massagem cardíaca concomitantemente, estando em apenas um socorrista deverá utilizar-se de 30 compressões

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cardíacas para cada 2 respirações, utiliza-se uma freqüência de 80 à 100 vezes por minuto. A reanimação cardio-pulmonar ao se tratar de uma criança deve ser composta 100 vezes por minuto, e se for um bebê a freqüência passa a ser de 100 à 120 por minuto (Corpo de Bombeiros, 1997). Quando se dispõe de dois socorristas, um torna-se responsável pelas insuflações pulmonares e o outro pelas compressões torácicas, podendo estes trocar de cargo para tornar menos desgastante. A reavaliação da presença da freqüência cardíaca e da respiração espontânea é aconselhada após 4 à 5 ciclos de compressão e ventilação, repetindo-se as reavaliações à cada 5 minutos. Se as condições da vítima se estabilizarem, está deverá ser colocada na posição de drenagem. Se o atendente for capaz e houver necessidade, a respiração artificial deverá ser iniciada ainda dentro da água. Szpilman (2001) relata que a ventilação realizada ainda dentro da água diminui a mortalidade em quase 50%. A respiração artificial não deverá ser interrompida durante o transporte da vítima ao hospital. Após iniciada a RCP ela nunca deverá ser paralisada por mais de cinco segundos consecutivos. Só deverá ser interrompida quando a circulação ou respiração retornar, ou um médico assumir o caso (Corpo de Bombeiros, 1999). É indispensável que a vítima passe por um médico para receber cuidados posteriores após a reanimação, pois sem tratamento adequado esta poderá vir a sofrer distúrbios cardíacos, circulatórios, pulmonares, renais e cerebrais. A síncope que poderá acontecer após alguns minutos, horas ou dias, a ressuscitação poderá causar danos irreparáveis ao sistema nervoso. Tanto o resgate, quanto o procedimento de RCP, exigem muito mais que um estudo teórico para possibilitar a execução adequada dos mesmos. Desta forma, consideramos que este treinamento teórico-prático deve ser estimulado como aspecto integrante na formação de todo cidadão.

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Capitulo 03: Dicas para Nadar em Águas Abertas

Selecionamos algumas dicas para você praticar na piscina e se sair bem! 1. Feche seus olhos: Na natação dê 8 - 10 braçadas na piscina com seus olhos fechados, depois olhe por cima d’água. Isto vai ajudar-lhe a nadar em linha reta sem usar o fundo da piscina como guia. 2. Largada rápida: Pratique alguns “tiros” rápidos, seguidos de 100-200m em ritmo mais relaxado. Isto simula os começos rápidos encontrados tipicamente em eventos da águas-abertas enquanto os participantes dobram para a posição antes de se estabelecer dentro de seus ritmos. 3. Golfinho: A prática do nado golfinho (empurrando para frente e para trás em uma série de mergulhos curtos criando propulsão através da água) é importante pois geralmente encontra-se em uma área rasa antes de encontrar profundidade adequada do nado na saída para o mar, os atletas adoram o golfinho, pois este nado facilita e torna mais veloz a passagem aos obstáculos como ondas. 4. Veja o que você pode ver: Pratique sua respiração na piscina, levantando sua cabeça até olhar para frente no ritmo junto com sua respiração. Comece olhando acima a cada oito braçadas, concentrando-se em um alvo após a extremidade da raia (uma janela, uma cadeira da plataforma ou um edifício pequeno) e trabalhe gradualmente até mais braçadas. Respiração na piscina também ajudará treinar os músculos que você necessita para levantar sua cabeça. 5. Seja eficiente: Trace um objetivo para baixar seu tempo nas braçadas para nadar mais eficientemente. Faça corretivos constantemente além de um acompanhamento técnico para ajudá-lo a corrigir seu nado. 6. Olhar para cima constantemente é bastante cansativo, além de tirar preciosos segundos de seu nado. Se você consegue se manter no curso, o ideal é olhar a cada 20 braçadas. Uma solução clássica é treinar nadando a distância de uma piscina com os olhos fechados. As raias lhe ajudarão a perceber para qual direção você tende a nadar. A partir daí, treine para manter o nado reto. 7. Mantenha o olho na bóia ou qualquer que seja o seu ponto de referencia. Durante treinamentos em piscina, escolha um ponto e fique atento a ele todo o tempo, mesmo no meio de suas séries. Isso lhe deixará a vontade para se guiar por pontos de referencia ao nadar em águas abertas. 8. Procure não olhar para o ponto de referencia por muito tempo. Se você não conseguir ver a bóia ou qualquer que seja seu ponto de referencia, dê uma braçada e olhe novamente. 9. Siga os outros nadadores. Se você está nadando com outras pessoas e eles estão nadando em linha reta, siga-os. Provavelmente eles não sairão do curso de propósito. Mas continue checando o curso periodicamente.

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10. Use sua imaginação. Existem vários pontos que podem servir de parâmetro para lhe ajudar a nadar em linha reta sem que você necessite levantar a cabeça a todo instante. Que tal usar a direção em que os raios do sol entram na água? O mais importante é que seu ponto de referencia lhe ajude a manter o curso certo. 11. Se você sair muito da rota, mude sua direção devagar de volta ao curso. Lembre-se de que a distancia mais curta entre dois pontos é sempre uma linha reta, não importa onde você esteja.

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Capitulo 04: Hidroginástica

Conceito É uma atividade física aquática realizada na posição vertical, constituída de exercícios específicos, baseados no aproveitamento da resistência da água e que, através das características e benefícios dessa, melhora os aspectos bio-psico-sociais. “É um programa de condicionamento, desenvolvido na água, que inclui exercícios do tipo aeróbios e exercícios para o desenvolvimento da resistência muscular localizada, força muscular e flexibilidade.”

Origem A palavra Hidroginástica vem do grego e significa "GINÁSTICA NA ÁGUA". Esta atividade aquática surgiu antes de Cristo, Hipócrates (460-375 a.C.) já utilizava banhos de contraste (água quente e fria) no tratamento de algumas doenças. Os romanos utilizavam a água com finalidades recreativas e curativas. Existiam quatro tipos de banhos:

- FRIGIDARIUM: banho frio utilizado para fins recreativos; - TEPIDARIUM: banho com água morna, num ambiente com ar aquecido; - CALDARIUM: banho quente; - SUDATORIUM: um aposento saturado de ar úmido quente, a fim de causar a

sudorese. Os gregos realizavam as caminhadas na água. Em 1697 (Inglaterra) Sir John Flayer, médico, arrendou terras e construí piscinas compridas com água pelo joelho e pedras no fundo. Ele fazia caminhadas terapêuticas e segundo se sabe, com resultados positivos. Na Alemanha, por volta de 1722, os banhos mornos eram utilizados para aliviar espasmos musculares e nos pacientes necessitados de relaxamento. Aproximadamente 57 anos depois (1779), em Edimburgo, foi empregado o banho frio em várias condições febris. De acordo com alguns documentos por volta do ano de 1830, Vincent Pressnitz, iniciou o uso da água fria e exercícios vigorosos. Este cidadão acreditava que essa atividade trazia inúmeros benefícios para o corpo, embora sua tese fosse considerada empírica nos meios clínicos da época. Em 1830, na Hungria, surgem os banhos em águas sulfurosas (quentes) com exercícios de calistenia. Por volta de 1835, o Dr. Winternitz de Viena mais Wright e Currie, tomando o assunto à nível de pesquisa, chegaram à conclusão que havia ciência sobre as reações dos tecidos na água, em suas várias temperaturas e os benefícios proporcionados no tratamento de várias doenças. Daí estabeleceu bases fisiológicas aceitas, nascendo, então, a hidroterapia como alternativa de cura recomendada pela medicina e que se alastrou pela Alemanha, Inglaterra, Estados Unidos e foi ganhando seu espaço pelo mundo. Em 1903 foi aberto o primeiro centro de reabilitação na água, em Boston. Ainda nos Estados Unidos, surgem mais tarde os programas para grupos de terceira idade (A.C.M.). Hotéis começam a trabalhar com exercícios na água com fins recreativos (jogos) e logo depois os SPA adotam a Hidroginástica e incluem a atividade em seus programas. Clubes e academias introduzem a Hidroginástica gradativamente em seus programas. Nos clubes, através de programas recreativos, e nas academias, como

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aquecimento nas aulas de natação, até que finalmente a Hidroginástica conquistou seu espaço próprio. A Hidroginástica já é aplicada nos E.U.A. há mais ou menos 40 anos e no Brasil chegou há aproximadamente 30 anos. No início houve uma grande controvérsia de nomes, que determinavam a atividade, tais como: Aquanástica, Hidroaeróbica, Aquaginástica, etc. Porém, o nome que sem dúvida nenhuma define a atividade é "Hidroginástica". São exercícios de aquecimento, alongamento, exercícios aeróbios, exercícios localizados e relaxamento muscular. Sua principal vantagem é justamente a segurança que proporciona ao praticante. Dentro da água, os movimentos ficam mais seguros, e essas regiões se tornam menos vulneráveis, inclusive durante saltitos. É essa segurança que permite ao praticante até superar seus limites naturais, sem riscos. A resistência natural da água multiplica o esforço exigido em um movimento, por mais simples que seja. Por outro lado, segundo as leis da física, a água responde na mesma intensidade a uma força aplicada sobre ela, ou seja, a resistência oferecida pela água vai ser proporcional à força do movimento, seja ela grande ou pequena. Isso permite que qualquer pessoa possa se exercitar, independente do seu nível de condicionamento físico: jovens, crianças, idosos, obesos, magros, gestantes.

Diferentes Metodologias em Exercícios Aquáticos (Evolução Histórica)

Europa

- KNEIP: Água fria na altura dos joelhos e pedras no fundo que ativam a circulação. Livro: "Minha Curo Através da Água".

- ESCOLA ALEMÃ - EBERLEIN / KAALASSEN WASSER GIMNASTÍCK AQUATITIMIC: Água acima da cintura. Repetem três vezes o mesmo exercício. Uma vez força, depois velocidade e ritmo.

Estado Unidos

- HIDROROBICS - JOSEPH KRASEVEC: Água no peito - grande fase aeróbica - parte local na borda com a utilização de vários materiais.

- DEEP WATER EXERCÍSE: Piscina funda - utilização do colete de flutuação - totalmente sem impado.

- WATER RUNNING: O Princípio do Deep Water, porém utilizando somente programas de corrida na água (colete de flutuação).

- AQUABENCH: banco na água. Bom para trabalhar coordenação motriz e trabalho com pessoas da terceira idade.

- AQUAMOTION - PEGGY BUCHANAS e DEBBY MILLES: Surgiu em 1984. Tem linguagem própria e é constituída por 16 exercícios básicos com algumas variações. Os exercícios são realizados em três níveis: REBOUND, SUSPEND e NEUTRAL.

- STRENGTH TRAINING: Principal objetivo: força muscular (body building). Utilização de equipamentos como HIDRO-TONE/ AQUATONER.

- FLEXIBILITY TRAINING: melhorar a flexibilidade.

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- AQUA-POWER AEROBICS: combinação do trabalho cardio-respiratório, trabalho de força e de resistência muscular (parte aeróbica da aula). Utilização de equipamentos.

- SPORT SPECIFIC AND SPORTS CONDITIONING WORKOUTS - exercícios específicos para cada esporte.

- INTERVAL TRAINING dirigido a atletas bem condicionados. Combinação de exercícios de alta, media e baixa intensidade.

- CIRCUIT TRAINING - exercícios de força e exercícios aeróbicos intercalados em estações.

Brasil

- GINÁSTICA AQUÁTICA: mistura de vários métodos. - HIDROSTEP: banco ou step na água. - HIDROGINÁSTICA INTEGRATIVA: bioenergética dentro d'água. Trabalho

alternativo. - HIDROGINÁSTICA: principal objetivo o trabalho cardio-respiratório. Utilização

de materiais que aumentem a resistência da água (tornozeleiras, halteres), ou que proporcionem a flutuação (pranchas, boias). Música durante toda a aula com BPM entre 120 e 140. Profundidade entre 1,20m e 1,50m.

- HIDROGINÁSTICA COMPETITIVA: objetivo: aumentar a intensidade do trabalho cardio-respiratório, trabalhar ritmo, agilidade e coordenação. Atrair o publico jovem para a atividade.

Características da Hidroginástica No meio líquido não existem apoios fixos e a força gravitacional é quase nula, o que favorece a execução de movimentos mais amplos. Dentro da água, o corpo fica mais leve, as articulações ficam mais livres, podemos nos movimentar com maior facilidade, beneficiando, dessa forma, todos que praticam hidroginástica e seus aspectos, físicos, terapêuticos, psicológicos e fisiológicos.

Situação ideal: Grupos com o máximo de 18 alunos por professor. O trabalho com mais alunos implica a ajuda de outro técnico, para garantir um trabalho seguro eficaz e que cumpra os objetivos da sessão.

Piscina - Profundidade: de 1,20m a 1,50m - Temperatura: de 28º a 31º C - A temperatura da água troca de acordo com o

local onde se desenvolve as classes (Madrid, Barcelona, Cádiz, etc.)

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Divisão em grupos de mesmo nível Grupos divididos em níveis técnicos:

- Nível I - (Básico) - Trabalho de base com introdução aos exercícios da Hidroginástica. Preocupação na postura, limpeza dos movimentos e muita correção. (30' de classe).

- Nível II - (Intermédio) - Aumenta a velocidade e a intensidade dos exercícios. Introdução dos exercícios combinados, maior complexidade. Introdução às classes com coreografias. (45' de classe).

- Nível III (Avançado) - Maior intensidade e velocidade nos exercícios. Ligações (combinação de movimentos e coreografias). (45' de classe).

CATEGORIA OBJETIVO ESTRATÉGIA

Iniciante ou Básico

- Melhorar o condicionamento físico - Melhorar a saúde - Diminuir dores na coluna

- Adaptação à água e deslocamentos - Exercícios aeróbicos - Exercícios localizados - Conexão dos movimentos - Corrigir postura

Adiantado ou Intermediário

-Melhorar o sistema cardiorrespiratório - Fortalecer a musculatura de todo corpo - Manutenção da forma física

- Exercícios aeróbicos - Exercícios localizados - Circuit training - Uso de materiais: pranchas, halteres, bastões, palmar, etc.

Atleta ou Avançado

- Treinamento físico geral - Preparação física específica - Recuperação de lesões

- Exercícios aeróbicos - Exercícios localizados - Circuit training - Interval training - Uso de materiais: pranchas, halteres, bastões, palmar, bolas etc. - Aplicar exercícios de acordo com o esporte: futebol, voleibol, natação - Exercícios de recuperação muscular

Finalidades A hidroginástica tem por finalidade melhorar a capacidade aeróbica e cardiorrespiratória, a resistência e a força muscular, a flexibilidade e o bem-estar de seus praticantes. Possui a vantagem de poder ser praticada por pessoas de qualquer sexo e idade. A hidroginástica é uma opção alternativa para o programa de prática mais comum de exercícios, como a ginástica de academia. Sua eficácia vai de atletas em treinamento, gestantes, pessoas em fase de reabilitação, até as que estão acima ou abaixo do peso ou com algum tipo de deficiência. Os exercícios aquáticos são divertidos, agradáveis, eficazes, estimulantes, cômodos e seguros. A hidroginástica permite a redução no esforço articular.

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Objetivos Gerais

- Melhora da condição cardiorrespiratoria - Trabalha a força e resistência muscular - Melhora da flexibilidade - Trabalha a coordenação motriz global, ritmo e agilidade.

Específicos

- Reeduca a respiração (pressão hidrostática) - Melhora a postura (conhecimento corporal, equilíbrio, propiocepção). - Melhora e favorece a relaxação.

Benefícios - Melhora o condicionamento físico, o sistema cardiorespiratório e ativa a

circulação sangüínea; - Melhora as qualidades e capacidades físicas, bem como o condicionamento

físico geral, aeróbico e muscular (resistência da água). - Desenvolve os músculos e a resistência muscular; - Aumenta a flexibilidade e a amplitude das articulações e dos movimentos; - Diminui o impacto sobre as articulações; - Diminui os problemas de hipertensão e hipotensão; - Auxiliam na correção postural, conhecimento corporal e equilíbrio. Boa atitude

corporal (pressão hidrostática); - Auxilia o retorno venoso (pressão hidrostática); - Auxilia a reeducação respiratória (pressão hidrostática); - Desenvolvendo a boa forma física, proporciona ao indivíduo uma aparência

saudável e jovial, diminuindo as probabilidades de doenças. - Melhora os aspectos físicos, psicológicos e ajuda na socialização; - Proporciona um bem estar físico e mental; - Melhora da propriocepção corporal. - Melhora da coordenação motora. - Proporciona ao indivíduo maior capacidade de resistência ao stress. - Auxilia no relaxamento (flutuação, turbulência e temperatura efeito

massageador).

Vantagens

- Movimentação corporal facilitada pela sustentação (flutuação). Peso corporal aliviado em 90% dentro d'água. A água auxilia os exercícios mais difíceis.

- Diminuição do impacto - articulação, músculos e coluna podem ser trabalhados com mais segurança.

- Ambiente descontraído - alunos mais à vontade, relaxados, sem preocupação com a silhueta no espelho, com a roupa que estão usando ou com a falta de coordenação e habilidade. Dentro d'água os alunos não se enxergam direito (água na altura do peito).

- Melhora a autoconfiança - o indivíduo consegue realizar movimentos dentro d'água que seriam impossíveis em terra. Mesmo aqueles que não sabem nadar podem praticar a Hidroginástica.

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- A Hidroginástica, diminui dores e espasmos musculares pós atividade, devido ao efeito massageador da água.

- Performance global - musculatura agonista e antagonista trabalham igualmente (resistência da água).

- Ausência do desconforto da transpiração. - Água - bom condutor de energia. - Sobrecarga natural - resistência da água.

Desvantagens

- Muito do trabalho é subjetivo; - Ainda é de difícil avaliação (não existem, ao menos no Brasil, parâmetros que

avaliem especificamente esta atividade); - Exercícios mal orientados podem ser prejudiciais; - Avaliação médica especifica (geralmente é apenas uma avaliação para a

piscina); - Desconhecimento da atividade pelos próprios profissionais; - Leigos dando aulas.

Contra - Indicações A hidroginástica é contra-indicada para infecções de pele, não pelos movimentos, mas porque a água, principalmente a quente, proporciona um bom meio para o crescimento bacteriano, por isso todas as infecções devem ser contra-indicadas. Em casos de gripe, infecções gastrintestinais e dores de garganta, a prática deve ser evitada temporariamente. Casos de infecções transmitidas pela água, tais como: febre tifóide, cólera, poliomielite e disenteria, devem ter a prática da hidroginástica suspensa até liberação médica.

- Radioterapias profundas; - Doenças renais, nas quais os indivíduos não possam ajustar-se à perda hídrica; - Epiléticos não controlados; - Tímpano perfurado; - Miocardite recente; - Embolia pulmonar; - Insuficiência cardíaca grave; - Hipertensão Arterial grave; - Diabéticos não controlados; - Portadores de necessidades especiais muito debilitados.

Público Jovens e Adultos: procuram por ser uma atividade que visa à performance orgânica eminente e mantém ou melhora a forma física, além de fazer novas amizades. Cuidados a atentar: Exagero na intensidade dos exercícios, respiração e postura. Idosos: Procuram porque esta atividade contagia e dá um ânimo ao idoso como se estivesse rejuvenescendo. Há uma melhora física e mental, o que ajuda muito na auto-estima do idoso, tornando-o mais forte e participativo na vida pessoal, além de fazer novas amizades. Cuidados a atentar: A entrada e saída da piscina para não escorregar, temperatura da água,

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grau de dificuldades (locomoção, postura dentro e fora da água), respiração, FC, PA, coordenação motora, não dificultar os exercícios. Gestantes: a diminuição relativa do peso corporal na água, já é uma grande vantagem, pois alivia a gestante de sobrecargas nas articulações e coluna, fazendo com que ela se sinta livre e solta, além de ter sua barriga integralmente massageada pela água, podendo também fazer novas amizades. Cuidados a atentar: intensidade dos exercícios, FC, PA, movimentos leves que não comprimam a barriga, a entrada e saída da água, respiração. Pessoas com diversas patologias: procuram por orientação médica visando à melhora ou inibição de problemas como asma, bronquite, rinite, artrose, artrite, reumatismo, stress, fadiga, ansiedade, contusões, torções, colesterol, triglicerídeos, diabetes, hipertensão, etc. Cuidados a atentar: conhecer cada patologia, direcionando os exercícios específicos para cada problema, visando uma individualização que poderá trazer uma melhora rápida ao aluno, grau de dificuldade motora e respiratória, FC, PA, temperatura da água, entrada e saída da água. Atletas: procuram a hidroginástica para uma melhora da performance com treinamentos específicos para cada modalidade desportiva, relaxamento, consciência corporal e recreação, fatores que auxiliam como complemento do treinamento, recuperação nos tratamentos fisioterápicos. Cuidados a atentar: Intensidade dos exercícios, direcionamento dos exercícios dependendo de cada desporto. Obesos: procuram à hidroginástica porque associada a uma dieta alimentar correta, auxilia na perda de peso e composição corporal. Além disso, as pessoas obesas sentem dificuldade para executar certos movimentos no solo, mas na água esses movimentos tornam-se mais fáceis. Cuidados a atentar: entrada e saída da água, intensidade dos exercícios, grau de dificuldade para executar os movimentos, respiração, FC, PA. Portadores de necessidades especiais leves: procuram para melhorar a independência pessoal, diminuir as inibições e complexos de inferioridade, aumentar a autoconfiança, estimular o companheirismo e a vida social, estimular a vontade de viver. No inicio os indivíduos que procuravam a Hidroginástica eram na maioria colunopatas, cardíacos, obesos, idosos, pessoas com problemas de joelhos, tornozelos e aqueles que eram radicalmente contra as atividades muito intensas, como corrida, ginástica aeróbica, etc. Hoje nosso público é constituído por homens e mulheres sadios, além de jovens e até crianças, todos com muito "pique". Até os grandes times de futebol, voley, basquete. Já aderiram à Hidroginastica. Seja na recuperação pós-jogo, ou na recuperação de atletas lesionados.

Onde Praticar? CLUBES - piscina descoberta, grupo pouco assíduo, temperatura (clima) instável (SP), o trabalho fica prejudicado. Se a piscina for coberta, o rendimento do grupo será bem maior. SPA - a Hidroginástica é parte integrante do programa. 90% do público do SPA é obeso. ACADEMIAS - ideal porque reúne as melhores condições para o nosso trabalho. A piscina é coberta e aquecida. O público é mais assíduo porque paga a mensalidade. Os alunos passam pela avaliação médica. O trabalho do professor é facilitado.

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Capitulo 05: Recreação Aquática

A Importância da Natação Recreativa As aulas de natação no seu aspecto lúdico estão mais voltadas para orientar e facilitar a capacidade de explorar, de descobrir e hora a vivência, dando condições à criança de desenvolver a possibilidade de conhecimento e uso do próprio corpo com uma certa autonomia e harmonia. O ensino da natação recreativa para crianças em torno de três a seis anos está baseado em uma infinidade de ofertas de experiências sensório - perceptivas e motora global que propiciam o desenvolvimento integral. Segundo Le Boulch (1992), a atividade corporal global em uma perspectiva de desenvolvimento nesse estágio ocorre porque: "(...) traduz a expressão de uma necessidade fundamental de movimento, de investigação e de expressão que deve ser satisfeita", (p. 130) Não obstante, Velasco (1994), apoiando-se em Ajuriaguerra, diz que o ensinar está muito ligado à:

"Evolução da criança corno sinônimo de conscientização e conhecimento cada vez mais profundo do corpo (...); além disso, Ajuriaguerra realça que o 'corpo não é apenas um instrumento de ação e de construção, mas também o meio concreto e último de comunicação social", (p. 49)

Se unirmos a visão de Le Boulch e de Ajuriaguerra, verificamos que a criança precisa de espaço para a sua necessidade de expressão e de experiências corporais, entretanto, não queremos redigir regras cronológicas, porém, antes dos três anos, é possível colocar a criança no meio aquático e a toda estimulação que vem desse meio, inclusive, para as crianças, é sempre bom colocá-las em contato com outras pessoas (professores) desde que tudo isso não venha de maneira alguma a agredi-la. A importância, enfim, da natação, dentro de uma visão lúdica para crianças de três a seis anos é ser um espaço de experimentação, para que a criança vivencie situações de qualidades variadas, sensações de alternância de tensão e distensão, prazer e desprazer, acompanhados da necessidade de expressividade motora. Tudo isso vai fazer com que a criança perceba o seu próprio corpo, a nível motor e cognitivo. E principalmente afetivo, pois a criança está envolvida corporalmente. A partir dos sete anos, a criança está mais interessada nos jogos de regras. Os jogos de regras são uma atividade lúdica da criança. E importante que a criança desta fase escolha seus caminhos, habitue-se a tomar decisões, e principalmente que a criança evolua sabendo dos limites, que o jogo em sua característica impõe. E que dessa maneira, a criança possa exercer a sua autonomia. Atitudes como estas podem ser praticadas naturalmente dentro do jogo aquático. De maneira alguma, estamos falando sobre educação psicomotora. Mas usamos o estudo da psicomotricidade como referência, para uma melhor abordagem ou entendimento do outro. A educação psicomotora não se limita em se fixar somente a um trabalho de experimentação e movimentação. E importante o trabalho corporal, mas não é tudo. Sinalizamos que é preciso uma continuidade entre o corpo e o psíquico. Em outras palavras, um espaço de elaboração mental após o trabalho corporal.

O Envolvimento Lúdico: Aspecto Motivacional do Ensino da Natação Recreativa O envolvimento lúdico nada mais é do que um bom diálogo entre as partes: professor e o aluno, aluno e o brinquedo e o espaço. Segundo Vayer (1990) (...) "É preciso criar

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um contexto material e relacionai no seio do qual a criança terá o desejo de se integrar" (p. 36). Por iniciativa do professor, este contexto deve ser envolvido pelo diálogo lúdico, de troca de afeto, de respeito aos limites e ao incentivo, através dos elogios, criando, assim, uma atmosfera de prazer e segurança. Assim, passo a passo, a criança alcança o êxito. Por menor que seja o acerto é importante elogiar. Quanto mais for elogiada, mais a criança progride. À proporção que isso acontece, a criança se sente mais valorizada. Em todo processo de aprendizagem, não só o da natação, é importante que haja bom senso, autocrítica e paciência. Respeitar o tempo e a individualidade é necessário, pois exigir além do se é capaz, forçar algo que a criança ainda não consegue entender, são fatores que podem criar bloqueios, gerar dependência e até a regressão. Quanto mais a criança ficar exposta a essa qualidade de experiências mais ela responderá à altura. O que faz uma criança progredir é a freqüência da qualidade de experiências que consegue captar durante a aprendizagem, o que corresponderá ao domínio e harmonização do movimento do corpo com o ato respiratório na água. Seria a princípio o pequeno espaço que a criança conquista aos poucos com o seu próprio fôlego e sua movimentação na água. Segundo a Velasco (1994):

(...) "Nesta fase é crucial a aprendizagem da natação: o prazer, o conforto, a segurança, a confiança e a satisfação na água devem ser persistentemente alcançados em termos de objetivos pedagógicos" (p.53).

Na criação deste contexto, o envolvimento lúdico se utiliza de vários argumentos criativos como: conversas bem-humoradas, interpretações de personagens conhecidos dos alunos, teatro de bonecos, histórias, brincadeiras infantis, brinquedo cantado e o próprio trato pessoal (tom de voz, olhar, abraço), despertando primeiramente o motivo para que a criança goste de ficar na água e goste também da companhia. No mais, toda esta estimulação relacionai tem o objetivo de motivar a criançada a fazer uma determinada atividade motora com alegria e atenção. No envolvimento lúdico aqui tratado, o maior brinquedo é a água, portanto o espaço aquático. E o mais importante é o corpo. Saber relacionar-se bem com o espaço é tirar proveito e dominar situações do seu corpo na água. Para que o envolvimento lúdico de certo e preciso que o professor participe desse processo motivacional, e que fique freqüentemente ao alcance da criança. Ele canta, inventa mil brincadeiras, conversa, a trata bem. Estimula a meninada a se descobrir, a perceber. Exercita nas brincadeiras a memória e a atenção. Desenvolve nas histórias e com o "faz de conta" o pensamento e a imaginação da criança. Nesta relação, quanto mais interação houver maior a vontade e a curiosidade de participar e de estar na água.

Procedimentos Pedagógicos Criativos ou Motivações Especiais O brinquedo, o "faz de conta" e as canções infantis fazem parte das propostas das aulas recreativas. Na realidade, são procedimentos pedagógicos criativos, importantíssimos para a integração e motivação da criança. Esses recursos estão unidos ao prazer, com o objetivo de descontrair quem está rígido, de aproximar quem está afastado. E nutrir o imaginário e simplesmente alegrar. Diante desta última proposição, concluímos que as atividades propostas ajudam a aproximar o professor do aluno. O professor é um facilitador e o brinquedo junto com o espaço são elementos mediadores do processo de aprendizagem.

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A prática da natação recreativa passa a ser mais um caminho de experimentação sensório-motora global, levando a criança à ação do brincar. Agindo num mundo de "faz de conta", a criança consegue experimentar possibilidades de movimento, vencendo muitos dos obstáculos. Decorrente disso, há uma evolução em direção ao nível de estruturação do pensamento, pois a criança só vai poder compreender o mundo real à medida que esta confronta-se com o meio, distanciando-se gradativamente do mundo do "faz de conta". O jogo do faz de conta se faz assim: Imagine que somos uma tribo, caminhando por uma trilha na selva muito perigosa. No jogo do faz de conta nada impede que a piscina vire uma grande selva com todas as riquezas de situações que deverá ter, explorando, ao máximo, a imaginação. O professor colocará alguns obstáculos pela trilha imaginária: materiais didáticos, como o tapete de borracha, o bambolê, que poderão se transformar numa caverna ou até mesmo o tubo de PVC, material flutuante que poderá se transformar em um tronco caído de uma árvore. Os objetos aqui mencionados só se transformarão na presença do imaginário de cada criança. Portanto a criança envolvida na fantasia vai interagindo com estes objetos de uma maneira lúdica. Le Boulch (1992) afirma que: "O jogo simbólico pode transformar o organismo da criança à medida que, agindo num mundo imaginário, ela possa satisfazer todos os seus desejos e sair triunfante da realidade penosa " (p. 98). Assim, a criança brinca com o seu corpo e percebe o seu corpo atuando no espaço aquático. Com isso, aspectos psicomotores vão sendo trabalhados. Le Boulch (1992) considera que a "função simbólica não é uma função psicomotora, mas ela tem suas raízes na atividade sensório-motora, que está estreitamente ligada ao desenvolvimento psicomotor." O sorriso, o abraço, o olhar e a melodia e a alegria da voz compõem um diálogo lúdico para as aulas recreativas. Esse tipo de diálogo acompanha a criança até debaixo d'água. Nas conversas bem-humoradas, durante aquele "papo amigo", ainda na beirada da piscina, é que são feitas as abordagens para a participação nas excitantes atividades. A princípio, este diálogo tem por objetivo fazer com que a criança sorria. Rir é manifestar-se, pode se rir de leve, soltar a gargalhada, enfim, é assumir que se está alegre, é provocar o clima agradável e festivo. Na água, qualquer tipo de apoio é bom; o importante é segurar as mãozinhas com firmeza, sendo recomendável carinho dos pés à cabeça, beijos ruidosos na barriga, cafuné, qualquer tipo de toque brincalhão, desde que o aluno entenda que ele é bem-vindo, que será sempre bem-recebido.

Jogos e Brincadeiras

Par ou Ímpar

1. Os participantes ficarão em coluna no meio da piscina. 2. Uma borda será denominada de par e outra de impar 3. O animador proporá uma operação matemática e, conforme o resultado, os participantes se deslocarão para a borda específica, (ex: 2090 - 1087 = 1003 ímpar). 4. O último a chegar pagará uma prenda. 5. O grau de dificuldade das operações irá depender do grupo.

Matemática Aquática

1. Serão jogadas no fundo da piscina diversas pedras de dominó, de preferência com bolinhas coloridas.

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2. Todos os participantes ficarão fora da água. 3. O animador dirá um número e os participantes deverão procurar no fundo da piscina duas pedras cuja soma das bolinhas dê o número solicitado e entregá-las ao animador. 4. Nesta atividade poderão ser realizadas adições, subtrações, multiplicações, divisões, bem como, no caso das crianças mais novas, ser utilizada somente uma pedra que corresponda ao número pedido.

Observação: Poderão ser utilizados dominós que não estejam mais em uso, por estarem, por exemplo, incompletos. Os dominós poderão ser substituídos por tampinhas de garrafa com números pintados, pedrinhas de cores diferentes, que corresponderão a números definidos anteriormente (ex: azul=dois, amarelo=três).

Eu Vou Cantar

Eu vou cantar, Eu vou cantar Eu vou cantar, quem quiser que me acompanhe. Eu vou nadar, Eu vou nadar Eu vou nadar, quem quiser que me acompanhe Vou mergulhar, Vou mergulhar Vou mergulhar, quem quiser que me acompanhe

1. Conforme o que for sendo cantado os participantes executarão. 2. As estrofes poderão ser criadas de acordo com o interesse

Piaba Aquática

Parte 1

Sai, Sai, Sai, Piaba Saia da Lagoa (Repete)

Parte 2

Põe a mão na cabeça A outra na cintura Dá um remexo no corpo Passa embaixo do outro 1 Todos em círculo, de frente para o centro, batendo palmas 2. Um dos participantes andará dentro do círculo enquanto todos cantam a parte 1. 3. A pessoa que estiver dentro do círculo escolherá um membro do círculo e cantará a parte dois, executando os movimentos que estarão sendo repetidos pelo escolhido. Na frase "passa embaixo do outro”, ela mergulhará passando embaixo da perna do escolhido. 4. Quando terminar a parte 2, ambos entram no círculo e a música recomeça, indo cada um procurar um novo par.

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Nunca Três Aquático

1. Todos os participantes formarão duplas que deverão ficar espalhadas e paradas na piscina. 2. Duas pessoas serão escolhidas, uma para ser o pegador e outra o fugitivo. 3. O fugitivo, nadando, tentará dar a mão para um dos membros de uma das duplas, sendo que, ao pegar na mão de um deles, o outro imediatamente passará a ser o fugitivo. 4. Quando o fugitivo for pego, automaticamente passará a ser o pegador.

Pique-Polvo 1. O grupo será dividido em duas equipes. 2. Uma das equipes será a fugitiva e a outra o polvo. 3. A equipe do Polvo dará as mãos, formando quatro colunas, ligadas no centro. 4. O Polvo tentará pegar os participantes da outra equipe, sendo que os mesmos somente poderão ser pegos pelas pontas. 5. Quem for sendo pego passara automaticamente a fazer parte do Polvo. 6. Quando todos tiverem sido pegos, as equipes serão trocadas.

Batatinha Frita

1. Um dos participantes, dentro d'água, ficará de costas e afastado aproximadamente 15 metros do resto do grupo. 2. De costas ele falará "Batatinha frita, um, dois, três", e ficará de frente para o grupo. 3. Enquanto ele estiver de costas os participantes se deslocarão tentando alcançá-lo. No momento em que ele ficar de frente para o grupo todos deverão parar e não poderão se mexer. 4. Ele deverá apontar as pessoas que se mexerem, que automaticamente voltará para o local de saída. 5.O primeiro que chegar do outro lado assumira o lugar de quem estava falando e a brincadeira recomeçará.

Meus Peixinhos

1. Uma pessoa será escolhida para ser a mãe peixe e outra para ser a piranha. A mãe peixe ficará na frente do grupo, a uma distância aproximada de 10 metros. Entre a mãe peixe e os peixinhos ficará a piranha. 2 A mãe peixe falará "Meus peixinhos venham cá". Os peixinhos responderão "Temos medo da piranha" A mãe: "Venham cá que eu vou cuidar". Ao terminar a terceira frase os peixinhos tentarão passar para o outro lado. O que for pego passará a ser a piranha e a antiga piranha voltará a ser peixinho

Observação: Deverá ser delimitada a área em que a piranha poderá pegar os peixinhos.

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O Patinho Nadando na Lagoa Música:

Um patinho nadando na Lagoa Ele grita: Ai, que água boa! Bate o bico: Pof, Pof, Pof Bate as asas: Choc, Choc, Choc. 1. Conforme a música os participantes executarão os gestos.

Os Patinhos Música:

Todos os patinhos sabem bem nadar sabem bem nadar Cabeça dentro d'água Asinhas para o ar (repete) 1. Conforme a musica os participantes executarão os gestos

Marco Pólo

1. Um participante será escolhido para ser o pegador e ficará de olhos fechados. Os outros ficarão espalhados pelo meio liquido 2. O participante que estiver de olhos fechados gritará "Marco" e os outros responderão "Pólo". Após a resposta o pegador, que está de olhos fechados, tentará, a partir do som, pegar um dos fugitivos. Ao pegar a brincadeira recomeça. 3. O pegador poderá abrir os olhos quando estiver dentro d'água, mas sempre que voltar á superfície deverá novamente fechar os olhos.

O Braçinho Música: O braçinho do crawlzinho faz assim Tchan, tchan, tchan (Repete) Cotovelo para o alto A mãozinha para frente O braçinho do crawlzinho faz assim O braçinho do costas faz assim Tchan, tchan, tchan (repete) A mãozinha para cima

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O dedinho para baixo O braçinho do costas faz assim 1. Conforme a música os participantes executarão o movimento. 2. Observação: Poderão ser criadas outras estrofes envolvendo a pernada, a respiração etc.

Peixinhos na Rede

1. Os participantes serão divididos em dois grupos, um dos peixinhos e outro da rede. 2. Os participantes que fizerem parte do grupo da rede farão um círculo e darão as

mãos. Os peixinhos deverão ficar dentro do círculo. 3. Ao sinal, os peixinhos, durante 20 segundo, tentarão fugir da rede e a rede tentará

impedir. 4. Ao completar os 20 segundos serão contados os peixinhos que conseguiram sair e

as equipes trocarão de posição, recomeçando a brincadeira. 5. Vence a equipe em que o maior número de peixinhos tiver conseguido fugir da

rede.

Super Competição

1. Todos os participantes ficarão posicionados de um dos lados da piscina, para participar de provas diversas, que consistem basicamente em atravessar de uma borda a outra da piscina em estilos diversos.

2. Ao sinal todos deverão atravessar a piscina, vencendo o que melhor cumprir a prova.

3. Sugestões: Medley ecológico (galinha, cachorrinho, jacaré e cobrinha), estilo boyzinho de Copacabana, estilo baiano, estilo parafuso, o último a chegar etc.

A união faz.....açúcar

1. Os participantes serão divididos em grupos de aproximadamente 10 componentes

2. Os participantes de cada grupo darão as mãos, formando uma corrente. As pessoas que estiverem nas pontas ficarão com uma das mãos livres.

3. Ao sinal, as equipes deverão atravessar a piscina, de mãos dadas, sem colocar os pés no chão. Vencerá a equipe cujas duas pontas da corrente tocar primeiro na borda, sem soltar as mãos.

Pirâmide Aquática 1. Os participantes serão divididos em grupos de 7. 2. O primeiro ficará com os dois braços livres. Atrás dele duas pessoas, cada uma

segurando com uma mão, uma das antigo pegador passará automaticamente a ser fugitivo e tentará passar por debaixo das pernas de algum dos componentes do circulo.

3. Ao passar em baixo das pernas de alguém do circulo, os papéis se invertem

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4. No caso do pegador pegar o fugitivo, ele passará a ser fugitivo e o fugitivo passará a ser pegador.

5. O fugitivo e o pegador somente poderão correr em volta do circulo.

Gangorra

1. Todos em duplas. Em cada uma das duplas, quando um abaixar o outro deverá levantar.

2. Ao abaixar será executada a respiração. 3. Num segundo momento duas duplas se unirão, aumentando a gangorra. 4. Dois abaixarão e dois levantarão, sempre executando a respiração. 5. Sucessivamente os grupos irão e unindo, até formar uma grande gangorra

Peixinho e Tubarão

1. Todos os participantes em círculo. 2. Uma das pessoas será o tubarão e outra o peixinho. 3. O peixinho ficará de mãos dadas, fazendo parte do circulo. 4. O tubarão ficará fora do círculo e tentara pegar o peixinho. 5. O círculo, para evitar que o tubarão pegue o peixinho, deverá girar para a

direita ou esquerda, tentando sempre proteger o peixinho, que não poderá soltar as mãos do circulo

Peixinho e Tubarão II

1. Os participantes serão divididos em colunas. 2. Em frente de cada coluna ficará um dos participantes, que será o tubarão. 3. Todos os membros da coluna estarão segurando na cintura da pessoa que

estiver na frente 4. Tubarão, que estará na frente da coluna, tentará pegar o último da fila, que é

o peixinho, e a coluna tentará evitar que ele pegue.

Piratas e Fuzileiros

1. O grupo será dividido em duas equipes, uma de piratas e outra de fuzileiros. 2. Os participantes darão a mão para a pessoa que estiver na frente. 3. Umas das pessoas deitará na esteira formada pelas duas colunas. 4. As duplas deverão abaixar e levantar os braços, de forma que a pessoa que

está deitada na esteira seja transportada até o final. 5. Ao chegar no final outra pessoa passará da mesma forma da anterior.

Sol e Mar

1. Formar duas colunas, que deverão ficar no centro da piscina, numa distância aproximada de 3 metros entre as duas.

2. Uma das colunas será o Sol e a outra o Mar. 3. O animador deverá falar Sol ou Mar. Quando falar Sol, a coluna do Sol tentará

pegar a coluna do Mar que deverá nadar em direção à borda. 4. 4 Ao tocar na borda, os participantes não poderão mais serem pegos.

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5. 5.Quem for sendo pego pagará uma prenda rápida e a brincadeira recomeçará

Trem Maluco Música Parte 1 O trem maluco quando sai de Pernambuco Vai fazendo xique xique até chegar no Ceara Parte 2 Rebola pai, rebola mãe, rebola filho Eu também sou da família Também quero rebolar Um pouquinho de Coca-Cola Um pouquinho de guaraná Eu também vou na escola aprender O bê-a-bá. 1.Todos os participantes em coluna, segurando na cintura da pessoa que estiver a frente. 2.O trenzinho vai andando, na parte 1. Na parte 2 todos deverão tirar o pé do chão ficando em flutuação vertical

Guerra dos Sexos

1. Os participantes serão divididos em equipes de acordo com o sexo, ficando cada equipe de um lado da piscina, fora d'água

2. Ao sinal da palma todos deverão pular na água, sair da piscina e sentar na borda. Vence a equipe em que todos sentarem primeiro

3. Poderão ser criadas diversas variações para esta atividade, como por exemplo Saltar na piscina, atravessar e sentar na outra borda; Saltar na piscina, sentar no fundo, sair e deitar na borda, Sentado na borda, com os pés na água. Colocar uma pranchinha no meio da piscina. Ao sinal, as duas equipes baterão pernas. Vence a equipe que conseguir deslocar a prancha para o lado contrário ao da equipe; Observação: O sinal deve ser dado com palmas, pois o animador pode simular a palma e fazer com que várias pessoas caiam na água antecipadamente.

Eurotúnel Todos os participantes, em duplas, formarão um túnel. Ao sinal, a primeira dupla passará mergulhado pelo túnel, e assim sucessivamente.

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Pique-Mergulho

1. Uma pessoa será escolhida para ser o pegador, que tentará pegar os outros participantes.

2. Quem for sendo pego deverá ficar parado, "colado" com as pernas afastadas. 3. Para ser salvo, uma outra pessoa devera passar, mergulhando, por debaixo das

pernas de quem estiver colado, que automaticamente ficará descolado e voltara a brincadeira.

4. A pessoa que for pega duas vezes passará a ajudar o pegador.

Pique-Touca

1. Todos os participantes deverão estar usando toucas. 2. Ao sinal, todos tentarão tirar as toucas dos companheiros sem deixar que

tirem a sua. 3. Vence a pessoa que conseguir tirar o maior número de toucas.

Onda

1. Todos em duplas, espalhados na piscina 2. Ao sinal, todos as duplas deverão se deslocar no mesmo sentido, fazendo o

movimento de uma gangorra (um levanta e o outro abaixa). 3. Quando aparecerem as ondas na piscina todos soltarão as mãos e flutuarão

nas ondas.

Pique - Costas I

1. Um dos participantes será o pegador e os outros os fugitivos. 2. Para evitar que sejam pegos, os fugitivos deverão ficar flutuando de costas. 3. Quem for sendo pego passará a ajudar o pegador.

Pique - Costas II

1. Um dos participantes será o pegador e os outros os fugitivos. 2. Os fugitivos somente poderão nadar de costas e o pegador de qualquer

estilo. 3. Quem for pego passa a ser o pegador.

O Gato Música: O gato tem medo d'água, gua, gua Porque não sabe - be' Bem nadar, dar, dar D. Francisca, ca, ca Venha ensinar, nar, nar O gatinho, o gatinho, Bem nadar, miau

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1. Todos em círculo, rodando com a música. 2. No "miau", todos deverão mergulhar e voltar à superfície flutuando.

Circuito Aquático

1. Esta atividade consiste em estabelecer diversas atividades, em forma de estação, em diversos pontos da piscina.

2. Os grupos serão divididos nas estações Cada grupo ficará um tempo determinado executando a atividade daquela estação

3. Ao sinal de "troca", os grupos trocam para a estação que estiver localizada à sua direita e passam a executar a atividade definida para a nova estação até o novo sinal para trocar.

4. As estações podem conter atividades recreativas, ou fundamentos técnicos da iniciação dos estilos, ou os dois ao mesmo tempo.

Sugestão de circuitos: Recreativo.

- Estação 1 - Recolher os objetos que estão no fundo da piscina e colocar todos na borda.

- Estação 2 - Lançar bolas de tênis dentro do balde colocado na borda. - Estação 3 - Plantar bananeira tentando encostar os pés nos pés do companheiro. - Estação 4 - Em círculo, brincar de bobinho com o grupo da estação.

Pulos Variados

1. Todos os participantes estarão na borda da piscina, e de acordo com as orientações do animador, realizarão os diferentes "pulos".

2. Sugestões de salto:

- Bombinha (corpo grupado) - Dando cambalhota dentro d'água - Dando cambalhota antes de entrar na água - Com as pernas afastadas - Em série (um saltando depois do outro) - De lado - Em duplas, trios, quartetos etc. - Saltando por dentro do arco

Metralhadora

1. Todos os participantes estarão na borda da piscina. 2. Ao sinal, a pessoa que estiver em uma das pontas sairá nadando até o outro

lado. 3. Quando o primeiro tiver dado duas braçadas, sai o segundo Quando o segundo

tiver dado a segunda braçada, sai o terceiro e assim sucessivamente.

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4. Quando o último, que estava na outra ponta, tiver chegado o primeiro retorna, reiniciando a atividade.

Passar O Balão D'água

1. Os participantes estarão sentados em círculos, na borda. 2. Os círculos deverão ter o mesmo número de integrantes. 3. Cada círculo receberá um balão cheio de água que deverá ser passado para o

companheiro do lado, com os pés, sem o auxilio das mãos. 4. Vence o círculo que terminar primeiro, sem deixar o balão estourar.

Cavalinho Marinho

Música: Quando quiseres o frio esquentar Monta o cavalo e sai a galopar Cavalo galopando, uma pata Quando quiseres o frio esquentar Monta o cavalo e sai a galopar Cavalo galopando, uma pata, duas patas 1. Cantar a música e acrescentar gradativamente uma pata... duas patas....três patas.... quatro patas......a cabeça.....o bumbum......o corpo inteiro. 2. Conforme forem sendo falada as partes, os participantes começarão a movimentá-las. 3. As partes do corpo que forem sendo citadas não param de se movimentar até o final da música.

Catar Garrafas

1. Os participantes serão divididos em três equipes. A, B e C. 2. Inicialmente, a equipe A ficará dentro da piscina e a B e C fora. 3. Serão entregues diversas garrafas de plástico para as equipes B e C. 4. Ao sinal as equipe B e C jogarão as garrafas dentro da piscina e a equipe

tentará jogá-las novamente para fora. Conforme as garrafas forem sendo jogadas para fora os componentes da equipe B e C tentarão jogá-las de novo para dentro.

5. Após um minuto o animador dará novamente um sinal e as equipes deverão parar de jogar as garrafas. O animador deverá contar quantas garrafas ficaram dentro da piscina.

6. Depois de contadas as garrafas, a equipe B entrará na água e a A e C ficarão na borda, recomeçando a brincadeira.

7. Vencerá a equipe que tiver lido o menor numero de garrafas dentro da piscina.

Frescobol do Chinelo

1. Todos os participantes estarão em duplas

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2. Cada dupla com uma bola de frescobol e as "raquetes" feitas com chinelos.

Corrida da Lavadeira

1. As equipes deverão apresentar o mesmo número de participantes. 2. Será colocado um cordão a uma certa distância do grupo, que será o "varal". O

"varal" deverá ficar na parte funda da piscina, onde não é possível colocar os pés no chão.

3. Cada grupo receberá um lenço e dois prendedores. 4. Ao sinal, o primeiro da coluna nadará, segurando o lenço e os prendedores,

até o "varal", e deverá prender o pano com o prendedor. Voltará nadando e tocará na mão do seguinte, que fará o processo inverso, trazendo o pano e o prendedor.

5. Vence a equipe que terminar primeiro.

Revezamento do Sonrisal

1. Cada equipe receberá uma pastilha de sonrisal. 2. Os nadadores de cada equipe deverão participar do revezamento sem molhar

o Sonrisal. 3. Vence a equipe que terminar primeiro cujo Sonrisal estiver inteiro.

Garçom

1. Um componente de cada equipe receberá uma bandeja, um copo e uma garrafa.

2. Ao sinal, os participantes deverão atravessar a piscina, segurando a bandeja, que estará com o copo e a garrafa.

3. No caso da garrafa e do copo caírem na piscina, o participante deverá pegá-los antes de continuar a travessia.

4. Vence quem chegar primeiro do outro lado, carregando a bandeja com a garrafa e o copo.

Encher o Saco

1. Um representante de cada equipe receberá um saco de plástico. 2. Serão colocados, na borda da piscina, materiais variados em número

correspondente ao dos participantes. 3. Ao sinal, todos deverão saltar na piscina, nadar uma distância aproximada de

50 menos Sair da piscina e se deslocar até um ponto previamente definido Ao chegar neste local o participante deverá entrar na piscina, pegar em cada um dos pontos um objeto e colocar no saco.

4. Vence a equipe que terminar primeiro.

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Encontrar a Mensagem

1. Serão colocadas diversas garrafas de plástico na piscina. Em todas as garrafas será colocado uma folha de papel dobrada. Em uma das folhas será colocada uma mensagem.

2. Ao sinal, um representante de cada equipe tentará achar a garrafa que contém a mensagem.

3. Vence a equipe que conseguir achar a mensagem.

Formar Palavras

1. Serão colocadas diversas tampinhas no fundo da piscina. Cada tampinha terá marcada uma letra.

2. Ao sinal um componente de cada equipe tentará pegar o maior número de tampinhas, com um único mergulho e voltar para a borda

3. Ao chegar na borda a múmia será entregue para uma segunda dupla que fará o percurso contrário, atravessando a piscina e colocando-a na borda.

4. Vence a equipe que chegar primeiro com a múmia

Revezamento Gigante

1. Será estipulado um tempo para as equipes nadarem em forma de revezamento.

2. A equipe não poderá parar de nadar durante o tempo determinado. 3. A cada 50 metros poderá ser feita a troca de nadadores, podendo cada

representante nadar quantos metros desejar, desde que somente um componente da equipe esteja na água.

4. Para cada metro nadado a equipe receberá determinado número de pontos.

Coreografia Aquática

1. Cada grupo deverá criar uma coreografia aquática, com duração mínima de 1 minuto, que deverá ser apresentada pelos componentes do grupo.

Água Suja

1. Será colocado de um lado da piscina um balde com tinta e do outro uma garrafa vazia.

2. Cada equipe escolherá um representante que receberá um copinho de plástico.

3. Ao sinal, o representante encherá o copo de tinta, atravessará a piscina e colocará dentro da garrafa. Voltará, pegará mais tinta, atravessará a piscina, colocará a tinta na garrafa e assim sucessivamente, até encher a garrafa.

Vence a equipe que encher primeiro a garrafa.

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Regras para utilização segura da piscina:

1. Para sua segurança nunca nade sozinho. 2. Utilize vestimenta adequada e touca para nadar. 3. Não correr em locais molhados ou muito próximo a piscina. 4. Nunca mergulhe sem saber a profundidade. 5. Não mergulhar de forma imprudente, principalmente executando cambalhotas. 6. Não empurre outra pessoa na água. 7. Evite gritar. 8. Não nadar após as refeições. 9. Tomar ducha ou se molhar antes de entrar na piscina. 10. É proibido o uso de cremes, óleos ou outros produtos susceptíveis de alterar a

qualidade da água. 11. Utilize protetor solar. 12. A utilização da piscina deve ser feita somente na presença de monitores, professores

ou responsáveis (guarda-vidas). 13. Não nos responsabilizamos por objetos pessoais. 14. Não se alimente no ambiente da piscina. 15. Em dias de chuva com raios não entrar na piscina. 16. Lembre-se: o ambiente da piscina é um laboratório destinado para pesquisa, ensino e

Extensão devendo ser utilizado com responsabilidade e respeito.

Conclusão: Chegamos ao fim de nossa disciplina que estuda os deslocamentos do corpo humano na no ambiente aquático. Neste livro são apresentados de forma simplificada as ações básicas de noções de salvamento, hidroginástica e recreação aquática. Serve este livro de base para o entendimento inicial das ações aquáticas pelo ser humano. Procuramos também apresentar a forma como autores da Educação Física tratam o jogo no ambiente aquático, dando atenção especial às relações do tema com os aspectos cognitivo, social, afetivo e psicomotor, bem como, sugerimos atividades que possam auxiliar a sua prática. Esperamos ter contribuído para o entendimento do tema e, também, para o seu processo de formação!

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REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO AQUINO, Tiago (Paçoca). ATIVIDADES AQUÁTICAS - Conteúdo: Adaptação ao meio líquido. BARBOSA, Juliana C. Janssen - Natação pré-escolar (apostila). BARBOSA, Tiago. As habilidades motoras aquáticas básicas, 2001, disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd33a/aquat.htm>Acesso em: 13 dez 2005. BARBOSA, Tiago. A problemática da respiração no ensino da natação, http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 8 - N° 58 - Março de 2003, disponível em: < http://www.efdeportes.com/efd58/natacao.htm>Acesso em: 28 dez 2005. BERNARDO, Pedro Henrique. História da natação [online] Disponível na Internet via: http:// bexiga2000.cjb.net/. Arquivo capturado em 29 de marco de 2000. BORGES, Célio José. Educação física para o pré-escolar. 4 ed. Rio de Janeiro: Sprint, 1998. BONACELLI, Maria Cecília Lieth Machado. A Natação No Deslizar Aquático Da Corporeidade, 2004. Tese (Tese de Doutorado) - Universidade Estadual De Campinas. BRAZ, Grecy Rose Carvalho. 100 Aulas aprendizado. Rio de Janeiro: Sprint, 1997. CABRAL, Fernando, CRISTIANI, Sanderson, SOUZA, Wagner Alves. Natação 1000 exercícios. Rio de Janeiro: Sprint, 1998. CARVALHO, Cantarino de. Introdução à didáctica da natação. Lisboa, Compedium, 1982. CARVALHO, C. (1994). Natação – contributo para o sucesso do ensino – aprendizagem, Edição do Autor. CATTEAU, Rayound & GAROFF, G. O ensino da natação. São Paulo, 3 ed.: Manole, 1990. CAMPANIÇO, J. (1989). A escola de natação – 1ª fase aprendizagem, Lisboa, Edição Ministério da Educação – Desporto e Sociedade. CORRÊA, Célia Regina Fernandes & MASSAUD, Marcelo Garcia. Escola de natação: montagem e administração, organização pedagógica, do bebê à competição. Rio de Janeiro; Sprint, 1999. DAMASCENO, Leonardo Graffius. Natação para bebês: dos conceitos fundamentais à prática sistematizada. 2 ed. Rio de Janeiro; Sprint, 1997. DAMASCENO, Leonardo Graffius. Natação psicomotricidade e desenvolvimento. 2 ed. Rio de Janeiro; Autores Associados, 1997. DELUCA, Adolfo Humberto. Aperfeiçoamento e treinamento, técnicas de nados, saídas e viradas (apostila), 1997. FARIAS, Sidney Ferreira. Natação ensine a nadar. 2 ed. Santa Catarina: UFSC, 1988. GALLARDO, Jorge Sergio Pérez e col. Educação física: contribuições à formação profissional. Ed. Ijuí: Ed. UNIJUÍ, 1997. GOMES, Wagner Domingos F. Regras oficiais de natação. Rio de Janeiro.Sprint, 1998. LUZ, Egle Ribeiro da. Uma proposta metodológica para bebês e pré-escolares para a conquista das habilidades aquáticas através da exploração de materiais. Disponível em: <http://www.waterbabies.org/subweb/article%20Egle%20Luz%20(portugese).htm>Acesso:13 de dez. de 2005 MORENO, Juan Antonio. Hacia donde vamos en la metodología de las actividades acuáticas?. 1998. Disponível em: < http://www.i-natacion.com/articulos/ensenanza/metodolog/metodologia.html>Acesso em: 18 maio 2006. NAKAMURA, Oswaldo Fumio. Natação 4 estilos: defeitos, correções. São Paulo: Ícone, 1997. PALMER, Meryn. A ciência do ensino da natação. São Paulo. Manole, 1990. PÁVEL, R.C. A natação representada no universo dos idosos masters. Rio de Janeiro, 1993. Tese (Livre-Docência) - Universidade Gama Filho. QUEIROZ, Claudia Alexandre. Recreação aquática. Rio de Janeiro: Sprint, 1998. RAMALDES, Ana Maria. 100 aulas bebê a pré-escola. Rio de Janeiro: Sprint, 1997. REIS, Jayme Wemer. A natação na sua expressão psicomotriz. Porto alegre: UFRGS, 1982. ROSA, Paulo Franco. Túnel do tempo da natação. Revistar nadar! Esportes Aquáticos, outubro/1997, ano XII n° 115, São Paulo - Brasil.

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