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Eletroterapia Eletroterapia Evangileno leal Evangileno leal Fisioterapeuta Fisioterapeuta Crefito-42944F Crefito-42944F

Introdução Eletroterapia

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Noções de eletroterapia.

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Page 1: Introdução Eletroterapia

EletroterapiaEletroterapiaEvangileno lealEvangileno leal

FisioterapeutaFisioterapeuta

Crefito-42944FCrefito-42944F

Page 2: Introdução Eletroterapia

EletroterapiaEletroterapia

Definição:Definição: É o emprego da corrente elétrica como agente terapêutico.

Eletroestimulação:Eletroestimulação:

1. Efeito Motor,

2. Efeito sobre nervos sensíveis,

3. Eletroestimulação Transcutânea.

Page 3: Introdução Eletroterapia

4-Eletroestimulação elétrica Nervosa Transcutânea,

5-Estimulação elétrica Neuromuscular,

6-Estimulção elétrica Muscular,

7-Estimulação elétrica Funcional.

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Histórico da EletroterapiaHistórico da Eletroterapia

1.1. 2750 a.C2750 a.C: descargas de peixes elétricos,

2.2. Galen(130 a.C): Galen(130 a.C): peixes com descargas de tensão de 50-80V e com F de 200Hz,

3.3. Scribonius Largus(46 a.C): Scribonius Largus(46 a.C): estimulação elétrica para tratamento da gota,

4.4. Thales de Mileto(7 a.C):Thales de Mileto(7 a.C): começa a se usar o termo eletricidade.

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5-5-1745 Pivatti:1745 Pivatti:tenta administrar medicamentos com ajuda de uma máquina,

6-Luigi Galvani:6-Luigi Galvani: provoca contração muscular na pata de uma rã,

7-1800 Alessandro:7-1800 Alessandro: acredita na possibilidade de produzir eletricidade por meio químico.“corrente galvânica”,

8-1865 Duchene:8-1865 Duchene: publica a obra “eletrofisiologia dos movimentos” mostrando pontos motores para aplicação da eletroestimulação transcutânea.

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9-9-1892 D’arsonval:1892 D’arsonval: mostra a aplicação da energia eletromagnética com fins medicinais,

10-1908 Zeyneek e Naelschidt:10-1908 Zeyneek e Naelschidt: criaram o termo diatermia que significa...

11-Emile Du Bois Reymond:11-Emile Du Bois Reymond: aparece como fundador da moderna eletrofisiologia com a lei geral da excitação elétrica:

““A excitação é função derivada na densidade da A excitação é função derivada na densidade da corrente em relação ao tempo”corrente em relação ao tempo”

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11-11-1848:1848: estabelece o conceito de aneletrotono e cateletrotono,

12-Bernard12-Bernard anos 50:anos 50: com a ajuda da iontoforese revitalizou as correntes galvano-farádicas sob nova forma de variação hoje conhecidas como Correntes diadinâmicas de Bernard.

13-Implantação de eletrodos13-Implantação de eletrodos na região do cérebro e medula espinhal e novas teorias sobre o mecanismo da dor por Melzack e Wall.

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Considerações físicas da Considerações físicas da eletricidadeeletricidade

Carga elétrica:Carga elétrica: É a diferença entre o número de prótons e de elétrons contidos em um corpo.

Corrente elétrica:Corrente elétrica: Fluxo de elétrons entre os extremos de um condutor, de forma ordenada, quando submetidos a uma ddp.

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Diferença de potencial(ddp),tensão elétrica ou Diferença de potencial(ddp),tensão elétrica ou voltagem:voltagem: É a força impulsora que induz os elétrons a deslocarem-se de uma zona com excesso a outra com déficit.(V0lt=J/C)

Intensidade:Intensidade: É o fluxo de elétrons que atravessa o condutor num espaço de tempo.(Ampere=Q/t)

Resistência:Resistência: É a oposição à passagem de corrente elétrica. Quanto maior a resistência, menor é a corrente que passa. É medida em ohms

Considerações físicas da eletricidadeConsiderações físicas da eletricidade

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•Potência:Potência:A potência elétrica numa parte de um circuito é igual à tensão dessa parte multiplicada pela corrente que passa por ela (W=J/seg).

•Frequência:Frequência: Refere-se à frequência com que os elétrons passam na corrente ou ao número de pulsos existentes durante um segundo(Hz).

Considerações físicas da Considerações físicas da eletricidadeeletricidade

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Tipos de correnteTipos de corrente1.1. Corrente Contínua:Corrente Contínua: em eletroterapia se considera

contínua a que não muda sua polaridade, mesmo com a ddp variável.(Ex:Corrente galvânica).

2.2. Corrente Alternada:Corrente Alternada:quando a polaridade dos elétrons muda de forma periódica no tempo e, por conseguinte,também o sentido de circulação dos elétrons.

3.3. Corrente Variável:Corrente Variável:quando sua intensidade varia com o tempo(Ex:VIF).

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OndasOndasDefinição-Onda: Definição-Onda: é toda perturbação que se propaga no toda perturbação que se propaga no espaço, afastando-se do ponto de origem.espaço, afastando-se do ponto de origem.

Principais componentes para eletroterapiaPrincipais componentes para eletroterapia

Ciclo:Ciclo: É a menor parte não repetida de uma onda,ou seja, a cadência completa de uma onda.

Meio ciclo positivo:Meio ciclo positivo:A parte mais elevada chama-se crista

Meio ciclo negativo:Meio ciclo negativo:A parte mais baixa chama-se vale.

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Comprimento de Onda-Comprimento de Onda- É a distãncia percorrida pela onda(pulso) durante um período.

Período(t)-Período(t)-Tempo gasto para efetuar um ciclo completo.Por ser tempo sua unidade é o seg.

Frequência(f)-Frequência(f)- É o número de ciclos ou pulsos por segundo.É o número de vezes que se repete uma cadência em 1 segundo.

Obs: a f e o t são inversamente proporcionais.

Amplitude-Amplitude-Magnitude do distúrbio causado pela Magnitude do distúrbio causado pela onda.Serve para expressar a intensidade da onda.Serve para expressar a intensidade da corrente(mA).corrente(mA).

Page 14: Introdução Eletroterapia

ROTINA DE MANUTENÇÃO ROTINA DE MANUTENÇÃO E CUIDADOS COM E CUIDADOS COM

OS EQUIPAMENTOSOS EQUIPAMENTOS

Checar a integridade dos equipamentos na própria clínica (saídas, plugs, conexões, controles de potência, de amplitude de corrente ou voltagem, de freqüência, luzes piloto, medidores de corrente e outros dispositivos de monitoração). Um osciloscópio pode ser usado para verificar as características de estímulo dos equipamentos.

Mandar consertar os assessórios ou controles que não estejam funcionando ou que apresentem falhas intermitentes.

Page 15: Introdução Eletroterapia

Testar periodicamente os aparelhos com um técnico de sua confiança, para verificar a existência de correntes de fuga, integridade dos cabos, filtros, saídas do painel do equipamento e transformadores dos aparelhos.

Fazer manutenção periódica preventiva dos equipamentos a cada seis meses com técnico especializado ou na própria fábrica.

Use equipamentos tecnicamente adequados. Note que, com o tempo e com o uso do equipamento, podem ocorrer mudanças nessas características.

ROTINA DE MANUTENÇÃO(Cont.)ROTINA DE MANUTENÇÃO(Cont.)

Page 16: Introdução Eletroterapia

Princípios da Princípios da EletroestimulaçãoEletroestimulação

Prof Evangileno LealProf Evangileno Leal

FisioterapeutaFisioterapeuta

Crefito 42944FCrefito 42944F

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Pulso ou ImpulsoPulso ou Impulso

Um impulso elétrico é uma descarga de corrente durante um tempo determinado.seus parâmetros são:

duração,intensidade,forma e frequência.

Page 18: Introdução Eletroterapia

Amplitude de CorrenteTempo de Duração do

PulsoFreqüência dos PulsosForma de Onda

Características do impulso Características do impulso ElétricoElétrico

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Amplitude + Duração do Pulso = Intensidade da Corrente

Amplitude de Corrente: • Símbolo = i• Grandeza = mili-ampères (mA)

Tempo de Duração do Pulso:• Símbolo = T• Grandeza = micro (s) ou mili (ms) segundos

Page 20: Introdução Eletroterapia

Amplitude de Corrente ( i - mA )

• É a medida da magnitude da corrente ou da voltagem.

• É o que chamamos de dose ou intensidade da corrente nos aparelhos.

• Amplitude máxima normalmente de 80 – 100 mA, dependendo do tamanho do pulso

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Níveis Clínicos de Resposta à E.E. Transcutânea de Nervos e Músculos

• 1-SENSORIAL 2-MOTOR 3-DOLOROSO

• Num sistema nervoso íntegro:• Amplitude Baixa = Estimulação Sensorial• Amplitude Aumenta = Estimulação Motora• Amplitude + Alta = Estimulação Dolorosa

• Os diferentes tipos de fibras nervosas vão sendo recrutadas em função da amplitude do estímulo.

Page 22: Introdução Eletroterapia

Tempo de Duração do Pulso (T – ms)

• Determina por quanto tempo as cargas elétricas vão passar.

• Pode variar de 0.01 ms a 1000 ms

• Duração da Fase - Duração do Pulso

Page 23: Introdução Eletroterapia

Amplitude + Duração Do Pulso = Intensidade da Corrente

Na figura: (E): a amplitude é alta, mas o pulso é estreito e com grande intervalo entre eles; (D): é o contrário. Nesse último há mais cargas passando, a média de corrente é maior [“a corrente é mais forte”]

Page 24: Introdução Eletroterapia

Resumindo   

a carga do pulso

   

Amplitude + Duração do Pulso determinam

   

   

   nº e tipo de fibras nervosas recrutadas

Page 25: Introdução Eletroterapia

Amplitude x Duração do Pulso

Curvas de amplitude x duração do pulso para limiares de excitação das fibras sensoriais, motoras, dolorosas e para músculos com lesão nervosa periférica.

Page 26: Introdução Eletroterapia

FasesO termo fase refere-se ao fluxo de corrente

unidirecional em um diagrama corrente/tempo.

Um pulso que se afasta da linha de constante zero em apenas uma direção é chamado de monofásico

Um pulso que se afasta da linha base em uma direção e depois na direção oposta é chamado

bifásico.

Page 27: Introdução Eletroterapia

Formas de pulsoOs mais utilizados são:

•Quadrados ou retangulares- São considerados impulsos tradicionais,com ascensão brusca respeitando o período refratário da célula,sendo indicado para recrutamento muscular idôneo.

•Senoidais- Diadinâmicas unidirecionais e interferencial.

•Exponenciais de subida progressiva- Usados para estimulação de músculos denervados

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Características descritivas das Formas de Ondas

Característica Designações comuns

Nº de fases Monofásica,Bifásica

Simetria de fases Simétrica,Assimétrica

Equilíbrio da Carga de fase

Equilibrada,Desequilibrada

Forma de onda ou Fase Retangular,quadrada,dente de serra,triangular,sinusoidal

exponencial

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Observações Importantes

• Nos pulsos simétricos a alternação negativa é igual à positiva

• Nos pulsos balanceados assimétricos os pulsos são diferentes, entretanto as alternações apresentam valores iguais

• Nos assimétricos desbalanceados a alternação negativa ´50% menor em relação ao valor da positiva..

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Eletrodos

É a interface entre o estimulador e o tecido humano condutivo

Page 31: Introdução Eletroterapia

Material e agente acoplador

Eletrodos podem ser de metal ou borracha de silicone.

Agente acoplador (esponja + H2O, géis) = diminui a impedância

da pele.

Tipo de Eletrodo e de Agente Acoplador: Qual usar?

• Correntes Bifásicas, T < que 1 ms = eletrodos de borracha de silicone condutiva, acoplados à pele através de pastas eletrolíticas, geis, ou cremes.

• Correntes Monofásicas, T > que 1 ms = eletrodos metálicos (ligas metálicas, folhas de papel alumínio) ou de borracha, recobertos por esponjas, feltros, tecidos ou algodão molhados em água corrente ou solução eletrolítica a 10 % de NaCl.

Page 32: Introdução Eletroterapia

Material e agente acoplador

Page 33: Introdução Eletroterapia

Os cabos de conexão

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Fixação dos Eletrodos

• faixas de borracha não condutoras, velcros

• fitas adesivas (crepe, esparadrapo)

• saquinhos de areia não muito pesados;

• geis condutores auto-adesivos;

• as próprias mãos do terapeuta.

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Tamanho dos Eletrodos

O tamanho dos eletrodos de superfície relaciona-se com:

 • A impedância da pele;• A densidade total de corrente;• A discriminação perceptual das respostas

excitatórias;• A especificidade da estimulação.

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Eletrodos e Impedância da Pele

Quanto > o eletrodo < a impedância. • Na prática clínica:

o terapeuta deve primeiro decidir qual é a área alvo de pele que deve ser estimulada para depois decidir qual o tamanho do eletrodo que deve ser usado.

Castro 2006

Page 37: Introdução Eletroterapia

Eletrodos e Densidade de Corrente

Quanto < o eletrodo > a densidade de corrente.  • Implicações Clínicas:  - A densidade não deve exceder os limites do

desconforto; não usar eletrodos pequenos se a corrente total for alta.- Mesmo com eletrodos do mesmo tamanho o paciente pode referir EE mais sob um dos eletrodos: Aumente o tamanho de um dos eletrodos ou a amplitude. - Se a liberação de corrente do estimulador é limitada, reduzir o tamanho dos eletrodos

Page 38: Introdução Eletroterapia

Eletrodos e Discriminação Perceptual

• Eletrodos Grandes produzem uma forte resposta motora sem dor:- minimizam a estimulação dolorosa mas dispersam o fluxo de corrente (estimulação menos específica).

• Eletrodos Pequenos eliciam estimulação dolorosa logo após a excitação motora: - se necessária estimulação dolorosa de pontos gatilhos, usar eletrodos pequenos para minimizar estimulação motora.

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Eletrodos e Especificidade da Estimulação

• Eletrodos Pequenos = altas impedâncias de pele e densidades de corrente.

• As fibras sensoriais e as de dor são excitadas antes das motoras.

• Isolam um músculo individual mas a estimulação pode ser dolorosa

• No eletrodiagnóstico: são usados eletrodos puntiformes nos pontos motores para produzir contração específica e seletiva de um determinado músculo.

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Técnicas de Colocação dos Eletrodos

Duas técnicas básicas: Monopolar e Bipolar.

Os termos monopolar e bipolar indicam:

- (monopolar) um dos eletrodos é colocado sobre a área alvo e outro maior longe dela;

- (bipolar) os dois cabos e seus eletrodos são colocados sobre a área alvo.

configuração quadripolar de eletrodos: dois eletrodos de 2 circuitos diferentes são posicionados para que as correntes induzidas façam uma intersecção geométrica (IFC endógena).

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Classificação da eletroterapia segundo as diferentes frequências

•Eletroterapia de baixa frequência(até 1000Hz)-onde encontramos as correntes galvânica, farádica, diadinâmicas,TENS e FES

•Eletroterapia de média frequência (de 1000Hz a 100KHz;ou a 300KHz ou a 500KHz)-entretanto na fisioterapia as frequências empregadas estão na faixa de 200o até 10000Hz

•Alta frequência (>300KHz ou 500KHz)-OC, US, MO.Ondas eletromagnéticas obtidas pela transformação da CA de bx frequência,que produzem calor por conversão.

Agnes;2005

Page 42: Introdução Eletroterapia

Bibliografia:

• Agnes,Jones E. Eletrotermoterapia teoria e Agnes,Jones E. Eletrotermoterapia teoria e prática.RS,Ed.orium.2005prática.RS,Ed.orium.2005

• Kitchen,Sheila B.Eletroterapia.Prática Kitchen,Sheila B.Eletroterapia.Prática baseada em evidências.SP, Ed. baseada em evidências.SP, Ed. manole.2005manole.2005

• Starkey, Chad.Recursos terapêuticos em Starkey, Chad.Recursos terapêuticos em fisioterapia.SP,Ed manole.2005fisioterapia.SP,Ed manole.2005