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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE TECNOLOGIA/SETOR DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL/ DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MÉTODOS NUMÉRICOS EM ENGENHARIA INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM ENGENHARIA: Álgebra Linear, Geometria Analítica, Cálculo e Equações Diferenciais, por Lucas Máximo Alves CURITIBA – PARANÁ MARÇO – 2007 LUCAS MÁXIMO ALVES

INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE TECNOLOGIA/SETOR DE CIÊNCIAS EXATAS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL/ DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MÉTODOS NUMÉRICOS EM ENGENHARIA

INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM ENGENHARIA:

Álgebra Linear, Geometria Analítica, Cálculo e Equações Diferenciais,

por

Lucas Máximo Alves

CURITIBA – PARANÁ

MARÇO – 2007

LUCAS MÁXIMO ALVES

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INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM ENGENHARIA:

Álgebra Linear, Geometria Analítica, Cálculo e Equações Diferenciais,

CURITIBA – PARANÁ

MARÇO – 2007

LUCAS MÁXIMOALVES

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INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM ENGENHARIA:

Álgebra Linear, Geometria Analítica, Cálculo e Equações Diferenciais,

Apostila organizada como resultado do estudo das aulas para obtenção de créditos da Disciplina de INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM ENGENHARIA do curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Métodos Numéricos do Setor de Tecnologia/Setor de Ciências Exatas, Departamento de Engenharia Civil/Departamento de Matemática da Universidade Federal do Paraná Orientador: Prof. Dr. José Antonio Marques Carrer Orientador: Prof. Dr.

CURITIBA – PARANÁ

MARÇO – 2007

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Dedicatória

Dedico,

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Agradecimentos

Agradeço a Deus pelo seu imenso amor e misericórdia revelado nas oportunidades

que a vida me trouxe. Quero também agradecer:

À minha Família pelo apoio emocional e espiritual, ao meu orientador o Prof. Dr.

....., ao meu Co-Orientador o Prof. Dr. .... , a Maristela Bradil pela amizade e dedicação com

que nos atende, aos amigos, ...., .... ...., ......., e toda a galera do CESEC.

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Epígrafe

“vida é um algo multidimensional cuja imprevisível curvatura temporal só é conhecida quando se experimenta os fatos a cada dia e, mesmo assim, não se consegue prever com exatidão a curvatura temporal dos fatos seguintes, mesmo que se expanda esta (a curvatura futura) numa vizinhança em torno do fato no instante presente” (Lucas M. Alves)

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Sumário

Apresentação ............................................................................................................................18 Capítulo – I: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS.......................................20 1. 1 – Objetivos do capítulo......................................................................................................20 1. 2 – Introdução.......................................................................................................................20 1. 3 – Simplificação de um Problema Real ..............................................................................21 1. 4 – Exemplos e Aplicações...................................................................................................21 1. 5 – Discretização do Problema .............................................................................................23 1. 6 – Considerações Finais do Capítulo ..................................................................................24 Capítulo – II: EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ..........................................................................25 2. 1 – Objetivos do capítulo......................................................................................................25 2. 2 – Introdução.......................................................................................................................25 2.2.1 - Definição ..............................................................................................................25 2.2.2 - Classificação das equações Diferenciais ..............................................................26 2. 3 – Exemplos e Aplicações...................................................................................................29 Solução: ...........................................................................................................................29 2. 4 – Exercícios e Problemas...................................................................................................30 Capítulo – III: MÉTODO DAS DIFERENÇAS FINITAS ......................................................31 3. 1 – Objetivos do capítulo......................................................................................................31 3. 2 – Introdução.......................................................................................................................31 3. 3 – Derivadas de ordem um ou de primeira ordem ..............................................................32 3. 4 – Derivadas de ordem dois ou segunda ordem..................................................................35 3. 5 – Derivadas de ordem n qualquer ......................................................................................35 3. 6 – Exemplos de Aplicações.................................................................................................37 3. 7 – Consistência, Convergência e Estabilidade ....................................................................47 3. 8 – Exercícios e Problemas...................................................................................................48 Capítulo – IV: CÁLCULO VARIACIONAL ..........................................................................57 4. 1 – Objetivos do capítulo......................................................................................................57 4. 2 – Introdução.......................................................................................................................57 4. 3 – Problema da Braquistócrona...........................................................................................58 4. 4 – Equação de Euler-Lagrange – Primeira Variação ..........................................................60 4.4.1 - Propriedades do Operador....................................................................................64 4.4.2 – Condições de Contorno .......................................................................................66 4. 5 – Funcionais com derivadas de ordem superior ................................................................68 4. 6 – Exemplos de Aplicações.................................................................................................70 4. 7 – Método de Rayleigh-Ritz ...............................................................................................80 4. 8 – Exemplos de Aplicações.................................................................................................90 4. 9 – Exercícios e Problemas...................................................................................................94 Capítulo – V: MÉTODO DOS RESÍDUOS PONDERADOS.................................................96 5. 1 - Objetivos do capítulo ......................................................................................................96 5. 2 – Introdução.......................................................................................................................96 5. 3 – Definição Matemática e Desenvolvimento do Método ..................................................97

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5. 4 – Variações do Método por Diferentes Funções de Ponderação .....................................101 5.4.1 - Método da Colocação.........................................................................................101 5.4.2 – Exemplos de solução usando Método da Colocação.........................................102 5.4.3 - Método da Colocação por Subdomínios Modificado.........................................108 5.4.4 – Exemplos de solução usando Colocação por Subdomínios Modificado...........109 5.4.3 - Método da Colocação por Subdomínios ............................................................110 5.4.4 – Exemplos de solução usando Método da Colocação por subdomínios .............110 5.4.5 - Método dos Momentos.......................................................................................116 5.4.6 – Exemplos de solução usando o Método dos Momentos....................................116 5.4.7 - Método de Galerkin............................................................................................122 5.4.8 – Exemplos de solução usando o Método de Galerkin.........................................122 5.4.9 - Método de Galerkin Modificado ........................................................................130 5.4.10 – Exemplos de solução usando o Método de Galerkin Modificado ...................130 5. 5 – Forma Fraca do Método de Resíduos Ponderados .......................................................131 5. 6 –Exemplos de Soluções da Forma Fraca do Método de Resíduos Ponderados ..............133 Solução: .........................................................................................................................136 5. 7 –Exercícios e Problemas..................................................................................................139 Capítulo – VI: MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS.....................................................145 6. 1 - Objetivos do capítulo ....................................................................................................145 6. 2 – Introdução.....................................................................................................................145 6. 3 – Variações do Método de Elementos Finitos .................................................................147 6.3.1 - Modelo Compatível............................................................................................147 6.3.2 - Modelo de Equilíbrio .........................................................................................147 6.3.3 - Modelo Híbrido ..................................................................................................147 6.3.4 - Modelo Misto .....................................................................................................148 6. 4 – Definição Matemática e Desenvolvimento do Método ................................................148 6.4.1 – Aproximação do Problema Contínuo pela Discretização do Domínio..............149 6.4.2 - Definição dos Elementos Finitos Unidimensional .............................................150 6.4.3 – Inclusão do Método dos Resíduos Ponderados Unidimensional.......................151 6.4.4 – Aplicação Prática utilizando o Método de Galerkin..........................................153 6.4.5 - Formulação Fraca dos Resíduos Ponderados .....................................................154 6.4.6 - Funções de Interpolação Local Lineares ............................................................156 6.4.7 – As Matrizes Locais Ke e o Vetor Local f...........................................................160 6.4.8 - Montagem do vetor f e da Matriz Global K .......................................................168 6.4.9 – Resolução do Sistema de Equações...................................................................169 6. 5 – Exemplos e Aplicações.................................................................................................170 6.5.1 – Exemplo satisfazendo condições de contorno essenciais: .................................170 6.5.2 – Exemplo satisfazendo condições de contorno naturais .....................................178 6.5.3 – Exemplo satisfazendo condições de contorno essenciais: .................................181 6. 6 – Enfoque Variacional .....................................................................................................191 6. 7 – Exemplos e Aplicações.................................................................................................199 6.7.1 – Exemplo satisfazendo condições de contorno essenciais: .................................199 6. 8 – Um Caso Especial de Elementos Finitos......................................................................207 6.8.1 – Método da Colocação por Subdomínios Modificado ........................................209 6.8.2 – Formulação Fraca do Método dos Resíduos Ponderados para os Elementos.......... Finitos ..............................................................................................................................210 6.8.3 - Funções de Interpolação Local Quadráticas.......................................................211 6.8.4 – Método das Diferenças Finitas ..........................................................................216 6. 9 – Exercícios e Problemas.................................................................................................220

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Capítulo – VII: MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO ......................................221 7. 1 - Objetivos do capítulo ....................................................................................................221 7. 2 - Introdução .....................................................................................................................221 7. 3 – Precursores do Método de Elementos de Contorno......................................................222 7.3.1 – Método das Funções de Green...........................................................................223 7.3.2 – Integração por Partes em duas dimensões .........................................................224 7. 4 – Definição Matemática e Desenvolvimento do Método ................................................227 7.4.1 - Valor Principal de Cauchy .................................................................................235 7.4.2 – Solução Numérica da Equação de Laplace........................................................237 7. 5 – Discretização do Contorno ...........................................................................................238 7.5.1 - Elemento Constante – Discretização Linear ......................................................240 7.5.2 - Elemento Linear – Discretização Linear............................................................241 7. 6 – Exemplos e Aplicações.................................................................................................245 7. 7 – Exercícios e Problemas.................................................... Erro! Indicador não definido. Capítulo – VIII: MÉTODO DOS VOLUMES FINITOS.......................................................247 8. 1 - Objetivos do capítulo ....................................................................................................247 8. 2 – Introdução.....................................................................................................................247 8. 3 – Definição Matemática e Desenvolvimento do Método ................................................248 8. 4 – Exemplos e Aplicações.................................................................................................249 8. 5 – Exercícios e Problemas.................................................................................................250 Apêndices ...............................................................................................................................251 A. 1 – Conceitos de Engenharia .............................................................................................251 A.1.1 - Problema de uma Viga ......................................................................................251 A. 2 – Implementações para o Método das Diferenças Finitas usando a Planilha do EXCEL – Microsoft, com código de cores nas células ...........................................................................256 A.2.1 – Sub VerCorPre..................................................................................................256 A.2.2 - SubMultcorpad ..................................................................................................257 A.2.3 - Sub multcor .......................................................................................................258 A.2. 4 - Sub geradora.....................................................................................................259 A. 3 – Implementação Numérica em FORTRAN do Método de Diferenças Finitas para a solução do Problema da Barra Engastada...............................................................................261 A.3.1 - Arquivos de comandos do Gnuplot ...................................................................263 A. 4 – Solução Analítica das oscilações em uma Membrana Retangular ..............................264 A.4.1 - Movimento transverso de uma sob velocidade inicial prescrita........................264 A. 5 – Implementação Algébrica para o Método Variacional de Euler-Lagrange usando o Maple – 9. ..............................................................................................................................265 A.5.1 – Para o funcional do menor caminho entre dois pontos.....................................265 A.5.2 – Para o funcional L(x,y,z) = xz + z2...................................................................265 A. 6 – Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz usando o Maple – 9.......267 A.6.1 – Para n = 1 ..........................................................................................................267 A.6.2 – Para n = 2 ..........................................................................................................268 A. 7 – Implementação Algébrica para o Método dos Resíduos Ponderados usando o Maple – 9. ..............................................................................................................................271 A.7.1 – Método da Colocação para n = 1 com um parâmetro alpha .............................271 A.7.2 – Método da Colocação para n = 2 com dois parâmetros alpha1 e alpha2..........272 A.7.3 – Método da Colocação por Subdomínios para n = 1 com um parâmetro alpha.275

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A.7.4 – Método da Colocação por Subdomínios para n = 2 com dois parâmetros alpha1.. e alpha2 ..............................................................................................................................276 A.7.5 – Método dos Momentos para n = 1 com um parâmetro alpha ...........................279 A.7.6 – Método dos Momentos para n = 2 com dois parâmetros alpha1 e alpha2........280 A.7.7 – Método de Galerkin para n = 1 com um parâmetro alpha ................................283 A.7.8 – Método de Galerkin para n = 2 com dois parâmetros alpha1 e alpha2 ............284 Bibliografia.............................................................................................................................287

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Lista de Figuras

Figura - 1. 1. Diagrama de passos simplificadores de um problema real.................................21 Figura - 1. 2. Fio perfeitamente flexível, de comprimento, l, estendido sob uma tensão uniforme, T. ..............................................................................................................................21 Figura - 1. 3. Diagrama de substituição de um Modelo Contínuo exato por um Modelo Discreto Aproximado. ..............................................................................................................23 Figura - 1. 4. Diagrama de Transformação de Equações Diferenciais em Equações Algébricas equivalentes. .............................................................................................................................24 Figura - 2. 1. Problema de uma viga bi-apoiada e flexionada sobre seu próprio peso. ............26 Figura - 3. 1. Mudança do domínio contínuo de coodenadas (x,y) para o discreto de coordenadas (i,j) .......................................................................................................................32 Figura - 3. 2. Influência das diferentes derivadas tomadas em relação ao ponto x e sua vizinhança a direita e esquerda. ................................................................................................33 Figura - 3. 3. Distribuição de pontos igualmente espaçados no intervalo [0;1]. ......................37 Figura - 3. 4. Viga bi-apoiada sujeita a uma flexão sob o seu próprio peso.............................43 Figura - 3. 5. Distribuição de pontos igualmente espaçados no intervalo [0;4]. ......................44 Figura - 3. 6. Barra engastada na extremidade esquerda. .........................................................48 Figura - 3. 7. Variação da derivada temporal da amplitude da deformação da barra com o tempo no ponto A na extremidade esquerda da barra, ou seja, x = 0 (Cortesia de Larissa Utiyama- 2006).........................................................................................................................52 Figura - 3. 8. Variação da amplitude de oscilação da deformação da barra com o tempo no ponto B no centro da barra, ou seja, x = L/2 (Cortesia de Larissa Utiyama- 2006). ................52 Figura - 3. 9. Variação da amplitude de oscilação da deformação da barra (taxa de deformação) com o tempo no ponto A na extremidade direita da barra, ou seja, x = L (Cortesia de Larissa Utiyama- 2006)........................................................................................53 Figura - 3. 10.Discretização da membrana quadrada de lado a,...............................................54 Figura - 3. 11. Variação da amplitude da oscilação em função do tempo................................55 Figura - 3. 12. Oscilações espaciais da membrana quadrada simulada no MAPLE – VII (Cortesia de Maiko Fernandes Buzzi e Roberto Vanzuit) ........................................................55 Figura - 3. 13. Problema de Griffith, resolvido pelo Método de Diferenças Finitas usando-se a Planilha do Microsoft Excel, discretizado a um nível de três cores para o campo das deformações..............................................................................................................................56 Figura - 4. 1. Problema da braquistrócrona {BRAKÜS: curto, reduzido; KHRÓNOS: tempo}..................................................................................................................................................58 Figura - 4. 2. Calculo Variacional de primeira ordem da função y(x) extremizante do funcional. ..................................................................................................................................61 Figura - 4. 3. Variação y em torno de função extremizante y(x). ...........................................64 Figura - 4. 4. .............................................................................................................................67 Figura - 4. 5. Particularização do problema da braquistócrona para v1 = 0 e considerando o ponto (1) = (x1, y1) na origem e com o sentido invertido para y ..............................................70 Figura - 4. 6. Curva de arco de ciclóide para um tempo mínimo (Brasquistócrona)...............74 Figura - 4. 7. Gráfico da menor distância entre dois pontos segundo o Cálculo Variacional de Euler-Lagrange. ........................................................................................................................77 Figura - 4. 8. Viga bi-apoiada sujeita a deformação pelo seu próprio peso. ............................77 Figura - 4. 9. Viga bi-apoiada sujeita a flexão pelo seu próprio peso. .....................................90 Figura - 5. 1. Ortogonalidade das funções wl e . ..................................................................99 Figura - 6. 1. Rede de pontos nodais do Domínio, e dos Subdomínios, e . ..................146

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Figura - 6. 2. Mudança do domínio contínuo de coodenadas (x,y) para o discreto de coordenadas (i,j) .....................................................................................................................149 Figura - 6. 3. Rede de pontos nodais do Domínio, e dos Subdomínios, e . ..................151 Figura - 6. 4. Intervalo de aplicação do Método de Galerkin .................................................155 Figura - 6. 5. Elemento Finito linear entre dois pontos. .........................................................157 Figura - 6. 6. Estruturação unidimensional dos Elementos Finitos. .......................................160 Figura - 6. 7. Intervalo de aplicação do Método de Galerkin .................................................183 Figura - 6. 8. ...........................................................................................................................195 Figura - 6. 9. ...........................................................................................................................199 Figura - 6. 10. Elemento Finito Quadrático entre três pontos ................................................211 Figura - 6. 11. Estruturação unidimensional dos Elementos Finitos Quadráticos..................216 Figura - 7. 1. Resumo da Evolução dos Métodos Aproximados baseados nos Resíduos Ponderados .............................................................................................................................222 Figura - 7. 2. Integral por partes em duas dimensões em relação a x. ....................................224 Figura - 7. 3. Integral por partes em duas dimensões em relação a y. ....................................226 Figura - 7. 4. Exemplo de um domínio, , com raio, r, e ponto fonte, , e contorno = u U q. ...........................................................................................................................................233 Figura - 7. 5. Solução geométrica para o problema do ponto fonte, , o qual é transferido do interior do domínio para o contorno. ......................................................................................233 Figura - 7. 6. Aplicação da propriedade da função delta de Dirac sobre o ponto fonte , sobre o contorno. ..............................................................................................................................238 Figura - 7. 7. Discretização linear do contorno de um domínio, . .......................................239 Figura - 7. 8. Tipos de elementos de contorno, linear ou parabólico e tipos de nós, geométricos e funcionais, onde os nós funcionais podem ou não coincidir com os nós geométricos.............................................................................................................................239 Figura - 7. 9. Esquematização de nós para o problema de uma barra engastada. ..................240 Figura - 7. 10. .........................................................................................................................240 Figura - 7. 11. .........................................................................................................................241 Figura - 7. 12. Discrretização do contorno, .........................................................................241 Figura - 7. 13. Cálculo do coeficiente C(i) para um ângulo qualquer. ..............................242 Figura - A. 1. Viga bi-apoiada sujeita a deformação pelo seu próprio peso. .........................251

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Lista de Tabelas

Tabela - V. 1. Comparação entre as soluções das equação diferencial resolvida por Resíduos Ponderados pelo Método da Colocação..................................................................................107 Tabela - V. 2. Comparação entre as soluções das equação diferencial resolvida por Resíduos Ponderados por Diferentes Métodos.......................................................................................128 Tabela - V. 3. Comparação entre as soluções das equação diferencial resolvida por Resíduos Ponderados por Diferentes Métodos.......................................................................................128 Tabela - V. 4. Comparação entre as soluções das equação diferencial resolvida por Resíduos Ponderados por Diferentes Métodos.......................................................................................128 Tabela - VI.1 Quadro Resumo das Diferentes Formulações do Método de Elemntos Finitos................................................................................................................................................148

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Lista de Siglas CAPÍTULO 01 Δx comprimento discretizado; Δs comprimento infinitesimal de um fio; c constante de velocidade da onda; u deslocamento unitário; ρ densidade uniforme de um fio; t tempo; TA tensão uniforme na seção do fio em ponto dado A; CAPÍTULO 02 q carregamento em viga; c coeficiente de amortecimento; x comprimento; u deslocamento discretizado; difusão do calor discretizado; m massa de um corpo; E módulo de Young; I momento de inércia; R rigidez da mola; operador laplaciano; CAPITULO 03

nr

binômio de Newton;

q carregamento distribuído aplicado em uma viga; C coeficiente de amortecimento de uma mola; u deslocamento discreto; h diferença entre pontos discretizados em uma função; p(t) força aplicada a um sistema massa-mola; ωm freqüência natural; m massa de uma mola; M momento fletor aplicado em uma viga; i número do ponto discretizado; n ordem da derivada de uma função; xi ponto onde se aplica a série de Taylor (referencia para série progressiva, centralizada ou regressiva); K Rigidez da mola; Σ somatório; σ tensão; CAPÍTULO 4 g aceleração gravitacional; Α coeficientes de função linear do método de Rayleight-Ritz; ds comprimento infinitesimal de uma curva; W esforço cortante;

)(xy função aproximada;

i função linear independente; y(x) função que extremiza o funcional; ў(x) função de caminhos vizinhos; I funcional de um cálculo variacional; F função de extremização do funcional; η(x) função derivável arbitrada da primeira variação de Euler-Lagrange; M momento fletor; ε parâmetro da primeira variação de Euler-Lagrange; v velocidade; CAPÍTULO 5 αn coeficientes das funções de forma;

( )lx x delta de Dirac; Γ domínio de uma equação diferencial; Ω domínio de uma equação diferencial; ε erro; β(u) função adotada para satisfazer as condições de contorno não homogêneas;

n função de forma; w(x) função de ponderação nos pontos de colocação; L(u) operador linear diferencial; S(u) operador linear diferencial; u variável da equação diferencial - solução exata ou analítica; u variável da equação diferencial - solução aproximada;

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CAPÍTULO 6 αn coeficientes das funções de forma; Γ domínio de contorno de uma equação diferencial; Ω domínio de uma equação diferencial – somatório de subdomínios; ε erro;

eiN função de aproximação local do nó i de um elemento finito e;

K matriz global do sistema de equações formado pelos elementos finitos; eK matriz local de um elemento finito;

L(u) operador linear diferencial; S(u) operador linear diferencial; Ωe subdomínio de uma equação diferencial; u variável da equação diferencial - solução exata ou analítica; u variável da equação diferencial - solução aproximada;

CAPÍTULO 7 αn coeficientes das funções de forma;

( ')x x delta de Dirac; Γ domínio de contorno de uma equação diferencial; Ω domínio de uma equação diferencial – somatório de subdomínios; ε erro;

eiN função de aproximação local do nó i de um elemento finito e;

G(x,x’) função de Green; *( , )u X representação da função de Green;

K matriz global do sistema de equações formado pelos elementos finitos; eK matriz local de um elemento finito;

L(u) operador linear diferencial; S(u) operador linear diferencial; x ponto de campo; x’ ponto de fonte; Ωe subdomínio de uma equação diferencial; u variável da equação diferencial - solução exata ou analítica; u variável da equação diferencial - solução aproximada; n

vetor normal ao contorno Γ;

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Resumo

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Abstract

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Apresentação Esta apostila é resultado da digitação das aulas do prof. José Antônio Marques

Carrer. Ela compreende a disciplina de Métodos Aproximados para a Engenharia do curso de

Mestrado e Doutorado do Programa de Pós-Graduação de Método Numéricos para a

Engenharia – PPGMNE da Universidade Federal do Paraná - UFPR. Ela foi digitada pelo

estudante de doutorado desse curso, Lucas Máximo Alves.

Na sua forma final ela recebeu alguns formatos de apresentação e acréscimos de

conteúdo que não estavam nas notas originais do Prof. Marques Carrer. Isto porque o

estudante utilizou a digitação dessa apostila como uma forma de incentivo para acompanhar a

matéria do curso, por causa de suas freqüentes viagens a Ponta Grossa-PR. Ele procurou

também incluir alguns exemplos de seus estudos pessoais e dos colegas da sala de aula. Como

por exemplo, algumas implementações algébricas no texto da apostila no Método de

Rayleigh-Ritz; Rotinas de cálculo usando o MAPLE – 9.0 (contidas no Apêndice), para o

Método de Diferenças Finitas, Método Variacional, de Rayleigh-Ritz e Resíduos Ponderados,

Elementos Finitos, Elementos de Contorno, etc.; A justificativa matemática da sentença dos

Resíduos Ponderado ser nula; coisa que foi proposta como desafio pelo prof. Marques Carrer

em sala de aula, etc.

Houve o acréscimo de conteúdo também no caso das Equações de Diferenças

Finitas e dos gráficos de vibração da barra, que foi realizado pela estudante, Larissa Yutiama,

no próprio andamento do curso no ano de 2006. As simulações da Membrana foram

realizadas pelo estudante Maiko Buzzi no ano anterior de 2005 e posteriormente melhoradas

pelo doutorando Pompeu. A simulação do Método de Diferenças Finitas usando a planilha do

Microsoft-EXCEL foi criada pelo estudante de doutorado e também professor de Mecânica

dos Fluidos da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Lucas Máximo Alves, com a ajuda de

seu colega de trabalho o Prof. Dr. Adilson Chinelatto. Essa última é uma proposta para se

apresentar pela primeira vez em cursos de graduação o Método de Diferenças Finitas. Ela é

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19

didática, simples e fácil de realizar por qualquer estudante de graduação que tenha noções

básica do uso do EXCEL, e não envolve complicações maiores nos problemas de variáveis de

contorno. Contudo, um aprimoramento desse método foi feito pelo colega de curso Eng.

Orlando Olympio Lenzi Filho, que gastou algumas horas do seu precioso tempo ampliando o

recurso de cores do Método de Diferenças Finitas proposto, através do recurso de macros do

Microsoft-EXCEL, como uma forma de apresentar os resultados visuais com maior precisão.

Para utilização dessa apostila com maior eficiência queremos lembrar que os

termos técnicos ou específicos do assunto foram digitados em itálico e as passagens

matemáticas dos exemplos contidos nesta apostila foram totalmente detalhadas.

Agradecemos a todos que contribuíram e estimularam essa iniciativa.

Principalmente ao Prof. José Marques Carrer, que além do curso ministrado, estimulou-nos a

continuar até o fim com a iniciativa de digitar o curso na forma de apostila eletrônica e

impressa, para que todos tivessem a oportunidade de estudar para as provas da disciplina sem

nenhuma falta no acompanhamento do conteúdo ministrado no curso.

Aceitamos qualquer crítica ou as correções que se fizerem necessárias para que

esse material de estudo possa ser cada vez mais melhorado e possa ajudar os novos estudantes

do curso nos anos que se seguirão.

Curitiba, 11 de maio de 2006

Lucas Máximo Alves

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20

Capítulo – I

INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS

RESUMO

Neste capítulo será visto como a utilização de métodos aproximados pode ajudar a

resolver problemas de equações diferenciais, quando a solução analítica é inacessível.

Abordaremos o tema das hipóteses simplificadoras e a utilização de equações algébricas na

substituição de equações diferenciais complexas.

1. 1 – Objetivos do capítulo

i) Entender a problemática dos Métodos Aproximados aplicados a Engenharia.

ii) Distinguir situações onde a utilização dos Métodos Aproximados é viável.

iii) Saber da existência de diversos Métodos Aproximados.

1. 2 – Introdução

A partir de agora estudaremos diferentes métodos de simplificação de problemas

reais e de aproximação das soluções das equações diferenciais presentes na Engenharia.

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21

1. 3 – Simplificação de um Problema Real

Na tentativa de se descrever quantitativamente um problema (fenômeno) físico, ou

seja, de se obter uma expressão matemática que corresponda ao fenômeno em questão,

inicialmente o problema físico real é substituído por um problema equivalente, mais simples.

Figura - 1. 1. Diagrama de passos simplificadores de um problema real

Neste novo problema são selecionados os parâmetros considerados fundamentais

e que podem ser descritos matematicamente através de um sistema de equações diferenciais

válido em todo o domínio do problema. A esse sistema são impostas condições de contorno

e/ou condições iniciais apropriadas. Por exemplo, a obtenção da equação de onda em um fio

flexível e inextensível.

1. 4 – Exemplos e Aplicações

Seja um fio perfeitamente flexível e inextensível de densidade uniforme, ,

estendido a uma tensão uniforme, T, entre dois pontos x = 0 e x = l.

Figura - 1. 2. Fio perfeitamente flexível, de comprimento, l, estendido sob uma tensão uniforme, T.

Hipóteses adotadas:

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22

1) O fio não oferece resistência ao se curvar isso implica que a tensão é tangencial ao fio

em cada ponto, ou seja, a tensão normal ao fio é sempre nula em qualquer ponto (o

problema é estritamente unidimensional-1D).

2) Ocorre somente pequenos deslocamentos transversais (problema elástico linear).

3) A força gravitacional sobre o fio é desprezada (a equação diferencial do problema é

homogênea)

Para o segmento AB, de comprimento s sobre o fio pode-se escrever:

- O equilíbrio de forças na direção horizontal:

)constante(coscos TTT BA (1. 1)

- O equilíbrio de forças na direção vertical

senTsenTtus AB

2

2

(1. 2)

Empregando (1. 1) em (1. 2) tem-se:

coscos2

2

A

A

B

B

TsenT

TsenT

tus

T

(1. 3)

Ou

tgTtgTtu

Ts

AB

2

2

(1. 4)

Como Bx

utg

e Ax

utg

pode-se expandir (em Série de Taylor) Bx

u

na

vizinhança de A e obter conseqüentemente:

...

x

xu

xxu

xu

AAB (termos de ordem superior em x) (1. 5)

onde os termos de ordem superior em x que podem ser desprezados sem problemas.

Conseqüentemente:

xx

utgtgA

2

2

(1. 6)

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23

Como os deslocamentos transversais ao comprimento do fio são pequenos, podemos fazer a

aproximação de que s x. Substituindo (1. 6) em (1. 4) e tomando o limite quando x 0,

obtém-se:

xx

utus

TA

2

2

2

2

(1. 7)

Ou, na vizinhança do ponto A, na Figura - 1. 2, temos:

2

2

22

2 1tu

cxu

(1. 8)

Que é a equação de onda do fio, onde /2 Tc

O próximo passo é a busca da solução para o problema.

1. 5 – Discretização do Problema

Um sistema de equações diferenciais constitui um modelo contínuo, que possui

infinitos graus de liberdade, uma vez que as variáveis se distribuem continuamente em todo o

domínio do problema. Com exceção de alguns casos mais simples, em geral não é possível

encontrar soluções analíticas para o problema. Recorre-se, então, aos modelos discretos (ou

numéricos), obtidos dos modelos contínuos através de hipóteses simplificadoras: As variáveis

que constituem infinitos graus de liberdade, são expressos em termos de um número finito de

graus de liberdade. Esses graus de liberdade são incógnitas dos modelos discretos dos

sistemas equivalentes e são determinados a partir da solução de um sistema de equações

algébricas.

Figura - 1. 3. Diagrama de substituição de um Modelo Contínuo exato por um Modelo Discreto Aproximado.

Resumidamente, quando o modelo contínuo é substituído por um modelo discreto,

o problema matemático da solução de um sistema de equações diferenciais é substituído pelo

problema da solução de um sistema de equações algébricas.

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24

Figura - 1. 4. Diagrama de Transformação de Equações Diferenciais em Equações Algébricas equivalentes.

1. 6 – Considerações Finais do Capítulo

Portanto, só nos resta agora estudar as equações diferenciais para se poder aplicar

os métodos aproximados na solução de problemas físicos reais.

Concluímos este capítulo listando de forma resumida alguns dos métodos que

podem ser empregados na solução de equações diferenciais os quais serão vistos ao longo

deste curso. Entre eles teremos:

Método das Diferenças Finitas; Método Variacional; Método dos Resíduos

Ponderados; Métodos dos Elementos de Contorno; Método dos Elementos Finitos; Método

dos Volumes Finitos.

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25

Capítulo – II

EQUAÇÕES DIFERENCIAIS

RESUMO

Neste capítulo serão visto os diferentes tipos de equações diferenciais e sua

classificação, quanto ao número de variáveis independentes, ordem, grau, coeficientes das

derivadas, etc.

2. 1 – Objetivos do capítulo

i) Saber reconhecer uma equação diferencial.

ii) Saber classificar uma equação diferencial, quanto ao número de variáveis

independentes, quanto à ordem, quanto ao grau, etc.

2. 2 – Introdução

Quase todos os problemas em ciências físicas e engenharia podem ser reduzidos a

uma equação diferencial. Por esta razão saber reconhecer uma equação diferencial dentro de

um problema específico é muito importante, para a busca de sua solução. Da mesma forma,

saber classificar uma equação diferencial é o primeiro passo na busca de sua solução, pois

apesar de não existir um método único para se resolver todas as equações diferenciais, a

classificação delas ajuda a escolher o método mais adequando de solução.

2.2.1 - Definição

Uma equação diferencial é uma equação que envolve uma função incógnita e

suas derivadas.

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26

2.2.2 - Classificação das equações Diferenciais

2.2.2.1 - Quanto às variáveis independentes

a) Equação Diferencial Ordinária (E.D.O.) – A função incógnita depende apenas de uma

variável independente: y = f(x).

b) Equação Diferencial Parcial (E.D.P.) – A função incógnita depende de duas ou mais

variáveis independentes: y = f(x, y, z, t).

Exemplo:

qdx

udEI 4

4

(2. 1)

Figura - 2. 1. Problema de uma viga bi-apoiada e flexionada sobre seu próprio peso.

2.2.2.2 - Quanto à ordem

A ordem de uma equação diferencial é a ordem da mais alta derivada que aparece

na equação. Por exemplo, a equação diferencial em (2. 1) é de quarta ordem.

Exemplos:

1) )(ou)( tuuxuu

EDO de 1ª Ordem

uu 1' (2. 2)

EDO de 2ª Ordem

xuu 4'' (2. 3)

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27

EDO de 2ª Ordem

)(tfRuucum (2. 4)

2.2.2.3 - Quanto ao grau

O grau de uma equação diferencial é a potência a que se acha elevada a derivada

de ordem mais alta.

Exemplos:

EDO de 1ª Ordem e do 2º Grau

22 2')'( xuuu (2. 5)

2) u = u(x, y, z)

EDP de 2ª Ordem e 1º Grau

02

2

2

2

2

2

zu

yu

xu (2. 6)

02 u (2. 7)

Onde o operador 2 é chamado de Laplaciano.

2

2

2

2

2

22

zyx

(2. 8)

2.2.2.4 - Quanto aos coeficientes das Derivadas

a) Lineares – Os coeficientes dependem das variáveis independentes.

b) Quase-Lineares – Os coeficientes dependem das variáveis independentes e/ou das variáveis

dependentes, mas não de suas derivadas.

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28

c) Não-Lineares – Os coeficientes dependem das derivadas das variáveis dependentes

Exemplos:

Linear:

0)()()( xcfxbdxdfxa (2. 9)

Quase-Linear:

0)()()( xcfxbdxdfxf (2. 10)

Não-Linear:

0),(2

2

2

2

yxd

yf

xf

xf

yf (2. 11)

OBS: Uma equação linear é sempre do primeiro grau, uma equação do primeiro grau não e

necessariamente linear.

2.2.2.5 - Quanto ao Tipo

Serão consideradas equações diferenciais parciais de 2ª ordem (são as que mais

aparecem na prática).

Seja a forma geral de uma E.D.P. de 2ª ordem com duas variáveis independentes.

0222 2

22

2

2

eu

yug

xuf

yub

yxuh

xua (2. 12)

onde a, h, f, g, e e podem ser constantes ou funções das variáveis x e y.

Por analogia com a forma de uma secção cônica geral:

ax2 + 2hxy +by2 + 2fx +2gy + e = 0 (2. 13)

que representa uma elipse quando (a.b – h2 > 0), uma parábola quando (a.b – h2 = 0), uma

hipérbole quando (a.b – h2 < 0). Uma classificação semelhante é adotada para as E.D.P.

Exemplos:

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29

1) Equação de onda unidimensional

012

2

22

2

tu

cxu (2. 14)

Esta equação de onda é do tipo hiperbólica porque: a = 1; h = 0; b = -1/c2 logo

a.b – h2 = -1/c2 < 0

2) Equação de Difusão (condução do calor)

012

2

tu

xu

(2. 15)

Esta equação de difusão é do tipo parabólica porque: a = 1; h = 0; b = 0 logo a.b – h2 = 0

3) Equação de Laplace

02

2

2

2

yu

xu (2. 16)

Esta equação de Laplace é do tipo elíptica porque: a = 1; h = 0; b = 1 logo a.b – h2 = 1 > 0

Uma vez que se sabe reconhecer e classificar uma equação diferencial, vamos ao

capítulo seguinte onde daremos início ao primeiro método numérico de solução baseado na

própria definição de derivada, chamado de Método das Diferenças Finitas.

2. 3 – Exemplos e Aplicações

1) Dada a seguinte equação diferencial,

dttrditrtrVtr

m),(),(),(),(

22

2

, (2. 17)

válida para a Mecânica Quântica. Classifique-a quanto as variáveis, à ordem, ao grau, quanto

ao coeficiente das suas derivadas e quanto ao tipo.

Solução:

i) Quanto as variáveis: Equação Diferencial Parcial;

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30

ii) Quanto a ordem: de Segunda Ordem

iii) Quanto ao grau: Primeiro grau

iv) Quanto aos coeficientes das derivadas: Linear

v) Quanto ao tipo: Elíptica

2. 4 – Exercícios e Problemas

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31

Capítulo – III

MÉTODO DAS DIFERENÇAS FINITAS

RESUMO

Neste capítulo será visto a utilização do Método das Diferenças Finitas a

problemas de Equações Diferenciais Ordinárias e Parciais. Será visto como a utilização da

Derivação Progressiva, Regressiva e Central afeta no resultado pelo Método das Diferenças

Finitas. Analisaremos a problemática da Consistência, Convergência e Estabilidade do

Método.

3. 1 – Objetivos do capítulo

i) Entender e saber aplicar o Método das Diferenças Finitas.

ii) Saber reconhecer situações onde o Método das Diferenças Finitas é aplicável.

iii) Entender a problemática do Método das Diferenças Finitas em pontos

extremos.

iv) Aplicar o Método de Diferenças Finitas a problemas acadêmicos.

v) Entender a problemática da Consistência, Convergência e Estabilidade do

Método das Diferenças Finitas.

3. 2 – Introdução

No Método das Diferenças Finitas (MDF) o domínio do problema, contínuo, é

substituído por uma série de pontos discretos, ou nós, nos quais são calculadas as incógnitas

do problema. Essa substituição do contínuo pelo discreto denomina-se discretização.

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32

Figura - 3. 1. Mudança do domínio contínuo de coodenadas (x,y) para o discreto de coordenadas (i,j)

Uma vez efetuada a discretização do domínio do problema, aplica-se o MDF para

a determinação das incógnitas. As derivadas, que aparecem na equação original, são

substituídas (ou aproximadas) por fórmulas discretas de diferenças. A aplicação dessas

fórmulas aos pontos do domínio discretizado gera um sistema de equações algébricas, cuja

solução fornece os valores das incógnitas do problema nesses pontos discretos.

3. 3 – Derivadas de ordem um ou de primeira ordem

Por definição a derivada de um função u(x) em um ponto xi é dada por:

hxuhxu

dxdu ii

xx i

)()(

(3. 1)

onde h = x.

De forma aproximada, utilizando-se um incremento h pequeno, porém finito,

pode-se escrever:

hxuhxu

dxdu ii

xx i

)()(

(3. 2)

A aproximação definida pela equação (3. 2) é denominada diferença progressiva

porque utiliza um ponto à frente de xi, o ponto (xi + h).

De maneira análoga, pode-se definir uma diferença regressiva.

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33

hhxuxu

dxdu ii

xx i

)()(

(3. 3)

Figura - 3. 2. Influência das diferentes derivadas tomadas em relação ao ponto x e sua vizinhança a direita e esquerda.

Outra maneira de aproximação é a diferença central:

hhxuhxu

dxdu ii

xx i2

)()(

(3. 4)

As fórmulas aproximadas, (3. 2), (3. 3), (3. 4) podem ser obtidas,

alternativamente, através de Séries de Taylor truncadas, o que permite estimar o erro

cometido nas aproximações.

i) Diferença progressiva

A expansão em Série de Taylor do valor de u em xi = xi + h em torno do valor de

u em x = xi é:

...!3!2

)()( 3

33

2

22

iii xxxxxx

ii dxudh

dxudh

dxduhxuhxu (3. 5)

A expressão (3. 5) pode ser reescrita como:

iii xxxx

ii

xx dxudh

dxudh

hxuhxu

dxdu

3

32

2

2

6!2)()(

(3. 6)

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34

Como h é pequeno podemos truncar a série no ponto indicado. Logo, desprezando-se os

termos relativos às derivadas de ordem igual ou superior a dois, obtém-se a expressão da

diferença progressiva. Como h é um valor pequeno, o maior termo desprezado é igual ao

produto de h por uma constante, ou seja, é da ordem de h (notação O(h)). O erro que se

comete quando se substitui a expressão (3. 1) pela expressão (3. 2) é O(h).

ii) Diferença regressiva

Analogamente, a expressão em série de Taylor do valor de u em x = xi – h, em

torno do valor de u em x = xi, é:

...!3!2

)()( 3

33

2

22

iii xxxxxx

ii dxudh

dxudh

dxduhxuhxu (3. 7)

Resolvendo-se para ixxdx

du

, obtém-se

iii xxxx

ii

xx dxudh

dxudh

hhxuxu

dxdu

3

32

2

2

6!2)()(

(3. 8)

Ao se desprezar os termos relativos às derivadas de ordem dois ou superiores,

obtém-se a expressão da diferença regressiva, que também introduz um erro O(h), quando se

substitui (3. 1).

iii) Diferença central

Subtraindo-se (3. 5) de (3. 7) tem-se:

...!3

22)()( 3

33

ii xxxx

ii dxudh

dxduhhxuhxu (3. 9)

e

ii xx

ii

xx dxudh

hhxuxu

dxdu

3

32

62)()(

(3. 10)

Para se obter a expressão correspondente à diferença central são desprezados os

termos relativos às derivadas de ordem 3 e superiores, consequentemente o erro cometido

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35

quando se substitui (3. 1) por (3. 4) é da ordem de O(h2). Este erro é menor do que aquele

cometido pelo uso da diferença regressiva e progressiva conforme mostra a Figura - 3. 2.

3. 4 – Derivadas de ordem dois ou segunda ordem

As derivadas de segunda ordem também podem ser obtidas através de Séries de

Taylor, as expressões (3. 5) e (3. 7) podem ser somadas, resultando em:

...!4

2)(2)()( 4

44

2

2

ii xxxxiii dx

udhdx

udhxuhxuhxu (3. 11)

Resolvendo para ixxdx

ud

22

temos:

...12

)()(2)(4

42

22

2

ii xx

iii

xx dxudh

hhxuxuhxu

dxud (3. 12)

A aproximação para a derivada segunda é uma aproximação do tipo diferença

central e o erro cometido é da ordem de O(h2):

22

2 )()(2)(h

hxuxuhxudx

ud iii

xx i

(3. 13)

3. 5 – Derivadas de ordem n qualquer

As derivadas de ordem n qualquer podem ser expressas em termos do Binômio de

Newton, como:

nir

n

rxxn

n

hrhxu

rn

dxud

i

)()1(0

(3. 14)

onde

!)!(!

rrnn

rn

(3. 15)

Para se obter a derivada de ordem n qualquer em Diferenças Finitas Progressivas

pode-se utilizar a seguinte fórmula:

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36

nir

n

rxxn

n

hrhxu

rn

dxud

i

)()1(0

(3. 16)

ou

nrir

n

rn

in

hu

rrnn

dxud

)1(!)!(

!0

(3. 17)

Para se obter a derivada de ordem n qualquer em Diferenças Finitas Regressivas

pode-se utilizar a seguinte fórmula:

nir

n

rxxn

n

hrhxu

rn

dxud

i

)()1(0

(3. 18)

ou

nrir

n

rn

in

hu

rrnn

dxud

)1(!)!(

!0

(3. 19)

Para se obter a derivada de ordem n qualquer em Diferenças Finitas Centrais

pode-se utilizar a seguinte fórmula:

niir

n

rxxn

n

hrhxurhxu

rn

dxud

i2

)()()1(0

(3. 20)

ou

nririr

n

rn

in

huu

rrnn

dxud

2)1(

!)!(!

0

(3. 21)

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37

3. 6 – Exemplos de Aplicações

1) Seja a equação diferencial:

1002

2

xemxudx

ud (3. 22)

com condições de contorno essenciais ou forçadas:

u(0) = 0 ; u(1) = 0. Resolver como exercício o problema acima por meio de diferenças finitas

regressivas, progressivas e diferenças finitas centrais, com h = 0,2, para comparação

Solução:

A equação diferencial, inicialmente, reescrita de forma discreta:

0)()()(2)(2

ii

iii xxuh

hxuxuhxu (3. 23)

Agrupando os termos semelhantes temos:

iiii xhhxuxuhhxu 22 )()()2()( (3. 24)

Em seguida, são identificados os pontos onde a equação discreta deve ser aplicada. Sendo h =

0,2 e conhecidos os valores de u em x = 0 em x = 1, os valores incógnitos da função são

aqueles correspondentes a x = 0,2; x = 0,4; x = 0,6; x = 0,8.

Figura - 3. 3. Distribuição de pontos igualmente espaçados no intervalo [0;1].

Reescrevendo a equação (3. 24) de forma simplificada:

iiii xhuuhu 21

21 )2( (3. 25)

Com condições de contorno: u0 = 0 e u5 = 1.

onde:

)(;)(1 iiii xuuhxuu (3. 26)

e

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38

4,3,2,1;)(1 ihxuu ii (3. 27)

Aplicando a equação (3. 24) ou (3. 25) nos quatro pontos, um sistema de quatro equações

algébricas é obtido. A solução desse sistema fornece os valores de u(0,2); u(0,4); u(0,6) e

u(0,8).

Assim, para

i = 0 (x = 0,); u1 -1,96u0+ u-1 = -0,22.0,0 = 0.000

i = 1 (x = 0,2); u2 -1,96u1+ u0 = -0,22.0,2 = -0.008

i = 2 (x = 0,4); u3 -1,96u2+ u1 = -0,22.0,4 = -0.016

i = 3 (x = 0,6); u4 -1,96u3+ u2 = -0,22.0,6 = -0.024

i = 4 (x = 0,8); u5 -1,96u4+ u3 = -0,22.0,8 = -0.032

i = 5 (x = 1,0); u6 -1,96u5+ u4 = -0,22.1,0 = -0.040

(3. 28)

OBS: os valores de u0 = 0 e u5 = 0 são conhecidos.

Em forma matricial, após a introdução das condições de contorno.

032,0024,0016,0008,0

96,1100196,1100196,1100196,1

4

3

2

1

uuuu

(3. 29)

As soluções aproximadas são obtidas após a solução do sistema de equações.

Comparando esses valores com os fornecidos pela solução analítica:

xsen

xsenxu )1()()( (3. 30)

tem-se:

i X u(x) analítica u(x) aproximada por diferença central

0 0,0 0,0000 0,0000

1 0,2 0,0361 0,0362

2 0,4 0,0628 0,0630

3 0,6 0,0710 0,0713

4 0,8 0,0525 0,0527

5 1,0 0,0000 0,0000

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39

2) Resolver o problema anterior com a condição de contorno natural.

1em1)( x

dxxdu (3. 31)

Solução:

O problema agora possui cinco incógnitas, já que o valor de u5 = u(x = 1) não é

conhecido. Assim, é necessário gerar mais uma equação, além das aplicadas nos quatros

pontos interiores, para a solução do problema.

Há três alternativas para a obtenção da equação adicional.

1ª – Aproximação a condição de contorno natural com diferença regressiva:

12,02,0

)8,0()1()()( 45

uuuuh

hxuxudxdu ii

xx i

(3. 32)

A equação adicional requerida para a solução do problema é:

45 2,0 uu (3. 33)

Mas a partir da quinta equação do Exemplo 1, em x1 = 1 (i = 5), temos:

u5 -1,96u4+ u3 = -0.032 (3. 34)

Substituindo a equação (3. 33) em (3. 34) (quinta equação do Exemplo 1), obtém-se:

0,2+ u4 -1,96u4+ u3 = -0.032 (3. 35)

ou

(1-1,96)u4+ u3 = -0.032-0,2 (3. 36)

Donde

-0,96u4+ u3 = -0.232 (3. 37)

E o novo sistema de equação é:

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40

232,0024,0016,0008,0

96,0100196,1100196,1100196,1

4

3

2

1

uuuu

(3. 38)

As soluções aproximadas são obtidas após a solução do sistema de equações.

Comparando esses valores com os fornecidos pela solução analítica:

xxsenxu )1cos()(2)( (3. 39)

tem-se:

i x u(x) analítica u(x) aproximada por diferença regressiva

0 0,0 0,0000 0,0000

1 0,2 0,5354 0,4415

2 0,4 1,0415 0,8573

3 0,6 1,4901 1,2229

4 0,8 1,8554 1,5155

5 1,0 2,1184 1,7155 (u4+0,2)

6 1,2 2,2541 -

2ª – Aproximação a condição de contorno natural com diferença progressiva:

12,02,0

)0,1()2,1()()( 56

uuuuh

xuhxudxdu ii

xx i

(3. 40)

A equação adicional requerida para a solução do problema é:

56 2,0 uu (3. 41)

Mas a partir da sexta equação do Exemplo 1, em x1 = 1,2 (i = 6) temos:

u6 -1,96u5+ u4 = 0,22.1,0 = -0.040 (3. 42)

Substituindo a equação (3. 41) em (3. 42) (sexta equação do Exemplo 1), obtém-se:

0,2+ u5 -1,96u5+ u4 = -0.040 (3. 43)

ou

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41

(1-1,96)u5+ u4 = -0.040-0,2 (3. 44)

Donde

-0,96u5+ u4 = -0.240 (3. 45)

E o novo sistema de equação é:

44,0032,0024,0016,0008,0

96,01000

196,1

01

00

00

196,1100196,1100196,1

5

4

3

2

1

uuuuu

(3. 46)

As soluções aproximadas são obtidas após a solução do sistema de equações.

Comparando esses valores com os fornecidos pela solução analítica:

xxsenxu )1cos()(2)( (3. 47)

tem-se:

i x u(x) analítica u(x) aproximada por diferença progressiva

0 0,0 0,0000 0,0000

1 0,2 0,5354 0,680609

2 0,4 1,0415 1,325994

3 0,6 1,4901 1,902339

4 0,8 1,8554 2,378591

5 1,0 2,1184 2,727699

6 1,2 2,2541 2,927699 (u5+0,2)

3ª – Aproximação a condição de contorno natural com diferença central:

Esta terceira alternativa, consiste em aplicar a equação aproximada (3. 25) no

ponto x = 1, o que gera a quinta equação requerida para a solução do problema, mas envolve

o valor de u em um ponto fictício (u6) fora do domínio (o que é outro problema a ser

resolvido), o ponto x = 1,2. A relação entre o valor fictício u(1,2) = u6 e algum outro valor do

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42

domínio (que constitui uma sexta equação) pode ser obtida aproximando a condição de

contorno natural com diferença central.

6 4

( ) ( ) (1,2) (0,8)2 2.(0,2)

10, 4

i

i i

x x

u x h u x hdu u udx h

u u

(3. 48)

A equação adicional requerida para a solução do problema é:

14,0

46 uu

(3. 49)

Mas a partir da quinta equação do Exemplo 1, em x1 = 1 (i = 5) temos:

u6 -1,96u5+ u4 = -0,22.1,0 = -0.040 (3. 50)

ou

u6 -1,96u5+ u4 = -0.040 (3. 51)

Substituindo a equação (3. 49) em (3. 51) (sexta equação do Exemplo 1), obtém-se:

0,4+ u4 -1,96u5+ u4 = -0.040 (3. 52)

Obtém-se:

-1,96u5+ (1 + 1)u4 = -0.040-0,4 (3. 53)

Donde

-1,96u5+2 u4 = -0.44 (3. 54)

E o novo sistema de equação é:

044,0032,0024,0016,0008,0

96,11000

296,1

01

00

00

196,1100196,1100196,1

5

4

3

2

1

uuuuu

(3. 55)

As soluções aproximadas podem ser comparadas com a solução analítica:

Page 43: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

43

xxsenxu )1cos()(2)( (3. 56)

Comparando os resultados obtidos de diferentes formas temos:

i x u(x)

analítica

u(x) aproximada por

diferença regressiva

1ª Hipótese

u(x) aproximada

por diferença

progressiva

2ª Hipótese

u(x) aproximada por

diferença central

3ª Hipótese

0 0,0 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

1 0,2 0,5354 0,4415 0,680609 0,5423

2 0,4 1,0415 0,8573 1,325994 1,0550

3 0,6 1,4901 1,2229 1,902339 1,5094

4 0,8 1,8554 1,5155 2,378591 1,8794

5 1,0 2,1184 1,7155 (u4+0,2) 2,727699 2,1422

6 1,2 2,2541 - 2,927699 (u5+0,2) 2,2794 (u4+0,4)

3) Determinação dos momentos fletores em uma viga unidimensional bi-apoiada.

Figura - 3. 4. Viga bi-apoiada sujeita a uma flexão sob o seu próprio peso.

O problema é regido pela equação

qdx

xMd2

2 )( (3. 57)

e pelas condições de contorno:

0)()( 0 lxx xMxM (3. 58)

Adotar h = x = l/4

Solução:

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44

Figura - 3. 5. Distribuição de pontos igualmente espaçados no intervalo [0;4].

As incógnitas são M1, M2 e M3 com condições de contorno M0 = 0 e M4 = 0.

Para

i = 1 (x1 = l/4):

ql

MMM

2

210

)4/(2 (3. 59)

i = 2 (x2 = l/2):

ql

MMM

2

321

)4/(2 (3. 60)

i = 3 (x3 =3l/4):

ql

MMM

2

432

)4/(2 (3. 61)

Em forma matricial, após a imposição das condições de contorno tem=se:

111

16210

121012

2

3

2

1 ql

MMM

(3. 62)

Resolvendo:

231 32

3 qlMM (3. 63)

e

22 8

1 qlM (3. 64)

Pergunta:

Porque a solução aproximada corresponde a solução analítica exata?

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45

Resposta:

A solução aproximada expandida em Série de Taylor é igual a solução exata,

porque, pelas condições de contorno do problema, os termos de ordem superiores na

expansão são todo nulos.

4) Sistema Massa-Mola sujeita a ação de uma força dependente do tempo.

O problema é descrito pela equação geral:

)(tpKuuCum (3. 65)

onde m é a massa, C é o coeficiente de amortecimento e K é a rigidez da mola. A força p(t)

pode ter uma variação qualquer no tempo.

A solução analítica é dada por:

( )

0

( ) cos

1 ( ) ( )

m

m

o m oto

d

tt

dd

u uu t e u w t sen t

p e sen t dm

(3. 66)

Onde ou e ou são as condições iniciais e mK

m é a freqüência natural do sistema,

mmC

2

, 21 md

Para resolver o problema numericamente, utilizando as aproximações de diferença

central para as derivadas de segunda ordem (aceleração) e de primeira ordem (velocidade),

são feitas as substituições:

tuu

uet

uuuu jj

jjjj

j 22 11

211

(3. 67)

o índice j refere-se ao tempo tjt j , t é o passo (incremento) de tempo.

A versão discretizada da equação diferencial, após a substituição das derivadas

pelas suas aproximações, é dada por:

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46

12 *2 j j

m c u pt t

(3. 68)

onde p*j é dado por:

12 22*

2j j j jm m cp p K u ut t t

(3. 69)

Para j = 0, 1, 2, ...., os valores de uj+1 são obtidos a partir dos valores já conhecidos uj e uj-1.

Para se iniciar o processo de marcha no tempo (j = 0) é necessário determinar o

valor de 1ju ; das fórmulas de aproximação, pode-se escrever:

tuuue

tuuuu

22 11

02101

0

(3. 70)

Resolvendo-se para u-1, obtém-se:

21010

0

101

2)2(2

tuuuutu

uutu

(3. 71)

ou

20001 2

1 tutuuu (3. 72)

Os valores de 0u e 0u são conhecidos (condições iniciais) e, da própria equação

diferencial, pode-se determinar o valor de 0u :

0000 pKutuCum (3. 73)

ou

0 0 00

p Cu t Kuu

m

(3. 74)

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47

3. 7 – Consistência, Convergência e Estabilidade

Para se garantir que a solução numérica fornecida por um esquema numérico

represente uma aproximação razoável da solução exata do problema matemático, é necessário

que o esquema utilizado apresente propriedades de consistência, convergência e estabilidade.

Essas propriedades estão inter-relacionadas na solução numérica e são funções dos erros

envolvidos.

Consistência: Um esquema de diferenças finitas é dito consistente quando, ao refinarem-se as

aproximações (por diferenças finitas), no limite, as equações aproximadas se tornam

matematicamente equivalentes às equações diferenciais originais. Assim, se

0, 0, 0x y t , 0 (onde é o erro de truncamento da equação aproximada).

Convergência: A solução numérica tende para a solução exata à medida que os incrementos

espaciais e temporal diminuem. Se f é a solução exata da equação diferencial e f é a

solução aproximada, então:

ff (3. 75)

Se, no ponto x = xi, ui representa a solução exata da equação diferencial e iu~

representa a solução aproximada, o esquema é convergente quando o erro de discretização

iii uu ~ tende para zero, em qualquer ponto i, à medida que se refina a discretização.

Estabilidade: É uma propriedade relacionada basicamente com o esquema de integração no

tempo. Quando um esquema numérico qualquer é instável, uma pequena perturbação (um erro

de truncamento, por exemplo), tende a crescer na medida em que o processo de cálculo

avança no tempo, conduzindo a erros acima dos valores toleráveis e comprometendo a

solução numérica. Por exemplo, o método da diferença central utilizado no quarto exemplo,

para o avanço no tempo, só é estável para valores de passo de tempo t a um valor crítico

definido pela expressão.

mCriticott

2

(3. 76)

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48

De acordo com a teoria da estabilidade, da solução das equações diferenciais de Lyapunov,

essa amplificação do erro no tempo, associada à instabilidade das equações diferenciais é, em

geral, exponencial no tempo (vide capítulo 4 de L. Esgoltz, Ecuaciones Diferenciales y

Cálculo Variacionais, Editora MIR, 1977).

3. 8 – Exercícios e Problemas

1) Resolver pelo Método das Diferenças Finitas a seguinte equação diferencial:

2

2

2

2 1tu

cxu

(3. 77)

para a barra da Figura - 3. 6. Use a diferença central também para as condições de contorno.

Com condições iniciais:

( , 0)( , 0) 0 ; 0u x tu x tt

(3. 78)

ou

0 00 ; 0u u (3. 79)

E condições de contorno

( , )( 0, ) 0 ; 1u x L tu x tx

(3. 80)

ou

(0) 0 ; 1x L

uux

(3. 81)

Fazer os gráficos de )(tuA e )(tuB e gráficos de cxx

u

Figura - 3. 6. Barra engastada na extremidade esquerda coorespondente ao ponto A.

Solução:

Seja a seguinte equação diferencial:

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49

2

2

2

2 1tu

cxu

(3. 82)

Com as seguintes condições iniciais:

0)0,( txu 0)0,(

ttxu (3. 83)

E condições de contorno:

0),0( txu 1),(

x

tLxu (3. 84)

onde L é o comprimento da barra.

Na discretização j tempo ji posiçãoiu computacionalmente equivale a :

,J I

x tu I J loops em

, (3. 85)

Vamos usar a diferença central para calcular as derivadas. Para resolver por

diferenças finitas é preciso em primeiro lugar discretizar a equação, na seguinte forma:

).2(1.22

11

2211

tuuu

cxuuu k

iki

ki

ki

ki

ki

(3. 86)

onde

11112

22

.2.2. k

iki

ki

ki

ki

ki uuuuuu

xtc

(3. 87)

Isolando 1kiu , a equação acima fica na seguinte forma:

1112

221 .2.2.

k

iki

ki

ki

ki

ki uuuuu

xtcu

(3. 88)

Chamando de

2

22 .x

tc (3. 89)

temos:

111

1 ).22(

ki

ki

ki

ki

ki uuuuu (3. 90)

a) Solucionando problemas computacionais para as condições iniciais

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50

Um problema que existe em termos de implementação numérica refere-se ao

termo 1kiu , que para o tempo k=0, k-1, gera um tempo negativo, ou seja, a equação (3. 90)

fica:

101

001

1 ).22(

iiiii uuuuu (3. 91)

Para resolver esse problema usamos a seguinte condição:

0

( , 0) 0 0t

u x t ut t

, (3. 92)

que discretizando usando diferença central, fica da seguinte forma:

02

11

tuu k

iki

, (3. 93)

que resulta em 11 ki

ki uu , devendo ser substituída na Equação (3. 86) quando n = 0.

02

11

tuu ii

, (3. 94)

ou

11 ii uu , (3. 95)

Retornando a equação (3. 91) temos:

01

001

1

2).1(

2 iiii uuuu

(3. 96)

b) Solucionando problemas computacionais para as condições de contorno

Um outro problema no termo kiu 1 , pois para a ultima iteração espacial do i, que é

i+1, necessitamos calcular um valor inexistente na barra, isto é, além da barra. Para resolver

esse problema usamos a seguinte condição:

1),(

x

tLxu , (3. 97)

que discretizando usando diferença central, fica da seguinte forma:

12

11

xuu k

iki

, (3. 98)

que resulta em:

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51

ki

ki uxu 11 2 , (3. 99)

o qual deve ser substituído na Equação (3. 86) quando for a ultima iteração do i.

Para i = n (i = 6):

01

001

1

2).1(

2 nnnn uuuu

(3. 100)

A condição de contorno fica:

1 1( , ) 1 12

n n

x L

u uu x L t ux x x

(3. 101)

logo

11 2 nn uxu (3. 102)

Retornando a equação (3. 100) temos:

1 0 0 01 1(2 ) (1 ).

2 2n n n nu x u u u (3. 103)

Observe que para:

i) k = 0 e 1 i n - 1:

11 1(1 ).

2 2k k k kn i i iu u u u

(3. 104)

ou

1

11 1(2 ) (1 ).

2 2n

k k k kn n n n

u

u x u u u

(3. 105)

ii) k = 0 e i = n

11 1(2 ) (1 ).

2 2k k k kn n n nu x u u u

(3. 106)

iii) k > 0 e 1 i n-1:

111

1

2).22(

k

iki

ki

ki

ki uuuuu (3. 107)

iv) k > 0 e i = n:

111

1 ).22()2(

kn

kn

kn

kn

kn uuuuxu (3. 108)

com xtc .

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52

graficando-se:

A

B i

u t du tu t dx

(3. 109)

Resultados:

1) Graficando tdx

txduAx

),0( temos:

Figura - 3. 7. Variação da derivada temporal da amplitude da deformação da barra com o tempo no ponto A na extremidade esquerda da barra, ou seja, x = 0 (Cortesia de Larissa Utiyama- 2006).

2) Graficando ttLxuBx

),2/( , temos:

-0.2

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

desl

ocam

ento

tempo

u(t,0.5L) X t

"u(t,0.5L).txt"

Figura - 3. 8. Variação da amplitude de oscilação da deformação da barra com o tempo no ponto B no centro da barra, ou seja, x = L/2 (Cortesia de Larissa Utiyama- 2006).

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53

3) Graficando ttLxu Cx

),( temos:

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

1.2

1.4

1.6

1.8

2

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

desl

ocam

ento

tempo

u(t,L) X t

"u(t,L).txt"

Figura - 3. 9. Variação da amplitude de oscilação da deformação da barra (taxa de deformação) com o tempo no ponto C na extremidade direita da barra, ou seja, x = L (Cortesia de Larissa Utiyama- 2006).

2) Resolver pelo Método das Diferenças Finitas a seguinte equação

2

2

2

2

2

2 1tu

cyu

xu

, (3. 110)

Com as seguintes condições iniciais:

i) Para toda a membrana

0)0,,( tyxu , (3. 111)

ii) Para as bordas:

0),,( tyxu , (3. 112)

iii) Para o centro:

0( , 0)u x tV c

t

, (3. 113)

iv)) Fora do centro:

0)0,(

ttxu

, (3. 114)

conforme mostra a Figura - 3. 10.

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54

Figura - 3. 10.Discretização da membrana quadrada de lado a.

Na discretização k tempo kij posição ie ju computacionalmente equivale a :

. ., , K tempo J coord y I coord x

x tyu I J K loops em

, (3. 115)

no caso geral, temos:

Solução:

Discretizando, a equação diferencial,

1 11, , 1, , 1 , , 1 , , ,2 2 2 2

1 1 1 1( 2. ) 2. 2.t t t t t t t t tx y x y x y x y x y x y x y x y x yu u u u u u u u u

x y c t

(3. 116)

e isolando o termo 1

,tyxu

1,,21,,1,2,1,,1

221, 21.21).2(

tyx

tyx

tyx

tyx

tyx

tyx

tyx

tyx

tyx uu

yuuu

xuuutcu

, (3. 117)

Para resolver o problema no termo 1,tyxu para t=0 no centro discretizamos a condição

cttxu

)0,( , ficando

tuu t

yxt

yx

2

1,

1, e concluindo que 1

,1

, 2 tyx

tyx utcu , para fora do centro

também usando diferença central, conclui-se que 1,

1,

tyx

tyx uu , para os termos t

yxu ,1 e t

yxu 1, ,

não haverá problema, pois para os valores máximos de x e y, a condição garante que será 0.

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55

Figura - 3. 11. Variação da amplitude da oscilação em função do tempo.

Figura - 3. 12. Oscilações espaciais da membrana quadrada simulada no MAPLE – VII (Cortesia de Maiko Fernandes Buzzi e Roberto Vanzuit)

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56

3) Usando diferenças finitas, resolva o problema de Griffith para uma placa plana e infinita,

sujeita a uma tensão constante, , nas bordas superior e inferior, e um entalhe plano no centro

da placa, cuja equação diferencial biquadrada para o problema é dada pelas funções de Airy:

042 , (3. 118)

Com condições de contorno:

i) Nas bordas superior e inferior

0

0

),(),(

BAA

BAA

LyLxLLyLxL

, (3. 119)

ii) Nas bordas laterais

0

0

),(),(

BBA

BBA

LyLLxLyLLx

, (3. 120)

iii) Nas extremidades da trinca

f

f

yLxyLx

)0,(

)0,(

0

0, (3. 121)

Solução:

Figura - 3. 13. Problema de Griffith, resolvido pelo Método de Diferenças Finitas usando-se a Planilha do Microsoft Excel, discretizado a um nível de três cores para o campo das deformações.

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57

Capítulo – IV

CÁLCULO VARIACIONAL

RESUMO

Neste capítulo será visto a origem do Método Variacional a partir do problema da

braquistócrona, onde será deduzido as Equações de Euler-Lagrange. Em seguida

utilizaremos esta equação para desenvolver o Método Variacional para derivadas superiores.

Concluiremos este capítulo com exemplos de extremização de funcionais para determinação

da equação diferencial do problema.

4. 1 – Objetivos do capítulo

i) Entender o Método Variacional de Euler-Lagrange

ii) Compreender a origem das Equações de Euler-Lagrange de primeira ordem e

ordem superiores.

ii) Saber utilizar a Equação de Euler-Lagrange em problemas para determinação

das equações diferenciais.

iii) Entender e saber aplicar o Método Rayleigh-Ritz acoplado ao problema do

Cáculo Variacional.

4. 2 – Introdução

O Método Variacional tem origem na Mecânica Clássica de Newton. Este método

foi desenvolvido como uma generalização dos problemas dinâmicos da Mecânica Analítica

ou Racional. Existem diferentes abordagens matemáticas para se chegar as Equações de

Euler-Lagrange. Contudo, o problema da braquistócrona é o mais direto, pois elimina a

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58

necessidade de se conhecer todo o desenvolvimento da Mecânica Analítica envolvida. Esse

método é precursor dos demais métodos que se seguirão, visto que ele determina a equação

diferencial do problema através das Equações de Euler-Lagrange. As equações diferenciais

encontradas pelo Método Variacional poderão ser resolvidas analítica ou numericamente

pelos demais métodos que serão aprendidos neste curso.

4. 3 – Problema da Braquistócrona

Uma partícula cai do ponto (1) para o ponto (2), deslizando sem atrito sobre uma

curva y = y(x). Determine a curva correspondente ao tempo mínimo de queda.

Figura - 4. 1. Problema da braquistrócrona {BRAKÜS: curto, reduzido; KHRÓNOS: tempo}

Solução:

Tempo de queda:

)2(

)1(

dtI (4. 1)

velocidade:

dtdsv (4. 2)

onde o comprimento da curva descrita é dado por:

222 dydxds (4. 3)

logo

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59

dxydxdxdyds 2

2

'11

(4. 4)

Pelo Princípio da Conservação da Energia (Sistema Conservativo)

mgymvmgymvmgymv 22

221

21 2

121

21 (4. 5)

onde a velocidade de queda é dada por:

221 12v v g y y (4. 6)

Assim:

vdsdt (4. 7)

logo

dx

yygv

yI

x

x

2

1 )(2

'1

12

1

2

(4. 8)

Em (4. 8) I é uma função especial denominada funcional. O funcional do problema da

Braquistócrona depende de uma variável independente x, de uma variável dependente y, e da

derivada primeira de y, isto é, y’.

Genericamente:

2

1

)',,(x

x

dxyyxFI :I funcional (4. 9)

O problema contudo ainda não foi solucionado, pois a expressão da função y = y(x) não é

conhecida. Esse é o problema do cálculo variacional, que consiste em determinar as funções

que extremizam o funcional (para o problema da braquistócrona, a trajetória y que produz

um tempo mínimo de queda). Essas funções são obtidas após se estabelecerem as condições

necessárias à extremização do funcional, segundo um procedimento análogo ao da procura

dos pontos extremos (extremantes) de uma função. Assim, dada uma função y = y(x), a sua

expansão em Série de Taylor, na vizinhança de x = a, é dada por (admitindo que f(x) tenha

derivadas contínuas em x = a):

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60

....!2

)()(''))((')()(

axafaxafafxf (4. 10)

e portanto:

....!2

)()(''))((')()(2

axafaxafafxf (4. 11)

Para que f(a) seja um valor mínimo relativo à função, f(x) – f(a) > 0 para todos os

valores de x numa vizinhança de a, ou seja, para todos os “valores amissíveis” de x(a). Onde o

ponto a é um ponto extremo ou extremizante da função.

Da mesma maneira, para que f(a) seja um máximo relativo, f(x) – f(a) < 0. Como

(x – a) adquire valores positivos e negativos, impões-se a condição de que f’(a) = 0, a fim de

que o termo predominante do desenvolvimento em série tenha valores não negativos, isto é:

((x – a)2 > 0 e |(x – a)3| > (x – a)4 ...). (4. 12)

A condição f’(a) = 0 é a condição necessária para que o ponto x = a seja ponto

extremo da função. Como (x – a)2 > 0, se f”(a) > 0 tem-se um ponto de mínimo em x = a; se

f”(a) < 0 tem-se um ponto de máximo em x = a. Se f”(a) = 0, o termo predominante passa a

ser o terceiro, que altera o sinal para valores admissíveis de x à direita e à esquerda de a,

caracterizando um ponto de inflexão (se f”(a) 0).

A extremização do funcional está sempre ligada a algum critério matemático ou

principio físico imposto ao problema, conforme uma necessidade prática, como no caso da

curva de tempo mínimo (Braquistócrona), ou do Principio da Mínima Energia Potencial.

4. 4 – Equação de Euler-Lagrange – Primeira Variação

O valor do funcional depende da função escolhida, função esta que corresponde

ao caminho entre x1 e x2.

Admite-se a existência de certo caminho, y(x), que extremiza o funcional em

relação aos caminhos vizinhos (variados), )(~ xy . Uma família de caminhos variados,

dependentes de um parâmetro é definida como:

)()()(~ xxyxy (4. 13)

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61

Onde )(x é uma função derivável, arbitrariamente escolhida, que se anula em x = x1 e x =

x2: )()( 21 xx = 0. Nota-se ainda que, qualquer que seja a escolha de )(x , quando = 0

os caminhos variados coincidem com o caminho extremizante.

Figura - 4. 2. Calculo Variacional de primeira ordem da função y(x) extremizante do funcional.

Considerando os caminhos variados, o funcional:

2

1

)'~,~,(~ x

x

dxyyxFI (4. 14)

tem o seu valor extremo dado por ( já que por hipótese, y extremiza o funcional):

2

1

)',,(x

x

dxyyxFI (4. 15)

substituindo (4. 13) em (4. 14):

2

1

))('~),(~,(~ x

x

dxyyFI (4. 16)

ou

2

1

)'',,(~ x

x

dxyyxFI (4. 17)

Em (4. 17), o funcional está escrito como função do parâmetro e pode ser expandido em

Série de Taylor na vizinhança de = 0 (porque em = 0 temos yy ~ ):

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62

...!2

~~~~ 2

02

2

00

d

IddIdII (4. 18)

ou

...!2

~~~ 2

02

2

0

dId

dIdII (4. 19)

Analogamente ao caso da função y = f(x), a condição necessária para que I~ seja extremo em

= 0 é dada por:

( , ( ), '( ))I I y y (4. 20)

Onde:

0)'~,~,(~~

dxyyxFd

dIdI

(4. 21)

Logo

'( , , ')'

F y F yF x y yy y

(4. 22)

e

0~

0

dId (4. 23)

ou seja

0~

0

dId (4. 24)

Logo

0'~

'~~

~~

00

2

1

x

x

dxyyFy

yF

dId (4. 25)

De (4. 17):

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63

0''~~

~

00

2

1

x

x

dxyF

yF

dId (4. 26)

Como em = 0, yy ~ e ''~ yy , a expressão (4. 26) pode ser escrita como:

2

1

0''

x

x

dxyF

yF . (4. 27)

Agora vamos procurar eliminar o segundo termo da integral.

Integrando por partes, pode-se eliminar ’:

' ''

dF d Fu du dxdy dx dy

d dx

(4. 28)

Logo

2

1

2

1

2

1''

''

x

x

x

x

x

x

dxyF

dxd

yFdx

yF (4. 29)

Como 0)()( 21 xx temos:

2

1

2

1'

''

x

x

x

x

dxyF

dxddx

yF (4. 30)

Substituindo (4. 30) em (4. 27):

2

1

0'

x

x

dxyF

dxd

yF (4. 31)

Usando o LEMA FUNDAMENTAL DO CÁLCULO DAS VARIAÇÕES.

Se 2

1

0)()(x

x

dxxxf , com f(x) contínua e (x) continuamente derivável (ou

diferenciável) e anulando-se em x1 e x2, então f(x) = 0 no intervalo considerado.

Assim tem-se de (4. 31) que:

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64

0'

yF

dxd

yF (4. 32)

que é a equação de Euler-Lagrange e é a condição a que y(x) deve obedecer para que seja

extremizante do funcional.

Da equação (4. 13) pode-se definir o operador :

yyyyy ~;~ (4. 33)

Por definição, y representa uma variação arbitrária introduzida na variável

dependente y para um valor fixo da variável independente x. Graficamente temos:

Figura - 4. 3. Variação y em torno de função extremizante y(x).

4.4.1 - Propriedades do Operador

1) ydxd

dxdy

: comutativa com o operador diferencial.

Vejamos a variação da função dxdy

:

dxyd

dxdy ~~

(4. 34)

logo

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65

dxyd

dxdy

dxyyd

dxdy

dxyd

dxdy

dxdy

dxdy

)(

)~(~~

(4. 35)

2) ydxydx : comutativo com o operador integral

Vejamos a variação da função ydx cujo caminho variável é dado por:

dxyydx ~~ (4. 36)

então

ydxydx

dxyyydxdxyydxydxydx

)~(~~

(4. 37)

Substituindo (4. 27) no segundo termo à direita em (4. 18):

''

''

''

2

1

2

1

2

1

x

x

x

x

x

x

dxyyFy

yFdx

yF

yFdx

yF

yF

(4. 38)

Integrando por partes:

' '

' ' '

F d Fu du dxy dx dy

d y dx y dx y dx y

(4. 39)

Logo

2

22

1 1

10

'' ' '

x

x x

x x

x

F F d Fy dx y ydxy y dx y

(4. 40)

Mas 0~ yyy porque são iguais em x1 e x2.

Substituindo (4. 40) em (4. 38):

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66

2

1

0'

x

x

ydxyF

dxd

yF (4. 41)

A expressão (4. 41) é denominada primeira variação do funcional. Portanto, a condição

necessária à extremização requer que a primeira variação do funcional seja igual a zero.

2

1

0'

)1(x

x

ydxyF

dxd

yFI (4. 42)

Note-se que:

1.

0

)1(~

dIdI (4. 43)

2. A analogia entre a primeira variação de um funcional e o diferencial total de uma função é

evidente se:

2

1

0''

,)',,( )1(x

x

dxyyFy

yFIyyxFF (4. 44)

dyyfdx

xfdfyxff

,),( (4. 45)

4.4.2 – Condições de Contorno

Foi considerado, até agora, o caso no qual são dados os pontos (x1,y1) e (x2,y2) por

onde deve passar a função extremizante e (x1) = (x2) = 0: essas condições de contorno são

denominadas cinemáticas ou forçadas.

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67

Figura - 4. 4.

Supões-se, agora, que são dados apenas x1 e x2; assim, dos caminhos variados,

alguns passarão por y1 e y2 e outros não.

Para 2

1

)',,(x

x

dxyyxFI , o desenvolvimento da condição de extremização

conduz a:

2

1 12

0'

)1(x

x xx

yyFy

yFydx

yF

dxd

yFI , (4. 46)

onde cada um desses termos é nulo individualmente, porque eles são linearmente

independentes.

A função y(x) que extremiza o funcional deverá atender, além da equação de

Euler-Lagrange, equação (4. 32), às seguintes condições de contorno:

Condições de Contorno Essenciais (Cinemáticas) Condições de Contorno Naturais

0))((01

1 11

x

x yFouprescritoyxyouy (4. 47)

Condições de Contorno Essenciais (Cinemáticas) Condições de Contorno Naturais

0))((02

2 22

x

x yFouprescritoyxyouy (4. 48)

Em (4. 47) e (4. 48), as condições envolvendo os valores de y(x) em x1 e x2 são as

condições de contorno cinemáticas ou forçadas, as condições de contorno envolvendo

derivadas são as condições de contorno naturais.

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68

4. 5 – Funcionais com derivadas de ordem superior

Seja o funcional:

2

1

)''','',',,(x

x

dxyyyyxFI (4. 49)

A condição de extremização se escreve como:

2

1

0''''''

''''

''

)1(x

x

dxyyFy

yFy

yFy

yFI (4. 50)

Integrando por partes:

a)

2

1

2

1

1

2

'''

'

x

x

x

xx

x

ydxyF

dxdy

yFdxy

yF (4. 51)

b)

2

1

2

1

1

2

2

1

2

1

1

2

'''''

''

'''

'''

''''

2

2x

x

x

x

x

x

x

x

x

xx

x

ydxyF

dxdy

yF

dxdy

yF

dxyyF

dxdy

yFdxy

yF

(4. 52)

c)

222

1 11

222

11 1

2 22

1 1 1

2

2

2

2

''' " "''' ''' '''

'' ' '''' ''' '''

'' ' '''' ''' '''

xx x

x xx

xx x

xx x

x xx

x x x

F F d Fy dx y y dxy y dx y

F d F d Fy y y dxy dx y dx y

F d F d F dy y yy dx y dx y

2

1

3

3 '''

x

x

F ydxdx y

(4. 53)

A condição de extremização é:

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69

2

1

2 2 2

11 1

2 3

2 3

2

2

' '' '''

' '' 0' " ''' '' ''' '''

x

x

x x x

xx x

F d F d F d F ydxy dx y dx y dx y

F d F d F F d F Fy y yy dx y dx y y dx y y

(4. 54)

A função y(x) que extremiza o funcional deverá atender à equação de Euler-

Lagrange de ordem superiores:

0'''''' 2

2

3

3

yF

yF

dxd

yF

dxd

yF

dxd (4. 55)

E às condições de contorno:

Cinemáticas / Naturais são:

1

'' ( '' 0) 0''' x

Fy prescrito y ouy

(4. 56)

e

' ( ' 0) 0''' ''

d F Fy prescrito y oudx y y

(4. 57)

e

2

2' ( 0) 0''' '' '

d F d F Fy prescrito y oudx y dx y y

(4. 58)

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70

4. 6 – Exemplos de Aplicações

1) Voltando ao problema da Braquistócrona:

dx

yygv

yI

x

x

2

1 )(2

'1

12

1

2

(4. 59)

Solução:

Particularizando o problema para v1 = 0 e considerando o ponto (1) = (x1, y1) na

origem e com o sentido invertido para y, conforme mostra a Figura - 4. 5.

Figura - 4. 5. Particularização do problema da braquistócrona para v1 = 0 e considerando o ponto (1) = (x1, y1) na origem e com o sentido invertido para y

A equação (4. 59) fica:

dx

yy

gdx

gyy

Ix

x

x

x

2

1

2

1

22 '121

2'1 (4. 60)

Com sentido invertido para y. Logo o funcional a ser extremizado é:

yy

yyxF2'1

)',,(

(4. 61)

E

( , , ') ( , , ') 0'

d F x y y F x y ydx y y

(4. 62)

Substituindo (4. 61) na equação de Euler-Lagrange (4. 32), temos:

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71

yy

yy

yyxF2'1

'221

')',,(

(4. 63)

logo

2 2

3 32 22

( , , ') '' 1 2 '' ' 1 '' 2 21 ' 1 '1 '

d F x y y y y y ydx y y y y yy y

(4. 64)

e

3

2

)('1

21)',,(

yy

yyyxF

(4. 65)

Logo juntando tudo em (4. 32) temos:

22 2

3 3 32 22

1 ''' 1 2 '' ' 1 ' 1 02 2 21 ' 1 '1 '

yy y y y

y y y y yy y

(4. 66)

Multiplicando tudo por yy 2'1 , temos:

0

2'1

2'

'1'''''

22

2

2

yy

yy

yyyy (4. 67)

Multiplicando tudo por 2y, temos:

0'1'

'1'''2''2 222

2

yyyyyyyy (4. 68)

Ou

01

'1'''2''2 2

2

y

yyyyy (4. 69)

0'1'''2)'1(''2 222 yyyyyyy (4. 70)

Simplificando os termos semelhantes,

0'1'''2'''2''2 222 yyyyyyyyy (4. 71)

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72

obtém-se a seguinte equação diferencial:

01'''2 2 yyy (4. 72)

Fazendo-se uma mudança de variáveis temos:

uy ' (4. 73)

e

dyduuy

dyduy

dxdy

dydu

dxdu

dxdy

dxd

dxydy

''

''' 2

2

(4. 74)

Logo

012 2 udyduyu (4. 75)

ou

0)1(2 2 dyuyudu (4. 76)

Logo

0)]1([ 2 uyd (4. 77)

Efetuando a integração temos:

auy )1( 2 (4. 78)

ou

ayy ))'(1( 2 (4. 79)

que fica:

1)'( 2 yay (4. 80)

Logo

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73

dxdy

yyay

' (4. 81)

ou

dyya

ydx

yay

dydx

(4. 82)

Então:

0xdyya

yx

(4. 83)

Fazendo:

)2/(. 2 tsenay (4. 84)

logo

dtttasendtttsenady )2/cos()2/(2/)2/cos()2/(.2 (4. 85)

e

0)2/cos()2/()2/cos()2/(. xdtttasen

tatsenax (4. 86)

ou

02 )2/( xdttsenax . (4. 87)

Como:

2)2/cos(1)2/(2 ttsen

(4. 88)

Ficamos com:

0)cos1(2

xdttax (4. 89)

Portanto

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74

022xsenttax

(4. 90)

Para 00 00

xy x . A solução final fica:

)cos1(2

)2/(

2

2 tataseny

e

senttax

(4. 91)

Esta equação é a equação da ciclóide.

Portanto, a Braquistócrona é um arco de ciclóide desde o ponto (1) com (x = 0, y

= 0) até o ponto (2) com (x = x2, y = y2).

Figura - 4. 6. Curva de arco de ciclóide para um tempo mínimo (Brasquistócrona).

2) Extremizar o seguinte funcional

dxyxyIx

x

))'('(2

1

2 (4. 92)

Solução:

A partir da equação de Euler-Lagrange temos que:

0'

yF

dxd

yF (4. 93)

Sendo 0/ yF temos:

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75

0 0'

d Fdx y

(4. 94)

O que implica que:

CyF

' (4. 95)

Logo,

)',( yxFF . (4. 96)

Retornando a equação de Euler-Lagrange temos:

'2''''

2 yxyxyyy

F

(4. 97)

ou

22''2 CxyCyx . (4. 98)

Portanto,

DCxxy 24

2. (4. 99)

3) Provar que a menor distância entre dois pontos é uma linha reta, ou seja:

2

1

2

1

2'1x

x

x

x

dxydsdistânciaI (4. 100)

Solução:

Sendo o funcional 2'1)'( yyFF e aplicando a equação de Euler-

Lagrange temos:

0

0'

F d Fy dx y

(4. 101)

Sendo 0/ yF temos:

Page 76: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

76

0'

0

yF

dxd (4. 102)

O que implica que:

CyF

' (4. 103)

Logo,

)',( yxFF . (4. 104)

Retornando a equação de Euler-Lagrange temos:

1/ 22

2

1 '1 ' 2 '' ' 2 1 '

F dF yy yy dy y

(4. 105)

logo

22

'1''1

' yCyCy

y

. (4. 106)

Ou

)'1(' 222 yCy . (4. 107)

Logo

AyAyC

Cy

''1

' 222

22 . (4. 108)

Integrado em x temos:

dy A y Adxdx

. (4. 109)

Portanto,

BAxy . (4. 110)

Que é a equação reduzida de uma reta

Page 77: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

77

Figura - 4. 7. Gráfico da menor distância entre dois pontos segundo o Cálculo Variacional de Euler-Lagrange.

4) Aplicar o cálculo variacional ao problema de flexão de uma viga bi-apoiada.

Figura - 4. 8. Viga bi-apoiada sujeita a deformação pelo seu próprio peso.

Solução:

A energia potencial total do sistema é:

l

p dxqwdx

wdEII0

2

2

2

2. (4. 111)

Page 78: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

78

Onde E: é o módulo de Elasticidade; I : o momento de Inércia da secção transversal da viga; 2

2

2

2

dxwdEI : é a Energia Potencial de Deformação; qw(x): é a Energia Potencial da carga

Atuante. Sendo F dado por:

qwdx

wdEIwwxFF

2

2

2

2)'',,( (4. 112)

Pelo Principio da Energia Potencial mínima, a configuração de equilíbrio

corresponde à extremização do funcional.

Da equação de Euler-Lagrange:

0'''''' 2

2

3

3

wF

wF

dxd

wF

dxd

wF

dxd (4. 113)

como

0'

0'''3

3

wF

dxde

wF

dxd (4. 114)

Temos:

0''2

2

wF

wF

dxd (4. 115)

Logo

'';'''' 2

2

2

2

EIwwF

dxEIwd

wF

dxd

(4. 116)

e

qwFe

dxwdEI

wF

dxd

4

4

2

2

'' (4. 117)

Então substituindo em (4. 115) temos:

EIq

dxwd4

4

(4. 118)

A equação diferencial da linha elástica.

Page 79: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

79

Considerando as condições de contorno (x = 0 e x = l)

0'''

wwF : w’ prescrito (cinemática) )0'( w ou 0

''

wF

(natural) (4. 119)

e

0''

wwF

dxd : w’ prescrito (cinemática) )0( w ou 0

''

wF

dxd (natural) (4. 120)

As condições naturais podem ser escritas como:

0''''

EIwwF ou 0M (Momento Fletor) (4. 121)

e

0'''' EIwEIwdxd ou 0Q (Q: Esforço cortante) (4. 122)

Para o exemplo, há duas condições de contorno cinemáticas e duas naturais:

Em

0''0;0''0;0

wewlxwewx

(4. 123)

Page 80: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

80

4. 7 – Método de Rayleigh-Ritz

Dado o funcional

2

1

( , , ')x

x

I F x y y dx (4. 124)

com condições de contorno y(x1) = y(x2) = 0. Cuja condição variacional é dada por:

0)',,()',,(2

1

2

1

x

x

x

x

dxyyxFdxyyxFI . (4. 125)

Para que a condição variacional seja satisfeita é necessário que o integrando

satisfaça a equação de Euler-Lagrange da seguinte forma:

0''

2

1

x

x

dxyyFy

yFx

xF (4. 126)

Desenvolvendo temos:

2 2

1 1

, , ' 0'

x x

x x

F d FF x y x y x ydx ydxy dx y

L (4. 127)

ou

0'

yF

dxd

yF (4. 128)

4.7.1 - Funcional para a Solução Aproximada

No método de Rayleigh-Ritz a função y(x), que extremiza o funcional é

substituída por uma solução aproximada )(xy , definida como:

n

iiinn yyy

12211 ... , (4. 129)

onde as funções nii ...2,1, são conhecidas e linearmente independentes no espaço

vetorial de funções e os coeficientes i, devem ser determinados de forma a se obter a melhor

aproximação possível para a solução do problema.

Page 81: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

81

Como as funções nii ...2,1, , são conhecidas, resulta que tanto y quanto 'y

dependerão dos parâmetros i. Então:

n

iiinn yyy

12211 ''...'''' . (4. 130)

Substituindo y , definido em (4. 129) e 'y , definido em (4. 15), no funcional (4.

124), obtém-se um funcional aproximado:

2

1

( , , ')x

x

I F x y y dx . (4. 131)

cuja condição variacional é dada por:

2 2

1 1

( , , ') ( , , ') 0x x

x x

I F x y y dx F x y y dx . (4. 132)

Para que a condição variacional seja satisfeita é necessário que o integrando

satisfaça a equação de Euler-Lagrange da seguinte forma:

2

1

' 0'

x

x

F F Fx y y dxx y y

(4. 133)

Desenvolvendo temos:

2 2

1 1

, , ' 0'

x x

x x

F d FF x y x y x ydx ydxy dx y

L (4. 134)

Se 1 1

; ' 'n n

i i i ii i

y y

, então o funcional aproximado I dependerá somente dos n

parâmetros i , de onde podemos escrever:

2 2

2

11 1

, , , ' , , , 'x x

xi i i i i i i i x

x x

I I F x dx F x x x ydx L L

. (4. 135)

Explicitando tudo em termos das funções, )(xi , isto é, substituindo-se (4. 130)

em (4. 131) temos:

Page 82: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

82

2

1

2

1

))(',)(())('),(,(1111

x

x

n

iii

n

iii

x

xi

n

iii

n

ii dxxxFIdxxxxFI

. (4. 136)

4.7.2 - Equações de Euler-Lagrange para a Solução Aproximada

A condição variacional também deve ser válida para a solução aproximada, de

forma análoga devemos ter:

0)',,()',,(2

1

2

1

x

x

x

x

dxyyxFdxyyxFI (4. 137)

Como o funcional exato do problema satisfaz a Equações de Euler-Lagrange, para

que e condição variacional aproximada seja possível é preciso que o integrando da solução

aproximada também deva satisfazer a mesma equação, ou seja,

0'

yF

dxd

yF (4. 138)

Onde em termos das funções, )(xi temos:

n

j j

n

j j

n

j j

yyFy

yFF

111 (4. 139)

e

n

j j

n

j j

n

j j

yyFy

yFF

111 ''

'''

'' (4. 140)

E ainda

n

j j

n

j j

n

j j

yyF

dxdy

yF

dxdF

dxd

111 ''

'''

'' (4. 141)

Então subtraindo (4. 139) de (4. 141) temos:

n

j j

n

j j

n

j j

n

j j

yyFy

yF

dxdFF

dxd

1111 ''

''' (4. 142)

Sabendo que:

Page 83: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

83

n

jj

n

jij

n

ii

n

j j

n

j j

yy11 111

(4. 143)

Logo podemos escrever:

0'' 111

n

jj

n

j j

n

j j yF

yF

dxdFF

dxd

(4. 144)

que satisfaz a equação de Euler-Lagrange também, ou seja,

0'1

n

j jj

FdxdF

(4. 145)

Portanto, é possível mostrar que o Lagrangeano )',,( yyxF pode ser escrito em

termos da somatória do Lagrangeanos parciais

n

iiii xFyyxF

0)',,,()',,( , onde vale

a igualdade:

n

i

x

xiii

x

xii

n

ii

x

x

dxxFdxxFIdxyyxFI11

2

1

2

1

2

1

)',,,()',,,()',,( , (4. 146)

com a seguinte condição variacional

0)',,,()',,,()',,(11

2

1

2

1

2

1

n

i

x

xiii

x

x

n

iiii

x

x

dxxFdxxFdxyyxFI

, (4. 147)

satisfazendo cada uma delas a equação de Euler-Lagrange, conforme mostra a equação (4.

145).

4.7.3 - Sistema de Equações para o Método de Rayleigh-Ritz

Separando a parte que depende dos i’s do restante podemos escrever:

2

1

)',,()(1

x

xii

n

ii dxxGfI . (4. 148)

Portanto, como a integral é definida, o funcional aproximado, I , dependerá

somente dos n parâmetros i, pode-se escrever:

Page 84: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

84

( )i iI I F (4. 149)

Logo, a condição de extremização de I passa a ser dada por:

0...1

22

11

)1(

j

n

j jn

n

IIIII

. (4. 150)

Ou

2

1

1(1)

1 10

xn n

i j i i ij ij ix

II x dx F

L . (4. 151)

Como as variações i são arbitrárias, I)1( só se anula quando:

2

1

22

11 1

, , , ' 0 0

, 1, 2,3,...,

xi

i i ij j ix

x n xi i i xi iix

FI F x dx

x dx L i n

L

(4. 152)

ou seja,

2

1

0))(',)((11

x

x

n

iii

n

iii

jjdxxxFI

. (4. 153)

A expressão (4. 152) gera um sistema de equações cuja solução fornece os valores

de i que correspondem à melhor solução aproximada do tipo descrito em (4. 129).

0)',,()(2

11

x

xii

n

ii

jjdxxGfI

. (4. 154)

Ou seja:

0)',,(

)( 2

11

x

xii

n

i j

i dxxGf

. (4. 155)

gerando uma série de termos em i, com coeficientes do tipo:

Page 85: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

85

0)(1

n

iiji

jLAI

. (4. 156)

Onde:

2

1

)',,(x

xiiji dxxGA (4. 157)

E

i

ii

fL

)()( . (4. 158)

Substituindo (4. 156) em (4. 150) vemos que a condição de extremização pode ser

colocada em termos de um sistema de equações para os i,s

0)(1 11

j

n

j

n

iijij

n

j jLAII

. (4. 159)

ou seja,

0)(1 1

n

j

n

iiji LA . (4. 160)

cuja matriz do sistema é quadrada e dada por:

0:00

)(:

)()(

..::::

..

..

2

1

21

22221

11211

nnnnn

n

n

L

LL

AAA

AAAAAA

. (4. 161)

Quando as soluções aproximadas atendem às condições de convergência do

método, um aumento do número n de termos produz uma melhor representação da solução

exata do problema.

As condições de convergência são:

1) As funções nii ...2,1, são conhecidas e linearmente independentes no espaço vetorial

de funções.

2) As soluções aproximadas devem ser contínuas;

3) As derivadas das soluções aproximadas devem ser contínuas até uma unidade a menos que

a ordem do operador diferencial que aparece no funcional.

Page 86: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

86

4) As soluções aproximadas devem satisfazer exatamente as condições de contorno essenciais

ou forçadas do problema

5) A seqüência de funções deve ser tal que, no limite, quando n , o erro quadrático médio

se anula.

4.7.4 - Condições de Convergência do Método de Rayleigh-Ritz

2

1

0lim 2x

xn

dxyy (4. 162)

ou seja,

2

1

2

1lim 0

x n

i in ix

y x dx

(4. 163)

Observe que isso implica em:

2

1

2

1

022x

x

x

x

dxyydxyy (4. 164)

mas

2

1

2

1

02

1

2x

x

n

iii

x

x

dxydxyy (4. 165)

Ou seja:

2

1

2

1

022x

x

x

x

dxyyyydxyy (4. 166)

logo

2

1

2

1

0)(11

x

x

x

x

n

iii

n

iii dxyydxyyyy (4. 167)

Ou

Page 87: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

87

2 2

1 1 0

( ) ( ) 0x x

x x

y y y y dx y y y y y y dx

(4. 168)

Sendo 0y , temos:

2

1

2

1

0])[(lim 2x

x

x

xn

dxyyydxyy (4. 169)

Fazendo

1 1 1

( )n n ni i

i i j j i ij j j ji i ij j

y y

. (4. 170)

Temos:

0)(2

1

2

1 1

dxydxyyy jj

x

x

n

iii

x

x

. (4. 171)

Para j arbitrários temos necessariamente que:

0)(lim2

1

2

1 1

2

dxydxyy j

x

x

n

iii

x

xn

. (4. 172)

Separando a integral temos:

dxdxy j

x

x

n

iii

x

xj

2

1

2

1 1. (4. 173)

ou

2 2

1 11

jij

x xn

i j i ji x x

fK

dx y dx

.

(4. 174)

Logo

1

n

ij i ji

K f

. (4. 175)

Ou

Page 88: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

88

K f

. (4. 176)

Uma matriz reduzida pode ser gerada, quando se explicita os L(i) em termos dos

i,s, ficando, portanto o sistema determinado em termos dos coeficientes i,s, da seguinte

forma:

mnmmnn

m

m

C

CC

MMM

AMMMMM

::..

::::....

2

1

2

1

21

22221

11211

. (4. 177)

Onde

2

1

x

xjiij dxM . (4. 178)

E

2

1

x

xjj dxyC . (4. 179)

Observe que os Cj dependem da solução exata do problema.

Substituindo, y por

n

iiiy

1 em (4. 179) temos:

2

1 1

x

xj

n

iiij dxC . (4. 180)

Como as funções )(xi são mutuamente ortogonais temos:

jij

n

ii

x

xji

n

iij dxC

11

2

1

. (4. 181)

Portanto, a equação (4. 177) fica:

Page 89: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

89

nnmmnn

m

m

MMM

AMMMMM

::..

::::....

2

1

2

1

21

22221

11211

. (4. 182)

Onde necessáriamente a matriz M é a matriz identidade:

1..00::::0..100..01

..::::

..

..

21

22221

11211

mmnn

m

m

MMM

AMMMMM

. (4. 183)

Page 90: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

90

4. 8 – Exemplos de Aplicações

Exemplo: Dado o funcional.

2

1

0)()(2

2

2

2x

xp dxxqw

dxxwdEII (4. 184)

que representa a energia potencial total para a flexão de uma viga. Obter uma solução

aproximada para w(x) para o caso de uma viga simplesmente apoiada.

Figura - 4. 9. Viga bi-apoiada sujeita a flexão pelo seu próprio peso.

Com condições de contorno:

0)(0)0(

lww

(4. 185)

1ª Tentativa: Escolhendo uma solução do tipo:

( ) ; ( )w x l x x l x

(4. 186)

Solução:

2)2()( 2

2

dx

wdxlxdxwdxlxw (4. 187)

Então:

Page 91: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

91

2

1

2

1

2

0

2 2

0

2 ( )2

2 ( ) 0

x l

px

x l

x

EII q x l x dx

EI q xl x dx

(4. 188)

Integrando e aplicando os limites temos:

ll

pxlxqxEII

0

32

02

322

(4. 189)

ou

322

332 llqlEII p (4. 190)

Logo

62

32 lqlEII p , (4. 191)

onde:

0

pI

: condição de extremização, (4. 192)

logo

06

43

lqlEI , (4. 193)

Portanto,

EIql

24

2

, (4. 194)

Retornando a )(xw temos:

)(24

)(2

xlxEI

qlxw , (4. 195)

Que em 2/lx temos:

Page 92: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

92

EIqlxw lx 96

)(4

2/

, (4. 196)

Onde a solução exata é:

EIqlw

4

max 3845

, (4. 197)

cujo erro é dado por:

8,0max

max ww . (4. 198)

Logo a solução aproximada é 80% do valor exato.

2ª Tentativa: Escolhendo uma solução do tipo:

2 2( ) ; ( )w x x l x x l x

(4. 199)

3ª Tentativa: Escolhendo uma solução do tipo:

1 2

21 1 2 2 1 2( ) ( ); ( )i

iw x x l x x x l x l x

(4. 200)

4ª Tentativa: Escolhendo uma solução do tipo:

1 2

2 21 1 2 2 1 2( ) ( ) ; ( )i i

iw x x l x x x l x l x

(4. 201)

Com

4 22

1 2' ; '' ; ( '') ; ;24 24

ql qlw w wEI EI

(4. 202)

e

4 2

2 2( ) ( )24 24ql qlw x x l x x x l

EI EI . (4. 203)

Calcular w em 2/lx , com:

Page 93: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

93

0)('';0)90)0('';0)0(

4

4

MlwlwMww

EIq

dxwd (4. 204)

e comparar o resultado com o w .

Page 94: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

94

4. 9 – Exercícios e Problemas

Extremizar estes outros funcionais:

1)

2

1

)2'( 22x

x

dxysenxyyI (4. 205)

2)

2

1

)'1(' 2x

x

dxyxyI (4. 206)

3)

2

1

)16'2'( 22x

x

dxyyyyI (4. 207)

4) Indicar as condições de contorno para as vigas (EI = cte; l = comprimento).

a)Viga engastada

b) Viga com apoio fixo

c)Viga com apoio móvel

Extremizar estes outros funcionais:

5)

2

1

2 2 2 2, , ' ' ( ' )x

x

F x y y y y I y y dx (4. 208)

Page 95: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

95

6)

2

1

2 2

2 2

' ', , '1 ( ') 1 ( ')

x

x

x y x yF x y y I dxy y

(4. 209)

7)

2

1

2 2, , ' 1 ( ') 1 ( ')x

x

F x y y y y I y y dx (4. 210)

8)

2

1

2 2, , ' 1 ( ') 1 ( ')x

x

F x y y y y I y y dx (4. 211)

9)

2

1

, , ' ( ') ( ')x

x

F x y y sen xy I sen xy dx (4. 212)

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96

Capítulo – V

MÉTODO DOS RESÍDUOS PONDERADOS

RESUMO

Neste capítulo será visto a origem do Método dos Resíduos Ponderados. Este

método se apresenta como uma alternativa ao Método Variacional e por sua vez deu origem

ao Método dos Elementos Finitos e ao Método dos Elementos de Contorno.

5. 1 - Objetivos do capítulo

i) Entender a origem do Método dos Resíduos Ponderados

ii) Saber aplicar o Método dos Resíduos Ponderados nas suas mais diferentes

formas

iii) Resolver problemas de equações diferenciais pertinentes ao método.

iv) Saber utilizar o Método dos Resíduos Ponderados no contexo de outros

métodos aproximados

5. 2 – Introdução

O Método dos Resíduos Ponderados é um método de aproximação que surgiu a

partir do Método Variacional, mas como uma proposta de se libertar da condição de

extremização de um funcional. Tendo apenas como condição a equação diferencial que pode

ou não ser proveniente de uma condição variacional de um funcional. Este método é muito

interessante e versátil. Foi a partir dele que foi possível dar originem a outros métodos de

solução de equações diferenciais, tais como o Método dos Elementos Finitos e o Método dos

Elementos de Contorno.

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97

5. 3 – Definição Matemática e Desenvolvimento do Método

Seja um problema descrito pela seguinte equação diferencial

L(u) = b em (5. 1)

sujeito as condições de contorno

S(u) = g em (5. 2)

Onde L e S são operadores lineares.

Devido às dificuldades de obtenção da solução exata, u, esta pode ser aproximada

por uma função, u , que tenha um grau de continuidade necessário para tornar o lado

esquerdo da equação (5. 1) não identicamente nulo e que pode, ou não, satisfazer as condições

de contorno do problema. A função aproximada u pode ser definida como:

uuN

nnn

1 (5. 3)

onde é uma função conhecida, incluída para satisfazer as condições de contorno não-

homogêneas )( u , n (n = 1, 2, 3, ...., N) são coeficientes ainda não determinados e

n são Funções de Forma linearmente independentes (no espaço vetorial de funções) e

identicamente nulas no contorno. Além disso, as funções n devem ser tais que a

aproximação melhore quando o número N cresce, ou seja, o conjunto de funções n deve

obedecer ao critério de completitude (ou completeza), expresso como:

uN

nnnN

1

lim (5. 4)

De forma análoga as equações (5. 1) e (5. 2) podemos definir a solução

aproximada da equação diferencial como sendo dada por:

L bu )( em (5. 5)

sujeito as condições de contorno

S gu )( em . (5. 6)

Subtraindo (5. 5) de (5. 1) e (5. 6) de (5. 2) temos:

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98

L )(u L bbu )( em (5. 7)

e

S )(u S ggu )( em . (5. 8)

Onde podemos definir os erros e no domínio e nas condições de contorno

respectivamente como sendo:

bb em (5. 9)

e

gg em . (5. 10)

Ou seja,

L )(u L )(u em (5. 11)

e

S )(u S )(u em . (5. 12)

Usando o fato de que L(u) = b e S(u) = g podemos escrever:

L )(u b em (5. 13)

e

S )(u g em . (5. 14)

Utilizando uma solução aproximada tal como a definida em (5. 3), somente

será diferente de zero se a série for truncada em um número finito.

Observe que a idéia básica do Método dos Resíduos Ponderados é tomar tão

pequeno quanto possível em (o que equivale a tomar u tão próximo de u quanto seja

possível). Logo o erro entre as funções u e u pode ser escrito como:

uuu (5. 15)

Sendo u dado por (5. 3) temos:

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99

01

uuN

nnn (5. 16)

Observe que não é suficiente encontrar uma função u que mais se aproxima de u .

Precisamos fazer com que a operação de L sobre u seja também próxima da operação de L

sobre u , de tal forma que tanto o erro u quanto o erro seja minimizado.

Como u pode oscilar para valores de b abaixo e acima de b devemos minimizar

o erro de forma quadrática, para garantir a melhor aproximação e a convergência possível da

série. Portanto,

0)( 22

dd (5. 17)

Logo

0)(22

dd (5. 18)

Chamando de lw a uma função peso do tipo dada por:

ˆ.ldw d sdd

(5. 19)

Figura - 5. 1. Ortogonalidade das funções wl e .

Pois certamente a integral acima será nula quando a função ddwl / for ortogonal a

. Portanto a função peso lw deve ser de tal forma que:

ˆ.lw s (5. 20)

logo

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100

0

ddwl (5. 21)

Substituindo (5. 13) em (5. 21) temos a definição de um conjunto de funções de

ponderação ),...,2,1( Nlwl o erro é distribuído da seguinte maneira (a integral indicada é

efetuada N vezes):

[ L 0])(

dwdwbu ll (5. 22)

onde = L 0)( bu .

Substituindo (5. 3) em (5. 22), tem-se:

{lw L

N

nn

1)( L 0})( dbn , l = 1, 2, 3, ...N (5. 23)

Rearranjando os termos da equação (5. 23) temos:

l

N

nn w

1L dn )( =

bwl [ L d)]( , (5. 24)

Sendo o número de funções de ponderação igual ao de Funções de Forma, os

coeficientes n são obtidos após a solução do sistema de equações:

~~~fK (5. 25)

Na qual os elementos da matriz ~K e do vetor

~f são definidos como:

lwK ln L dn )( (5. 26)

e

bwf ll [ L d)]( , (5. 27)

Observação: As funções de ponderação devem constituir um conjunto linearmente

independente, no espaço vetorial de funções.

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101

5. 4 – Variações do Método por Diferentes Funções de Ponderação

Dependendo do conjunto de funções de ponderação adotado, um esquema

correspondente de resíduos ponderados é obtido. Os mais comuns são:

5.4.1 - Método da Colocação

A equação diferencial é satisfeita em um determinado número de pontos,

denominados pontos de colocação.

Se a equação diferencial é satisfeita, = 0. Após a imposição da condição =

0, nos N pontos selecionados, um sistema de equações é obtido, no qual as incógnitas são os

parâmetros n. Este método equivale a adotar, como funções de ponderação wl; a função

Delta de Dirac nos pontos x = xl, isto é:

)()( ll xxxw . (5. 28)

Os elementos Kln e fl são definidos como:

ln ( )

l

l

w x

K x x

L dxn ))(( L dxln ))(( (5. 29)

e

bxxf ll )[( L bd [)]( Llxx)]( , (5. 30)

Neste método temos que o erro no domínio é nulo, logo:

0 ( )l lw x x x . (5. 31)

Onde, conforme (5. 13), nós já havíamos visto que a definição do erro no domínio, é

dado por:

L )( bu L ( ( )) 0n n ln

u

x b

. (5. 32)

E, portanto

lx L )(

ll xx bu L ( ( )) 0l l

n n lx xn

u

x b

. (5. 33)

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102

5.4.2 – Exemplos de solução usando Método da Colocação

1) Resolver a seguinte equação diferencial usando o Método dos Resíduos Ponderados

02

2

udx

ud . (5. 34)

onde

1,010 xx uu . (5. 35)

utilizando o Método da Colocação, com um e dois parâmetros.

Solução

Vamos encontrar uma solução aproximada do tipo:

u . (5. 36)

Adotando ii x , tem-se:

niuun

iii ,...,2,1;

1

. (5. 37)

as funções e que satisfazem as condições de contorno são:

)1(010

xxex xx . (5. 38)

No intervalo ou domínio 0;1

Logo,

)1()( xxxxu . (5. 39)

O erro é dado por:

00)(2

2

udx

xud . (5. 40)

onde

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103

))((2)( 22

2

xxxudx

xud . (5. 41)

ou

)2( 2 xxx . (5. 42)

Como só há um parâmetro, a sentença de resíduos ponderados é escrita como:

01

0

dxw , (5. 43)

para que o erro seja nulo em alguns pontos especiais, chamados pontos de colocação.

Adotando como ponto de colocação o ponto 2/1x , tem-se:

)21()( xxw . (5. 44)

Portanto, se somente um parâmetro é utilizado para u , isto é, se

)1()( xxxxu , para 10 x a sentença de resíduos ponderados é:

0)21(

1

0

1

0

dxxdxw . (5. 45)

Então

0)]2()[21(

1

0

21

0

dxxxxxdxw . (5. 46)

Integrando e resolvendo para , temos:

0)]2([2/1

2

x

xxx . (5. 47)

Substituindo os limites de integração temos;

21]2[

2/12

xxx . (5. 48)

Logo,

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104

1 1 124 2 21 2 8 1

4 29 14 229

. (5. 49)

Portanto a solução aproximada )(xu é:

)1(92

xxxu . (5. 50)

2) Adotando n = 2, isto é com dois parâmetros, 1 e 2, pode-se fazer:

2211 u . (5. 51)

Com

1 1 12

2 2 2

( 1) ; ( 0) ( 1) 0

( 1) ; ( 0) ( 1) 0

x x x x

x x x x

. (5. 52)

No domínio dado pelo intervalo [0;1]. Dividindo este intervalo em dois valores iguais para

termos pontos igualmente espaçados, temos:

Logo, quando se adota

)1()1( 221 xxxxxu . (5. 53)

Então:

212

2

)26(2 xdx

ud . (5. 54)

O erro é dado por:

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105

2

2

( ) 0 0d u x udx

. (5. 55)

substituindo )(xu de (5. 53) e (5. 54) em (5. 55) tem-se:

)26()2(

))1()1(()26(2)(

232

21

221212

2

xxxxxx

xxxxxxudx

xud

.

(5. 56)

ou

12 3 2

2

[ ( 2) ( 6 2)]x x x x x x

. (5. 57)

A sentença de resíduos ponderados pode ser escrita como:

01

0 2

1

dx

ww

, (5. 58)

para que o erro seja nulo em alguns pontos especiais, chamados pontos de colocação.

Adotando como pontos de colocação os valores 3/1x e 3/2x , obtém-se:

0)

32(

)31(1

0

dx

x

x

. (5. 59)

Portanto, as sentenças de resíduos ponderados são:

1 112 3 2

20 0

( 1/ 3) ( 1/ 3) 0( ) [ ( 2) ( 6 2)]

( 2 / 3) ( 2 / 3) 0x x

x dx x x x x x dxx x

(5. 60)

Ou na forma matricial

00

)3/2()26()3/2()2(

)3/1()26()3/1()2(

)3/2()(

)3/1()(

2

11

0

231

0

2

1

0

231

0

2

1

0

1

0

dxxxxxdxxxx

dxxxxxdxxxx

dxxx

dxxx

(5. 61)

Após a integração dos termos, e impondo-se os limites de integração, obtém-se o

sistema de equação:

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106

3/23/1

)26()2(

)26()2(

2

1

3/223

3/22

3/123

3/12

xx

xx

xxxxx

xxxxx (5. 62)

ou

3/23/1

2758

920

272

920

2

1

(5. 63)

Resolvendo para 1 e 2 temos:

569;

56081

21 (5. 64)

Portanto, a solução aproximada )(xu é:

)1(569)1(

56081 2 xxxxxu . (5. 65)

3) Resolver a equação diferencial anterior por Resíduos Ponderados, com o Método da

Colocação, utilizando três parâmetros, tentando usar a solução aproximada do tipo:

2221 )1()1( xxxxxu . (5. 66)

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107

As soluções aproximadas podem ser comparadas com a solução exata:

1)(

eeeexu

xx

. (5. 67)

Comparando as soluções por meio da Tabela - V. 1.

Tabela - V. 1. Comparação entre as soluções das equação diferencial resolvida por Resíduos Ponderados pelo Método da Colocação

x 0 1/3 ½ 2/3 1

u(x) 0 0,288921 0,443410 0,610243 1

u1(x) 0 0,283951 0,444444 0,617284 1

u2(x) 0 0,289286 0,443750 0,610714 1

Pergunta:

Porque o erro nos pontos de colocação não é nulo? Como aparentemente

prescrevia a teoria:

Resposta:

No Método da Colocação, o erro da função não é nulo

0 uuu . (5. 68)

E sim o erro na equação diferencial:

L )]([ xu L 0)]([ xu . (5. 69)

Nos pontos de colocação, ou seja:

2 2

2 2

2

2

0

( ) ( ) 0i

i

x xx x

d u d uu udx dx

d u u u udx

. (5. 70)

Nos pontos de colocação, xi, dados por:

32;

21;

31

321 xxx . (5. 71)

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108

5.4.3 - Método da Colocação por Subdomínios Modificado

Este também é um tipo de método de colocação por subdominios no qual se

impõe a condição de que a integral do erro é nula nos N sub-domínios, l, nos quais o

domínio original, , foi dividido. Se a equação diferencial é satisfeita, = 0. Após a

imposição da condição = 0, nos N pontos selecionados, um sistema de equações é obtido,

no qual as incógnitas são os parâmetros n. Este método equivale a adotar, como funções de

ponderação wl; a função Delta de Dirac nos pontos x = xl, isto é: o que equivale a definir wl

como:

l

lll xse

xsexxxw

0)(

)( , (5. 72)

Os elementos Kln e fl são definidos como:

l

lxxK

)(ln L dxn ))(( L ))(( ln x (5. 73)

e

l

bxxf ll

)[( L bd [)]( Llxx)]( , (5. 74)

Neste método temos que o erro nos subdomínios é nulo, logo:

)(0 ll xxwl

. (5. 75)

Onde, conforme (5. 13), nós havíamos visto que a definição do erro no domínio, é dado

por:

l L bu )( L 0))(( bxl

nnn . (5. 76)

E, portanto

ll x L

ll xx bu )( L n

nxl )( L [ 0)](

lxln bx . (5. 77)

A equação diferencial é satisfeita em um determinado número de pontos,

denominados pontos de colocação.

Page 109: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

109

5.4.4 – Exemplos de solução usando Colocação por Subdomínios Modificado

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110

5.4.3 - Método da Colocação por Subdomínios

Este também é um método de colocação no qual se impõe a condição de que a

integral do erro é nula nos N sub-domínios, l, nos quais o domínio original, , foi dividido,

o que equivale a definir wl como:

l

ll xse

xsew

01

, (5. 78)

Os elementos Kln e fl são definidos como:

l

K

ln L dxn ))(( (5. 79)

e

l

bf l

[ L d)]( , (5. 80)

5.4.4 – Exemplos de solução usando Método da Colocação por Subdomínios

1) Resolver a seguinte equação diferencial usando o Método dos Resíduos Ponderados

02

2

udx

ud . (5. 81)

onde

1,010 xx uu . (5. 82)

Utilizando o Método da Colocação por Subdomínios, com um e dois parâmetros.

Solução

Vamos encontrar uma solução aproximada do tipo:

u . (5. 83)

Adotando ii x , tem-se:

Page 111: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

111

niuun

iii ,...,2,1;

1

. (5. 84)

as funções e que satisfazem as condições de contorno são:

)1(010

xxex xx . (5. 85)

No intervalo ou domínio 0;1 .

logo

)1()( xxxxu . (5. 86)

O erro é dado por:

2

2

( ) 0 0d u x udx

. (5. 87)

onde

))((2)( 22

2

xxxudx

xud . (5. 88)

ou

)2( 2 xxx . (5. 89)

Como só há um parâmetro, a sentença de resíduos ponderados é escrita como:

01

0

dxw , (5. 90)

para que o erro seja nulo em alguns pontos especiais, chamados pontos de colocação.

Adotando como ponto de colocação o ponto x = 1 tem-se:

0 [0;1]( )

1 [0;1]se x

w xse x

. (5. 91)

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112

Portanto, se somente um parâmetro é utilizado para u , isto é, se

)1()( xxxxu , então 1w para 10 x a sentença de resíduos ponderados é

escrito como:

011

0

1

0

dxdxw . (5. 92)

Então:

0)2((11

0

21

0

dxxxxdxw . (5. 93)

Integrando e resolvendo para :

1 13 2 2

00

23 2 2x x xx

. (5. 94)

Substituindo os limites de integração temos;

1 1 123 2 22 3 12 1

6 2

. (5. 95)

Logo

13 1 36 2 13 . (5. 96)

Portanto, a solução aproximada )(xu é:

)1(133)( xxxxu . (5. 97)

2) Adotando n = 2, isto é com dois parâmetros 1 e 2, pode-se fazer:

)()( 2211 xxu . (5. 98)

com as seguintes condições de contorno:

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113

1 1 12

2 2 2

( 1) ; ( 0) ( 1) 0

( 1) ; ( 0) ( 1) 0

x x x x

x x x x

. (5. 99)

Utilizando o ponto 2/1x para dividir o domínio = ]1;0[ em dois intervalos

ou sub-domínios, 1 =[0;1/2] e 2 = [1/2;1]:

Logo, quando se adota,

)1()1()( 221 xxxxxxu . (5. 100)

Então:

212

2

)26(2 xdx

ud . (5. 101)

O erro é dado por:

2

2

( ) 0 0d u x udx

. (5. 102)

substituindo )(xu de (5. 100) e (5. 101) em (5. 102) tem-se:

22

1 2 1 22

( ) 2 (6 2) ( ( 1) ( 1))d u x u x x x x x xdx

. (5. 103)

ou

)26()2( 232

21 xxxxxx . (5. 104)

As sentenças de resíduos ponderados podem ser escritas como:

0;01

2/1

2/1

0

dxwdxw , (5. 105)

para que o erro seja nulo nos pontos especiais, chamados de pontos de colocação, para cada

subdomínio.

Adotando-se como ponto de colocação o ponto x = ½ tem-se:

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114

0 [0;1]( )

1 [0;1]se x

w xse x

. (5. 106)

para pontos fora do domínio e pontos dentro do domínio, respectivamente.

Portanto, as sentenças de resíduos ponderados são:

1/ 2 1/ 22 3 2

1 20 0

1 ( 2) ( 6 2) 0w dx x x x x x x dx . (5. 107)

e

1 12 3 2

1 21/ 2 1/ 2

1 ( 2) ( 6 2) 0w dx x x x x x x dx . (5. 108)

Ou, na forma matricial, temos:

1

2/1

2/1

0

2

11

2/1

231

2/1

2

2/1

0

232/1

0

2

)26()2(

)26()2(

xdx

xdx

dxxxxdxxx

dxxxxdxxx

(5. 109)

Após a integração dos termos e impondo os limites de integração, obtém-se o

seguinte sistema de equações:

1

2/1

2

2/1

0

2

2

11

2/1

2341

2/1

23

2/1

0

2342/1

0

23

2

2

)22

634

()223

(

)22

634

()223

(

x

x

xxxxxxx

xxxxxxx

(5. 110)

ou

8381

192251

1213

19243

1213

2

1

(5. 111)

Resolvendo para 1 e 2 temos:

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115

498;

63795

21 (5. 112)

Portanto, a solução aproximada )(xu é:

)1(498)1(

63795 2 xxxxxu . (5. 113)

3) Resolver a equação diferencial anterior por Resíduos Ponderados, com o Método da

Colocação por Subdomínios, utilizando três parâmetros, tentando usar a solução aproximada

do tipo:

2221 )1()1( xxxxxu . (5. 114)

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116

5.4.5 - Método dos Momentos

As funções de ponderação são potências de x e são definidas como:

Nlxw ll ,...2,11 (5. 115)

Os elementos Kln e fl são definidos como:

1ln

lxK L dxn ))(( (5. 116)

e

bxf ll [1 L d)]( , (5. 117)

5.4.6 – Exemplos de solução usando o Método dos Momentos

1) Resolver a seguinte equação diferencial pelo Método dos Resíduos Ponderados

02

2

udx

ud . (5. 118)

onde

1,010 xx uu . (5. 119)

Utilizando o Método dos Momentos, com um e dois parâmetros.

Solução

Vamos encontrar uma solução aproximada do tipo:

u . (5. 120)

Adotando ii x , tem-se:

niuun

iii ,...,2,1;

1

. (5. 121)

as funções e que satisfazem as condições de contorno são:

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117

)1(010

xxex xx . (5. 122)

No intervalo ou no domínio 0;1

logo

)1()( xxxxu . (5. 123)

O erro é dado por:

2

2

( ) 0d u x udx

. (5. 124)

onde

))((2)( 22

2

xxxudx

xud . (5. 125)

ou

)2( 2 xxx . (5. 126)

Como só há um parâmetro, a sentença de resíduos ponderados é escrita como:

01

0

dxw , (5. 127)

para que o erro seja mínimo.

Quando se utiliza para a solução aproximada somente um parâmetro, o método

dos momentos é igual ao método da colocação por subdomínios. Pois o momento de 1ª

ordem, vale:

1)(1 xw . (5. 128)

Portanto, se somente um parâmetro é utilizado para u , isto é, se

)1()( xxxxu , então 1w para 10 x a sentença de resíduos ponderados é

escrita como:

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118

011

0

1

0

dxdxw . (5. 129)

Então:

0)2((11

0

21

0

dxxxxdxw . (5. 130)

Integrando e resolvendo para :

1 13 2 2

00

23 2 2x x xx

. (5. 131)

Substituindo os limites de integração temos;

1 1 123 2 22 3 12 1

6 2

. (5. 132)

Logo

13 1 36 2 13 . (5. 133)

Portanto, a solução aproximada )(xu é:

)1(133)( xxxxu . (5. 134)

2) Adotando n = 2, isto é com dois parâmetros 1 e 2, pode-se fazer:

)()( 2211 xxu . (5. 135)

com as seguintes condições de contorno

1 1 12

2 2 2

( 1) ; ( 0) ( 1) 0

( 1) ; ( 0) ( 1) 0

x x x x

x x x x

. (5. 136)

No intervalo ou domínio = ]1;0[ :

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119

Logo, quando se adota,

)1()1()( 221 xxxxxxu . (5. 137)

Então

212

2

)26(2)( x

dxxud . (5. 138)

O erro é dado por:

2

2

( ) 0 0d u x udx

. (5. 139)

substituindo )(xu de (5. 137) e (5. 138) em (5. 139) tem-se:

22

1 2 1 22

( ) 2 (6 2) ( ( 1) ( 1))d u x u x x x x x xdx

. (5. 140)

ou

)26()2( 232

21 xxxxxx . (5. 141)

As sentenças de resíduos ponderados são escritas como:

0;01

02

1

01 dxwdxw . (5. 142)

Para que o erro seja mínimo,ou seja:

Adotando-se os momentos dados por:

xxwxw )(;1)( 21 . (5. 143)

Portanto, as sentenças de resíduos ponderados são:

0;011

0

1

0

dxxdx . (5. 144)

e

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120

0

0)26()2((

1)(

1

2

11

2/1

2321

0

dxxxxxxx

dxxx

. (5. 145)

Ou, na forma matricial, temos:

1 1 12 3 2

0 0 011 1 1

23 2 4 3 2 2

0 0 0

( 2) ( 6 2)

( 2 ) ( 6 2 )

x x dx x x x dx xdx

x x x dx x x x x dx x dx

(5. 146)

Após a integração dos termos e impondo os limites de integração, obtém-se o

seguinte sistema de equações:

1 1 13 2 4 3 2 2

0 0 011 1 14 3 2 5 4 3 2 22

0 0 0

( 2 ) ( 6 2 )3 2 4 3 2 2

2( ) ( 6 2 )3 2 2 5 4 3 2 2

x x x x x xx x

x x x x x x x x

(5. 147)

ou

1

2

13 13 16 12 2

113 21312 20

(5. 148)

Resolvendo para 1 e 2 temos:

6110;

793118

21 (5. 149)

Portanto, a solução aproximada )(xu é:

)1(6110)1(

793118 2 xxxxxu . (5. 150)

Page 121: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

121

3) Resolver a equação diferencial anterior por Resíduos Ponderados, com o Método dos

Momentos, utilizando três parâmetros, tentando usar a solução aproximada do tipo:

2221 )1()1( xxxxxu . (5. 151)

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122

5.4.7 - Método de Galerkin

As funções de ponderação são as próprias funções, n , Então, os elementos Kln e

fl são definidos como:

lK ln L dxn ))(( (5. 152)

e

bf ll [ L d)]( , (5. 153)

possuindo a seguinte vantagem:

Vantagem do método: Geralmente a matriz ~K do sistema de equações é simétrica. Isto

diminui o tempo de processamento de matrizes grandes e consequenetemente o custo

computacional, pelo fato de algumas operações serem iguais.

5.4.8 – Exemplos de solução usando o Método de Galerkin

1) Resolver a seguinte equação diferencial usando o Método dos Resíduos Ponderados:

02

2

udx

ud.

(5. 154)

onde

1,010 xx uu . (5. 155)

Utilizando o Método de Galerkin, com um e dois parâmetros.

Solução

Vamos encontrar uma solução aproximada do tipo:

u . (5. 156)

Adotando ii x , tem-se:

Page 123: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

123

niuun

iii ,...,2,1;

1

. (5. 157)

as funções e que satisfazem as condições de contorno são:

)1(010

xxex xx . (5. 158)

No intervalo ou domínio 0;1 .

logo se

)1()( xxxxu . (5. 159)

O erro é dado por:

2

( ) 0 0du x udx

. (5. 160)

onde

))((2)( 22 xxxu

dxxud

. (5. 161)

ou

)2( 2 xxx . (5. 162)

Como só há um parâmetro, a sentença de resíduos ponderados é escrita como:

1

10

0w dx . (5. 163)

para que o erro seja mínimo.

Adotando como função de ponderação a própria função (x), ou seja:

)1()()( xxxxw . (5. 164)

Portanto, se somente um parâmetro é utilizado para )(xu , isto é, se

)1()( xxxxu então para o intervalo 10 x a sentença de resíduos ponderados

(5. 197), para o problema é escrita como:

Page 124: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

124

0)(1

0

1

0

dxxdxw . (5. 165)

Então:

0)2()1(1

0

2 dxxxxxx . (5. 166)

ou

1

0

1

0

2 )1(][)2)(1( xdxxxdxxxxx . (5. 167)

e

1 14 3 2 3 2

0 0

( 2 2 ) [ ] ( 1)x x x x x x dx x x xdx . (5. 168)

logo

1 1

4 3 2 3 2

0 0

( 2 2 ) ( )x x x x dx x x dx . (5. 169)

Integrando e resolvendo para :

1 15 4 3 2 4 3

0 0

2 2 [ ]5 4 3 2 4 3x x x x x x

. (5. 170)

Substituindo os limites de integração temos;

1 2 1 2 1 1[ ]5 4 3 2 4 312 30 20 60 3 4[ ]

60 12

. (5. 171)

Logo

22 1 560 12 22

. (5. 172)

Portanto, a solução aproximada )(xu é:

Page 125: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

125

)1(225)( xxxxu . (5. 173)

2) Adotando n = 2, isto é com dois parâmetros, 1 e 2, pode-se fazer:

2211 u . (5. 174)

com as seguintes condições de contorno:

1 1 12

2 2 2

( 1) ; ( 0) ( 1) 0

( 1) ; ( 0) ( 1) 0

x x x x

x x x x

. (5. 175)

No domínio dado pelo intervalo 0;1 :

Logo, quando se adota

1 2

21 2( ) ( 1) ( 1)u x x x x x x

. (5. 176)

Então:

212

2

)26(2 xdx

ud . (5. 177)

O erro é dado por:

2

2 0 0d u x

u xdx

. (5. 178)

substituindo )(xu de (5. 176) e (5. 177) em (5. 178) tem-se:

)26()2(

))1()1(()26(2)(

232

21

221212

2

xxxxxx

xxxxxxudx

xud

.

(5. 179)

ou

Page 126: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

126

12 3 2

2

[ ( 2) ( 6 2)]x x x x x x

. (5. 180)

Adotando-se como funções de ponderação as próprias funções, l(x), ou seja:

)1()()(

)1()()(2

22

11

xxxxw

xxxxw

. (5. 181)

Portanto, a sentença de resíduos ponderados pode ser escrita como:

01

0 2

11

0 2

1

dxdx

ww

, (5. 182)

ou

1 1

1 20 0

; 0dx dx , (5. 183)

Resultando em

1 112 3 2

2 220 0

( 1) ( 1) 0( ) ( 2) ( 6 2)

( 1) ( 1) 0x x x x

x dx x x x x x dxx x x x

(5. 184)

Ou, na forma matericial, temos:

1

0

34

1

0

23

2

11

0

234561

0

2345

1

0

23451

0

234

)(

)(

)2852()2852(

)2852()22(

dxxx

dxxx

dxxxxxxdxxxxxx

dxxxxxxdxxxxx

(5. 185)

Após a integração termos e impondo os limites de integração, obtém-se o seguinte

sistema de equações:

1

0

45

1

0

34

2

11

0

345671

0

23456

1

0

234561

0

2345

45

34

)3

24

85

56

27

()2

23

84

55

26

(

)2

23

84

55

26

()2

234

25

(

xx

xx

xxxxxxxxxx

xxxxxxxxx

(5. 186)

ou

Page 127: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

127

1

2

11 11 130 60 12

111 12060 7

(5. 187)

Resolvendo para 1 e 2 temos:

437

47369

21 e (5. 188)

Portanto, a solução aproximada )(xu é:

)1(4737

47369 2 xxxu . (5. 189)

3) Resolver a equação diferencial anterior por Resíduos Ponderados, com o Método de

Galerkin, utilizando três parâmetros, tentando usar a solução aproximada do tipo:

2221 )1()1( xxxxxu . (5. 190)

As soluções aproximadas podem ser comparadas com a solução analítica exata

dada por:

1 1( )x xe eu x

e e

. (5. 191)

Nos pontos: x = 1/3; x = ½ e x = 2/3.

Page 128: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

128

Comparando as soluções aproximadas obtidas com um parâmetro, por meio da

Tabela - V. 2.

Tabela - V. 2. Comparação entre as soluções das equação diferencial resolvida por Resíduos Ponderados por Diferentes Métodos para n = 1.

x u(x) Colocação Subdomínio Momentos Galerkin

0 0 0 0 0 0

1/3 0,288921 0,283951 0,28051 0,282051 0,282828

1/2 0,443410 0,444444 0,442308 0,442308 0,443182

2/3 0,610243 0,617284 0,611111 0,611111 0,616161

1 1 1 1 1 1

Comparando as soluções aproximadas obtidas com dois parâmetros, por meio da

Tabela - V. 3.

Tabela - V. 3. Comparação entre as soluções das equação diferencial resolvida por Resíduos Ponderados por Diferentes Métodos para n = 2.

x u(x) Colocação Subdomínio Momentos Galerkin

0 0 0 0 0 0

1/3 0,288921 0,289286 0,288098 0,288123 0,288858

1/2 0,443410 0,443750 0,442308 0,442308 0,443182

2/3 0,610243 0,610714 0,609338 0,609313 0,610132

1 1 1 1 1 1

Como exercício pode-se comparar as soluções as soluções aproximadas obtidas

com três parâmetros, por meio da Tabela - V. 4.

Tabela - V. 4. Comparação entre as soluções das equação diferencial resolvida por Resíduos Ponderados por Diferentes Métodos para n = 3.

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129

x u(x) Colocação Subdomínio Momentos Galerkin

0 0 0 0 0 0

1/3

1/2

2/3

1 1 1 1 1 1

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5.4.9 - Método de Galerkin Modificado

As funções de ponderação são as derivadas das próprias funções, n , Então, os

elementos Kln e fl são definidos como:

'ln lK L dxn ))(( (5. 192)

e

bf ll [' L d)]( , (5. 193)

5.4.10 – Exemplos de solução usando o Método de Galerkin Modificado

Page 131: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

131

5. 5 – Forma Fraca do Método de Resíduos Ponderados

Se, na solução aproximada, u , não se inclui uma função que atenda às

condições de contorno do problema, isto é, se u é definido como:

uuN

nnn

1 (5. 194)

A substituição de u em (5. 1) e em (5. 2) gera dois erros ou resíduos:

= L(u) = b em (5. 195)

e

= S(u) = g em (5. 196)

Se a solução aproximada u , tal como definida em (5. 194), não satisfaz as

condições de contorno, então o resíduo também deve ser ponderado no contorno e a

sentença de resíduos ponderados é escrita como:

0 1,2,3...,l lw d w d l N

(5. 197)

O sistema de equações gerado por (5. 197) também pode ser representado como:

~~~fK (5. 198)

onde, agora

lwK ln L dn )( + lw S dn )( (5. 199)

e

bdwf ll + lw gd

, (5. 200)

Se o problema estudado apresentar condições de contorno naturais, a avaliação

das integrais

dwl , (5. 201)

que aparecem na equação (5. 197) pode apresentar dificuldades.

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132

Para evitar essas dificuldades adicionais à determinação das soluções

aproximadas, o termo que contém o operador L, na integral envolvendo o erro , na equação

(5. 197), é dada por:

[

ll wdw L dbu ])( , (5. 202)

pode ser integrado por partes e reescrito genericamente como:

lw L

du )( C(wl)D

lwdu )( E du )( , (5. 203)

onde C,D e E são operadores diferenciais lineares de ordem inferior à do operador L.

Substituindo (5. 203) em (5. 197), encontra-se:

C(wl)D lll wwbdwdu

[)( E 0)]( du . (5. 204)

A equação (5. 204) é usualmente denominada Forma Fraca da sentença de resíduos

ponderados.

Na integral de contorno em (5. 204) é possível eliminar a integral que envolve

condições de contorno naturais mediante uma escolha apropriada da função de ponderação

lw .

Pode-se ainda, adotar funções que satisfaçam as equações diferenciais em , mas

que aproximam as condições de contorno, gerando as chamadas formulações de contorno.

Nesse caso, a sentença de resíduos ponderados é escrita como:

0

dwl , (5. 205)

Uma vez que, o erro é nulo, ou seja:

n

ii

1 L 0)( bi . (5. 206)

Se as funções lw e forem as mesmas tem-se o método de TREFFTZ.

Pode-se também prosseguir integrando por partes a primeira integral de domínio à

esquerda da equação (5. 203) até que todas as derivadas de u sejam “transferidas” para wl.

Desta forma, pode-se então considerar que a função de ponderação é uma solução da equação

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133

diferencial homogênea, cujo operador está aplicado a wl, ao invés de u, ou que wl é a solução

da equação diferencial singular correspondente, wl é uma função de Green. Nesse caso, a

função de ponderação é representada por w. Assim, partindo-se da expressão:

lw L du )( , (5. 207)

chega-se a

u M dw)( , (5. 208)

Se L = M, diz-se que L é um operador auto-adjunto. Quando M(w) = (x - ) tem-se o

Método dos Elementos de Contorno. Veremos isso com mais clareza no Capítulo VII –

Método dos Elementos de Contorno.

5. 6 –Exemplos de Soluções da Forma Fraca do Método de Resíduos Ponderados

1) Resolver usando o método dos resíduos ponderados a seguinte equação diferencial:

02

2

udx

ud.

(5. 209)

onde

1,010 xx uu . (5. 210)

Utilizar uma solução aproximada que atenda as condições de contorno, empregando o Método

de Galerkin para dois parâmetros.

Solução

Vamos encontrar uma solução aproximada do tipo:

2211)( xu . (5. 211)

Adotando )( xiseni , tem-se:

Page 134: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

134

nixisenuun

ii

n

iii ,...,2,1;)(

11

. (5. 212)

As funções e que satisfazem as condições de contorno são:

)2(;)(0 2110 xsenxsenex xx

. (5. 213)

No intervalo

Logo

1 2

1 2( ) ( ) (2 )u x x sen x sen x

. (5. 214)

O erro é dado por:

0)(2

2

udx

xud . (5. 215)

ou

2 21 2(1 ) ( ) (1 4 ) (2 )x sen x sen x . (5. 216)

A sentença de resíduos ponderados é escrita como:

01

0

dxw . (5. 217)

A sentença de resíduos ponderados (5. 197), para o problema por Galerkin é:

0)2()(1

0

dx

xsenxsen

. (5. 218)

Então:

0

0)2()41()()1(

)2()(

2

122

21

1

0

dxxsenxsenxxsen

xsen

. (5. 219)

e

Page 135: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

135

0

0)]2()41()()1[(

)2()(

)()2(

)(

2

1221

0

1

0

dxxsenxsenxsen

xsendxx

xsenxsen

. (5. 220)

Ou na forma matricial

dxxsenx

xsenxdx

xsenxsenxsenxsenxsenxsen

1

02

11

0222

22

)2(.)(.

)2()41()2()()41()2()()41()()1(

. (5. 221)

11 12

00 0

1 cos(2 ) (2 ) 1( )2 2 2 4 2

x

x

x x sen xsen x dx dx

. (5. 222)

11 12

00 0

1 cos(4 ) (4 ) 1(2 )2 2 2 8 2

x

x

x x sen xsen x dx dx

. (5. 223)

1 1

0 01

0

1( ) (2 ) cos( 2 ) cos( 2 )2

1 (3 ) ( ) 02 3

x

x

sen x sen x dx x x dx

sen sen x

. (5. 224)

como

cos( ) cos cos sen sen

cos( ) cos cos sen sen

a b a b a b

a b a b a b

. (5. 225)

Logo,

1)(

1

0

dxxxsen . (5. 226)

1

0

1(2 )2

xsen x dx

. (5. 227)

O sistema de equações resultante é:

Page 136: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

136

2

12

2

1(1 ) 02

2(1 4 )02

(5. 228)

Resolvendo para 1 e 2 temos:

)41(1;

)1(2

2221

. (5. 229)

Portanto,

)2()41(

1)()1(

2)( 22 xsenxsenxxu

. (5. 230)

609134,0)32(;441431,0)

21(;287151,0)

31( uuu . (5. 231)

2) Resolver usando o método dos resíduos ponderados a seguinte equação diferencial:

02

2

udx

ud.

(5. 232)

onde

1,010 xx uu . (5. 233)

Utilizando uma solução aproximada que não atenda as condições de contorno do problema,

empregando o Método de Galerkin para três parâmetros.

Solução:

O contorno se reduz aos pontos x = 0 e x = 1 e o erro é representado como:

= S(u) – g 0 0

1

0 0

1 0x

x

u

u

em (5. 234)

A sentença de resíduos ponderados é escrita como:

Page 137: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

137

0][][ 10

1

0

xlxl wwdxw . (5. 235)

Pode-se adotar:

niun

iii ,...,2,1

1

. (5. 236)

com 1 ii x

Se n = 3, então,

2211)( xxxxu . (5. 237)

Então:

0)(2

2

udx

xud . (5. 238)

fica

3

2

122

3213 ])2(1[)(2

xxxx . (5. 239)

Substituindo (5. 239) em (5. 235) e adotando ll ww , a sentença de resíduos ponderados é

escrita como:

000

111

11

)2(11

13

2

12

23

2

1

0

2

23

2

12

1

0 2xx

xxxxxx

xxdxxx

xx

(5. 240)

ou

2

1 1 112 3

2 2 22 3 4 20

3 3 3

1 ( 2) 1 1 1 0( 2 ) 0 1 0 0 1 1 1 1 1 0( 2 ) 0 1 1 0

x xx x x x dxx x x x

(5. 241)

Integrando e impondo os limites, obtém-se o sistema de equações:

Page 138: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

138

000

111

111111

001001

)3

25

(43

)2

24

(32

)23

(2

3

2

1

3

2

1

3

2

1

1

0

3543

2432

32

xxxx

xxxx

xxxx

(5. 242)

Substituindo e agrupando os termos semelhantes:

000

111

111111111

000000001

157

41

31

43

31

21

35

211

3

2

1

(5. 243)

Finalmente:

111

158

45

34

41

34

23

32

233

3

2

1

(5. 244)

Resolvendo para 1 ; 2 e 3 temos:

1 2 39 84 30; ;

133 133 133 (5. 245)

Portanto, a solução aproximada é:

2308493331 xxu . (5. 246)

e

( 0) 0,068 ; ( 1) 0,917u x u x . (5. 247)

Se ll ww

Page 139: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

139

111

111111111

000000001

157

41

31

43

31

21

35

211

3

2

1

(5. 248)

e:

111

1522

43

32

47

32

21

38

211

3

2

1

(5. 249)

Resolvendo para 1 ; 2 e 3 temos:

13130;

655636;

65563

321 (5. 250)

Portanto, a solução aproximada é:

2150636636551 xxu . (5. 251)

e

1038,1)1(;0962,0)0( xuxu . (5. 252)

5. 7 –Exercícios e Problemas

5.7.1 - Exemplos de Solução usando o Método de Galerkin

1) Resolver usando o método dos resíduos ponderados a seguinte equação diferencial:

02

2

udx

ud . (5. 253)

onde

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140

20,01

0

x

x dxudu . (5. 254)

Solução:

Adotando ii x , tem-se:

nixuun

i

ii

n

iii ,...,2,1;

11

. (5. 255)

A sentença de resíduos ponderados (5. 197), para o problema é:

0201

1

02

2

xll w

dxuddxwu

dxud . (5. 256)

Observe que ]1;0[,...,2,10)0(0)0(1

0

enixuxu

n

i

iix . Ou

seja, note que a condição de contorno essencial em x = 0 é atendida com a escolha de

01

0

n

i

iix xu .

Integrando por partes o termo que envolve 2

2

d udx

encontra-se:

dxdxdw

dxud

dxudwdxw

dxud l

x

xll

1

0

1

0

1

02

2

. (5. 257)

onde

2

2

ll

dwa w da dxdx

du d ub db dxdx dx

. (5. 258)

Substituindo (5. 257) em (5. 256) temos:

Page 141: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

141

1 1

00 0 1

1 1

20 0ll l l l

xxponderação do erropara x x

dwdu du du dudx uw dx w w wdx dx dx dx dx

. (5. 259)

Observe que o ultimo termo da expressão (5. 259) é o termo de ponderação do erro para x =

1.

Nós podemos escolher 0lw para x = 0 e ll ww para x = 1.

Logo se

,0011 xlxlxl weww . (5. 260)

A equação (5. 259) se reduz a:

1

1

0

1

0

20

xlll wdxwudx

dxdw

dxud . (5. 261)

Adotando n = 2, então:

2

12221 ][

xxxxu . (5. 262)

e

2

121

xdxud . (5. 263)

Se

2

2

1

xx

ww

então

xw

wdxd

21

2

1 (5. 264)

A sentença de resíduos ponderados é reescrita como:

1

22

121

02

2

11

0

202121

xxx

dxxxxx

dxxx

(5. 265)

ou

Page 142: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

142

1

120

4221

2

11

043

321

02

dx

xxxxdx

xxx

(5. 266)

Integrando e impondo os limites, obtém-se o sistema de equações:

2020

15/234/54/53/4

2

1

(5. 267)

Resolvendo para 1 e 2 temos:

4582,3347

12007579,113474080

21 e (5. 268)

Portanto, a solução aproximada é:

24582,37579,11 xu . (5. 269)

Calculando a derivada em x = 1 para saber se a solução é boa:

674,181

xdxud

, (5. 270)

não é 20, mas chega perto.

2) Resolver o mesmo problema anterior para n = 3.

Adotando n = 3, então:

3

2

1322

32

21 ][

xxxxxxu . (5. 271)

e

3

2

12321

xxdxud . (5. 272)

Se

Page 143: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

143

3

2

3

2

1

xxx

www

então

23

2

1

321

xx

www

dxd

(5. 273)

A sentença de resíduos ponderados é reescrita como:

3

2

3

2

132

1

0 3

2

3

2

12

1

0 220321

321

xx

xx

dxxxxxxx

dxxxxx

(5. 274)

ou

111

20963642321

3

2

11

0 654

543

432

3

2

11

0 432

32

2

dxxxxxxxxxx

dxxxxxxxxx

(5. 275)

Integrando e impondo os limites, obtém-se o sistema de equações:

202020

765

654

543

59

46

46

34

13

2

1

765

654

543

13

2

1

443

432

32

xx xxx

xxx

xxx

xxx

xxxxxx

(5. 276)

Para x = 1 temos:

202020

71

61

51

61

51

41

51

41

31

59

461

46

341

111

13

2

1

13

2

1

xx

(5. 277)

Logo

Page 144: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

144

202020

3568

35

56

35

1523

45

56

45

34

13

2

1

x

(5. 278)

Resolvendo para 1 e 2 temos:

2329577525762,0

2329600009,13

232930300

321

ee

(5. 279)

Portanto, a solução aproximada é:

32 4796,225762,0009,13 xxxu . (5. 280)

Calculando a derivada em x = 1 para saber se a solução é boa:

2

14337,751524,0009,13 xx

dxud

x

, (5. 281)

Para x = 1 temos:

92746,194337,751524,0009,131

xdx

ud, (5. 282)

não é 20, mas chega perto.

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145

Capítulo – VI

MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS

RESUMO

Neste capítulo será visto a origem do Método dos Elementos Finitos. Este método

se apresenta como uma alternativa ao Método Variacional e ao Método dos Resíduos

Ponderados e por sua vez deu origem ao Método dos Elementos de Contorno.

6. 1 - Objetivos do capítulo

i) Entender a origem do Método dos Elementos Finitos

ii) Saber aplicar o Método dos Elementos Finitos nas suas mais diferentes formas

iii) Resolver problemas de equações diferenciais pertinentes ao método.

iv)

6. 2 – Introdução

A idéia básica do Método dos Elementos Finitos consiste em subdividir,

inicialmente, o domínio do problema, em subdomínios de dimensões finitas tais que, o

conjunto de todos os subdomínios seja igual ao domínio original. Em seguida, sobre cada

subdomínio, isoladamente, adota-se um comportamento aproximado, local, para as incógnitas

do problema, conforme esquematiza a Figura - 6. 1.

Em geral, esse comportamento local é descrito com o emprego de funções

simples. A característica principal desse procedimento, então, consiste em utilizar

aproximações locais nos subdomínios, nos quais o domínio original foi dividido, em vez de

utilizar aproximações de caráter global. Para a obtenção de respostas cada vez melhores,

Page 146: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

146

aumenta-se o número de subdomínios, mantendo-se o mesmo comportamento local já adotado

em cada subdomínio, no lugar de se adotar funções de ordem maior na aproximação de caráter

global. Os subdomínios são denominados elementos finitos.

Os elementos finitos são definidos por sua forma geométrica, pelas funções de

aproximação adotadas e pelos tipos de problemas para os quais foram desenvolvidos. Cada

elemento possui um número determinado de pontos nodais, ou nós, que podem ser internos ou

externos. Os nós externos fazem a conexão com os elementos vizinhos.

Figura - 6. 1. Rede de pontos nodais do Domínio, e dos Subdomínios, e .

Nos nós comuns aos diferentes elementos, o valor das variáveis do problema é o

mesmo, independentemente do elemento que esteja sendo considerado.

Após a definição da malha de elementos finitos e do tipo de elemento (linear,

triangular, quadrático, etc), as matrizes características correspondentes a cada elemento

podem ser formadas e, em seguida, agrupadas, formando o sistema global de equações. A

solução deste sistema fornece os valores das incógnitas nos pontos nodais. Através do

comportamento aproximado local, as incógnitas do problema, em qualquer ponto do

elemento, são calculadas em função dos valores nodais das mesmas incógnitas nos pontos

nodais já conhecidos, isto é, as aproximações locais são funções de interpolação, por meio dos

quais os valores das incógnitas em qualquer ponto pertencente ao elemento finito são

calculados em função dos valores nodais.

6.2.1 –A origem do Método dos Elementos Finitos

O trabalho de Turner, Cough, Martin e Topp “Stiffness and Deflection Analysis of

Complex Structures” publicado em 1956 no Journal of Aeronautical Sciences. Vol. 23, pag.

805-823, é reconhecido como um dos primeiros a apresentar os fundamentos do Método dos

Elementos Finitos.

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147

As bases teóricas do método foram mais bem definidas no início da década de 60

com o estudo mais aprofundado dos Métodos Energéticos e de Técnicas Variacionais.

6. 3 – Variações dos Modelos no Método de Elementos Finitos

Para problemas de Mecânica dos Sólidos, podem ser identificados quatro

formulações, ou modelos básicos, que pertencem ao “Enfoque Variacional” do método:

6.3.1 - Modelo Compatível

Baseia-se no Princípio da Energia Potencial Mínima. Sobre cada elemento é

adotado um campo de deslocamento, escolhidos de tal maneira que haja continuidade de

deslocamentos e, eventualmente, de suas derivadas, entre os elementos. As incógnitas são os

deslocamentos nos pontos nodais.

6.3.2 - Modelo de Equilíbrio

Baseia-se no Princípio da Energia Complementar Mínima. Sobre cada elemento é

adotado um campo de tensões em equilíbrio; o equilíbrio entre elementos também é mantido.

As incógnitas são as tensões nos pontos nodais. É um modelo pouco utilizado na prática.

6.3.3 - Modelo Híbrido

Há dois tipos. O primeiro tipo se baseia em um Princípio de Energia

Complementar Mínima Modificado. No interior de cada elemento é adotado um campo de

tensões em equilíbrio e, no contorno de cada elemento, um campo de deslocamento é adotado,

devendo haver compatibilidade de deslocamento entre elementos vizinhos. As incógnitas são

os deslocamentos nodais. Aplicações Práticas: Problemas de estado plano de tensão ou

deslocamento e de flexão de placas.

O segundo tipo se baseia em um Principio de Energia Potencial Mínima

Modificado. No interior de cada elemento é adotado um campo de deslocamentos e, no

contorno de cada elemento, um campo de tensões é adotado, devendo haver equilíbrio de

tensões (forças de superfícies) entre elementos vizinhos. As incógnitas são as tensões, ou

forças de superfícies nos pontos nodais. Esse modelo é pouco utilizado. Vantagem do Modelo

Híbrido: Os resultados são mais precisos.

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148

6.3.4 - Modelo Misto

Baseia-se em um Princípio Variacional Generalizado, como o Princípio de

Reissner. Sobre cada elemento são adotados, simultaneamente e independentemente, campos

de tensões e de deslocamentos. As incógnitas são as tensões (ou forças de superfícies) e os

deslocamentos nos pontos nodais. Vantagem do Modelo Misto: Deslocamentos e tensões são

determinados com a mesma precisão.

No final da década de 70 foram introduzidos formulações baseadas na aplicação

localizada do Método de Galerkin, o que possibilitou que o Método dos Elementos Finitos

fosse empregado na solução de problemas que não possuam Formulação Variacional. De

uma maneira geral, qualquer um dos Métodos de Resíduos Ponderados pode ser utilizado no

cálculo pelo Método dos Elementos Finitos.

Tabela - VI. 1.Quadro Resumo das Diferentes Formulações do Método de Elemntos Finitos

Método Principio Utilizado Elementos

Incógnitas nos pontos

nodais Condições Vantagens Aplicações

Práticas

Compatível

Princípio da Energia

Potencial Mínima

Campo de Deslocamento Deslocamentos

Continuidade nos Deslocamentos e suas derivadas

Equilíbrio

Princípio da Energia

Complementar Mínima

Campo de Tensão em equilíbrio

Tensão Equilíbrio pouco utilizado

Híbrido do 1º Tipo

Princípio da Energia

Complementar Mínima

Modificado

Campo de Tensão em

equilíbrio no domínio e campo de

Deslocamentos no contorno

Deslocamentos

Compatibilidade nos

Deslocamentos entre os

elementos vizinhos

Resultados mais precisos

Problemas de flexões em placas

Híbrido do 2º Tipo

Princípio da Energia

Potencial Mínima

Modificado

Campo de Deslocamentos no domínio e

Campo de Tensões no contorno

Tensões ou forças de

superfícies

Equilíbrio de Tensões (ou

forças de superfícies) entre

elementos vizinhos

Resultados Mais precisos

Misto

Princípio da Variacional

Generalizado (Reissner)

Campo Tensões e

Deslocamentos no domínio

Tensões (ou forças de

superfícies) e os

Delocamentos

Deslocamentos e Tensões

determinados com mesma

precisão

6. 4 – Definição Matemática e Desenvolvimento do Método

O Método de Elementos Finitos teve sua origem nos Métodos Variacionais

aproximados, mas a partir do Método dos Resíduos Ponderados, este vínculo passou a ser não

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149

mais necessário. Portanto, por ser esta última situação de abragência mais geral, para o

Método de Elementos Finitos, começaremos a representá-lo, em primeiro lugar, a partir do

Método de Resíduos Ponderados, apesar de não ser a ordem histórica de evolução do método.

Depois trataremos o Enfoque Variacional do Método de Elementos Finitos.

6.4.1 – Aproximação do Problema Contínuo pela Discretização do Domínio

Seja um problema unidimensional dado pela seguinte equação diferencial:

L(u) = b em , (6. 1)

sujeito as condições de contorno

S(u) = g em , (6. 2)

onde L e S são operadores lineares.

Este problema será aproximado por uma função do tipo:

1

1

M

mmm Nuuu em , (6. 3)

cujo o domínio continuo, será substituído por um domínio equivalente, discreto conforme

mostra a Figura - 6. 2.

Figura - 6. 2. Mudança do domínio contínuo de coodenadas (x,y) para o discreto de coordenadas (i,j)

Logo, no domínio discretizado, teremos:

L(u ) = b em , (6. 4)

e no contorno discretizado, temos:

Page 150: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

150

S(u ) = g em . (6. 5)

Substituindo (6. 3) em (6. 4)e (6. 5) ficamos com:

L

1

1)(

M

mmm bNu em (6. 6)

e, no contorno:

S

1

1)(

M

mmm gNu em . (6. 7)

Como L e S são operadores lineares, no domínio, podemos escrever:

1

1

M

mmu L bNm )( em , (6. 8)

e no contorno,

1

1

M

mmu S( gNm )( ) em . (6. 9)

6.4.2 - Definição dos Elementos Finitos Unidimensional

Se o domínio é dividido ou discretizado em E subdomínios, e, da seguinte

forma:

E

ee

1 (6. 10)

E, se em correspondência a divisão do domínio, o contorno, , é dividido em B partes, b, da

seguinte forma:

B

bb

1 . (6. 11)

Page 151: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

151

Figura - 6. 3. Rede de pontos nodais do Domínio, e dos Subdomínios, e .

Logo, teremos:

E

e 1L(

1

1

M

m

emm Nu ) = b em e , (6. 12)

sujeito as condições de contorno

B

b 1S(

1

1

M

m

emm Nu ) = g em b . (6. 13)

Como L e S são operadores lineares temos:

1

11

M

mm

E

eu L ( e

mN ) = b em e , (6. 14)

sujeito as condições de contorno

1

11

M

mm

B

bu S( e

mN ) = g em b. (6. 15)

6.4.3 – Inclusão do Método dos Resíduos Ponderados Unidimensional

A sentença de resíduos ponderados de caráter global (onde as funções de

aproximação são válidas em e em ):

0

dwdw ll . (6. 16)

Logo, os erros cometidos no domínio é:

Page 152: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

152

L(

1

1

M

mmmNu ) – b 0 em (6. 17)

E no contorno:

S(

1

1

M

mmmNu ) – g 0 em (6. 18)

Como L e S são operadores lineares temos:

no domínio:

1

1

M

mmu

e L (Nm) - b 0 em e (6. 19)

e no contorno

1

1

M

mmu

e S(Nm) - g 0 em b (6. 20)

Se o domínio é dividido em E subdomínios, e, e se, em correspondência a

divisão do domínio, o contorno, , é dividido em B partes, b. A sentença de resíduos

ponderados de caráter global é substituída por:

011

blb

B

bele

E

edwdw

b

e b

e

, (6. 21)

onde, as funções de aproximação são definidas localmente, sendo válidas somente para e e

b e não mais para e , da seguinte forma:

0 bleele dwdwb

e b

e

(6. 22)

Portanto, temos:

1

1

M

mmu

e L (Nm) - b 0 em e (6. 23)

e no contorno

Page 153: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

153

1

1

M

mmu

e S(Nm) - g 0 em b (6. 24)

Portanto,

1

1[

M

mmle uw

e

L(Nm)

1

1[]

M

mmlee uwdb

e

S(Nm) 0] bdg (6. 25)

OBS:

Se as integrais em (6. 16) e (6. 21) contêm derivadas de ordem s nos integrandos,

deve-se assegurar que as funções de aproximação tenham derivadas de ordem superior a (s -1)

contínuas.

6.4.4 – Aplicação Prática utilizando o Método de Galerkin

Dada a seguinte equação diferencial

0)()(2

2

xudx

xud (6. 26)

Definida em [xA ; xB] e com condições de contorno essenciais u(x = xA) = uA e u(x = xB) = uB.

Sendo

02

2

udx

ud (6. 27)

e

0 gdxud

(6. 28)

A sentença de resíduos ponderados é dada por:

0

dwdw ll (6. 29)

Ou

0)()(2

2

dgdxduwdbxu

dxxudw ll (6. 30)

Discretizando a solução u(x) a partir de

Page 154: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

154

1

1

M

mmm Nuuu em , (6. 31)

ou (6. 30) temos:

1 2

21

( )( ) 0 0

Mm m

m l m lm

d N x dNu w N x d w g d

dxdx

(6. 32)

Subdividindo o domínio em e subintervalos temos:

0)()()(1

2

2

1

1

1

b

em

B

b

ele

em

em

E

e

el

M

mm dg

dxxdNwdxN

dxxNdwu

be

(6. 33)

Escolhendo por Galerkin

el

el

el Nww (6. 34)

Temos:

)()(

)(

12

2

1

1

1

b

em

B

b

ele

em

em

E

e

el

M

mm dg

dxxdN

NdxNdx

xNdNu

be

(6. 35)

Observe que na sentença básica de resíduos ponderados aparecem derivadas de

ordem dois, consequentemente, é necessário que as funções de aproximação possuam

derivadas de ordem um contínuas. Neste caso, precisaríamos de elementos finitos quadráticos

para as funções de interpolação. Contudo, para contornar essa situação utilizando elementos

finitos lineares, podemos resolver a equação diferencial a partir da forma fraca dos resíduos

ponderados.

6.4.5 - Formulação Fraca dos Resíduos Ponderados

A sentença de resíduos ponderados é dada por:

0

dwl (6. 36)

Onde

Page 155: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

155

0)(1

02

2

dxxu

dxudwl (6. 37)

Logo, a forma fraca da sentença de resíduos ponderados pode ser escrita como:

0

B

A

B

A

xx

xxl

x

xl

l

dxudwdxwu

dxdw

dxud (6. 38)

Um conjunto de (M + 1) pontos nodais é escolhido no intervalo (domínio) [0 ; 1]

que constitui o domínio do problema, e uma aproximação do tipo:

1

1

M

mmm Nuuu (6. 39)

é adotada, onde um é o valor da aproximação no nó m (Nm = 1 em m). Assim, as condições de

contorno essenciais são atendidas diretamente, especificando-se os valores nodais apropriados

e = 0.

Na prática, os valores conhecidos só serão introduzidos na etapa de resolução do

sistema de equações e, dessa maneira, todos os valores, u1, u2, ...., uM+1 são considerados

incógnitas do problema.

Figura - 6. 4. Intervalo de aplicação do Método de Galerkin

Adotando-se o Método de Galerkin, wl = Nl, 1,1 Mml e a equação (6.

38) é reescrita como:

01

1

1

1

B

A

B

A

xx

xxl

x

xm

M

mml

mM

mm

l

dxudNdxNuN

dxdNu

dxdN (6. 40)

Como a integral e o somatório são operadores lineares temos:

Page 156: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

156

1

1

0B B

AA

x x xMl m

m l m lx xm x

dN dN duu N N dx Ndx dx dx

(6. 41)

Matricialmente

~~~fuK (6. 42)

Onde os elementos da matriz ~K são dadas por:

)1,1(

MmldxNN

dxdN

dxdNK

B

A

x

xml

mllm (6. 43)

E os elementos do vetor ~f são:

)11(

MldxudNf

B

A

xx

xxll (6. 44)

6.4.6 - Funções de Interpolação Local Lineares

Na sentença básica de resíduos ponderados aparecem derivadas de ordem dois,

consequentemente, é necessário que as funções de aproximação possuam derivadas de ordem

um contínuas. Na forma fraca, essa exigência é amenizada porque as derivadas de ordem mais

alta são as derivadas primeiras. Assim, é necessário que as funções de aproximação possuam

derivadas de ordem zero contínuas, ou seja, é necessário que as funções sejam contínuas.

Adotando uma variação linear, pode-se escrever, para cada elemento:

eijieu . (6. 45)

Ou matricialmente

j

ieieu

]1[ . (6. 46)

Onde

Page 157: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

157

ei

e xxi

. (6. 47)

Figura - 6. 5. Elemento Finito linear entre dois pontos.

Aplicando aos pontos nodais i e j, temos:

ejij

ii

hu

u

. (6. 48)

Onde matricialmente temos:

~~~CU e (6. 49)

ou

~~~ 101

Chu

uU

j

ie

j

ie

. (6. 50)

Invertendo a expressão (6. 265) anterior, obtém-se:

j

ie

ej

i

uuh

h 1101

. (6. 51)

Combinando-se as expressões (6. 262) com (6. 266), tem-se:

j

ie

eeie u

uhh

u11011 (6. 52)

Ou

Page 158: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

158

j

iei

eee u

uxh

hu )(1 (6. 53)

Logo

j

ei

i

ei

e uh

uh

u

1 (6. 54)

Ou ainda

jeji

eie uNuNu (6. 55)

Onde

ei

ej

ei

e

eie

j

ei

ej

ej

e

ei

e

eie

i

xxxx

hN

xxxx

hxx

hN

)(

)(11

ji xxx (6. 56)

A derivada primeira de eu é:

j

ej

i

eie u

dxdN

udx

dNdxud

(6. 57)

De (6. 47) para ei

e xxi

temos:

dxdx

uu

hhu

dxdx

hu

dxdx

hdxud e

i

j

ieej

ei

ei

ei

ee 1111111

(6. 58)

Ou matricialmente

~

,

~~~

Tx

Teex

e NUUNdxud

(6. 59)

onde

Page 159: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

159

~

,x

eji N

dxdN

(6. 60)

Na formação do sistema de equações (6. 42), as contribuições de um elemento

típico e, associado aos nós i e j, quando se adota uma aproximação local linear, podem ser

calculados de uma maneira geral, levando em conta a equação (6. 38) e (6. 43). Para o

elemento e:

eee

ii hNN

1 (6. 61)

eee

jj hNN

(6. 62)

Onde

jiijee

iei xxxxxhxx ;; (6. 63)

Cujas derivadas são:

dxdx

hdxd

hdxdN

dxdN e

ie

ie

eii 111 (6. 64)

e

dxdx

hdxd

hdxdN

dxdN e

ie

ie

ejj 111 (6. 65)

Page 160: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

160

Figura - 6. 6. Estruturação unidimensional dos Elementos Finitos.

Observe que para um único elemento finito, temos:

eij

eei

ei hxxxhxxxx 0;;0 (6. 66)

E neste caso:

e

ei

e

eii

hdxd

hdxdN

dxdN 11

(6. 67)

e

e

ei

e

ejj

hdxd

hdxdN

dxdN 11

(6. 68)

Do ponto de vista global, as únicas funções de aproximação não nulas do

elemento e são as funções Ni e Nj; consequentemente, Nl = 0 se il ou se jl . De

maneira geral, Nl = 0 se l ao elemento e.

6.4.7 – As Matrizes Locais Ke e o Vetor Local f

Note-se que, das equações (6. 40) a (6. 42) pode-se obter:

E

e

emllm KK

1, (6. 69)

Page 161: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

161

onde

)1,1(

MjidxNN

dxdN

dxdNK

j

i

x

x

ej

ei

ej

eie

ij (6. 70)

Observando que:

jimlseK eml ,,0, (6. 71)

Ou de forma geral a partir de (6. 61),(6. 62) e (6. 64), (6. 65) temos:

dxhhdx

dh

Kj

i

x

xe

ei

e

ei

ei

eeij

112

(6. 72)

Onde

eei

ej

eei

ei hxxxhxx 0;; (6. 73)

Logo usando (6. 73) em(6. 72) temos:

dxh

xxh

xxdxdx

hK

j

i

x

xe

ei

e

ei

ei

e

eij

)()(1112

2 . (6. 74)

E

dxh

xxdxdx

hK

j

i

x

xe

ei

ei

eeii

22

2)(111 . (6. 75)

E

dxh

xxdxdx

hK

j

i

x

xe

ei

ei

e

ejj

22

2)(11 . (6. 76)

Observe que para um único elemento finito, temos:

eij

eei

ei hxxxhxxxx 0;;0 (6. 77)

Logo, a partir de (6. 61),(6. 62) e (6. 64), (6. 65) os elementos fora da diagonal são dados por:

Page 162: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

162

dxhx

hx

hx

dxd

hx

dxdKK

eh

eeeeeji

eij

0

11 (6. 78)

Ou

dxhx

hx

hdx

hx

hx

hx

dxd

hx

dxdKK

ee h

eee

h

eeeeeji

eij

02

2

20 )()(

111

(6. 79)

Então

61

32

32

2

32

2

2

32

2

e

eeij

e

e

e

e

e

eeij

h

oeee

eij

hh

K

h

hh

h

h

hK

h

xhx

h

xK

e

(6. 80)

Os elementos da diagonal da matriz são dados por:

0110

22

dx

hx

hx

dxdK

eh

eeeii (6. 81)

ou

dxhx

hx

hdx

hx

hx

dxdK

ee h

eee

h

eeeii

02

22

0

22

)(21111

(6. 82)

logo

Page 163: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

163

31

31

32211

2

32

2

2

322

e

eeii

e

e

e

e

e

eeii

h

oeee

eii

hh

K

h

hhh

h

hK

h

xhxx

hK

e

(6. 83)

E

00

22

dx

hx

hx

dxdK

eh

eeejj (6. 84)

ou

dxhx

hdx

hx

hx

dxdK

ee h

ee

h

eeejj

0

22

0

22 1 (6. 85)

logo

31

3

3

1

2

3

2

02

32

e

eejj

e

e

e

eejj

h

eeejj

hh

K

h

h

h

hK

h

xxh

K

e

(6. 86)

E

j

i

xx

xxll

e

dxudNf

(6. 87)

Matricialmente os elementos da matriz ~K são dadas por:

Page 164: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

164

)1,1(~~~~

MjidxNNNNK

j

i

x

x

Tx

Tx

eij (6. 88)

E os elementos do vetor ~f :

j

i

xx

xx

exl

el UNNf

~~

(6. 89)

Numerando-se os elementos de 1 a M e os nós de 1 a M+1, cada elemento produz

uma matriz do tipo:

00...0.....................0

00...0.....................0

00...3

16

1....0

00...6

13

1......0

::

::

::

::

~

ee

e

ee

e

e

hh

hh

hh

hh

K (6. 90)

E

::

2

1

::

0

0

1

1

E

E

E

Exx

xx

xx

xxE

dxudN

dxudN

f (6. 91)

Com as componentes da matriz eK~

determinados, temos para cada elemento:

Page 165: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

165

i) ELEMENTO I:

00000:::0...0...

2221

1211

~

II

II

Ie kkkk

K (6. 92)

onde

00000:::

0...3

16

1

0...6

13

1

~

I

I

I

I

II

I

Ie hh

hh

hh

hh

K (6. 93)

E os elementos do vetor ~If :

0:2

1I

I

Iff

f (6. 94)

Ou

0:

2

1

2

1

2

1

xx

xx

xx

xx

IdxudN

dxudN

f (6. 95)

ii) ELEMENTO II:

Page 166: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

166

0...0000...00...00...000

3332

2322

~

IIII

IIIIII

kkkk

K (6. 96)

onde

0...000

0...3

16

10

0...6

13

10

0...000

~

II

II

II

II

II

II

II

IIIIe

hh

hh

hh

hh

K (6. 97)

E os elementos do vetor ~IIf :

0

0

3

2

II

II

II ff

f (6. 98)

Ou

0

0

3

2

3

2

3

2

xx

xx

xx

xxII

dxudN

dxudN

f (6. 99)

iii) ELEMENTO E:

Page 167: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

167

EE

EEE

kkkk

K

4443

3433~

...00

...00::::00...00

(6. 100)

onde

31

61...00

61

31...00

::::00...00

~E

E

E

E

E

E

E

EEe

hh

hh

hh

hhK (6. 101)

E os elementos do vetor ~Ef :

E

EE

ff

f

2

1

:0

(6. 102)

Ou

1

1

2

1

00

E

E

E

Exx

xx

xx

xxE

dxudN

dxudNf (6. 103)

Page 168: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

168

6.4.8 - Montagem do vetor f e da Matriz Global K

A matriz global ~K pode ser formada agrupando-se as matrizes eK

~, observando

que as contribuições dos nós comuns a elementos vizinhos devem ser adicionados na matriz

global ~K .

EMM

EMM

EMM

EMM

IIII

IIIIII

II

kk

kkkk

kkkkkk

K

111

133:32::

::23222221

1211

~

...................00

..............0

0.....................0......................0

(6. 104)

Ou seja:

31

61..................00

61

311..................

610

0........................6

13

116

1

0...........................................06

13

1

::

::

1

1

::

::

~

E

E

E

E

IE

E

EE

EE

II

II

II

II

III

III

I

I

I

I

I

I

hh

hh

hh

hhhh

hh

hh

hhhh

hh

hh

hh

K

(6. 105)

E os elementos do vetor ~f :

E

EE

III

I

l

fff

fff

f

2

::

11

2

12

1

(6. 106)

Ou seja:

Page 169: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

169

::~

1

223

223

12

12

1

)/

)/)/)/)/

)/

BE

EE

AA

A

xhxx

hxxhxx

hxxhxx

xx

dxud

dxuddxuddxuddxud

dxud

f (6. 107)

6.4.9 – Resolução do Sistema de Equações

O sistema de equações é montado da seguinte forma:

~~~fuK (6. 108)

Ou

E

EE

III

I

E

E

E

E

E

IE

E

EE

EE

II

II

II

II

III

III

I

I

I

I

I

I

fff

fff

u

uuu

hh

hh

hh

hhhh

hh

hh

hhhh

hh

hh

hh

2

::

11

2

12

1

::3

2

1

::

::

1

1

::

::

31

61..................00

61

311..................

610

0........................6

13

116

1

0...........................................06

13

1

(6. 109)

Sendo conhecido os valores das condições de contorno nos pontos extremos a

primeira e a última linha da matriz acima são eliminadas ficando com o seguinte sistema de

equações:

1

2

::

12

2

12

12

1

::4

3

2

1

1

1

1

::

1

1

::

12

12

::

::

1

311

61..................00

61

311..................

610

0........................6

13

116

1

0...........................................06

13

1

E

EE

IIIII

III

E

EE

EE

E

E

E

E

EE

EE

III

III

III

III

IIIII

IIIII

II

II

II

II

II

II

fff

ffff

u

uuu

hhhh

hh

hh

hhhh

hh

hh

hhhh

hh

hh

hh

(6. 110)

Cuja solução fornece os valores de ),...,,( 1432 Euuuuu

Page 170: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

170

6. 5 – Exemplos e Aplicações

6.5.1 – Exemplo satisfazendo condições de contorno essenciais:

Dada a seguinte equação diferencial

0)(2

2

udx

xud (6. 111)

Definida em [0 ; 1] e com condições de contorno essenciais.

u(x = 0) = 0

u(x = 1) = 1 (6. 112)

Solução:

A sentença de resíduos ponderados é:

0

dwl (6. 113)

Onde

02

2

udx

ud (6. 114)

A forma fraca da sentença de resíduos ponderados é:

01

0

1

0

x

xll

l

dxudwdxwu

dxdw

dxud (6. 115)

Fazendo E = M = 3, o intervalo [0 ; 1] será dividido em três sub-intervalos

(elementos) de mesmo comprimento, h1 = h2 = h3 = 1/3.

Numerando os nós de 1 a 4 e os elementos de 1 a 3, temos para o:

Page 171: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

171

i) ELEMENTO I:

Ihx 0 (6. 116)

Onde:

IhxN 11 (6. 117)

e

IhxN 2 (6. 118)

000000000000

2221

1211

~

kkkk

K I (6. 119)

Onde

)41,11(1

011

1111

MmldxNN

dxdN

dxdNK (6. 120)

E

)42,11(1

021

2112

MmldxNN

dxdN

dxdNK (6. 121)

E

)41,21(1

012

1221

MmldxNN

dxdN

dxdNK (6. 122)

E

)42,21(1

022

2222

MmldxNN

dxdN

dxdNK (6. 123)

Ou seja,

Page 172: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

172

00000000

003

16

1

006

13

1

~

II

II

I hh

hh

hh

hh

K (6. 124)

A formação dos elementos do vetor ~If é dado por:

2

1

11

xx

xx

I

dxudNf

(6. 125)

E

2

1

22

xx

xx

I

dxudNf

(6. 126)

Logo

002

1I

I

Iff

f (6. 127)

Ou

000

2

1

1

xx

xx

I

dxudN

f (6. 128)

ii) ELEMENTO II:

Page 173: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

173

IIII hhxh (6. 129)

Onde:

IIhxN 12 (6. 130)

e

IIhxN 3 (6. 131)

000000000000

3332

2322

~ kkkk

K II (6. 132)

Onde

)42,21(1

022

2222

MmldxNN

dxdN

dxdNK (6. 133)

E

)43,21(1

032

3223

MmldxNN

dxdN

dxdNK (6. 134)

E

)42,31(1

023

2332

MmldxNN

dxdN

dxdNK (6. 135)

E

)43,31(1

033

3333

MmldxNN

dxdN

dxdNK (6. 136)

Ou seja,

Page 174: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

174

0000

03

16

10

06

13

10

0000

~ II

II

II

II

II

II

II

IIII

hh

hh

hh

hh

K (6. 137)

A formação dos elementos do vetor ~IIf é dado por:

3

2

22

xx

xx

II

dxudNf

(6. 138)

E

3

2

33

xx

xx

II

dxudNf

(6. 139)

Logo

0

0

3

2II

II

II ff

f (6. 140)

Ou

0000

IIf (6. 141)

iii) ELEMENTO III:

IIIIIIIII hhhxhh (6. 142)

Onde:

Page 175: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

175

IIIhxN 12 (6. 143)

e

IIIhxN 3 (6. 144)

4443

3433~

0000

00000000

kkkk

K III (6. 145)

Onde

)43,31(1

033

3333

MmldxNN

dxdN

dxdNK (6. 146)

E

)44,31(1

043

4334

MmldxNN

dxdN

dxdNK (6. 147)

E

)43,41(1

034

3443

MmldxNN

dxdN

dxdNK (6. 148)

E

)44,41(1

044

4444

MmldxNN

dxdN

dxdNK (6. 149)

Ou seja,

Page 176: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

176

31

6100

61

3100

00000000

~III

III

III

III

III

III

III

IIIIII

hh

hh

hh

hhK (6. 150)

A formação dos elementos do vetor ~IIIf é dado por:

4

3

33

xx

xx

III

dxudNf

(6. 151)

E

4

3

44

xx

xx

III

dxudNf

(6. 152)

logo

III

IIIIII

ff

f

4

3

:0

(6. 153)

Ou

4

3

4

3

4

3

00

xx

xx

xx

xxIII

dxudN

dxudNf (6. 154)

iv) MONTAGEM DA MATRIZ GLOBAL

Page 177: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

177

O vetor ~f global é definido como:

1

0

x

xl dx

udNf , ou seja:

III

IIIII

III

I

l

fff

fff

f

4

33

22

1

(6. 155)

logo

1

0

~

)/00

)/

x

x

dxud

dxud

f (6. 156)

Agrupando as matrizes ~~~

,, IIIIII KKK dos elementos para formar a matriz

global, encontra-se o seguinte sistema de equações:

1

0

4

3

2

1

00

31

6100

61

312

610

06

16

126

1

006

13

1

x

x

dxdu

dxud

uuuu

hh

hh

hh

hh

hh

hh

hh

hh

hh

hh

(6. 157)

V) RESOLUÇÃO DO SISTEMA DE EQUAÇÕES

Os valores de 1u e 2u são iguais aos valores prescritos. Portanto, são valores

conhecidos e as linhas 1 e 4 podem ser removidas. Remova somentes essas linhas, não

remova as colunas, e utilize o sistema regular de equações que ficar. Substituindo-se os

valores conhecidos 01 u e 14 u nas outras equações, o sistema de equações se reduz a:

Page 178: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

178

61

312

31

06

13

12

32

32

hh

uhh

uhh

uhh

uhh (6. 158)

Substituindo-se h = 1/3, obtém-se:

1853

956

1853

01853

956

32

32

uu

uu (6. 159)

Resolvendo o sistema, encontra-se os seguintes valores:

609750,0288546,0

3

2

uu

(6. 160)

Das equações remanescentes, obtém-se os valores de 0xdx

ud e

1xdxud

315711,13

16

1

849609,06

1

431

20

uhh

uhhdx

du

uhhdx

ud

x

x (6. 161)

6.5.2 – Exemplo satisfazendo condições de contorno naturais

Dada a seguinte equação diferencial

0)(2

2

udx

xud (6. 162)

Definida em [0 ; 1] se as condições de contorno forem:

Page 179: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

179

1

0

1

0

x

x

dxdu

u (6. 163)

Solução:

A sentença de resíduos ponderados é:

0

dwdw ll (6. 164)

Onde

01

02

2

dxud

udx

ud

(6. 165)

Logo, a sentença básica de resíduos ponderados é escrita como (já admitindo que

a condição de contorno essencial seja atendida diretamente)

011

1

02

2

xll dx

udwdxudx

udw (6. 166)

Efetuando-se a integração por partes, chega-se a forma fraca da sentença de resíduos

ponderados, cuja forma fraca é:

011

1

0

1

0

xl

xl

x

xll

l wdxudw

dxudwdxuw

dxud

dxdw (6. 167)

Precisamos agora eliminar 1xdx

ud da seguinte forma:

Se 11 xlxl ww , a equação (6. 167) é escrita como:

010

1

0

xlx

lll w

dxudwdxuw

dxud

dxdw (6. 168)

Page 180: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

180

Se ll Nw e a discretização é mantida, a matriz ~K é a mesma. O vetor

~f global é definido como:

1

0

x

xl dx

udNf , ou seja:

III

IIIII

III

I

l

fff

fff

f

4

33

22

1

(6. 169)

O sistema final de equações é:

100.

0

4

3

2

1

~

xdxud

uuuu

K (6. 170)

Adotando-se o Método de Galerkin e a mesma discretização, a mesma matriz K é

obtida, e o sistema de equações é:

100

31

6100

61

312

610

06

16

126

1

006

13

1

0

4

3

2

1xdx

ud

uuuu

hh

hh

hh

hh

hh

hh

hh

hh

hh

hh

(6. 171)

Como 01 u é o valor conhecido, a primeira equação pode ser eliminada do

sistema. Substituindo 1u pelo seu valor nas outras equações, o sistema de equações se reduz

a:

Page 181: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

181

100

31

610

61

312

61

06

13

12

4

3

2

uuu

hh

hh

hh

hh

hh

hh

hh

(6. 172)

Substituindo-se h = 1/3, obtém-se:

100

928

18530

1353

956

1853

01853

956

4

3

2

uuu

(6. 173)

Resolvendo o sistema:

760045,0463444,0219309,0

4

3

2

uuu

(6. 174)

O valor de 0xdx

ud pode ser determinado:

645743,0

645743,01353

61

0

220

x

x

dxdu

uuhhdx

ud

(6. 175)

6.5.3 – Exemplo satisfazendo condições de contorno essenciais:

Dada a a seguinte equação diferencial:

Page 182: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

182

044)(2

2

xydx

xyd, (6. 176)

definida em [0 ; 1] e com condições de contorno essenciais:

y(x = 0) = 0

y(x = 1) = 1 (6. 177)

Resolver pelo Método dos Elementos Finitos.

Solução:

A sentença de resíduos ponderados é:

0

dwl (6. 178)

Onde

0442

2

xydx

yd (6. 179)

A forma fraca da sentença de resíduos ponderados é:

0441

0

1

0

x

xlll

l

dxdywdxxwyw

dxdw

dxdy (6. 180)

Um conjunto de (M + 1) pontos é escolhido no intervalo (domínio) [0 ; 1] e uma

aproximação do tipo:

1

1

M

mmm Nyyy (6. 181)

é adotada, onde ym é o valor da aproximação no nó m (Nm = 1 em m). Assim, as condições de

contorno essenciais são atendidas diretamente, especificando-se os valores nodais apropriados

e = 0. De forma análoga ao exemplo anterior, os valores conhecidos só serão introduzidos

na etapa de resolução do sistema de equações e, dessa maneira, todos os valores, u1, u2, ....,

uM+1 são considerados incógnitas do problema.

Adotando-se o Método de Galerkin, wl = Nl, 1,1 Mml e a equação (6.

38) é reescrita como:

Page 183: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

183

0441

0

1

0

1

1

1

1

x

xllm

M

mml

mM

mm

l

dxydNdxxNNyN

dxdNy

dxdN (6. 182)

Para )1,1( Mml . Matricialmente temos:

~~~fyK (6. 183)

Onde os elementos da matriz ~K são dados por:

)1,1(41

0

MmldxNN

dxdN

dxdNK ml

mllm (6. 184)

E os elementos do vetor ~f :

041

0

1

0

xdxNdxydNf l

x

xll (6. 185)

Divindindo-se o domínio em três subdomínios, temos:

Figura - 6. 7. Intervalo de aplicação do Método de Galerkin

Vamos agora calcular as funções de interpolação local para o elemento e:

eeii h

NN 1 (6. 186)

eejj h

NN (6. 187)

Onde

Page 184: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

184

eij

ei hxxxhxx 0;; (6. 188)

Para o:

i) ELEMENTO I:

hx 0 (6. 189)

Onde:

hxN 11 (6. 190)

e

hxN 2 (6. 191)

A formação dos elementos do vetor ~If é dado por:

64

14

4

2

1

01

0111

2

1

2

1

2

1

hdxudN

xdxhx

dxudN

xdxNdxudNf

xx

xx

hxx

xx

hxx

xx

I

(6. 192)

E

34

4

4

3

1

02

0222

2

1

2

1

2

1

hdxudN

xdxhx

dxudN

xdxNdxudNf

xx

xx

hxx

xx

hxx

xx

I

(6. 193)

Logo

Page 185: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

185

002

1I

I

Iff

f (6. 194)

Ou

00

34

64

3

1

2

1

2

1

2

1

hdxudN

hdxudN

fxx

xx

xx

xx

I (6. 195)

ii) ELEMENTO II:

hxh 2 (6. 196)

Onde:

hxN

hhxN

hxxNN i

2

)(1

)(1

2

2

22

(6. 197)

e

hhxNN j

3 (6. 198)

A formação dos elementos do vetor ~IIf é dado por:

Page 186: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

186

38

24

4

2

2

2

2

2

222

3

2

3

2

3

2

hdxudN

xdxhx

dxudN

xdxNdxudNf

xx

xx

h

h

xx

xx

h

h

xx

xx

II

(6. 199)

E

620

14

4

2

3

2

03

2

333

3

2

3

2

3

2

hdxudN

xdxhx

dxudN

xdxNdxudNf

xx

xx

hxx

xx

h

h

xx

xx

II

(6. 200)

Logo

0

0

3

2II

II

II ff

f (6. 201)

Ou

06

20

38

0

2

2

3

3

3

2

3

2

hdxudN

hdxudN

f xx

xx

xx

xxII (6. 202)

iii) ELEMENTO III:

Page 187: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

187

132 hxh (6. 203)

Onde:

hxN

hhxN

hxxNN i

3

)2(1

)(1

3

3

33

(6. 204)

e

hhxNN j

24

(6. 205)

A formação dos elementos do vetor ~IIIf é dado por:

628

34

4

2

3

3

23

3

2333

4

3

4

3

4

3

hdxudN

xdxhx

dxudN

xdxNdxudNf

xx

xx

h

h

xx

xx

h

h

xx

xx

III

(6. 206)

E

316

24

4

2

4

3

24

3

2344

4

3

4

3

4

3

hdxudN

xdxhx

dxudN

xdxNdxudNf

xx

xx

h

h

xx

xx

h

h

xx

xx

III

(6. 207)

Logo

Page 188: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

188

III

IIIIII

ff

f

4

3

00

(6. 208)

Ou

316

628

00

3

4

2

3

4

3

4

3

hdxudN

hdxudNf

xx

xx

xx

xxIII (6. 209)

Cujas contribuições são:

342

6

400

34

67

65

32

3

6

400

2

2

2

2

1

0

2

22

22

2

1

0

4

33

22

1

hh

h

h

dxdy

dxyd

h

hh

hh

h

dxdy

dxyd

fff

fff

x

x

x

x

III

IIIII

III

I

(6. 210)

iv) MONTAGEM DA MATRIZ GLOBAL

O vetor ~f global é definido como:

1

0

1

0~4 xdxN

dxudNf l

x

xl , ou seja:

III

IIIII

III

I

l

fff

fff

f

4

33

22

1

(6. 211)

Page 189: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

189

logo

13

24

14

2 3

243

0

2

32

1

01

01

~

44

44

44

44

h

hx

h

h

h

h

h h

h

x

xdxNdxudN

xdxNxdxN

xdxNxdxN

xdxNdxudN

f (6. 212)

Agrupando as matrizes ~~~

,, IIIIII KKK dos elementos para formar a matriz

global, encontra-se:

342

6

400

341

32100

321

3412

3210

03

213

4123

21

003

213

41

2

2

2

2

1

0

4

3

2

1

hh

h

h

dxdy

dxyd

yyyy

hh

hh

hh

hh

hh

hh

hh

hh

hh

hh

x

x (6. 213)

V) RESOLUÇÃO DO SISTEMA DE EQUAÇÕES

Os valores de 1y e 2y são iguais aos valores prescritos. Portanto, são valores

conhecidos e as linhas 1 e 4 podem ser removidas. Remova somentes essas linhas, não

remova as colunas, e utilize o sistema regular de equações que ficar. Substituindo-se os

valores conhecidos 01 y e 14 y nas outras equações, o sistema de equações se reduz a:

232

232

83

4123

21

43

213

412

hyhh

yhh

hyhh

yhh

(6. 214)

Substituindo-se h = 1/3, obtém-se:

Page 190: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

190

98

962

925

94

925

962

32

32

yy

yy (6. 215)

Resolvendo, encontra-se:

181515,0139174,0

3

2

yy

(6. 216)

Page 191: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

191

6. 6 – Enfoque Variacional

Dado um problema descrito por um funcional, isto é, que permite uma formulação

variacional a ser desenvolvido pelo MEF.

B

A

x

x

FdI (6. 217)

Se as incógnitas nos pontos nodais correspondem a uma função u que torna estacionário

(extremiza) o funcional e atende às condições de contorno essenciais do problema, pode-se

admitir que o valor do funcional em todo o domínio do problema, F(u), será igual à soma dos

valores dos funcionais calculados em cada elemento, isto é:

)(1

uFFM

e

e

(6. 218)

onde M é o número de elementos finitos nos quais o domínio original foi discretizado. Logo

M

e

eII1

(6. 219)

onde

dxuFIj

i

x

xk

ee )( (6. 220)

Admite-se que, para um elemento genérico e, a função u passa a ser descrito

como:

ek

r

k

ee

ku

1

(6. 221)

Onde ek são parâmetros ajustáveis ou não conhecidos (incógnitas) e e

k são funções de

forma conhecidas, escolhidas de maneira semelhante à do método de Rayleigh-Ritz. Em

notação matricial temos:

~~Au (6. 222)

Onde

Page 192: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

192

ere

eeA ...21~ (6. 223)

E

e

e

e

re

:

2

1

~ (6. 224)

Substituindo a expressão (6. 221) em (6. 218), obtém-se o funcional aproximado:

eek

M

e

e rkFF ,...3,2,1)(1

(6. 225)

e, agora, as únicas incógnitas são os parâmetros ek .

Note que os parâmetros ek diferem de elemento a elemento, as funções e

k

também podem diferir de elemento a elemento embora, em geral as funções ek adotadas

sejam as mesmas.

Aplicando a condição de ponto estacionário (ou condição de extremização) ao

funcional aproximado F , pode-se escrever:

0F (6. 226)

0)(1

ek

M

e

eFF (6. 227)

Ou ainda

01 1

ek

M

e

r

kek

ee FF

(6. 228)

Como as variações ek são arbitrárias, a expressão (6. 228) se reduz a:

eek

e

kMeF ,....2,1

,...,2,10 (6. 229)

Page 193: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

193

A expressão (6. 229) representa um sistema de equações cuja solução fornece os

valores dos parâmetros ek , a partir dos quais, com o emprego de (6. 221), o valor da

incógnita u pode ser calculado em qualquer ponto do elemento.

A expressão (6. 229) representa um esquema de solução que pode ser denominado

Rayleigh-Ritz localizado (ou local). No método dos elementos finitos, no lugar dos parâmetros ek , as incógnitas são os valores da função u nos pontos nodais da malha de elementos finitos

( i

n

iiu

1

). Partindo da expressão (6. 222) aplicada aos ne nós de um elemento qualquer;

pode-se escrever:

~~

~~22

~~11

:

ee nn Au

Au

Au

(6. 230)

Onde ui é o valor de u no nó i do elemento e, Ai representa a matriz ~A com as funções de

forma calculados de acordo com a posição do nó i, isto é, correspondentes às coordenadas do

nó i. De maneira compacta,

~~~CU e (6. 231)

Onde

en

e

u

uu

U:2

1

~ (6. 232)

É o vetor dos valores nodais (incógnitas) de u no elemento e. A matriz

Page 194: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

194

enA

AA

C

~

2~

1~

~ : (6. 233)

é uma matriz com as funções de forma que estão calculas para as posições (coordenadas)

correspondentes aos pontos nodais.

Se as funções de forma são selecionadas de maneira adequada e se o número de

nós do elemento é igual ao número de parâmetros, ou seja, se

ee rn (6. 234)

A matriz ~C será quadrada e regular. Portanto, de (6. 231), pode-se escrever:

eUC~

1

~~

(6. 235)

Substituindo (6. 235) em (6. 222) temos:

ee UNUCAAu~~~

1

~~~ (6. 236)

Onde

1

~~~

CAN (6. 237)

Assim, os parâmetros ek são eliminados e o valor da variável, u, em qualquer

ponto de um elemento, pode ser calculado em função dos valores nodais (ainda desconhecidos

ou incógnitas).

Para evitar a inversão da matriz ~C é importante obter a matriz N diretamente. Se

N é determinada conveniente, então, considerar que:

en

kk

ek

e uUNu1~~ (6. 238)

As funções de forma em (6. 238) se referem a valores nodais de u e não de parâmetros ek

Adotando uma variação linear, pode-se escrever, para cada elemento:

Page 195: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

195

j

ikkjiku

]1[ . (6. 239)

Onde

kk xx . (6. 240)

Figura - 6. 8.

Aplicando aos pontos nodais i e j, temos:

ejij

ii

hu

u

. (6. 241)

Ou

~~~CU e (6. 242)

logo

~~~ 101

Chu

uU

j

ie

j

ie

(6. 243)

Invertendo a expressão (6. 265) anterior, obtém-se:

j

ie

ej

i

uuh

h 1101

(6. 244)

Combinando-se as expressões (6. 262) com (6. 266), tem-se:

Page 196: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

196

j

ie

eee uuh

hu

11011 (6. 245)

Ou

jee

iee

j

ie

eee u

hu

huu

xhh

u

1)(1 (6. 246)

Ou ainda

jeji

eie uNuNu (6. 247)

Onde

eee

j

eee

i

hN

hN

1 hx 0 (6. 248)

A derivada primeira de eu é:

j

ej

i

eie u

dxdN

udx

dNdxud

(6. 249)

E

dxdx

uu

hhu

dxdx

hu

dxdx

hdxud e

j

ieej

eei

ee

e 1111111

(6. 250)

Ou

~

,

~~~

Tx

Teex

e NUUNdxud

(6. 251)

onde

~

,x

eji N

dxdN

(6. 252)

Para o cálculo do funcional deve-se calcular 2)/( dxdue :

Page 197: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

197

ex

T

x

Tee UNNUdxud

~~~

,

~

2

(6. 253)

e ue2,

eTTee UNNUu

~~~

,

~

2 (6. 254)

Substituindo (6. 238) em (6. 218), tem-se um funcional aproximado, I , que é

função somente dos valores nodais ue.

Onde o funcional de um elemento é:

dxuFII

dFFdI

M

e

x

xk

eM

e

e

x

xe

M

e

ex

x

j

i

j

i

B

A

11

1

)(

(6. 255)

A condição de ponto estacionário será dada por:

0)(1 11

ek

M

e

r

kek

eM

ek

ee FuFF

(6. 256)

A expressão (6. 256) representa um sistema de equações cuja solução fornece os

valores nodais uk. Conhecidos os valores nodais, o valor de u, em qualquer ponto de qualquer

elemento, é determinado. Ou seja, da condição de ponto estacionário temos:

dxuFII

dFFdI

M

e

x

xk

eM

e

e

x

xe

M

e

ex

x

j

i

j

i

B

A

11

1

)(

(6. 257)

Page 198: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

198

Como o domínio foi dividido em três subdomínios, pode-se escrever:

321 IIII (6. 258)

E, portanto,

321 IIII (6. 259)

Page 199: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

199

6. 7 – Exemplos e Aplicações

6.7.1 – Exemplo satisfazendo condições de contorno essenciais:

Dado o funcional

l

dxudx

udI1

0

22

2

2

221 . (6. 260)

Obter uma solução aproximada que atenda às condições de contorno essenciais:

1,010 xx uu . (6. 261)

Dividir o intervalo (domínio) [0 ; 1] em três sub-intervalos (subdomínios) de mesmo

comprimento.

Solução

O primeiro passo consiste em escolher qual a variação de u em cada elemento.

Adotando uma variação linear, pode-se escrever, para cada elemento:

2

121 ]1[

xxu . (6. 262)

Figura - 6. 9.

Page 200: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

200

Aplicando aos pontos nodais i e j, temos:

huu

j

i

21

1

. (6. 263)

Ou

~~~CU e (6. 264)

logo

~~2

1

~ 101

Chu

uU

j

ie

(6. 265)

Invertendo a expressão (6. 265) anterior, obtém-se:

j

i

uuh

h 1101

2

1

(6. 266)

Combinando-se as expressões (6. 262) com (6. 266), tem-se:

j

i

uuh

hxu

11011 (6. 267)

Ou

jij

i uhxu

hx

uu

xxhh

u

1)(1 (6. 268)

Ou ainda

jjii uNuNu (6. 269)

Onde

hxN

hxN

j

i 1 hx 0 (6. 270)

A derivada primeira de u é:

Page 201: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

201

jj

ii u

dxdN

udx

dNdxud

(6. 271)

E

j

iji u

uhh

uh

uhdx

ud 1111 (6. 272)

Ou

~

,

~~~

Tx

Teex NUUN

dxud

(6. 273)

onde

~

,x

ji Ndx

dN (6. 274)

Para o cálculo do funcional deve-se calcular 2)/( dxdu :

ex

T

x

Te UNNUdxud

~~~

,

~

2

(6. 275)

e u2,

eTTe UNNUu~~~

,

~

2 (6. 276)

Onde o funcional de um elemento é:

dxUNNUUNNUIj

i

x

x

eTTeex

Tx

Tee

~~~

,

~~~~

,

~21 (6. 277)

Da condição de ponto estacionário

dxUNNUUNNUIj

i

x

x

eTTeex

Tx

Tee

~~~

,

~~~~

,

~21 (6. 278)

Page 202: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

202

Como o domínio foi dividido em três subdomínios, pode-se escrever:

321 IIII (6. 279)

E, portanto,

321 IIII (6. 280)

Vejamos isto de forma prática a partir da equação (6. 271). Particularizando a

notação em termos do exemplo, temos:

huu

uh

uhdx

ud ijji

11 (6. 281)

E

222

21jjii uuuu

hdxud

(6. 282)

Se

ji uhxu

hxu

1 (6. 283)

então

22

22

2 121 jjii uhxuu

hx

hxu

hxu

(6. 284)

E

dxuhxuu

hx

hxu

hx

huuuu

Ih

jjiiijij

0

22

22

2

22

121)2(

21

(6. 285)

Page 203: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

203

dxuhxuu

hx

hxu

hx

hxx

huuuu

Ih

jjiiijij

0

22

2

22

2

21

02

22

22121)2(

21

(6. 286)

2

02

3

02

322

2

3222

3322

322

21

2)2(

j

h

ji

h

i

h

o

ijij uhxuu

hx

hxu

hx

hxx

huuuu

I

(6. 287)

2222

362

321)2(

21

jjiiijij uhuuhuhuuuuh

I (6. 288)

Então as condições são:

033

221)22(

21

jijii

uhuhuuhu

I (6. 289)

033

221)22(

21

jijij

uhuhuuhu

I (6. 290)

03

16

1

06

13

1

ji

ji

uhh

uhh

uhh

uhh (6. 291)

Na forma matricial temos:

00

31

61

61

31

j

i

uu

hh

hh

hh

hh (6. 292)

onde

Page 204: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

204

4

3

~

3

3

2

~

2

2

1

~

1 ;;uu

Uuu

Uuu

U (6. 293)

Considerando que o elemento 1 é limitado pelos nós 1 e 2, correspondentes a x = 0 e x = h,

pode-se escrever:

0~

1

~

1 UK (6. 294)

ou

00

31

61

61

31

2

1

uu

hh

hh

hh

hh (6. 295)

Para o elemento 2, limitado pelos nós 2 e 3, correspondentes e x = h e x = 2h.

Assim:

0~

2

~

2 UK (6. 296)

ou

00

31

61

61

31

2

1

uu

hh

hh

hh

hh (6. 297)

Para o elemento 3, limitado pelos nós 3 e 4, correspondentes e x = 2h e x = 3h.

Assim:

0~

3

~

3 UK (6. 298)

Page 205: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

205

ou

00

31

61

61

31

4

3

uu

hh

hh

hh

hh (6. 299)

Observe que:

3

~~

2

~

1 KKK (6. 300)

Agrupando as matrizes

0000

31

6100

61

312

610

06

16

126

1

006

13

1

4

3

2

1

uuuu

hh

hh

hh

hh

hh

hh

hh

hh

hh

hh

(6. 301)

Como u1 = 0 e u4 = 1, o sistema se reduz à:

61

312

61

06

13

12

32

32

hh

uhh

uhh

uhh

uhh (6. 302)

Substituindo h = 1/3 obtém-se:

609750,0288546,0

3

2

uu

(6. 303)

A solução analítica é:

1)(

eeeexu

xx

. (6. 304)

e

Page 206: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

206

610243,0)3/2(288921,0)3/1(

xuxu

. (6. 305)

Page 207: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

207

6. 8 – Um Caso Especial de Elementos Finitos

Seja a sentença de resíduos ponderados de caráter global (onde as funções de

aproximação são válidas em e em ):

0

dwdw ll . (6. 306)

Para o caso onde os erros cometidos são dados por:

No domínio:

L (u ) – b (6. 307)

E no contorno:

S (u ) – g (6. 308)

Sendo:

1

1

M

mmm Nuu (6. 309)

no domínio:

L(

1

1

M

mmmNu ) – b em (6. 310)

e no contorno:

S(

1

1

M

mmmNu ) - g em (6. 311)

Como L e S são operadores lineares temos:

no domínio:

1

1

M

mmu L(Nm) – b em (6. 312)

e no contorno:

1

1

M

mmu S(Nm) - g em (6. 313)

Page 208: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

208

Se o domínio é dividido em E subdomínios, e, tais que:

E

ee

1 (6. 314)

E se, em correspondência a divisão do domínio, o contorno, , é dividido em B partes, b tais

que:

B

bb

1 . (6. 315)

A sentença de resíduos ponderados de caráter global é substituída por:

011

blb

B

bele

E

edwdw

b

e b

e

(6. 316)

onde as funções de aproximação são definidas localmente, sendo válidas somente para e e b

não mais para e . Logo, a sentença de resíduos ponderados local é dada por:

0 bleele dwdwb

e b

e

(6. 317)

Portanto, temos:

1

1

M

mmu

e L (Nm) - b em e (6. 318)

e no contorno

1

1

M

mmu

e S(Nm) = g em b (6. 319)

A sentença de resíduos ponderados global fica:

E

e

M

mmle uw

e 1

1

1[

L (Nm) – b]de = 0 (6. 320)

A sentença de resíduos ponderados local fica:

1

1[

M

mmle uw

e

L (Nm) – b]de = 0 (6. 321)

Page 209: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

209

6.8.1 – Método da Colocação por Subdomínios Modificado

Se a função de ponderação wl for a função Delta de Dirac temos:

0)()(11

bl

B

bel

E

edxxdxx

b

e b

e

(6. 322)

Temos:

l

blb

b

l

ee

e

xx

B

bb

B

bl

xx

E

eel

E

e

dxx

dxx

11

11

)(

)(

. (6. 323)

Logo, a sentença de resíduos ponderados fica:

E

e

M

mmu

elel1

1

1[ L

lxxmN )( -b]+

B

b

M

mmu

1

1

1[ S

lxxmN )( -g]= 0 (6. 324)

Para o caso do operador L dado pela seguinte equação diferencial:

0)(2

2

udx

xud (6. 325)

Definida em [0 ; 1] e com condições de contorno naturais dado pelo operador S, temos:

01

2

2

1

1

1

ll

elelxx

mB

bxxm

mE

e

M

mm g

dxdNN

dxNdu

(6. 326)

Para este caso precisamos definir derivadas de ordem superiores contínuas, isto nos leva a

definir funções de interpolação para elementos finitos quadráticos. Ou se preferir, utilizamos

elementos lineares, porém, é necessário utilizar a Formulação Fraca dos Resíduos

Ponderados.

Page 210: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

210

6.8.2 – Formulação Fraca do Método dos Resíduos Ponderados para os Elementos Finitos

Page 211: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

211

6.8.3 - Funções de Interpolação Local Quadráticas

Na sentença básica de resíduos ponderados aparecem derivadas de ordem dois,

consequentemente, é necessário que as funções de aproximação possuam derivadas de ordem

um contínuas. Neste caso, devemos utilizar elementos quadráticos para as funções de

interpolação.

Adotando uma variação quadrática, pode-se escrever, para cada elemento:

2ekejieu . (6. 327)

Ou matricialmente

j

j

i

eeeu

]1[ 2 . (6. 328)

Onde

ee xx . (6. 329)

Figura - 6. 10. Elemento Finito Quadrático entre três pontos

Aplicando aos pontos nodais i e j, temos:

2ek

ejik

ejij

ii

hhu

hu

u

. (6. 330)

Onde matricialmente temos:

Page 212: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

212

~~~CU e (6. 331)

ou

~~2~1

01001

Chh

hu

uu

U

k

j

i

ee

e

k

j

ie

. (6. 332)

Invertendo a expressão (6. 265) anterior, obtém-se:

k

j

i

ee

ee

e

ek

j

i

u

uu

hhhh

h

h 0000

1 22

3

3

. (6. 333)

Combinando-se as expressões (6. 262) com (6. 266), tem-se:

k

j

i

ee

ee

e

eeee

u

uu

hhhh

h

hu

0000

1]1[22

3

32 (6. 334)

Ou

k

j

i

ee

ee

ee

ee

e

u

uu

hhhhu ]1[ 2

2

2

2 (6. 335)

Logo

kee

jee

ee

iee uh

uhh

uu 2

2

2

2

)()1( (6. 336)

Ou ainda

kekj

eji

eie uNuNuNu (6. 337)

Onde

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213

2

2

2

2

1

eee

k

ee

eee

j

eei

hN

hhN

N

ehx 0 (6. 338)

A derivada primeira de eu é:

k

ek

j

ej

i

eie u

dxdNu

dxdN

udx

dNdxud

(6. 339)

E

dxd

u

uu

hhhdxud

udx

d

hu

dxd

hhu

dxd

dxud

e

k

j

i

ee

ee

ee

ke

ee

je

ee

eiee

22

22

2211

221

(6. 340)

Ou matricialmente

~

,

~~~

Tx

Teex

e NUUNdxud

(6. 341)

onde

~

,x

eji N

dxdN

(6. 342)

Na formação do sistema de equações (6. 42), as contribuições de um elemento

típico e, associado aos nós i e j, quando se adota uma aproximação local quadrática, podem

ser calculados de uma maneira geral, levando em conta a equação (6. 38) e (6. 43). Onde

eij

eii hxxxhxx 0;; (6. 343)

Para o elemento e:

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214

ieeii xxNN 11 ehx 0 (6. 344)

e

2

2

2

2 )()(e

ie

iee

eee

jjh

xxh

xx

hhNN

ehx 0 (6. 345)

e

2

2

2

2 )(e

ieee

kkh

xx

hNN

ehx 0 (6. 346)

Cujas derivadas são:

dxd

dxdN ei

(6. 347)

e

dxdx

h

xxhdx

d

hhdxdN

dxdN i

ei

ee

ee

e

eij 1)(2121

22

(6. 348)

e

dxdx

h

xxdx

d

hdxdN

dxdN i

eie

ee

ekk 1)(22

22

(6. 349)

E as derivadas segundas são:

2

2

2

2

2

2

2

2

dxxd

dxd

dxNd

dxNd ie

eii

(6. 350)

e

2

2

2

2

22

2

2

2

22

2

2

2 212212dx

xd

h

xhdx

dx

hdxd

hhdxd

hdx

Nd

dx

Nd i

e

ie

i

e

e

e

ee

e

e

ejj

(6. 351)

e

2

22

22

22

22

2

2

2

)(2121221dx

xdxx

dxdx

hdxd

dxd

hdxNd

dxNd i

ii

e

ee

e

e

ekk

(6. 352)

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215

Observe que para um único elemento finito, temos:

xxxh ije

e (6. 353)

E neste caso:

xNN eii 1 ehx 0 (6. 354)

e

2

2

eeejj

h

xhxNN ehx 0 (6. 355)

e

2

2

eekk

h

xNN ehx 0 (6. 356)

E as derivadas primeiras são:

1dx

dNdx

dN eii (6. 357)

e

2

21ee

eij

h

xhdx

dNdx

dN (6. 358)

e

2222

ee

ee

ekk

h

xdx

d

hdxdN

dxdN

(6. 359)

E as derivadas segundas são:

02

2

2

2

2

2

2

2

dx

xddx

ddx

Nddx

Nd eeii (6. 360)

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216

22

2

2

2

22

2

2

2

22

2

2

2 2212212eeee

e

e

ee

e

e

ejj

hdxxd

h

xhdx

dx

hdxd

hhdxd

hdx

Nd

dx

Nd

(6. 361)

e

2

2

22

22

22

2

2

2 20221221ee

ee

ee

ekk

hx

dxdx

hdxd

dxd

hdxNd

dxNd

(6. 362)

e

Figura - 6. 11. Estruturação unidimensional dos Elementos Finitos Quadráticos.

Do ponto de vista global, as únicas funções de aproximação não nulas do

elemento e são as funções Ni e Nj; consequentemente, Nl = 0 se il ou se jl . De

maneira geral, Nl = 0 se l ao elemento e.

6.8.4 – Método das Diferenças Finitas

A sentença de resíduos ponderados global é dada por:

0

dwl (6. 363)

Para um domínio discretizado em E elementos temos:

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217

01

e

e ele

E

edw

(6. 364)

Logo, a sentença de resíduos ponderados local é dada por:

0e

e ele dw

(6. 365)

Para o caso onde

e L (u )-b (6. 366)

e

1

1

M

mmm Nuu (6. 367)

Onde

1

1

M

mmu L (Nm) - b = 0 (6. 368)

A sentença de resíduos ponderados global fica:

e

lew

[

1

11

M

mm

E

eu L (Nm) – b]de = 0 (6. 369)

A sentença de resíduos ponderados local fica:

1

1[

M

mmle uw

e

L (Nm) - b]de = 0 (6. 370)

Se a função de ponderação wl for a função Delta de Dirac a sentença de resíduos

ponderados loca fica:

0)( el

e

e el dxx

(6. 371)

ou

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218

)( lxxe

[

1

1

M

mmu L (Nm) - b]

1

1

M

lle ud L (Nl) - b = 0 (6. 372)

A sentença global fica:

E

eel

E

eele

e

dxx11

)(

(6. 373)

Ou

)(1

l

E

exx

e

[

1

1

M

mmu L (Nm) – b]

1

1

M

lle ud L (Nl) - b= 0 (6. 374)

Logo a sentença de resíduos ponderados fica:

1

111

M

ll

E

e

E

eu

ell L (Nl) – b= 0 (6. 375)

Para o caso do operador L dado pela seguinte equação diferencial:

0)(2

2

udx

xud (6. 376)

Definida em [0 ; 1] e com condições de contorno naturais dado pelo operador S, temos:

02

2

1

1

1

l

elxx

mm

E

e

M

mm N

dxNdu (6. 377)

Escrevendo para um elemento e genérico temos:

02

21

1

l

elxx

em

em

M

mm N

dxNdu (6. 378)

Substituindo de (6. 344) a (6. 346) e de (6. 250) a (6. 252) em (6. 326) temos:

0)(1222

1

1

lxxe

le

M

mm

h

xx

hu (6. 379)

E

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219

02

222

2 122

12

ll

eell

euu

hh

uu

h (6. 380)

logo

022

)(2

)(2

11

lellll u

h

uuuu (6. 381)

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220

6. 9 – Exercícios e Problemas

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221

Capítulo – VII

MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO

RESUMO

Neste capítulo será visto a origem do Método dos Elementos de Contorno. Este

método se apresenta como uma alternativa ao Método dos Elementos Finitos.

7. 1 - Objetivos do capítulo

i) Entender a origem do Método dos Elementos de Contorno

ii) Saber aplicar o Método dos Elementos de Contorno nas suas mais diferentes

formas

iii) Resolver problemas de equações diferenciais pertinentes ao método.

7. 2 - Introdução

Este método foi a principio chamado de Método das Equações Integrais. Mas para

distingui-lo dos outros métodos que envolviam também equações integrais, ele foi finalmente

chamado de Método dos Elementos de Contorno.

O Método dos Elementos de Contorno (MEC) tem sido estabelecido como um

método numérico alternativo ao Método dos Elementos Finitos (MEF). Isto se deve a sua

simplicidade e redução na dimensionalidade do problema. Por exemplo, um problema

bidimensional se reduz somente a linha unidimensional de contorno do domínio necessário a

ser discretizado dentro dos elementos e, um problema tridimensional se reduz a uma

superfície do domínio que necessita ser discretizado. Isto significa que, comparado à analise

de um domínio tipo MEF, uma análise de contorno resulta em uma substancial redução na

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222

preparação dos dados e, um sistema algébrico de equações muito menor a ser resolvido

numericamente.

7. 3 – Precursores do Método de Elementos de Contorno

O Método dos Elementos de Contorno teve como precursores matemáticos para o

seu desenvolvimento os seguintes Métodos mostrados na Figura - 7. 1. Junto com esses

métodos, o Método de Green, é utilizado no desenvolvimento matemático do Método dos

Elementos de Contorno, como uma formulação básica necessária para a solução da equação

integral do problema singular equivalente na variável, w, a qual é a função de ponderação.

Ou seja, a Função de Green do operador diferencial do problema original, é a função de

ponderação, w, conforme veremos no desenvolvimento a seguir:

Figura - 7. 1. Resumo da Evolução dos Métodos Aproximados baseados nos Resíduos Ponderados

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223

7.3.1 – Método das Funções de Green

Seja a equação diferencial linear não homogênea, válida para todo x, na qual não

são impostas condições de contorno.

L )()]([ xfxu (7. 1)

onde L é um operador linear com coeficientes constantes.

Quando o termo f(x) é substituído por )'( xx , função delta de Dirac, na qual

x’ é um parâmetro, a equação (7. 1) é reescrita como:

L )'()]',([ xxxxG (7. 2)

A função )',( xxG , solução da equação (7. 2), chama-se Função de Green para o

operador L e representa o efeito, em x, devido a uma função delta de Dirac que atua em x’, (o

ponto x é chamado de campo e o ponto x’ é chamado de fonte).

Para resolver (7. 1) com o auxílio de (7. 2) os termos à esquerda e à direita em (7.

2) são inicialmente multiplicados por f(x’), em seguida efetua-se a integração no domínio

'x . Assim:

L )(')'()'(')'()]',([ xfdxxfxxdxxfxxG

(7. 3)

Trocando, em (7. 3), a ordem do operador diferencial e do sinal de integração, obtém-se:

L )(')'()'(')'()]',([ xfdxxfxxdxxfxxG

(7. 4)

Comparando-se as equações (7. 4) e (7. 1), conclui-se que a solução da equação

(7. 1) pode ser escrita como:

')'()]',([)( dxxfxxGxu

(7. 5)

No Método dos Elementos de Contorno as Funções de Green são as Funções de

Ponderação.

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224

7.3.2 – Integração por Partes em duas dimensões

Seja a integral

dxdyx

dx yx

(7. 6)

Conforme mostra a Figura - 7. 2, onde ),( yx e ),( yx ;

Figura - 7. 2. Integral por partes em duas dimensões em relação a x.

Integrando por partes em relação a x:

vx

dv

dxx

duu

;

; (7. 7)

Logo

dxdyx

dydxdyx xy

y

yxxxx

xy

T

BED

(7. 8)

Para x = xD, tem-se:

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225

Considerando um elemento de contorno, d , quando x = xD, tem-se:

x

x

nddyddyn

cos

cos (7. 9)

Onde nx é o cosseno diretor da normal ~n ao contorno, , em relação ao eixo x.

~~~jninn yx (7. 10)

Assim, o primeiro termo à direita em (7. 8) pode ser interpretado como uma

integral, no sentido anti-horário, ao longo do contorno, . Portanto,

dx

dndx x (7. 11)

Para x = xE, tem-se:

Da mesma maneira, considerando um elemento de contorno, d , quando x = xE,

tem-se:

x

x

nddyddyn

cos

coscos (7. 12)

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226

Figura - 7. 3. Integral por partes em duas dimensões em relação a y.

Analogamente, o segundo termo à direita em (7. 8) pode ser interpretado como

uma integral, no sentido horário, ao longo de . Portanto,

dy

dndy y (7. 13)

As integrais (7. 11) e (7. 13) serão utilizadas no desenvolvimento do Método dos

Elementos de Contorno, a seguir. Unindo (7. 11) com (7. 13) obtemos a primeira identidade

de Green.

dyx

dnndyx yx )( (7. 14)

Ou simplesmente:

dnd )( (7. 15)

Utilizando esses precursores matemáticos podemos a partir de agora elaborar o

desenvolvimento matemático do Método dos Elementos de Contorno.

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227

7. 4 – Definição Matemática e Desenvolvimento do Método

Considere a Equação de Poisson em duas dimensões:

02

2

2

2

b

yu

xu em (7. 16)

Com as condições de contorno:

Essenciais uemuu ˆ (7. 17)

e

Naturais qemqnuq ˆ

(7. 18)

Onde

quU (7. 19)

e ~n é a normal ao contorno, dirigida para fora do contorno.

Sendo u uma solução aproximada do problema, que não atende as condições de

contorno, três tipos de resíduos, ou erros, são gerados:

a) em

02

2

2

2

byu

xu

(7. 20)

b) em u

0ˆ uuu

(7. 21)

c) em q

qqnu

nu

q (7. 22)

os quais devem ser ponderados

A sentença básica de resíduos ponderados é escrita como:

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228

0)ˆ()ˆ()( 2

dwqqdwuuwdbuqu

(7. 23)

onde o Laplaciano 2 é dado por:

2

2

2

22

yu

xuu

(7. 24)

As funções de ponderação www e,, podem ser escolhidas convenientemente,

de maneira a simplificar o problema.

Integrando por partes, a integral que contém o Laplaciano em (7. 23), obtém-se:

)()()( 2

2

2

22

dyw

yu

xw

xuwdn

yun

xuwd

yu

xuuwd yx

(7. 25)

Onde

qnnun

yun

xu

yx

(7. 26)

Integrando novamente por partes, a integral de domínio à direita em (7. 25), tem-se:

duyw

xwdun

ywn

xwd

yw

yu

xw

xu

yx )()()( 2

2

2

2 (7. 27)

Onde

(7. 28)

Substituindo, agora, (7. 27) em (7. 25) temos:

duwdnwuwdqwdu 22 (7. 29)

Substituindo agora, (7. 28) em (7. 24) temos:

u q

dwqqdwuudnwuwdqwdbduw )ˆ()ˆ(2

(7. 30)

Observando agora que quU , pode-se escrever:

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229

u q

wdqwdqwdq

(7. 31)

dnwud

nwud

nwu

qu

(7. 32)

Substituindo (7. 31) e (7. 32) em (7. 30) temos:

0ˆˆ

2

dwqdwqdwudwudnwu

dnwuwdqwdqwdbduw

qqu uq

uqu (7. 33)

A expressão (7. 33) pode ser simplificada fazendo ww e, anulando-se

respectivamente as integrais em q que contém os valores aproximados q , e nww

,

anulando-se as integrais em u que contém os valores aproximados u . A expressão

resultante é denominada Formulação Inversa de Resíduos Ponderados.

wdqdwqdnwud

nwuwdbduw

uqqu

ˆˆ2 (7. 34)

Ou, simplificando as expressões para as integrais de contorno:

wdqdnwuwdbduw

2 (7. 35)

Nas integrais de contorno em (7. 35), deve-se substituir u por u em u na

primeira integral e q por q , na segunda integral.

OBS:

1) Sabendo-se que ww e que nww

, a sentença básica de resíduos ponderados,

equação (7. 24), pode ser escrita como:

2) De (7. 25) e (7. 35) pode-se escrever a forma fraca da sentença de resíduos ponderados

como:

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230

uq

u

dnwuuwdqq

wdbdyw

yu

xw

xuwdq

)ˆ()( (7. 36)

Considerando que:

qu

wdqwdqwdq

(7. 37)

A expressão (7. 36) pode ser escrita como:

wdbdnwuuwdqwdqd

yw

yu

xw

xu

uquu

)ˆ(ˆ

(7. 38)

Como alguns termos se anulam temos:

wdbdnwuwdqd

yw

yu

xw

xu

uqu

ˆ (7. 39)

Nós havíamos visto que:

wdqdnwuwdbduw

2 (7. 40)

No Método dos Elementos de Contorno, a função de ponderação, w é solução do

problema singular-equivalente, isto é, ela é a Função de Green do operador diferencial.

Para a equação de Poisson, a função de Green para o operador, 2

2

2

22

yx

representada por ),(* Xu , é a solução do problema, ou seja,

)(),(*2 XXu (7. 41)

O ponto X é denominado ponto campo, e, o ponto é denominado ponto fonte.

Assim, ),(* Xu , denominada, solução fundamental, pode ser interpretada como o efeito,

no ponto campo, de uma fonte concentrada aplicada no ponto fonte.

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231

Em duas dimensões, X é o ponto de coordenadas (x, y) = (x1, x2) e é o ponto de

coordenadas (x, y) = (1, 2). A expressão para u* é:

rXu ln21),(*

(7. 42)

Onde r é a distância entre e X.

Em três dimensões, X é o ponto de coordenadas (x, y, z) = (x1, x2, x3) e é o ponto

de coordenadas (x, y, z) = (1, 2, 3). A expressão u* é:

rXu

41),(* (7. 43)

Conhecida a solução fundamental, a sua derivada em relação à direção da normal

ao contorno é calculada como:

),(*),(* Xn

uXq

(7. 44)

Ou

nrX

ruXq

),(*),(* (7. 45)

As expressões de ),(* Xq , em três e em duas dimensões, são:

)3(4

1),(* 2 Dnr

rXq

(7. 46)

e

)2(21),(* D

nr

rXq

(7. 47)

Onde, em (7. 46)

zyx nzrn

yrn

xr

nr

(7. 48)

E em (7. 47)

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232

yx nyrn

xr

nr

(7. 49)

Utilizando a notação do método dos elementos de contorno, a equação (7. 35) pode ser

reescrita fazendo,

qquu

(7. 50)

Como:

)()(),(*)()(),(*

)()(),(*)()(),(*2

XdXqXuXdXuXq

XdXbXuXdXuXu

(7. 51)

Em (7. 51), )()( xuxu e )()( Xqxq

Como )(),(*2 XXu , a primeira integral de domínio à esquerda de

(7. 51) se reduz a:

)()()()()()(),(*2

uXdXuXXdXuXu (7. 52)

Da substituição de (7. 52) em (7. 51) resulta a equação integral de contorno:

;)()(),(*

)()(),(*)()(),(*)(

XdXbXu

XdXuXqXdXqXuu (7. 53)

Lembrando que:

qq

q

uu

u U

ˆˆ

(7. 54)

Onde:

)(?);(ˆ)(?;)(ˆ

incógnitauprescritoqqincógnitaqprescritouu

q

u

(7. 55)

Vejamos o exemplo:

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233

Figura - 7. 4. Exemplo de um domínio, , com raio, r, e ponto fonte, , e contorno = u U q.

Embora a equação integral de contorno represente a solução do problema para

pontos, , pertencentes ao domínio, , ela não pode ser utilizada enquanto os valores de q(X)

em u e de u(X) em q não forem conhecidos. Para resolver esse problema, torna-se

necessário encontrar uma expressão limite da equação, na qual o ponto . Para a obtenção

da expressão limite, que torna possível a solução do problema, o ponto é levado até o

contorno e, ai, exclui-se do domínio uma esfera de raio e centro em (caso 3D) ou um

círculo (ou setor circular) de raio e centro em (caso 2D). Em seguida, calcula-se o limite

quando 0.

Figura - 7. 5. Solução geométrica para o problema do ponto fonte, , o qual é transferido do interior do domínio para o contorno.

OBS:

1) Se , é o domínio excluído, em - , tem-se, 0),(*2 Xu pois )(

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234

2) As integrais de contorno devem ser avaliadas em )( , onde representa o

contorno que foi excluído, e em , que representa o contorno da esfera ou do setor círcular.

A equação , quando , é escrita como:

0*****lim0

bduqduqduudqudq (7. 56)

As integrais em podem ser calculadas como (note que r = = constante, d =

d).

1)

0..ln21lim*lim

000

dqqdu (7. 57)

2)

2)().1(

21)(lim

*)()]()([*lim*lim

00

00

udu

dquduxuqudq

(7. 58)

O termo /2 é designado por C(); Assim

)()(121

)(0

)(

internopontodomíniodepontose

suavecontornoése

aexternopontoése

C

(7. 59)

As integrais em )( devem ser avaliados no sentido de Valor Principal de

Cauchy. A integral em ( - ) não requer nenhum trabalho especial.

A equação integral básica do método dos elementos de contorno, )( é

escrita como:

)()(),(*)()(),(*)()(),(*)()('

XdXbXuXdXuXqXdXqXuuC

(7. 60)

Page 235: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

235

Esta é a Equação de Laplace na formulação integral, da qual a equação () pode ser

considerada um caso particular.

7.4.1 - Valor Principal de Cauchy

Definição: Integrais de funções que se tornam infinitas em um ponto do intervalo

de integração; são integrais impróprias:

Dada a integral imprópria:

b

a

dxxfI )( (7. 61)

que apresenta uma assintota vertical (uma descontinuidade infinita) em x = c, a < b < c, então

I pode ser calculada como:

b

c

c

a

dxxfdxxfI

)(lim)(lim

00 (7. 62)

Se dois limites existem a integral converge, ou é chamada convergente. Se por

outro lado:

b

c

c

a

dxxf

dxxf

)(lim

)(lim

0

0 (7. 63)

Então a integral diverge, ou é chamada não-convergente (divergente).

Fazendo-se = a integral imprópria não convergente (divergente) pode existir

no sentido de Valor Principal de Cauchy, possuindo um valor finito.

b

c

c

a

b

a

dxxfdxxfdxxfVP

)()(lim)(:

0 (7. 64)

Embora

c

a

dxxf )(lim0

(7. 65)

e/ou

Page 236: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

236

b

c

dxxf

)(lim

0 (7. 66)

Por exemplo, se

f(x) = 1/x (7. 67)

Então x = 0 é uma assimptota vertical da curva é a integral:

1

1

1 dxx

I (7. 68)

deve ser avaliada como:

]1[1

1lim)1()(1

1lim

1lim

1lim

1lim1lim

1

0

11

0

11

01

1

0

1

01

0

xx

dxx

dxx

I

(7. 69)

Se 1 , então 01 k e a integral imprópria converge, pois:

0lim0)(lim00

kk e

(7. 70)

Se 31)(;3x

xf

20

2

0

20

2

0

1lim)(lim

1lim)(lim

e

a integral é divergente (7. 71)

Calculando o Valor Principal de Cauchy

]1)1()[(lim1

11: 111

0

1

1

dxx

VP (7. 72)

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237

Quando = 3

]1)1()[(lim31

11 313131

0

1

13

dxx

(7. 73)

]1)1()[(lim211 222

0

1

13

dxx

(7. 74)

ou

0]11[211

0]111)(

1[lim211

1

13

220

1

13

dxx

dxx

(7. 75)

7.4.2 – Solução Numérica da Equação de Laplace

Para a solução numérica da equação integral (7. 60) associada a equação de

Laplace, a equação é reescrita para um número finito de pontos selecionados. Essas

equações particularizadas são obtidas utilizando o Método da Colocação no qual a equação

(7. 60), com b(x) = 0 é ponderada ao longo do contorno ’(). Utiliza-se, portanto, como

função de ponderação o Delta de Dirac )( 0 onde 0 corresponde à posição

selecionada. Pode-se escrever (admitindo b(x) = 0):

)(')()()(),(*

)(')()()(),(*)(')()()(

0'

' '00

dXdTXqXu

dXdTXqXuduC

.

(7. 76)

Invertendo a ordem da integração:

)()(')()(),(*

)()(')()(),(*)(')()()(

'0

'0

'0

dXdXuXq

XddXqXuduC

(7. 77)

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238

.

Aplicando a propriedade da função Delta de Dirac, a equação (7. 77) é escrita

como:

)()(),(*)()(),(*)()( 0000 XdXuXqXdXqXuuC (7. 78)

O domínio deve ficar sempre a esquerda do sentido do percurso do contorno, de

tal forma que o vetor normal à superfície de contorno seja dirigido para fora do contorno,

conforme mostra a Figura - 7. 6

Figura - 7. 6. Aplicação da propriedade da função delta de Dirac sobre o ponto fonte , sobre o contorno.

7. 5 – Discretização do Contorno

Para a obtenção de um sistema de equações algébricas a partir de (7. 78), cuja

solução forneça os valores de q(X) em u e de u(X) em q, o contorno é aproximado ou

discretizado por elementos de geometria conhecida, denominada elementos de contorno.

Os tipos mais comuns são os lineares e os quadráticos. Na aproximação linear os

elementos são segmentos de reta, definidos por dois nós geométricos. Na discretização (ou

aproximação) quadrática os elementos são parabólicos e, são necessários definir três nós

geométricos.

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239

Figura - 7. 7. Discretização linear do contorno de um domínio, .

Pode-se utilizar, para representar a variação de u(X) e de q(X), funções de forma

(ou de interpolação) em cada elemento, que pode ser constante linear ou quadrática,

dependendo do número de nós funcionais. Os nós funcionais são os nós onde os valores de

u(X) e de q(X) são conhecidos ou prescritos. Assim, no caso de elemento constante, há

somente um nó funcional, situado no meio do elemento. No caso do elemento constante ou

linear, a situação mais comum ocorre quando os dois nós funcionais coincidem com os nós

geométricos. Quando a discretização for linear, no caso do elemento quadrático, os nós

funcionais também coincidem com os nós geométricos da discretização quadrática.

Por exemplo:

Figura - 7. 8. Tipos de elementos de contorno, linear ou parabólico e tipos de nós, geométricos e funcionais, onde os nós funcionais podem ou não coincidir com os nós geométricos.

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240

Figura - 7. 9. Esquematização de nós para o problema de uma barra engastada.

7.5.1 - Elemento Constante – Discretização Linear

Para um elemento constante e uma discretização linear temos o exemplo da Figura

- 7. 10.

Figura - 7. 10.

FIF

II

FI

F uuXu)()(

)()()(

(7. 79)

e

FIF

II

FI

F qqXq)()(

)()()(

(7. 80)

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241

7.5.2 - Elemento Linear – Discretização Linear

Para um elemento linear e uma discretização linear temos o exemploda Figura - 7.

11.

Figura - 7. 11.

Figura - 7. 12. Discrretização do contorno, .

Se o contorno é discretizado (aproimado) em n elementos constantes, a versão

discretizada da equação (7. 78), para um ponto fonte, i , i = 1, 2, 3,...n (situado no meio de

cada elemento) é escrita como:

jj

n

jij

n

jjiii dquduquC

j

11

** (7. 81)

Onde

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242

jjiii

jiiii XXqqxqquu

XuuxuuCC

)(),(**)(

)(),(**)( (7. 82)

Como uj e qi são constantes j pode-se escrever:

jjiiii qdudqu ** (7. 83)

E

jjijji udqduq ** (7. 84)

Por exemplo, para 8 elementos temos:

82828218188828218188

81821211181821211111

.......:

.......

qgqgqguhuhuhuC

qgqgqguhuhuhuC

(7. 85)

Como o contorno é suave em cada elemento, temos:

niCC ii ,...,2,1;21)( (7. 86)

Figura - 7. 13. Cálculo do coeficiente C(i) para um ângulo qualquer.

Onde

21__/__

2)( CpC

(7. 87)

Substituindo (7. 83), (7. 84) (7. 86) em (7. 81) temos:

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243

jj

n

jijj

n

jii qduudqu

j

11

**21 (7. 88)

Fazendo

jiijjiij dugedqhjj

**ˆ (7. 89)

A equação (7. 88) é escrita como:

j

n

jijj

n

jiji qguhu

11

ˆ21 (7. 90)

Agrupando as n equações (7. 90) escrita para 1,2,...n, obtém-se um sistema do

tipo:

~~~~qGuH (7. 91)

No qual os elementos da matriz ~H são defindos como:

)sin(21ˆ

)sin(ˆ

gularelementojiseh

gularnãoelementojisehh

ij

ij

ij (7. 92)

De forma geral temos:

~~~

1

2

2

1

1

2

2

1

1

11

12

12

11

2

21

22

22

21

2

12

22

22

12

1

11

21

21

11

1

2

2

1

1

2

2

1

1

11

12

12

11

2

21

22

22

21

2

12

22

22

12

1

11

21

21

11

ˆˆ

:ˆˆ

:::

..

..

..

..

..

..

::ˆ

::::

..

..

..

..

..

..

::

qGuH

qqq

qq

ggg

gg

ggg

gg

ggg

gg

ggg

gg

ggg

gg

uuu

uu

hhh

hh

hhh

hh

hhh

hh

hhh

hh

hhh

hh

n

n

n

nn

nn

nn

n

n

nn

nn

nn

n

n

nn

nn

nn

n

n

n

n

n

n

n

n

n

n

n

nn

nn

nn

n

n

nn

nn

nn

n

n

nn

nn

nn

n

n

n

n

n

n

n

n

(7. 93)

Um exemplo para 6 elementos a matriz se reduz a:

Page 244: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

244

~~~

6

5

4

3

2

1

66

56

46

36

26

16

65

55

45

35

25

15

64

54

44

34

24

14

63

53

43

33

23

13

62

52

42

32

22

12

61

51

41

31

21

11

6

5

4

3

2

1

66

56

46

36

26

16

65

55

45

35

25

15

64

54

44

34

24

14

63

53

43

33

23

13

62

52

42

32

22

12

61

51

41

31

21

11

ˆˆ

ˆˆ

ˆˆ

qGuH

qqqqqq

gggggg

gggggg

gggggg

gggggg

gggggg

gggggg

uuuuuu

hhhhhh

hhhhhh

hhhhhh

hhhhhh

hhhhhh

hhhhhh

(7. 94)

Após a imposição das condições de contorno, obtém-se um sistema do tipo:

~~~fyA (7. 95)

é obtido, no qual a matriz ~A é constituída pelas colunas de

~H e

~G associados aos valores

incógnitas de u e q, agora armazenados nos vetores ~y , e

~f é o vetor que contém as

contribuições de contorno, ~A , intercâmbiando os valores conhecidos da matriz, com os sinais

trocados, conforme mostra o esquema abaixo:

~~~

6

5

4

3

2

1

66

56

46

36

26

16

65

55

45

35

25

15

64

54

44

34

24

14

63

53

43

33

23

13

62

52

42

32

22

12

61

51

41

31

21

11

6

5

4

3

2

1

66

56

46

36

26

16

65

55

45

35

25

15

64

54

44

34

24

14

63

53

43

33

23

13

62

52

42

32

22

12

61

51

41

31

21

11

ˆˆˆˆˆˆ

fyA

qquuqq

gggggg

gggggg

hhhhhh

hhhhhh

gggggg

gggggg

uuqquu

hhhhhh

hhhhhh

gggggg

gggggg

hhhhhh

hhhhhh

(7. 96)

Os valores de q conhecidos (ou prescritos) qq ˆ pelos valores de q a ser

calculados (ou não prescritos) q = q.

Os valores de u conhecidos (ou prescritos) uu ˆ pelos valores de u a ser

calculados (ou não prescritos) u = u.

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245

7. 6 – Exemplos e Aplicações

1) Resolva a equação :

2

2 0u ux

com as seguuintes condições : û(0) = 0 , û(1) = 1. Solução: A solução fundamental do problema é a solução da equação :

2 *

*2 ( )u u x

x

é igual a * ( )

2senh xu

Da equação:

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246

*2 * * *

3 2 * * * ** * *

2 3 03 0 30

( )

* * * *3 0 3 0

**

*

* *

( )

( )2

c o s h ( ) (2

x xx x x

x

x x x x

d uu u d b u d u d pu dd n

d u d u d u d uu u d x u u u p u p ud n d n d nd x

u u p u p p u p u

d upd n

xs e n h xu

d u d u d x xd n d x d n

*

* *

*

1)

( )2

c o s h ( ) c o s h ( )( 1)2 2

c o s h2

c o s h (3 0 ) c o s h (0 0 ) (3 0 ) ( 0 0 )( 0 ) (3 ) . ( 0 ) . (3 ) (3 ) . (0 ) .2 2 2 2

c o s h (3 3 ) c o s h (3 0 ) (3 3 )(3 ) (3 ) . (0 ) . (3 ) (3 ) .2 2 2

xs e n h xu

d u d u d x x xd n d x d n

xp

s e n h s e n hu u u p u p

s e n hu u u p u

3 3

3 3

3 3

*

* *

*

(3 0 )( 0 ) .2

c o s h 3 30 1 . ( 0 ) . (3 )2 2

1 31 1 . ( 0 ) . ( 0 )2 2

c o s h 3(3 )3

1 2(0 )3

( )2

c o s h ( ) c o s h ( ).( 1)2 2

c o s h2

c o s h (3( ) (3 ) .

o

o

s e n hp

s e n hu p

s e n hu p

e eps e n h e e

ps e n h e e

xs e n h xu

d u d u d x x xd n d x d n

xp

u x u

) c o s h ( 0 ) (3 ) ( 0 )

(0 ) . (3 ) (3 ) . (0 ) .2 2 2 2

( )c o s h (3 3 ) c o s h 3 (3 3 ) 1( ) 1 . . .2 3 2 3 2

c o s h ( ) c o s h . c o s h .( ) . c o s h c o s h .

c o s h 3 . c o s h( )

o o o o

oo

o

x x s e n h x s e n h xu p u p

s e n h xs e n hu xs e n h s e n h

A B A B s e n h A s e n h Bs e n h A B s e n h A B A s e n h B

xu x

2

2 2

c o s h 3 3 . c o s h c o s h 3 ( )c o s h 3 1. .2 3 2 3 2

c o s h 3 .1 3( ) . c o s h 3 . c o s h c o s h 3 . c o s h 3 . c o s h2 3

. c o s h 31( ) .2

o o o o o

oo o o o

o

o

o

s e n h x s e n h x s e n h x s e n h xs e n h s e n h

s e n h x s e n hu x x s e n h x xs e n h s e n h x

s e n h x s e n h

u x

1

3 3

3

3 3

o o

ox x

o

s e n h xs e n h x e e

s e n h s e n h e e

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247

Capítulo – VIII

MÉTODO DOS VOLUMES FINITOS

RESUMO

Neste capítulo será visto a origem do Método dos Volumes Finitos. Este método

se apresenta como uma alternativa ao Método dos Elementos Finitos.

8. 1 - Objetivos do capítulo

i) Entender a origem do Método dos Volumes Finitos

ii) Saber aplicar o Método dos Volumes Finitos nas suas mais diferentes formas

iii) Resolver problemas de equações diferenciais pertinentes ao método.

8. 2 – Introdução

O Método dos Volumes Finitos é uma extensão para o volume do Método dos

Elementos Finitos

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248

8. 3 – Definição Matemática e Desenvolvimento do Método

(8. 1)

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249

8. 4 – Exemplos e Aplicações

Page 250: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

250

8. 5 – Exercícios e Problemas

Page 251: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

251

Apêndices A. 1 – Conceitos de Engenharia

A.1.1 - Problema de uma Viga

Considere uma viga apoiada e deflexionada sob seu próprio peso conforme mostra

a Figura - A. 1.

Figura - A. 1. Viga bi-apoiada sujeita a deformação pelo seu próprio peso.

Onde q(x) é a força peso, distribuída por unidade de comprimento e w(x) é a componente

vertical (altura) da deflexão, da viga em função da posição horizontal, x.

A equação do Momento Cortante, Q, que atua sobre a viga para acondição de

equilíbrio, é dado por:

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252

0 qdxdQ (A. 1)

A relação entre o Força Cortante, Q, e o Momento Fletor, M é dada por:

dxdMQ (A. 2)

A equação do Momento Fletor que atua sobre a viga é dado por:

02

2

qdx

Md (A. 3)

Como o Momento Fletor é dado pela deflexão w(x), temos:

2

2 )(dx

xwdEIM (A. 4)

onde E: é o módulo de Elasticidade; I : o momento de Inércia da secção transversal da viga;

Logo,

0)(4

4

EIq

dxxwd (A. 5)

Esta equação também pode ser obtida do calculo variacional da equação da

energia potencial total do sistema, dada por:

l

p dxqwdx

wdEII0

2

2

2

2. (A. 6)

onde2

2

2

2

dxwdEI : é a Energia Potencial de Deformação; qw(x): é a Energia Potencial da

carga Atuante; quando aplicada sobre o funcional (A. 6) a equação de Euler Lagrange, da

seguinte forma:

Seja F dado por:

qwdx

wdEIwwxFF

2

2

2

2)'',,( (A. 7)

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253

Pelo Principio da Energia Potencial mínima, a configuração de equilíbrio

corresponde à extremização do funcional.

Da equação de Euler-Lagrange:

0'''''' 2

2

3

3

wF

wF

dxd

wF

dxd

wF

dxd (A. 8)

como

0'

0'''3

3

wF

dxde

wF

dxd (A. 9)

Temos:

0''2

2

wF

wF

dxd (A. 10)

Logo

'';'''' 2

2

2

2

EIwwF

dxEIwd

wF

dxd

(A. 11)

e

qwFe

dxwdEI

wF

dxd

4

4

2

2

'' (A. 12)

Então substituindo em (4. 115) temos:

EIq

dxwd4

4

(A. 13)

A equação diferencial da linha elástica.

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254

A. 2 – Movimento transverso de uma membrana retangular sob velocidade inicial prescrita

Este apêndice trata da obtenção das expressões matemáticas para representar o

movimento transverso de uma membrana retangular analisada na secção – 3.8. Os

deslocamentos são nulos sobre o contorno e a velocidade inicial 0v é prescrito sobre uma área

retangular 0A , mostrado na

Figura - A. 2. .

A solução analítica para este problema específico foi derivado usando expressões gerais dadas

na referencia { }.

O delocamento transverso 1 2, ,u x x t em qualquer ponto dentro do domínio

definido pela memebrana e as trações 2, ,p a x t em qualquer ponto sobre a linha 1x a pode

ser calculada a partir de:

0 1 21 2 3

1 1

2 1, , sen sen mnm n mn

v m x n xu x x t Gmnv a b

(A. 14)

e

0 22 2

1 1

2 1, , cos sen mnm n mn

v n xp a x t m Ga nv b

(A. 15)

onde

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255

2 1 2 1cos cos cos cos sen 2mn mnn b n b m a m aG v t

b b a a

(A. 16)

E as freqüências naturais mnv são dadas por:

2 2

2mnc m nv

a b

(A. 17)

No caso da memebrana analisada no capítulo 3, , ' '5aa b a b

as séries de

expressões (A. 14) e (A. 15) foram calculadas com oito e cem termos respectivamente.

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256

A. 3 – Implementações para o Método das Diferenças Finitas usando a Planilha do EXCEL – Microsoft, com código de cores nas células

A.2.1 – Sub VerCorPre

Descrição da Macro Subrotina e Linhas de Comando ' Sub VerCorPre()

' VerCorPre Macro ' Macro gravada em 2/5/2006 por Orlando Olympio Lenzi Filho ' ' Atalho do teclado: Ctrl+v ' ' Mostrando numero das cores ' Colocando valores nos elementos da matriz preenchendo por linha cor = 1 For nlin = 1 To 6 For ncol = 1 To 10 Cells(nlin, ncol) = cor cor = cor + 1 Next ncol Next nlin ' Colocando cor no preenchimento da célula de acordo com o valor For nlin = 1 To 6 For ncol = 1 To 10 Cells(nlin, ncol).Select With Selection.Interior If Cells(nlin, ncol).Value > 56 Then cor = 56 Else cor = Cells(nlin, ncol).Value End If .ColorIndex = cor .Pattern = xlSolid .PatternColorIndex = xlAutomatic End With Next ncol Next nlin End Sub

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257

A.2.2 - SubMultcorpad

'Descrição da Macro Subrotina e Linhas de Comando Sub multcorpad()

' multcor Macro ' Macro gravada em 2/5/2006 por Orlando Olympio Lenzi Filho ' ' Atalho do teclado: Ctrl+m ' ' As colunas [A,J] e as linhas [1,15] serão tratatadas como uma matriz (15,10) ' As letras [A,B,C,D....,J] das colunas assumem os valores [1,2,3,4,...,10] ' Então as células terão as seguintes associações: ' Célula-Índice Célula-Índice Célula-Índice Célula-Índice ' (3,A)- (3,1) (7,D)- (7,4) (10,I)-(10,9) (6,G)- (6,6) ' (15,J)-(15,10) (9,B)- (9,2) (3,C)- (3,3) (13,H)-(13,8) ' Colocando valores nos elementos da matriz preenchendo por coluna For ncol = 1 To 10 For nlin = 1 To 15 Cells(nlin, ncol) = ncol + nlin Next nlin Next ncol ' Colocando cor no preenchimento da célula de acordo com o valor ' Os valores de 3 a 24 terão cores associadas ao próprio valor ' O valor 2 e os valores maiores que 24 terão a cor 30 For nlin = 1 To 15 For ncol = 1 To 10 Cells(nlin, ncol).Select If Cells(nlin, ncol).Value = 2 Then With Selection.Interior .ColorIndex = Cells(nlin, ncol).Value .Pattern = xlLightVertical .PatternColorIndex = xlAutomatic End With End If If Cells(nlin, ncol).Value > 2 And Cells(nlin, ncol).Value <= 5 Then With Selection.Interior .ColorIndex = Cells(nlin, ncol).Value .Pattern = xlGray8 .PatternColorIndex = xlAutomatic End With End If If Cells(nlin, ncol).Value > 5 And Cells(nlin, ncol).Value <= 7 Then With Selection.Interior .ColorIndex = Cells(nlin, ncol).Value .Pattern = xlHorizontal .PatternColorIndex = xlAutomatic

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258

End With End If If Cells(nlin, ncol).Value > 7 And Cells(nlin, ncol).Value <= 16 Then With Selection.Interior .ColorIndex = Cells(nlin, ncol).Value .Pattern = xlLightHorizontal .PatternColorIndex = xlAutomatic End With End If If Cells(nlin, ncol).Value > 16 And Cells(nlin, ncol).Value <= 20 Then With Selection.Interior .ColorIndex = Cells(nlin, ncol).Value .Pattern = xlVertical .PatternColorIndex = xlAutomatic End With End If If Cells(nlin, ncol).Value > 20 Then With Selection.Interior .ColorIndex = Cells(nlin, ncol).Value .Pattern = xlGray75 .PatternColorIndex = xlAutomatic End With End If Next ncol Next nlin End Sub

A.2.3 - Sub multcor

Descrição da Macro Subrotina e Linhas de Comando 'Sub multcor()

' multcor Macro ' Macro gravada em 2/5/2006 por Orlando Olympio Lenzi Filho ' ' Atalho do teclado: Ctrl+m ' ' As colunas [A,J] e as linhas [1,15] serão tratatadas como uma matriz (15,10) ' As letras [A,B,C,D....,J] das colunas assumem os valores [1,2,3,4,...,10] ' Então as células terão as seguintes associações: ' Célula-Índice Célula-Índice Célula-Índice Célula-Índice ' (3,A)- (3,1) (7,D)- (7,4) (10,I)-(10,9) (6,G)- (6,6) ' (15,J)-(15,10) (9,B)- (9,2) (3,C)- (3,3) (13,H)-(13,8) ' Colocando valores nos elementos da matriz preenchendo por coluna For ncol = 1 To 10 For nlin = 1 To 15

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259

Cells(nlin, ncol) = ncol + nlin Next nlin Next ncol ' Colocando cor no preenchimento da célula de acordo com o valor ' Os valores de 3 a 24 terão cores associadas ao próprio valor ' O valor 2 e os valores maiores que 24 terão a cor 30 For nlin = 1 To 15 For ncol = 1 To 10 Cells(nlin, ncol).Select If Cells(nlin, ncol).Value < 22 And Cells(nlin, ncol).Value > 2 Then With Selection.Interior .ColorIndex = Cells(nlin, ncol).Value .Pattern = xlSolid .PatternColorIndex = xlAutomatic End With Else With Selection.Interior .ColorIndex = 30 .Pattern = xlSolid .PatternColorIndex = xlAutomatic End With End If Next ncol Next nlin End Sub

'

A.2. 4 - Sub geradora

Descrição da Macro Subrotina e Linhas de Comando Sub geradora()

' geradora Macro ' Macro gravada em 2/5/2006 por Orlando Olympio Lenzi Filho ' ' Atalho do teclado: Ctrl+g numlin = InputBox("Digite o número de linhas do seu espaço", "DEFININDO O ESPAÇO") numcol = InputBox("Digite o número de colunas do seu espaço", "DEFININDO O ESPAÇO") amplif = InputBox("Digite o valor da amplificação", "DEFININDO O ESPAÇO") Cells(31, 14).Value = Cells(1, 1).Value * amplif ' Cells(32, 1).Value = numlin ' Cells(32, 2).Value = numcol For valor = 1 To 10 Cells(1, 1).Value = valor valmax = Cells(1, 1).Value valmin = Cells(1, 1).Value For nlin = 1 To numlin For ncol = 1 To numcol If Cells(nlin, ncol).Value < valmin Then

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260

valmin = Cells(nlin, ncol).Value End If If Cells(nlin, ncol).Value > valmax Then valmax = Cells(nlin, ncol).Value End If increm = (valmax - valmin) / 50 + 0.00001 ' Cells(32, 3).Value = valmax ' Cells(32, 4).Value = valmin ' Cells(32, 5).Value = increm Next ncol Next nlin For nlin = 1 To numlin For ncol = 1 To numcol Cells(nlin, ncol).Select interv = Abs(Int((valmax - Cells(nlin, ncol).Value) / increm)) + 3 If Cells(nlin, ncol).Value <> 0 Then With Selection.Interior .ColorIndex = interv .Pattern = xlSolid .PatternColorIndex = xlAutomatic End With Else With Selection.Interior .ColorIndex = 2 .Pattern = xlSolid .PatternColorIndex = xlAutomatic End With End If Next ncol Next nlin Next valor End Sub

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261

A. 4 – Implementação Numérica em FORTRAN do Método de Diferenças Finitas para a solução do Problema da Barra Engastada

Arquivo de entrada

101 (número de pontos na corda em que foram calculados os valores de u) 2000 (número de intervalos de tempo) 1 (valor da constante c) 0.005 (Δt) 0.01 (Δx) Considerou-se que a barra possui 1 metro.

Programa Fonte PROGRAM MDF_ONDA_1D

USE PORTLIB REAL, ALLOCATABLE, DIMENSION (:,:)::U INTEGER i,j,N,M,VER REAL c, DELTA_T, DELTA_X,ALFA !************************************************************************ ! Programa para resolver o problema: d2u/dx2=(1/c2)*(d2u/dt2) ! u(t,0)=0 du(t,L)/dx=1 u(0,x)=0 du(0,x)/dt=0 ! U(j,i) --> matriz contendo os valores de U no tempo j e na posição i ! j=1 corresponde ao instante inicial (t=0) ! O cálculo de U(j,i) para j=2 envolve o valor de U em um tempo fora do domínio (t<0) ! i=1 corresponde a posição inicial (x=0) ! O cálculo de U(j,i) para i=N (x=L) envolve o valor de U em um ponto fora do domínio (N+1) !************************************************************************ OPEN(10, file="entrada.txt") READ(10,*) N READ(10,*) M READ(10,*) c READ(10,*) DELTA_T READ(10,*) DELTA_X CLOSE(10) ALLOCATE(U(M,N)) OPEN(20, file="du(t,0)_dx.txt") OPEN(25, file="u(t,0.5L).txt") OPEN(30, file="u(t,L).txt") !Laço para impor condicao de contorno U(t,1)=0.0, ou seja, para qualquer tempo na posicao x=0 !(i=1), U=0 DO j=1,3 U(j,1)=0.0 END DO !Laço para impor condicao inicial U(1,i)=0.0, ou seja, em t=0 (j=1), U=0 para

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262

qualquer posicao. DO i=1,N U(1,i)=0.0 END DO !Definindo uma constante ALFA=(c*c*DELTA_T*DELTA_T)/(DELTA_X*DELTA_X) !Laço para calcular os deslocamentos quando j=2.Surgem aqui os valores de u em um tempo fora !do domínio. DO i=2,N IF(i==N) THEN U(2,i)=ALFA/2.0*(2*DELTA_X+2*U(1,i-1)-2*U(1,i))+U(1,i) ELSE U(2,i)=ALFA/2.0*(U(1,i+1)-2*U(1,i)+U(1,i-1))+U(1,i) END IF END DO !Laço para calcular os deslocamentos em diferentes pontos da corda em diferentes instantes de !tempo !j começa em 3 porque j=1 (t=0) e j=2 (t=1) já foram calculados. DO j=3,M DO i=2,N IF(i==N)THEN U(3,i)=ALFA*(2*DELTA_X+2*U(2,i-1)-2*U(2,i))+2*U(2,i)-U(1,i) ELSE U(3,i)=ALFA*(U(2,i+1)-2*U(2,i)+U(2,i-1))+2*U(2,i)-U(1,i) END IF END DO !Laço para salvar em arquivo os deslocamentos dos pontos que serão plotados e para passar !os valores de U(2,i) para U(1,i) e de U(3,i) para U(2,i) DO i=1,N IF (i = =1) WRITE(20,10) (j-2)*DELTA_T,(U(1,i+1)-U(1,i))/DELTA_X IF (i = =(N-1)/2) WRITE(25,10) (j-2)*DELTA_T,U(1,i) IF (i = =N) WRITE(30,10) (j-2)*DELTA_T,U(1,i) U(1,i)=U(2,i) U(2,i)=U(3,i) END DO END DO 10 FORMAT (F6.2,F6.2) CLOSE(20) CLOSE(25) CLOSE(30) !Comandos para chamar o gnuplot e fazer os gráficos VER=SYSTEM("Wgnuplot comandos1.txt") VER=SYSTEM("Wgnuplot comandos2.txt") VER=SYSTEM("Wgnuplot comandos3.txt") END PROGRAM MDF_ONDA_1D

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263

A.3.1 - Arquivos de comandos do Gnuplot

comandos1.txt comandos2.txt comandos3.txt set xlabel "tempo" set ylabel "du/dx" set title "du(t,0)_dx X t" set grid set data style linespoints set pointsize 0.2 plot "du(t,0)_dx.txt"

set xlabel "tempo" set ylabel "deslocamento" set title "u(t,0.5L) X t" set grid set data style linespoints set pointsize 0.2 plot "u(t,0.5L).txt"

set xlabel "tempo" set ylabel "deslocamento" set title "u(t,L) X t" set grid set data style linespoints set pointsize 0.2 plot "u(t,L).txt"

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264

A. 5 – Solução Analítica das oscilações em uma Membrana Retangular

A.4.1 - Movimento transverso de uma sob velocidade inicial prescrita

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265

A. 6 – Implementação Algébrica para o Método Variacional de Euler-Lagrange usando o Maple – 9.

A.5.1 – Para o funcional do menor caminho entre dois pontos

> restart; > z(x):=diff(y(x),x);

:= ( )z x ddx ( )y x

Seja o funcional: > L(x,y(x),z(x)):=sqrt(1+(z(x))^2);

:=

L , ,x ( )y x d

dx ( )y x 1

d

dx ( )y x

2

> Ip:=int(L(x,y(x),z(x)),x);

:= Ip d

1

d

dx ( )y x

2

x

> L(x,y,z):=sqrt(1+(z)^2); := ( )L , ,x y z 1 z2

> p:=diff(L(x,y,z),z);

:= pz1 z2

> Q(x):=implicitdiff(p,m(x),x); := ( )Q x 0

> F(x):=diff(L(x,y,z),y); := ( )F x 0

> z:=solve(p=c,z);

:= z c 1c2 1

> y:=int(z,x);

:= y c 1c2 1

x

A.5.2 – Para o funcional L(x,y,z) = xz + z2

> restart; Seja o funcional: > Ip:=int(L(x,y(x),z(x)),x);

:= Ip d

( )L , ,x ( )y x ( )z x x

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266

> L(x,y,z):=x*z+z^2; := ( )L , ,x y z x z z2

> L(x,y(x),z):=L(x,y,z);

:= ( )L , ,x ( )y x z x z z2

> Ip:=int(L(x,y(x),z(x)),x); := Ip d

( )L , ,x ( )y x ( )z x x

> P:=diff(L(x,y(x),z),z); := P x 2 z

> F:=-diff(L(x,y(x),z),y); := F 0

> z:=diff(y(x),x);

:= z ddx ( )y x

> DtP:=diff(P,x);

:= DtP 1 2

d

d2

x2 ( )y x

> C:=DtP+F;

:= C 1 2

d

d2

x2 ( )y x

> H(z):=C;

:=

H d

dx ( )y x 1 2

d

d2

x2 ( )y x

> g(x):=int(C,x);

:= ( )g x x 2

d

dx ( )y x

> h(x):=solve(g(x)=0,diff(y(x),x));

:= ( )h x x2

> y:=int(h(x),x);

:= y x2

4

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267

A. 7 – Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz usando o Maple – 9.

A.6.1 – Para n = 1

> restart; Seja o funcional: > L(x):=((E*I)/2)*(diff(w(x),x,x))^2-q*w(x);

:= ( )L x 12 I E

d

d2

x2 ( )w x2

q ( )w x

> Ip(x):=int(L(x), x=x1..x2);

:= ( )Ip x d

x1

x2

12 I E

d

d2

x2 ( )w x2

q ( )w x x

> w(x):=alpha1*x*(x-l); := ( )w x x ( )x l

> w(0):=0; := ( )w 0 0

> w(1):=1; := ( )w 1 1

Solução: Derivando as funções w(x) para substituir no funcional > d1(x):=diff(w(x),x);

:= ( )d1 x ( )x l x

> d2(x):=diff(w(x),x,x); := ( )d2 x 2

> L(x):=((E*I)/2)*((d2(x))^2)-q*w(x); := ( )L x 2 I E 2 q x ( )x l

> Ia(alpha1):=int(L(x),x=0..l);

:= ( )Ia q l3

6 2 I E 2 l

> DIa(alpha1):=diff(Ia(alpha1),alpha1);

:= ( )DIa q l3

6 4 I E l

> alpha1:=solve(DIa(alpha1)=0,alpha1);

:=

124 I q l2

E

Portanto:

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268

> w(x):=alpha1*x*(x-l);

:= ( )w x

124 I q l2 x ( )x l

E

> L(x):=(E*I/2)*diff(w(x),x,x)-q*w(x);

:= ( )L x q l2

24

124 I q2 l2 x ( )x l

E

> Ip(x):=int(L(x), x=x1..x2);

:= ( )Ip x

172 I q2 l2 ( )x23 x13

E

148 I q2 l3 ( )x22 x12

Eq l2 ( )x2 x1

24

> x1:=0; := x1 0

> x2:=l; := x2 l

> Ip(x):=int(L(x), x=x1..x2);

:= ( )Ip x

1144 I q2 l5

Eq l3

24

A.6.2 – Para n = 2

> restart; Seja o funcional: > L(x):=(E*I/2)*(diff(w(x),x,x))^2-q*w(x);

:= ( )L x 12 I E

d

d2

x2 ( )w x2

q ( )w x

> Ip(x):=int(L(x), x=x1..x2);

:= ( )Ip x d

x1

x2

12 I E

d

d2

x2 ( )w x2

q ( )w x x

> phi1:=x*(x-l); := x ( )x l

> phi2:=x^2*(x-l); := x2 ( )x l

> x2:=l; := x2 l

> w(x):=alpha1*phi1+alpha2*phi2; := ( )w x x ( )x l x2 ( )x l

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269

> w(0):=0; := ( )w 0 0

> w(1):=1; := ( )w 1 1

Solução: Derivando as funções w(x) para substituir no funcional > d1(x):=diff(w(x),x);

:= ( )d1 x ( )x l x 2 x ( )x l x2

> d2(x):=diff(w(x),x,x); := ( )d2 x 2 2 ( )x l 4 x

> L(x):=(E*I/2)*((d2(x))^2)-q*w(x);

:= ( )L x 12 I E ( ) 2 2 ( )x l 4 x 2 q ( ) x ( )x l x2 ( )x l

> Ia(alpha1):=int(L(x),x=0..l);

( )Ia q l4

4( )18 I E 2 q ( ) l l3

3 :=

( )6 I E ( )2 2 l q l l2

212 I E ( )2 2 l 2 l

> Ib(alpha2):=int(L(x),x=0..l);

( )Ib q l4

4( )18 I E 2 q ( ) l l3

3 :=

( )6 I E ( )2 2 l q l l2

212 I E ( )2 2 l 2 l

> DIa(alpha1):=diff(Ia(alpha1),alpha1);

:= ( )DIa q l3

3( )12 I E q l l2

2 2 I E ( )2 2 l l

> DIb(alpha2):=diff(Ib(alpha2),alpha2);

( )DIb q l4

4( )36 I E q l l3

3( ) 12 I E l 6 I E ( )2 2 l l2

2 :=

2 I E ( )2 2 l l2

> alpha1:=solve(DIa(alpha1)=0,alpha1);

:=

124 I l ( )12 I E q l

E

> alpha2:=solve(DIb(alpha2)=0,alpha2);

:=

148 I ( )q l2 24 I E

l E

Portanto: > w(x):=alpha1*phi1+alpha2*phi2;

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270

Error, too many levels of recursion > L(x):=(E*I/2)*(diff(w(x),x,x))^2-q*w(x);

:= ( )L x 12 I E ( ) 2 2 ( )x l 4 x 2 q ( ) x ( )x l x2 ( )x l

> Ip(x):=int(L(x), x=x1..x2); Error, (in ProcessOptions) too many levels of recursion > x1:=0;

:= x1 0 := x1 0

> x2:=l; := x2 l

> Ip(x):=int(L(x), x=x1..x2);

( )Ip x q l4

4( )18 I E 2 q ( ) l l3

3 :=

( )6 I E ( )2 2 l q l l2

212 I E ( )2 2 l 2 l

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271

A. 8 – Implementação Algébrica para o Método dos Resíduos Ponderados usando o Maple – 9.

A.7.1 – Método da Colocação para n = 1 com um parâmetro alpha

Seja a Equação Diferencial: > restart; > L(x):=diff(u(x),x,x)-u(x);

:= ( )L x

d

d2

x2 ( )u x ( )u x

com condições de contorno x1 = 0 e x2 = 1 com u(x1) = 0 e u(x2) =1; Solução: > u(x):=beta+alpha*phi;

:= ( )u x

> beta:=x; := x

> phi:=x*(x-1); := x ( )x 1

> u(x):=beta+alpha*phi; := ( )u x x x ( )x 1

Derivando as funções w(x) para substituir no funcional > d1(x):=diff(u(x),x);

:= ( )d1 x 1 ( )x 1 x

> d2(x):=diff(u(x),x,x); := ( )d2 x 2

o erro epsilonOmega(x) é dado por:

> epsilon(x):=d2(x)-u(x);

:= ( ) x 2 x x ( )x 1

A sentença básica de resíduos ponderados pode ser escrita como: > Ia(alpha):=int(Dirac(x-1/2)*epsilon(x),x=0..1);

:= ( )Ia 9 4

12

> alpha:=solve(Ia(alpha)=0,alpha);

:= 29

Portanto: > u(x):=beta+alpha*phi;

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272

:= ( )u x x2 x ( )x 1

9

> d2:=d2(x); := d2 2

> L(x):=d2-u(x);

:= ( )L x 49 x

2 x ( )x 19

> x1:=0; := x1 0

> x2:=1; := x2 1

> u1:=eval(u(x),x=x1); := u1 0

> u2:=eval(u(x),x=x2); := u2 1

> L(x1):=d2-u1;

:= ( )L 049

> L(x2):=d2-u2;

:= ( )L 1-59

A.7.2 – Método da Colocação para n = 2 com dois parâmetros alpha1 e alpha2

Seja a Equação Diferencial: > restart; > L(x):=diff(u(x),x,x)-u(x);

:= ( )L x

d

d2

x2 ( )u x ( )u x

com condições de contorno x1 = 0 e x2 = 1 com u(x1) = 0 e u(x2) =1; Solução: > u(x):=beta+alpha1*phi1+alpha2*phi2;

:= ( )u x

> beta:=x; := x

> phi1:=x*(x-1); := x ( )x 1

> phi2:=x^2*(x-1); := x2 ( )x 1

Page 273: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

273

> u(x):=beta+alpha1*phi1+alpha2*phi2; := ( )u x x x ( )x 1 x2 ( )x 1

Derivando as funções w(x) para substituir no funcional > d1(x):=diff(u(x),x);

:= ( )d1 x 1 ( )x 1 x 2 x ( )x 1 x2

> d2(x):=diff(u(x),x,x); := ( )d2 x 2 2 ( )x 1 4 x

o erro epsilonOmega(x) é dado por:

> epsilon(x):=d2(x)-u(x);

:= ( ) x 2 2 ( )x 1 4 x x x ( )x 1 x2 ( )x 1

A sentença básica de resíduos ponderados pode ser escrita como: > Ia(alpha1):=int(Dirac(x-1/3)*epsilon(x),x=0..1);

:= ( )Ia 20

913

2 27

> Ib(alpha2):=int(Dirac(x-2/3)*epsilon(x),x=0..1);

:= ( )Ib 20

958

2723

> alpha1:=solve(Ia(alpha1)=0,alpha1);

:= 3

2030

> alpha2:=solve(Ib(alpha2)=0,alpha2);

:= 30

299

29

> with(LinearAlgebra): > A:=(<<1,30/29>|<1/30,1>>);

:= A

11

303029 1

> alpha := <3/20,9/29>;

:=

3209

29

> M:=MatrixInverse(A,method=pseudo);

:= M

2928

-29840

-1514

2928

> MatrixVectorMultiply(M,alpha);

Page 274: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

274

81560

956

> alpha1:=81/560; alpha2:=9/56;

:= 81

560

:= 9

56

Portanto: > u=u(x);

u x x ( )x 1 x2 ( )x 1

> d2:=d2(x);

:= d2 9

2802728 ( )x x

> L(x):=d2(x)-u(x);

:= ( )L x 9

2802728 ( )( )x x x x x ( )x 1 x2 ( )x 1

> x1:=0; := x1 0

> x2:=1; := x2 1

> u1:=eval(u(x),x=x1); := u1 0

> u2:=eval(u(x),x=x2); := u2 1

> L:=d2-u1;

:= L 9

2802728 ( )x x

> L:=d2-u2;

:= L 289280

2728 ( )x x

Page 275: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

275

A.7.3 – Método da Colocação por Subdomínios para n = 1 com um parâmetro alpha

Seja a Equação Diferencial: > restart; > L(x):=diff(u(x),x,x)-u(x);

:= ( )L x

d

d2

x2 ( )u x ( )u x

com condições de contorno x1 = 0 e x2 = 1 com u(x1) = 0 e u(x2) =1; Solução: > u(x):=beta+alpha*phi;

:= ( )u x

> beta:=x; := x

> phi:=x*(x-1); := x ( )x 1

> u(x):=beta+alpha*phi; >

:= ( )u x x x ( )x 1

Derivando as funções w(x) para substituir no funcional > d1(x):=diff(u(x),x);

:= ( )d1 x 1 ( )x 1 x

> d2(x):=diff(u(x),x,x); := ( )d2 x 2

o erro epsilonOmega(x) é dado por:

> epsilon(x):=d2(x)-u(x);

:= ( ) x 2 x x ( )x 1

A sentença básica de resíduos ponderados pode ser escrita como: > Ia(alpha):=int(1*epsilon(x),x=0..1);

:= ( )Ia 13

612

> alpha:=solve(Ia(alpha)=0,alpha);

:= 3

13

Portanto: > u(x):=beta+alpha*phi;

:= ( )u x x3 x ( )x 1

13

Page 276: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

276

> d2:=d2(x); := d2 2

> L(x):=d2-u(x);

:= ( )L x 6

13 x3 x ( )x 1

13

> x1:=0; := x1 0

> x2:=1; := x2 1

> u1:=eval(u(x),x=x1); := u1 0

> u2:=eval(u(x),x=x2); := u2 1

> L(x1):=d2-u1;

:= ( )L 06

13

> L(x2):=d2-u2;

:= ( )L 1-713

A.7.4 – Método da Colocação por Subdomínios para n = 2 com dois parâmetros alpha1 e alpha2

Seja a Equação Diferencial: > restart; > L(x):=diff(u(x),x,x)-u(x);

:= ( )L x

d

d2

x2 ( )u x ( )u x

com condições de contorno x1 = 0 e x2 = 1 com u(x1) = 0 e u(x2) =1; Solução: > u(x):=beta+alpha1*phi1+alpha2*phi2;

:= ( )u x

> beta:=x; := x

> phi1:=x*(x-1); := x ( )x 1

> phi2:=x^2*(x-1); := x2 ( )x 1

Page 277: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

277

> u(x):=beta+alpha1*phi1+alpha2*phi2; := ( )u x x x ( )x 1 x2 ( )x 1

Derivando as funções w(x) para substituir no funcional > d1(x):=diff(u(x),x);

:= ( )d1 x 1 ( )x 1 x 2 x ( )x 1 x2

> d2(x):=diff(u(x),x,x); := ( )d2 x 2 2 ( )x 1 4 x

o erro epsilonOmega(x) é dado por:

> epsilon(x):=d2(x)-u(x);

:= ( ) x 2 2 ( )x 1 4 x x x ( )x 1 x2 ( )x 1

A sentença básica de resíduos ponderados pode ser escrita como: > Ia(alpha1):=int(1*epsilon(x),x=0..1/2);

:= ( )Ia 43 192

13 12

18

> Ib(alpha2):=int(1*epsilon(x),x=1/2..1);

:= ( )Ib 251

19213

1238

> alpha1:=solve(Ia(alpha1)=0,alpha1);

:= 43 208

326

> alpha2:=solve(Ib(alpha2)=0,alpha2);

:= 208

25172

251

> with(LinearAlgebra): > A:=(<<1,208/251>|<-43/208,1>>);

:= A

1-43208

208251 1

> alpha := <3/26,72/251>;

:=

32672

251

> M:=MatrixInverse(A,method=pseudo);

:= M

251294

1079361152

-104147

251294

> alphas:=MatrixVectorMultiply(M,alpha);

Page 278: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

278

:= alphas

95637

849

> alpha1:=95/637; alpha2:=8/49;

:= 95

637

:= 8

49

Portanto: > u=u(x);

u x x ( )x 1 x2 ( )x 1

> d2:=d2(x); := d2 2 2 ( )x 1 4 x

> L(x):=d2(x)-u(x);

:= ( )L x 18

6374849 ( )x x x x ( )x 1 x2 ( )x 1

> x1:=0; := x1 0

> x2:=1; := x2 1

> u1:=eval(u(x),x=x1); := u1 0

> u2:=eval(u(x),x=x2); := u2 1

> L(x):=d2(x)-u1;

:= ( )L x 18

6374849 ( )x x

> L(x):=d2(x)-u2;

:= ( )L x 655637

4849 ( )x x

Page 279: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

279

A.7.5 – Método dos Momentos para n = 1 com um parâmetro alpha

Seja a Equação Diferencial: > restart; > L(x):=diff(u(x),x,x)-u(x);

:= ( )L x

d

d2

x2 ( )u x ( )u x

com condições de contorno x1 = 0 e x2 = 1 com u(x1) = 0 e u(x2) =1; Solução: > u(x):=beta+alpha*phi;

:= ( )u x

> beta:=x; := x

> phi:=x*(x-1); := x ( )x 1

> u(x):=beta+alpha*phi; := ( )u x x x ( )x 1

Derivando as funções w(x) para substituir no funcional > d1(x):=diff(u(x),x);

:= ( )d1 x 1 ( )x 1 x

> d2(x):=diff(u(x),x,x); := ( )d2 x 2

o erro epsilonOmega(x) é dado por:

> epsilon(x):=d2(x)-u(x);

:= ( ) x 2 x x ( )x 1

A sentença básica de resíduos ponderados pode ser escrita como: > Ia(alpha):=int(1*epsilon(x),x=0..1);

:= ( )Ia 13

612

> alpha:=solve(Ia(alpha)=0,alpha);

:= 3

13

Portanto: > u(x):=beta+alpha*phi;

:= ( )u x x3 x ( )x 1

13

> d2:=d2(x);

Page 280: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

280

:= d26

13

> L(x):=d2-u(x);

:= ( )L x 6

13 x3 x ( )x 1

13

> x1:=0; := x1 0

> x2:=1; := x2 1

> u1:=eval(u(x),x=x1); := u1 0

> u2:=eval(u(x),x=x2); := u2 1

> L(x1):=d2-u1;

:= ( )L 06

13

> L(x2):=d2-u2;

:= ( )L 1-713

A.7.6 – Método dos Momentos para n = 2 com dois parâmetros alpha1 e alpha2

Seja a Equação Diferencial: > restart; > L(x):=diff(u(x),x,x)-u(x);

:= ( )L x

d

d2

x2 ( )u x ( )u x

com condições de contorno x1 = 0 e x2 = 1 com u(x1) = 0 e u(x2) =1; Solução: > u(x):=beta+alpha1*phi1+alpha2*phi2;

:= ( )u x

> beta:=x; := x

> phi1:=x*(x-1); := x ( )x 1

> phi2:=x^2*(x-1); := x2 ( )x 1

> u(x):=beta+alpha1*phi1+alpha2*phi2;

Page 281: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

281

:= ( )u x x x ( )x 1 x2 ( )x 1

Derivando as funções w(x) para substituir no funcional > d1(x):=diff(u(x),x);

:= ( )d1 x 1 ( )x 1 x 2 x ( )x 1 x2

> d2(x):=diff(u(x),x,x); := ( )d2 x 2 2 ( )x 1 4 x

o erro epsilonOmega(x) é dado por:

> epsilon(x):=d2(x)-u(x);

:= ( ) x 2 2 ( )x 1 4 x x x ( )x 1 x2 ( )x 1

A sentença básica de resíduos ponderados pode ser escrita como: > Ia(alpha1):=int(1*epsilon(x),x=0..1);

:= ( )Ia 13

1213

612

> Ib(alpha2):=int(x*epsilon(x),x=0..1);

:= ( )Ib 21

2013

1213

> alpha1:=solve(Ia(alpha1)=0,alpha1);

:= 2

313

> alpha2:=solve(Ib(alpha2)=0,alpha2);

:= 65

632063

> with(LinearAlgebra): > A:=(<<1,65/63>|<1/2,1>>);

:= A

112

6563 1

> alpha := <3/13,20/63>;

:=

3132063

> M:=MatrixInverse(A,method=pseudo);

:= M

12661

-6361

-13061

12661

> alphas:=MatrixVectorMultiply(M,alpha);

Page 282: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

282

:= alphas

1187931061

> alpha1:=118/793; alpha2:=10/61;

:= 118793

:= 1061

Portanto: > u=u(x);

u x x ( )x 1 x2 ( )x 1

> d2:=d2(x); := d2 2 2 ( )x 1 4 x

> L(x):=d2(x)-u(x);

:= ( )L x 24

7936061 ( )x x x x ( )x 1 x2 ( )x 1

> x1:=0; := x1 0

> x2:=1; := x2 1

> u1:=eval(u(x),x=x1); := u1 0

> u2:=eval(u(x),x=x2); := u2 1

> L(x):=d2(x)-u1;

:= ( )L x 24

7936061 ( )x x

> L(x):=d2(x)-u2;

:= ( )L x 817793

6061 ( )x x

Page 283: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

283

A.7.7 – Método de Galerkin para n = 1 com um parâmetro alpha

Seja a Equação Diferencial: > restart; > L(x):=diff(u(x),x,x)-u(x);

:= ( )L x

d

d2

x2 ( )u x ( )u x

com condições de contorno x1 = 0 e x2 = 1 com u(x1) = 0 e u(x2) =1; Solução: > u(x):=beta+alpha*phi;

:= ( )u x

> beta:=x; := x

> phi:=x*(x-1); := x ( )x 1

> u(x):=beta+alpha*phi; >

:= ( )u x x x ( )x 1

Derivando as funções w(x) para substituir no funcional > d1(x):=diff(u(x),x);

:= ( )d1 x 1 ( )x 1 x

> d2(x):=diff(u(x),x,x); := ( )d2 x 2

o erro epsilonOmega(x) é dado por:

> epsilon(x):=d2(x)-u(x);

:= ( ) x 2 x x ( )x 1

A sentença básica de resíduos ponderados pode ser escrita como: > Ia(alpha):=int(phi*epsilon(x),x=0..1);

:= ( )Ia 11 30

112

> alpha:=solve(Ia(alpha)=0,alpha);

:= 5

22

Portanto: > u(x):=beta+alpha*phi;

:= ( )u x x5 x ( )x 1

22

> d2:=d2(x);

Page 284: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

284

:= d2 2

> L(x):=d2-u(x);

:= ( )L x 5

11 x5 x ( )x 1

22

> x1:=0; := x1 0

> x2:=1; := x2 1

> u1:=eval(u(x),x=x1); := u1 0

> u2:=eval(u(x),x=x2); := u2 1

> L(x1):=d2-u1;

:= ( )L 05

11

> L(x2):=d2-u2;

:= ( )L 1-611

A.7.8 – Método de Galerkin para n = 2 com dois parâmetros alpha1 e alpha2

Seja a Equação Diferencial: > restart; > L(x):=diff(u(x),x,x)-u(x);

:= ( )L x

d

d2

x2 ( )u x ( )u x

com condições de contorno x1 = 0 e x2 = 1 com u(x1) = 0 e u(x2) =1; Solução: > u(x):=beta+alpha1*phi1+alpha2*phi2;

:= ( )u x

> beta:=x; := x

> phi1:=x*(x-1); := x ( )x 1

> phi2:=x^2*(x-1); := x2 ( )x 1

> u(x):=beta+alpha1*phi1+alpha2*phi2; >

Page 285: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

285

:= ( )u x x x ( )x 1 x2 ( )x 1

Derivando as funções w(x) para substituir no funcional > d1(x):=diff(u(x),x);

:= ( )d1 x 1 ( )x 1 x 2 x ( )x 1 x2

> d2(x):=diff(u(x),x,x); := ( )d2 x 2 2 ( )x 1 4 x

o erro epsilonOmega(x) é dado por:

> epsilon(x):=d2(x)-u(x);

:= ( ) x 2 2 ( )x 1 4 x x x ( )x 1 x2 ( )x 1

A sentença básica de resíduos ponderados pode ser escrita como: > Ia(alpha1):=int(phi1*epsilon(x),x=0..1);

:= ( )Ia 11

6011

301

12

> Ib(alpha2):=int(phi2*epsilon(x),x=0..1);

:= ( )Ib 7

11 60

120

> alpha1:=solve(Ia(alpha1)=0,alpha1);

:= 2

522

> alpha2:=solve(Ib(alpha2)=0,alpha2);

:= 77

607

20

> with(LinearAlgebra): > A:=(<<1,77/60>|<1/2,1>>);

:= A

112

7760 1

> alpha := <5/22,7/20>;

:=

5227

20

> M:=MatrixInverse(A,method=pseudo);

:= M

12043

-6043

-15443

12043

> alphas:=MatrixVectorMultiply(M,alpha);

Page 286: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

286

:= alphas

69473

743

> alpha1:=69/473; alpha2:=7/43;

:= 69

473

:= 7

43

Portanto: > u=u(x);

u x x ( )x 1 x2 ( )x 1

> d2:=d2(x); := d2 2 2 ( )x 1 4 x

> L(x):=d2(x)-u(x);

:= ( )L x 16

4734243 ( )x x x x ( )x 1 x2 ( )x 1

> x1:=0; := x1 0

> x2:=1; := x2 1

> u1:=eval(u(x),x=x1); := u1 0

> u2:=eval(u(x),x=x2); := u2 1

> L(x):=d2(x)-u1;

:= ( )L x 16

4734243 ( )x x

> L(x):=d2(x)-u2;

:= ( )L x 489473

4243 ( )x x

Page 287: INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS EM … · ... Variações do Método de Elementos Finitos ... Implementação Algébrica para o Método de Rayleigh-Ritz ... Problema de uma

287

Bibliografia 1 – Eugene Butkov, Física Matemática, LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora, 1988

2 – L. Esgoltz, Ecuaciones Diferenciales y Cálculo Variacionais, Editora MIR, 1977.

3 – Márcia A Gomes Ruggiero; Vera Lúcia da Rocha Gomes; Cálculo Numérico; Makron

Books.

4 – Décio Esperandio; João Teixeira mendes; Luiz Henry Monken e Silva, Cálculo Numérico,

Pearson/Pretice Hall.

5 – C. A. Brebbia, J. C. F. Telles, L. C. Wrobel , Boundary Elements Method, Springer –

Verlag, 1984.

6- Abramovich, (Livro que contém fórmulas completas para Diferenças Finitas de derivadas

de qualquer ordem.

7 – http://www.cesec.ufpr.br/~tc710

8 – Zienkiewicz, Finite Elements Method,

9 – Apostilas – UNESP, UNICAMP e UnB

10 – Livro MDF

11 – MDF e Critérios de implementação Computacional.