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INTRODUÇÃO DIREITO PENAL Direito Penal ORDENAMENTO : complexo de normas jurídicas que regulam o poder preventivo e repressivo exercitáveis sobre aqueles que praticam as infrações penais - Codificado. Infrações - são gêneros - onde os Crimes ou Delitos e as Contravenções Penais - são espécies. CIÊNCIA : ramo da ciência jurídica que tem por objeto exegese a dogmática e a crítica das normas penais. Exegese: hermenêutica - interpretação das normas; Dogmática penal: criação de institutos jurídicos e será coordenação visando um sistema. LEI PENAL LEI: única fonte formal do Direito Penal - Deve ser precisa e clara. COMPÕE-SE DE DUAS PARTES A NORMA PENAL: Comando Principal ou Preceito Primário (descrição da conduta); Sanção ou Preceito Secundário (sanção). Característica da lei penal Descritiva: não proibitiva, descritiva – descreve a conduta e comina a pena; Classificação da lei penal Gerais ou Comuns: vigem em todo o território Nacional Especiais: vigem em apenas determinados segmentos do território Nacional. Ordinária: vigem em qualquer circunstância; Excepcionais: são destinadas a vigir em situações de calamidade pública, estado de sítio, guerra, ou seja situações emergenciais. Incriminadoras (lei penal em sentido estrito): é o que define os tipos penais e comina as respectivas sanções; Não incriminadoras (lei penal em sentido amplo): Explicativas (ou complementares): esclarecem o conteúdo de outras ou fornecem princípios gerais para aplicação da pena Permissivas: são as que não consideram como ilícitos ou isentam de pena o autor do fato.

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INTRODUÇÃO DIREITO PENAL

Direito Penal

ORDENAMENTO: complexo de normas jurídicas que regulam o poder preventivo e repressivo exercitáveis sobre aqueles que praticam as infrações penais - Codificado. Infrações - são gêneros - onde os Crimes ou Delitos e as Contravenções Penais - são espécies.CIÊNCIA : ramo da ciência jurídica que tem por objeto exegese a dogmática e a crítica das normas penais.Exegese: hermenêutica - interpretação das normas;Dogmática penal: criação de institutos jurídicos e será coordenação visando um sistema.

LEI PENAL

LEI: única fonte formal do Direito Penal - Deve ser precisa e clara.

COMPÕE-SE DE DUAS PARTES A NORMA PENAL:Comando Principal ou Preceito Primário (descrição da conduta);Sanção ou Preceito Secundário (sanção).

Característica da lei penal

Descritiva: não proibitiva, descritiva – descreve a conduta e comina a pena;

Classificação da lei penal

Gerais ou Comuns: vigem em todo o território NacionalEspeciais: vigem em apenas determinados segmentos do território Nacional. Ordinária: vigem em qualquer circunstância;Excepcionais: são destinadas a vigir em situações de calamidade pública, estado de sítio, guerra, ou seja situações emergenciais.Incriminadoras (lei penal em sentido estrito): é o que define os tipos penais e comina as respectivas sanções;Não incriminadoras (lei penal em sentido amplo):Explicativas (ou complementares): esclarecem o conteúdo de outras ou fornecem princípios gerais para aplicação da pena Permissivas: são as que não consideram como ilícitos ou isentam de pena o autor do fato.

Classificação da norma penal

Imperativa: a violação de preceito primário, acarreta a pena;Geral: destinada à todos;Impessoal: não se refere a determinada pessoa;Exclusiva: só ela define crimes e aplica pena;Fatos Futuros: não alcança os pretéritos, a não ser se beneficia o agente criminoso.

PRINCÍPIOS DA LEI PENAL

PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: (contendo reserva legal e anterioridade) – artigo 1º. do CP. Não há crime sem lei anterior que o defina - Não há pena sem prévia cominação legal. (“Nullum crimem, nulla poena sinepraevia lege” - Feüerbach). (Constituição Federal artigo 5º. XXXIX)Trata-se de garantia constitucional fundamental , garantidora da liberdade.Assim só é possível a existência de crime quando existir uma perfeita correspondência entre o ato praticado e a previsão legal, e que esta seja anterior aquela.

Inclui-se nesse princípio:

O PRINCÍPIO DA RESERVA DA LEI: só a lei pode definir crimes e cominar penalidades, nenhuma outra fonte inferior a lei pode gerar uma norma penal. Medidas provisórias (CF, art. 62): Não pode definir crimes e impor penas.O PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE DA LEI PENAL, relativo ao crime e à pena. Somente se aplicará pena que esteja prevista anteriormente na lei como aplicável ao autor do crime. O PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE: O conjunto de normas incriminadoras é taxativo. O fato é típico ou atípico. O elenco não admite ampliações. Assim fica impossibilitado o emprego da analogia. Para tanto a lei deve especificar ao máximo o fato típico, evitando generalizações.O PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DAS NORMAS INCRIMINADORAS: Decorre do princípio da anterioridade. A lei incriminadora não pode retroagir para alcançar um fato cometido antes de sua vigência.MEDIDAS DE SEGURANÇA E PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: O princípio da legalidade também vige em relação às medidas de segurança. O magistrado não as pode aplicar sem que se encontrem determinadas pelas leis.

OUTROS PRINCÍPIOS DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL:

PRINCÍPIO DA FRAGMENTARIEDADE (PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA): É conseqüência dos princípios da reserva legal e da intervenção necessária (mínima). O direito penal não protege todos os bens jurídicos de violações: só os mais importantes. PRINCÍPIO DA ALTERIDADE (LESIVIDADE): O direito penal só deve ser aplicado quando a conduta lesiona um bem jurídico, não sendo suficiente que seja imoral ou pecaminosa. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA; Ligado aos chamados "crimes de bagatela" ou “delitos de lesão mínima", recomenda que o direito penal, pela adequação típica, somente intervenha nos casos de lesão jurídica de certa gravidade. Tória da ação socialmente adequada, onde deve se considerar que as ações humanas que não produzem dano socialmente relevante e mostrem-se adequadas a vida social em um determinado tempo, não podem ser consideradas crimePRINCÍPIO DA CULPABILIDADE: Nullum crimen sine culpa. A pena só pode ser imposta a quem, agindo com dolo ou culpa, e merecendo juízo de reprovação, cometeu um fato típico e antijurídico. PRINCÍPIO DE HUMANIDADE: O réu deve ser tratado como pessoa humana. PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE DA PENA: Chamado também princípio da proibição de excesso, determina que a pena não pode ser superior ao grau de responsabilidade pela prática do fato..

PRINCÍPIO DO ESTADO DE INOCÊNCIA: Geralmente denominado "princípio da presunção de inocência", está previsto em nossa CF: "Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória".PRINCÍPIO DE IGUALDADE: Todos são iguais perante a lei penal (CF, art. 1º, caput), não podendo o delinqüente ser discriminado em razão de cor, sexo, religião, raça, procedência, etnia etc.PRINCÍPIO DO " NE BIS IN IDEM ": Ninguém pode ser punido duas vezes pelo mesmo fato. Possui duplo significado: penal material: ninguém pode sofrer duas penas em face do mesmo crime; processual: ninguém pode ser processado e julgado duas vezes pelo mesmo fato.

Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal - cabe ao judiciário impor a pena - “nulla poena sine juditio”. A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça de direito.em processo judicial ou administrativo, são assegurados o contraditórios e a ampla defesa, com os meios e os recursos a ela inerente.ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente., salvo nos casos de transgressão militar, ou crimes próprios militares.a lei só poderá ser aplicada pelo juiz com jurisdição - “nemo judex sine lege”. não haverá juízo ou tribunal de exceção - juiz natural -.

Crime – conceito formal

O conceito de crime resulta da mera subsunção da conduta ao tipo legal, assim considera-se infração tudo aquilo que o legislador escreveu como tal.

Crime - conceito analítico

Crime é um fato típico e antijurídico. A culpabilidade é pressuposto da pena.Crime e Contravenção: Não há diferença ontológica, o mesmo fato pode ser considerado crime ou contravenção pelo legislador - conforme a necessidade da prevenção social.

Caracteres do crime sob o aspecto ANALÍTICOPara que haja crime - em primeiro lugar - Conduta Humana:Positiva - ação;Negativa - omissão;Nem todo o comportamento do homem constitui delito - em face do princípio da reserva legal - só os descritos na pela lei são delitos. O Fato Típico não basta para que exista o crime - deve ser contrário ao direito - Antijurídico. Antijuridicidade: segundo requisito do crime - excluída, esta não há crime.

Fato típico, a antijuridicidade e a culpabilidade

Fato Típico: comportamento humano, positivo ou negativo, que provoca resultado previsto na lei como infração penal.

Elementos do Fato Típico:Conduta humana dolosa ou culposa;resultado - salvo nos crimes de mera conduta;nexo de causalidade entre a conduta e o resultado - salvo nos crimes de mera conduta e formais;

enquadramento do fato material - conduta, resultado e nexo - a uma norma penal incriminadora;

Antijuridicidade: relação de contrariedade entre o fato típico e o ordenamento jurídico - a conduta descrita em norma penal incriminadora será ilícita ou antijurídica quando não for expressamente declarada lícita. é Antijurídico quando não declarado lícito por causas de Exclusão de Antijuridicidade.

Culpabilidade: reprovação da ordem jurídica - em face de estar ligado o homem a um Fato Típico e Antijurídico - não é requisito do crime, é condição de Imposição da Pena.

Classificação das infrações penais

FRANCESA: tripartida: crime, delito e contravenções.BRASIL: bipartida : crime e contravenção.

Crime descritos no Código penal e leis extravagantes; Contravenções: Leis das Contravenções Penais e Leis Especiais.